O documento discute a relação entre razão e fé. Argumenta que a razão e a fé devem trabalhar juntas, não em oposição, e que a fé verdadeira é apoiada pela razão. Também afirma que a fé cega deve ser substituída pela fé apoiada na razão individual de cada um.
A Razão e a Fé a Luz dos Evangelhos- Na Seara do Mestre
1.
2. A Razão e a Fé à Luz dosA Razão e a Fé à Luz dos
EvangelhosEvangelhos
Na Seara do Mestre
Vinícius
3. Durante muitos séculos, a Razão e
Fé viveram em conflito.
Da mesma forma que Ciência e
Religião viviam em divórcio.
4. Uma das grandes conquistas do
espiritismo está na harmonia entre
a Razão e Fé, e, conseqüentemente,
o ajuste da Religião à Ciência.
5. A verdadeira fé é aquela que encara
a razão face a face em todas as
épocas da Humanidade.
Kardec, estabeleceu:
6. O caráter da fé é o destemor, a
energia latente que encerra e
transmite àqueles que a cultivam.
Tal valor deriva da natureza íntima
da Fé que percebe e sente a sua
própria força.
7. Ora, perceber é ato de raciocínio,
portanto,não pode afastar-se da
razão que é o instrumento do qual o
Espírito se serve para investigar e
assimilar a Verdade.
8. A relação natural entre a Razão e a
fé é de colaboração, e não de
rivalidade.
Deus não nos deu o sentimento
para crer e o entendimento para
repelir a crença.
9. O coração não tem por função
combater o cérebro; todos os
órgãos agem para o mesmo fim, por
isso que a vida física depende da
sinergia, isto é, da simultaneidade
ou concurso de ação de todos os
aparelhos orgânicos.
10. O mesmo fenômeno se verifica no
que respeita à vida psíquica.
A fé que o sentimento aninha deve
ser controlada pela razão.
11. A razão é o instrumento que
empregamos, tateando embora nas
trevas da nossa ignorância, para
descobrirmos a luz.
12. A razão, no entanto, quanto mais
utilizada, maior capacidade
aquisitiva e poder de discernimento
adquirirá.
Inversamente, quanto menos
empregada, menores serão as suas
possibilidades.
13. Submetamos ao “cadinho” da razão
todas as questões que nos afetam,
especialmente as que se referem
aos destinos do nosso “ser”.
14. A fé cega, baseada em alheia
autoridade, precisa e deve ser
substituída pela fé lúcida apoiada e
alicerçada na legítima autoridade
da razão própria de cada um.
15. Bem aventurados os que viram e
creram – é uma sentença sábia, que
encerra a apologia do raciocínio em
matéria de crença. Ensina que não
é com os olhos que se crê, mas com
a razão.
16. Os que se louvam exclusivamente
no testemunho dos sentidos são,
em geral, crentes superficiais cuja
fé não tem base sólida.
17. Paulo definiu a fé como:
“ A dedução do que não
conhecemos através do que
conhecemos.”
18. Portanto, a fé nasce da observação.
É fruto de dedução e indução,
processos estes de investigações e
de estudos racionais.
19. A fé que resulta dos sentido, e só
nos sentidos se apóia, é ilusória, é
uma espécie de miragem que se vai
desvanecendo à medida que a
inteligência firma o seu império.
20. Ninguém pode crer no que não
entende. Naquilo que não passou
no crivo de nossa razão, recebendo,
através dessa faculdade, a devida
confirmação.
21. Há notável diferença entre crer e
aceitar. Os que crêem, reformam-se
e se transformam continuamente.
A fé é força que supera e remove
todos os obstáculos, por maiores
que sejam.
22. Os que aceitam permanecem
estacionários e petrificados, sem
nenhuma alteração em seu estado e
condições anteriores.
23. A luz do corpo são os olhos.
A luz do espírito é a razão
24. Os olhos vêem o exterior que nos
cerca.
A razão, mediante a inteligência, vê
o interior.