Vinícius de Moraes foi um poeta, letrista e diplomata brasileiro nascido em 1913 no Rio de Janeiro. Formou-se em letras e direito e trabalhou como diplomata e jornalista. Suas obras iniciais eram místicas e religiosas, depois adotaram temas sociais. Seu traço mais forte era o culto ao amor, sempre relacionado à mulher amada. Faleceu em 1980 no Rio de Janeiro.
2. Biografia
Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes nasceu em 1913, no Rio de
Janeiro, em uma família de intelectuais. Em 1928,começou a fazer
suas primeiras composições musicais. Formou-se em letras em 1929 e
em direito em 1933,ano em que publicou seu primeiro livro de
poemas, O caminho para a distância .Tornou-se representante do
Ministério de Educação junto a censura cinematográfica. Na década de
1940 ingressou na carreira diplomática e também no jornalismo, como
cronista e crítico de cinema, Como diplomata, viveu durante muitos
anos em Los Angeles, Paris e Montevidéu, com alguns intervalos no
Brasil.
3. Nesse período, conheceu intelectuais e artistas de todo mundo. Na
década de 1950,interessou-se por música de Câmera e popular e
começou a compor.
Em 1956,publicou a peça teatral Orfeu da Conceição, levada ao palco
do teatro Municipal do Rio de Janeiro com grande sucesso.
Marcus Vinícius de Mello Moraes morreu no Rio de Janeiro em 1980
com edema pulmonar.
4. Principaiscaracterísticasde suas Obras
As características de suas obras sofreram variações e mudanças
durante o tempo.
•Inicialmente, Vinicius é um poeta místico-religioso, típico do
Neossimbolismo, com as abstrações e levezas.
•Após descobrir que seu país era composto de injustiçados e famintos,
derivou para a temática social.
•Porém, o traço mais forte e aplicado nas suas obras poéticas é o culto ao
amor, sempre em relação a mulher amada, ou mesmo apenas desejada.
5. Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quanto mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.