1. A Studocu não é patrocinada ou endossada por alguma faculdade ou universidade
Um Mundo Policêntrico- Antecedentes Geopolíticos e
Geoestratégicos; papel da ONU, Guerra Fria, ...
Geografia Sociopolítica (Universidade do Minho)
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Um Mundo Policêntrico- Antecedentes Geopolíticos e
Geoestratégicos; papel da ONU, Guerra Fria, ...
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2. UM MUNDO POLICÊNTRICO
ANTECEDENTES GEOPOLÍTICOS E
GEOESTRATÉGICOS
Ciências-Socioeconómicas
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3. INDÍCE
Introdução…………………………………………………………………...………3
A partilha do Mundo no final da 2ªGuerra Mundial……………………………….
Países Não Alinhados-Movimento Dos Não Alinhados............................12
O papel da ONU no pós-Guerra...............................................................15
Reconstrução do mundo: Plano Marshall.................................................16
A reafirmação da Europa e a Consolidação do Japão…………………………
19
O período após a 2ª Guerra Mundial no Japão.......................................17
A recuperação económica do Japão........................................................19
O processo de industrialização japonês..................................................20
O Japão como terceira economia Mundial..............................................20
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico..........21
A reafirmação da Europa como centro de decisão à escala mundial......22
A Afirmação da Europa como Potência Mundial......................................24
Terceiro Mundo e a emergência das semiperiferias………………….
………..26
A ajuda internacional aos países do Terceiro Mundo...............................25
Os sucessos e insucessos do diálogo Norte-Sul.....................................26
As economias emergentes do Terceiro Mundo........................................26
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4. Conclusão……………………………………………………………………….…29
Glossário…………………………………………………………………………...30
Webgrafia…………………………………………………………………………..30
INTRODUÇÃO
No âmbito da disciplina de Geografia C, foi-nos lançado o desafio à
realização deste trabalho, com o intuito de perscrutarmos aqueles que são os
antecedentes geopolíticos e geoestratégicos ao Mundo Policêntrico que
assistimos atualmente.
Ao longo desta atividade, teremos como objetivos principais, explicar a
afirmação do poderio militar dos Estado Unidos da América e da União das
Repúblicas Socialistas Soviética, no final da Segunda Guerra Mundial;
compreender a existência de um equilíbrio geopolítico instável; explorar as
repercussões da Guerra Fria; explicar as finalidades do plano Marshall e do
plano Dodge; relacionar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Económico e equacionar a importância da construção da União Europeia com a
reafirmação da Europa, e por fim, reconhecer a importância dos Novos Países
Industrializados.
Deste modo, o projeto está organizado em três grandes capítulos. No
primeiro, exploramos todas as repercussões/consequências da 2ª Grande
Guerra. No segundo, falamos sobre a reconstrução da Europa no pós-guerra. E
no terceiro, abordamos a emergência das economias do Terceiro Mundo.
Assim, com este trabalho, será possível uma maior compreensão acerca
daquela que foi uma das épocas mais marcantes na história do mundo, e cujos
resultados levaram à Europa e ao Mundo policêntrico atual.
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5. A PARTILHA DO MUNDO NO FINAL DA 2ª
GUERRA MUNDIAL
A 2ª Guerra Mundial chegou ao fim no dia 2 de setembro de 1945, seis anos
após o seu início, com a vitória dos Aliados. O lançamento das bombas
nucleares sobre as cidades de Hiroxima e Nagasaki, por parte dos EUA,
assinalou o derradeiro acontecimento do confronto. O seu fim foi oficializado
com a assinatura dos documentos de rendição do Japão, um mês após os
ataques. Estima-se que sessenta milhões de pessoas tiveram a sua morte
causada pela guerra.
A Europa Central, continente mais afetado pela guerra, encontrava-se
destruída, as cidades tinham sido arrasadas pelos bombardeamentos e as
infraestruturas de comunicação estavam danificadas. Para além de milhões de
mortes, milhões de pessoas encontravam-se deslocadas, a pobreza era
extrema. Os setores agrícola e industrial foram destruídos, causando uma
escassez de alimentos enorme. Os países europeus eram incapazes de
satisfazer as necessidades básicas da população.
Os EUA foram os grandes vencedores da 2ª Guerra Mundial. Ao contrário da
Europa, o seu território, afastado da zona central da guerra, não sofreu
qualquer destruição. O país, estimulado pela guerra, tornou-se ainda mais uma
potência industrial, fornecendo alimentos, armamento, maquinaria e matéria-
prima aos Aliados. A sua economia passou a representar 40% do PIB mundial,
transformando o dólar na moeda de referência do mercado mundial. Para além
do poder político e económico que possuíam, os EUA transformaram-se na 1ª
potência militar, tendo à sua disposição uma nova arma, a bomba atómica.
A URSS, apesar de vitoriosa, sofreu muito com a guerra. Para além de terem
perdido cerca de vinte e seis milhões de pessoas e milhões terem ficado
desalojadas e sem trabalho, a economia do país foi afetada. O país ficou
totalmente destruído, no entanto, a URSS mostrou uma grande capacidade de
organização, recompondo o país rapidamente. Com a sua rápida reconstrução,
a União Soviética tornou-se um concorrente dos Estados Unidos,
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6. transformando-se na segunda potência militar, exercendo uma forte influência
nos países da Europa Oriental. Daí a existência de um mundo bipolarizado.
O período pós-guerra ficou marcado pela era das superpotências. A Europa,
até então potência mundial, após a guerra, deixou de reunir as condições
necessárias para desempenhar esse papel. Os vencedores da guerra, EUA e
URSS, passaram a partilhar esse título. No entanto, rapidamente, os dois
aliados da 2ª Guerra Mundial, tornaram-se adversários.
A razão do antagonismo entre os dois países teve origem na
incompatibilidade entre as ideologias apoiadas por cada nação, tanto a nível
político como económico.
Os Estados Unidos defendiam o capitalismo e pretendiam que os sistemas
de mercado livre e de democracia parlamentar fossem adotados. Princípios
como a defesa da propriedade privada e a livre iniciativa eram aclamados.
Por outro lado, a União Soviética defendia o socialismo/comunismo e a
economia planificada. O Estado tinha como convicções, o fim da propriedade
privada; a igualdade económica, ou seja, uma sociedade sem ricos e pobres; e
um Estado forte, capaz de satisfazer as necessidades básicas de todos os
cidadãos.
Ambos os países procuravam aumentar a sua área de influência, quer por
meios materiais, quer através da implantação das suas respetivas ideologias. O
Mundo foi forçado a aliar-se a uma das potências, de forma a adquirir proteção.
Dois anos após o fim da guerra, a Europa estava dividida em dois blocos
políticos e ideológicos. A Europa Ocidental uniu-se aos EUA, enquanto que a
Europa do Leste adotava o modelo político-económico da URSS.
Este confronto ideológico e verbal assumiu um dos seus pontos altos no seio
da ONU (Organização das Nações Unidas), onde os EUA e a URSS se
opuseram mutuamente através do uso do direito de veto no Conselho de
Segurança, paralisando a ação da ONU durante várias décadas.
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7. No ano de 1947, os EUA propuseram o Plano Marshal à Europa, com o
objetivo de apoiar a sua recuperação económica. Inicialmente, o plano
destinava-se a toda a Europa, mas a União Soviética recusou a ajuda. Os
países da Europa do Leste também rejeitaram o auxílio dos EUA, decisão
imposta pela URSS, por esta recear as consequências que a ajuda poderia
causar na sua influência perante as nações ao seu domínio. O Plano Marshal
veio reforçar a bipolaridade na Europa, aprofundando a sua divisão.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a União Soviética
foram aliados contra a Alemanha nazista. O inimigo comum foi derrotado e os
antigos aliados tornaram-se rivais. Portanto, com o fim da Segunda Guerra
Mundial em 1945, uma nova e diferente guerra começou: a Guerra Fria.
Considera-se que a Guerra Fria começou após o lançamento, em 1947, da
Doutrina Truman, onde o Presidente Harry Truman discursou que os Estados
Unidos protegeriam os povos livres em todo o mundo do comunismo. Uma das
primeiras ações sob esse discurso foi o auxílio monetário à Grécia e à Turquia,
com o objetivo de expandir o poder norte-americano no Mediterrâneo.
O confronto foi chamado de “Guerra Fria”, devido às suas características
específicas. Nunca chegou a acontecer um confronto físico direto entre as duas
potências. Ambos os países possuíam armamento nuclear, os EUA tinham
acesso à arma desde 1945, que tinha sido usada pela primeira vez nos
bombardeamentos de Hiroxima e Nagasáqui na 2ª Guerra Mundial; e a União
Soviética realizou os seus primeiros testes em 1949. Por esta razão, uma
“Guerra Real” seria impossível de acontecer, pois ambos os países sabiam que
o confronto seria uma guerra sem vencedores e uma ameaça à própria
continuidade da espécie humana no planeta.
Procurando afirmar-se como a única superpotência mundial, ambas as
nações iniciaram uma corrida armamentista, eles procuravam sempre superar
o poder bélico do seu adversário e avançar em criações tecnológicas
relacionadas à guerra. Isto levou a que os dois países apostassem fortemente
no desenvolvimento de armas de destruição em massa, as bombas nucleares e
termonucleares.
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8. Outro meio em que a disputa ocorreu de forma bastante claro foi no espaço.
A conhecida corrida espacial, foi uma disputa tecnológica entre os EUA e a
União Soviética. Esta era uma maneira das duas potências demonstrarem o
seu poder, a potência que desenvolvesse uma tecnologia capaz de enviar um
homem ao espaço também seria capaz de desenvolver mísseis nucleares
controlados à distância.
Tanto os Estados Unidos quanto a URSS utilizaram, no início dos seus
programas espaciais, engenheiros alemães que trabalharam no
desenvolvimento dos foguetes V-2, os perigosos mísseis balísticos usados pela
Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Os soviéticos contaram
com alguns triunfos iniciais: lançaram o primeiro satélite artificial (1957), o
primeiro foguete tripulado com um ser vivo (1960) e mesmo o primeiro voo
espacial tripulado por um humano (1961). No entanto, a chegada do homem à
lua, realizada pelos Estados Unidos em 1969, foi o ápice dessa corrida.
A Guerra também foi marcada pela espionagem. Num cenário onde as duas
grandes potências não entraram diretamente num conflito armado, a recolha
clandestina de dados sobre as condições das forças do inimigo, possuía uma
grande importância no desenvolvimento do conflito. A CIA (Central Intelligence
Agency), agência de espionagem do governo dos EUA, e a KGB (iniciais, em
russo, do Comitê de Segurança do Estado), antiga agência de espionagem da
União Soviética, desempenharam um papel crucial durante a guerra. Ambos
recrutavam e treinavam agentes de modo voraz, na esperança de descobrir o
máximo de dados possíveis sobre o seu oponente.
Em 1945, ainda antes da 2ª Guerra terminar, realizaram-se as Conferências
de Yalta e de Potsdam, onde ficou decidido a abolição da materialização da
Alemanha e da Áustria e a divisão dos territórios ocupados durante a guerra,
influenciando assim o traçado do novo mapa político da Europa.
A Alemanha foi então dividida entre os quatro vencedores da guerra: EUA,
URSS, França e Inglaterra. Os países capitalistas formaram uma aliança e
passaram a exercer domínio total sobre a Alemanha Ocidental. A União
Soviética não aderiu à aliança, passando a influenciar diretamente a Alemanha
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9. Oriental. A Alemanha ficou então dividida em duas frações, a RFA (República
Federal da Alemanha) e a RDA (República Democrática Alemã). Em 1961, foi
erguido um muro separando a cidade capital do país: o muro de Berlim, um dos
maiores símbolos da Guerra Fria. Este muro só viria a ser derrubado no final da
guerra, em 1989.
Um dos acontecimentos mais importantes da Guerra Fria foi a Revolução
Chinesa. A China sempre foi um dos países mais influenciados pela ideologia
comunista e, desde a década de 1920, o país vivia uma guerra civil entre
nacionalistas, apoiados pelos EUA, e comunistas, apoiados pelos soviéticos.
Após a 2ª Guerra Mundial, a guerra civil retomou, e os comunistas acabaram
por vencer e impor a ideologia socialista no país. O avanço do comunismo pela
China alarmou os americanos e fez com que pesados investimentos dos EUA
fossem destinados a países como Japão e Coreia do Sul.
Apesar dos EUA e da URSS não se terem envolvido num conflito armado
direto, não quer dizer que as duas nações não se tenham confrontado no
campo de batalha. Uma das características principais da Guerra Fria foi a
transferência dos conflitos militares para áreas periféricas do mundo, ou seja,
os dois países envolveram-se em guerras localizadas em outras partes do
Globo.
Exemplo desses confrontos, foi a guerra da Coreia. Em 1950, com o auxílio
da União Soviética, as tropas da Coreia do Norte, região comunista,
atravessam a fronteira e invadem a Coreia do Sul, região que resistiu à
pressão, e se recusou a adotar o comunismo, beneficiando de uma grande
ajuda militar por parte dos EUA. Após a invasão, os Estados Unidos
mobilizaram o Conselho de Segurança da ONU, enviando tropas para conter o
avanço norte-coreano e avançar sobre o território da Coreia do Norte. Logo de
seguida, a China, liderada pelo Partido Comunista, também mobilizou as suas
tropas para o campo de batalha. O confronto continuou até 1953, quando uma
trégua foi assinada. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um
sistema socialista, enquanto que a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.
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10. Outro dos confrontos, onde as duas potências se envolveram, foi na Guerra
do Vietname. Em 1959, o Vietname do Norte, apoiado pela união soviética,
avançou sobre o território do Vietname do Sul, região capitalista, apoiada pelos
EUA, dando início à guerra. Apesar do desenvolvimento tecnológico dos EUA,
os seus soldados tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues,
apoiados pelos soviéticos, nas florestas tropicais. Os EUA saíram perdedores e
tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975.
Com a vitória do Vietname do Norte, apoiados pela URSS, o Vietname passou
a ser socialista.
Além destas guerras, as duas superpotências, envolveram-se em
praticamente todos os confrontos no Médio Oriente, especialmente na luta
entre palestinos, apoiados pela União Soviética, e israelenses, apoiados pelos
norte-americanos.
O momento de maior tensão em toda a Guerra Fria ficou conhecido como
Crise dos Mísseis, e refere-se aos 13 dias de impasse entre os Estados Unidos
e a União Soviética, em outubro de 1962, causado pela instalação de mísseis
nucleares soviéticos em Cuba. Após um golpe de Estado que derrubou o
ditador cubano Fulgêncio Batista, o novo governo socialista de Cuba, liderado
por Fidel de Castro, alinhou-se a URSS e tornou-se dependente
economicamente desse país. O líder soviético, Nikita Khrushchev, com o
objetivo de provar a capacidade bélica e nuclear do seu país, aproveitou-se da
influência que exercia no governo cubano e da relação adversa que este
mantinha com os Estados Unidos, que por anos haviam apoiado o governo
anterior, e instalou mísseis na ilha, direcionados ao território americano. Ao
tomar conhecimento dos mísseis, o então presidente dos EUA, John Kennedy,
fez um comunicado a avisar a população. Kennedy anunciou ainda, que os
Estados Unidos procederiam com um bloqueio naval à ilha e que o país, caso
fosse necessário, estava mais que preparado para usar a sua força militar.
Após o comunicado do presidente, instalou-se um clima de tensão e medo de
que as duas grandes potências iniciassem de fato um conflito armado,
sobretudo porque ambos os países tinham na sua posse tecnologia nuclear. A
tensão atingiu o seu ponto máximo com a aproximação de uma frota naval
soviética aos navios dos Estados Unidos que faziam o bloqueio à ilha.
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11. Após este acontecimento, Nikita Khrushchev, dispôs-se a retirar os mísseis
de Cuba em troca da promessa de Kennedy de que os Estados Unidos não
invadiriam Cuba. O governo americano, comprometeu ainda a retirada dos
mísseis que tinha instalado na Turquia. Os países chegaram ao acordo que
colocou um fim à Crise dos Mísseis em 28 de outubro de 1962.
Depois deste episódio, um canal de comunicação direta entre os governos
de Washington e Moscovo., foi estabelecido, de forma a resolver qualquer
hostilidade que pudesse vir a acontecer no futuro. A possibilidade de um
conflito armado direto preocupou as duas potências e ambas aceitaram assinar
acordos relativamente ao uso de armas nucleares.
A partir da década de 1970, a URSS começou a entrar em crise, resultado
da falta de ações do governo soviético para estimular a economia do país, que
já demonstrava estar em atraso tecnológico e económico em relação a outros
países. A subida do valor do petróleo gerou um clima de falsa prosperidade,
que impediu que reformas na economia soviética ocorressem. O envolvimento
do país na Guerra do Afeganistão e o acidente nuclear que aconteceu em
Chernobyl, em 1986, contribuíram para o fim da URSS, pois determinaram
enormes gastos a um país com uma economia já fragilizada.
A situação económica do país contribuiu para aumentar a insatisfação por
parte dos cidadãos soviéticos, em relação ao governo comunista. Além da
situação económica, a falta de liberdade de expressão e o regime autoritário,
fizeram surgir movimentos de oposição no país.
O último presidente soviético, Mikhail Gorbachev, abriu o caminho à
economia de mercado, permitiu a liberdade de expressão e a afirmação da
democracia. O movimento de Gorbatchev levou à queda dos regimes
comunistas do Leste europeu em 1989. A queda do Muro de Berlim
transformou-se no maior símbolo, marcando o fim da Guerra Fria e da
bipolarização das relações internacionais. Quando Gorbachev renunciou, em
25 de dezembro de 1991, a URSS foi dissolvida e isso marcou o fim da Guerra
Fria.
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12. Como podemos observar, o fim da guerra fria trouxe imensas consequências
para o Mundo. Uma das consequências mais importantes da Guerra Fria foi a
desintegração do Pacto de Varsóvia.
Em 1955, a União Soviética, criou o pacto de Varsóvia, em represália à
criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte, organização
internacional que unificou as democracias da Europa Ocidental e os Estados
Unidos para a prevenção e proteção dos países membros contra eventuais
ataques. Além da União Soviética, os países da Europa do Leste faziam parte
da aliança.
O objetivo do pacto de Varsóvia era impedir o avanço do capitalismo na área
de influência da URSS.
Em 1988, pouco tempo antes do fim oficial da Guerra Fria, Mikhail
Gorbachev, líder da União Soviética na época, anunciou que iria ser adotada a
Doutrina Sinatra, doutrina esta que permitia que os países da Europa Oriental
adotassem o capitalismo e aderissem à OTAN, se assim o desejassem, sem
qualquer interferência da URSS ou de qualquer outro membro do Pacto.
Aos poucos, os países membros do Pacto de Varsóvia foram se retirando,
adotando a ideologia capitalista dos EUA, o que conduziu ao fim do Pacto.
A URSS diminuiu drasticamente o apoio económico e militar aos regimes
comunistas do Terceiro Mundo. Com a redução do financiamento ao
expansionismo soviético, a URSS acelerou a ruína dos regimes que apoiava.
Com a dissolução da União
Soviética, surgiram quinze novos
estados independentes, antigas
nações que faziam parte da URSS,
criando um novo mapa político, como
podemos ver na figura1.
Outra das repercussões da guerra
foi a acumulação de grandes arsenais de armas atómicas e mísseis balísticos,
tanto no USA como na URRS. Mesmo com o fim da Guerra, o facto de os dois
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Figura 1- Países que pertenciam à URRS
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13. países possuírem armamento nuclear continuava a ser um fator de
preocupação.
Com vista ao controlo de armas nucleares entre os Estados Unidos e a
União Soviética, foi assinado, em 1987, O Tratado de Forças Nucleares de
Alcance Intermediário. O acordo antecipava a eliminação de alguns dos
mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais. Até junho de
1991 foram destruídos quase 3000 mísseis. Contudo, em 2019, o presidente
russo, Vladimir Putin, suspendeu a participação da Rússia no tratado, e os EUA
retiraram-se formalmente do acordo, sendo que em 2018 já tinham ameaçado
abandonar.
Além destas, outras várias consequências foram claras, muitas já
esclarecidas anteriormente, como a queda do muro de Berlim, considerada um
dos acontecimentos principais que conduziram ao fim da guerra; os conflitos no
Vietname e na Coreia, que causaram uma destruição enorme em ambos os
países; a entrada em colapso da URSS devido à sua fragilidade económica,
consequência dos grandes gastos que realizou com a guerra.
Graças à competição entre os dois países, o ser humano atingiu um nível de
desenvolvimento tecnológico inimaginável.
Com o fim da União Soviética, os Estados Unidos tornaram-se a única
superpotência do mundo.
Países Não Alinhados -Movimento Dos Não Alinhados
Com a Guerra Fria os países que não eram liderados por numa
superpotência, reuniram-se e formaram o Movimento dos Não Alinhados.
Os países não alinhados são uma associação livre onde os países não
tinham compromissos formais com nenhum dos grupos rivais poderosos
liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética durante a Guerra Fria.
O Movimento dos Não Alinhados está intrinsecamente ligado ao confronto
ideológico Leste-Oeste da Guerra Fria no século XX.
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14. Este movimento foi iniciado por vinte e nove líderes recém-independentes de
alguns países em abril de 1955, na Indonésia, na Conferência de Bandung. Os
seus membros representavam 55% da população do planeta e quase dois
terços dos países-membros da Organização das Nações Unidas. Atualmente, o
MNA é composto por cento e dezasseis país.
Os MNA têm por objetivos: definir o papel dos países do chamado Terceiro
Mundo face às grandes potências; organizar uma maior intervenção política
destes países na cena internacional, de forma a conseguirem relações mais
justas com o Norte; evitar uma nova guerra mundial e, portanto, suspender os
preparativos de guerra criados pelos dois blocos mundiais da Guerra Fria os
EUA e a URSS.
Apesar das intenções, veio a revelar-se muito difícil contrariar a vontade de
um mundo bipolarizado.
Os principais temas de que trata o Movimento são as lutas nacionais pela
independência, o combate à pobreza, o desenvolvimento económico e a
oposição ao colonialismo, ao imperialismo e ao neocolonialismo. Este
movimento pretende também negociar para alcançar o desarmamento total e
uma paz duradoura.
Conferência de Bandung
Entre 18 e 24 de abril de 1955 foi
realizada a Conferência de Bandung.
Esta foi constituída por vinte e nove
países, como mostra a figura 2.
A única conquista concreta dos
participantes foi a declaração de dez princípios sobre “promoção da paz e
cooperação mundial” de acordo com a “Carta das Nações Unidas” e os
princípios morais do primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru.
Nesta reunião, declararam que o racismo, o imperialismo e o colonialismo
são crimes contra a humanidade e exigiram aos países imperialistas a
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Figura 2- Paises Não Alinhados
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15. responsabilidade de reconstruir os danos que causaram nos seus próprios
países.
Ao contrário do conceito de conflito entre Oriente e Ocidente, esta
conferência propôs o conceito de Norte e Sul. Estes distinguiram o Norte como
sendo composto por países ricos e industrializados, e o Sul por países pobres
que exportam produtos primários.
De 1 a 6 de setembro de 1961, em Belgrado, aconteceu pela primeira vez
uma Conferência dos Chefes de Estado e de Governo Não Alinhados. Foi a
primeira vez que foi usado o termo “Países Não Alinhados”.
Um dos temas da conferência foi a corrida armamentista entre os Estados
Unidos e a União Soviética.
Apesar da unidade ideológica, ainda existem diferenças e até mesmo
conflitos. A Índia, por exemplo, foi criticada por ter votado a favor da União
Soviética na ONU, em 1956, após a invasão da Hungria por tropas soviéticas.
Na verdade, a neutralidade destes países era aparente, pois decidiam com
base nas suas conveniências económicas e políticas, e por vezes tendiam a se
opor ao bloco soviético e outras vezes opunham-se ao bloco capitalista, dadas
as difíceis condições económicas. O atraso no desenvolvimento dos novos
países independentes agravou ainda mais esta situação. Essas tensões
beneficiaram os interesses dos Estados Unidos, da União Soviética e da China
como grandes potências.
Com o aumento da independência dos países do Terceiro Mundo, estes
aumentaram a sua aderência ao Movimento dos Não Alinhados.
Em 1955 e 1961, a fiabilidade das instituições enfraqueceu e tornou-se cada
vez mais difícil encontrar uma linguagem comum, seja na política externa ou
em situações de crise.
Com o fim da Guerra Fria e o fim da União Soviética em 1991, o conceito
político de “neutralidade” como princípio de ação coletiva perdeu o sentido.
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16. A reunião mais recente do MNA foi realizada na Venezuela, em setembro de
2016.
O papel da ONU no pós-Guerra
A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 24 de outubro de
1945 pelos Estados vencedores da Segunda Guerra Mundial com o objetivo de
substituir a Sociedade das Nações (SDN), que havia falhado a sua missão de
manter a paz no período entre as duas guerras.
A Carta das Nações Unidas foi aprovada em 1945, na Conferência de São
Francisco, retificada por cinquenta e três países. Entre 1945 e 2014, este
número passou para cento e noventa e três.
As quatro principais finalidades das Nações Unidas são: manter a paz e a
segurança internacional; desenvolver relações de amizade entre as nações,
baseadas no respeito pelo princípio da igualdade de direitos e
autodeterminação dos povos; desenvolver a cooperação internacional
resolvendo os problemas da ordem económica, social, cultural e humanitária;
assegurar o respeito pelos Direitos Humanos e pelas liberdades fundamentais.
A organização está estruturada de modo a evitar uma nova deflagração de
conflitos mundiais, como as duas Guerras anteriores, criando condições para
que isso se evite, superando um objetivo de apenas controlo militar e
englobando a criação de instâncias responsáveis por garantir os principais
direitos dos seres humanos.
Apesar da sua pretensão de participação igual dos países, a ONU deu um
peso maior às potências militares saídas da Segunda Guerra Mundial,
principalmente os EUA e a URSS, em virtude do seu papel principal exercido
pelo Conselho de Segurança na resolução de conflitos militares.
Com o início da Guerra Fria em 1947, as Nações Unidas, especialmente o
Conselho de Segurança, foram a arena de conflitos políticos e ideológicos
entre os Estados Unidos e a União Soviética. Devido ao confronto entre as
duas superpotências, a organização sofreu uma paralisação de longo prazo. O
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17. poder de veto dos Estados Unidos e da União Soviética impedia qualquer ação
de ser construtiva.
Embora a ONU tenha desempenhado um papel importante no processo de
descolonização, não conseguiu implementar políticas reais de desenvolvimento
económico e social nos países recentemente independentes. A organização
continuou ausente da gestão dos acontecimentos da Guerra Fria que afetaram
os países do Terceiro Mundo. Em muitas das suas intervenções, as Nações
Unidas foram acusadas de falta de imparcialidade e de agir no interesse da
América do Norte e dos países industrializados.
Com o fim da Guerra Fria, a organização recuperou parte do seu papel na
manutenção da paz e passou a desempenhar uma ação de maior intervenção
na gestão das relações estatais.
Assim, ao longo da história, a ONU colecionou uma série de reveses na
mediação de desentendimentos entre países, mas, por outro lado, exerceu
relevante papel através da UNICEF, garantindo uma melhora de vida para parte
das crianças que vivem em situação de miséria.
A ONU teve bastante impacto pois foi capaz de reunir praticamente todos os
Estados do Mundo e conseguiu evitar ou diminuir as possibilidades de uma
terceira guerra mundial.
Para além disso, a ONU fornece ajuda humanitária, através das suas
agências especializadas, a refugiados, pessoas vítimas de catástrofes ou
vítimas de guerra e pessoas que vivem em extrema pobreza.
Reconstrução do mundo: Plano Marshall
Como já foi referido anteriormente, vários países da Europa encontravam-se
devastados pela guerra, em contrapartida, os EUA não sofreram qualquer tipo
de destruição. Perante a situação, o presidente Harry Truman começou a
elaborar políticas que tinham como objetivo interferir no avanço do comunismo
e oferecer ajuda aos países que se encontravam em situações críticas.
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18. Uma política adotada foi o Plano Marshall, em 1947, que visava auxiliar os
países que se encontravam destruídos e economicamente frágeis devido à
guerra. Inicialmente, este plano destinava-se a toda a Europa, mas a URSS
recusou e impôs essa decisão aos países de Leste sobre os quais tinha
influência.
Este plano tinha como objetivo possibilitar a reconstrução material dos
países capitalistas, recuperar e organizar a economia dos mesmos,
aumentando o vínculo destes com os EUA, através das relações comerciais e
fazer frente ao avanço do comunismo presente, no leste europeu, comandado
pela URSS.
O Plano Marshall teve resposta positiva, com grande parte dos beneficiados
a terem uma recuperação económica entre as décadas de cinquenta e
sessenta. Para os Estados Unidos o resultado também foi positivo, pois
aumentou as suas exportações para a Europa Ocidental. Assim este plano, ao
desenvolver os povos europeus, conseguiu conter a agitação popular, que era
favorável à expansão comunista, e expandir a influência política dos EUA sobre
a região.
A REAFIRMAÇÃO DA EUROPA E A
CONSOLIDAÇÃO DO JAPÃO
O período após a 2ª Guerra Mundial no Japão
Em agosto de 1945, o imperador japonês anunciou a capitulação* e um
quarto das cidades japonesas encontravam-se destruídas pela guerra, além de
que a frota mercantil, que era a terceira no Mundo, tinha sido afundada. Assim,
em 1948, a produção agrícola diminuiu 60%, o consumo 55% e a produção
industrial 65%, face aos anos antecedentes à Segunda Guerra Mundial.
Tornou-se impossível controlar a inflação e verificou-se a expansão dos
mercados negros.
Apesar de ter perdido setecentos mil civis e cerca de dois milhões de
soldados durante a guerra, o Japão teve de suportar a pressão demográfica
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19. resultante do acolhimento de 6,2 milhões de japoneses repatriados da
Manchúria, da Coreia e da Formosa (Taiwan) e pelo “baby-boom” provocado
pelo regresso dos soldados a casa.
Como resultado, a escassez e o desemprego aumentaram e o iene, a
moeda nacional, deixou de ser cotado no mercado internacional, acrescido
ainda o facto de que o Japão teve de pagar indemnizações de guerra. Tudo isto
leva à ocupação do Japão pelos EUA, tornando-se numa grande influência
para o Japão.
A ajuda norte-americana ao Japão e reformas impostas
O ambiente da Guerra Fria era favorável à recuperação do Japão, pois era
de interesse dos Estados Unidos proteger este país e prestar-lhe auxílio de
forma a criar um aliado para travar o avanço do Comunismo no Sudeste
Asiático.
De forma a reconstruir a economia, foram impostas uma série de reformas
ao nível político, militar e económico, tais como:
O desarmamento, através da renúncia do Japão à guerra como meio
regular de conflitos;
A democratização da sociedade japonesa, através da atribuição de uma
certa autonomia ao poder local, da aplicação de uma lei sindical menos
rígida, da garantia das liberdades individuais, da igualdade entre os
sexos e de um ensino mais democrático;
A reforma agrária, redistribuindo aos trabalhadores do campo os
terrenos anteriormente confiscados aos proprietários pouco produtivos;
A eliminação do poder de alguns Zaibatsu, grupos económico-
financeiros, pertencentes a famílias e regidos pela tradição, em nome da
“livre concorrência”.
A ajuda americana ficou conhecida como Plano Dodge, um plano de ajuda
financeira e técnica criado por Joseph Dodge, Diretor do Detroit Bank e
Conselheiro Económico Pós-Guerra, à semelhança do que aconteceu na
Europa com o Plano Marshall. Este plano apresentava medidas tais como:
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20. equilibrar a balança comercial de modo a controlar a inflação, maior eficiência
na recolha de taxas e impostos, dissolver o Banco de Reconstrução Financeira
devido aos seus empréstimos não rentáveis, diminuir a influência do Governo
na economia nacional e fixar o valor de troca de trezentos e sessenta ienes
para um dólar americano, de forma a manter os preços das exportações
baixos.
A recuperação económica do Japão
Em apenas quatro décadas (1950-1990), assistiu-se a um grande aumento
do PIB, que aumentou 150% em termos constantes. Este valor ficou a dever-se
às alterações estruturais verificadas na economia, que passou a ser dominada
por empresas inovadoras e fortemente competitivas; à ajuda económica dos
EUA, através do plano Dodge; e à capacidade demonstrada pelo povo japonês
para superar as advertências da guerra.
Foram criados cerca de três milhões de novos empregos. Verificaram-se
alterações em várias áreas, como na estrutura da população ativa, no peso das
atividades associadas nos setores secundário e terciário, relativamente ao PIB
e, as maiores alterações verificaram-se nos mercados, onde os EUA passaram
a ser o principal cliente e fornecedor, embora o comércio externo japonês se
concentre na região da Ásia.
A recuperação económica do Japão, após a Segunda Guerra Mundial,
parecia impossível, dado um conjunto de condições altamente desfavoráveis,
como, os elevados custos humanos e materiais que a destruição das cidades
de Hiroshima e Nagasaki causou, entre outros. Assim foi dado o nome de
“milagre japonês”.
Tal recuperação só foi possível devido à atuação simultânea de fatores
externos e internos. Dos fatores externos é importante realçar: a ajuda
americana; a participação do Japão na Guerra da Coreia, como grande
fornecedor de bens essenciais ao esforço de guerra dos Aliados, o que
estimulou a atividade industrial; e as limitações orçamentais para a defesa,
impostas pelos norte-americanos, que ajudaram a canalizar os fundos
existentes para as áreas que contribuíram para a prosperidade económica e
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21. social. Já dos fatores internos, destaca-se: o papel do Estado, numa base
industrial sólida e variada, orientada para os setores de ponta; e a qualidade
dos recursos humanos.
O papel do Estado japonês passou pela canalização os recursos financeiros
para as empresas e realização de grandes investimentos nas
telecomunicações, nos caminhos de ferro e na engenharia naval, além da
estimulação de uma política de obras públicas que criou emprego e estimulou a
procura interna.
A par destas medidas, o Estado desenvolveu também o incentivo à inovação
e controlou o volume das importações, protegendo, desta forma, as empresas
nacionais da concorrência e aplicando taxas alfandegárias aos produtos
estrangeiros.
O processo de industrialização japonês
O Japão que conhecemos hoje, associado às indústrias de alta tecnologia, é
resultado de um processo de industrialização, que foi despoletado em 1950 e
continua até aos dias de hoje.
Este processo de industrialização foi faseado em quatro fases. A primeira
fase consistiu numa política mais dirigida à importação de produtos
manufaturados, devido à atividade industrial estar concentrada na indústria do
algodão. Na segunda fase, a indústria do algodão foi ultrapassada pelas
indústrias pesadas, orientadas para a utilização pacífica do aço. É também
caracterizada pelas medidas de proteção à produção e ao mercado interno.
Apostou-se, então, na exportação de aço, navios e máquinas, em vez dos
tecidos de algodão e outros bens de qualidade inferior. O objetivo era aumentar
as exportações para pagar as crescentes importações de bens energéticos, de
produtos alimentares e matérias-primas.
Na terceira fase, o processo de industrialização foi diversificado, apostando-
se na indústria mecânica e eletrónica. Foi uma fase dominada pelas políticas
económicas orientadas para a exportação. Na quarta e última fase, que está
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22. presente nos dias que correm, caracteriza-se pelas indústrias de alta tecnologia
e pela estratégia de deslocalização industrial para os países vizinhos.
Tendo conhecimento das suas limitações geográficas e económicas, os
japoneses sentiram a necessidade de criar um modelo de produção adequado
às suas características e necessidades – o toyotismo*.
O Japão como terceira economia Mundial
A partir de 1985, o Japão passo a ter uma balança comercial excedentária
com os EUA, a UE e até os vizinhos asiáticos. O comércio externo japonês
passou a ser então um impulsionador fulcral do crescimento económico.
O Japão transformou-se também uma potência financeira graças à
acumulação de excedentes comerciais, associadas às elevadas taxas de
poupança e à valorização do iene.
Nos dias de hoje, o Japão continua a ser uma potência económica mundial,
apesar da estagnação do crescimento económico que sofre desde os anos de
1990.
O Japão é então uma economia de conhecimento baseada na pesquisa e
inovação permanentes, não só de supremacia financeira, mas, também, de
supremacia tecnológica.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico
A Organização Europeia de Cooperação Económica foi criada a 16 de abril
de 1948 e tem por objetivo a cooperação económica entre os países europeus
de acordo com o “Plano Marshall” e a “Conferência dos Dezasseis”, após a
Segunda Guerra Mundial. Robert Marjolin atuou como presidente, quando a
OCDE tinha dezoito Estados Membros participantes.
Em 14 de dezembro de 1960, os membros da OECE assinaram uma nova
convenção com os Estados Unidos e Canadá, e criaram a Organização para
Cooperação e Desenvolvimento
Económico para substituir a
OECE.
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23. Atualmente, a organização é formada por um total de trinta e seis Estados
Membros, sendo Portugal um dos países fundadores.
A OCDE tem aproximadamente duzentas e oitenta entidades, incluindo
Comitês, Grupos de Trabalho e Grupos de Peritos.
O órgão máximo de tomada de decisão da OCDE é o Conselho, que realiza
uma reunião ministerial em maio e junho todos os anos. Nesta reunião
participam os Representantes Permanentes dos países membros.
A reafirmação da Europa como centro de decisão à escala mundial
É no contexto da Guerra Fria e da bipolarização que surge o processo de
integração da Europa Ocidental. A construção da UE, veio então a mostrar-se
muito importante na reafirmação da Europa.
Começando no dia 9 de maio de 1950, o Ministro dos Negócios Estrangeiros
Francês, Robert Schumann, lançou as bases para o processo de integração.
Propondo a livre circulação de produtos considerados essenciais para o
desenvolvimento económico e para a indústria de armamento (carvão e o aço).
Este projeto de criação de um mercado comum, procurava, para além do
desenvolvimento económico, consolidar a paz recentemente conquistada, uma
vez que se pretendia a integração da Alemanha, tanto numa vertente política,
como económica.
A 18 de abril de 1951, aquando assinatura do Tratado de Paris, é criada a
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que envolveu a França, a
Alemanha Ocidental, a Itália, a Bélgica, a Holanda e Luxemburgo.
A CECA foi muito importante e decisiva para o futuro da integração Europeia,
uma vez que libertou e intensificou as trocas de dois produtos fundamentais
para o crescimento económico (carvão e o aço), começou a haver interesse em
levar mais longe a CECA, criando um mercado comum para todos os produtos.
Assim sendo, o passo decisivo para a integração é dado a 25 de março de
1957, onde os seis países assinaram o Tratado de Roma, sendo então criada a
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24. Comunidade Económica Europeia e a Comunidade Europeia da Energia
Atómica (EURATOM).
Neste sentido, cada uma das organizações, apresentava um conjunto de
objetivos: no que diz respeito à CEE, esta visava constituir uma união
aduaneira e preparar o caminho para o aprofundamento da integração
europeia, através da criação de um mercado comum. Já a EURATOM visava
estimular a cooperação no campo da energia atómica e diminuir a dependência
energética.
O sucesso da CEE ultrapassa rapidamente as expectativas. A CEE constitui
uma nova etapa da Europa; e assim, a integração permitiu:
redimensionamento dos mercados, as empresas passaram a ter mercados
mais alargados conseguindo realizar economias de escala e apostarem numa
maior modernidade; a reafirmação da Europa na Economia Internacional.
Durante os vinte anos seguintes, a Comunidade atravessa um período de
crise a vários níveis, as instituições comunitárias não funcionavam. Assim,
numa tentativa de relançamento do processo de integração, em 1985, são
dados dois importantes passos para o futuro da Comunidade e para a sua
afirmação no mundo.
Em 1986 é assinado o Ato Único Europeu, entrando em vigor um ano
depois em 1987. Este ato tinha como grandes objetivos, a criação de um
mercado único, onde pessoas, serviços, mercadorias e capitais pudessem
circular livremente; não só, mas também, permitir o desenvolvimento da coesão
económica e social de modo a reduzir as diferenças entre regiões, e por fim,
alargar as competências da CEE.
Já mais tarde, em fevereiro de 1992, foi assinado pelos doze países que
constituíam a Comunidade Económica Europeia, o Tratado de Maastricht.
Este tratado surgiu como uma alteração nos tratados já existentes, a fim de
reforçar o processo de integração. Assim, o Tratado de Maastricht permitiu: a
instauração da cidadania europeia; a criação da UEM (união económica e
monetária); a criação do comité das regiões (que visa aumentar a coesão entre
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25. regiões); a determinação da PESC (política externa de segurança comum) e o
reforço da cooperação nos domínios judicial, policial e alfandegário.
Em 1997, o Tratado de Maastricht é reforçado através da revisão introduzida
pelo Tratado de Amesterdão. Veio no sentido de instaurar uma verdadeira
cidadania europeia, de permitir a democratização do funcionamento das
instituições comunitárias e de implementar uma verdadeira PESC (Política
Externa e de Segurança Comum).
Em 2001, foi assinado o Tratado de Nice em que os chefes de Estado
chegaram a acordo sobre um conjunto de reformas, nomeadamente sobre o
funcionamento das instituições comunitárias, tendo em vista a preparação do
alargamento a Leste.
A Afirmação da Europa como Potência Mundial
À medida que os anos vão passando, a Europa foi readquirindo o papel que
ocupou no passado, tendo a via da integração, desempenhado um importante
papel neste processo.
Atualmente, a UE, ocupa o primeiro lugar no comércio mundial quer em
termos de mercadorias, quer de serviços.
Ao longo destes anos, tem tido um crescimento favorável do PIB, embora
atualmente, com todo este cenário de pandemia esteja a enfrentar algum
decréscimo económico.
Em conclusão, como verificamos, a UE volta a afirmar-se como um
importante centro de poder e de decisão no início deste novo milénio.
TERCEIRO MUNDO E A EMERGÊNCIA DAS
SEMIPERIFERIAS
Durante a Guerra Fria este termo aplicava-se aos Países Não Alinhados,
referidos anteriormente. Atualmente o termo “Terceiro Mundo” é aplicado aos
países que hoje, chamamos de países em desenvolvimento (PED).
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26. O primeiro mundo era formado pelos países capitalistas de maior
desenvolvimento económico, USA e seus aliados e o segundo mundo era
formado dos países de economia socialista, URSS e seus aliados.
Em 1955 surgiu a denominação Terceiro Mundo, com a Conferência de
Bandung, onde estavam reunidos os Países Não Alinhados. Logo esta
expressão passou a ser usada para designar os países menos desenvolvidos,
fossem eles capitalistas ou socialistas.
Ainda se ouve e lê as expressões Primeiro Mundo, onde são associados os
países onde há melhor qualidade de vida, e Terceiro Mundo, que se referente
aos países de economia mais pobre, e com qualidade de vida pior.
Os Países do Terceiro Mundo encontraram diversas barreiras ao seu
desenvolvimento, por exemplo, a nível natural, as catástrofes associadas aos
locais em causa são frequentes e os prejuízos são incalculáveis; a nível
histórico podemos associar a colonização a um dos fatores com maior peso; a
nível demográfico podemos ver que estes países apresentam uma elevada
taxa de mortalidade infantil e um reduzido número de esperança média de vida;
a nível económico observamos um rendimento per capita reduzido e uma
dívida externa bastante notória; em relação ao nível político assistimos a uma
instabilidade política e o desrespeito pelos direitos humanos ainda é bastante
praticado e o trabalho infantil é uma realidade nestes países; e a nível social
podemos verificar uma reduzida qualidade de vida e uma elevada exclusão
social.
A ajuda internacional aos países do Terceiro Mundo
Como forma de tentar atenuar o problema do subdesenvolvimento dos
países do terceiro mundo os países do Norte põem em marcha um conjunto de
medidas de forma a ajudar o Terceiro Mundo.
A chamada ajuda internacional desempenha um papel fundamental na
transformação e desenvolvimento destes países e têm como objetivos melhorar
o nível de vida das populações, aumentando o acesso à educação, à saúde e a
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27. uma melhor alimentação, reduzir a pobreza, apoiar as populações afetadas
pelas catástrofes e até mesmo compensar as elevadas dívidas externas.
Tanto a APD (Ajuda pública ao desenvolvimento) como as ONG têm
relevado um papel de importância no desenvolvimento destes países, porém
nem sempre esta ajuda falha devido a um conjunto de responsabilidades que
nem sempre são cumpridas.
Nas responsabilidades atribuídas aos países de destino podemos por vezes
observar uma má gestão do dinheiro ou dos recursos e uma contribuição para
a desigualdade económica social por esta ajuda não ser equitativa. Tendo em
conta os países doadores, estes não têm capacidade de responder a tantas
necessidades e por vezes as populações destes países não são motivadas a
ajudar ao próximo devido a entraves formais, por vezes a ajuda também e
canalizada para os países que oferecem mais garantias e interesses dos
doadores.
Os sucessos e insucessos do diálogo Norte-Sul
Na primeira Conferência das Nações Unidas para o comércio e o
desenvolvimento foi defendido o estabelecimento de trocas comerciais mais
justas e equitativas Norte-Sul e o estímulo da cooperação e do diálogo Sul-Sul.
Em 1974, na Assembleia Geral da ONU são definidos os princípios de uma
Nova ordem económica Internacional, que garantia uma justa remuneração dos
preços das matérias primas exportadas pelos países do Sul, a estabilização
dos preços das matérias primas, a facilitação no acesso aos produtos dos PED
aos mercados do Norte, e a redução do endividamento.
Infelizmente a NOEI nunca chegou a ser efetivamente concretizada, todavia
os objetivos foram reaproveitados por algumas organizações internacionais.
Em pleno século XXI podemos afirmar que “O Sul ainda precisa do Norte,
mas, cada vez mais, o Norte também precisa do Sul”, pois neste mundo
globalizado e interdependente cada vez mais se têm criado relações
económicas, financeiras, políticas e culturais.
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28. As economias emergentes do Terceiro Mundo
Este conceito de economias emergentes surgiu em 1970 para identificar
realidades económicas de países que, embora não possuam níveis de
desenvolvimento muito elevados, apresentam alguns indicadores próximos das
economias mais desenvolvidas.
Podemos incluir neste conceito um conjunto de países do Sul, por exemplo,
Ásia oriental e do sudeste asiático, prestes a abandonar uma situação de
subdesenvolvimento e apresentando o crescimento económico acelerado.
Atualmente estes países são chamados de NPI (Novos países
industrializados).
Os países da Ásia Oriental e do Sudeste asiático que se destacaram como
NPI são a Coreia do Sul, Taiwan, Singapura e Hong Kong. Apesar destes
apresentarem um conjunto de diferenças, há fatores que contribuíram para esta
rápida prosperidade, por exemplo, as condições geográficas favoráveis; o
papel do Estado fortemente intervencionista e protecionista e as características
da mão de obra, numerosa, qualificada, barata, disciplinada e com sentido
coletivo.
Estes países são importantes na medida em que contribuem na
internacionalização do mercado, a circulação de investimentos e o
desenvolvimento industrial. Além disso, criam novas dinâmicas no comércio
externo.
A emergência na China
A ascensão económica da China deve-se à adoção de uma política de
abertura ao exterior baseada numa estratégia de promoção das exportações,
de atração do IDE e numa integração crescente no processo de globalização,
como a adesão à OMC (Organização Mundial do Comércio). A partir de 2011, a
China passou a ser a primeira potência industrial e o maior exportador do
mundo, representando 14,6% das exportações mundiais.
Ao longo das últimas três décadas, o crescimento económico contínuo da
China baseou-se numa produção de baixo custo, sustentada na presença de
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29. uma mão de obra numerosa e barata e num Estado intervencionista e
regulador.
Nos últimos anos, a China diversificou a sua produção industrial e está a
investir em setores de inovadores e a aumentar o IDE estrangeiro e tem
redefinido o seu modelo de desenvolvimento para estimular a procura interna e
o aumento da produção, apoiada por maior investimento em I&D.
Para além da afirmação comercial e económica global, a China enfrenta
outros desafios: o abrandamento do crescimento populacional e o rápido
envelhecimento demográfico; as grandes desigualdades socioeconómicas; e a
degradação ambiental.
A emergência da Índia
A segunda potência demográfica do mundo também tem um forte
crescimento económico desde a década de noventa. Apesar de ainda persistir
a pobreza e maioria da população ser rural, a produção industrial tem vindo a
identificar-se. Apesar das indústrias intensivas em mão de obra persistirem, a
Índia tem investido em setores tecnologicamente avançados.
As semiperiferias da América Latina
O México tornou-se insolvente, criou uma zona de comércio livre com os
EUA e o Canadá, a NAFTA. Com este acordo, a industrialização acelerou,
aumentou a taxa de investimento estrangeiro e permitiu ao México afirmar-se
como destino turístico. A fronteira com os EUA permitiu também o seu
desenvolvimento com pequenos grupos de empresas. Com esta diversificação
de relações comerciais, o México tornou-se a décima quarta potência mundial.
No entanto, apresenta ainda grandes disparidades económicas entre as
regiões do interior e as fronteiriças com os EUA.
O Brasil ocupa no lugar de sexta economia do mundo, devido ao papel de
principal potência agrícola e industrial e à sua forte globalização a partir de
1990. A evolução do Brasil é marcada pela taxa de crescimento económico
elevada, redução da pobreza e aumento da classe média. Apesar destes
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30. progressos, o Brasil ocupa o lugar de 73º país com mais necessidades sociais
por satisfazer.
As economias emergentes da América Latina continuam com um conjunto
de problemas: violações dos direitos humanos; pobreza e exclusão social;
degradação ambiental; dependência face ao IDE.
Os países do Norte de África
O Magrebe é uma região situada entre o mar Mediterrâneo e o deserto do
Sara da qual fazem parte Argélia, Líbia, Marrocos e Tunísia.
Esta região é rica em petróleo e gás natural e nas regiões litorais predomina
as atividades agrícolas. A atividade turística também é muito importante para a
região. Devido ao seu potencial e posição próxima à Europa, a UE tem
celebrado vários acordos de cooperação.
O Norte de Africa enfrenta no entanco um obstáculo ao desenvolvimento
económico, a instabilidade política e social, devido à presença de grupos
terroristas e tensão entre os países devido à guerra pelo Sara Ocidental.
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31. CONCLUSÃO
Com o presente trabalho, analisámos os acontecimentos que ocorreram
após o fim da Segunda Guerra Mundial, desde o mundo bipolar até ao mundo
policêntrico.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo dividiu-se em duas áreas
de influência político-militares, com influência de duas superpotências: os
Estados Unidos da América, aliado á NATO, que estava interessado na
reconstrução da Europa e do Japão e na autossuficiência dos países, através
dos Planos Marshall e Dodge. Do outro lado, a União Soviética, aliada ao Pacto
de Varsóvia, preocupada com a reconstrução pós-guerra e a manutenção e
expansão do comunismo. Assim, estávamos perante uma coexistência pacífica,
a Guerra Fria, que persistiu durante vários anos.
O fim da Guerra Fria aprofundou o processo de integração europeia- União
Europeia, que derivava da Comunidade Económica Europeia, mas possuía
mais competências e mais países (de leste) integrantes; fortaleceu a
Organização das Nações Unidas que voltou a estar mais presente na resolução
de conflitos internacionais; provocou a descolonização e, consequentemente, a
formação de novos países que, devido aos problemas que apresentavam como
o endividamento, as tensões sociais e a deterioração dos termos de troca,
eram considerados países subdesenvolvidos ou países do terceiro mundo.
Estes países tiveram a ajuda dos países desenvolvidos, que já se tinham
recuperado economicamente da guerra, através de vários diálogos Norte-Sul,
reforçando as relações Sul- Sul, provocando a emergência de potências
económicas do Sul.
O mundo assistia, então, a um crescimento económico contínuo ao longo de
30 anos e a uma globalização das relações internacionais.
Assim, concluímos, que as relações entre os vários estados do mundo são
um ciclo, composto por períodos de paz e tensão. Neste momento estamos a
viver um período de relativa paz, mas nunca saberemos quando voltaremos a
um período de tensão, ou até mesmo de guerra.
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32. GLOSSÁRIO
Capitulação – Convenção entre beligerantes pela qual as forças armadas de
uma das partes, ou uma parcela delas, estando situadas numa praça-forte ou
cercadas pelo inimigo no teatro das operações, põem termo à ação militar e se
colocam à disposição do inimigo. Contudo, é uma definição distinta da de
rendição, pois pode ser condicional ou incondicional.
Toyotismo – Modo de organização do trabalho e da produção, caracterizado
pela polivalência das tarefas e do saber-fazer dos operários, pela melhoria
contínua do processo de produção, assim como pela ausência de stocks.
Surgiu nos anos cinquenta do século XX, nas unidades fabris da Toyota, como
adaptação do modelo taylorista-fordista de produção às características
geoeconómicas do Japão. A partir dos anos setenta, este modelo japonês
adquiriu uma projeção global.
WEBGRAFIA/ BIBLIOGRAFIA
Manual de Geografia C 12ºAno- Plátano Editora
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/criacao-onu-apos-ii-guerra-
mundial.htm
https://notapositiva.com/um-mundo-policentrico/
https://www.slideshare.net/RenatoOliveira240/consolidao-do-japo-69320118
https://reflexaoideia.webnode.pt/paises%20n%C3%A3o-alinhados/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_N%C3%A3o_Alinhado
https://iiss.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/05679329108449071?
journalCode=tadl19
https://www.dgae.gov.pt/servicos/comercio-internacional-e-relacoes-
internacionais/multilaterais/organizacao-para-a-cooperacao-e-desenvolvimento-
economico-ocde-.aspx
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