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ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO
     PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO




               José Alem, cmf pe.
           “Não é possível não comunicar...
não existe comportamento que não seja comunicação”.
                  Paul Watzalawick
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                     Comunicar para Acolher

01. A comunicação como dimensão humana.
   O ser humano é e se realiza na comunicação que faz. O ser humano é um ser
multidimensional, e a sua capacidade de se comunicar é uma de suas características
mais expressivas e significativas. Não se pode não comunicar. Cada comportamento
humano é comunicação.

   Para se comunicar o ser humano usa diversas linguagens, tipos de inteligência e
expressões. Entre elas estão as dimensões espiritual, emocional, intelectual, corporal,
vocal. Cada comportamento pode ser aprendido e requer novas habilidades
comunicativas.

   Existe uma comunicação que privilegia a palavra que é conhecida como linguagem ou
comunicação verbal.

    Há um outro modo que as pessoas usam para se comunicarem e que é mais incisiva e
significativa e que não usa as palavras mas os gestos, as atitudes, os comportamentos,
os sentimentos, os afetos, as ações e a reações, os símbolos, as linguagens para verbais
que é conhecido como linguagem ou comunicação não verbal. A linguagem não verbal é
expressa também através do silencio, das expressões faciais, da tonalidade, da
intensidade, do timbre tanto da voz como da pele, do olhar, do odor e estão sempre inter-
ligadas e inter-relacionadas. Nessa diversidade de linguagens, há pessoas que usam
mais uma que outra, conhecem mais um determinado tipo de linguagem e tem
dificuldades de comunicarem-se com outro tipo. Existe uma linguagem explícita e uma
linguagem implícita, intencional ou casual.

   O significado da comunicação é a resposta que se recebe.

   No processo de comunicação a pessoa é o principal meio.

    Por motivos vários, temperamento, tipo de convivência e influência, condicionamentos
internos e externos, experiências marcantes as pessoas podem se comunicar melhor ou
terem dificuldades para se comunicarem. Bloqueios mentais e emocionais são a causa
mais freqüente das pessoas terem dificuldades de se comunicarem, isto é, de con-
viverem.

        Para se desenvolver uma boa comunicação é preciso libertar-se dos bloqueios, ser
criativo e espontâneo, evitando seguir regras rígidas e a idéia de uma única resposta
certa, evitar ambigüidades e ser prático.




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       Aprender a interpretar a linguagem do corpo, entender e usar gestos, aprender a
ouvir, saber fazer perguntas, ler com eficiência, prestar atenção e tomar notas, aprender a
fazer contato, passar informação, o uso correto do telefone e das novas tecnologias são
alguns requisitos essenciais para uma comunicação mais eficiente nos diversos setores
da vida da sociedade de hoje, inclusive nas comunidades eclesiais.

       O conhecimento e o uso de algumas técnicas são necessários para aprimorar a
comunicação entre as pessoas no ambiente de trabalho. Entre as quais: como dar
instruções, a comunicação um a um, como conduzir reuniões, como falar em público,
como negociar, como redigir relatórios, como escrever propostas, impacto visual,
comunicação estratégica: identidade corporativa, relações públicas, publicidade,
comunicação interna, recepção da mensagem.

      Uma comunicação eficiente supõe: saber administrar o tempo, saber o que e como
perguntar, reduzir o estresse, saber liderar reuniões, motivar pessoas, gerenciar equipes,
delegar tarefas, fazer apresentações, gerenciar mudanças, planejar, ter idéias inovadoras,
saber administrar conflitos profissionais, como assumir uma nova postura.

        A comunicação é uma necessidade humana e como fenômeno é universal e único.
São muitas as linguagens que utilizamos para nos comunicarmos. Mas a comunicação é
sempre uma só. Todas as linguagens servem para nos comunicarmos e também podem
ser utilizadas com eficiência na prática pastoral.

      Particular importância possui:
         1. A linguagem dos gestos: sorriso, ritmo cardíaco, as mãos, a dança, o
             caminhar, o choro, o olhar, os gestos.

          2. A linguagem das imagens: a palavra possui sentido mais convencional, a
             imagem é mais natural. A palavra atinge mais uma região do cérebro, o
             hemisfério direito. A imagem é mais informal, emotiva e atinge o hemisfério
             esquerdo do cérebro. A palavra expressa mais racionalidade, a imagem
             mais a emotividade.

          3. A linguagem da palavra, no entanto, não é unívoca. Há pelo menos dois
             níveis diferentes para se conhecer e reconhecer a linguagem oral: o nível
             simbólico e o nível conceitual. O que se aprende com os sentidos fica
             gravado na memória profunda. O que se aprende com as palavras em geral
             atinge mais o conceitual e nem sempre se chega à experiência. As
             experiências não se esquecem.

       Comunicar significa "colocar em comum". Comunicação é um processo
permanente para produzir a fraternidade entre as pessoas, o amor verdadeiro e a
amizade estimulando valores como o respeito, o diálogo, a partilha e a capacidade de
con-viver.




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       A comunicação acontece quando uma pessoa é, age e se expressa de tal modo
que entre ela e as outras se estabelece uma união, livre e libertadora, de tal modo que
elas crescem e se aprofundam no conhecimento, no respeito no amor.

      Comunicação é um processo. Mais que idéias, sentimentos, informações, a
comunicação produz fraternidade. A Comunicação pretende antes de tudo que as
pessoas se humanizem, sejam mais gente, um ser humano melhor.

Revendo:
- Destacar as idéias centrais e destacar as atitudes básicas decorrentes
- Selecionar 5 atitudes que considere as mais importantes para se iniciar uma nova
experiência de comunicação.
- Avaliar sua conduta pessoal. Em que se comunica melhor. Em que tem mais dificuldade
para se comunicar.


02. Comunicação e Ação Pastoral.
        A Igreja existe como lugar de Comunhão. Essa é a sua verdadeira vocação e
missão. Tudo o que se faz na Igreja e como Igreja tem esse objetivo: criar, ser, viver a
comunhão. Assim na terra, como no céu. Toda a ação Pastoral da Igreja, nas suas
múltiplas expressões são meios para criar a comunidade, isto é, a comunhão entre as
pessoas. O agir deve conduzir ao ser. Portanto importa não só o que se faz mas como se
faz pastoral. Para expressar a linguagem comunhão, o apóstolo Paulo usa a imagem do
corpo. No capítulo 12 da primeira carta à comunidade de Corinto, ele mostra que a Igreja
é uma realidade semelhante ao corpo humano. O corpo não é um amontoado de
membros, de órgãos, de células, mas um conjunto harmonioso onde tudo se relaciona, se
articula. Há uma ação e reação conjunta. As pernas, por exemplo, não existem por causa
delas mesmas, mas para que todo o corpo possa caminhar. Ainda mais, entre os
membros do corpo existe uma inter-relação e dependência, de tal modo que todos
são importantes.

  A Igreja é semelhante ao corpo humano que é um símbolo de comunhão. Assim
como o corpo tem um órgão que harmoniza e coordena e até mesmo todos os seus
membros, a Igreja, comunidade de comunhão no amor, tem a caridade como centro
 de sua vida e de sua ação. É a caridade a fonte e o destino da Igreja. Nela se vive a
vocação e a missão. No capítulo 13 da mesma carta, Paulo fala da Caridade como o
eixo que deve sustentar toda a vida e toda a ação da Igreja. Sem ela, nada tem valor.

       O modelo de Igreja comunhão integra a imagem de Povo de Deus. O conceito de
povo implica um projeto comum de vida, participação e organização. A vida da Igreja é
organizada como um meio de favorecer a comunhão. Ações, movimentos, ministérios,
serviços, pastorais são atividades destinadas a proporcionar ao povo de Deus, à Igreja,
uma experiência de comunhão.




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       Comunhão significa que a Igreja é um lugar, um espaço onde se possa viver
relações intersubjetivas como amizade, conhecimento, proximidade, solidariedade,
buscas comuns. Para que todas essas experiências sejam expressão e ao mesmo tempo
construam a comunhão na Igreja são necessárias atitudes fundamentais de fé, acolhida e
vivência partilhada da palavra; experiência de oração e vivência das fontes de Deus nos
sacramentos; a partilha da vida em comum, o testemunho e a ação apostólico-
missionária.

        Para viver sua vocação-missão a Igreja precisa ser profética. Estar presente no
tempo, no espaço, na história e desenvolver práticas que proporcionem condições para
que comunhão se torne cada vez mais efetiva. Nesse processo de construir a comunhão,
o caminho é o seguimento a Jesus, caminho que gera a vida através do amor que é
mistério de paixão e morte e ressurreição. Por isso a comunhão se constrói com a
participação de cada membro, na experiência concreta do amor que é serviço. Isso supõe
gastar tempo, energia, conhecimento, sentimento, dons, serviços, silêncios, palavras,
gestos, atitudes, enfim, tudo o que envolve as exigências comuns da vida de um ser
humano para que sua convivência seja construtora de comunhão. A comunhão se
constrói sobretudo no encontro do ser humano consigo mesmo, reconhecendo sua
dignidade e seu valor, o encontro com o outro como semelhante, o encontro com o mundo
como ambiente e lugar de viver a comunhão, e encontro com Deus, em Jesus Cristo, no
Espírito Santo como razão e sentido do que é e do que faz.

      A comunhão é um processo permanente, um aprendizado. É um aprendizado
pessoal e comunitário. Supõe uma postura física, mental, emocional, moral, espiritual que
combine com suas exigências. Para isso é necessário superar condicionamentos de
ordem pessoal, familiar, grupal, cultural e mesmo de imagem de Deus e da Igreja.

       Por ser formada de seres humanos com todas as suas características, a Igreja é
expressão das pessoas que a compõe com seus valores e suas dificuldades e limitações.
Por isso, o processo de Educação do ser é condição fundamental para que a Igreja nos
seus diversos serviços, possa realizar uma missão mais eficiente e de qualidade. Educar
é mais que adestrar (fazer ações) ou treinar (repetir ações). Isso faz a diferença entre um
comunicação e conseqüente ação pastoral autêntica e inautêntica, racional e emocional,
capacitada e incapacitada, segura e insegura, sábia e medíocre, libertadora ou opressora,
aberta, humilde, refletida ou improvisada. Não se trata de uma ação perfeito e completa
mas motivada pelos valores fundamentais da vida traduzidos em experiências sinceras de
vida e em permanente processo de construção.

      Toda ação da Igreja deve favorecer e supor ao mesmo tempo um dinâmico
processo de maturação humana e cristã, fazer que a pessoa cresça e faça crescer.

   Revendo:
   - Quais os aspectos teológicos e pastorais que mais lhe chamam a atenção.
   - O que mais favorece a Comunhão.
   - O que mais prejudica a Comunhão.
   - Cite 5 passos concretos para criar um processo de comunhão.



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03. Acolher: um modelo de comunicação.
       Uma das características da vida de comunhão é a acolhida. Se entendermos bem o
conteúdo dessa palavra e do que ela diz, podemos dizer que toda a ação da Igreja é
acolhida, a Igreja existe para acolher. Toda ação humana e pastoral nasce e vive do
desejo de acolher e ser acolhido.

      O que é Acolher. Acolher, etimologicamente significa dar acolhida, receber,
atender, receber, dar crédito a, dar ouvidos a, admitir, aceitar, tomar em consideração,
atender a, abrigar.

      Há alguns anos, revisando sua prática pastoral a Igreja descobriu que a acolhida
deveria ser melhorada, priorizada, transformada, por assim dizer, na sua característica.

       O Documento 45 da CNBB, Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no
Brasil, 1991-1994 considera a importância do acolhimento para a Igreja, a sua postura
acolhedora, a valorização da pessoa para que seja acolhida. Fala também de formas
sistemáticas e organizadas de acolher. Surge a proposta de um ministério da acolhida,
uma ação pastoral de comunicação caracterizada pela cordialidade e pela fraternidade.
Essa ação supõe tanto receber como ir ao encontro. O ministério da acolhida é uma ação
feita em nome da comunidade e para acolher na comunidade. Para isso o documento
fala de evitar atitudes unilaterais como intelectualismo, intimismo, emocionalismo e fuga
do compromisso.

        Assim o Ministério da acolhida passa a ser uma ação da pastoral, missionária e
litúrgica da Igreja. Uma pastoral da comunicação.

      Acolher é para a Igreja evangelização e missão.

       O Documento 61 da CNBB Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no
Brasil 1999-2002 reafirma a necessidade de a Igreja abrir-se para uma atitude de acolhida
do outro, em especial de quem pertence a tradições religiosas e culturais diferentes. A
acolhida refere-se especialmente às suas experiências espirituais mais profundas
revelando assim, que acolher é uma atitude evangélica, um gesto concreto de amor, é
uma espiritualidade que nasce da prática de Jesus e que sintetiza o seu mandamento
novo.

      O Projeto “Ser Igreja no novo milênio” da CNBB convoca a Igreja nas suas
comunidades a abrirem portas e corações à Palavra. Abrir no sentido literal e simbólico.
Espaços, ambientes, posturas, práticas, métodos, ações, conteúdos, tudo deve expressar
a acolhida como característica de uma comunidade católica, isto é, acolhedora, e por isso
aberta. O lugar onde a pessoa acolhe a fé é o coração... analogamente, o dom da fé e da
conversão é descrito como abrir os olhos.




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      Como acolher. Atitudes e critérios.

      Acolher é antes de tudo uma atitude e uma conduta. Não é automática. É preciso
educar-se e educar para sermos acolhedores.

      No mundo atual, marcado por novo contexto, mudanças constantes e velozes, as
relações interpessoais mudam também. Por isso a Igreja-Comunidade precisa se
preocupar com o tratamento que dá às pessoas e com a qualidade desse acolhimento.

     Acolher é um anúncio explícito de Jesus Cristo. Virtude cultivada por todas as
comunidades, expressão de alegria, fé, pertença à Igreja. A pessoa é o evangelho vivo.

       Para acolher é necessário ter uma idéia única do ser humano, amar a todos,
despir-se de estruturas internas ou externas e preconceitos, romper com práticas elitistas.

       Acolhida supõe escuta e diálogo. Saudar, demonstrar interesse pelas pessoas,
amabilidade, orientar, acomodar, agir com qualidade no atendimento como ao telefone,
nas celebrações litúrgicas, na convivência são alguns aspectos que favorecem a cultura
do diálogo e da acolhida.

       Deixar-se conduzir pelo Espírito, viver em contínua comunhão com Cristo, viver a
caridade apostólica, atenção, ternura, compaixão, acolhimento, disponibilidade, empenho,
tolerância, respeito, misericórdia são atitudes fundamentais para que a acolhida seja sinal
do Cristo acolhedor. A acolhida tem uma dimensão eclesial: é a comunidade que acolhe
através de quem acolhe.

       Ações:
       1. Educar a comunidade para acolher. Desenvolver nas crianças e nos jovens, nos
agentes de pastoral a dimensão comunicativa em suas múltiplas faces, a cultura da
acolhida.
       2. Proporcionar a cultura da acolhida através de meios e ambientes e situações.
       3. Motivar ações que favoreçam a atitude de acolhida.
       4. Preparo e treinamento dos que desenvolvem serviços na comunidade como
secretários/as.
       5. Desenvolver a consciência da acolhida como estilo de vida entre as diversas
pastorais.
       6. Favorecer o espaço acolhedor: igreja, salas, etc...
       7. Favorecer o atendimento específico da acolhida com agentes de acolhida e
recursos e meios.
       8. Realizar plantões de atendimento com pessoas treinadas para isso.
       9. Ir ao encontro das pessoas por meio de: visitas organizadas e permanentes a
ambientes: escolas, locais públicos como cemitério, hospitais, famílias. Para isso,
preparar agentes. Zeladores de rua, ou quarteirão, ou prédio. Maior presença nos meios
de comunicação e uso de meios populares como folhetos, telefonemas (telemarketing).
Conquistar novos espaços. Garantir o serviço de atendimento em escolas, universidades,
shopping etc... Atender e promover celebrações ou devoções que favoreçam o contato
com pessoas.

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      Para organizar a pastoral da acolhida.

       Planejar a ação: ver, julgar e agir. A ação deve permear toda a comunidade, todas
as pastorais e serviços e ministérios.
Método: criação de uma equipe diocesana de acolhida. Prever as metas e as atividades a
serem realizadas por quem, onde, como, quando, por que, para quem, com que meios.
Preparar agentes da acolhida. Contar com assessoria e favorecer a expressão criativa do
grupo.


       Para levar avante um projeto como este é necessário criar grupos de reflexão e
ação; realizar cursos, oficinas em diversos níveis para que se desperte a consciência para
a novidade da comunicação acolhedora e de seus meios e exercitem dinâmicas
alternativas que reflitam numa progressiva prática educativa. Essa preparação supõe
ainda uma competência técnica.

       Acolhida se faz através e sobretudo do encontro pessoal mas também através do
ambiente, com uso de meios, através da linguagem e de recursos humanos, materiais e
técnicos.




      Sugestão de leituras:

Pastoral da Acolhida. Pe. Jerônimo Gasques. Editora Vozes. Petrópolis. RJ.

Acolher é comunicar. Como trabalhar o Ministério da Acolhida. Helena Corazza, fsp.
Paulinas. São Paulo. SP.

Ministérios da acolhida e da presidência. Francisco Rodrigues, cmf. Ave Maria Edições.
São Paulo. SP

    Conteúdo desenvolvido e organizado por: José Alem, cmf pe.
    Contato:   (11)   3661-6961      –    Email:    josealem@bol.com.br                ou
    joseallen@msn.com




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Índice:

01. A comunicação como dimensão humana.

03. Comunicação e Ação Pastoral.

05. Acolher: um modelo de comunicação.




Autoria:
José Alem, cmf pe.
Contato: (11) 3661-6961               josealem@bol.com.br ou joseallen@msn.com

Coordenadores:
Márcio Smiguel Pimenta                arquidioceserp@netsite.com.br
José Geraldo Marcão (Gera)            gerabignose@bol.com.br


Realização:
Arquidiocese Ribeirão Preto

R. Tibiriça, 879 – Centro –
Cx.Postal 105
14001-970 - Ribeirão Preto – SP

Fone/Fax (16) 610.8477 – 610.1288
arquidioceserp@netsite.com.br




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Comunicar para Acolher

  • 1. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO José Alem, cmf pe. “Não é possível não comunicar... não existe comportamento que não seja comunicação”. Paul Watzalawick
  • 2. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO Comunicar para Acolher 01. A comunicação como dimensão humana. O ser humano é e se realiza na comunicação que faz. O ser humano é um ser multidimensional, e a sua capacidade de se comunicar é uma de suas características mais expressivas e significativas. Não se pode não comunicar. Cada comportamento humano é comunicação. Para se comunicar o ser humano usa diversas linguagens, tipos de inteligência e expressões. Entre elas estão as dimensões espiritual, emocional, intelectual, corporal, vocal. Cada comportamento pode ser aprendido e requer novas habilidades comunicativas. Existe uma comunicação que privilegia a palavra que é conhecida como linguagem ou comunicação verbal. Há um outro modo que as pessoas usam para se comunicarem e que é mais incisiva e significativa e que não usa as palavras mas os gestos, as atitudes, os comportamentos, os sentimentos, os afetos, as ações e a reações, os símbolos, as linguagens para verbais que é conhecido como linguagem ou comunicação não verbal. A linguagem não verbal é expressa também através do silencio, das expressões faciais, da tonalidade, da intensidade, do timbre tanto da voz como da pele, do olhar, do odor e estão sempre inter- ligadas e inter-relacionadas. Nessa diversidade de linguagens, há pessoas que usam mais uma que outra, conhecem mais um determinado tipo de linguagem e tem dificuldades de comunicarem-se com outro tipo. Existe uma linguagem explícita e uma linguagem implícita, intencional ou casual. O significado da comunicação é a resposta que se recebe. No processo de comunicação a pessoa é o principal meio. Por motivos vários, temperamento, tipo de convivência e influência, condicionamentos internos e externos, experiências marcantes as pessoas podem se comunicar melhor ou terem dificuldades para se comunicarem. Bloqueios mentais e emocionais são a causa mais freqüente das pessoas terem dificuldades de se comunicarem, isto é, de con- viverem. Para se desenvolver uma boa comunicação é preciso libertar-se dos bloqueios, ser criativo e espontâneo, evitando seguir regras rígidas e a idéia de uma única resposta certa, evitar ambigüidades e ser prático. http://www.arquidioceserp.org.br/ 1 arquidioceserp@netsite.com.br
  • 3. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO Aprender a interpretar a linguagem do corpo, entender e usar gestos, aprender a ouvir, saber fazer perguntas, ler com eficiência, prestar atenção e tomar notas, aprender a fazer contato, passar informação, o uso correto do telefone e das novas tecnologias são alguns requisitos essenciais para uma comunicação mais eficiente nos diversos setores da vida da sociedade de hoje, inclusive nas comunidades eclesiais. O conhecimento e o uso de algumas técnicas são necessários para aprimorar a comunicação entre as pessoas no ambiente de trabalho. Entre as quais: como dar instruções, a comunicação um a um, como conduzir reuniões, como falar em público, como negociar, como redigir relatórios, como escrever propostas, impacto visual, comunicação estratégica: identidade corporativa, relações públicas, publicidade, comunicação interna, recepção da mensagem. Uma comunicação eficiente supõe: saber administrar o tempo, saber o que e como perguntar, reduzir o estresse, saber liderar reuniões, motivar pessoas, gerenciar equipes, delegar tarefas, fazer apresentações, gerenciar mudanças, planejar, ter idéias inovadoras, saber administrar conflitos profissionais, como assumir uma nova postura. A comunicação é uma necessidade humana e como fenômeno é universal e único. São muitas as linguagens que utilizamos para nos comunicarmos. Mas a comunicação é sempre uma só. Todas as linguagens servem para nos comunicarmos e também podem ser utilizadas com eficiência na prática pastoral. Particular importância possui: 1. A linguagem dos gestos: sorriso, ritmo cardíaco, as mãos, a dança, o caminhar, o choro, o olhar, os gestos. 2. A linguagem das imagens: a palavra possui sentido mais convencional, a imagem é mais natural. A palavra atinge mais uma região do cérebro, o hemisfério direito. A imagem é mais informal, emotiva e atinge o hemisfério esquerdo do cérebro. A palavra expressa mais racionalidade, a imagem mais a emotividade. 3. A linguagem da palavra, no entanto, não é unívoca. Há pelo menos dois níveis diferentes para se conhecer e reconhecer a linguagem oral: o nível simbólico e o nível conceitual. O que se aprende com os sentidos fica gravado na memória profunda. O que se aprende com as palavras em geral atinge mais o conceitual e nem sempre se chega à experiência. As experiências não se esquecem. Comunicar significa "colocar em comum". Comunicação é um processo permanente para produzir a fraternidade entre as pessoas, o amor verdadeiro e a amizade estimulando valores como o respeito, o diálogo, a partilha e a capacidade de con-viver. http://www.arquidioceserp.org.br/ 2 arquidioceserp@netsite.com.br
  • 4. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO A comunicação acontece quando uma pessoa é, age e se expressa de tal modo que entre ela e as outras se estabelece uma união, livre e libertadora, de tal modo que elas crescem e se aprofundam no conhecimento, no respeito no amor. Comunicação é um processo. Mais que idéias, sentimentos, informações, a comunicação produz fraternidade. A Comunicação pretende antes de tudo que as pessoas se humanizem, sejam mais gente, um ser humano melhor. Revendo: - Destacar as idéias centrais e destacar as atitudes básicas decorrentes - Selecionar 5 atitudes que considere as mais importantes para se iniciar uma nova experiência de comunicação. - Avaliar sua conduta pessoal. Em que se comunica melhor. Em que tem mais dificuldade para se comunicar. 02. Comunicação e Ação Pastoral. A Igreja existe como lugar de Comunhão. Essa é a sua verdadeira vocação e missão. Tudo o que se faz na Igreja e como Igreja tem esse objetivo: criar, ser, viver a comunhão. Assim na terra, como no céu. Toda a ação Pastoral da Igreja, nas suas múltiplas expressões são meios para criar a comunidade, isto é, a comunhão entre as pessoas. O agir deve conduzir ao ser. Portanto importa não só o que se faz mas como se faz pastoral. Para expressar a linguagem comunhão, o apóstolo Paulo usa a imagem do corpo. No capítulo 12 da primeira carta à comunidade de Corinto, ele mostra que a Igreja é uma realidade semelhante ao corpo humano. O corpo não é um amontoado de membros, de órgãos, de células, mas um conjunto harmonioso onde tudo se relaciona, se articula. Há uma ação e reação conjunta. As pernas, por exemplo, não existem por causa delas mesmas, mas para que todo o corpo possa caminhar. Ainda mais, entre os membros do corpo existe uma inter-relação e dependência, de tal modo que todos são importantes. A Igreja é semelhante ao corpo humano que é um símbolo de comunhão. Assim como o corpo tem um órgão que harmoniza e coordena e até mesmo todos os seus membros, a Igreja, comunidade de comunhão no amor, tem a caridade como centro de sua vida e de sua ação. É a caridade a fonte e o destino da Igreja. Nela se vive a vocação e a missão. No capítulo 13 da mesma carta, Paulo fala da Caridade como o eixo que deve sustentar toda a vida e toda a ação da Igreja. Sem ela, nada tem valor. O modelo de Igreja comunhão integra a imagem de Povo de Deus. O conceito de povo implica um projeto comum de vida, participação e organização. A vida da Igreja é organizada como um meio de favorecer a comunhão. Ações, movimentos, ministérios, serviços, pastorais são atividades destinadas a proporcionar ao povo de Deus, à Igreja, uma experiência de comunhão. http://www.arquidioceserp.org.br/ 3 arquidioceserp@netsite.com.br
  • 5. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO Comunhão significa que a Igreja é um lugar, um espaço onde se possa viver relações intersubjetivas como amizade, conhecimento, proximidade, solidariedade, buscas comuns. Para que todas essas experiências sejam expressão e ao mesmo tempo construam a comunhão na Igreja são necessárias atitudes fundamentais de fé, acolhida e vivência partilhada da palavra; experiência de oração e vivência das fontes de Deus nos sacramentos; a partilha da vida em comum, o testemunho e a ação apostólico- missionária. Para viver sua vocação-missão a Igreja precisa ser profética. Estar presente no tempo, no espaço, na história e desenvolver práticas que proporcionem condições para que comunhão se torne cada vez mais efetiva. Nesse processo de construir a comunhão, o caminho é o seguimento a Jesus, caminho que gera a vida através do amor que é mistério de paixão e morte e ressurreição. Por isso a comunhão se constrói com a participação de cada membro, na experiência concreta do amor que é serviço. Isso supõe gastar tempo, energia, conhecimento, sentimento, dons, serviços, silêncios, palavras, gestos, atitudes, enfim, tudo o que envolve as exigências comuns da vida de um ser humano para que sua convivência seja construtora de comunhão. A comunhão se constrói sobretudo no encontro do ser humano consigo mesmo, reconhecendo sua dignidade e seu valor, o encontro com o outro como semelhante, o encontro com o mundo como ambiente e lugar de viver a comunhão, e encontro com Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo como razão e sentido do que é e do que faz. A comunhão é um processo permanente, um aprendizado. É um aprendizado pessoal e comunitário. Supõe uma postura física, mental, emocional, moral, espiritual que combine com suas exigências. Para isso é necessário superar condicionamentos de ordem pessoal, familiar, grupal, cultural e mesmo de imagem de Deus e da Igreja. Por ser formada de seres humanos com todas as suas características, a Igreja é expressão das pessoas que a compõe com seus valores e suas dificuldades e limitações. Por isso, o processo de Educação do ser é condição fundamental para que a Igreja nos seus diversos serviços, possa realizar uma missão mais eficiente e de qualidade. Educar é mais que adestrar (fazer ações) ou treinar (repetir ações). Isso faz a diferença entre um comunicação e conseqüente ação pastoral autêntica e inautêntica, racional e emocional, capacitada e incapacitada, segura e insegura, sábia e medíocre, libertadora ou opressora, aberta, humilde, refletida ou improvisada. Não se trata de uma ação perfeito e completa mas motivada pelos valores fundamentais da vida traduzidos em experiências sinceras de vida e em permanente processo de construção. Toda ação da Igreja deve favorecer e supor ao mesmo tempo um dinâmico processo de maturação humana e cristã, fazer que a pessoa cresça e faça crescer. Revendo: - Quais os aspectos teológicos e pastorais que mais lhe chamam a atenção. - O que mais favorece a Comunhão. - O que mais prejudica a Comunhão. - Cite 5 passos concretos para criar um processo de comunhão. http://www.arquidioceserp.org.br/ 4 arquidioceserp@netsite.com.br
  • 6. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO 03. Acolher: um modelo de comunicação. Uma das características da vida de comunhão é a acolhida. Se entendermos bem o conteúdo dessa palavra e do que ela diz, podemos dizer que toda a ação da Igreja é acolhida, a Igreja existe para acolher. Toda ação humana e pastoral nasce e vive do desejo de acolher e ser acolhido. O que é Acolher. Acolher, etimologicamente significa dar acolhida, receber, atender, receber, dar crédito a, dar ouvidos a, admitir, aceitar, tomar em consideração, atender a, abrigar. Há alguns anos, revisando sua prática pastoral a Igreja descobriu que a acolhida deveria ser melhorada, priorizada, transformada, por assim dizer, na sua característica. O Documento 45 da CNBB, Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 1991-1994 considera a importância do acolhimento para a Igreja, a sua postura acolhedora, a valorização da pessoa para que seja acolhida. Fala também de formas sistemáticas e organizadas de acolher. Surge a proposta de um ministério da acolhida, uma ação pastoral de comunicação caracterizada pela cordialidade e pela fraternidade. Essa ação supõe tanto receber como ir ao encontro. O ministério da acolhida é uma ação feita em nome da comunidade e para acolher na comunidade. Para isso o documento fala de evitar atitudes unilaterais como intelectualismo, intimismo, emocionalismo e fuga do compromisso. Assim o Ministério da acolhida passa a ser uma ação da pastoral, missionária e litúrgica da Igreja. Uma pastoral da comunicação. Acolher é para a Igreja evangelização e missão. O Documento 61 da CNBB Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 1999-2002 reafirma a necessidade de a Igreja abrir-se para uma atitude de acolhida do outro, em especial de quem pertence a tradições religiosas e culturais diferentes. A acolhida refere-se especialmente às suas experiências espirituais mais profundas revelando assim, que acolher é uma atitude evangélica, um gesto concreto de amor, é uma espiritualidade que nasce da prática de Jesus e que sintetiza o seu mandamento novo. O Projeto “Ser Igreja no novo milênio” da CNBB convoca a Igreja nas suas comunidades a abrirem portas e corações à Palavra. Abrir no sentido literal e simbólico. Espaços, ambientes, posturas, práticas, métodos, ações, conteúdos, tudo deve expressar a acolhida como característica de uma comunidade católica, isto é, acolhedora, e por isso aberta. O lugar onde a pessoa acolhe a fé é o coração... analogamente, o dom da fé e da conversão é descrito como abrir os olhos. http://www.arquidioceserp.org.br/ 5 arquidioceserp@netsite.com.br
  • 7. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO Como acolher. Atitudes e critérios. Acolher é antes de tudo uma atitude e uma conduta. Não é automática. É preciso educar-se e educar para sermos acolhedores. No mundo atual, marcado por novo contexto, mudanças constantes e velozes, as relações interpessoais mudam também. Por isso a Igreja-Comunidade precisa se preocupar com o tratamento que dá às pessoas e com a qualidade desse acolhimento. Acolher é um anúncio explícito de Jesus Cristo. Virtude cultivada por todas as comunidades, expressão de alegria, fé, pertença à Igreja. A pessoa é o evangelho vivo. Para acolher é necessário ter uma idéia única do ser humano, amar a todos, despir-se de estruturas internas ou externas e preconceitos, romper com práticas elitistas. Acolhida supõe escuta e diálogo. Saudar, demonstrar interesse pelas pessoas, amabilidade, orientar, acomodar, agir com qualidade no atendimento como ao telefone, nas celebrações litúrgicas, na convivência são alguns aspectos que favorecem a cultura do diálogo e da acolhida. Deixar-se conduzir pelo Espírito, viver em contínua comunhão com Cristo, viver a caridade apostólica, atenção, ternura, compaixão, acolhimento, disponibilidade, empenho, tolerância, respeito, misericórdia são atitudes fundamentais para que a acolhida seja sinal do Cristo acolhedor. A acolhida tem uma dimensão eclesial: é a comunidade que acolhe através de quem acolhe. Ações: 1. Educar a comunidade para acolher. Desenvolver nas crianças e nos jovens, nos agentes de pastoral a dimensão comunicativa em suas múltiplas faces, a cultura da acolhida. 2. Proporcionar a cultura da acolhida através de meios e ambientes e situações. 3. Motivar ações que favoreçam a atitude de acolhida. 4. Preparo e treinamento dos que desenvolvem serviços na comunidade como secretários/as. 5. Desenvolver a consciência da acolhida como estilo de vida entre as diversas pastorais. 6. Favorecer o espaço acolhedor: igreja, salas, etc... 7. Favorecer o atendimento específico da acolhida com agentes de acolhida e recursos e meios. 8. Realizar plantões de atendimento com pessoas treinadas para isso. 9. Ir ao encontro das pessoas por meio de: visitas organizadas e permanentes a ambientes: escolas, locais públicos como cemitério, hospitais, famílias. Para isso, preparar agentes. Zeladores de rua, ou quarteirão, ou prédio. Maior presença nos meios de comunicação e uso de meios populares como folhetos, telefonemas (telemarketing). Conquistar novos espaços. Garantir o serviço de atendimento em escolas, universidades, shopping etc... Atender e promover celebrações ou devoções que favoreçam o contato com pessoas. http://www.arquidioceserp.org.br/ 6 arquidioceserp@netsite.com.br
  • 8. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO Para organizar a pastoral da acolhida. Planejar a ação: ver, julgar e agir. A ação deve permear toda a comunidade, todas as pastorais e serviços e ministérios. Método: criação de uma equipe diocesana de acolhida. Prever as metas e as atividades a serem realizadas por quem, onde, como, quando, por que, para quem, com que meios. Preparar agentes da acolhida. Contar com assessoria e favorecer a expressão criativa do grupo. Para levar avante um projeto como este é necessário criar grupos de reflexão e ação; realizar cursos, oficinas em diversos níveis para que se desperte a consciência para a novidade da comunicação acolhedora e de seus meios e exercitem dinâmicas alternativas que reflitam numa progressiva prática educativa. Essa preparação supõe ainda uma competência técnica. Acolhida se faz através e sobretudo do encontro pessoal mas também através do ambiente, com uso de meios, através da linguagem e de recursos humanos, materiais e técnicos. Sugestão de leituras: Pastoral da Acolhida. Pe. Jerônimo Gasques. Editora Vozes. Petrópolis. RJ. Acolher é comunicar. Como trabalhar o Ministério da Acolhida. Helena Corazza, fsp. Paulinas. São Paulo. SP. Ministérios da acolhida e da presidência. Francisco Rodrigues, cmf. Ave Maria Edições. São Paulo. SP Conteúdo desenvolvido e organizado por: José Alem, cmf pe. Contato: (11) 3661-6961 – Email: josealem@bol.com.br ou joseallen@msn.com http://www.arquidioceserp.org.br/ 7 arquidioceserp@netsite.com.br
  • 9. ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO PASTORAL ARQUIDIOCESANA DE COMUNICAÇÃO Índice: 01. A comunicação como dimensão humana. 03. Comunicação e Ação Pastoral. 05. Acolher: um modelo de comunicação. Autoria: José Alem, cmf pe. Contato: (11) 3661-6961 josealem@bol.com.br ou joseallen@msn.com Coordenadores: Márcio Smiguel Pimenta arquidioceserp@netsite.com.br José Geraldo Marcão (Gera) gerabignose@bol.com.br Realização: Arquidiocese Ribeirão Preto R. Tibiriça, 879 – Centro – Cx.Postal 105 14001-970 - Ribeirão Preto – SP Fone/Fax (16) 610.8477 – 610.1288 arquidioceserp@netsite.com.br http://www.arquidioceserp.org.br/ 8 arquidioceserp@netsite.com.br