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JB NEWS
Informativo Nr. 247
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91 – GLSC
Quintas-feiras 20h00 – Templo: Obreiros da Paz – Canasvieiras
Florianópolis(SC), 02 de maio de 2011
Índice desta segunda-feira
1. Almanaque
2. Repensando a Maçonaria (Ir. Hercule Spoladore)
3. Câmara Escura? (Ir. José Aparecido dos Santos)
4. O Grau de Nauta (Ir. Sergio Quirino Guimarães)
5. Destaques
Eventos históricos
 1500 — Pedro Álvares Cabral parte para as Índias Orientais.
 1808 - Levantamento de dois de maio na Espanha contra os franceses.
 1886 — Inaugurado o Passeio Público, em Curitiba.
 1945 — Segunda Guerra Mundial: os soviéticos conseguem capturar Berlim.
 1968 — França: início das manifestações estudantis de Maio de 1968.
 1997 — Tony Blair, do Partido Trabalhista, se torna Primeiro-Ministro do Reino Unido,
pondo fim a 18 anos de governo conservador. Com 44 anos, ele é o mais jovem primeiro-
ministro em 185 anos.
Nascimentos
 1660 - Alessandro Scarlatti, compositor italiano (m. 1725).
 1772 - Novalis, poeta alemão (m. 1801).
 1870 - William Seymour, pastor estadunidense, iniciador do Pentecostalismo (m. 1922).
 1892 - Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho, piloto de avião alemão (m. 1918).
 1909 - Ataulfo Alves, compositor e cantor brasileiro (m. 1969).
 1928 - Jigme Dorji Wangchuck, terceiro rei do Butão (m. 1972).
 1958 - David O'Leary, treinador irlandês de futebol.
 1959 - Zoé Valdés, escritora cubana.
 1972 - Dwayne "The Rock" Johnson, ator e ex-lutador norte-americano.
 1974
o Dodô, futebolista brasileiro.
Falecimentos
 1519 — Leonardo da Vinci, artista e cientista italiano (n. 1452).
 1729 - Dom Lourenço de Almada, administrador colonial português na Madeira, Angola
e Brasil (n. 1659).
 1857 — Alfred de Musset, poeta francês (n. 1810).
 1884 - Adelino Fontoura, poeta, jornalista e ator brasileiro, Patrono da Academia
Brasileira de Letras (n. 1859).
 1930 - Isidor Gunsberg, enxadrista húngaro (n. 1854).
 1932 - Juliano Moreira, médico psiquiatra brasileiro (n. 1873).
 1957 — Joseph McCarthy, político estado-unidense, senador de Wisconsin (n. 1908).
 1984 - Attilio Bettega, piloto de ralis italiano (n. 1953).
 1990
o Zé Trindade, comediante brasileiro.
o René Gagnaux, médico suíço assassinado que trabalhou em Moçambique nos
anos 1964 a 1990.
 1992 - Stefano D'Arrigo, escritor italiano (n. 1919).
 1993 — Armando Bógus, ator brasileiro (n. 1930).
 1997 — Paulo Freire, sociólogo e pedagogo brasileiro (n. 1921).
 1998
o Hideto Matsumoto, integrante da banda de rock japonesa X JAPAN (n. 1964).
o Justin Fashanu, futebolista inglês (n. 1961).
 1999 - Oliver Reed, actor britânico (n. 1938).
 2005 - Wee Kim Wee, presidente de Cingapura (n. 1915).
Feriados e eventos cíclicos
 Dia Nacional do Ex-combatente — Evento regional no Brasil.
 Dia da Bandeira (Polônia).
 Dia da Região — Evento regional da cidade de Madri.
 Aniversário de Maomé (2004) — Evento religioso e sagrado dos muçulmanos - Islão.
 Último dia do Festival de Ridván — Fé Bahá'í — Evento religioso judeu.
 Roma antiga: Festival de Bona Dea, também conhecida como Fauna, divindade do
campo.
 Dia de Santo Atanásio, egípcio, (296-373).
(Pesquisas da edição: http://pt.wikipedia.org - Imagens: www.google.com.br)
Autor: IrHercule Spoladore
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina- Pr.
REPENSANDO A MAÇONARIA
As vezes algumas dúvidas nos vêm à mente e, refletindo,
perguntamos: Qual foi a força mágica que fez com que a Maçonaria
sobrevivesse? Qual foi o amálgama sociológico imperecível utilizado
para que acontecesse? Quais foram os fatores que permitiram a sua
continuidade? Francamente, não conseguimos uma resposta satisfatória.
Encontramos explicações lógicas e coerentes apenas para algumas
partes, mas para o todo, não nos convence as respostas propostas.
Quando pesquisamos a história das associações esotéricas e
iniciáticas alternativas, são raras as que duraram e ainda duram através
dos tempos. Outras, que hoje conhecemos, ressurgiram como herdeiras
de honoráveis e tradicionais instituições antigas, invocando para si uma
antigüidade as vezes suspeita. Já, com a Maçonaria não aconteceu esse
ressurgimento, porque ela jamais adormeceu. A partir do Iluminismo ou
Ilustração, viu a monarquia se esvair, viu nascer a república, e com ela
pelo menos, acredita-se, o mundo respirou um pouco de democracia, viu
o pensamento humano se transformar, e sabe que teve parte nisso, Ela,
desde que apareceu, vem atravessando o tempo, enfrentando e
solucionando suas próprias crises, ocupando seu espaço, tem a sua
própria história documentada, sendo mais presente que a própria história
de muitos povos nos últimos cinco ou seis séculos. Inclusive, não nega
as modificações pelas quais passou, quando deixou de ser Operativa.
Sua história é muito transparente e não é guardada como um segredo.
Seria uma instituição bastante organizada
administrativamente? Não, e seguramente podemos afirmar que não é.
Algumas potências e mesmo algumas lojas têm uma excelente
organização, é verdade, mas a Maçonaria de um modo geral é mal
administrada. Seria então, uma instituição que funcionaria tendo como
exemplo algumas religiões seculares? Acreditamos que não, pois as
religiões apesar de tratarem com a espiritualidade de seus fiéis, conta
com um fator envolvente, a Fé, que não é o caso da Maçonaria, pois ela
não é uma religião. O maçom deve ocupar-se com a Razão e não com a
Fé, mas não pode deixar de ter Fé.
Inúmeras variáveis entram neste estudo se a considerarmos
como um todo. Se analisarmos todas elas, não se concebe como a
Maçonaria continua inabalável, não sucumbindo aos acidentes de
percurso que ela tem enfrentado ao longo de sua história, e que não
foram poucos.
Interessante explicação dos esotéricos quando afirmam que a
Ordem seria o resultado de uma força coletiva resultante da somação da
energia mental de um grupo, cuja força seria dotada de personalidade e
que seria uma entidade viva e não abstrata. É o que eles afirmam ser
uma Egrégora. Vale a pena ressaltar que, apesar dos desencontros, a
Maçonaria realmente possui uma força-pensamento muito poderosa,
completada pela Iniciação, pela disciplina ritualística e pela doutrina.
Mas, mesmo assim ainda não temos base suficiente para explicar a sua
perenidade. Ela tem vida própria.
Ainda assim, nos arriscamos a mencionar os fatores citados,
ou seja, o iniciático e o ritualístico, e perguntarmos: não seriam eles os
fatores determinantes da sobrevivência da Ordem? Entretanto, se
analisarmos outras instituições iniciáticas, estas também possuem seus
rituais, porém a grande maioria delas desapareceu.
Muito a propósito, este questionamento que estamos fazendo
no momento, já era feito em pleno século XVIII pelo maçom J.G. Fichte
(1762-1814), célebre pensador alemão que afirmava que a verdade
maçônica só se atingirá pela busca incessante e pelo conhecimento das
fontes esotéricas, as quais seriam transmitidas pela tradição oral e não
pelas fontes exotéricas (no caso, os livros, que para ele seriam profanos).
Ele, em seu trabalho ―Filosofia na Maçonaria‖ menciona as perseguições
sofridas pela Ordem na época, em que viveu, em alguns países da
Europa, porem em outros ela encontrava proteção. Num país ela era
expulsa como inimiga do trono e incitadora de revoluções. Já em outro
país, tinha pleno apoio do governo.
Citava também em seu trabalho, que Irmãos que vinham de
todas as partes em busca das suas verdades em suas lojas e, mas nem
sempre as encontrando, voltavam decepcionados aos seus lares, mas não
desistiam, vinham novamente atrás de suas perquirições, esquecendo-se
de suas frustrações da sessão anterior, ou seja, sempre voltavam.
Os chamados segredos da Maçonaria de quando em vez,
como sempre, foram profanados através de publicações, algumas até
divulgadas com muitos detalhes, nos atribuindo as mais fantásticas
mentiras e como sempre nos relacionando aos poderes satânicos. Nem
isso abalou a Ordem. Ela continuou a viver. Nada a destruiu. O sábio
maçom alemão estranhava esta ―imortalidade‖ da Ordem.
Entre todos os ataques e estes são inúmeros e constantes
através de publicações dois merecem destaques um deles é o livro ―Os
Protocolos dos Sábios do Sion‖, que é se sombra de dúvidas, o que mais
efeitos deletérios causaram e poderá causar à Ordem, porque nos ligou
às perseguições feitas de forma endêmica aos judeus, quando em
realidade a Ordem apenas emprestou para si, nomes, alegorias,
passagens e normas de moral extraídas da Bíblia, transformado-as em
valores filosóficos e simbólicos para a sua doutrina. Assim também
fizeram as religiões que adotam a Bíblia. Todas baseadas na história do
povo judeu. Temos em nossas fileiras inúmeros Irmãos de origem
judaica, mas nada temos a ver com o povo judeu em si, e sua posição
política e econômica no mundo. A influência judaica na Maçonaria é
apenas bíblica, aliás, como o é em todas as religiões ditas cristãs.
Outra publicação que por ironia reverteu em benefício da
própria Maçonaria foi a ―Masonry Dissected‖ de Samuel Prichard
publicada em um jornal profano de Londres em 20/10/1730 revelando ao
público londrino os rituais dos três graus simbólicos. Acontece que até
então os rituais eram praticados de cór, isto é porque não eram escritos.
Sua prática era transmitida através das gerações de Maçons, oralmente.
Era proibido escrever. Prichard o perjuro da época, acabou por se tornar
hoje um clássico, pois sua obra é uma das poucas fontes documentais de
como era praticado a ritualística naqueles tempos.
Acresça-se que na própria época, apesar do escândalo que causou
tal publicação, veneráveis, mais folgados começaram a usar os rituais
publicados (na época chamados catecismos), já que praticamente não
havia rituais impressos até então.
Ainda mencionava Fichte, a divisão interna constante nos
meios maçônicos, onde há sempre um confronto muito grande de idéias,
de poder, de mando, e de opiniões os quais até a presente data continuam
existindo. Muito tempo se passou e tudo continua na mesma. O tempo
passou, o maçom não mudou.
Hoje, alguns autores falam até que, acreditamos,
pejorativamente, que o maior inimigo da Maçonaria é o próprio maçom.
Se pensarmos bem, a situação até piorou, desde Fichte, pois, mais de
dois séculos se passaram e os maçons mudaram conceitos que não
poderiam ser mudados, trocaram cores de ritos, criaram novos ritos,
inventaram lendas que nada tinham a ver com a tradição, multiplicaram-
se as divisões sob o nome de potências, foram criadas a Maçonaria Mista
e a Feminina, inventaram uma expressão chamada ―regularidade
maçônica‖ muito mal explicada à luz da lógica.
Os maçons mais esclarecidos costumam perguntar quem é quem
para dar regularidade à alguém.
Emprestamos inúmeros símbolos de outras ordens iniciáticas,
das religiões, e em especial da Bíblia, nossa maior fonte de símbolos, da
arte de construir, das ferramentas e materiais usados nas construções,
aproveitamos a essência filosófica interessante à Ordem de todas as
escolas filosóficas.
Os símbolos maçônicos genuínos são poucos, esta é a verdade.
Interessante frisar que talvez um dos poucos símbolos criados na Ordem
foi o Altar dos Juramentos que nasceu a partir de um pequeno apêndice
colocado no altar do venerável e depois por questão de comodidade,
criaram um pequeno móvel triangular. Deveria ficar no Oriente, mas já
foi passear e está agora no Ocidente.
Outro símbolo que precede à Bíblia e o próprio templo de
Salomão na Maçonaria são as duas colunas que emergem de tempos
imemoriais.
Evocam-se muito os landmarques, que seriam os limites ou
lindeiros, uma espécie de coleção de leis antigas, herdadas através dos
Old Charges, e que deveriam ser imutáveis. Entretanto, se nos
detivermos com cuidado à leitura destes documentos, veremos que nossa
concepção a respeito destes princípios atualmente está muito afastada.
Os famosos landmarques, ultrapassados, com mais de sessenta
classificações idealizadas por inúmeros autores são usados
informalmente de acordo com as conveniências das lojas das potências e
em especial dos grão-mestres, tudo em nome das Antigas Obrigações.
Interessante frisar que os ditos landmarques não existiam
como tais na Maçonaria Operativa. Eles apareceram na Maçonaria
Especulativa, e seriam uma coleção das normas da Instituição, mais
precisamente uma espécie de regimento ou estatuto usado pelas
corporações da construção e pelas guildas. Os landmarques são tidos por
muitos maçons como sagrados. Mesmo que seus artigos sejam
distorcidos e até preconceituosos, muitos maçons os acham sagrados.
Impossível transgredi-los, pelo menos por estes maçons.
Fala-se de uma tradição, que teria uma importância muito
grande na sobrevivência da Ordem. Analisemos então este aspecto. Em
primeiro lugar teríamos que nos respaldar nos acontecimentos históricos
lendários, alguns que realmente aconteceram e outros alegóricos repletos
de simbolismo. Lembramos que o mito pode ser baseado numa lenda, e
esta vale pela mensagem que nos traz, e não pelo compromisso com a
realidade que aparentemente deveria ter.
Um outro aspecto da tradição seria a respeito dos usos e
costumes que não são escritos e são transmitidos oralmente. Estes se
relacionariam mais com a ritualística e os ensinamentos provindos dos
Old Charges. A parte disciplinar e administrativas dos Old Gharges
foram reunidas sob o nome de landamarques, que seriam o acervo
norteador da Ordem. Mas a maioria dos manuscritos que compõem este
acervo são ambíguos, obscuros e difíceis de serem interpretados.
Parecem não terem nada a ver com a Ordem, tal qual a conhecemos
atualmente.
Ouvimos constantemente que toda a história da Ordem, bem
como a maior parte dos nossos ensinamentos provem destes
documentos.
Entretanto, segundo um autor, não se sabe ao certo da
procedência da Ordem. Ele reuniu mais de cinqüenta possibilidades do
aparecimento da Maçonaria.
Mas convenhamos com algumas verdades. Na Maçonaria
Operativa, não haviam templos, haviam tabernas onde os maçons se
reuniram, não havia Bíblia, que só entrou na Ordem em 1751, quando o
seu uso foi tido como obrigatório na Maçonaria Inglesa, não havia o
grau de mestre, que só foi incorporado na Maçonaria Simbólica em
1738, após ter sido criado em 1725.
E pasmem, nos Old Charges não havia uma única referência
sequer ao Antigo Egito, Cabala, Alquimia, Rosa-Cruzes, Templários ou
a qualquer tipo de hermetismo ou ocultismo, ou outra organização. Esta
miscelânea de credos e este ocultismo nasceram na França ao tempo da
fundação do Conselho de Imperadores do Ocidente e do Oriente, que
acabou fundando o Rito de Heredon de vinte e cinco graus, base do
futuro REAA.
Também não se fazia menção ao sentido simbólico das
ferramentas. Nas Antigas Obrigações estavam contidas as lendas e as
antigas tradições e como eram feitas as antigas construções.
Convenhamos com uma realidade que nos salta a frente e não
temos coragem de admitir. A Maçonaria Operativa já no século XVI e
meados do século XVII, perdeu seu antigo esplendor, seu poder. Tanto é
verdade que no ano de 1600 recebeu comprovadamente seu primeiro
maçom aceito John Boswel. Isto porque a arte da construção tinha se
tornado alvo do conhecimento popular, ou seja, todos tinham acesso a
ela e assim ela se enfraqueceu. Então começou a ser dominada por
maçons não operativos. Melhor analogia é aquela que quando uma firma
começa a não dar certo e é envolvida por outra, que conserva seu nome,
porque ele tem credito junto ao comércio, mas ao tomar posse, muda
quase tudo, conservando apenas o que interessa ao novo grupo. A
Maçonaria dita Especulativa assimilou a Operativa como quis.
No século passado, o maçom Albert Pike, Soberano
Comendador do Supremo Conselho da jurisdição sul dos Estados
Unidos, iniciou um processo de descristiniazacão do Rito Escocês
Antigo e Aceito, mudando em parte a influência religiosa no Rito
transformando a interpretação desta forma de muitos símbolos antigos.
É sem dúvida, mais um fato intrigante e transformador de conceitos
dentro do Rito e da Ordem.
E aí como fica a famosa tradição maçônica? Como é que podemos
valorizá-la assim com os inúmeros enxertos que foram feitos e
continuam ainda a ser em número cada vez maior. Foge, desta forma do
nosso raciocínio os parâmetros de julgamento. E ainda mais, a tradição
oral parece-nos um tanto falha, pois com o correr dos anos, com tantas
mudanças nos foram transmitidas obviamente, tradições falsas, porque
os Irmãos acabaram alterando os conceitos e procedimentos, e os
repassando errados e incorretos. Argumentam alguns que estes adendos
enriqueceram a Ordem do ponto de vista esotérico. Ora, então não
evoquemos a famosa tradição, quando quisermos explicar o que
realmente aconteceu.
. Vamos ser honestos e admitir que criamos novos símbolos,
que mudamos a tradição. O próprio desenvolvimento cientifico
tecnológico nos levou a muitas mudanças que nem as percebemos.
Vamos então encontrar uma fórmula que se torne adequada,
ou seja, vamos repensar nossa história, vamos torna-la mais coerente,
mais transparente e mais simples.
Tenhamos a coragem de afirmar que muito dos nossos
mestres, de acordo com suas conveniências e épocas da nossa história
acabaram por mudar tudo, e que através de um verdadeiro complô, nos
passaram a impressão de que tudo continuava na mesma de acordo com
suas origens. As provas contidas nas fontes primárias nos fazem pensar
diferente.
A Maçonaria ainda nos coloca em dificuldades quando a
analisamos, pois estaremos diante de uma instituição que não é um pais
soberano, mas sim inúmeros países imateriais, sem limites territoriais,
representados pelas potências em si, dentro de um país real, possuindo
dentro de sua forma de governo os poderes executivo, legislativo e
judiciário. Quer dizer, pequenos estados virtuais dentro de um Estado
real, cujas leis devem ser obedecidas, pois são soberanas.
Proclama que em seus templos é expressamente proibido a
discussão de assuntos religiosos ou políticos.
Ainda com relação à política, admitindo-se ou não, a
Maçonaria sempre através de seus membros teve muita influência,
inclusive tendo participação direta na liberdade de muitos povos,
pregando com idéias libertárias. Ela querendo ou não, é política.
Ela é para muitos, considerada como filha do Iluminismo ou
Ilustração ou será que o Iluminismo foi apenas mais uma das
ferramentas que a Ordem utilizou? Por ideal? Teria sido um meio de
sobrevivência?
Os maçons se reúnem em templos, os quais são cópias do
Parlamento Inglês ou então mais fielmente dos templos católicos, e
ainda querem nos fazer crer que nossos templos são cópias fiéis do
Templo de Salomão. Fica claro para os Irmãos que entendem um pouco
do simbolismo maçônico que se trata apenas de uma analogia. De
apenas um simbolismo.Só que para muitos Irmãos, ela passa a ter uma
conotação como se fosse uma verdade, quase uma religião.
Costumamos ouvir que a Maçonaria não é dogmática, mas
esta não é a realidade, porque, somos obrigados a crer na Lenda de
Hiran, a crer na imortalidade da alma e crer no Grande Arquiteto de
Universo. Ora, não podemos negar, são dogmas incontéstes.
É muito mencionado o ecletismo como ponto de união.
Sabemos que o ecletismo é uma posição moral ou intelectual
caracterizada pela escolha, entre diversas formas de conduta ou opinião
ou até de religião, sem se admitir uma linha rígida de pensamento.
Parece que o ecletismo deu certo na Ordem, não a levou ao
caos total, pois caso assim acontecesse ela não existiria mais.
. Entretanto, surpreendentemente a Ordem pelo menos
conseguiu incutir nos seus adeptos o respeito mútuo colocando um
verdadeiro livre-pensador ao lado de um maçom totalmente esotérico e
eles se chamarem de Irmãos e um respeitar os pontos de vista do outro.
Talvez no campo das idéias, a fraternidade, o respeito e a famosa
tolerância prevaleceram. Deram certo. Incrível! Sim, conhecendo-se
como é complexo o ser humano esta foi uma das grandes vitórias da
Ordem.
Não conseguimos saber se todos estes fatores mencionados
têm alguma coisa a ver com a sobrevivência da Maçonaria. O fato é que
ela sobrevive, e tal qual as colmeias, suas lojas continuam a receber
novos Irmãos, e a enxamear quando seus quadros estão repletos
geralmente através das cisões. Aliás, a fundação de uma nova loja
deveria ser um fato natural, quando a loja-mãe tivesse um certo número
de obreiros, mas o que acontece geralmente é que a fundação de uma
nova loja quase sempre é litigiosa e por confronto de lideres.
. O maçom vive na esfera Terra, mas sente-a, enxerga-a plana,
talvez não por sua culpa, mas sim por estar inserido dentro de princípios
que ele não ousa repensa-los.
. Parece que a Maçonaria criada dentro dos rígidos princípios
cartesianos e newtonianos sempre funcionou sem o saber, por analogia
figurada dentro da teoria Quântica e da Relatividade, muito embora estas
teorias se refiram ao átomo. Porque fazemos esta analogia? Sabemos que
o cartesianismo é considerado pelo racionalismo, pelo dualismo
metafísico e quando considera um fenômeno ou um conceito, isola-os da
totalidade em que estes aparecem. Ela se aplica aos fenômenos
macroscópicos. Já a teoria quântica aplicada à energia corpuscular e,
portanto às partículas subatômicas, ou seja a fenômenos não
macroscópicos, considerados invisíveis são atualmente empregados e
adequados por analogia a outros segmentos da sociedade e não somente
a física corpuscular. Alem de lidar com o que poderíamos chamar
supostamente de imponderável, ela coloca tudo como sendo um todo,
como sendo uma rede em que o homem, este estranho ser, faz parte
deste todo. É a nova teoria holística. O leve bater das asas de uma
borboleta num canto do mundo poderá causar um vendaval no outro lado
do planeta. Uma das características desta teoria é justamente que ela não
consegue explicar muitos fenômenos, os quais teremos que esperar que
aconteçam, para depois tentar explica-los, pelo menos por enquanto.
Dentro desta analogia fantástica, estamos tentando colocar em tese a
Maçonaria, porque à luz dos princípios cartesianos e newtonianos, não
conseguiremos explicar a sua sobrevivência. Ela continua viva.
. Os tempos estão mudando, já não se aceitam explicações
bisonhas. Também, não temos maiores respostas no momento.
Confessamos humildemente, que temos dúvidas cruéis. Mas, vale a pena
nos direcionarmos em tentativas sadías e coerentes, e honestamente
procuramos as explicações corretas, que por certo virão com um futuro,
que já se faz presente E, diga-se de passagem, aterrador, pois tal é o
avanço tecnológico e científico que estamos vendo descortinar diante de
nossos olhos.
Por esta razão teremos que repensar a Ordem, e muito...
Ir.´. José Aparecido dos Santos
Loja Frederico Chalbaud Biscaia – Rito Francês – Oriente de Maringá
Loja Justiça nº 12 – REAA – Oriente de Maringá
Câmara escura brilhante de ensinamentos. Útero incansável em
produzir novas vidas. Retrato de vida após a morte. Terra fértil que fará
germinar a semente, símbolo maior da iniciação do candidato.
É naquele mergulho no interior da terra que o candidato identifica-
se consigo mesmo. Ali está sua origem. Ali está o seu eterno fim.
Arrodeado de símbolos que o levam a pensar no seu aprimoramento
interior, transformando o metal impuro que compõe o seu ser, no ouro
ambicionado por todo os povos.
Câmara pobre de luz e rica em efeitos, que faz o candidato sentir
que é preciso aproveitar cada instante que os dá a vida.
Câmara escura de paredes gélidas, és potencialmente viva, pois o
cantar do galo vigilante ecoa nas entranhas disformes de tuas paredes
anunciando um novo alvorecer.
E o candidato emerge daquela catacumba tal borboleta que já foi
crisálida, rompendo com evoluções serenas, o espaço lá fora tão
reluzente.
Depois de parido pela mãe terra, o candidato encontra-se capaz de
ser purificado pela água e pelo fogo.
Purificado, ser-lhe-á dada a luz.
Ir Sérgio Quirino Guimarães - ARLS Presidente Roosevelt 025
alácio Maçônico - Grande Loja - Belo Horizonte - Minas Gerais
Ano 05 - artigo 18 - número sequencial 300
Este Grau é relativamente pouco conhecido pelos Maçons brasileiros,
pois tratasse de um Grau Superior do Rito de York pelo Sistema Inglês.
Na verdade não existe o ―Rito de York‖, em outro artigo trataremos do
assunto, no momento para melhor compreensão do texto, incorrerei
neste erro. Há duas vertentes dos Graus Superiores do Rito de York;
pelo Sistema Americano temos os Graus Capitulares, Graus Crípticos e
os Graus de Cavalaria que se sucedem de forma linear. Já pelo Sistema
Inglês, começamos pelo Grau de Mestre Maçom da Marca (que é quase
um grau paralelo ao Grau de Mestre Maçom) e em seguida temos a
oportunidade de fantásticas instruções adquiridas através do Grau de
Nauta da Arca Real. Não cabe aqui a exposição da ritualística, mas nada
me impede de trazer aspectos que despertem em você a vontade de saber
um pouco mais sobre o tema, pesquisar e fazer uma Prancha de
Arquitetura para apresentá-la em sua Loja, fomentando assim os Irmãos
a continuarem os estudos. Os Graus Superiores são independentes dos
Graus Simbólicos, ou seja, você pode e deve fazer os Graus Superiores
de Ritos diferentes do Rito simbólico que pratica, logicamente tendo os
pré-requisitos necessários. Há uma frase que diz que um homem de um
único livro, é um homem de uma única opinião, então permita-se
aprender mais. Retornando ao tema lhe digo que o ―ambiente‖ e os
―instrumentos‖ disponibilizados nos trabalhos de um Nauta, não são
mais de um pedreiro, a construção não é mais de um Templo, agora
estamos trabalhando em uma Nau (navio) e um nauta é aquele que
navega (navegante). E qual foi a grande nave náutica (mítica é claro) que
podemos universalizar e que há séculos permanece e permanecerá na
história? É a Arca de Noé e tudo que envolve sua construção e seus
propósitos. Os valores intrínsecos a esta lenda nos remetem a profundas
reflexões sobre a relação criatura e Criador. Noé personifica valores
essenciais ao todo Maçom e vários Ritos usam em seus trabalhos uma
derivação hebraico de ―Noé‖, que é ―Noaquita‖. Na segunda edição das
―Constituições de Anderson‖, há uma referência muito bonita, pois
conclama que os Maçons devam observar as Leis morais de um
Noaquita: 1º Abster-se de idolatria. 2º Honrar o santo nome de Deus. 3º
Jamais ser homicida. Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafet e sua
epopéia esta escrita no Livro da Lei em Gênese nos Capítulos 5 ao 9,
mas é no Manuscrito de Graham que encontramos uma lenda muito
interessante. No Vade-Mécum Maçônico, ―Do Meio-Dia à Meia-Noite‖
do Irmão João Ivo Girardi, na página 451 esta transcrito: ―Após o
dilúvio – muitos anos depois, os três filhos de Noé estavam visitando
outras terras; quando regressaram, souberam que seu pai há pouco havia
morrido e havia sido enterrado nas foldas do Monte Ararat. Supondo que
o pai tinha algum objeto, ou alguma coisa qualquer que representava a
sua aliança com Deus; depois de procurar inutilmente em casa,
resolveram procurá-la no túmulo do pai, pois o mesmo podia tê-lo
levado consigo para a sepultura. Lá chegando, removeram toda a terra
até deixar o corpo descoberto. Devido ao tempo, o corpo já estava em
decomposição, tornando tudo mais difícil. Mesmo assim, um deles
tentou levantar o corpo, segurando-o pelo dedo indicador, juntando o seu
pé direito ao pé do cadáver; colocando-o a mão esquerda às costas do
mesmo; mas ao fazer força, o dedo despregou-se da mão. Ele formou
uma garra segurando o pulso do cadáver, o pulso desligou-se do braço.
Então ele levou a mão até o cotovelo e levantou o cadáver, encostando-o
em seu próprio peito, quase colando rosto no rosto. Assim feito os dois
irmão fizeram uma vistoria no túmulo e depois no cadáver. Nada
encontrando, um deles, voltando a cabeça e os olhos para o céu, disse
―Jehová, nos ajude‖. É ou não é muito interessante?
 O JB News volta a ser editado normalmente depois das edições especiais de sábado
e domingo. A primeira com entrevista do Ir. José Rodrigues Domingos, Grão-
Mestre reeleito da GLSC. A segunda, com cobertura jornalística das atividades de
30 de abril, data histórica em que houve a posse da atual administração reeleita da
GLSC e Sagração de seu Templo, entre outras cerimônias.
 Uma festa marcante, histórica, e que não deverá ser deletada da mente de quem
acompanhou as festividades.
 Cumprimentos à administração da GLSC que em médio espaço de tempo construiu
sua magnífica sede própria dentro de uma área de 30 mil metros quadrados,
utilizando praticamente seus próprios recursos e envolvendo uma legião de irmãos
voluntários.
 Agradecemos as inúmeras mensagens recebidas das edições especiais do JB News.
Elas serão todas repassadas à Grande Loja.

Loja Maçônica Simb.´. Menotti Garibaldi 208 – Mostardas - RS
Informativo Maçônico com Almanaque e Artigo sobre a Perenidade da Maçonaria
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Informativo Maçônico com Almanaque e Artigo sobre a Perenidade da Maçonaria

  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 247 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91 – GLSC Quintas-feiras 20h00 – Templo: Obreiros da Paz – Canasvieiras Florianópolis(SC), 02 de maio de 2011 Índice desta segunda-feira 1. Almanaque 2. Repensando a Maçonaria (Ir. Hercule Spoladore) 3. Câmara Escura? (Ir. José Aparecido dos Santos) 4. O Grau de Nauta (Ir. Sergio Quirino Guimarães) 5. Destaques
  • 2. Eventos históricos  1500 — Pedro Álvares Cabral parte para as Índias Orientais.  1808 - Levantamento de dois de maio na Espanha contra os franceses.  1886 — Inaugurado o Passeio Público, em Curitiba.
  • 3.  1945 — Segunda Guerra Mundial: os soviéticos conseguem capturar Berlim.  1968 — França: início das manifestações estudantis de Maio de 1968.  1997 — Tony Blair, do Partido Trabalhista, se torna Primeiro-Ministro do Reino Unido, pondo fim a 18 anos de governo conservador. Com 44 anos, ele é o mais jovem primeiro- ministro em 185 anos. Nascimentos  1660 - Alessandro Scarlatti, compositor italiano (m. 1725).  1772 - Novalis, poeta alemão (m. 1801).  1870 - William Seymour, pastor estadunidense, iniciador do Pentecostalismo (m. 1922).  1892 - Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho, piloto de avião alemão (m. 1918).  1909 - Ataulfo Alves, compositor e cantor brasileiro (m. 1969).  1928 - Jigme Dorji Wangchuck, terceiro rei do Butão (m. 1972).  1958 - David O'Leary, treinador irlandês de futebol.  1959 - Zoé Valdés, escritora cubana.  1972 - Dwayne "The Rock" Johnson, ator e ex-lutador norte-americano.  1974 o Dodô, futebolista brasileiro. Falecimentos  1519 — Leonardo da Vinci, artista e cientista italiano (n. 1452).  1729 - Dom Lourenço de Almada, administrador colonial português na Madeira, Angola e Brasil (n. 1659).  1857 — Alfred de Musset, poeta francês (n. 1810).  1884 - Adelino Fontoura, poeta, jornalista e ator brasileiro, Patrono da Academia Brasileira de Letras (n. 1859).  1930 - Isidor Gunsberg, enxadrista húngaro (n. 1854).  1932 - Juliano Moreira, médico psiquiatra brasileiro (n. 1873).  1957 — Joseph McCarthy, político estado-unidense, senador de Wisconsin (n. 1908).  1984 - Attilio Bettega, piloto de ralis italiano (n. 1953).  1990 o Zé Trindade, comediante brasileiro. o René Gagnaux, médico suíço assassinado que trabalhou em Moçambique nos anos 1964 a 1990.  1992 - Stefano D'Arrigo, escritor italiano (n. 1919).  1993 — Armando Bógus, ator brasileiro (n. 1930).  1997 — Paulo Freire, sociólogo e pedagogo brasileiro (n. 1921).  1998 o Hideto Matsumoto, integrante da banda de rock japonesa X JAPAN (n. 1964). o Justin Fashanu, futebolista inglês (n. 1961).  1999 - Oliver Reed, actor britânico (n. 1938).  2005 - Wee Kim Wee, presidente de Cingapura (n. 1915).
  • 4. Feriados e eventos cíclicos  Dia Nacional do Ex-combatente — Evento regional no Brasil.  Dia da Bandeira (Polônia).  Dia da Região — Evento regional da cidade de Madri.  Aniversário de Maomé (2004) — Evento religioso e sagrado dos muçulmanos - Islão.  Último dia do Festival de Ridván — Fé Bahá'í — Evento religioso judeu.  Roma antiga: Festival de Bona Dea, também conhecida como Fauna, divindade do campo.  Dia de Santo Atanásio, egípcio, (296-373). (Pesquisas da edição: http://pt.wikipedia.org - Imagens: www.google.com.br) Autor: IrHercule Spoladore Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina- Pr. REPENSANDO A MAÇONARIA As vezes algumas dúvidas nos vêm à mente e, refletindo, perguntamos: Qual foi a força mágica que fez com que a Maçonaria sobrevivesse? Qual foi o amálgama sociológico imperecível utilizado para que acontecesse? Quais foram os fatores que permitiram a sua continuidade? Francamente, não conseguimos uma resposta satisfatória.
  • 5. Encontramos explicações lógicas e coerentes apenas para algumas partes, mas para o todo, não nos convence as respostas propostas. Quando pesquisamos a história das associações esotéricas e iniciáticas alternativas, são raras as que duraram e ainda duram através dos tempos. Outras, que hoje conhecemos, ressurgiram como herdeiras de honoráveis e tradicionais instituições antigas, invocando para si uma antigüidade as vezes suspeita. Já, com a Maçonaria não aconteceu esse ressurgimento, porque ela jamais adormeceu. A partir do Iluminismo ou Ilustração, viu a monarquia se esvair, viu nascer a república, e com ela pelo menos, acredita-se, o mundo respirou um pouco de democracia, viu o pensamento humano se transformar, e sabe que teve parte nisso, Ela, desde que apareceu, vem atravessando o tempo, enfrentando e solucionando suas próprias crises, ocupando seu espaço, tem a sua própria história documentada, sendo mais presente que a própria história de muitos povos nos últimos cinco ou seis séculos. Inclusive, não nega as modificações pelas quais passou, quando deixou de ser Operativa. Sua história é muito transparente e não é guardada como um segredo. Seria uma instituição bastante organizada administrativamente? Não, e seguramente podemos afirmar que não é. Algumas potências e mesmo algumas lojas têm uma excelente organização, é verdade, mas a Maçonaria de um modo geral é mal administrada. Seria então, uma instituição que funcionaria tendo como exemplo algumas religiões seculares? Acreditamos que não, pois as religiões apesar de tratarem com a espiritualidade de seus fiéis, conta com um fator envolvente, a Fé, que não é o caso da Maçonaria, pois ela não é uma religião. O maçom deve ocupar-se com a Razão e não com a Fé, mas não pode deixar de ter Fé. Inúmeras variáveis entram neste estudo se a considerarmos como um todo. Se analisarmos todas elas, não se concebe como a Maçonaria continua inabalável, não sucumbindo aos acidentes de percurso que ela tem enfrentado ao longo de sua história, e que não foram poucos.
  • 6. Interessante explicação dos esotéricos quando afirmam que a Ordem seria o resultado de uma força coletiva resultante da somação da energia mental de um grupo, cuja força seria dotada de personalidade e que seria uma entidade viva e não abstrata. É o que eles afirmam ser uma Egrégora. Vale a pena ressaltar que, apesar dos desencontros, a Maçonaria realmente possui uma força-pensamento muito poderosa, completada pela Iniciação, pela disciplina ritualística e pela doutrina. Mas, mesmo assim ainda não temos base suficiente para explicar a sua perenidade. Ela tem vida própria. Ainda assim, nos arriscamos a mencionar os fatores citados, ou seja, o iniciático e o ritualístico, e perguntarmos: não seriam eles os fatores determinantes da sobrevivência da Ordem? Entretanto, se analisarmos outras instituições iniciáticas, estas também possuem seus rituais, porém a grande maioria delas desapareceu. Muito a propósito, este questionamento que estamos fazendo no momento, já era feito em pleno século XVIII pelo maçom J.G. Fichte (1762-1814), célebre pensador alemão que afirmava que a verdade maçônica só se atingirá pela busca incessante e pelo conhecimento das fontes esotéricas, as quais seriam transmitidas pela tradição oral e não pelas fontes exotéricas (no caso, os livros, que para ele seriam profanos). Ele, em seu trabalho ―Filosofia na Maçonaria‖ menciona as perseguições sofridas pela Ordem na época, em que viveu, em alguns países da Europa, porem em outros ela encontrava proteção. Num país ela era expulsa como inimiga do trono e incitadora de revoluções. Já em outro país, tinha pleno apoio do governo. Citava também em seu trabalho, que Irmãos que vinham de todas as partes em busca das suas verdades em suas lojas e, mas nem sempre as encontrando, voltavam decepcionados aos seus lares, mas não desistiam, vinham novamente atrás de suas perquirições, esquecendo-se de suas frustrações da sessão anterior, ou seja, sempre voltavam. Os chamados segredos da Maçonaria de quando em vez, como sempre, foram profanados através de publicações, algumas até
  • 7. divulgadas com muitos detalhes, nos atribuindo as mais fantásticas mentiras e como sempre nos relacionando aos poderes satânicos. Nem isso abalou a Ordem. Ela continuou a viver. Nada a destruiu. O sábio maçom alemão estranhava esta ―imortalidade‖ da Ordem. Entre todos os ataques e estes são inúmeros e constantes através de publicações dois merecem destaques um deles é o livro ―Os Protocolos dos Sábios do Sion‖, que é se sombra de dúvidas, o que mais efeitos deletérios causaram e poderá causar à Ordem, porque nos ligou às perseguições feitas de forma endêmica aos judeus, quando em realidade a Ordem apenas emprestou para si, nomes, alegorias, passagens e normas de moral extraídas da Bíblia, transformado-as em valores filosóficos e simbólicos para a sua doutrina. Assim também fizeram as religiões que adotam a Bíblia. Todas baseadas na história do povo judeu. Temos em nossas fileiras inúmeros Irmãos de origem judaica, mas nada temos a ver com o povo judeu em si, e sua posição política e econômica no mundo. A influência judaica na Maçonaria é apenas bíblica, aliás, como o é em todas as religiões ditas cristãs. Outra publicação que por ironia reverteu em benefício da própria Maçonaria foi a ―Masonry Dissected‖ de Samuel Prichard publicada em um jornal profano de Londres em 20/10/1730 revelando ao público londrino os rituais dos três graus simbólicos. Acontece que até então os rituais eram praticados de cór, isto é porque não eram escritos. Sua prática era transmitida através das gerações de Maçons, oralmente. Era proibido escrever. Prichard o perjuro da época, acabou por se tornar hoje um clássico, pois sua obra é uma das poucas fontes documentais de como era praticado a ritualística naqueles tempos. Acresça-se que na própria época, apesar do escândalo que causou tal publicação, veneráveis, mais folgados começaram a usar os rituais publicados (na época chamados catecismos), já que praticamente não havia rituais impressos até então. Ainda mencionava Fichte, a divisão interna constante nos meios maçônicos, onde há sempre um confronto muito grande de idéias,
  • 8. de poder, de mando, e de opiniões os quais até a presente data continuam existindo. Muito tempo se passou e tudo continua na mesma. O tempo passou, o maçom não mudou. Hoje, alguns autores falam até que, acreditamos, pejorativamente, que o maior inimigo da Maçonaria é o próprio maçom. Se pensarmos bem, a situação até piorou, desde Fichte, pois, mais de dois séculos se passaram e os maçons mudaram conceitos que não poderiam ser mudados, trocaram cores de ritos, criaram novos ritos, inventaram lendas que nada tinham a ver com a tradição, multiplicaram- se as divisões sob o nome de potências, foram criadas a Maçonaria Mista e a Feminina, inventaram uma expressão chamada ―regularidade maçônica‖ muito mal explicada à luz da lógica. Os maçons mais esclarecidos costumam perguntar quem é quem para dar regularidade à alguém. Emprestamos inúmeros símbolos de outras ordens iniciáticas, das religiões, e em especial da Bíblia, nossa maior fonte de símbolos, da arte de construir, das ferramentas e materiais usados nas construções, aproveitamos a essência filosófica interessante à Ordem de todas as escolas filosóficas. Os símbolos maçônicos genuínos são poucos, esta é a verdade. Interessante frisar que talvez um dos poucos símbolos criados na Ordem foi o Altar dos Juramentos que nasceu a partir de um pequeno apêndice colocado no altar do venerável e depois por questão de comodidade, criaram um pequeno móvel triangular. Deveria ficar no Oriente, mas já foi passear e está agora no Ocidente. Outro símbolo que precede à Bíblia e o próprio templo de Salomão na Maçonaria são as duas colunas que emergem de tempos imemoriais. Evocam-se muito os landmarques, que seriam os limites ou lindeiros, uma espécie de coleção de leis antigas, herdadas através dos
  • 9. Old Charges, e que deveriam ser imutáveis. Entretanto, se nos detivermos com cuidado à leitura destes documentos, veremos que nossa concepção a respeito destes princípios atualmente está muito afastada. Os famosos landmarques, ultrapassados, com mais de sessenta classificações idealizadas por inúmeros autores são usados informalmente de acordo com as conveniências das lojas das potências e em especial dos grão-mestres, tudo em nome das Antigas Obrigações. Interessante frisar que os ditos landmarques não existiam como tais na Maçonaria Operativa. Eles apareceram na Maçonaria Especulativa, e seriam uma coleção das normas da Instituição, mais precisamente uma espécie de regimento ou estatuto usado pelas corporações da construção e pelas guildas. Os landmarques são tidos por muitos maçons como sagrados. Mesmo que seus artigos sejam distorcidos e até preconceituosos, muitos maçons os acham sagrados. Impossível transgredi-los, pelo menos por estes maçons. Fala-se de uma tradição, que teria uma importância muito grande na sobrevivência da Ordem. Analisemos então este aspecto. Em primeiro lugar teríamos que nos respaldar nos acontecimentos históricos lendários, alguns que realmente aconteceram e outros alegóricos repletos de simbolismo. Lembramos que o mito pode ser baseado numa lenda, e esta vale pela mensagem que nos traz, e não pelo compromisso com a realidade que aparentemente deveria ter. Um outro aspecto da tradição seria a respeito dos usos e costumes que não são escritos e são transmitidos oralmente. Estes se relacionariam mais com a ritualística e os ensinamentos provindos dos Old Charges. A parte disciplinar e administrativas dos Old Gharges foram reunidas sob o nome de landamarques, que seriam o acervo norteador da Ordem. Mas a maioria dos manuscritos que compõem este acervo são ambíguos, obscuros e difíceis de serem interpretados. Parecem não terem nada a ver com a Ordem, tal qual a conhecemos atualmente.
  • 10. Ouvimos constantemente que toda a história da Ordem, bem como a maior parte dos nossos ensinamentos provem destes documentos. Entretanto, segundo um autor, não se sabe ao certo da procedência da Ordem. Ele reuniu mais de cinqüenta possibilidades do aparecimento da Maçonaria. Mas convenhamos com algumas verdades. Na Maçonaria Operativa, não haviam templos, haviam tabernas onde os maçons se reuniram, não havia Bíblia, que só entrou na Ordem em 1751, quando o seu uso foi tido como obrigatório na Maçonaria Inglesa, não havia o grau de mestre, que só foi incorporado na Maçonaria Simbólica em 1738, após ter sido criado em 1725. E pasmem, nos Old Charges não havia uma única referência sequer ao Antigo Egito, Cabala, Alquimia, Rosa-Cruzes, Templários ou a qualquer tipo de hermetismo ou ocultismo, ou outra organização. Esta miscelânea de credos e este ocultismo nasceram na França ao tempo da fundação do Conselho de Imperadores do Ocidente e do Oriente, que acabou fundando o Rito de Heredon de vinte e cinco graus, base do futuro REAA. Também não se fazia menção ao sentido simbólico das ferramentas. Nas Antigas Obrigações estavam contidas as lendas e as antigas tradições e como eram feitas as antigas construções. Convenhamos com uma realidade que nos salta a frente e não temos coragem de admitir. A Maçonaria Operativa já no século XVI e meados do século XVII, perdeu seu antigo esplendor, seu poder. Tanto é verdade que no ano de 1600 recebeu comprovadamente seu primeiro maçom aceito John Boswel. Isto porque a arte da construção tinha se tornado alvo do conhecimento popular, ou seja, todos tinham acesso a ela e assim ela se enfraqueceu. Então começou a ser dominada por maçons não operativos. Melhor analogia é aquela que quando uma firma começa a não dar certo e é envolvida por outra, que conserva seu nome,
  • 11. porque ele tem credito junto ao comércio, mas ao tomar posse, muda quase tudo, conservando apenas o que interessa ao novo grupo. A Maçonaria dita Especulativa assimilou a Operativa como quis. No século passado, o maçom Albert Pike, Soberano Comendador do Supremo Conselho da jurisdição sul dos Estados Unidos, iniciou um processo de descristiniazacão do Rito Escocês Antigo e Aceito, mudando em parte a influência religiosa no Rito transformando a interpretação desta forma de muitos símbolos antigos. É sem dúvida, mais um fato intrigante e transformador de conceitos dentro do Rito e da Ordem. E aí como fica a famosa tradição maçônica? Como é que podemos valorizá-la assim com os inúmeros enxertos que foram feitos e continuam ainda a ser em número cada vez maior. Foge, desta forma do nosso raciocínio os parâmetros de julgamento. E ainda mais, a tradição oral parece-nos um tanto falha, pois com o correr dos anos, com tantas mudanças nos foram transmitidas obviamente, tradições falsas, porque os Irmãos acabaram alterando os conceitos e procedimentos, e os repassando errados e incorretos. Argumentam alguns que estes adendos enriqueceram a Ordem do ponto de vista esotérico. Ora, então não evoquemos a famosa tradição, quando quisermos explicar o que realmente aconteceu. . Vamos ser honestos e admitir que criamos novos símbolos, que mudamos a tradição. O próprio desenvolvimento cientifico tecnológico nos levou a muitas mudanças que nem as percebemos. Vamos então encontrar uma fórmula que se torne adequada, ou seja, vamos repensar nossa história, vamos torna-la mais coerente, mais transparente e mais simples. Tenhamos a coragem de afirmar que muito dos nossos mestres, de acordo com suas conveniências e épocas da nossa história acabaram por mudar tudo, e que através de um verdadeiro complô, nos passaram a impressão de que tudo continuava na mesma de acordo com
  • 12. suas origens. As provas contidas nas fontes primárias nos fazem pensar diferente. A Maçonaria ainda nos coloca em dificuldades quando a analisamos, pois estaremos diante de uma instituição que não é um pais soberano, mas sim inúmeros países imateriais, sem limites territoriais, representados pelas potências em si, dentro de um país real, possuindo dentro de sua forma de governo os poderes executivo, legislativo e judiciário. Quer dizer, pequenos estados virtuais dentro de um Estado real, cujas leis devem ser obedecidas, pois são soberanas. Proclama que em seus templos é expressamente proibido a discussão de assuntos religiosos ou políticos. Ainda com relação à política, admitindo-se ou não, a Maçonaria sempre através de seus membros teve muita influência, inclusive tendo participação direta na liberdade de muitos povos, pregando com idéias libertárias. Ela querendo ou não, é política. Ela é para muitos, considerada como filha do Iluminismo ou Ilustração ou será que o Iluminismo foi apenas mais uma das ferramentas que a Ordem utilizou? Por ideal? Teria sido um meio de sobrevivência? Os maçons se reúnem em templos, os quais são cópias do Parlamento Inglês ou então mais fielmente dos templos católicos, e ainda querem nos fazer crer que nossos templos são cópias fiéis do Templo de Salomão. Fica claro para os Irmãos que entendem um pouco do simbolismo maçônico que se trata apenas de uma analogia. De apenas um simbolismo.Só que para muitos Irmãos, ela passa a ter uma conotação como se fosse uma verdade, quase uma religião. Costumamos ouvir que a Maçonaria não é dogmática, mas esta não é a realidade, porque, somos obrigados a crer na Lenda de
  • 13. Hiran, a crer na imortalidade da alma e crer no Grande Arquiteto de Universo. Ora, não podemos negar, são dogmas incontéstes. É muito mencionado o ecletismo como ponto de união. Sabemos que o ecletismo é uma posição moral ou intelectual caracterizada pela escolha, entre diversas formas de conduta ou opinião ou até de religião, sem se admitir uma linha rígida de pensamento. Parece que o ecletismo deu certo na Ordem, não a levou ao caos total, pois caso assim acontecesse ela não existiria mais. . Entretanto, surpreendentemente a Ordem pelo menos conseguiu incutir nos seus adeptos o respeito mútuo colocando um verdadeiro livre-pensador ao lado de um maçom totalmente esotérico e eles se chamarem de Irmãos e um respeitar os pontos de vista do outro. Talvez no campo das idéias, a fraternidade, o respeito e a famosa tolerância prevaleceram. Deram certo. Incrível! Sim, conhecendo-se como é complexo o ser humano esta foi uma das grandes vitórias da Ordem. Não conseguimos saber se todos estes fatores mencionados têm alguma coisa a ver com a sobrevivência da Maçonaria. O fato é que ela sobrevive, e tal qual as colmeias, suas lojas continuam a receber novos Irmãos, e a enxamear quando seus quadros estão repletos geralmente através das cisões. Aliás, a fundação de uma nova loja deveria ser um fato natural, quando a loja-mãe tivesse um certo número de obreiros, mas o que acontece geralmente é que a fundação de uma nova loja quase sempre é litigiosa e por confronto de lideres. . O maçom vive na esfera Terra, mas sente-a, enxerga-a plana, talvez não por sua culpa, mas sim por estar inserido dentro de princípios que ele não ousa repensa-los. . Parece que a Maçonaria criada dentro dos rígidos princípios cartesianos e newtonianos sempre funcionou sem o saber, por analogia figurada dentro da teoria Quântica e da Relatividade, muito embora estas
  • 14. teorias se refiram ao átomo. Porque fazemos esta analogia? Sabemos que o cartesianismo é considerado pelo racionalismo, pelo dualismo metafísico e quando considera um fenômeno ou um conceito, isola-os da totalidade em que estes aparecem. Ela se aplica aos fenômenos macroscópicos. Já a teoria quântica aplicada à energia corpuscular e, portanto às partículas subatômicas, ou seja a fenômenos não macroscópicos, considerados invisíveis são atualmente empregados e adequados por analogia a outros segmentos da sociedade e não somente a física corpuscular. Alem de lidar com o que poderíamos chamar supostamente de imponderável, ela coloca tudo como sendo um todo, como sendo uma rede em que o homem, este estranho ser, faz parte deste todo. É a nova teoria holística. O leve bater das asas de uma borboleta num canto do mundo poderá causar um vendaval no outro lado do planeta. Uma das características desta teoria é justamente que ela não consegue explicar muitos fenômenos, os quais teremos que esperar que aconteçam, para depois tentar explica-los, pelo menos por enquanto. Dentro desta analogia fantástica, estamos tentando colocar em tese a Maçonaria, porque à luz dos princípios cartesianos e newtonianos, não conseguiremos explicar a sua sobrevivência. Ela continua viva. . Os tempos estão mudando, já não se aceitam explicações bisonhas. Também, não temos maiores respostas no momento. Confessamos humildemente, que temos dúvidas cruéis. Mas, vale a pena nos direcionarmos em tentativas sadías e coerentes, e honestamente procuramos as explicações corretas, que por certo virão com um futuro, que já se faz presente E, diga-se de passagem, aterrador, pois tal é o avanço tecnológico e científico que estamos vendo descortinar diante de nossos olhos. Por esta razão teremos que repensar a Ordem, e muito...
  • 15. Ir.´. José Aparecido dos Santos Loja Frederico Chalbaud Biscaia – Rito Francês – Oriente de Maringá Loja Justiça nº 12 – REAA – Oriente de Maringá Câmara escura brilhante de ensinamentos. Útero incansável em produzir novas vidas. Retrato de vida após a morte. Terra fértil que fará germinar a semente, símbolo maior da iniciação do candidato. É naquele mergulho no interior da terra que o candidato identifica- se consigo mesmo. Ali está sua origem. Ali está o seu eterno fim. Arrodeado de símbolos que o levam a pensar no seu aprimoramento interior, transformando o metal impuro que compõe o seu ser, no ouro ambicionado por todo os povos. Câmara pobre de luz e rica em efeitos, que faz o candidato sentir que é preciso aproveitar cada instante que os dá a vida. Câmara escura de paredes gélidas, és potencialmente viva, pois o cantar do galo vigilante ecoa nas entranhas disformes de tuas paredes anunciando um novo alvorecer. E o candidato emerge daquela catacumba tal borboleta que já foi crisálida, rompendo com evoluções serenas, o espaço lá fora tão reluzente. Depois de parido pela mãe terra, o candidato encontra-se capaz de ser purificado pela água e pelo fogo. Purificado, ser-lhe-á dada a luz.
  • 16. Ir Sérgio Quirino Guimarães - ARLS Presidente Roosevelt 025 alácio Maçônico - Grande Loja - Belo Horizonte - Minas Gerais Ano 05 - artigo 18 - número sequencial 300 Este Grau é relativamente pouco conhecido pelos Maçons brasileiros, pois tratasse de um Grau Superior do Rito de York pelo Sistema Inglês. Na verdade não existe o ―Rito de York‖, em outro artigo trataremos do assunto, no momento para melhor compreensão do texto, incorrerei neste erro. Há duas vertentes dos Graus Superiores do Rito de York; pelo Sistema Americano temos os Graus Capitulares, Graus Crípticos e os Graus de Cavalaria que se sucedem de forma linear. Já pelo Sistema Inglês, começamos pelo Grau de Mestre Maçom da Marca (que é quase um grau paralelo ao Grau de Mestre Maçom) e em seguida temos a oportunidade de fantásticas instruções adquiridas através do Grau de Nauta da Arca Real. Não cabe aqui a exposição da ritualística, mas nada me impede de trazer aspectos que despertem em você a vontade de saber um pouco mais sobre o tema, pesquisar e fazer uma Prancha de
  • 17. Arquitetura para apresentá-la em sua Loja, fomentando assim os Irmãos a continuarem os estudos. Os Graus Superiores são independentes dos Graus Simbólicos, ou seja, você pode e deve fazer os Graus Superiores de Ritos diferentes do Rito simbólico que pratica, logicamente tendo os pré-requisitos necessários. Há uma frase que diz que um homem de um único livro, é um homem de uma única opinião, então permita-se aprender mais. Retornando ao tema lhe digo que o ―ambiente‖ e os ―instrumentos‖ disponibilizados nos trabalhos de um Nauta, não são mais de um pedreiro, a construção não é mais de um Templo, agora estamos trabalhando em uma Nau (navio) e um nauta é aquele que navega (navegante). E qual foi a grande nave náutica (mítica é claro) que podemos universalizar e que há séculos permanece e permanecerá na história? É a Arca de Noé e tudo que envolve sua construção e seus propósitos. Os valores intrínsecos a esta lenda nos remetem a profundas reflexões sobre a relação criatura e Criador. Noé personifica valores essenciais ao todo Maçom e vários Ritos usam em seus trabalhos uma derivação hebraico de ―Noé‖, que é ―Noaquita‖. Na segunda edição das ―Constituições de Anderson‖, há uma referência muito bonita, pois conclama que os Maçons devam observar as Leis morais de um Noaquita: 1º Abster-se de idolatria. 2º Honrar o santo nome de Deus. 3º Jamais ser homicida. Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafet e sua epopéia esta escrita no Livro da Lei em Gênese nos Capítulos 5 ao 9, mas é no Manuscrito de Graham que encontramos uma lenda muito interessante. No Vade-Mécum Maçônico, ―Do Meio-Dia à Meia-Noite‖ do Irmão João Ivo Girardi, na página 451 esta transcrito: ―Após o dilúvio – muitos anos depois, os três filhos de Noé estavam visitando outras terras; quando regressaram, souberam que seu pai há pouco havia morrido e havia sido enterrado nas foldas do Monte Ararat. Supondo que o pai tinha algum objeto, ou alguma coisa qualquer que representava a sua aliança com Deus; depois de procurar inutilmente em casa, resolveram procurá-la no túmulo do pai, pois o mesmo podia tê-lo levado consigo para a sepultura. Lá chegando, removeram toda a terra até deixar o corpo descoberto. Devido ao tempo, o corpo já estava em decomposição, tornando tudo mais difícil. Mesmo assim, um deles tentou levantar o corpo, segurando-o pelo dedo indicador, juntando o seu
  • 18. pé direito ao pé do cadáver; colocando-o a mão esquerda às costas do mesmo; mas ao fazer força, o dedo despregou-se da mão. Ele formou uma garra segurando o pulso do cadáver, o pulso desligou-se do braço. Então ele levou a mão até o cotovelo e levantou o cadáver, encostando-o em seu próprio peito, quase colando rosto no rosto. Assim feito os dois irmão fizeram uma vistoria no túmulo e depois no cadáver. Nada encontrando, um deles, voltando a cabeça e os olhos para o céu, disse ―Jehová, nos ajude‖. É ou não é muito interessante?  O JB News volta a ser editado normalmente depois das edições especiais de sábado e domingo. A primeira com entrevista do Ir. José Rodrigues Domingos, Grão- Mestre reeleito da GLSC. A segunda, com cobertura jornalística das atividades de 30 de abril, data histórica em que houve a posse da atual administração reeleita da GLSC e Sagração de seu Templo, entre outras cerimônias.  Uma festa marcante, histórica, e que não deverá ser deletada da mente de quem acompanhou as festividades.  Cumprimentos à administração da GLSC que em médio espaço de tempo construiu sua magnífica sede própria dentro de uma área de 30 mil metros quadrados, utilizando praticamente seus próprios recursos e envolvendo uma legião de irmãos voluntários.  Agradecemos as inúmeras mensagens recebidas das edições especiais do JB News. Elas serão todas repassadas à Grande Loja.
  • 19.
  • 20. Loja Maçônica Simb.´. Menotti Garibaldi 208 – Mostardas - RS