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Informativo Nr. 060
Responsável: Ir Jerônimo Borges (Loja Templários da Nova Era - GLSC)
Florianópolis (SC) 31 de outubro de 2010
Em Florianópolis visite Marinas Palace Hotel
Rua Manoel Mancellos Moura, 630 - Reservas: 3266-0010 – 3266-0271
O hotel dos Irmãos, na Praia de Canasvieiras
1. Almanaque
2. Dante e a Divina Comédia (A. Oliynik)
3.
4. Expressas JB
1 – ALMANAQUE
HOJE, 31 DE OUTUBRO, É O 304º.
FALTAM 61 PARA ACABAR O ANO.
EVENTOS HISTÓRICOS
 475 - Assume o Império Romano do Ocidente seu último imperador: Rómulo Augusto
 1517 - Martinho Lutero publica as 95 teses de sua Reforma
 1693 - enforcamento histórico das três irmãs Sanderson - condenadas à morte por bruxaria - em
Gallows Hill, na cidade de Salém, estado norte-americano de Massachusetts.
 1733 - Câmara determina a demarcação das terras que viriam a se tornar a futura povoação da
cidade de Morretes
 1793 - Execução de líderes girondinos durante a Revolução Francesa
 1803 - Estados Unidos compram oficialmente o território de Lousiana
 1864 - Estado de Nevada ingressa na União (Estados Unidos)
 1905 - Mário de Alencar é eleito para a Cadeira nº 21 da Academia Brasileira de Letras, ABL
 1918 - Independência da Hungria
 1945 - Peru é admitido como Estado-Membro da ONU
 1954 - A Frente Nacional de Libertação da Argélia inicia uma revolta contra o domínio da França
 1996 - Supremo Tribunal Federal determinou o arquivamento de inquérito, por falta de provas,
contra o ex-presidente Fernando Collor de Mello
 1996 - Avião da TAM cai em São Paulo, no Jabaquara. Todos os 96 passageiros e 3 moradores
faleceram no acidente.
 1999 - Assinada a Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação
 2004 - O Aeroporto Internacional Montréal-Mirabel deixa de movimentar vôo de passageiros
 2004 - Tabaré Vázquez é eleito presidente do Uruguai
 2006 - O Papa Bento XVI nomeia Dom Frei Cláudio Cardeal Hummes, arcebispo metropolitano de São
Paulo Prefeito da Congregação para o Clero
 2007 - Julgamento e condenação dos réus do Atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid. São
Paulo conquista o título do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2007 - Série A.
NASCIMENTOS
 1345 - Rei Fernando I de Portugal (m. 1383).
 1391 - Rei Duarte de Portugal (m. 1438).
 1705 - Papa Clemente XIV (m. 1774).
 1795 - John Keats, um dos principais poetas do movimento romântico inglês (m. 1821).
 1815 - Karl Weierstrass, matemático alemão (m. 1897).
 1835 - Johann Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer, químico alemão (m. 1917).
 1838 - Rei Luís I de Portugal (m. 1889).
 1892 - Alexander Alexandrovich Alekhine, enxadrista russo (m. 1946).
 1902 - Carlos Drummond de Andrade, poeta, contista e crônista brasileiro (m. 1987)
 1910 - Santo Irmão Hector Valdivielso, monge do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, primeiro
santo da Argentina e mártir de Turón. (m. 1934)
 1925 - John A. Pople, químico britânico.
 1928 - Jean-François Deniau, político e escritor francês (m. 2007).
 1930 - Michael Collins, astronauta estadunidense.
 1937 - Claudete Soares, cantora brasileira.
 1941 - Derek Bell, ex-piloto inglês de Fórmula 1.
 1942 - David Ogden Stiers, ator norte-americano.
 1958 - Sidney Rezende, jornalista brasileiro.
 1961 - Peter Jackson, roteirista, diretor e produtor de filmes neozelandês.
 1961 - Larry Mullen Jr., baterista do U2.
 1962 - Raphael Rabello, violonista brasileiro.
 1963 - Rob Schneider, ator norte-americano.
 1963 - Dunga, Técnico de futebol da Seleção Brasileira.
Falecimentos
 1926 - Harry Houdini, ilusionista húngaro (n. 1874)
 1929 - António José de Almeida, sexto Presidente da República Portuguesa
 1966 - Antônio Carneiro Leão, educador e escritor brasileiro, Imortal da ABL (n. 1887).
 1984 - Indira Gandhi Primeira Ministra da Índia (n. 1917)
 1986 - Robert Sanderson Mulliken, químico norte-americano (n. 1896)
 1993 - Federico Fellini, cineasta italiano (n. 1920)
Feriados e eventos cíclicos
 Dia da Reforma na Alemanha
 Dia das Bruxas
 Dia do Saci
 Dia Mundial do Comissário de bordo
 Dia Mundial da Poupança
 Mitologia celta: Dia de Samhain ou Halloween. Ano novo celta.
 Dia Municipal da Reforma Protestante e Ação de Graças .Cabo de Santo Agostinho, Estado de
Pernambuco - Brasil
FATOS HISTÓRICOS DE SANTA CATARINA
1958 Instalado o município de Maravilha, criado pela Lei Nr.
348. de 27-07-1958
CALENDÁRIO MAÇÔNICO DO DIA:
1777 A Grande Loja Provincial de Boston elege Joseph Webb,
como Grão-Mestre e torna-se a Grande Loja de
Massachussetts.
2 – DANTE E A DIVINA COMÉDIA
Anatoli Oliynik
http://anatoli-oliynik.blogspot.com/2009/02/divina-comedia.html
Nota explicativa:
Em nossos arquivos encontra-se a matéria “Um Tributo a Dante
Alighieri” - cujo excerto também é do Ir. Anatoli Oliynik – com
enfoque especial à pessoa de Dante, o qual tencionamos divulgá-la no
dia 14 de dezembro, data dos 689 anos de sua morte.
Nesta, o Ir. Anatoli fala sobre a sua magistral obra: “A Divina Comédia”.
Um prato cheio para a curtição cultural deste seu domingo.
principal obra de Dante Alighieri, o testemunho gigantesco
que deixou ao mundo, A Divina Comédia, foi escrita nos
últimos anos da sua vida, depois dos cinqüenta anos, quandoA
o amargo conhecimento dos homens e a experiência dos
acontecimentos tinham acabado por despertar nele apenas a
esperança em Deus. Com suas três célebres partes – Inferno,
Purgatório e Paraíso –, constitui um dos mais prodigiosos conjuntos
literários que a humanidade criou em todos os países e em todos os
tempos. Como acontece com os monumentos do pensamento, tem os
seus fanáticos e s seus comentaristas infatigáveis, mas o publico
comum admira-a de longe, sem querer penetrar nos seus arcanos,
limitando-se a conhecer alguns episódios que fazem parte do
patrimônio comum da cultura ocidental.
A Divina Comédia – temos de confessá-lo – é uma obra bastante
difícil. Isso porque Dante quis incluir nela todos os conhecimentos –
imensos para o seu tempo – que pôde adquirir, acumulando-os em
dissertações áridas sobre botânica, alquimia, mineralogia e
fisiologia, quando não em discussões abstratas sobre escolástica e
teologia. É difícil também por causa das inúmeras alusões que faz a
acontecimentos e indivíduos da sua época, cujas chaves não têm
segredos para os eruditos, mas escapam àqueles que não estão
familiarizados com a história do Trecento. E, enfim, por causa do uso
constante de alegorias, do propósito de dissimular o seu verdadeiro
pensamento – “esse difícil enigma”, diz ele no canto XXXIII do
Purgatório – por meio de uma preocupação esotérica que inúmeros
comentaristas vêm pretendendo há mais de seis séculos tornar
compreensível, ao longo de sistemas que se contradizem.
Mas a verdade é que, apesar das suas obscuridades, porque o
homem moderno perdeu completamente a capacidade de ler
simbolicamente, a Divina Comédia continua a ser uma obra
fascinante, onde o espírito penetra como num universo, admirado
de que um homem tenha podido concebê-la. A beleza da língua, a
cadência do ritmo, a exatidão definitiva de tantas fórmulas e essa
espécie de sopro interior, de impulso vital que percorre sem tréguas
o poema e, depois de umas longas tiradas, o faz subitamente
desembocar em países de luz e de incomparável plenitude – tudo
isso faz da Divina Comédia uma obra única, um dos três ou quatro
florões da coroa do Ocidente.
Retrato. En la Vida de Dante, el gran escritor italiano
Boccaccio lo describió así: "Éste nuestro poeta fue de mediana
estatura, y, cuando llegó a la edad madura, iba algo encorvado
y su caminar era grave y tranquilo, iba vestido siempre de
honestísimos paños, con la ropa que convenía a su madurez.
Su rostro era largo, nariz aguileña, los ojos más grandes que
pequeños, las mandíbulas grandes, y el labio de abajo
montado en el de arriba; de tez morena, con cabellos y barba
abundantes, negros y crespos, siempre con el rostro
melancólico y pensativo."
Através da floresta de obscuridades e símbolos, o sentido geral do
poema é claro. É a descrição da viagem – imaginaria? Dante
apresenta-a como verdadeira – que o autor realizou, numa data bem
determinada, no ano de 1300, a partir da noite da Quinta-Feira
Santa, percorrendo sucessivamente o Inferno, o Purgatório e o
Paraíso.
Narra os encontros que teve no caminho, as observações que
respigou e as suas meditações durante a extraordinária experiência.
Os alicerces desta documentação são de uma minúcia extrema, a tal
ponto que se pôde desenhar os planos e construir a maquete desse
país além-túmulo. Mas, ao mesmo tempo, um jorro perpétuo de
imagens, de alusões e de episódios vem recobrir os dados da
estranha geografia e transformar as
suas regiões em florestas de sonhos, onde as mais deslumbrantes
imagens se sucedem a visões de pesadelo.
O tema não era original. Já muitos antigos, de Homero a Virgílio,
tinham
imaginado descidas de vivos à região dos mortos e havia também
poemas muçulmanos em que se relatavam viagens ao céu e ao
inferno; entre os monges celtas dos tempos bárbaros, na solidão
febril dos conventos, tinham-se produzido muitas histórias
análogas, tendo como heróis São Patrício ou São Brendan. Mas, a
partir desse elemento que pertencia ao fundo comum do
maravilhoso cristão, o poeta criaria uma obra de gênio, porque
soube incluir nela a verdade profunda do destino humano e dar
corpo a tudo aquilo que a Idade Média descobrira sobre as
realidades eternas, fazendo repousar a história romanesca sobre as
bases da teologia.
O herói da Divina Comédia é o próprio Dante; o roteiro é a sua
própria experiência, a história da sua conversão. Perdido na “selva
escura” do vício, esteve prestes a cair nos círculos do inferno, onde
tantos infelizes expiam as suas infidelidades.
Arrancado à condenação graças à intercessão da Virgem Maria,
pouco a pouco foi descobrindo o caminho da luz, subindo a penosa
montanha do purgatório. Dois seres providenciais o ajudaram nesse
itinerário: Virgílio, a razão humana libertada do jugo das paixões, e
Beatriz, que é ao mesmo tempo o amor inefável e a verdade
revelada.
Graças a eles, pôde alcançar o lugar de toda a paz e de toda a justiça
– o paraíso.
Essencialmente, trata-se, portanto, de uma autobiografia. É um
homem semelhante a nós que vamos acompanhando na sua
estranha caminhada. Com ele somos sacudidos pelas rajadas dos
ventos infernais e sentimos o calor do fogo onde ardem os
condenados; com ele participamos da orgulhosa dor dos amores
pecaminosos; com ele subimos também à luz da certeza. É um
homem que fala a homens, com uma voz de homem; desse modo,
assume uma das características fundamentais da Catedral – a de
ficar à altura do homem –; da Catedral que, como a Divina Comédia,
depois de ter, no Juízo Final do tímpano, mostrado à alma os seus
riscos, a conduz, acompanhada de coortes de santos, até a grande
Rosácea luminosa, onde os coros dos anjos se alinham em volta da
Majestade de Deus.
Assim, esta autobiografia tem um sentido diferente do de uma
simples confissão.
Tem um valor de exemplo; foi para a salvação do mundo que Dante
escreveu. O poeta recebeu do próprio Senhor a missão de “arrancar
ao estado de miséria aqueles que vivem nesta vida e conduzi-los ao
estado de felicidade”. É a todos os seus irmãos mortais que ele lança
os seus terríveis avisos. Não é somente o florentino exilado em
Ravena que se nos mostra com os seus rancores e ódios; é a alma
humana, no seu périplo desde as terras servis do pecado até a
liberdade dos filhos da luz; é a inteligência esclarecida pela fé que,
sob todas as mortais aparências, descobre a verdade imortal.
O marco histórico dentro do qual se desenrola a prodigiosa aventura
não é senão o da sociedade cuja experiência o poeta possuía: a
Cristandade. Os acontecimentos a que se refere são os da história
cristã, e os protagonistas da sua fantástica epopéia são os homens
que desempenharam um papel na história do Ocidente cristão. Os
problemas
cuja solução procura apaixonadamente são aqueles que a
Cristandade enfrentara com angústia. O ideal que ele serve não é
outro senão o dos papas reformadores, dos santos, dos cruzados e
dos mestres do pensamento, o ideal de uma ordem hierárquica que
corresponderia na terra às perfeitas harmonias do céu. Dante quis
ser a testemunha da civilização da Cristandade, no preciso momento
em que ela vergava à beira da ruína, como testemunha foi também o
seu contemporâneo, o pintor Andrea de Firenze, no seu afresco de
Santa Maria Novella.
E porque a Cristandade é a sua matéria e a sua preocupação, o poeta
é levado a aplicar fervorosamente a sua atenção à Igreja, guia
sobrenatural da sociedade, por meio da qual esta encontra o seu
verdadeiro sentido. Nenhuma obra literária foi sem dúvida mais
totalmente da Igreja do que a Divina Comédia. Ninguém falou com
mais ardor e mais ternura da Esposa de Cristo do que aquele de
quem se citam freqüentemente, com certa complacência, as
invectivas contra alguns dos seus chefes e algumas das suas
instituições. Fazia-o porque experimentava por ela sentimentos
filiais de uma imperiosa exigência. Queria vê-la infinitamente pura,
infinitamente bela, rigorosamente fiel aos preceitos do seu Mestre,
livre de todas as crostas com que a miséria do homem recobre esse
vaso de eleição do Espírito Santo.
O gênio que ele era avaliou com uma lucidez profética os perigos em
que a Igreja se encontrava. No sangrento dilaceramento do seu
próprio ser, apercebeu-se de que a Cristandade vivia então um
drama e de que a sua existência estava em perigo. A Igreja que tinha
sob os seus olhos parecia-lhe já não obedecer à lei de Cristo.
Envolvido como estava em atrozes desordens, era-lhe
evidentemente difícil manter-se justo, e foi por isso que atacou com
freqüência homens que não mereciam a sua ira. O seu protesto unia-
se ao dos “espirituais” – a cuja seita nunca aderiu –, mas também ao
dos melhores cristãos do seu tempo. O seu protesto anunciava o de
Santa Catarina de Sena.
O drama, para ele, era que a Igreja, ao invés de permanecer com uma
inatacável testemunha do espiritual, como a mensageira das
exigências de Deus, se deixava seduzir pelas coisas da terra,
exatamente como faz a CNBB no Brasil e a Teologia da Libertação,
quase setecentos anos após: “A Esposa de Cristo não foi alimentada
pelo
sangue que derramamos Lino, Cleto e eu, para ser um meio de
acumular ouro!”, diz São Pedro a Dante, no canto XXVII do Paraíso. É
contra esta traição fundamental que ele se levanta infatigavelmente,
mesmo no meio das suas injustiças.
Assim, ergue-se da sua obra um imenso clamor contra aqueles que
atraiçoam o ideal do cristianismo, contra os “lobos vorazes com
vestes de pastores”, contra aqueles que fabricam “um deus de ouro e
de prata”, contra os prelados com cavalos ricamente ajaezados, bem
como contra todos aqueles que, pelo seu silencia, são cúmplices
dessas infâmias ou que, nas suas prédicas, proferem apenas “ditos
espirituosos e gracejos”, em vez de lembrarem aos fiéis os seus
deveres sagrados. Os papas e a Cúria, especialmente designados,
parecem-lhe ser os responsáveis pela situação: Roma, “onde todos os
dias se trafica com Cristo” (Paraíso XVII, 51), e mais tarde Avinhão,
onde os pontífices, vassalos dos reis da França, permitem que se
cometam à sua volta todas as infâmias.
Isto significa que o guelfo Dante era um inimigo do Papado? De
forma alguma. Ele sente “respeito pelos chefes soberanos”. No
Pontífice, venera o representante do Senhor na terra, e até compara
Bonifácio VIII, insultado por Nogaret, a um novo Cristo. Num dos
seus versos, chegou-se a ver formulada a doutrina da infalibilidade
pontifícia. Mas o que ele quer é um Papado que, para ser mais
plenamente o guia de todos os batizados, se liberte de todas as
contingências da terra. Para ele, o erro fundamental consistiu na
aceitação, por parte da Igreja, da “doação de Constantino”, em cuja
existência acreditava, como a maior parte dos seus contemporâneos.
“Ah” Constantino, de quantos males foste mãe, não pela tua conversão,
mas por esse dote que de ti recebeu o primeiro papa que foi rico!”
(Inferno, 115, 118). O envolvimento no temporal levou o Papado a
intervir nos negócios do mundo e a comprometer a sua própria
integridade. “A Igreja de Roma, que enfeixou nas mãos os dois
poderes, caiu na lama, suja-se e degrada-se...” Assim, a grande
inquietação que atormentava a Cristandade, no momento em que se
sentia ameaçada nas suas obras vivas, encontrava, para se exprimir,
o grito do gênio que ecoaria através dos séculos.
Existia uma solução para esse grave problema? Durante algum
tempo, o poeta pensou que o mundo retornaria à ordem se as duas
espadas se separassem, se a Igreja se circunscrevesse ao seu
legítimo campo de ação, confiando o domínio do temporal ao
homem que encarnava tradicionalmente a idéia da unidade – o
Imperador. Foi por isso que, guelfo como era, Dante achou que devia
pedir a intervenção do imperador germânico na Itália, não porque,
como se disse, fosse partidário de um Henrique VII qualquer, mas
porque o fim que esperava lhe parecia justificar esse meio. O
desenrolar dos acontecimentos encarregou-se de elucidá-lo. Da
parte do imperador, em vez do sentido superior da
responsabilidade, não havia senão sede de poder, ambição de lucro,
fraqueza e incapacidade de lutar contra o Got – o papa de Avinhão,
Clemente V. A grandiosa imagem com que o poeta sonhava era,
portanto, uma ilusão, a mesma que tinha obcecado tantos espíritos,
desde a época carolíngia, a de uma monarquia universal, de um
mundo governado espiritualmente pelo Papa e temporalmente por
um Cesar submetido aos preceitos de Cristo... E se essa esperança se
desfizesse, que restava?
Restava a convicção de que, perante a eternidade, todas as
combinações feitas na terra são inúteis e de que a política última do
cristão dia respeito a um reino que não é deste mundo. Por isso, os
verdadeiros mediadores, os verdadeiros guias, aos quais o poeta se
confia em última análise, não são as potências deste mundo, mas as
almas privilegiadas sobre as quais pousou o Espírito de Deus. É
Virgílio, a pureza da razão; é Beatriz, o conhecimento místico; são
todos aqueles e todas aquelas que escaparam às servidões da
natureza pecadora para darem o testemunho pleno do homem – os
santos e as santas, que são os autênticos condutores da Igreja. Serão
eles que levarão a Esposa de Cristo para a luz; e é porque eles
existem em tão grande número que a esperança permanece viva nos
corações. A parte humana da Igreja pode estar manchada, mas que
importa isso, se do seu seio ainda jorram mensagens vivas? Acabará
por surgir um libertador, cuja vinda Dante profetiza num
personagem muito misterioso, o Veltro, o “Galgo”, cuja identidade
tem sido objeto de infinitas discussões, mas que talvez seja o
próprio Cristo intervindo pessoalmente na História.
Desta maneira, a suprema lição da Divina comédia que
depreendemos de todo o complexo de imagens e de paixões que
mais ou menos a mascara, é simplesmente um apelo à consciência
cristã. “Se o mundo atual se extravia”, diz Marco Lombardo a Dante
no terceiro patamar da montanha das expiações, “a causa está em
vós; é unicamente em vós que será necessário procurá-la” (Purgatório,
XVI, 82-83). O drama da Cristandade tem de ser descoberto na alma
dos batizados, precisamente onde cada um de nós se sente
dilacerado entre a sua aspiração para a luz e as suas conivências
com as trevas, que é onde o Galgo celeste realiza a grande caça das
almas. O verdadeiro fim, o esforço mais necessário de todos, é
lembrar aos homens que eles estão na terra para algo de muito
diferente das satisfações dessa terra, e despertar neles a
consciência, sempre pronta a mergulhar nas trevas do sono.
Sede, cristãos, mais graves, mais firmes;
Não sejais como plumas ao sabor de qualquer vento
E não julgueis que toda a água vos lava.
Tendes o Antigo e o Novo Testamento
E o Pastor da igreja que vos guia:
Que isso vos baste para a vossa salvação!
E se uma maligna cupidez vos grita outra coisa,
Sede homens e não ovelhas loucas!
(Paraíso, V, 73-80)
(Resumo feito por Anatoli Oliynik, com excertos traduzidos por Emérico da Gama, retirados de “A Igreja das
Catedrais e das Cruzadas” de Daniel-Rops. São Paulo: Editora Quadrante, 1993.)
3 – O SIGNIFICADO DAS LETRAS SSS
A significação das três letras
SSS na Maçonaria e na
assinatura de Cristóvão
Colombo sob o aspecto
cabalístico.
Ir Roberto Aguilar M. S. Silva
ARLS Sentinela da Fronteira, 53 –n Corumbá MS
Membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul
O repasse é do Ir. José Robson Gouveia Freire
(Grande Secretário da Magna Reitoria do
Supremo Conclave do Brasil para o
Rito Brasileiro dos Maçons Antigos, Livres e Aceitos – GOB)
Acompanhe a matéria acessando no PDF correspondente
4 – A FESTA DA ALFERES
Encerrou-se neste sábado a confraternização havida entre a Loja
“Alferes Tiradentes”e as Lojas “Unión Y Progresso” nr. 09 de
Encarnación, Paraguai, Loja “Unión Del Centro” nr. 02, de San Vicente
de Missiones, Loja “Ciencia Y Justiça Dr. Manoel Belgrano” nr. 03, de
Posadas, e da Loja “Roque Perez” nr. 01, de Posadas, estas da
Argentina.
Foram dois dias de verdadeira confraternização reunindo a Maçonaria
destas três Nações amigas.
Essa visitação já tem acontecido entre essas lojas e reforça os laços de
amizade e fraternidade entre os irmãos, alimentando a fraternidade
que nos une dentro dos sãos princípios que norteiam a nossa filosofia.
Um dos pontos altos foi a Sessão especial de sexta-feira reunindo
brasileiros, paraguaios e argentinos. Ponto marcante foi a entrada em
Loja dos três pavilhões com a execução dos Hinos do Brasil, Paraguai e
Argentina, cantados com louvor pelos integrantes de cada País.
(paraguaios em maior número entre os visitantes).
Outro destaque foi a palestra proferida pelo Ir. Eleutério Nicolau da
Conceição sobre os primeiros dias de Florianópolis, onde o Ir. com
maestria e conhecimento, empolgou também os visitantes sobre a
nossa civilização a partir dos primeiros anos de 1500, com pingos de
reflexos externos do Perú, Paraguai e Argentina, entusiasmando os
irmãos dos países vizinhos pelas informações até então desconhecidas
por muitos.
A Loja “Alferes Tiradentes” deve retribuir a visita a essas lojas, no mês
de março.
5 – EXPRESSAS JB
 Mais outra boa novidade maçônica. Palestra em áudio. Acesse
A DOUTRINA MAÇÔNICA Carlos Brasilio Conte
 Ainda repercutindo a palestra do Ir. Eleutério Nicolau da Conceição,
membro da Academia Maçônica de Letras e do Instituto Histórico e
Geográfico. Dados importantes revelados, novos conhecimentos dos
primeiros habitantes da Ilha de Santa Catarina e uma epopéia que vale a
pena ser reprisada.
 Fica a sugestão de uma grande palestra de cultura e informação para as
nossas Lojas.
 Sobre palestra recebemos o seguinte do Ir. Paleteiro:
 “Dia 18 de novembro, a convite do nosso Amado Irmão Ven
Mestre Ildebrando Zoldan, da cidade de Casa Branca, Estado de
São Paulo; onde contaremos com a presença de mais Lojas e
demais irmãos da Região. Estarei apresentando uma palestra em
Grau de Aprendiz-Maçom sobre O Tabernáculo de Moisés.
OBS: - TEMOS ALGUNS IRMÃOS DE NOSSA LOJA E DE OUTRAS LOJAS QUE QUEREM IR
CONOSCO NESTA PALESTRA EM CASA BRANCA.
ESTA CIDADE FICA A 335 KM DE DISTÂNCIA E TEM 5 PEDÁGIOS.
O IRMÃO FÁVIO VARRO, SUGERIU ALUGARMOS UMA VAN.
EU, ELE E MAIS O IRMÃO MANOEL GODOI, JÁ É CERTEZA;
SE ALGUM IRMÃO QUIZER IR, FAVOR ENTRAR EM CONTATO.
A REUNIÃO SERÁ NUMA QUINTA-FEIRA E TEREMOS QUE CHEGAR NO MÍNIMO 1 HORA E
MEIA ANTES, AFIM DE PREPARARMOS O DATASHOW.
recebam O meu t.'. f.'. a.'. PELETEIRO.'.
 Que a inspiração Divina guie sua mente para a escolha de quem
governará nosso País nos próximos anos.
 Agora só ouço rádio maçônica: acesse www.radiogorgs.org.br
 Até amanhã, querendo o GADU.
Dante e a Divina Comédia no JJB News

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Dante e a Divina Comédia no JJB News

  • 1. JJBB NNEEWWSS Informativo Nr. 060 Responsável: Ir Jerônimo Borges (Loja Templários da Nova Era - GLSC) Florianópolis (SC) 31 de outubro de 2010
  • 2. Em Florianópolis visite Marinas Palace Hotel Rua Manoel Mancellos Moura, 630 - Reservas: 3266-0010 – 3266-0271 O hotel dos Irmãos, na Praia de Canasvieiras 1. Almanaque 2. Dante e a Divina Comédia (A. Oliynik) 3. 4. Expressas JB 1 – ALMANAQUE HOJE, 31 DE OUTUBRO, É O 304º. FALTAM 61 PARA ACABAR O ANO. EVENTOS HISTÓRICOS
  • 3.  475 - Assume o Império Romano do Ocidente seu último imperador: Rómulo Augusto  1517 - Martinho Lutero publica as 95 teses de sua Reforma  1693 - enforcamento histórico das três irmãs Sanderson - condenadas à morte por bruxaria - em Gallows Hill, na cidade de Salém, estado norte-americano de Massachusetts.  1733 - Câmara determina a demarcação das terras que viriam a se tornar a futura povoação da cidade de Morretes  1793 - Execução de líderes girondinos durante a Revolução Francesa  1803 - Estados Unidos compram oficialmente o território de Lousiana  1864 - Estado de Nevada ingressa na União (Estados Unidos)  1905 - Mário de Alencar é eleito para a Cadeira nº 21 da Academia Brasileira de Letras, ABL  1918 - Independência da Hungria  1945 - Peru é admitido como Estado-Membro da ONU  1954 - A Frente Nacional de Libertação da Argélia inicia uma revolta contra o domínio da França  1996 - Supremo Tribunal Federal determinou o arquivamento de inquérito, por falta de provas, contra o ex-presidente Fernando Collor de Mello  1996 - Avião da TAM cai em São Paulo, no Jabaquara. Todos os 96 passageiros e 3 moradores faleceram no acidente.  1999 - Assinada a Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação  2004 - O Aeroporto Internacional Montréal-Mirabel deixa de movimentar vôo de passageiros  2004 - Tabaré Vázquez é eleito presidente do Uruguai  2006 - O Papa Bento XVI nomeia Dom Frei Cláudio Cardeal Hummes, arcebispo metropolitano de São Paulo Prefeito da Congregação para o Clero  2007 - Julgamento e condenação dos réus do Atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid. São Paulo conquista o título do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2007 - Série A. NASCIMENTOS  1345 - Rei Fernando I de Portugal (m. 1383).  1391 - Rei Duarte de Portugal (m. 1438).  1705 - Papa Clemente XIV (m. 1774).  1795 - John Keats, um dos principais poetas do movimento romântico inglês (m. 1821).  1815 - Karl Weierstrass, matemático alemão (m. 1897).  1835 - Johann Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer, químico alemão (m. 1917).  1838 - Rei Luís I de Portugal (m. 1889).  1892 - Alexander Alexandrovich Alekhine, enxadrista russo (m. 1946).  1902 - Carlos Drummond de Andrade, poeta, contista e crônista brasileiro (m. 1987)  1910 - Santo Irmão Hector Valdivielso, monge do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, primeiro santo da Argentina e mártir de Turón. (m. 1934)  1925 - John A. Pople, químico britânico.  1928 - Jean-François Deniau, político e escritor francês (m. 2007).  1930 - Michael Collins, astronauta estadunidense.  1937 - Claudete Soares, cantora brasileira.  1941 - Derek Bell, ex-piloto inglês de Fórmula 1.  1942 - David Ogden Stiers, ator norte-americano.  1958 - Sidney Rezende, jornalista brasileiro.
  • 4.  1961 - Peter Jackson, roteirista, diretor e produtor de filmes neozelandês.  1961 - Larry Mullen Jr., baterista do U2.  1962 - Raphael Rabello, violonista brasileiro.  1963 - Rob Schneider, ator norte-americano.  1963 - Dunga, Técnico de futebol da Seleção Brasileira. Falecimentos  1926 - Harry Houdini, ilusionista húngaro (n. 1874)  1929 - António José de Almeida, sexto Presidente da República Portuguesa  1966 - Antônio Carneiro Leão, educador e escritor brasileiro, Imortal da ABL (n. 1887).  1984 - Indira Gandhi Primeira Ministra da Índia (n. 1917)  1986 - Robert Sanderson Mulliken, químico norte-americano (n. 1896)  1993 - Federico Fellini, cineasta italiano (n. 1920) Feriados e eventos cíclicos  Dia da Reforma na Alemanha  Dia das Bruxas  Dia do Saci  Dia Mundial do Comissário de bordo  Dia Mundial da Poupança  Mitologia celta: Dia de Samhain ou Halloween. Ano novo celta.  Dia Municipal da Reforma Protestante e Ação de Graças .Cabo de Santo Agostinho, Estado de Pernambuco - Brasil FATOS HISTÓRICOS DE SANTA CATARINA 1958 Instalado o município de Maravilha, criado pela Lei Nr. 348. de 27-07-1958 CALENDÁRIO MAÇÔNICO DO DIA: 1777 A Grande Loja Provincial de Boston elege Joseph Webb, como Grão-Mestre e torna-se a Grande Loja de Massachussetts.
  • 5. 2 – DANTE E A DIVINA COMÉDIA Anatoli Oliynik http://anatoli-oliynik.blogspot.com/2009/02/divina-comedia.html Nota explicativa: Em nossos arquivos encontra-se a matéria “Um Tributo a Dante Alighieri” - cujo excerto também é do Ir. Anatoli Oliynik – com enfoque especial à pessoa de Dante, o qual tencionamos divulgá-la no dia 14 de dezembro, data dos 689 anos de sua morte. Nesta, o Ir. Anatoli fala sobre a sua magistral obra: “A Divina Comédia”. Um prato cheio para a curtição cultural deste seu domingo. principal obra de Dante Alighieri, o testemunho gigantesco que deixou ao mundo, A Divina Comédia, foi escrita nos últimos anos da sua vida, depois dos cinqüenta anos, quandoA
  • 6. o amargo conhecimento dos homens e a experiência dos acontecimentos tinham acabado por despertar nele apenas a esperança em Deus. Com suas três célebres partes – Inferno, Purgatório e Paraíso –, constitui um dos mais prodigiosos conjuntos literários que a humanidade criou em todos os países e em todos os tempos. Como acontece com os monumentos do pensamento, tem os seus fanáticos e s seus comentaristas infatigáveis, mas o publico comum admira-a de longe, sem querer penetrar nos seus arcanos, limitando-se a conhecer alguns episódios que fazem parte do patrimônio comum da cultura ocidental. A Divina Comédia – temos de confessá-lo – é uma obra bastante difícil. Isso porque Dante quis incluir nela todos os conhecimentos – imensos para o seu tempo – que pôde adquirir, acumulando-os em dissertações áridas sobre botânica, alquimia, mineralogia e fisiologia, quando não em discussões abstratas sobre escolástica e teologia. É difícil também por causa das inúmeras alusões que faz a acontecimentos e indivíduos da sua época, cujas chaves não têm segredos para os eruditos, mas escapam àqueles que não estão familiarizados com a história do Trecento. E, enfim, por causa do uso constante de alegorias, do propósito de dissimular o seu verdadeiro pensamento – “esse difícil enigma”, diz ele no canto XXXIII do Purgatório – por meio de uma preocupação esotérica que inúmeros comentaristas vêm pretendendo há mais de seis séculos tornar compreensível, ao longo de sistemas que se contradizem. Mas a verdade é que, apesar das suas obscuridades, porque o homem moderno perdeu completamente a capacidade de ler simbolicamente, a Divina Comédia continua a ser uma obra fascinante, onde o espírito penetra como num universo, admirado de que um homem tenha podido concebê-la. A beleza da língua, a
  • 7. cadência do ritmo, a exatidão definitiva de tantas fórmulas e essa espécie de sopro interior, de impulso vital que percorre sem tréguas o poema e, depois de umas longas tiradas, o faz subitamente desembocar em países de luz e de incomparável plenitude – tudo isso faz da Divina Comédia uma obra única, um dos três ou quatro florões da coroa do Ocidente. Retrato. En la Vida de Dante, el gran escritor italiano Boccaccio lo describió así: "Éste nuestro poeta fue de mediana estatura, y, cuando llegó a la edad madura, iba algo encorvado y su caminar era grave y tranquilo, iba vestido siempre de honestísimos paños, con la ropa que convenía a su madurez. Su rostro era largo, nariz aguileña, los ojos más grandes que pequeños, las mandíbulas grandes, y el labio de abajo montado en el de arriba; de tez morena, con cabellos y barba abundantes, negros y crespos, siempre con el rostro melancólico y pensativo."
  • 8. Através da floresta de obscuridades e símbolos, o sentido geral do poema é claro. É a descrição da viagem – imaginaria? Dante apresenta-a como verdadeira – que o autor realizou, numa data bem determinada, no ano de 1300, a partir da noite da Quinta-Feira Santa, percorrendo sucessivamente o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. Narra os encontros que teve no caminho, as observações que respigou e as suas meditações durante a extraordinária experiência. Os alicerces desta documentação são de uma minúcia extrema, a tal ponto que se pôde desenhar os planos e construir a maquete desse país além-túmulo. Mas, ao mesmo tempo, um jorro perpétuo de imagens, de alusões e de episódios vem recobrir os dados da estranha geografia e transformar as suas regiões em florestas de sonhos, onde as mais deslumbrantes imagens se sucedem a visões de pesadelo. O tema não era original. Já muitos antigos, de Homero a Virgílio, tinham imaginado descidas de vivos à região dos mortos e havia também poemas muçulmanos em que se relatavam viagens ao céu e ao inferno; entre os monges celtas dos tempos bárbaros, na solidão febril dos conventos, tinham-se produzido muitas histórias análogas, tendo como heróis São Patrício ou São Brendan. Mas, a partir desse elemento que pertencia ao fundo comum do maravilhoso cristão, o poeta criaria uma obra de gênio, porque soube incluir nela a verdade profunda do destino humano e dar corpo a tudo aquilo que a Idade Média descobrira sobre as realidades eternas, fazendo repousar a história romanesca sobre as bases da teologia.
  • 9. O herói da Divina Comédia é o próprio Dante; o roteiro é a sua própria experiência, a história da sua conversão. Perdido na “selva escura” do vício, esteve prestes a cair nos círculos do inferno, onde tantos infelizes expiam as suas infidelidades. Arrancado à condenação graças à intercessão da Virgem Maria, pouco a pouco foi descobrindo o caminho da luz, subindo a penosa montanha do purgatório. Dois seres providenciais o ajudaram nesse itinerário: Virgílio, a razão humana libertada do jugo das paixões, e Beatriz, que é ao mesmo tempo o amor inefável e a verdade revelada. Graças a eles, pôde alcançar o lugar de toda a paz e de toda a justiça – o paraíso. Essencialmente, trata-se, portanto, de uma autobiografia. É um homem semelhante a nós que vamos acompanhando na sua estranha caminhada. Com ele somos sacudidos pelas rajadas dos ventos infernais e sentimos o calor do fogo onde ardem os condenados; com ele participamos da orgulhosa dor dos amores pecaminosos; com ele subimos também à luz da certeza. É um homem que fala a homens, com uma voz de homem; desse modo, assume uma das características fundamentais da Catedral – a de ficar à altura do homem –; da Catedral que, como a Divina Comédia, depois de ter, no Juízo Final do tímpano, mostrado à alma os seus riscos, a conduz, acompanhada de coortes de santos, até a grande Rosácea luminosa, onde os coros dos anjos se alinham em volta da Majestade de Deus. Assim, esta autobiografia tem um sentido diferente do de uma simples confissão.
  • 10. Tem um valor de exemplo; foi para a salvação do mundo que Dante escreveu. O poeta recebeu do próprio Senhor a missão de “arrancar ao estado de miséria aqueles que vivem nesta vida e conduzi-los ao estado de felicidade”. É a todos os seus irmãos mortais que ele lança os seus terríveis avisos. Não é somente o florentino exilado em Ravena que se nos mostra com os seus rancores e ódios; é a alma humana, no seu périplo desde as terras servis do pecado até a liberdade dos filhos da luz; é a inteligência esclarecida pela fé que, sob todas as mortais aparências, descobre a verdade imortal. O marco histórico dentro do qual se desenrola a prodigiosa aventura não é senão o da sociedade cuja experiência o poeta possuía: a Cristandade. Os acontecimentos a que se refere são os da história cristã, e os protagonistas da sua fantástica epopéia são os homens que desempenharam um papel na história do Ocidente cristão. Os problemas cuja solução procura apaixonadamente são aqueles que a Cristandade enfrentara com angústia. O ideal que ele serve não é outro senão o dos papas reformadores, dos santos, dos cruzados e dos mestres do pensamento, o ideal de uma ordem hierárquica que corresponderia na terra às perfeitas harmonias do céu. Dante quis ser a testemunha da civilização da Cristandade, no preciso momento em que ela vergava à beira da ruína, como testemunha foi também o seu contemporâneo, o pintor Andrea de Firenze, no seu afresco de Santa Maria Novella. E porque a Cristandade é a sua matéria e a sua preocupação, o poeta é levado a aplicar fervorosamente a sua atenção à Igreja, guia sobrenatural da sociedade, por meio da qual esta encontra o seu verdadeiro sentido. Nenhuma obra literária foi sem dúvida mais
  • 11. totalmente da Igreja do que a Divina Comédia. Ninguém falou com mais ardor e mais ternura da Esposa de Cristo do que aquele de quem se citam freqüentemente, com certa complacência, as invectivas contra alguns dos seus chefes e algumas das suas instituições. Fazia-o porque experimentava por ela sentimentos filiais de uma imperiosa exigência. Queria vê-la infinitamente pura, infinitamente bela, rigorosamente fiel aos preceitos do seu Mestre, livre de todas as crostas com que a miséria do homem recobre esse vaso de eleição do Espírito Santo. O gênio que ele era avaliou com uma lucidez profética os perigos em que a Igreja se encontrava. No sangrento dilaceramento do seu próprio ser, apercebeu-se de que a Cristandade vivia então um drama e de que a sua existência estava em perigo. A Igreja que tinha sob os seus olhos parecia-lhe já não obedecer à lei de Cristo. Envolvido como estava em atrozes desordens, era-lhe evidentemente difícil manter-se justo, e foi por isso que atacou com freqüência homens que não mereciam a sua ira. O seu protesto unia-
  • 12. se ao dos “espirituais” – a cuja seita nunca aderiu –, mas também ao dos melhores cristãos do seu tempo. O seu protesto anunciava o de Santa Catarina de Sena. O drama, para ele, era que a Igreja, ao invés de permanecer com uma inatacável testemunha do espiritual, como a mensageira das exigências de Deus, se deixava seduzir pelas coisas da terra, exatamente como faz a CNBB no Brasil e a Teologia da Libertação, quase setecentos anos após: “A Esposa de Cristo não foi alimentada pelo sangue que derramamos Lino, Cleto e eu, para ser um meio de acumular ouro!”, diz São Pedro a Dante, no canto XXVII do Paraíso. É contra esta traição fundamental que ele se levanta infatigavelmente, mesmo no meio das suas injustiças. Assim, ergue-se da sua obra um imenso clamor contra aqueles que atraiçoam o ideal do cristianismo, contra os “lobos vorazes com vestes de pastores”, contra aqueles que fabricam “um deus de ouro e de prata”, contra os prelados com cavalos ricamente ajaezados, bem como contra todos aqueles que, pelo seu silencia, são cúmplices dessas infâmias ou que, nas suas prédicas, proferem apenas “ditos espirituosos e gracejos”, em vez de lembrarem aos fiéis os seus deveres sagrados. Os papas e a Cúria, especialmente designados, parecem-lhe ser os responsáveis pela situação: Roma, “onde todos os dias se trafica com Cristo” (Paraíso XVII, 51), e mais tarde Avinhão, onde os pontífices, vassalos dos reis da França, permitem que se cometam à sua volta todas as infâmias. Isto significa que o guelfo Dante era um inimigo do Papado? De forma alguma. Ele sente “respeito pelos chefes soberanos”. No Pontífice, venera o representante do Senhor na terra, e até compara
  • 13. Bonifácio VIII, insultado por Nogaret, a um novo Cristo. Num dos seus versos, chegou-se a ver formulada a doutrina da infalibilidade pontifícia. Mas o que ele quer é um Papado que, para ser mais plenamente o guia de todos os batizados, se liberte de todas as contingências da terra. Para ele, o erro fundamental consistiu na aceitação, por parte da Igreja, da “doação de Constantino”, em cuja existência acreditava, como a maior parte dos seus contemporâneos. “Ah” Constantino, de quantos males foste mãe, não pela tua conversão, mas por esse dote que de ti recebeu o primeiro papa que foi rico!” (Inferno, 115, 118). O envolvimento no temporal levou o Papado a intervir nos negócios do mundo e a comprometer a sua própria integridade. “A Igreja de Roma, que enfeixou nas mãos os dois poderes, caiu na lama, suja-se e degrada-se...” Assim, a grande inquietação que atormentava a Cristandade, no momento em que se sentia ameaçada nas suas obras vivas, encontrava, para se exprimir, o grito do gênio que ecoaria através dos séculos. Existia uma solução para esse grave problema? Durante algum tempo, o poeta pensou que o mundo retornaria à ordem se as duas espadas se separassem, se a Igreja se circunscrevesse ao seu legítimo campo de ação, confiando o domínio do temporal ao homem que encarnava tradicionalmente a idéia da unidade – o Imperador. Foi por isso que, guelfo como era, Dante achou que devia pedir a intervenção do imperador germânico na Itália, não porque, como se disse, fosse partidário de um Henrique VII qualquer, mas porque o fim que esperava lhe parecia justificar esse meio. O desenrolar dos acontecimentos encarregou-se de elucidá-lo. Da parte do imperador, em vez do sentido superior da responsabilidade, não havia senão sede de poder, ambição de lucro, fraqueza e incapacidade de lutar contra o Got – o papa de Avinhão,
  • 14. Clemente V. A grandiosa imagem com que o poeta sonhava era, portanto, uma ilusão, a mesma que tinha obcecado tantos espíritos, desde a época carolíngia, a de uma monarquia universal, de um mundo governado espiritualmente pelo Papa e temporalmente por um Cesar submetido aos preceitos de Cristo... E se essa esperança se desfizesse, que restava? Restava a convicção de que, perante a eternidade, todas as combinações feitas na terra são inúteis e de que a política última do cristão dia respeito a um reino que não é deste mundo. Por isso, os verdadeiros mediadores, os verdadeiros guias, aos quais o poeta se confia em última análise, não são as potências deste mundo, mas as almas privilegiadas sobre as quais pousou o Espírito de Deus. É Virgílio, a pureza da razão; é Beatriz, o conhecimento místico; são todos aqueles e todas aquelas que escaparam às servidões da natureza pecadora para darem o testemunho pleno do homem – os santos e as santas, que são os autênticos condutores da Igreja. Serão eles que levarão a Esposa de Cristo para a luz; e é porque eles existem em tão grande número que a esperança permanece viva nos corações. A parte humana da Igreja pode estar manchada, mas que importa isso, se do seu seio ainda jorram mensagens vivas? Acabará por surgir um libertador, cuja vinda Dante profetiza num personagem muito misterioso, o Veltro, o “Galgo”, cuja identidade tem sido objeto de infinitas discussões, mas que talvez seja o próprio Cristo intervindo pessoalmente na História. Desta maneira, a suprema lição da Divina comédia que depreendemos de todo o complexo de imagens e de paixões que mais ou menos a mascara, é simplesmente um apelo à consciência cristã. “Se o mundo atual se extravia”, diz Marco Lombardo a Dante no terceiro patamar da montanha das expiações, “a causa está em
  • 15. vós; é unicamente em vós que será necessário procurá-la” (Purgatório, XVI, 82-83). O drama da Cristandade tem de ser descoberto na alma dos batizados, precisamente onde cada um de nós se sente dilacerado entre a sua aspiração para a luz e as suas conivências com as trevas, que é onde o Galgo celeste realiza a grande caça das almas. O verdadeiro fim, o esforço mais necessário de todos, é lembrar aos homens que eles estão na terra para algo de muito diferente das satisfações dessa terra, e despertar neles a consciência, sempre pronta a mergulhar nas trevas do sono. Sede, cristãos, mais graves, mais firmes; Não sejais como plumas ao sabor de qualquer vento E não julgueis que toda a água vos lava. Tendes o Antigo e o Novo Testamento E o Pastor da igreja que vos guia: Que isso vos baste para a vossa salvação! E se uma maligna cupidez vos grita outra coisa, Sede homens e não ovelhas loucas! (Paraíso, V, 73-80) (Resumo feito por Anatoli Oliynik, com excertos traduzidos por Emérico da Gama, retirados de “A Igreja das Catedrais e das Cruzadas” de Daniel-Rops. São Paulo: Editora Quadrante, 1993.)
  • 16. 3 – O SIGNIFICADO DAS LETRAS SSS A significação das três letras SSS na Maçonaria e na assinatura de Cristóvão Colombo sob o aspecto cabalístico. Ir Roberto Aguilar M. S. Silva ARLS Sentinela da Fronteira, 53 –n Corumbá MS Membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul O repasse é do Ir. José Robson Gouveia Freire (Grande Secretário da Magna Reitoria do Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro dos Maçons Antigos, Livres e Aceitos – GOB) Acompanhe a matéria acessando no PDF correspondente 4 – A FESTA DA ALFERES
  • 17. Encerrou-se neste sábado a confraternização havida entre a Loja “Alferes Tiradentes”e as Lojas “Unión Y Progresso” nr. 09 de Encarnación, Paraguai, Loja “Unión Del Centro” nr. 02, de San Vicente de Missiones, Loja “Ciencia Y Justiça Dr. Manoel Belgrano” nr. 03, de Posadas, e da Loja “Roque Perez” nr. 01, de Posadas, estas da Argentina. Foram dois dias de verdadeira confraternização reunindo a Maçonaria destas três Nações amigas. Essa visitação já tem acontecido entre essas lojas e reforça os laços de amizade e fraternidade entre os irmãos, alimentando a fraternidade que nos une dentro dos sãos princípios que norteiam a nossa filosofia.
  • 18. Um dos pontos altos foi a Sessão especial de sexta-feira reunindo brasileiros, paraguaios e argentinos. Ponto marcante foi a entrada em Loja dos três pavilhões com a execução dos Hinos do Brasil, Paraguai e Argentina, cantados com louvor pelos integrantes de cada País. (paraguaios em maior número entre os visitantes). Outro destaque foi a palestra proferida pelo Ir. Eleutério Nicolau da Conceição sobre os primeiros dias de Florianópolis, onde o Ir. com maestria e conhecimento, empolgou também os visitantes sobre a nossa civilização a partir dos primeiros anos de 1500, com pingos de reflexos externos do Perú, Paraguai e Argentina, entusiasmando os irmãos dos países vizinhos pelas informações até então desconhecidas por muitos. A Loja “Alferes Tiradentes” deve retribuir a visita a essas lojas, no mês de março. 5 – EXPRESSAS JB  Mais outra boa novidade maçônica. Palestra em áudio. Acesse A DOUTRINA MAÇÔNICA Carlos Brasilio Conte  Ainda repercutindo a palestra do Ir. Eleutério Nicolau da Conceição, membro da Academia Maçônica de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico. Dados importantes revelados, novos conhecimentos dos primeiros habitantes da Ilha de Santa Catarina e uma epopéia que vale a pena ser reprisada.
  • 19.  Fica a sugestão de uma grande palestra de cultura e informação para as nossas Lojas.  Sobre palestra recebemos o seguinte do Ir. Paleteiro:  “Dia 18 de novembro, a convite do nosso Amado Irmão Ven Mestre Ildebrando Zoldan, da cidade de Casa Branca, Estado de São Paulo; onde contaremos com a presença de mais Lojas e demais irmãos da Região. Estarei apresentando uma palestra em Grau de Aprendiz-Maçom sobre O Tabernáculo de Moisés.
  • 20. OBS: - TEMOS ALGUNS IRMÃOS DE NOSSA LOJA E DE OUTRAS LOJAS QUE QUEREM IR CONOSCO NESTA PALESTRA EM CASA BRANCA. ESTA CIDADE FICA A 335 KM DE DISTÂNCIA E TEM 5 PEDÁGIOS. O IRMÃO FÁVIO VARRO, SUGERIU ALUGARMOS UMA VAN. EU, ELE E MAIS O IRMÃO MANOEL GODOI, JÁ É CERTEZA; SE ALGUM IRMÃO QUIZER IR, FAVOR ENTRAR EM CONTATO. A REUNIÃO SERÁ NUMA QUINTA-FEIRA E TEREMOS QUE CHEGAR NO MÍNIMO 1 HORA E MEIA ANTES, AFIM DE PREPARARMOS O DATASHOW. recebam O meu t.'. f.'. a.'. PELETEIRO.'.  Que a inspiração Divina guie sua mente para a escolha de quem governará nosso País nos próximos anos.  Agora só ouço rádio maçônica: acesse www.radiogorgs.org.br  Até amanhã, querendo o GADU.