Este documento fornece orientações sobre os conteúdos do volume 8 do Caderno do Professor de Educação Física para a 6a série/7o ano do Ensino Fundamental. Aborda quatro temas principais: esporte - modalidade individual (ginástica rítmica), ginástica (ginástica geral), esporte - modalidade coletiva (voleibol) e luta (judô). Para cada tema, apresenta situações de aprendizagem e atividades avaliadoras com o objetivo de desenvolver competências relacionadas à
2. MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
6a
SÉRIE/7o
ANO
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
3. Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
4. Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
5. Os materiais de apoio à implementação
do Currículo do Estado de São Paulo
são oferecidos a gestores, professores e alunos
da rede estadual de ensino desde 2008, quando
foram originalmente editados os Cadernos
do Professor. Desde então, novos materiais
foram publicados, entre os quais os Cadernos
do Aluno, elaborados pela primeira vez
em 2009.
Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do
Professor e do Aluno foram reestruturados para
atender às sugestões e demandas dos professo-
res da rede estadual de ensino paulista, de modo
a ampliar as conexões entre as orientações ofe-
recidas aos docentes e o conjunto de atividades
propostas aos estudantes. Agora organizados
em dois volumes semestrais para cada série/
ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e
série do Ensino Médio, esses materiais foram re-
vistos de modo a ampliar a autonomia docente
no planejamento do trabalho com os conteúdos
e habilidades propostos no Currículo Oficial
de São Paulo e contribuir ainda mais com as
ações em sala de aula, oferecendo novas orien-
tações para o desenvolvimento das Situações de
Aprendizagem.
Para tanto, as diversas equipes curricula-
res da Coordenadoria de Gestão da Educação
Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo reorganizaram os Cader-
nos do Professor, tendo em vista as seguintes
finalidades:
incorporar todas as atividades presentes
nos Cadernos do Aluno, considerando
também os textos e imagens, sempre que
possível na mesma ordem;
orientar possibilidades de extrapolação
dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do
Aluno, inclusive com sugestão de novas ati-
vidades;
apresentar as respostas ou expectativas
de aprendizagem para cada atividade pre-
sente nos Cadernos do Aluno – gabarito
que, nas demais edições, esteve disponível
somente na internet.
Esse processo de compatibilização buscou
respeitar as características e especificidades de
cada disciplina, a fim de preservar a identidade
de cada área do saber e o movimento metodo-
lógico proposto. Assim, além de reproduzir as
atividades conforme aparecem nos Cadernos
do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
crever a atividade e apresentar orientações mais
detalhadas para sua aplicação, como também in-
cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do
Professor (uma estratégia editorial para facilitar
a identificação da orientação de cada atividade).
A incorporação das respostas também res-
peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,
elas podem tanto ser apresentadas diretamente
após as atividades reproduzidas nos Cadernos
do Professor quanto ao final dos Cadernos, no
Gabarito. Quando incluídas junto das ativida-
des, elas aparecem destacadas.
ANOVA EDIÇÃO
6. Leitura e análise
Lição de casa
Pesquisa em grupo
Pesquisa de
campo
Aprendendo a
aprender
Roteiro de
experimentação
Pesquisa individual
Apreciação
Você aprendeu?
O que penso
sobre arte?
Ação expressiva
!
?
Situated learning
Homework
Learn to learn
Além dessas alterações, os Cadernos do
Professor e do Aluno também foram anali-
sados pelas equipes curriculares da CGEB
com o objetivo de atualizar dados, exemplos,
situações e imagens em todas as disciplinas,
possibilitando que os conteúdos do Currículo
continuem a ser abordados de maneira próxi-
ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades
de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
temporâneo.
Para saber mais
Para começo de
conversa
Seções e ícones
7. SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 8
Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: ginástica rítmica (GR) 10
Situação de Aprendizagem 1 – Exploração de diferentes movimentos 15
Situação de Aprendizagem 2 – Os movimentos e as relações com os aparelhos da GR 20
Atividade Avaliadora 25
Proposta de Situações de Recuperação 26
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 26
Tema 2 – Ginástica – Ginástica geral (GG) 28
Situação de Aprendizagem 3 – Compreendendo as características da ginástica 31
Situação de Aprendizagem 4 – A GG e outras manifestações da Cultura de Movimento 34
Atividade Avaliadora 37
Proposta de Situações de Recuperação 41
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 42
Tema 3 – Esporte – Modalidade coletiva: voleibol 44
Situação de Aprendizagem 5 – O voleibol já é do conhecimento de todos os alunos 46
Situação de Aprendizagem 6 – Para jogar é preciso saber as técnicas? 49
Atividade Avaliadora 54
Proposta de Situações de Recuperação 57
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 57
8. Tema 4 – Luta: judô 59
Situação de Aprendizagem 7 – Reconhecendo as lutas 61
Situação de Aprendizagem 8 – Lutando com os amigos 68
Atividade Avaliadora 72
Proposta de Situações de Recuperação 75
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 75
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 77
9. 8
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Professor, este Caderno foi elaborado para
servir de apoio ao seu trabalho pedagógico
cotidiano com a 6a
série/7o
ano do Ensino
Fundamental. Os temas deste volume são
enfocados a partir da concepção teórica da
disciplina, já explicitada anteriormente, fun-
damentada nos conceitos de Cultura de Movi-
mento e Se-Movimentar.
Assim, pretende-se que as Situações de
Aprendizagem aqui sugeridas para os temas
Esporte, Ginástica e Luta possibilitem aos
alunos diversificar, sistematizar e aprofundar
suas experiências do Se-Movimentar no âm-
bito das culturas lúdica, esportiva, gímnica
e de luta, tanto para proporcionar novas ex-
periências (permitindo aos alunos novas sig-
nificações), como ressignificar experiências já
vivenciadas. Espera-se que o enfoque adotado
para o desenvolvimento dos conteúdos deste
volume seja compatível com as intencionali-
dades do projeto político-pedagógico de cada
escola.
Neste volume da 6a
série/7o
ano serão de-
senvolvidos os temas Esporte – Modalidade
individual e coletiva, Ginástica e Luta. No
primeiro caso, a ginástica rítmica (GR) será
tomada como exemplo de modalidade espor-
tiva individual, considerando os principais
gestos técnicos, as principais regras e o pro-
cesso histórico. Espera-se que os alunos sejam
capazes de identificar e compreender os prin-
cipais gestos técnicos e relacioná-los com as
regras e aparelhos específicos da GR.
Em relação ao segundo tema, a ginástica
geral (GG) será privilegiada como conteú-
do gímnico, com enfoque nos fundamentos
e gestos dos métodos ginásticos clássicos à
ginástica contemporânea. Pretende-se que
os alunos sejam capazes de identificar e re-
conhecer os movimentos característicos de
modalidades gímnicas esportivas e de moda-
lidades gímnicas de participação. Espera-se,
também, que eles possam criar movimentos
conforme os desejos, interesses, necessidades
e características de cada grupo.
Com relação ao terceiro tema, será abor-
dado o Voleibol como modalidade esportiva
coletiva, discutindo seus princípios técnicos
e táticos, suas regras e seu processo históri-
co. Espera-se que os alunos sejam capazes de
compreender as principais regras e o proces-
so histórico de desenvolvimento dessa moda-
lidade, aplicar os princípios técnicos e táticos
e analisar as diferentes possibilidades de vi-
venciar o voleibol.
No último tema, o Judô será tomado
como exemplo para a discussão dos princí-
pios de confronto e oposição, de classificação
e de organização das lutas. Esse tema tam-
bém tratará da questão da violência atribuí-
da e associada às lutas. Cabe ressaltar que
outras lutas serão mencionadas, de modo a
ampliar a abordagem geral do tema. Espera-
-se com isso que os alunos possam valorizar
e reconhecer a importância das condutas res-
peitosas e colaborativas nas lutas.
As estratégias escolhidas – que incluem
a realização de gestos/movimentos, como a
busca de informações, a projeção de vídeos,
a resolução de situações-problema etc. – pos-
sibilitam aos alunos a reflexão com base no
confronto de suas próprias experiências de
Se-Movimentar com a sistematização e o
aprofundamento dos conhecimentos no âm-
bito da Cultura de Movimento.
Os procedimentos propostos para a avalia-
ção caminham na direção de uma avaliação
10. 9
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
integrada ao processo de ensino e aprendiza-
gem, sem estabelecer procedimentos isolados
e formais. As Atividades Avaliadoras devem
favorecer a geração, por parte dos alunos,
de informações ou indícios, qualitativos e
quantitativos, verbais e não verbais, que se-
rão interpretados pelo professor, nos termos
das competências e habilidades que se pre-
tende desenvolver em cada tema/conteúdo.
Privilegia-se a proposição de Situações de
Aprendizagem que favoreçam a aplicação dos
conhecimentos em situações reais e a elabora-
ção de textos-síntese relacionados aos temas
abordados. São também priorizados os ques-
tionamentos dirigidos aos alunos ao longo
das aulas, para que se verifique a compreen-
são dos conteúdos e a aquisição das compe-
tências e habilidades propostas.
A quadra é o tradicional espaço de aula de
Educação Física, mas algumas Situações
de Aprendizagem aqui sugeridas poderão
ser desenvolvidas no espaço convencional da
sala de aula, no pátio externo, na biblioteca,
na sala de informática ou de vídeo, bem como
em espaços da comunidade local, desde que
compatíveis com as atividades programadas.
Algumas etapas podem ser também realiza-
das pelos alunos como atividade extra-aula
(pesquisas, produção de textos etc.).
As orientações e sugestões a seguir têm
por objetivo oferecer-lhe subsídios para o de-
senvolvimento dos temas apresentados. Não
pretendem apresentar as Situações de Apren-
dizagem como as únicas a serem realizadas,
nem restringir sua criatividade, como profes-
sor, para outras atividades ou variações de
abordagem dos mesmos temas.
Nesse mesmo sentido, o Caderno do Alu-
no é mais um instrumento para servir de
apoio ao seu trabalho e ao aprendizado dos
alunos. Elaborado a partir do Caderno do
Professor, esse material adicional não tem a
pretensão de restringir ou limitar as possibi-
lidades do seu fazer pedagógico.
De acordo com o projeto político-pedagó-
gico da escola e do planejamento do compo-
nente curricular, é possível que os temas nele
elencados, selecionados dentre os propostos
no Caderno do Professor, não coincidam
com as atividades que vêm sendo desenvol-
vidas na escola. Neste caso, a expectativa é
subsidiar o seu trabalho para que as compe-
tências e habilidades propostas, tanto no Ca-
derno do Professor quanto no Caderno do
Aluno, sejam alcançadas.
Para otimizar o tempo pedagogicamente
necessário para a aula, o Caderno do Aluno
apresenta as Situações de Aprendizagem de
caráter teórico, também propostas no Cader-
no do Professor, como sugestões de pesquisa e
atividades de lição de casa. Além disso, traz,
em todos os volumes, dicas sobre nutrição e
postura, a fim de contribuir para a construção
da autonomia dos alunos, um dos princípios
do Currículo da disciplina.
Isto posto, professor, bom trabalho!
11. 10
TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL:
GINÁSTICA RÍTMICA (GR)
A ginástica faz parte das manifestações
humanas há muito tempo, algo que já apon-
tamos em outros Cadernos.
Apropriar-se de experiências significativas
do Se-Movimentar coloca-nos diante de difíceis
desafios pedagógicos, dada a complexidade
de como alguns elementos da Cultura de Mo-
vimento nos são apresentados. O universo da
Cultura de Movimento da ginástica e suas dife-
rentes modalidades não foge à regra.
Sabemos que a ginástica como elemento
da Cultura de Movimento, historicamente,
constituiu as mais diversas modalidades es-
portivas que conhecemos no mundo con-
temporâneo. As corridas, os saltos, as lutas,
dentre outros exercícios físicos, eram sinôni-
mos de ginástica.
A GR constituiu-se a partir da Segunda
Guerra Mundial como modalidade esportiva,
mas já era praticada desde o final da Primeira
Guerra. Não possuía nome específico nem códi-
go de regras. Foram os russos, por volta de 1946,
que introduziram a música nessa manifestação,
e o termo “rítmica” passou a ser incorporado.
Ela foi reconhecida pela Federação Inter-
nacional de Ginástica (FIG), na década de
1960, como modalidade esportiva individual
feminina e teve diferentes denominações: gi-
nástica moderna, ginástica rítmica moderna,
ginástica rítmica desportiva e, desde 1998, gi-
nástica rítmica.
AestreiadaGRemOlimpíadasaconteceuem
1984, em Los Angeles. No Brasil, a GR foi intro-
duzida na década de 1950 e começou a se desen-
volver como modalidade esportiva em meados
de1960.RiodeJaneiroeLondrinasãoascidades
brasileiras que tiveram atuação importante para
o desenvolvimento dessa modalidade esporti-
va. Nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg,
no Canadá, em 1999, o conjunto brasileiro en-
cantou os espectadores com uma apresentação
fantástica e com a conquista da medalha de
ouro. Em 2011, o conjunto brasileiro tornou-se
tetracampeão nos jogos Pan-Americanos.
As manifestações gímnicas do esporte
são conhecidas ou tornam-se mais “popula-
res” sempre que há um calendário esportivo
amplamente divulgado ou quando um atleta se
destaca em um evento nacional ou internacio-
nal (como por ocasião dos Jogos Olímpicos) e
passa a ser objeto de ampla atenção das mídias.
A GR caracteriza-se no cenário esportivo
como uma modalidade exclusivamente femini-
na, mas há um forte movimento internacional
para difundir a prática da GR masculina. Ele
está concentrado em países como Japão, Rússia,
Canadá, EUA, Coreia do Sul, Malásia e Méxi-
co, onde as competições masculinas de GR já
são comuns. Nessa modalidade, os exercícios
são realizados com acompanhamento musical.
No universo escolar, a GR como modali-
dade esportiva individual, entre outras ma-
nifestações gímnicas, tem sido preterida em
relação a outras manifestações da Cultura
de Movimento. Como essa situação pode ser
explicada? A GR na escola não é contempla-
da por ser uma modalidade esportiva femi-
nina, de acordo com as regras da FIG? Por
necessitar de aparelhos oficiais que pressu-
põem gestos técnicos perfeitos? Por ter um
código de pontuação específico que avalia a
dificuldade técnica, o valor artístico e a exe-
cução dos exercícios obrigatórios? Por ser
formada por movimentos complexos?
18. 17
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
1. A GR é:
( X ) uma modalidade esportiva.
( ) um espetáculo musical.
Obs.: pode ser que algum aluno responda “um espetáculo
musical”; valorize seus argumentos se estiverem coerentes,
porém procure diferenciar uma alternativa da outra. Um as-
pecto da GR, por exemplo, é o código de pontuação.
2. A GR é praticada:
( ) sobre aparelhos.
( X ) utilizando aparelhos.
3. A GR:
( X ) é um esporte olímpico.
( ) não é um esporte olímpico.
4. A GR, nos campeonatos mundiais, é prati-
cada:
( X ) apenas por mulheres.
( ) apenas por homens.
( ) por homens e mulheres.
No universo dos esportes, existem aqueles
que são coletivos e os que são individuais. A
ginástica rítmica (GR) é um esporte predomi-
nantemente individual. Ela é uma das versões
competitivas da ginástica, isto é, há um con-
junto de regras que precisa ser respeitado por
aqueles que querem competir nessa modalida-
de esportiva. Essas regras estão agrupadas em
um livro chamado Código de pontuação.
A prática da GR destaca-se pela beleza e
plasticidade dos movimentos, que aparecem
de forma combinada, sempre acompanhados
por música. Nas competições organizadas pela
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG)
e pela Federação Internacional de Ginástica
(FIG), apenas as mulheres praticam esse espor-
te. Mas há um forte movimento internacional
para difundir a prática da GR masculina. Ele
está concentrado em países como Japão, Rússia,
Canadá, EUA, Coreia do Sul, Malásia e Méxi-
co, onde as competições masculinas de GR já
são comuns.
Discuta com seus colegas sobre os apare-
lhos de competição da GR.
5. Na lista a seguir, assinale os aparelhos que
são utilizados na GR feminina.
( X ) Bola.
( X ) Maças.
( ) Bastões.
( X ) Arco.
( X ) Corda.
( ) Squizzy.
( ) Peteca.
( ) Barra fixa.
( ) Paralelas.
( ) Trave de equilíbrio.
( ) Malabares.
( X ) Fita.
6. Agora, assinale quais são os aparelhos uti-
lizados na GR masculina.
( X ) Bola.
( X ) Maças.
( X ) Bastões. (Este é o aparelho diferente que substi-
tui a fita).
( X ) Arco. (Este é o menor aparelho na GR masculina.)
( X ) Corda.
( ) Squizzy.
( ) Peteca.
( ) Barra fixa.
( ) Paralelas.
( ) Trave de equilíbrio.
( ) Malabares.
( ) Mesa de saltos.
A GR é classificada como esporte individual.
Nas competições, participam até três ginas-
tas nos exercícios individuais. Cada ginasta se
apresenta com quatro exercícios diferentes (co-
reografias). Cada exercício é feito com um apa-
relho. Como se trata de cinco aparelhos oficiais
21. 20
Conteúdo e temas: principais gestos técnicos da GR; principais regras: compreensão e elabo-
ração; processo histórico.
Competências e habilidades: identificar e compreender os principais gestos técnicos e relacio-
ná-los com as regras específicas da GR; reconhecer os gestos técnicos e relacioná-los com os
aparelhos específicos da GR; identificar, compreender e relacionar o processo histórico de
desenvolvimento da GR com outras modalidades esportivas.
Sugestão de recursos: aparelho de som, aparelho de vídeo ou DVD, CDs, filmadora, apare-
lhos oficiais da GR ou materiais adaptados.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
OS MOVIMENTOS E AS RELAÇÕES COM
OS APARELHOS DA GR
Esta Situação de Aprendizagem comple-
mentará as experiências da Situação anterior,
visto que o elemento musical não foi incorpo-
rado. É importante que os alunos se apropriem
e compreendam os elementos que constituem
a GR: movimentos, manuseio de aparelhos e
acompanhamento musical. É importante, tam-
bém, que identifiquem os gestos técnicos que
compõem os exercícios da GR e que conheçam
a necessidade das regras e o processo histórico
de desenvolvimento da modalidade.
Os grupos de alunos devem ser formados
por meninas e meninos. O professor deve estar
atento no sentido de estimular a participação
de todos os alunos, principalmente a dos me-
ninos, nas vivências da GR, uma vez que, por
ser uma modalidade esportiva feminina, os
alunos do sexo masculino podem apresentar
algum constrangimento. Estes devem ser mo-
tivados e desafiados a realizar os movimentos
complexos da GR.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 2
Etapa 1 – Identificando e reconhecendo a GR
Selecione com antecedência um vídeo ou
imagens para apresentar aos alunos e permita
que identifiquem, relacionem e compreendam
o nome “ginástica rítmica” dado à modalida-
de em questão.
A seguir, solicite que associem, em grupos,
alguns movimentos realizados com os movi-
mentos percebidos no vídeo ou nas imagens.
Se possível, solicite que descrevam, expliquem
ou registrem suas hipóteses em uma folha. O
professor poderá apresentar as informações
sobre o processo histórico e como a música foi
incorporada à GR.
Etapa 2 – Comparar e associar os
movimentos e os aparelhos da GR
Reserve com antecedência o aparelho de
som e CDs de músicas com diferentes ritmos
(se possível, solicite que cada grupo de alunos
traga os próprios CDs ou músicas gravadas
em aparelhos próprios).
22. 21
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Organize os alunos em cinco grupos e
proponha que cada um escolha um apare-
lho oficial ou adaptado para ser utilizado (se
necessário sorteie o aparelho e/ou sugira sua
confecção com antecedência).
Solicite que explorem novamente os ma-
teriais e, na sequência, tentem relacionar os
movimentos com as músicas selecionadas e
elaborar coreografias. Oriente-os a criar for-
mações diversas, tais como círculos, colunas,
fileiras e outras. Nesse momento, é necessário
que associem os movimentos da GR com ou-
tras experiências rítmicas.
Etapa 3 – As apresentações em conjunto
da GR
Proponha aos alunos uma apresentação
dos grupos com o acompanhamento mu-
sical (não é necessária uma apresentação
para toda a escola, somente para a própria
turma). Estabeleça antecipadamente com
os grupos o tempo de apresentação e a pre-
sença (obrigatória ou não) de alguns gestos.
O uso da criatividade no manuseio dos apa-
relhos como critério para avaliação das
coreografias dos grupos pode ser um impor-
tante elemento motivador.
Se possível, registre essa experiência dos alu-
nos em vídeo, permitindo que apreciem as pró-
prias imagens. Depois, solicite que registrem
ou relatem a experiência vivenciada: as difi-
culdades de manusear aparelhos com acom-
panhamento musical, os aparelhos preferidos
associados às características de cada grupo etc.
Professor, nas apresentações dos conjuntos
podem ser combinados diferentes materiais.
Outro ponto importante é que os alunos com-
preendam que há na GR exercícios individuais
para cada aparelho.
Se os alunos desejarem, outros poderão
assumir os papéis de “árbitros avaliadores”
para apreciar os conjuntos (se a escola tiver
alunos do Ensino Médio, alguns poderão ser
convidados a assumir essa função).
Professor, solicite aos alunos que
analisem as imagens e respondam
às questões da seção “Lição de
casa” e que, em seguida, façam a
leitura das considerações na seção “Você sa-
bia?”, no Caderno do Aluno.
Para compor um exercício (a coreografia), o
ginasta precisa manipular (manusear) os apa-
relhos. Esse manuseio vem combinado com
muitos movimentos corporais, como saltos,
giros, equilíbrios, circunduções dos braços etc.
Essas combinações também têm que ser feitas
dentro do ritmo de uma música, que é parte da
apresentação da GR.
Quando o exercício é realizado em conjun-
to, os integrantes do grupo (cinco ginastas)
manuseiam os aparelhos e realizam os movi-
mentos em diferentes posições no espaço, cha-
madas de formações (em círculos, em colunas
etc.). Lembre-se de que já fazemos muitas
formações em nosso dia a dia, mas sem nos
preocuparmos com o aperfeiçoamento dos
movimentos.
Agora você vai associar as imagens com
os tipos de situações que encontramos na
GR. Perceba quantos movimentos fazemos
que parecem os exercícios da GR.
1. Observe as imagens e coloque a letra cor-
respondente à situação no espaço ao lado
da figura. Considere o movimento que
predomina. Por exemplo: se estou corren-
do atrás de uma bola, assinale “manipu-
lação”, pois estou trabalhando com um
aparelho (bola).
26. 25
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Estabeleça alguns critérios que permitam
avaliar o envolvimento dos alunos com o tema
proposto e se eles conseguem:
identificar suas dificuldades e facilidades na
elaboração criativa dos movimentos;
combinar diferentes movimentos carac-
terísticos da GR utilizando os diferentes
aparelhos;
registrar as informações solicitadas nas Si-
tuações de Aprendizagem.
É possível apresentar aos alunos imagens
para que identifiquem o nome dos movimentos
e dos aparelhos e aproveitar os registros feitos
durante as Situações de Aprendizagem como
forma de verificar a compreensão dos conceitos.
Professor, para finalizar esta
etapa, solicite aos alunos que
respondam os exercícios da se-
ção “Você aprendeu?”, no Ca-
derno do Aluno.
1. A GR é uma modalidade esportiva, com
exercícios:
a) individuais.
b) de conjunto.
c) individuais e de conjunto.
2. Assinale os aparelhos utilizados na GR fe-
minina e masculina.
a) Bola.
b) Argolas.
c) Arcos.
d) Fita.
e) Malabares.
f) Maças.
ATIVIDADE AVALIADORA
g) Diabolô.
h) Corda.
i) Bastões.
3. A duração das apresentações dos exercí-
cios individuais da GR é de:
a) 1min10s a 1min30s.
b) 1min15s a 1min30s.
c) 1min20s a 1min30s.
4. Na GR, quando os ginastas executam os
exercícios em conjunto, eles têm que se po-
sicionar em diferentes lugares na área de
competição (chamada praticable). A exe-
cução dos exercícios deve contemplar no
mínimo seis:
a) formações diferentes.
b) organizações diferentes.
c) colocações diferentes.
5. Escreva GR para ginástica rítmica e AC
para as atividades circenses.
a) Um ou cinco participantes. ( GR )
b) Criativo, livre, sem regras preestabele-
cidas. ( AC )
c) Mulheres e homens se apresentam
juntos. ( AC )
d) Trajes semelhantes. ( GR )
e) Tempo livre. ( AC )
f) São cinco aparelhos. ( GR )
g) Sem número determinado de partici-
pantes. ( AC )
h) Duração de 1min15s a 1min30s ou
2min15s a 2min30s. ( GR )
i) Esporte. ( GR )
j) O acompanhamento musical não é
obrigatório. ( AC )
27. 26
Livros
PAOLIELLO, Elizabeth; TOLEDO, Eliana
(orgs.). Possibilidades da ginástica rítmica. São
Paulo: Phorte, 2010. As autoras apresentam
um panorama geral da GR, sugerem estraté-
gias de ensino e discutem questões de gênero
na GR.
SCHIAVON, Laurita Marconi; NISTA-PIC-
COLO, Vilma Leni. Aspectos pedagógicos
no ensino da ginástica artística e da ginástica
rítmica no cenário escolar. In: PAES, Roberto
Rodrigues; BALBINO, Hermes Ferreira. Pe-
dagogia do esporte: contextos e perspectivas.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
p. 111-122. Nesse capítulo, as autoras apre-
sentam informações sobre a GR, adaptações
de materiais e espaços específicos.
Artigos
CAÇOLA, Priscila. Iniciação esportiva na
ginástica rítmica. Revista Brasileira de Educa-
ção Física, Esporte, Lazer e Dança. São Paulo,
v. 2, n. 1, p. 9-15, mar. 2007. Disponível em:
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
DuranteopercursopelasváriasetapasdaSi-
tuação de Aprendizagem, alguns alunos pode-
rão não apreender os conteúdos e desenvolver
as habilidades da forma esperada. É necessá-
rio, então, professor, elaborar outras Situações
de Aprendizagem em que os elementos que
compõem a GR possam ser problematizados e
percebidos. Essas Situações de Aprendizagem
devem ser diferentes, de preferência, daquela
que gerou dificuldade para os alunos. Tais es-
tratégias podem ser desenvolvidas durante as
aulas ou em outros momentos, envolver todos
os alunos ou apenas aqueles que apresentaram
dificuldades. Por exemplo:
apreciação de gestos realizados pelos cole-
gas durante as diferentes etapas das Situa-
ções de Aprendizagem;
pesquisas em sites ou em outras fontes
para posterior apresentação sobre temas
como história da GR, características
dos aparelhos e espaços oficiais etc.
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/
arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCA
CAO_FISICA/artigos/iniciacao_ritmica.pdf>.
Acesso em: 11 nov. 2013. A autora apresenta
informações referentes à ginástica rítmica e ao
processo de iniciação esportiva.
CHIÉS, Paula Viviane. “Eis Quem Surge no
Estádio: é Atalante!” A história das mulheres
nos jogos gregos. Movimento. Porto Alegre,
v. 12, n. 3, p. 99-121, set./dez. 2006. Disponí-
vel em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/
Movimento/article/view/2911/1547>. Acesso
em: 11 nov. 2013. A autora relata a educação
feminina na Grécia Antiga, destacando as di-
ferenças entre as cidades de Atenas e Esparta
e as práticas e os exercícios físicos que consti-
tuíam os princípios educacionais.
Sites
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).
Disponível em: <http://cbginastica.com.br/>.
Acesso em: 7 abr. 2014. Informações sobre o
calendário esportivo da GR e demais modali-
dades gímnicas.
28. 27
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Disponível em: <https://www.fig-gymnastics.
com/site/>. Acesso em: 7 abr. 2013. Informa-
ções sobre o calendário esportivo da ginástica e
suas diferentes modalidades gímnicas mundiais.
Ginástica Rítmica Masculina. Disponível em:
<http://www.menrg.com>. Acesso em: 11
nov. 2013. Imagens e vídeos de apresentações
masculinas de GR.
32. 31
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
COMPREENDENDO AS CARACTERÍSTICAS
DA GINÁSTICA
Após as vivências nas Situações de Aprendi-
zagem 1 e 2, os alunos devem ter percebido o le-
que de possibilidades de movimentos atribuído
à GR como modalidade esportiva. A GR ca-
racteriza-se pela prática de movimentos com
aparelhos baseados nos critérios estabelecidos
num Código de Pontuação, referência para a
avaliação nas competições. A GG, cujo enfoque
não é voltado para a competição, mas para a
participação, devido à criação de movimentos e
à elaboração de inúmeras propostas com mate-
riais não convencionais, ritmos, número de par-
ticipantes etc. Esperamos garantir aos alunos a
compreensãodouniversogímnico.Paraisso,eles
serão desafiados a identificar e a compreender a
presença de alguns elementos característicos da
GR que constituem a GG como modalidade gí-
mnica de participação não competitiva.
Conteúdo e temas: diferenças entre modalidades gímnicas esportivas e uma modalidade gím-
nica de participação.
Competências e habilidades: identificar e reconhecer os movimentos característicos de moda-
lidades gímnicas esportivas e de modalidades gímnicas de participação.
Sugestão de recursos: rádio, CDs, aparelhos oficiais de GR ou adaptados, pátio, quadra, gra-
mado, colchonetes (dependendo do circuito elaborado pelo professor).
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 3
Etapa 1 – O mestre mandou!
Organize os alunos em grupos e solicite que
apresentem oralmente ou por escrito uma lis-
ta de critérios possíveis que diferenciem uma
modalidade gímnica esportiva de uma moda-
lidade gímnica participativa. Procure garantir
as justificativas para os critérios apresentados.
Na sequência, solicite que permaneçam em
grupos e realizem alguns exercícios em um cir-
cuito de estações, previamente numeradas e com
tempo rigorosamente estabelecido (elabore o
circuito e não consulte os alunos). Por exemplo:
1. Rolamentos para a frente e para trás.
2. Saltos com e sem afastamento de pernas.
3. Saltos com e sem elevação de braços.
4. Andar sobre cordas ou bancos sem perder
o equilíbrio.
5. Lançamentos e recuperação de bolas e ar-
cos sem deixá-los cair no chão etc. Pode-se
utilizar música, desde que seja escolha do
professor e não do grupo de alunos.
Se possível, registre as imagens do circuito.
Etapa 2 – Agora é a vez de os alunos
questionarem o mestre
Organize os alunos novamente em grupos
e solicite que registrem as dificuldades e faci-
lidades encontradas na realização das tarefas
nas diferentes estações do circuito. Sugira
que cada grupo organize uma ficha com as
seguintes informações:
33. 32
Estação Dificuldades Facilidades Sugestões
1.
2.
3.
4.
5.
De posse dessas informações, peça aos alu-
nos que identifiquem aspectos que diferenciam
as modalidades gímnicas esportivas de com-
petição das de participação. Alguns aspectos
podem orientar os alunos a diferenciá-las: o nú-
mero de participantes ou as regras predefinidas
pelo professor ou discutidas e elaboradas con-
juntamente entre professor e alunos. Ou, ainda,
se eles priorizam os vencedores ou o prazer da
participação, se permitem a criação de movi-
mentos (ampliação das possibilidades de movi-
mentos) ou determinam aqueles que devem ser
realizados (especialização de movimentos) etc.
Professor, faça uma reflexão com
os alunos sobre as considerações
apresentadas nas atividades da se-
ção “Para começo de conversa”, no
Caderno do Aluno.
Acabamos de apresentar uma série de ha-
bilidades desenvolvidas por artistas circenses,
comparando-as com as habilidades da GR.
No passado, porém, havia muito preconceito
em relação às práticas circenses.
As sociedades eram pautadas por princípios
rígidos de disciplina, ordem, retidão e moral, e a
ginástica era um elemento cultural que represen-
tava esses princípios. Atividades não produtivas,
que envolvessem o mundo do entretenimento,
nas quais o corpo era o centro – tal como aconte-
ce no circo –, eram pouco valorizadas e iam con-
tra os preceitos sociais e educacionais da época.
A ginástica evoluiu muito ao longo de sua
história. No século XIX, na Europa, ocorre-
ram os principais movimentos de sistematização
dessa prática, surgindo diferentes modelos de
ginástica (alemão, francês e sueco). Esses mode-
los influenciaram tanto os treinamentos como
os currículos (programas) de Educação Física
no Brasil e no mundo. Só para exemplificar, po-
demos citar, dentre os vários grupos brasileiros
de ginástica geral (GG), o Grupo Ginástico da
Unicamp (GGU), em Campinas (SP).
A ginástica geral (GG) é uma manifesta-
ção que surgiu para se contrapor à ginástica
de competição. Ela se baseia no princípio da
criatividade e da participação de todos, in-
dependentemente das habilidades e do nível
técnico dos participantes. Ela mescla diferen-
tes modalidades da ginástica, permitindo a
participação de pessoas de diferentes idades,
homens e mulheres, com ou sem deficiência,
o uso ou não de aparelhos, trabalhos indivi-
duais ou em grupo, enfim, uma diversidade
muito grande de possibilidades.
A GG tem três grandes grupos de mani-
festações – veja se você se identifica com al-
gum deles:
a) diferentes modalidades de ginástica
contemporânea (aeróbica, por exem-
plo), estilos de dança, teatro e manifes-
tações da cultura de cada país;
b) ginástica com e sobre aparelhos, trampo-
lim, tumbling, acrobacias, rodas ginásticas;
c) jogos com características sociais e es-
portivas.
A GG é ginástica de participação, portan-
to, o objetivo é “participar”.
Com os seus colegas, identifique as carac-
terísticas da ginástica competitiva e da GG.
1. Coloque entre os parênteses C quando a
característica for da ginástica competitiva,
ou G quando for da ginástica geral:
35. 34
1. De lançamento: permite realizar movimen-
tos de lançar e receber.
Exemplo: bolinhas.
2. De equilíbrio: permite realizar movimen-
tos equilibrando objetos.
Exemplos: cadeiras, garrafões, bastões etc.
3. De giro (giroscópio): permite manter um
ou dois objetos girando o tempo todo de
diferentes formas.
Na Situação de Aprendizagem 3, os alunos
tiveram seus movimentos “controlados” pelo
professor. Nesta Situação de Aprendizagem, a
intenção é desafiá-los a pensar em movimen-
tos e composições coletivas, presentes em ou-
tras manifestações da Cultura de Movimento,
Exemplos: diabolô, maças etc.
4. De contato: permite manipular um ou mais
objetos sem perder o contato com o corpo.
Exemplos: bolas de diferentes tamanhos, chapéus etc.
Professor, as quatro características dos aparelhos serão elen-
cadas na Etapa 1 – Reconhecendo a GG em outras manifesta-
ções da Cultura de Movimento, que se encontra na Situação
de Aprendizagem 4. Os exemplos não foram mencionados
no Caderno do Aluno, assim você terá possibilidade de am-
pliar e aprofundar as discussões com os alunos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
A GG E OUTRAS MANIFESTAÇÕES DA
CULTURA DE MOVIMENTO
que visem à participação e à satisfação dos
interesses e desejos de todos. Os alunos serão
estimulados a perceber que algumas modali-
dades gímnicas esportivas têm certo rigor e
foram, ao longo da história, sendo ressignifi-
cadas e (re)contextualizadas.
Conteúdo e temas: a GG como modalidade gímnica de participação e criatividade coletiva;
princípio da inclusão na GG.
Competências e habilidades: identificar e reconhecer movimentos presentes em diferentes ma-
nifestações da Cultura de Movimento para atribuir significado à GG; perceber e criar mo-
vimentos conforme os desejos, os interesses, as necessidades e características de cada grupo.
Sugestão de recursos: os materiais e espaços dependerão da escolha, criatividade e necessidades
apresentadas pelos alunos e das condições da escola. No entanto, são sugeridos alguns materiais
não convencionais que podem ser utilizados: caixas de papelão, garrafas PET, engradados de
refrigerante, lençol, toalhas, bolas de praia, chapéus, latas, baldes, bambus, escadas, espaguete
de natação, pneus, garrafões de água, cabos de vassoura, boias de praia, bicicleta, patins, skate,
monociclo, banco sueco, cadeiras, mesas etc.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 4
Etapa 1 – Reconhecendo a GG em outras
manifestações da Cultura de Movimento
Selecione com antecedência ou solicite aos
alunos imagens de diferentes manifestações
da Cultura de Movimento que sejam signifi-
cativas, como: acrobacias no futebol, movi-
mentos que lembram a dança no basquetebol,
crianças, adolescentes, adultos e idosos em
situações de jogo, brincadeira, dança, luta, ca-
poeira, circo e cenas do cotidiano (equilíbrios,
malabarismos, saltos, acrobacias com bicicle-
tas, patins, skate etc.).
38. 37
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
que os desejos e as necessidades mencionados
na Etapa 1 sejam contemplados.
Etapa 3 – Festival de GR: o grande circo!
Esperamos que as etapas anteriores tenham
permitido aos alunos compreender a rique-
za de possibilidades presentes na Cultura de
Movimento, especificamente na ginástica.
Na etapa anterior, os alunos fizeram es-
colhas de movimentos, gestos e materiais
convencionais e não convencionais. Nesta eta-
pa, é necessário que o professor coloque-se
como um mediador e facilitador das escolhas
para que os alunos criem, elaborem e apre-
ciem os números uns dos outros.
As apresentações e participações podem
ser feitas individualmente ou em grupo. Esse
critério deve ser discutido com os alunos. O
importante é que todos participem de alguma
maneira, seja na confecção do figurino, orga-
nização das coreografias, seleção dos materiais
ou divulgação do festival na escola. O envolvi-
mento subjetivo dos alunos é muito importante,
pois permitirá que compreendam as dife-
rentes possibilidades de expressão presentes na
GG. Cada movimento realizado lhes permitirá
manifestar seus gestos e movimentos próprios.
Como a apresentação terá o formato de um
festival, é importante que alguns detalhes sejam
discutidos previamente com os alunos, como o
tempo de apresentação de cada grupo, os res-
ponsáveis pelo equipamento de som etc. Se pos-
sível, solicite a ajuda de alunos de outras turmas,
convide familiares dos alunos e/ou outras tur-
mas da escola para participar das apresentações.
O tema sugerido nesta etapa foi o circo,
porque tem relação direta com o processo his-
tórico de desenvolvimento da ginástica e ser
parte integrante da Cultura de Movimento.
Os materiais e os espaços utilizados de-
penderão da escolha, da criatividade e das
necessidades apresentadas pelos alunos, assim
como das condições da escola.
Professor, solicite aos alunos
que assinalem as informações
com V ou F, presente na seção
“Você aprendeu?”, no Caderno
do Aluno.
1. Assinale as informações com V (verdadei-
ra) ou F (falsa).
a) A GG é uma competição em que os parti-
cipantes procuram alcançar a vitória. ( F )
b) As atividades da GG podem incluir
aparelhos utilizados na GR e também
nas atividades circenses. ( V )
c) A GG visa à participação de todos, inde-
pendentemente de idade, gênero e habili-
dade. ( V )
d) Existem três categorias de GG: infantil,
juvenil e adulto. ( F )
e) As apresentações de GG podem incluir
diferentes modalidades de ginástica, dan-
ça, teatro, utilizar aparelhos ou não. ( V )
f) A GG tem uma categoria de participação
somente para pessoas com deficiência. ( F )
ATIVIDADE AVALIADORA
Na GG, como a participação, a criativi-
dade e o envolvimento de todos são o en-
foque principal, sugerimos que a avaliação
seja feita no formato de autoavaliação pelos
próprios alunos. O professor pode apresen-
tar uma ficha com critérios para autoavalia-
ção aos grupos e solicitar que avaliem suas
condutas individuais e coletivas.
39. 38
A ficha poderá conter as seguintes informações:
Critérios para autoavaliação
Nome dos alunos/
grupos
Comentários Sugestões
Participação efetiva (alu-
nos presentes participando
efetivamente das Situações
de Aprendizagem)
Envolvimento subjetivo
(envolvimento a partir
das propostas sugeridas:
individuais e coletivas)
Condutas colaborativas
(colaboração nas etapas
propostas)
Compreensão e elaboração
de conceitos (percepção e
entendimento das diferen-
ças entre as diversas moda-
lidades de ginástica)
Dificuldades e facilidades
encontradas nas várias
etapas das Situações de
Aprendizagem
Quadro 3.
Fonte: Adaptado de SANCHES NETO, Luiz. A brincadeira e o jogo no contexto da Educação Física na escola.
In: SCARPATO, Marta (Org.). Educação Física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo:
Avercamp, 2007. p. 120-121. Coleção Sala de Leitura – 2a
reimpressão, 2011.
43. 42
O ser humano.
O ser humano engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta e usa uma bengala quando se torna idoso.
Pela manhã: infância – geralmente o bebê engatinha ou anda em quatro ou seis apoios porque ainda não consegue ficar de pé.
O bebê é dependente e indefeso. Fase inicial da vida.
À tarde: adulto – já anda por conta própria, toma decisões, tem força, é autossuficiente. Período intermediário da vida.
Ao anoitecer: velhice – fase de declínio, na qual o ser humano vai perdendo capacidades, como a força e a precisão dos movi-
mentos. Muitos tornam-se dependentes e acabam precisando de ajuda de outras pessoas, bengalas ou cadeiras de rodas para
se locomoverem.
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros
AYOUB, Eliana. Ginástica geral e educação fí-
sica escolar. Campinas: Editora da Unicamp,
2003. A partir dos diferentes contextos de de-
senvolvimento da ginástica, a autora apresen-
ta a concepção da ginástica geral no Brasil e
no mundo, apontando para a necessidade de
se incluir a ginástica geral no cotidiano das
aulas de Educação Física.
BORTOLETO, Marco A. C. (Org.). Introdu-
ção à pedagogia das atividades circenses. Jun-
diaí: Fontoura, 2008, v. 1. O autor apresenta
várias possibilidades para incluir as atividades
circenses no contexto das aulas de Educação
Física, aproximando-as da GG.
BORTOLETO, Marco A. C. (Org.). Intro-
dução à pedagogia das atividades circenses.
Jundiaí: Fontoura, 2010, v. 2. Nesse volume,
o autor traz novas possibilidades de tratar o
elemento cultural circo nas aulas de Educa-
ção Física, permitindo ao professor a liber-
dade de fazer associações com a GG.
CASTELLANI FILHO, Lino et alii. Me-
todologia de ensino da Educação Física. São
Paulo: Cortez, 2009. Nesta versão revisada e
ampliada, os autores discutem e apresentam a
necessidade de a Educação Física ser tratada no
cotidiano escolar sob o viés de um projeto polí-
tico-pedagógico capaz de sustentar e legitimar o
conteúdohistóricodedeterminadasmodalidades
esportivas, como a capoeira e a arte circense.
KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física.
Unijuí: Editora Unijuí, 2005. (3 v.) Os livros
contêm uma sequência de possibilidades de
temáticas inovadoras sob uma perspectiva crí-
tica e emancipatória.
PAOLIELLO, Elizabeth (Org.). Ginástica ge-
ral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte
Editora, 2008. A autora faz um panorama da
GG de forma reflexiva baseada na experiência.
SANCHES NETO, Luiz. A brincadeira e o jogo
no contexto da Educação Física na escola. In:
SCARPATO, Marta (Org.). Educação Física:
como planejar as aulas na educação básica. São
Paulo: Avercamp, 2007. p. 109-130. Coleção Sala
de Leitura – 2a
reimpressão, 2011. Neste capítulo,
o autor apresenta critérios que permitem avaliar
as condutas dos alunos em diferentes situações
do cotidiano das aulas de Educação Física.
SOARES, Carmen Lúcia. Imagens da educa-
ção no corpo: um estudo a partir da ginástica
francesa no século XIX. Campinas: Autores
44. 43
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Associados, 1998. Contextualizando os mode-
los ginásticos, a autora aponta as contradições,
os usos e os costumes do corpo/movimento/gi-
nástica, por meio de imagens que marcaram a
forma de conceber a educação.
VENÂNCIO, L.; CARREIRO, E. A. Ginásti-
ca. In: DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL,
Irene Conceição. Educação Física na escola:
implicações para a prática pedagógica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 232-233.
Neste capítulo, os autores apresentam infor-
mações gerais sobre o desenvolvimento da gi-
nástica, desde possibilidades para o tratamento
do tema no cotidiano escolar a um quadro com
as características e os representantes dos movi-
mentos ginásticos europeus.
Artigos
BARONI, José Francisco. Arte circense: a ma-
gia e o encantamento dentro e fora das lonas.
Revista Pensar a Prática, Goiânia, v. 9. n. 1, p.
81-99, jan./jun. 2006. Disponível em: <http://
boletimef.org/biblioteca/1443/Arte-circense-
a-magia-e-o-encantamento-dentro-e-fora-das-
lonas>. Acesso em: 11 nov. 2013. O autor apre-
senta uma discussão sobre a arte circense em
diferentes contextos históricos, circo tradicional
e contemporâneo, além de possibilidades de in-
clusão do tema no cotidiano escolar.
DUPRAT, Rodrigo M.; BORTOLETO,
Marco Antônio C. Educação Física esco-
lar: pedagogia e didática das artes circenses.
Revista Brasileira de Ciências do Esporte,
Florianópolis, v. 28, n. 2, p. 171-189. 2007.
Disponível em:<http://www.artigocientifico.
com.br/uploads/artc_1236805785_69.pdf>.
Acesso em: 11 nov. 2013. Os autores apre-
sentam possibilidades de tratar o circo como
conteúdo da Educação Física na escola.
ONTAÑÓN, Teresa; DUPRAT, Rodrigo;
BORTOLETO, Marco A. Educação Física e
atividades circenses: “o estado da arte”. Mo-
vimento, Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 149-168,
abr./jun., 2012. Disponível em: <http://seer.
ufrgs.br/Movimento/article/view/22960>.
Acesso em: 7 abr. 2014. O artigo descreve a
relação entre atividades circenses e educação
física por meio de extensa revisão bibliográfi-
ca nacional e internacional.
Sites
Confederação de Ginástica Brasileira (CGB).
Disponível em: <http://cbginastica.com.br/>.
Acesso em: 7 abr. 2014. O site contém infor-
mações de festivais e eventos da GG em dife-
rentes regiões do país.
Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Disponível em: <https://www.fig-gymnastics.
com/site/>. Acesso em: 7 abr. 2014.
Grupo de Pesquisa em Ginástica (FEF-Uni-
camp). Disponível em: <http://www.fef.uni
camp.br/fef/posgraduacao/gruposdepesquisa/
gpg/apresentacao>. Acesso em: 11 nov. 2013.
O site contém base de dados com indicação
de livros, teses e dissertações relacionadas
à GG.
Grupo Ginástico Unicamp (GGU). Disponível
em: <http://www.ggu.com.br>. Acesso em:
11 nov. 2013. O site contém, além dos dados
relacionados à origem e dos objetivos do gru-
po, imagens de apresentações de GG, notícias
relacionadas ao grupo de GG e links com ou-
tras instituições universitárias, confederações
e federações de ginástica.
45. 44
TEMA 3 – ESPORTE – MODALIDADE COLETIVA: VOLEIBOL
O voleibol foi criado pelo estadunidense
William G. Morgan, em 1895, então diretor de
Educação Física da Associação Cristã de Mo-
ços (ACM). Naquela época, o principal espor-
te nos Estados Unidos, o basquetebol, estava
em crescente difusão, especialmente entre os
jovens. Entre as pessoas mais velhas, era con-
siderado um jogo cansativo, em razão de sua
dinâmica. Foi como uma alternativa ao bas-
quetebol que Morgan idealizou um jogo que
exigiria menos esforço e nenhum contato físico
entre seus praticantes, atendendo, assim, ao pú-
blico mais velho. Para limitar os deslocamen-
tos, Morgan empregou uma rede semelhante à
de tênis, com uma altura aproximada de 1,90
metro, sobre a qual uma bola feita com a câma-
ra da bola de basquetebol seria rebatida entre
duas equipes.
Logo o voleibol começou a ganhar adeptos,
sendo difundido e introduzido em outros países.
O Canadá foi o primeiro a receber o novo espor-
te, em 1900. Posteriormente, passou a ser prati-
cado em outras nações, como Cuba, Filipinas,
Japão, Porto Rico, Peru e Uruguai. No Brasil,
fontes oficiais indicam que o voleibol foi introdu-
zido entre 1915 e 1917 pela ACM.
Atualmente, nosso país ocupa posição de des-
taque nesse esporte como uma das maiores po-
tências tanto do vôlei de quadra como do vôlei
de praia (variação do jogo de quadra, em que a
equipe é formada por uma dupla). No masculi-
no, o Brasil tem várias medalhas olímpicas e ini-
ciou sua trajetória vitoriosa na Liga Mundial em
1993. De 2001 a 2007 disputou todas as finais,
sendo vice-campeão em 2002 e 4º colocado em
2008. Em 2009 e 2010, conquistou, novamente, o
1o
lugar,acumulandonovetítulosetornando-seo
país que mais venceu a Liga Mundial. Em 2011 e
2013 foi vice-campeão da competição.
No feminino, os resultados alcançados pelo
país também têm sido expressivos: as jogado-
ras brasileiras são bicampeãs olímpicas (2008 e
2012), além de possuírem nove títulos do Grand
Prix (até o ano de 2013), competição anual criada
em 1993.
As modalidades esportivas coletivas reunidas
no Currículo de Educação Física foram agrupa-
das e compreendidas a partir da categoria Es-
porte Coletivo, que reúne o futsal, o handebol, o
basquetebol, o voleibol, o futebol de campo, en-
tre outras. As modalidades coletivas foram estru-
turadas com base em algumas semelhanças: em
todas, duas equipes disputam um implemento
(a bola), criando táticas para levá-lo a um alvo,
enquanto devem proteger o próprio alvo das in-
vestidas da equipe adversária. O voleibol, porém,
apresenta algumas variações em relação ao alvo,
à circulação de bola e à marcação.
As Situações de Aprendizagem e as ati-
vidades propostas para o voleibol seguem
os níveis de relação propostos por Garganta
(1995), sempre vinculados aos seis princípios
operacionais descritos por Bayer (1994), divi-
dindo-os em ataque e defesa.
Em situação de ataque:
conservação da posse de bola;
progressão da bola e da equipe em direção ao
alvo adversário;
finalização em direção ao alvo.
Em situação de defesa:
recuperação da posse de bola;
contenção da bola e da equipe adversária em
direção ao próprio alvo;
proteção do alvo.
Em função de o voleibol ter uma estrutura
diferente em sua dinâmica de jogo (a noção de
alvo e a presença de uma rede que estabelece e
delimita, claramente, os campos de defesa e de
ataque, e o não contato físico entre as equipes),
adaptaremos a proposta de Bayer.
47. 46
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
O VOLEIBOL JÁ É DO CONHECIMENTO DE
TODOS OS ALUNOS
A apresentação do voleibol para os alunos
pode ser feita a partir do processo histórico
da modalidade, associando-o aos aconteci-
mentos atuais. A proposta é desenvolver um
entendimento da lógica geral desse jogo a par-
tir do vôlei-câmbio.
Conteúdo e temas: o surgimento do voleibol: entendimento e construção da modalidade com
os alunos.
Competências e habilidades: entender a história do voleibol; compreender a estrutura básica
da modalidade.
Sugestão de recursos: bolas de voleibol; bolas maiores e mais leves; redes de voleibol; canetas
e folhas de sulfite.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 5
Etapa 1 – O jogo possível: o vôlei-câmbio
Primeiro, trabalhe o processo histórico do
voleibol e sua grande repercussão no Brasil
atualmente. Depois, procure reconstruir o
jogo com a realização do vôlei-câmbio, cuja
estrutura se assemelha à do voleibol, a des-
peito de os passes serem realizados com a
bola dominada e não rebatida. Nessa adap-
tação do voleibol, segurar a bola representa
a possibilidade concreta de jogá-lo, facili-
tando a participação dos alunos, visto que
nesta faixa etária é, ainda, difícil executar
um passe com precisão. Algumas variações
podem ser introduzidas com a finalidade de
ir aproximando o vôlei-câmbio do jogo de
voleibol, como permitir que se agarre a bola
somente na recepção e no primeiro passe,
introduzindo-se as rebatidas em seguida; ou
utilizar uma bola maior e mais leve, a fim de
facilitar as rebatidas.
Etapa 2 – Pensando nas estratégias do jogo
Solicite aos alunos, em grupos, que elabo-
rem estratégias para o jogo de vôlei-câmbio e
que as registrem por escrito e/ou com ilustra-
ções. Proponha que tentem aplicar as estraté-
gias durante os próximos jogos. Depois dessa
vivência, analise e discuta com a turma o que
foi proposto.
Professor, solicite aos alunos que
leiam o texto, respondam a alterna-
tiva correta e assinalem com V ou
F as questões apresentadas na se-
ção "Para começo de conversa", no Caderno
do Aluno.
Bernardinho, José Roberto Guimarães,
Giba, Fofão, Gustavo, Paula Pequeno. Você
provavelmente já ouviu esses nomes. Eles es-
tão ligados a um esporte em que o Brasil é
uma potência mundial: o voleibol! Quem vê
essas feras na quadra, atacando com tanta
velocidade, saltando e bloqueando ou co-
mandando equipes de ponta, nem imagina
que essa modalidade foi criada nos Estados
Unidos para ser uma alternativa ao basque-
tebol. Como as pessoas mais velhas acha-
vam o basquete muito cansativo, William
G. Morgan, em 1895, criou um jogo que, no
final do século XIX, exigiria menos esforço
dos praticantes.
Morgan colocou uma rede, com altura
aproximada de 1,90 metro, e utilizou uma
48. 47
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
a) II e III.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
2. As afirmações a seguir referem-se ao vo-
leibol. Assinale-as com V (verdadeiro) ou
F (falso):
a) Numa partida oficial, em cada equipe,
são seis jogadores em quadra. ( V )
b) Cada set tem duração de 20 minutos. ( F )
c) Todos os jogadores podem atacar de
qualquer ponto da quadra. ( F )
d) Os sets, com exceção do tie break, são
de 20 pontos. ( F )
e) O 4 × 2 é um sistema que apresenta dois
levantadores e quatro atacantes. ( V )
f) O líbero executa todas as funções, exce-
to a de ataque. ( F )
g) O levantador, em hipótese alguma, pode
atacar. ( F )
h) A altura da rede para competições mas-
culinas adultas é de 2,43 metros. ( V )
i) A altura da rede para competições femi-
ninas adultas é de 2,24 metros. ( V )
j) A quadra de voleibol tem 9 metros de lar-
gura por 18 metros de comprimento. ( V )
3. Qual desses jogadores é de voleibol? De
quais outros jogadores e/ou jogadoras
você já ouviu falar?
a) Robinho.
b) Murilo.
c) Falcão.
d) César Cielo.
Trata-se de uma resposta pessoal, mas espera-se que os alu-
nos saibam os nomes de vários jogadores e jogadoras, brasi-
leiros e estrangeiros.
4. Nas imagens a seguir você encontra alguns
sinais da arbitragem do voleibol. Preencha
o espaço sob cada imagem com o significa-
do correspondente.
câmara de bola de basquetebol que seria re-
batida, por cima da rede, como no tênis, por
duas equipes – hoje, a bola, segundo determi-
nação da Federação Internacional de Voleibol
(FIVB), deve ter de 65 a 67 centímetros de cir-
cunferência e pesar de 260 a 280 gramas.
Com a expansão da modalidade nos EUA,
logo países como Canadá, Cuba, Japão, Fili-
pinas, Porto Rico, Peru e Uruguai aderiram
ao esporte. Aqui no Brasil, atribui-se a intro-
dução da modalidade à Associação Cristã de
Moços (ACM), entre 1915 e 1917.
O voleibol é uma modalidade de “frontei-
ras definidas”, com uma peculiaridade que
os outros esportes coletivos, como handebol,
futsal e basquetebol, não têm. Há uma rede
bem no meio da quadra delimitando o cam-
po de atuação dos times que participam da
disputa. Cada um deles defende seu territó-
rio. As estratégias utilizadas não se referem
à invasão do território oposto (que, aliás, é
proibida), como acontece em outras modali-
dades, mas sim à arquitetura da jogada, que
deve ser construída, coletivamente, no próprio
território a partir da colaboração específica
dos jogadores.
Sob a coordenação do seu professor, você
vai vivenciar jogos adaptados como o vôlei-
-câmbio, o vôlei no escuro, jogos reduzidos e o
jogo formal. Antes disso, vamos conferir o que
você conhece sobre essa modalidade tão prati-
cada no nosso país. Discuta com seus colegas
as questões:
1. No voleibol, líbero é um jogador:
I) que não pode sacar nem bloquear.
II) especialista em ataque.
III) especialista em defesa.
IV) obrigatório em todas as equipes.
Estão corretas apenas: