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3a
SÉRIE
ENSINO MÉDIO
Volume2
MATEMÁTICA
CADERNO DO PROFESSOR
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
MATEMÁTICA
ENSINO MÉDIO
3a
SÉRIE
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
Os materiais de apoio à implementação
do Currículo do Estado de São Paulo
são oferecidos a gestores, professores e alunos
da rede estadual de ensino desde 2008, quando
foram originalmente editados os Cadernos
do Professor. Desde então, novos materiais
foram publicados, entre os quais os Cadernos
do Aluno, elaborados pela primeira vez
em 2009.
Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do
Professor e do Aluno foram reestruturados para
atender às sugestões e demandas dos professo-
res da rede estadual de ensino paulista, de modo
a ampliar as conexões entre as orientações ofe-
recidas aos docentes e o conjunto de atividades
propostas aos estudantes. Agora organizados
em dois volumes semestrais para cada série/
ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e
série do Ensino Médio, esses materiais foram re-
vistos de modo a ampliar a autonomia docente
no planejamento do trabalho com os conteúdos
e habilidades propostos no Currículo Oficial
de São Paulo e contribuir ainda mais com as
ações em sala de aula, oferecendo novas orien-
tações para o desenvolvimento das Situações de
Aprendizagem.
Para tanto, as diversas equipes curricula-
res da Coordenadoria de Gestão da Educação
Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo reorganizaram os Cader-
nos do Professor, tendo em vista as seguintes
finalidades:
incorporar todas as atividades presentes
nos Cadernos do Aluno, considerando
também os textos e imagens, sempre que
possível na mesma ordem;
orientar possibilidades de extrapolação
dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do
Aluno, inclusive com sugestão de novas ati-
vidades;
apresentar as respostas ou expectativas
de aprendizagem para cada atividade pre-
sente nos Cadernos do Aluno – gabarito
que, nas demais edições, esteve disponível
somente na internet.
Esse processo de compatibilização buscou
respeitar as características e especificidades de
cada disciplina, a fim de preservar a identidade
de cada área do saber e o movimento metodo-
lógico proposto. Assim, além de reproduzir as
atividades conforme aparecem nos Cadernos
do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
crever a atividade e apresentar orientações mais
detalhadas para sua aplicação, como também in-
cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do
Professor (uma estratégia editorial para facilitar
a identificação da orientação de cada atividade).
A incorporação das respostas também res-
peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,
elas podem tanto ser apresentadas diretamente
após as atividades reproduzidas nos Cadernos
do Professor quanto ao final dos Cadernos, no
Gabarito. Quando incluídas junto das ativida-
des, elas aparecem destacadas.
ANOVA EDIÇÃO
Leitura e análise
Lição de casa
Pesquisa em grupo
Pesquisa de
campo
Aprendendo a
aprender
Roteiro de
experimentação
Pesquisa individual
Apreciação
Você aprendeu?
O que penso
sobre arte?
Ação expressiva
!
?
Situated learning
Homework
Learn to learn
Além dessas alterações, os Cadernos do
Professor e do Aluno também foram anali-
sados pelas equipes curriculares da CGEB
com o objetivo de atualizar dados, exemplos,
situações e imagens em todas as disciplinas,
possibilitando que os conteúdos do Currículo
continuem a ser abordados de maneira próxi-
ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades
de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
temporâneo.
Para saber mais
Para começo de
conversa
Seções e ícones
SUMÁRIO
Orientação geral sobre os Cadernos 7
Situações de Aprendizagem 12
Situação de Aprendizagem 1 – Grandezas, interdependência: um panorama sobre
funções 12
Situação de Aprendizagem 2 – Construção de gráficos: um olhar “funcional” 22
Situação de Aprendizagem 3 – As três formas básicas de crescimento ou
decrescimento: a variação e a variação da variação 29
Situação de Aprendizagem 4 – Os fenômenos naturais e o crescimento ou
decrescimento exponencial: o número ℮ 40
Situação de Aprendizagem 5 – A apresentação de dados estatísticos: gráficos e
tabelas 56
Situação de Aprendizagem 6 – Média aritmética e dispersão: qual é a relação? 63
Situação de Aprendizagem 7 – A curva normal e o desvio padrão: probabilidade e
Estatística 69
Situação de Aprendizagem 8 – Amostras estatísticas: tipos, confiabilidade e margem
de segurança dos resultados 87
Orientações para Recuperação 100
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 103
Considerações finais 105
Quadro de conteúdos do Ensino Médio 107
7
Matemática – 3a
série – Volume 2
ORIENTAÇÃO GERAL SOBRE OS CADERNOS
Os temas escolhidos para compor o con-
teúdo disciplinar de cada volume não se afas-
tam, de maneira geral, do que é usualmente
ensinado nas escolas, ou do que é apresenta-
do pelos livros didáticos. As inovações pre-
tendidas referem-se às suas formas de abor-
dagem sugeridas ao longo deste Caderno.
Em tal abordagem, busca-se evidenciar os
princípios norteadores do presente currículo,
destacando-se a contextualização dos con-
teúdos, as competências pessoais envolvidas,
especialmente as relacionadas com a leitura e
a escrita matemática, bem como os elementos
culturais internos e externos à Matemática.
Nos Cadernos, os conteúdos estão organi-
zados em 16 unidades com extensões aproxi-
madamente iguais, que podem corresponder
a 16 semanas de trabalho letivo. De acordo
com o número de aulas disponíveis por sema-
na, o professor explorará cada assunto com
mais ou menos aprofundamento. A critério
do professor, em cada situação específica,
o tema correspondente a uma das unidades
pode ser estendido para mais de uma sema-
na, enquanto o de outra unidade pode ser tra-
tado de modo mais simplificado. É desejável
que o professor tente contemplar as dezesseis
unidades, uma vez que, juntas, elas compõem
um panorama do conteúdo deste volume, e,
muitas vezes, uma das unidades contribui
para a compreensão das outras. Insistimos,
no entanto, no fato de que somente o profes-
sor, em sua circunstância particular, e levando
em consideração seu interesse e o dos alunos
pelos temas apresentados, pode determinar
adequadamente quanto tempo dedicar a cada
uma das unidades.
Ao longo do Caderno são apresentadas,
além de uma visão panorâmica de seu con-
teúdo, oito Situações de Aprendizagem, que
pretendem ilustrar a forma de abordagem su-
gerida, instrumentalizando o professor para
sua ação em sala de aula. As Situações de
Aprendizagem são independentes e podem ser
exploradas com mais ou menos intensidade,
segundo seu interesse e o de sua classe. Na-
turalmente, em razão das limitações no espa-
ço do Caderno, nem todas as unidades foram
contempladas com Situações de Aprendiza-
gem, mas a expectativa é de que a forma de
abordagem dos temas seja explicitada nas ati-
vidades oferecidas.
São apresentados também no Caderno,
sempre que possível, materiais disponíveis
(textos, softwares, sites, vídeos, entre outros)
em sintonia com a forma de abordagem pro-
posta, que podem ser utilizados pelo profes-
sor para o enriquecimento de suas aulas.
Compõem o Caderno, ainda, algumas
considerações sobre a avaliação a ser realiza-
da, bem como o conteúdo considerado indis-
pensável ao desenvolvimento das competên-
cias enunciadas no presente volume, em cada
Situação de Aprendizagem apresentada.
8
Conteúdos básicos do volume
O conteúdo básico das quatro primeiras
Situações de Aprendizagem deste Caderno é a
ideia de função, que é a tradução, em lingua-
gem matemática, da relação de interdepen-
dência entre duas ou mais grandezas. Tal ideia
já foi apresentada aos alunos anteriormente
em diversas situações e seria interessante uma
breve retomada de tais ocorrências por par-
te do professor, antes de iniciar os trabalhos
deste volume.
O fundamento dessa noção pode ser encon-
trado na 6a
série/7o
ano do Ensino Fundamen-
tal, no estudo da proporcionalidade direta ou
inversa: quando duas grandezas são proporcio-
nais, o valor de uma delas é determinado pelo
valor da outra, ou seja, se y é proporcional a x,
para cada valor de x existe em correspondência
um, e somente um, valor para y; ou seja, y é
uma função de x. No caso da proporcionali-
dade direta, expressamos tal fato escrevendo:
y = kx; na proporcionalidade inversa, traduzi-
mos a interdependência escrevendo y =
k
x
, sen-
do k uma constante nos dois casos.
Na 8a
série/9o
ano, tal noção foi explorada
um pouco mais, estudando-se as funções de
1o
grau y = ax + b, que sempre traduzem uma
proporcionalidade entre (y – b) e x, e as funções
de 2o
grau y = ax2
+ bx + c, que sempre tradu-
zem uma proporcionalidade entre uma grande-
za e o quadrado de outra. De fato, uma vez que
sempre podemos escrever o trinômio de 2o
grau
na forma y = k(x – u)2
+ v, podemos dizer que
(y – v) é diretamente proporcional a (x – u)2
.
Na 1a
série do Ensino Médio, retomamos
o estudo das funções, procurando caracterizar
melhor a situação de interdependência entre
duas grandezas, uma das quais pode variar li-
vremente – é a variável independente –, sendo
que a outra tem o seu valor determinado pelo
valor da primeira – é a variável dependente.
Assim, sendo x a variável independente, se a
cada valor de x corresponde um único valor
da variável dependente y, então dizemos que
y é uma função de x e escrevemos: y = f(x).
Nessa perspectiva, foram estudadas as fun-
ções de 1o
grau f(x) = ax + b e de 2o
grau f(x) =
= ax2
+ bx + c, sendo a ≠ 0. Além disso, foram
estudados dois tipos especiais de função, em
que uma das variáveis aparece como expoente,
como nos casos em que y = ax
ou x = ay
, sen-
do a uma constante positiva e diferente de 1.
No primeiro caso, em que a variável indepen-
dente está no expoente, temos a função ex-
ponencial f(x) = ax
e, no segundo, em que a
variável dependente está no expoente, temos
a função logarítmica f(x) = loga
x. Ambas as
funções são especialmente importantes para
representar matematicamente fenômenos que
não envolvem proporcionalidade direta ou
inversa entre as grandezas, mas em que uma
delas cresce ou decresce exponencialmente
com a outra: crescimento de populações, ju-
ros compostos e desintegração radioativa são
exemplos de fenômenos desse tipo.
Na 2a
série do Ensino Médio, fomos apre-
sentados a um novo tipo de função, espe-
cialmente adequada para a representação
de fenômenos periódicos: as funções trigo-
nométricas f(x) = senx e g(x) = cosx, entre
9
Matemática – 3a
série – Volume 2
outras. Em tais funções, embora os valores
de x possam variar livremente ao longo de
toda a reta real, os valores correspondentes
de f(x) repetem-se periodicamente, situando-
-se entre os extremos 1 e –1.
Em todas essas situações, foram apresen-
tadas certas características das funções em
questão, sobretudo as associadas aos respec-
tivos gráficos e relativas ao crescimento ou de-
crescimento, bem como à eventual existência
de valores máximos ou mínimos, por exemplo.
A partir de agora, serão exploradas de modo
umpoucomaissistematizadoascaracterísticas
das funções já estudadas em séries anteriores,
ampliando-se as possibilidades de construção
de gráficos e da compreensão das formas bá-
sicas de crescimento ou decrescimento. Com
isso, a possibilidade de utilização de funções
para compreensão de fenômenos da realida-
de será ampliada, e os alunos poderão anali-
sar com mais nitidez a riqueza da linguagem
das funções.
Para a organização dos trabalhos ao longo
do volume, propomos a seguinte estrutura:
nas unidades 1, 2 e 3, serão apresentadas
as funções já estudadas em séries anterio-
res (funções de 1o
e 2o
graus, funções po-
linomiais, funções exponencial e logarít-
mica, funções trigonométricas), tendo em
vista não somente a recordação de suas
principais características, mas também a
construção de um panorama comparativo
das relações de interdependência já co-
nhecidas (Situação de Aprendizagem 1);
nas unidades 4 e 5, serão explorados es-
pecialmente os recursos para a constru-
ção de gráficos envolvendo as funções
apresentadas nas três primeiras unida-
des, incluindo as transformações que se
podem realizar sobre cada uma delas:
composição, translações etc. (Situação
de Aprendizagem 2);
nas três últimas unidades, buscaremos ca-
racterizar as diferentes formas de cresci-
mento ou decrescimento, as taxas de varia-
ção e suas relações com as concavidades (as
inflexões). Ainda que a abordagem seja es-
sencialmente qualitativa, serão calculados
os valores das taxas em alguns exemplos
simples (Situação de Aprendizagem 3).
Será apresentada, ainda, uma retrospec-
tiva das funções apresentadas em unidades
anteriores, tendo em vista um estudo simples
do crescimento, do decrescimento e das taxas
de variação, como conclusão desses assuntos
(Situação de Aprendizagem 4).
As quatro últimas Situações de Aprendi-
zagem deste volume são reservadas para o
estudo da Estatística. Os tópicos relacionados
a esse estudo, no Ensino Médio, constituem
um bloco de conteúdos matemáticos mais
aplicados a situações cotidianas, levando em
conta, principalmente, a faixa etária dos alu-
nos e as condições socioeconômicas de nossa
população. A correta compreensão de dados
estatísticos de toda natureza é um importan-
te pilar da base do saber matemático e uma
ferramenta indispensável no processo de cons-
trução da cidadania.
10
São conhecidos alguns “motes” associados
à análise estatística de dados, como aquele em
que se afirma que “Estatística é a arte de mentir
com números”; ou aquele outro sobre o “ho-
mem de 1,80 m de altura que morreu afogado
no lago de profundidade média de 1,60 m”.
De fato, se os dados numéricos ou qualitati-
vos acerca das características de alguma variá-
vel não apresentam, por si sós, incoerências, o
modo como são feitas as diversas relações pos-
síveis entre eles permite o traçado de diferentes
caminhos, com diferentes finais, alguns muito
previsíveis. Ser capaz de compreender e criticar
a forma com que são realizadas essas análises,
validando-as ou não, é prerrogativa apenas da-
queles que conhecem como são ou deveriam
ser realizadas todas as etapas de um processo
estatístico, desde a amostragem até os relató-
rios finais. Com base nisso, foi elaborada esta
proposta de desenvolvimento metodológico
para os conteúdos de Estatística, que completa
a formação matemática projetada para estu-
dantes de Ensino Médio.
Na Situação de Aprendizagem 5, apresen-
tamos uma série de dados de diferentes tipos
de variáveis e com diferentes tipos de gráficos,
para que sejam interpretados corretamente.
Além disso, com base em algumas situações-
-problema, propomos uma discussão acerca
de irregularidades matemáticas frequente-
mente observadas em gráficos estatísticos.
Essas irregularidades muitas vezes conduzem
a interpretações equivocadas dos dados apre-
sentados. Trata-se de situação comum àquela
em que a média aritmética de uma distribui-
ção de dados é utilizada como único resultado
estatístico na análise. Afirmar, por exemplo,
que a renda per capita do Amazonas é cerca de
R$ 8300,00, quando são conhecidas as enor-
mes disparidades de ocupação do solo e distri-
buição de renda nesse Estado, serve para quê?
Apesar do reconhecido equívoco em fazê-lo,
ainda observamos a divulgação frequente de
médias em noticiários ou em falas de repre-
sentantes públicos transmitindo, muitas vezes,
falsas impressões a quem as lê ou ouve.
Reconhecendo a importância de, em uma
análise de resultados estatísticos, associar o
valor da média a valores de outros indica-
dores, como mediana e desvio padrão, pro-
pomos, na Situação de Aprendizagem 6, a
realização de uma atividade experimental, na
qual o resultado final dependerá da análise
da relação entre média aritmética, mediana e
desvio médio.
A efervescência dos períodos pré-eleitorais
fornece contexto adequado para o aprofun-
damento do estudo de importantes elemen-
tos da Estatística, começando, por exemplo,
pela fala recorrente de que “a pesquisa prevê
26% dos votos para o candidato X, com 5%
de margem de segurança”. A compreensão
desses números passa pelo estudo da relação
entre média aritmética, desvio padrão e o
cálculo de probabilidades associadas a faixas
da curva normal. Na Situação de Aprendiza-
gem 7, propomos ao professor que apresente
a curva normal a seus alunos e que discuta
com eles a relação entre o formato da curva e
o valor da média e do desvio padrão da dis-
tribuição. Com base nisso, poderão ser calcu-
11
Matemática – 3a
série – Volume 2
Unidade 1 – A ideia de função: da proporcionalidade às funções polinomiais.
Unidade 2 – Variável no expoente: funções exponencial e logarítmica.
Unidade 3 – Fenômenos periódicos e funções trigonométricas.
Unidade 4 – Construção de gráficos: em vez de “ponto a ponto”, um olhar “funcional”.
Unidade 5 – Funções e transformações: composições, translações, inversões.
Unidade 6 – Formas básicas de crescimento e decrescimento: taxas de variação e concavidade;
polinômios.
Unidade 7 – O crescimento exponencial e a função f(x) = ℮x
.
Unidade 8 – Exercícios sobre funções, incluindo gráficos, taxas de variação, concavidade e
crescimento exponencial.
Unidade 9 – A apresentação de dados estatísticos: gráficos e tabelas.
Unidade 10 – Tabelas e gráficos de frequências e de frequências acumuladas.
Unidade 11 – Medidas de posição: média aritmética, mediana e moda.
Unidade 12 – Medidas de dispersão: amplitude e desvio médio.
Unidade 13 – O desvio padrão e a curva normal.
Unidade 14 – Probabilidades associadas a intervalos da curva normal e o desvio padrão.
Unidade 15 – Probabilidades associadas a intervalos da curva normal e a confiabilidade e
margem de segurança dos resultados.
Unidade 16 – Sistemas de amostragens.
ladas probabilidades associadas a intervalos
de valores da curva, ampliando, dessa manei-
ra, os significados anteriormente construídos
a respeito do número que exprime a chance
de ocorrência em fenômenos aleatórios.
Durante a realização da Situação de
Aprendizagem 8, os alunos encontrarão res-
postas às questões acerca das características
de um sistema de amostragens. O contexto
escolhido, nesse caso, foi o das pesquisas de
intenção de voto, que desperta a curiosidade
para alguns pontos; por exemplo, para o nú-
mero de pessoas entrevistadas, aparentemente
pequeno para o objetivo, ou para a margem
de erro, “de 5% para mais ou 5% para menos”.
A preparação do trabalho do volume, com
base nas considerações anteriores, pode ser
organizada nas seguintes 16 unidades, corres-
pondendo, aproximadamente, a 16 semanas
de aulas.
Quadro geral de conteúdos do volume 2 da 3a
série do Ensino Médio
12
SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
GRANDEZAS, INTERDEPENDÊNCIA: UM PANORAMA
SOBRE FUNÇÕES
Muitas relações de interdependência entre
grandezas já foram estudadas pelos alunos até
o presente volume, desde as situações que en-
volviam grandezas proporcionais até aquelas
que consideravam o crescimento ou o decresci-
mento exponencial, ou ainda as que se referiam
a fenômenos periódicos, em que os valores de
uma grandeza repetem-se a cada novo período.
Nosso objetivo agora é recordar tais te-
mas, munindo-os de uma linguagem e de re-
cursos mais amplos, ou seja, abordando tais
interdependências como funções. Ao mesmo
tempo, procuraremos compor um panorama
das funções até aqui estudadas, destacando
suas qualidades essenciais e fazendo com que
colaborem mutuamente, favorecendo uma
compreensão mais ampla de múltiplos fenô-
menos da realidade.
As competências básicas – expressão, com-
preensão, contextualização, argumentação e de-
cisão – estarão presentes continuamente ao lon-
go das atividades previstas; uma vez que, como
já se afirmou anteriormente, buscamos, com as
funções, uma linguagem adequada para com-
preender e expressar fenômenos de diferentes
tipos, praticando efetivamente o movimento de
apreender um contexto e representá-lo por meio
da linguagem matemática, tendo sempre como
meta a argumentação e a tomada de decisões em
situações concretas.
Sugere-se ao professor que utilize duas
semanas na construção do panorama sobre
o estudo das funções, já realizado nas séries
anteriores.
Conteúdos e temas: panorama/resumo sobre funções de 1o
e 2o
graus, funções trigonométri-
cas, funções exponencial e logarítmicas, com a apresentação de seus gráficos em situações
simples e de suas propriedades fundamentais.
Competências e habilidades: expressar e compreender fenômenos de diferentes tipos por meio
da linguagem matemática, especificamente por meio da representação de funções; argumentar
e tomar decisões na resolução de situações-problema vinculadas a fenômenos da realidade.
Sugestão de estratégias: apresentar, de forma sintética, os conteúdos e temas, com destaque
para a ideia de função como uma especial situação de interdependência; exploração de alguns
exercícios exemplares dos vários tipos de função em estudo.
13
Matemática – 3a
série – Volume 2
Roteiro para aplicação da Situação
de Aprendizagem 1
Seria interessante que o professor recor-
dasse as características principais das funções
referidas anteriormente, quais sejam:
Função de 1o
grau: y = ax + b, com a e b
constantes, a ≠ 0
Estudada na 6a
série/7o
ano do Ensino
Fundamental, na 8a
série/9o
ano do Ensino
Fundamental, na 1a
série do Ensino Médio e
no Volume 1 da 3a
série do Ensino Médio, essa
função expressa a proporcionalidade direta
entre (y – b) e x. O coeficiente a representa a
variação de y por unidade a mais de x, a partir
de qualquer ponto.
Função do 2o
grau: y = ax2
+ bx + c, com
a, b e c constantes, a ≠ 0
Estudada na 8a
série/9o
ano do Ensino Fun-
damental, na 1a
série do Ensino Médio e no
volume 1 da 3a
série do Ensino Médio. O sinal
do coeficiente a indica a concavidade da cur-
va, que é o gráfico (parábola): quando a > 0,
a concavidade é voltada para cima e a função tem
umvalormínimonoponto(u;v),sendou
b
a
= –
2
e v = f(u); quando a < 0, a concavidade é voltada
para baixo e a função tem um valor máximo no
ponto (u; v), sendo u
b
a
= –
2
e v = f(u).
Função y = k
x , com k constante, k ≠ 0
Estudada na 6a
série/7o
ano do Ensino Fun-
damental e na 3a
série do Ensino Médio, essa
função representa a proporcionalidade inver-
sa entre as grandezas y e x; pode-se dizer que
y é inversamente proporcional a x ou que x é
inversamente proporcional a y. A curva que
representa o gráfico é uma hipérbole.
Funções exponencial e logarítmica:
y = ax
e y = loga
x, com a > 0 e a ≠ 1
Estudadas na 1a
série do Ensino Médio, as
funções exponencial e logarítmica podem ser
entendidas com base na mesma relação y = ax
,
a partir da qual se pode escrever x = loga
y. De
modo geral, representam situações em que uma
variável encontra-se no expoente, caracterizan-
do um crescimento ou decrescimento exponen-
cial. Quando a variável independente está no
expoente, temos a função exponencial; quando
a variável dependente está no expoente, temos a
função logarítmica.
Funções trigonométricas: y = senx, y = cosx,
y = tgx, y = secx, entre outras
Estudadas na 2a
série do Ensino Médio. Vale
a pena destacar que o cosseno de um arco x é o
seno do arco complementar de x, ou seja, o seno
de (
π
2
– x), de modo que todas as propriedades
da função cosseno podem ser deduzidas a partir
dafunçãoseno.Algosimilarocorrecomafunção
cossecante de x, que é a secante do complemen-
to de x, e cotangente de x, que é a tangente do
complemento de x. Assim, as duas funções trigo-
nométricas fundamentais são y = senx e y = tgx.
A construção dos gráficos correspondentes
na forma básica poderá ser apresentada ou re-
cordada com maior ou menor ênfase, uma vez
que uma ampliação nos recursos para a cons-
trução de gráficos será realizada nas unidades
4 e 5 (Situação de Aprendizagem 2).
14
Uma estratégia a ser explorada nesta Situa-
ção de Aprendizagem, para a apresentação dos
conteúdos e temas descritos anteriormente, é
a seguinte:
apresentação de forma sintética dos con-
teúdos e temas, com destaque para a ideia
de função como uma especial situação de
interdependência;
exploração de alguns exercícios exem-
plares dos vários tipos de função em
estudo.
Uma grandeza é algo que pode ser medido; seu valor é o resultado dessa medida
e pode ser constante ou variável em cada situação concreta. Chamaremos uma
grandeza variável (ou constante) apenas de variável (ou constante). Quando uma
variável y depende de outra variável x, de tal forma que a cada valor que atribuímos livre-
mente a x corresponde um único valor para y, dizemos que y é uma função de x e escreve-
mos y = f(x). Dizemos que x é a variável independente e que y é a variável dependente.
Naturalmente, qualquer letra pode representar as variáveis dependente e independente.
Quando escrevemos w = f(z), por exemplo, queremos dizer que a variável dependente w é
uma função da variável independente z.
Uma grandeza pode depender dos valores atribuídos a duas outras; a área A de um
retângulo, por exemplo, depende dos comprimentos de seus dois lados, x e y. Dizemos,
nesse caso, que A é uma função das duas variáveis independentes x e y. No Ensino Fun-
damental, somente estudamos funções de uma variável, mas podemos facilmente imaginar
situações práticas em que uma grandeza depende simultaneamente de várias outras, sendo
uma função de diversas variáveis.
Muitos livros didáticos de Matemática, destinados aos alunos do Ensino Médio,
tratam de funções. Utilize alguns títulos dessas séries para pesquisar e anote, em
uma folha avulsa, as principais características das seguintes funções, como tipo
de curva que representa seu gráfico, crescimento, raízes, continuidade etc.
Função de 1o
grau: y = ax + b, com a e b constantes, a ≠ 0.
Função de 2o
grau: y = ax2
+ bx + c, com a, b e c constantes, a ≠ 0.
Função y = k
x , com k constante, k ≠ 0.
Funções exponencial e logarítmica: y = ax
e y = loga
x, com a > 0 e a ≠ 1.
Funções trigonométricas: y = senx, y = cosx, y = tgx.
Resposta pessoal.
15
Matemática – 3a
série – Volume 2
I. O comprimento C de uma circunferência é
uma função de seu raio x: C 2πx.
( III )
t
II. A área A de um quadrado é uma função de
seu lado x: A x2
.
( V )
III. A massa m de uma substância radioativa
diminui com o tempo, ou seja, é uma fun-
ção do tempo de decomposição t: m f(t).
Para certa substância, tem-se m mo
2–0,1t
,
onde mo
é a massa inicial e t, o tempo de
decomposição em horas.
( II )
IV. Uma pequena bola é presa a uma mola per-
feitamente elástica. Afastada da posição O
de equilíbrio, a uma distância a, a bola osci-
la em torno da mola, deslocando-se em uma
superfície horizontal e lisa. A distância x da
bola até o ponto O depende do instante t
considerado, ou seja, é uma função de t: x
f(t). No caso, temos x a cos(kt), onde k
é uma constante que depende da elasticida-
de da mola e da massa da bola.
( I )
C
2
1
x
1. Com base na pesquisa reali-
zada anteriormente, foi possí-
vel relacionar determinado
tipo de função com seu respectivo gráfico. A
seguir, temos uma tabela que traz, na coluna
da esquerda, alguns desses tipos de funções e,
na coluna da direita, a representação de al-
guns gráficos. Relacione cada função à sua
respectiva imagem gráfica:
16
Algumas atividades propostas a seguir po-
derão servir de pretexto para uma revisão do
que já foi estudado sobre funções até o pre-
sente momento. Com base em cada um dos
problemas, o professor poderá sugerir ou criar
outros problemas análogos.
2. Na figura seguinte está representada uma
viga reta AB, que sustenta um arco AB de
parábola, construído em ferro e apoiado
em hastes verticais. A largura L do vão é
de 40 m e a flecha f do arco de parábola
tem 5 m. Sabendo que as hastes verticais
são igualmente espaçadas no vão, calcule
seus comprimentos y1
, y2
e y3
.
Escolhendo o sistema de coordenadas XOY indicado na figura,
a parábola será o gráfico da função f(x) = ax2
+ c, com a < 0.
Como as hastes são igualmente espaçadas, os comprimentos
das hastes serão os valores de f(x) para x1
= 5, x2
= 10 e x3
= 15.
Como a flecha do arco de parábola é f = 5, segue que c = 5 e
f(x) = ax2
+ 5. Como o ponto B tem abscissa x = 20 e ordena-
da y = 0, segue que f(20) = 0 e, então, 0 = a 202
+ 5, ou seja,
a = –
1
80
. Logo, f(x) = –
1
80
x2
+ 5 e os valores procurados são:
y1
= f(x1
) = f(5) =
75
16
4,69 m
y2
= f(x2
) = f(10) =
15
4
3,75 m
y3
= f(x3
) = f(15) =
35
16
2,19 m
3. Entre todos os retângulos com perímetro
de 24 m, como os exemplificados a seguir,
qual tem a maior área? Registre sua respos-
ta no espaço a seguir.
1 m
6 m
6 m
11 m
Um retângulo de perímetro 24 m pode ser bem “magrinho”,
tendo área muito pequena. Chamando de x e y os lados de
um retângulo, seu perímetro será p = 2x + 2y e sua área será
A = xy. Como devemos ter p = 24 m, a cada valor de x esco-
lhido corresponderá um valor para y; ou seja, y é uma função
de x. No caso, temos y = 12 – x. A área do retângulo é uma
função de x e y, mas como y = 12 – x, segue que a área A é
uma função de x: A = f(x) = x (12 – x) = 12x – x2
. Esta função é
um trinômio de 2o
grau que se anula para x1
= 0 e para x2
= 12.
V. Mantendo-se a temperatura constante,
a pressão P de um gás no interior de um reci-
piente de volume variável V é uma função
de V: P f(V). No caso, temos P k__
V
, em
que k é uma constante.
( IV )
x
t
a
–a
O
17
Matemática – 3a
série – Volume 2
Seu gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para
baixo, ou seja, a função área apresenta um valor máximo no
ponto de coordenadas (u; v), sendo u =
(x1
+ x2
)
2
e v = f(u).
Logo, u = 6 e Amáx
= f(6) = 36. O retângulo de perímetro 24 m e
área máxima é, pois, o quadrado de lado 6 m; a área máxima
é igual a 36 m2
.
4. A população N de determinado município
cresce exponencialmente desde a sua funda-
ção, há 20 anos, de acordo com a expressão
N = 3000 100,1t
, sendo t em anos.
a) Esboce o gráfico de N como função de t.
(Sugestão: atribua para t valores múlti-
plos de 10.)
N (população)
3000000
300000
3000
0
30000
10 20 30 t (anos)
Observação: os valores no eixo vertical não respeitam escala.
A população N é uma função do tempo t, contado a partir
da fundação:
N = f(t) = 3000 100,1t
. O gráfico de f(t), neste caso, é o de uma
função exponencial crescente, cujo valor inicial (para t = 0)
é 3000.
b) Calcule o valor da população N, 15 anos
após a fundação do município.
OvalordeNparat=15éN=f(15)=3000 100,1 15
=3000 10
3
2
≅
≅ 94868 habitantes.
c) Depois de quanto tempo, após a fun-
dação, o valor de N atingiu 216 000
habitantes?
O valor de N será 216000 para um valor de t tal que f(t) =
= 216000, ou seja, 3000 100,1t
= 216000.
Logo, 100,1t
= 72 e 0,1t = log72.
Consultando uma tabela de logaritmos ou usando uma cal-
culadora, obtemos log72 1,86; segue que t 18,6 anos.
N (população)
t (anos)
216000
94868
3000
0 15 18,6
5. Certa substância radioativa se decompõe de
tal forma que sua massa m reduz-se à metade
do valor inicial a cada 4 horas, ou seja, m =
= mo
2 – 0,25t
, sendo mo
o valor inicial da mas-
sa (t em horas). Partindo de 60 g da substân-
cia, pede-se:
a) o gráfico de m como função de t;
A função m = f(t) = 60 2–0,25t
é uma exponencial decrescente, a
partir do valor inicial 60.
18
m
60
m = 60 2–0,25t
8
t
?
b) a massa m restante após 8 horas;
O valor de f(t) para t = 8 é: m = f(8) = 60 2–0,25 8
= 15 g.
c) a expressão de t como uma função de m;
Expressando t em termos de m, ou seja, escrevendo t como
uma função de m, obtemos sucessivamente:
60 2–0,25t
= m 2–0,25t
=
m
60
–0,25t = log2
m
60
t = –4 log2
m
60
d) após quanto tempo a massa restante
será igual a 12 g?
Para saber após quanto tempo a massa m será igual a 12 g,
podemos usar a expressão de m em função de t, ou a expres-
são de t em função de m obtida no item c:
t = –4 log2
12
60
= –4 log2
1
5
= 4 log2
5. Usando
uma calculadora, obtemos o valor log2
5 2,32; segue então
que t 9,28 horas.
6. Uma pequena bola é presa a uma mola per-
feitamente elástica, apoiada em uma su-
perfície horizontal lisa, conforme mostra
a figura. Com a mola em seu comprimen-
to normal, a bolinha fica em equilíbrio,
parada. Afastando-se a bolinha 10 cm
da posição de equilíbrio, a mola fica esti-
cada; abandonando-se, então, a bolinha,
ela passa a oscilar em torno da posição de
equilíbrio, realizando um movimento de
vai e vem. É possível mostrar que o afasta-
mento x da bolinha em relação à posição
de equilíbrio é uma função periódica do
tempo t e pode ser expressa pela fórmula
x = 10 cos(kt), com x em centímetros e t
em segundos.
onde a é a amplitude
Considerando que a bolinha retorna à posi-
ção inicial em que foi abandonada (x = 10)
a cada 4 segundos:
a) determine o valor de k;
Sabemos que para t = 0, x = 10, e que para t = 4, também te-
mos x = 10 (primeiro retorno à posição inicial); assim:
10 = 10 cos(k 4)
Logo, cos(4k) = 1, o que implica:
4k = 2 ou seja, k =
2
.
Notequeparat=8,tambémtemos10cos(k 8)=10,ecos(8k)=
= 1; também temos 8k = 4 (segundo retorno à posição inicial).
b) calcule o valor de x para t = 1s, t = 2s,
t = 3s e t s
10
3
;
Sendo x = 10 cos
2
t , calculemos os valores de x para
os valores indicados de t:
19
Matemática – 3a
série – Volume 2
t = 1 x = 10 cos
2
= 0 cm
t = 2 x = 10 cos
2
2 = 10cos = –10 cm
t = 3 x = 10 cos
2
3 = 0 cm.
t =
10
3
x = 10 cos
2
10
3
=
= 10 cos
3
= 10
1
2
= 5 cm
c) construa o gráfico de x como função de t.
O gráfico da função x = f(t) = 10 cos
2
t é mostrado a
seguir:
10
0
-10
x
t
x = 10 cos
2
t
1 2 3 4
Para esboçar o gráfico de funções polinomiais como f(x) = (x – 1) · (x – 2) · (x – 5)
é importante considerar os seguintes passos:
Calcular as raízes da função, isto é, pontos que cruzam o eixo x.
Podemos perceber que o gráfico corta o eixo x nos pontos (1; 0), (2; 0) e (5; 0), ou seja, x =
= 1, x = 2 e x = 5 são raízes da equação polinomial de grau 3, correspondente à igualdade f(x) =
= 0. Isso é suficiente para um esboço do gráfico de f(x), pelas seguintes razões:
a curva que representa o gráfico de uma função polinomial é contínua e suave, assumindo
todos os valores intermediários entre dois valores dados;
o número de raízes reais de uma equação polinomial (algébrica) de grau 3 é, no máximo, 3;
em consequência, o gráfico não cortará o eixo x em outro ponto, além dos 3 já identificados;
o ponto do gráfico que cruza o eixo y é o valor de f(0), isto é:
f(0) = (–1) · (–2) · (–5) = –10, ou seja, é o ponto (0; –10).
Reunindo as informações anteriores, temos o esboço do gráfico:
f(x) = (x – 1) (x – 2) (x – 5)
–10
y
0 1 2 5 x
Construindo o gráfico por meio de um software, obtemos:
20
–14
2
–10
6
–6
10
–2
14 y
–1 1 2 3 54 6 7
x
–16
0
–12
4
–8
8
–4
12
É interessante notar que, na função polinomial f(x) = ax3
+ bx2
+ cx + d, quando x assu-
me valores muito altos, os valores de f(x) acompanham de perto os valores absolutos de ax3
.
Esses valores serão muito altos se a > 0; ou muito baixos, se a < 0. No exemplo, como a = 1,
temos valores de f(x) muito altos para valores muito grandes de x e valores de f(x) muito
baixos para valores muito pequenos de x.
7. Esboce o gráfico da seguinte
função polinomial:
f(x) = x · (x + 1) · (x – 2) · (x – 3)
Analogamente ao que foi feito no exemplo, temos:
as raízes da equação polinomial de grau 4 representada
pela igualdade f(x) = 0 são x = 0, x = –1, x = 2 e x = 3;
sendo a equação de grau 4, ela terá no máximo 4 raízes
reais, ou seja, o gráfico cortará o eixo x somente nos pontos
correspondentes às quatro raízes mencionadas;
notamos, mesmo sem efetuar os cálculos, que o coefi-
ciente do termo em x4
é positivo e igual a 1, ou seja, quando
os valores de x crescem muito, os valores de f(x) são “do-
minados” pelos valores de x4
, ou seja, tornam-se cada vez
maiores; o mesmo ocorre quando x se torna muito pequeno
(–1000000, por exemplo), uma vez que o maior expoente
de x é par;
segue o esboço do gráfico de f(x):
Esboço da função
f(x) = x (x + 1) (x – 2) (x – 3)
0–1 2 3
y
x
21
Matemática – 3a
série – Volume 2
Construindo efetivamente o gráfico usando um software, obtemos:
1 2 3 4 5 6 7–7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0
y
x
–1
–2
1
2
3
4
5
8. Esboce o gráfico da função polinomial
f(x) = x (x + 1) (x – 2) (3x – 7).
De modo análogo ao que foi feito na atividade 7, temos:
as raízes da equação polinomial de grau 4 representada
pela igualdade f(x) = 0 são x = 0, x = –1, x = 2 e x =
7
3
;
sendo a equação de grau 4, ela terá no máximo 4 raízes
reais, ou seja, o gráfico somente cortará o eixo x nos pontos
correspondentes às quatro raízes mencionadas;
notamos, mesmo sem efetuar os cálculos, que o coeficien-
te do termo em x4
é positivo e igual a 3, ou seja, quando os
valores de x crescem muito, os valores de f(x) são “dominados”
pelos valores de 3x4
, isto é, tornam-se cada vez maiores; o mes-
mo ocorre quando x se torna muito pequeno (–1000000, por
exemplo), uma vez que o maior expoente de x é par;
segue o esboço do gráfico de f(x):
f(x) = x (x + 1) (x – 2) (3x – 7)y
x
0–1 2
7
3
Construindo efetivamente o gráfico usando um software,
obtemos:
–1
18
16
14
12
10
8
6
4
2
–2
–4
–6
–8
0 1 2 3
x
y
Considerações sobre a avaliação
Ao final deste percurso de aprendizagem, a
expectativa é que os alunos reconheçam situações
de interdependência entre grandezas em contex-
tos característicos, como o da proporcionalidade
direta e inversa, o do crescimento exponencial e
logarítmico e o dos fenômenos periódicos, as-
sociados a funções do tipo seno ou cosseno. As
características das funções polinomiais de 1o
e
2o
graus, já estudadas na 8a
série/9o
ano do Ensi-
no Fundamental, devem aqui ser consolidadas.
22
Os gráficos dessas funções podem ser apresen-
tados apenas na forma básica, sem exploração
maior das transformações que podem ser rea-
lizadas sobre eles, uma vez que tal estudo será
feito mais adiante. As atividades apresentadas
no roteiro desta Situação de Aprendizagem re-
presentam uma amostra da expectativa sobre o
resultado final do panorama composto.
Como dito inicialmente, a construção de
um panorama sobre as situações de inter-
dependência teve como estratégia a explo-
ração de algumas atividades consideradas
exemplares, que constituiriam meros pretex-
tos para o professor, a partir deles, recordar
ou apresentar as características das funções
envolvidas.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS: UM OLHAR “FUNCIONAL”
Conteúdos e temas: apresentação dos gráficos das funções recordadas na Situação de Apren-
dizagem anterior; construção de gráficos de situações de interdependência envolvendo
composições, translações, ampliações, reduções, apresentadas de modo informal.
Competências e habilidades: expressar fenômenos diversos por meio de gráficos; compreender
transformações realizadas sobre eles em diferentes contextos.
Sugestão de estratégias: apresentação de exemplos ilustrativos da construção de gráficos se-
gundo um olhar “funcional”; proposição e exploração de exercícios representativos das dife-
rentes transformações referidas.
Convidamos o professor, nesta Situação de
Aprendizagem, a explorar uma forma espe-
cial de construir o gráfico de uma função y =
= f(x), que pode ser muito interessante. Nos-
so objetivo é apresentar uma nova estratégia,
que complementa a estratégia mais frequente,
qual seja, a atribuição de valores à variável in-
dependente x, a determinação dos valores da
variável dependente y, a construção de tabelas
com os valores de x e y e a representação dos
pontos (x; f(x)) no plano cartesiano. Esse pro-
cedimento “ponto a ponto”pode ser muito in-
teressante quando já sabemos o tipo de curva
que será o gráfico, mas é bem pouco efetivo
quando não dispomos dessa informação.
Com os conhecimentos que já temos sobre as
funções apresentadas na Situação de Aprendi-
zagem 1, vamos agora procurar desenvolver um
olhar “funcional”sobre a expressão y = f(x), pro-
curando identificar as funções mais simples com-
ponentes da expressão f(x). Para obter o gráfico
de f(x) = x2
+ 5, por exemplo, basta construir o
gráfico de y = x2
e deslocá-lo para cima 5 unida-
des, na direção do eixo y. Muitas transformações
simples podem ser realizadas a partir dos gráfi-
cos das funções em sua forma básica, como foi
apresentado na Situação de Aprendizagem 1.
As mesmas competências básicas associadas
aos conteúdos e temas da Situação de Apren-
23
Matemática – 3a
série – Volume 2
dizagem 1 estarão presentes nesta Situação de
Aprendizagem 2, com destaque para a expres-
são e compreensão.
Sugere-se que o professor utilize duas se-
manas na exploração dessa nova estratégia
para a construção de gráficos.
Roteiro para aplicação da Situação
de Aprendizagem 2
Construção de gráficos em situações em
que a interdependência entre grandezas en-
volve composições de funções, apresentada
de modo informal.
Translações, ampliações, reduções e ou-
tras transformações a serem realizadas
nos gráficos das funções já conhecidas em
sua forma básica. Por exemplo, uma fun-
ção como f(x) = (x + 5)2
pode ser inter-
pretada como a função f(m) = m2
, sendo
m = (x + 5); já a função f(x) = sen(x – 5)
pode ser interpretada como a composi-
ção da função f(m) = senm com a função
m = (x – 5), e assim por diante.
Também aqui a estratégia será a apre-
sentação de uma série de exemplos ilustra-
tivos da construção de gráficos segundo um
olhar “funcional”, que podem servir de pre-
texto para o professor explicar os conteúdos
propostos. A seguir, uma série de exercícios
exemplares representativos dos vários tipos
de transformações vistas anteriormente será
proposta para ser explorada pelo professor,
que poderá criar, a partir deles, muitos outros
igualmente significativos ao tema.
Geralmente, traçamos gráficos de funções apoiados na construção de tabelas.
Contudo, muitos gráficos podem ser obtidos sem tomar por base as conclu-
sões que resultam de uma representação de pontos isolados. Nesse trabalho, é
importante “ler” e interpretar as indicações de quais operações devemos realizar com a
variável independente x para obter valores referentes à variável dependente y.
Para ilustrar o que pretendemos dizer, vamos explorar a construção de alguns gráficos.
A função f(x) = x2
– 7 indica, por exemplo, que, para encontrar os valores de y = f(x), devemos
elevar a variável independente x ao quadrado e diminuir 7 unidades do resultado obtido. Desse
modo, para representar os pontos (x; y) em que y = x2
– 7, podemos imaginar que o gráfico de y =
= x2
foi deslocado 7 unidades para baixo na direção do eixo y. Dessa forma, o gráfico de
f(x) = x2
– 7 pode ser construído a partir da elaboração de um gráfico mais simples: f(x) = x2
.
0
5
10
–5
–2–4–6 642
y
x
f(x)=x2
– 7
y = x2
–7
24
No caso da função de f(x) = 2 + sen x, os valores de y serão determinados depois que
encontrarmos o valor do seno da variável independente x e a esse valor adicionarmos 2
unidades. Nesse caso, podemos imaginar que o gráfico mais simples da função de y = sen x
será deslocado 2 unidades para cima na direção do eixo y.
0
y
x
−5−10−15
5 10 15
2
4
−2
−4
y= senx
f(x)=2 + senx
1. Utilizando o mesmo sistema
de coordenadas, esboce os grá-
ficos das seguintes funções:
a) f(x) = x2
+ 9 c) h(x) = 9 – x2
b) g(x) = x2
– 9 d) m(x) = – 9 – x2
–24 –21 –18 –15 –12 –9 –6 –3 0 3 6 9 12 15 18 21 24
0
3
6
9
12
15
18
21
24
–15
–12
–9
–6
–3
yg f
h m
2. Agora, esboce os gráficos das funções
indicadas a seguir no mesmo sistema de
coordenadas:
a) f(x) = cosx
b) g(x) = 5 + cosx
c) h(x) = –3 + cosx
d) m(x) = 5cosx
0
2
4
6
–6
–4
–2
0–π –π/2 π/2 π 3π/2 2π 5π/2 3π 7π/2 9π/2 5π4π
x
y
g
f
m
h
3. Para o gráfico de f(x) = (x – 3)2
, podemos
imaginar o gráfico de y = x2
deslocado
3 unidades para a direita na direção do
eixo x. O gráfico de y = (x – 3)2
é como se
fosse o de y = m2
, sendo m = x – 3. O vérti-
ce da parábola desloca-se do ponto em que
x = 0 para o ponto em que x = 3. A seguir,
construa o gráfico dessa função.
25
Matemática – 3a
série – Volume 2
y
x
1
–2
4
2
–1
5
7
3
6
8
9
0–1 3 6 7–2 2 5–3 1 4
f(x)=(x –3)2
y = x2
4. O gráfico de f(x) = 3(x + 2)
pode ser construído
a partir do gráfico de y = 3x
, deslocado para
a esquerda na direção do eixo x. O gráfico
de y = 3(x+2)
é como se fosse o de y = 3m
, sen-
do m = x + 2. É como se o eixo y se des-
locasse horizontalmente de tal forma que o
antigo ponto em que x = 0 coincidisse com
o novo ponto em que x = –2 (ou seja,
m = 0). Faça um esboço dessa situação no
sistema de eixos a seguir.
y
x0
3
6
11
14
17
19
21
23
1
–2
4
9
7
12
15
18
20
22
2
–1
5
10
–1 1 2 3–2
13
16
8
f(x)=3(x + 2)
y=3x
5. Para obter o gráfico de y = 4 + log2
(x – 5),
podemos imaginar o gráfico de y = log2
x
deslocado 5 unidades para a direita, como
se estivéssemos construindo o gráfico de
y = log2
m, sendo m = x – 5. Faça o esboço
da situação descrita para obter o gráfico de
y = 4 + log2
(x – 5).
y
1
–1 1 2 3 74 85 9 10 11 12 13
4
2
–1
5
7
3
6
8
9
6
x
14
10
0
g
4 + log2
(x – 5)
log2
x
log2
(x – 5)
6. Vamos agora pensar no gráfico de
f x
x
( ) =
+
1
12
. Para construir o gráfico de
f(x), podemos começar com o de y = x2
. De-
pois, fazemos o de y = x2
+ 1, deslocando
uma unidade para cima o gráfico de y = x2
,
na direção do eixo y. A partir daí, para obter
o gráfico de f(x), representamos os pontos
(x; y) tais que o valor de y seja o inverso de
x2
+ 1, para cada valor de x.
É importante notar que:
no ponto onde x = 0, x2
+ 1 vale 1 e o
inverso de x2
+ 1 também é igual a 1;
em todos os outros pontos, x2
+ 1 é po-
sitivo e maior que 1; logo, seu inverso é
positivo e menor que 1;
assim, o gráfico de f x
x
( ) =
+
1
12
situa-se
sempre acima do eixo x, aproximando-
-se mais e mais dele à medida que o va-
lor de x aumenta, pois quanto maior for
o valor de x2
+ 1, menor será o valor de
seu inverso.
Resumindo, na construção do gráfico de
f x
x
( ) =
+
1
12
, podemos observar os seguintes
passos:
26
construir o gráfico de y = x2
;
construir o gráfico de y = x2
+ 1;
construir o gráfico de f x
x
( ) =
+
1
12
.
Faça o esboço da situação descrita para
traçar o gráfico de f x
x
( ) =
+
1
12
.
–1 50 6–3 3–5 1–2 4–4 2–6
y
x
1
2
3
y = x2
+1
y = x2
f (x) =
1
x2
+ 1
7. Para o gráfico de f x
x
( )
–
1
12
, podemos
fazer o gráfico de y = x2
, depois o de y =
= x2
– 1 e em seguida representar os pontos
com abscissa x e ordenada o inverso de x2
– 1.
É importante notar que:
quando x2
– 1 = 0, ou seja, quando temos
x = 1 ou x = –1, então a função f(x) não
está definida;
quando x assume valores próximos de
1 ou de –1, os valores absolutos dos in-
versos tornam-se muito grandes. Se x
se aproxima de 1 por valores maiores
do que 1, os inversos tornam-se muito
grandes (positivos); por outro lado, se x
se aproxima de 1 por valores menores do
que 1, os inversos tornam-se muito gran-
des em valor absoluto, mas negativos.
Algo similar ocorre quando x se aproxi-
ma de –1.
Faça o esboço da situação descrita para
traçar o gráfico de f x
x
( )
–
1
12
.
y
x
–4 1–2 3–3 2–1 –1
5
–2
4
–3
3
–4
2
–5
1
f(x) =
1
x2
– 1
0
4
y = x2
y = x2
– 1
8. Para o gráfico de
1
=f x
x
( ) , podemos fazer o
gráfico de y = x e representar, para cada valor
de x, a ordenada y, que é o inverso de x.
É importante notar que:
quando x = 0, não existe o inverso de x,
ou seja, a função f(x) não está definida;
quanto mais próximo de 0 é o valor de
x, maior é o valor absoluto do inverso
de x, sendo que os valores de x positivos
têm inversos positivos e os valores de x
negativos têm inversos negativos;
quanto maior é o valor absoluto de x,
tanto positivo quanto negativo, mais pró-
ximo de 0 é o inverso de x, sendo o sinal
de x sempre igual ao sinal de seu inverso.
27
Matemática – 3a
série – Volume 2
Faça o esboço da situação descrita para
traçar o gráfico de f(x) = 1
x
.
y
x2 4 6 8 90 1
1
2
3
4
3 5 7–8 –6 –4 –2 –1–9
–4
–3
–2
–1
–7 –5 –3
y = x
f (x) =
1
x
9. O gráfico de f(x) = 3 senx é aná-
logo ao de y = senx, com a ampli-
tude aumentando de 1 para 3 uni-
dades, ou seja, os valores de f(x) oscilarão
entre +3 e –3. Faça o esboço desse gráfico
no plano a seguir.
–1
–2
–3
1
2
3
4
–π –π
2
–3π
2
π 3π
2
π
2
2π
y
x
0
y = senx
f(x) = 3 senx
10. Para construir o gráfico de f(x) = 3x senx,
basta imaginar o gráfico de y = A senx,
sendo que o valor de A varia de acordo
com x segundo a reta y = 3x. Assim, o
gráfico oscilará entre as retas y = 3x e y =
= –3x. Faça o esboço desse gráfico no
plano a seguir.
–10
–20
–30
–40
–50
–60
10
20
30
40
50
60
–3π
2
–2π –π
2
–5π
2
–7π
2
–9π
2
–3π–4π –π π
2
3π
2
5π
2
7π
2
9π
2
11π
2
13π
2
15π
2
π 2π 3π 4π 5π 6π 7π
y
x
y = 3x
y = 3x·senx
y = –3x
11. Esboce, no mesmo sistema de coordenadas,
os gráficos das funções indicadas a seguir:
a) f(x) = 3x
b) g(x) = 3x – 1
c) h(x) = 3x + 1
d) m(x) = 3– x
e) n(x) = 3–x + 1
24
16
8
20
12
4
22
0 1–1–2 32 4
14
6
18
10
x
y
m(x) = 3–x
g(x) = 3x – 1
n(x) = 3–x + 1 h(x) = 3x + 1
f(x) = 3x
2
Note que o valor de g(x) para x = 0 é igual a
1
3
, ou seja, é o
inverso do valor de n(x) para x = 0, que é 3.
12. Esboce, no mesmo sistema de coordena-
das, os gráficos das funções indicadas:
a) f(x) = –x2
b) g(x) = 3 – x2
c) h x
x
( ) =
−
1
3 2
28
do número de exercícios realizados, em sintonia
com a disponibilidade e as circunstâncias do
professor em sua realidade concreta. Natural-
mente, não se pode pretender o desenvolvimen-
to de uma competência absoluta, uma capacida-
de de construção de qualquer tipo de gráfico, em
tal nível de ensino. Por outro lado, não se pode
considerar que a meta inicialmente proposta foi
atingida se os alunos não assimilaram a nova es-
tratégia para a construção de gráficos, isto é, se
não acharem naturais transformações comodes-
locamentos verticais para cima e para baixo,
deslocamentos horizontais para a direita e para a
esquerda, inversões de sentido, por exemplo.
x
y
2
–2
4
6
–1–2–3 3 4 5–4 2–5 1
–4
–6
g(x) = 3 – x2
f(x)= –x2
– 3 + 3
h(x) =
1
3 – x2
0
h(x) =
1
3 – x2
h(x) =
1
3 – x2
13. Esboce, no mesmo sistema de coordena-
das, os gráficos das funções indicadas:
a) f(x) = 3x2
b) g(x) = –3x2
c) h(x) = senx
d) m(x) = 3x2
senx
Considerações sobre a avaliação
Ao final deste percurso, a expectativa é que
os alunos tenham aprendido a “ler” a expressão
f(x), que traduz analiticamente uma situação
de interdependência funcional, sendo capazes de
tomar iniciativas de decompor tal função em
outras mais simples, já estudadas anteriormen-
te. Assim, a construção do gráfico de funções
mais complexas pode ser vislumbrada a partir
dos gráficos das funções mais simples.
As competências desenvolvidas na prática
de tal interpretação/decomposição dependerão
x
y
2
4
6
8
10
–2
–10
–12
–14
–18
–24
–16
–22
–20
–26
–6
–4
–8
16
14
20
26
12
18
24
22
0 1–7 4–4 2–6 5–3 3–5 6–2 7–1
f(x) = 3x2
m(x) = 3x2
senx
g(x) = –3x2
h(x) = senx
29
Matemática – 3a
série – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AS TRÊS FORMAS BÁSICAS DE CRESCIMENTO OU
DECRESCIMENTO: A VARIAÇÃO E A VARIAÇÃO DA VARIAÇÃO
As representações gráficas das relações de
interdependência entre grandezas são impor-
tantes para a visualização das variações das
grandezas representadas, como a identifica-
ção de seus sinais e valores, dos intervalos de
crescimento ou de decrescimento da variável
dependente, ou, ainda, o reconhecimento de
pontos de máximo ou de mínimo, quando eles
existirem. Isso já foi feito anteriormente, em
particular para as funções de 1o
e 2o
graus.
Agora, buscaremos ampliar o conteúdo para
as demais funções que compõem o panorama
que estamos construindo.
Nesta Situação de Aprendizagem, vamos ir
além da constatação do crescimento ou do de-
crescimento, procurando qualificá-lo e tentando
caracterizar a rapidez com que ocorre o cresci-
mento ou decrescimento por meio da taxa de
variação, ou seja, da variação da variável inde-
pendente por unidade a mais da variável depen-
Conteúdos e temas: a ideia geral de função como interdependência, explorando-se as funções
já estudadas até o presente momento na perspectiva do crescimento ou decrescimento, com a
caracterização da rapidez com que crescem ou decrescem.
Competências e habilidades: compreender fenômenos que envolvem crescimento ou decresci-
mento, bem como expressar a rapidez com que crescem ou decrescem a partir de qualidades
expressas nos gráficos das funções representadas.
Sugestão de estratégias: inicialmente, será apresentada a ideia de que existem três formas básicas de
crescimento ou decrescimento: a das funções de 1
o
grau, a das funções que crescem ou decrescem
mais rapidamente do que ela e a das funções que crescem ou decrescem mais lentamente do que a
de 1
o
grau. Uma lista de exemplos ilustrativos, seguidos de exercícios exemplares, representativos
das diversas situações apresentadas, será oferecida para exploração por parte do professor.
dente. Apesar de tal preocupação com as taxas
de variação não ser muito comum no estudo das
funções no Ensino Médio, convidamos o profes-
sor a nos acompanhar nesta viagem. Temos cer-
teza de que ela será muito proveitosa, tanto para
o estudo das funções na escola básica quanto
para descortinar uma série de ideias simples sobre
variação de funções, que serão muito úteis para
a compreensão de inúmeros fenômenos, naturais
ou econômicos, envolvendo variações e taxas de
variação, como a descrição dos movimentos, ou a
compreensão das taxas de inflação, por exemplo.
Todas as competências básicas podem ser
desenvolvidas por meio de tal tratamento quali-
tativo das funções: a expressão/compreensão de
fenômenos, a argumentação/tomada de decisão
e a contextualização/abstração de relações.
Sugere-se ao professor que utilize duas se-
manas com o material apresentado.
30
As funções de 1o
grau, expressas na forma f(x) = ax + b, são crescentes (a > 0) ou de-
crescentes (a < 0), sendo que o coeficiente a representa a variação em f(x), quando x
aumenta em 1 unidade a partir de qualquer valor inicial. O valor de a é chamado taxa
de variação unitária de f(x), ou somente taxa de variação de f(x). Naturalmente, se a = 0, ou seja,
se a taxa de variação é zero, então a função f(x) é constante: f(x) = b.
y
1
1
a
b
(a > 0, função crescente)
(a < 0, função decrescente)
taxa de variação = a = variação de f(x) por unidade a mais de x
a = f(x + 1) = f(x) = constante
a = 0 (função constante)
a
f(x) = ax + b
x
Roteiro para aplicação da Situação
de Aprendizagem 3
A ideia geral de função como relação de
interdependência.
As funções de 1o
e 2o
graus, com suas carac-
terísticas já conhecidas, que servirão de base
para a compreensão do estudo das variações
e das taxas de variação.
Todas as funções já apresentadas aos alunos
até o presente momento, analisadas agora
sob a perspectiva do crescimento/decresci-
mento e das taxas de variação.
Inicialmente, serão apresentadas as ideias
de crescimento, decrescimento e taxa de varia-
ção, a partir das funções que expressam a pro-
porcionalidade direta, ou seja, as associadas à
função de 1o
grau f(x) = ax + b (a ≠ 0). Tais
funções são crescentes para a > 0, ou decres-
centes para a < 0, e o crescimento ou decresci-
mento são constantes, isto é, a variação de f(x)
por unidade a mais de x é sempre a mesma,
que corresponde ao coeficiente a.
Todas as outras funções podem ter seu
crescimento ou decrescimento comparado
com o padrão determinado pelas funções
de 1
o
grau, sendo possível crescer mais
rapidamente do que o padrão de 1
o
grau,
ou mais lentamente do que ele: esta é a ideia
principal a ser desenvolvida.
Uma lista de exemplos ilustrativos acom-
panhará a exposição, seguindo-se uma série
de exercícios exemplares representativos das
diversas situações apresentadas.
A forma-padrão de crescimento ou
decrescimento: f(x) = ax + b
31
Matemática – 3a
série – Volume 2
De modo geral, dizemos que uma função f(x) é crescente nos intervalos em que ocorre o
seguinte: se os valores de x crescem, então os correspondentes valores de f(x) também cres-
cem. Dizemos que f(x) é decrescente nos intervalos em que ocorre o seguinte: se os valores de
x crescem, então os correspondentes valores de f(x) decrescem. O significado do crescimento
ou do decrescimento no gráfico de f(x) é bastante expressivo:
y
x
x1 x2
x aumenta
f(x) decrescente
y1
y2
y diminui
x1 x2
x aumenta
x
y
y2
y1
y aumenta
f(x) crescente
Consideremos uma função que não é de 1
o
grau, ou seja, cujo gráfico não é uma reta.
Ao observá-lo, constatamos que a taxa de variação unitária de f(x), ou seja, a variação de
f(x) por unidade a mais de x, não é mais constante, isto é, a diferença f(x + 1) – f(x) passa a
depender do valor de x a partir do qual ela é calculada.
Por exemplo:
se f(x) = 5x + 7, então f(x + 1) – f(x) = 5(x + 1) + 7 – (5x + 7) = 5, ou seja, a taxa de variação
unitária de f(x) = 5x + 7 é constante e igual a 5, exatamente o valor de a na função a = 5;
no entanto, se f(x) = 5x2
+ 7, então f(x + 1) – f(x) = 5(x + 1)2
+ 7 – (5x2
+ 7) = 10x + 5, ou
seja, a taxa de variação unitária de f(x) = 5x2
+ 7 é igual a 10x + 5; portanto, a taxa varia
com o valor de x para o ponto considerado.
No que segue, chamaremos de taxa de variação unitária de uma função, para cada
valor de x, o valor da diferença f(x + 1) – f(x).
32
B
A
C
y
x
1
1
1
a
a’
a’’
a < a’ < a’’
f(x) cresce a taxas crescentes
f(x) = ax + b
cresce a taxa cons
f(x) cresce a taxas
a
a’
a > a’ > a’’
1
1
1
1
1
a
a
a
a’’
1
f(x) cresce a taxas crescentes
a < a’ < a”
f(x) = ax + b
cresce a uma taxa constante
f(x) cresce a taxas decrescentes
a > a’ > a”
Quando uma função f(x) cresce a taxas crescentes, seu gráfico fica encurvado para cima;
quando ela cresce a taxas decrescentes, seu gráfico fica encurvado para baixo.
Basicamente, em cada intervalo considerado, estas são as três formas de crescimento:
crescer linearmente, com taxa de variação constante;
crescer cada vez mais rapidamente, ou seja, com taxas de variação crescentes, o que faz com
que o gráfico resulte encurvado para cima;
crescer cada vez mais lentamente, o que faz com que o gráfico resulte encurvado para
baixo.
De forma análoga, em dado intervalo, uma função pode decrescer de três modos distintos:
decrescer linearmente, com taxa de variação constante;
decrescer cada vez mais rapidamente, ou seja, com taxas de variação crescentes em valor
absoluto (as taxas são negativas);
decrescer cada vez mais lentamente, ou seja, com taxas de variação decrescentes em valor
absoluto (as taxas são negativas).
O gráfico a seguir ilustra as três formas de decrescimento:
33
Matemática – 3a
série – Volume 2
Observação!
Nas atividades a seguir, sempre que fizermos menção a decrescimentos, as taxas serão
consideradas em valor absoluto, isto é, em módulo.
B
C
1
1
1
1
1
1
1
1
a
1
a
a
a
a
a’
a’
a’’
a’’
f(x) decresce a taxas
decrescentes
(em valor absoluto)
f(x) decresce a uma
taxa constante
f(x) decresce a taxas
crescentes
(em valor absoluto)
x
y
A
Quando uma função decresce a taxas decrescentes, seu gráfico fica encurvado para cima;
quando ela decresce a taxas crescentes, seu gráfico fica encurvado para baixo.
Desafio!
Os gráficos a seguir representam o preço médio P dos alimentos da mesma cesta básica,
em diferentes países, em função do tempo t, ao longo de determinado ano.
t
P
país A
t
P
país B
34
t
P
país C
t
P
país D
P
t
país E
P
t
país F
P
país G
t
P
t
país H
P
t
país I
P
t
país J
35
Matemática – 3a
série – Volume 2
Pergunta-se:
a) Em que país os preços estiveram estabilizados ao longo do ano?
No país A, os preços mantiveram-se constantes.
b) Em que país os preços aumentaram a uma taxa constante?
No país B, os preços variaram tendo como gráfico uma reta inclinada com inclinação positiva.
c) Em que país os preços aumentaram a taxas crescentes?
No país D, os preços cresceram tendo o gráfico encurvado para cima, o que significa taxas crescentes.
d) Em que país os preços diminuíram a uma taxa constante?
No país C, os preços decresceram tendo como gráfico uma reta com inclinação negativa.
e) Em que país os preços aumentaram a taxas decrescentes?
No país F, os preços cresceram tendo o gráfico encurvado para baixo.
f) Em que país os preços diminuíram a taxas decrescentes?
No país E, os preços decresceram tendo o gráfico encurvado para cima.
g) Em que país os preços inicialmente aumentaram a uma taxa constante e, posteriormen-
te, a taxas decrescentes?
No país J, os preços inicialmente tiveram um gráfico retilíneo. Depois, seguiram uma curva voltada para baixo.
h) Em que país os preços diminuíram a taxas crescentes?
No país G, os preços decresceram tendo o gráfico encurvado para baixo.
i) Em que país os preços inicialmente aumentaram a taxas crescentes e depois a taxas
decrescentes?
No país H, os preços inicialmente tiveram um gráfico voltado para cima. A partir de certo ponto, o gráfico encurvou-se para baixo.
j) Em que país os preços inicialmente diminuíram a taxas crescentes, e depois aumen-
taram a taxas decrescentes?
No país I, os preços decresceram segundo um gráfico voltado para baixo. Depois, segundo um gráfico voltado para cima.
36
1. No gráfico a seguir, identifi-
que os intervalos nos quais:
x1
x9
x5
x3
x11
x7
y
x
x2
x10
x6
x4
x12
x8
a) a função f(x) é positiva;
Temos f(x) > 0 para x entre x2
e x7
e para x entre x10
e x12
.
b) a função f(x) é negativa;
Temos f(x) < 0 para x entre x1
e x2
e para x entre x7
e x10
.
c) a função f(x) é constante;
A função f(x) é constante para valores de x entre x4
e x5
e para
x entre x8
e x9
.
d) a função f(x) é crescente;
A função f(x) é crescente para x entre x1
e x4
e para x entre
x9
e x12
.
e) a função f(x) é decrescente;
A função f(x) é decrescente para x entre x5
e x8
.
f) a função f(x) cresce a taxa constante;
A função f(x) cresce a taxa constante nos intervalos em que
o gráfico é um segmento de reta ascendente, ou seja, para x
entre x1
e x3
e para x entre x10
e x11
.
g) a função f(x) decresce a taxa constante;
A função f(x) decresce a taxa constante no intervalo em que o
gráfico é um segmento de reta descendente, ou seja, para x en-
tre x6
e x7
.
h) a função f(x) cresce a taxas crescentes;
A função f(x) cresce a taxas crescentes no intervalo em que
é crescente e o gráfico é encurvado para cima, ou seja, para
x entre x9
e x10
.
i) a função f(x) cresce a taxas decrescentes;
A função f(x) cresce a taxas decrescentes nos intervalos em
que é crescente, mas o gráfico está encurvado para baixo, ou
seja, para x entre x3
e x4
e para x entre x11
e x12
.
j) a função f(x) decresce a taxas crescentes;
A função f(x) decresce a taxas crescentes no intervalo em que
é decrescente e o gráfico é encurvado para baixo, ou seja,
para x entre x5
e x6
.
k) a função f(x) decresce a taxas decrescentes.
A função f(x) decresce a taxas decrescentes no intervalo em
que é decrescente e o gráfico é encurvado para cima, ou
seja, para x entre x7
e x8
.
2. Quando uma pedra é lançada verticalmen-
te para cima com uma velocidade inicial
40 m/s, a partir de uma altura inicial de
45 m, ela sobe com velocidade cada vez me-
nor, até atingir uma altura máxima em re-
lação ao solo, quando momentaneamente
para.Apartirdaí,eladescecadavezmaisra-
pidamente até voltar ao solo. Sabemos que,
por causa da força da gravidade (peso), que
age sobre a pedra, sua velocidade diminui
a uma taxa constante de aproximadamente
10 m/s a cada segundo, no movimento de
subida. Podemos descrever o movimento da
pedra por meio de uma função de 1o
grau,
37
Matemática – 3a
série – Volume 2
que representa sua velocidade, e uma fun-
ção de 2o
grau, que representa sua altura em
relação ao solo. Nesse caso, as funções que
representam a velocidade e a altura são as
seguintes:
v = 40 – 10t
(a partir do valor inicial 40 m/s, a veloci-
dade diminui 10 m/s a cada segundo, ou
seja, a taxa de variação da velocidade é de
–10 m/s por s, que se escreve –10 m/s2
)
h = 45 + 40t – 5t2
(a partir do valor inicial 45 m, a altura au-
menta até um valor máximo, diminuindo
posteriormente até atingir o valor zero).
0
v = 40 m/s
2
3
t= 0
45 m
hmáx
v = 0
1
Pede-se:
a) construa o gráfico de v em função de t;
b) construa o gráfico de h em função de t;
c) determine o valor máximo de h(t);
d) determine o valor de t quando a pedra
voltar a passar pela posição inicial;
e) calcule depois de quanto tempo a pedra
atinge o solo;
f) observando os gráficos de h(t) e v(t),
assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas
frases seguintes:
( ) “A velocidade decresce a uma taxa
constante.”
( ) “A altura h cresce cada vez mais
lentamente até atingir o valor má-
ximo; depois decresce cada vez
mais rapidamente.”
( ) “A altura cresce a taxas decrescentes
até o valor máximo; depois decresce
a taxas crescentes.”
Os comentários a seguir referem-se aos itens a, b, c, d e e.
O gráfico da velocidade v como função do tempo t é uma
semirreta, com início no ponto (0; 40) e com inclinação ne-
gativa e igual a –10. Como v diminui 10 m/s a cada segundo,
após 4 s a velocidade será igual a zero, ou seja, a semirreta
corta o eixo x quando v(4) = 0 (ver figura a seguir).
O gráfico da altura h em função do tempo t é um arco de
parábola, iniciando no ponto (0; 45), com a concavidade para
baixo. Seu ponto de máximo coincide com o instante em que
a velocidade é igual a zero, ou seja, ocorre para t = 4 s. A altura
máxima é o valor de h(t) para t = 4 s, ou seja, é h(4) = 125 m.
A pedra leva 4 s para subir até a altura máxima e demora o
mesmo tempo descendo até a posição de partida; ou seja,
após 8 s ela estará de volta à posição inicial.
38
O instante em que ela toca o solo é o valor de t para h = 0,
ou seja, é a raiz da equação 0 = 45 + 40t – 5t2
; resolvendo-a,
encontramos t = 9 s.
Todos esses resultados estão sintetizados nos seguintes
gráficos:
v(m/s)
t (s)
v = 40 – 10t
1
–10
40
4
0
45
4
h(m)
hmáx
h = 45 + 40t – 5t2
0
8 9
t(s)
f) Observando os gráficos e especialmente as concavidades,
concluímos que as três afirmações são verdadeiras.
3. Considere o gráfico da função
de 2o
grau f(x) = (x – 5) (x + 1)
indicado a seguir.
x
y
1–2–3 2 3 4 5 6 7
0
–8
1
–3
–7
2
–2
–6
–10
3
–1
–5
–9
f(x) = (x + 1) (x – 5)
–1
–4
–11
a) Identifique os intervalos em que f(x) > 0
e os intervalos em que f(x) < 0.
b) Identifique os intervalos em que f(x)
é crescente e os intervalos em que é
decrescente.
c) Qualifique o crescimento e o decres-
cimento de f(x), informando se eles
ocorrem a taxas crescentes ou a taxas
decrescentes.
Observando o gráfico, concluímos:
a) f(x) > 0 para x > 5, ou então para x < –1;
f(x) < 0 para x entre –1 e 5, isto é, – 1 < x < 5;
b) f(x) é crescente para x > 2;
f(x) é decrescente para x < 2;
c) para x > 2, f(x) cresce a taxas crescentes (concavidade
para cima);
para x < 2, f(x) decresce a taxas decrescentes (concavida-
de para cima).
4. Construa o gráfico das funções a seguir:
a) f(x) = 3x
b) g(x) = 3–x
c) h(x) = log3
x
d) m x x( ) log= 1
3
39
Matemática – 3a
série – Volume 2
Identifique, em cada caso, se a função é cres-
cente ou decrescente, bem como se o cresci-
mento ocorre a taxas crescentes ou a taxas
decrescentes.
Basta notar a concavidade do gráfico em cada caso:
f(x)
g(x)
1–1–2 3
0
1
–1
–2
–3
–4
–5
2
3
4
5 y
x
2
m(x)
h(x)
Concluímos que:
a) f(x) cresce a taxas crescentes;
b) g(x) decresce a taxas decrescentes;
c) h(x) cresce a taxas decrescentes;
d) m(x) decresce a taxas decrescentes.
5. No mesmo sistema de coor-
denadas, construa o gráfico
das funções f(x) = senx e g(x) =
= cosx entre x = 0 e x = 2 .
0
1
0,5
–0,5
–1
–1,5
1,5
2
y
x20
2 2
g(x) = cosx
f(x) = senx
a) No intervalo considerado, identifique os
trechos em que f(x) e g(x) são crescentes
e os trechos em que são decrescentes.
No intervalo considerado, temos:
f(x) é crescente para x entre 0 e
2
e para x entre
3
2
e 2 ;
f(x) é decrescente para x entre
2
e
3
2
;
g(x) é crescente para x entre e 2 ;
g(x) é decrescente para x entre 0 e .
b) Compare os gráficos de f(x) e de g(x),
observando que os valores máximos de
uma das funções ocorrem nos pontos
em que a outra se anula e vice-versa.
Notamos que o valor máximo de f(x) ocorre no ponto x =
2
,
e o valor mínimo ocorre no ponto x =
3
2
; nesses pontos,
temos g(x) = 0. Analogamente, o valor máximo de g(x) ocorre
nos pontos x = 0 e x = 2 , e o valor mínimo, no ponto x = ;
nesses pontos, temos f(x) = 0.
c) Compare os gráficos de f(x) e de g(x),
verificando que a concavidade de f(x)
muda (de gráfico encurvado para bai-
xo para gráfico encurvado para cima
ou vice-versa) nos pontos em que g(x)
assume valores extremos (máximo ou
mínimo) e vice-versa em relação a g(x).
Notamos que o gráfico de f(x) passa de voltado para baixo a
voltado para cima no ponto x = , em que g(x) assume o valor
mínimo. Analogamente, o gráfico de g(x) passa de voltado
para baixo a voltado para cima no ponto x =
2
, que é de
máximo para f(x), e volta a ficar voltado para baixo no ponto
x =
3
2
, que é de mínimo para f(x).
Considerações sobre a avaliação
No final deste percurso de aprendizagem, a
expectativa é que os alunos tenham aprendido
que, ao observar o gráfico de uma função, é
40
possível ir muito além da simples constatação
docrescimentooudodecrescimento,passando
a incorporar a ideia de que a rapidez com que
uma função cresce ou decresce também é im-
portante e pode ser vislumbrada qualitativa-
mente no gráfico.
Conformefoivisto,umaindicaçãodarapidez
com que uma função cresce ou decresce pode ser
obtida por meio da taxa de variação unitária, ou
seja, da variação de f(x) por unidade a mais de x,
a partir de um ponto. É fundamental o reconhe-
cimento de que existem três formas básicas de
crescer ou decrescer: a taxas constantes, como
as funções que traduzem algum tipo de propor-
cionalidade e têm como gráficos uma linha reta;
a taxas crescentes, quando o gráfico é encurvado
para cima; e a taxas decrescentes, quando o grá-
fico é encurvado para baixo.
A exploração do significado de tais fatos
em exemplos contextualizados e o reconheci-
mento do tipo de crescimento e decrescimento
nas funções já apresentadas nas Situações de
Aprendizagem anteriores são o conteúdo mí-
nimo a ser aprendido.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
OS FENÔMENOS NATURAIS E O CRESCIMENTO OU
DECRESCIMENTO EXPONENCIAL: O NÚMERO ℮
Conteúdos e temas: característica fundamental da função exponencial relativa ao cres-
cimento e ao decrescimento; função exponencial de base ℮, suas características básicas,
bem como da correspondente função logarítmica; significado dos logaritmos naturais em
diferentes contextos.
Competências e habilidades: expressar e compreender fenômenos envolvendo crescimento ou
decrescimento exponencial; contextualizar e formular propostas de intervenção na realidade
a partir de tal compreensão.
Sugestão de estratégias: destaque da característica fundamental das funções exponenciais
no que se refere ao modo de variar, seguida da apresentação do número ℮, bem como das
funções exponencial e logarítmica em tal base; exploração de exemplos ilustrativos e exer-
cícios representativos das funções exponencial e logarítmica.
41
Matemática – 3a
série – Volume 2
As funções são instrumentos fundamentais
para a representação das relações de interde-
pendência entre grandezas, conforme está sen-
do visto no presente volume. Já vimos que as
funções de 1o
grau f(x) = ax + b prestam-se
muito bem para representar relações que en-
volvem proporcionalidade, que funções como
f(x) = senx ou f(x) = cosx são interessantes na
representação de fenômenos periódicos, que
funções como f(x) = ax
expressam crescimento
ou decrescimento exponenciais, dependendo
do valor do coeficiente positivo a (crescimen-
to, se a > 1; decrescimento, se a < 1).
Uma característica fundamental da fun-
ção exponencial é o fato de que a taxa de
variação unitária, ou seja, f(x + 1) – f(x) é
diretamente proporcional ao valor de f(x)
em cada ponto.
Uma função exponencial particularmente
importante, que se encontra na representação
de diversos fenômenos naturais, é aquela em
que a base a é um número relativamente pou-
co conhecido no Ensino Fundamental, mas
muito importante na Matemática: trata-se do
número neperiano representado pela letra ℮,
cujo valor é 2,718281828459045... ou seja, é
aproximadamente igual a 2,7183. Tal como o
número = 3,141592... ou, aproximadamen-
te, 3,1416, que representa a razão constante
entre o comprimento de uma circunferência
e seu diâmetro, o número ℮ tem um signifi-
cado especialmente importante quando se
estudam as diversas formas de uma função
f(x) crescer ou decrescer. Fenômenos que
envolvem crescimento ou decrescimento de
populações, desintegração radioativa, juros
compostos, entre outros, quando analisados
de modo adequado, tornam natural o apare-
cimento do número ℮, que será mostrado na
presente Situação de Aprendizagem.
Tal como o número , o número ℮ é irra-
cional e transcendente. Irracionais como 2
não são razões entre inteiros, mas são raízes de
equações algébricas com coeficientes inteiros
(por exemplo, x2
– 2 = 0); um irracional é trans-
cendente quando não existe equação algébri-
ca com coeficientes inteiros que o tenha como
raiz, e esse é o caso de números como e ℮.
Tais fatos, no entanto, não nos interessarão no
presente momento. Interessa-nos apenas co-
nhecer uma particular função exponencial, que
vai ampliar significativamente o repertório de
recursos para o tratamento matemático de di-
versos fenômenos em diferentes contextos.
As competências básicas que podem ser de-
senvolvidas pela exploração de tal tema são as
capacidades de expressão, de compreensão de
fenômenos, de contextualização e de formula-
ção de propostas de intervenção na realidade.
A despeito de o número ℮ não ser habi-
tualmente apresentado aos alunos do Ensino
Médio, convidamos o professor para nos
acompanhar em sua apresentação. Temos cer-
teza de que o desafio terá como contrapartida
o descortinar de uma temática que desperta
muito interesse nos alunos.
Sugere-se que o professor utilize duas se-
manas com o material apresentado.
42
Roteiro para aplicação da Situação
de Aprendizagem 4
Uma característica fundamental de uma
função exponencial, referente ao modo de
crescimento e decrescimento.
A existência de uma função exponencial
peculiar para representar o crescimento ou
decrescimento exponencial.
O número ℮, base dessa função exponen-
cial especial, bem como dos logaritmos
correspondentes, os logaritmos naturais.
Alguns exemplos de utilização da função
exponencial e dos logaritmos naturais em
diferentes contextos.
Inicialmente, será destacada uma proprieda-
de característica das funções exponenciais, cujo
crescimento ou decrescimento difere muito das
variações lineares: trata-se do fato de que sua
taxa de variação unitária, ou seja, a variação
de f(x) por unidade a mais de x é diretamente
proporcional ao valor de f(x) em cada ponto.
A partir daí, em uma situação concreta, con-
textualizada, de crescimento exponencial, o nú-
mero ℮ surgirá como uma ocorrência natural.
Na sequência, será estudada a função
exponencial de base ℮, com suas propriedades
especiais, sendo apresentada, conjuntamente,
a função logaritmo natural.
Uma lista de exercícios exemplares será
apresentada para que o professor a explore com
seus alunos.
As funções são instrumentos fundamentais para a representação das relações de
interdependência entre grandezas, conforme estamos vendo neste volume. As fun-
ções de 1o
grau f(x) = ax + b, por exemplo, prestam-se muito bem para representar
relações que envolvem proporcionalidade. Já na representação de fenômenos periódicos, uti-
lizamos funções trigonométricas como f(x) = senx ou f(x) = cosx e, para expressar crescimen-
to ou decrescimento exponenciais, entram em cena as funções na forma f(x) = ax
.
A função exponencial – uma
propriedade característica
Já conhecemos a função f(x) = ax
, com
a > 0 e a ≠ 1. Vamos agora destacar uma
propriedade característica dessa função
que pode ter passado despercebida.
Consideremos a função f(x) = 2x
e seu
gráfico. Calculemos f(x) para os valores in-
teiros de x, começando com x = 0.
0 1 3 5–2 2
2 2
6
10
14
18
22
26
30
4
4
8
8
12
16
16
20
24
28
32
4 6–1
y
x
0
f(x)=2x
1
43
Matemática – 3a
série – Volume 2
x 2x
f(x + 1) – f(x)
0 1 1
1 2 2
2 4 4
3 8 8
4 16 16
5 32 32
6 64 64
7 128 ...
Notamos que quando x aumenta 1 unidade, a partir de x = 0, a variação em f(x) é igual,
sucessivamente, a 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, ..., ou seja, a taxa de variação unitária, que é igual a
f(x + 1) – f(x), é igual ao valor de f(x):
f(1) – f(0) = f(0) f(3) – f(2) = f(2) f(5) – f(4) = f(4),
f(2) – f(1) = f(1) f(4) – f(3) = f(3) e assim por diante.
A taxa de variação unitária de f(x) = 2x
é, portanto, igual a f(x).
Chamaremos essa taxa de f1
(x). Calculando f1
(x) para um valor qualquer de x, temos, de fato:
f1
(x) = f(x + 1) – f(x) = 2x+1
– 2x
= 2x
(2 – 1) = 2x
.
1. Analogamente ao que foi fei-
to antes para f(x) = 2x
, calcule a
taxa de variação unitária para
f(x) = 3x
. Para isso, inicialmente complete
a tabela a seguir:
–1 1 2 3 4 5
24
6
30
48
66
12
36
54
72
18
42
60
78
3
27
9
33
51
69
15
39
57
75
21
45
63
81 y
x
0
6
18
54
x 3x
f(x + 1) – f(x)
0 1 2
1 3 6
2 9 18
3 27 54
4 81 162
5 243 ...
Notamos que, quando x aumenta 1 unidade, a partir de x = 0,
a variação em f(x) é igual, sucessivamente, a 2, 6, 18, 54, 162, ...,
ou seja, a taxa de variação unitária, que é igual a f(x + 1) – f(x),
é igual ao dobro do valor de f(x):
f(1) – f(0) = 2f(0) = 2 f(2) – f(1) = 2f(1) = 6
f(3)–f(2)=2f(2)=18 f(4)–f(3)=2f(3)=54
f(5) – f(4) = 2f(4) = 162 e assim por diante.
A taxa de variação unitária de f(x) = 3x
é, portanto, igual a 2f(x).
Chamando, como anteriormente, a taxa unitária de f1
(x) e
44
calculando seu valor para um x qualquer, temos, de fato:
f1
(x) = f(x + 1) – f(x) = 3x+1
– 3x
= 3x
(3 – 1) = 2 3x
.
f1
(2) = f(3) – f(2) = 8000 – 4000 = 4000
b) Mostre que o aumento no valor de P
entre os instantes t = 6 h e t = 7 h é igual
ao valor da população para t = 6 h.
O aumento citado é igual a f(7) – f(6) = 1000 (27
– 26
) =
= 1000 26
(2 – 1) = 1000 26
= f(6), ou seja, a taxa de variação
unitária para t = 6 é igual ao valor de f(6).
3. A população N de cães de
certa região cresce exponencial-
mente de acordo com a expressão
N = f(t) = 600 10t
, sendo t em décadas.
a) Calcule a taxa de variação unitária para
t = 2 décadas.
f1
(2) = f(3) – f(2) = 600 103
– 600 102
=540000
b) Mostre que o aumento no valor de P
entre os instantes t = 7 e t = 8 é igual a 9
vezes o valor da população para t = 7.
O aumento pedido é igual a
f(8) – f(7) = 600 (108
– 107
) = 600 107
(10 – 1) = 600 107
9 =
= 9 f(7), ou seja, a taxa de variação unitária para t = 7 é igual
a 9 vezes o valor de f(7).
Quadro-resumo
De modo geral, calculando a taxa
unitária f1
(x) para a função f(x) = ax
,
obtemos:
f1
(x) = f(x+1) – f(x) = ax+1
– ax
= ax
(a – 1);
ou seja, o valor de f1
(x) é diretamente pro-
porcional ao valor de f(x).
2. Uma população P de bactérias aumenta
com uma rapidez que é diretamente pro-
porcional ao seu valor em cada instante,
ou seja, quanto maior é o valor de P, mais
rapidamente a população aumenta. Partin-
do de um valor P0
= 1000, observa-se que
a população dobra a cada hora, ou seja, o
valor de P pode ser expresso pela função:
P = f(t) = 1000 2t
(t em horas)
a) Calcule a taxa de variação unitária nos
instantes t = 1 h e t = 2 h.
f1
(1) = f(2) – f(1) = 4000 – 2000 = 2000
Fenômenos naturais e crescimento exponencial – o nascimento do número ℮
(℮ 2,71828)
Quando se estuda o crescimento de uma população, seja de seres humanos, seja de ani-
mais, consideram-se as taxas porcentuais de crescimento ou decrescimento. Quando se diz,
por exemplo, que certa população N cresce a uma taxa de 20% ao ano, isso significa que, con-
siderando N uma função do tempo t em anos, a taxa de variação unitária, ou seja, o aumento
de N por unidade a mais de t é igual a 0,20N. Quer dizer, então, que o aumento de N por ano
é diretamente proporcional ao valor de N; ou seja, N deve ser uma função exponencial do
tempo t em anos.
45
Matemática – 3a
série – Volume 2
Para descobrir qual é a base dessa função exponencial, vamos examinar o significado do
crescimento populacional em situações concretas. O que significaria, então, dizer que o va-
lor de N aumenta 20% em um ano? Certamente não seria o caso de imaginar que a popula-
ção ficaria constante ao longo do ano, aumentando em 20% tão logo se inicie o ano seguin-
te. Na verdade, uma pressuposição mais razoável, mais natural em todos os sentidos, é a
de que o crescimento anunciado distribui-se uniformemente ao longo do ano. É justamente
quando se tenta descrever matematicamente tal distribuição que surge o número ℮ de que
falamos inicialmente. Vamos acompanhar o raciocínio a seguir para compreender como
surge tal número na descrição de processos naturais de crescimento (ou decrescimento).
Certa população N é uma função do tempo: N = f(t), t em anos. Os dados disponíveis
informam que N cresce a uma taxa de 100% ao ano, ou seja, dobra a cada ano. Como po-
demos expressar o valor de N em função de t?
Uma primeira hipótese, bem pouco natural (na verdade, absurda), é de que N ficaria
constante ao longo de cada ano, dobrando de valor ao final, na passagem para o ano se-
guinte. O gráfico de N em função de t seria o seguinte:
4No
N
0 1 2 3
t
2No
No
Uma hipótese mais razoável seria a de que o crescimento de 100% ao ano distribui-se
ao longo do ano. Vamos considerar, inicialmente, que tal distribuição ocorra do modo
mais simples: 50% em cada semestre. Nesse caso, após o primeiro semestre, a população
seria No
+ 50% de No
, ou seja, a população inicial seria multiplicada pelo fator 1 + 1
2
,
tornando-se No
1 + 1
2
. Após o segundo semestre, novamente a população inicial seria
multiplicada por 1 + 1
2
, tornando-se No
1 + 1
2
2
. No período seguinte, a população
seria No
1 + 1
2
3
, e assim por diante. O gráfico da população N em função do tempo seria
o representado a seguir:
46
N
t
3211
2
3
2
5
2
0
No
No
1 +
1
2
5
No
1 +
1
2
4
No
1 +
1
2
3
No
1 +
1
2
2
No
1 +
1
2
Para se aproximar ainda mais de uma situação concreta envolvendo crescimento, seria
ainda mais razoável supor que os 100% de crescimento se distribuam ao longo do ano, sen-
do 25% a cada trimestre. Nes-
se caso, ao final do primeiro
trimestre, a população seria
No
+ 25% de No
, ou seja,
No
1 + 1
4
. Ao final do segun-
do trimestre, o valor inicial do
trimestre terá sido multiplicado
novamente por 1 + 1
4
, tornan-
do-se No
1 + 1
4
2
; após o tercei-
ro trimestre, a população seria
No
1 + 1
4
3
, e assim por diante.
O gráfico da população N em
função do tempo seria o repre-
sentado a seguir:
1 2 3
0
No
1 + 1
4
8
No
1 + 1
4
7
No
1 + 1
4
6
No
1 + 1
4
5
No
1 + 1
4
4
No
1 + 1
4
3
No
1 + 1
4
2
No
1 + 1
4
No
1
4
2
4
3
4
5
4
6
4
7
4
9
4
10
4
11
4
N
t
47
Matemática – 3a
série – Volume 2
Se imaginarmos o crescimento de 100% ao ano distribuído mês a mês, sendo o crescimento
mensal igual a 1
12
de 100%, então teríamos o valor da população:
ao final do primeiro mês igual a No
1 + 1
12
;
ao final do segundo mês igual a No
1 + 1
12
2
;
ao final do terceiro mês igual a No
1 + 1
12
3
;
e assim por diante, de modo que, ao final do primeiro ano, teríamos N = No
1 + 1
12
12
.
Se o ano fosse dividido em 100 partes iguais, sendo o crescimento de 100% ao ano distri-
buído ao longo delas, sendo de 1% em cada uma, a população, ao final do ano, seria igual a:
N = No
1 + 1
100
100
.
Como se pode observar nos gráficos, se uma população cresce a uma taxa de 100% ao ano,
o valor da população ao final do primeiro ano é igual a:
2No
, quando se considera que seu valor permaneceu constante ao longo do ano, dobrando
ao final;
No
1 + 1
2
2
, ou seja, 2,25No
, quando se considera o crescimento uniformemente distribuído,
sendo 50% em cada semestre;
No
1 + 1
4
4
, ou seja, aproximadamente 2,44No
, quando o crescimento é distribuído ao
longo dos trimestres, sendo 25% ao trimestre;
No
1 + 1
12
12
, ou seja, aproximadamente 2,61No
, quando ele é uniformemente distribuído
mês a mês, e assim por diante.
Se imaginarmos o crescimento de 100% ao ano distribuído uniformemente ao longo do
ano, subdividido em n partes, o valor de N ao final do ano será N = No
1 + 1
n
n
.
No cálculo anterior, chama a atenção o número 1 + 1
n
n
para valores grandes de n.
Recorrendo a uma calculadora, podemos verificar que, quanto mais aumenta o valor de n,
mais os valores da expressão 1 + 1
n
n
se aproximam de um determinado número:
48
para n = 100, temos: 1 + 1
100
100
= 2,704813829...
para n = 365, temos: 1 + 1
365
365
= 2,714567485...
para n = 1000, temos: 1 + 1
1000
1000
= 2,716923932...
para n = 10000, temos: 1 + 1
10000
10000
= 2,718145927...
para n = 1000000, temos: 1 + 1
1000000
1000000
= 2,718280469...
para n = 100000000, temos: 1 + 1
100000000
100000000
= 2,718281815...
Dizendo de outra maneira: quanto maior é o valor de n, mais o valor da expressão 1 + 1
n
n
se aproxima do número 2,7182818... Esse número diferente é representado pela letra ℮ e escre-
vemos: ℮ 2,7182818.
Assim, concluímos que, se uma população No
cresce a uma taxa de 100% ao ano, distri-
buída uniformemente ao longo do ano, seu valor ao final do ano será igual a No
℮, ou seja,
aproximadamente, 2,718 · N0
.
Seguindo esse raciocínio, podemos mostrar que, ao final de dois anos, o valor da popula-
ção será igual a No
· ℮2
, ao final de três anos será No
· ℮3
e, generalizando, ao final de t anos,
teremos N = No
· ℮t
Se a taxa k não for 100%, isto é, k ≠1, mas sim 20%, ou seja, k = 0,2, teremos, ao final de t
anos: N = No
℮0,2t
. De modo geral, para uma taxa porcentual k qualquer (0 < k < 1) teremos,
ao final de t anos, N = No
· ℮kt
.
Em muitas outras situações práticas, em diferentes contextos, nos deparamos com o nú-
mero ℮. Apesar de ser um número de aparência diferente, sua presença é muito frequente
no estudo de fenômenos naturais que envolvem crescimento ou decrescimento exponencial,
como desintegração radioativa e juros compostos.
Tal como o número π, o número ℮ é irracional e transcendente. Isso significa que irracionais,
como 2 , não são razões entre inteiros, mas são raízes de equações algébricas com coeficientes
inteiros (por exemplo, x2
– 2 = 0). Um irracional é transcendente quando não existe equação
49
Matemática – 3a
série – Volume 2
algébrica com coeficientes inteiros que o tenha como raiz, e esse é o caso de números como π e ℮.
Tais fatos, no entanto, não nos interessarão no presente momento. Interessa-nos apenas conhecer
uma função exponencial particular, que vai ampliar significativamente o repertório de recursos
para o tratamento matemático de diversos fenômenos em diferentes contextos.
Vejamos como o número ℮ pode ser aplicado ao cálculo de juros em uma situação similar à
que foi descrita anteriormente. Quando um capital Co
é aplicado a uma taxa de 100% ao ano, se
os juros forem incorporados ao capital apenas no final do ano, o valor do capital, depois de um
ano, será igual a 2Co
; depois de dois anos, será 4Co
, e assim por diante. Entretanto, se os juros
forem distribuídos uniformemente ao longo do ano, de modo que a cada período de 1
n
do ano
sejam incorporados os juros de 100%
n
, no final do ano o novo capital será igual a C0
1 + 1
n
n
.
Se os juros forem incorporados continuamente ao capital, o valor montante, ao final de um
ano, será C = Co
· ℮ e, ao final de t anos, será C = Co
· ℮t
.
Se a taxa k não for 100%, isto é, k ≠ 1, mas sim 10%, ou seja, k = 0,1, teremos, ao final de t
anos: C = Co
· ℮0,1t
. De modo geral, para uma taxa k (0 < k < 1), teremos, ao final de t anos,
C = Co
· ℮kt
.
Quando se estuda o fenômeno da propagação de doenças, também se considera o fato de
que a rapidez com que o número de doentes aumenta é diretamente proporcional ao número
de doentes em cada instante. Na descrição matemática do fenômeno, nos deparamos nova-
mente com o número ℮.
Assim, reafirmamos: sempre que tentamos descrever matematicamente o modo como va-
riam funções presentes em fenômenos naturais de diferentes tipos, mas que têm em comum o
fato de que envolvem grandezas que crescem ou decrescem com uma rapidez que é diretamente
proporcional ao valor da grandeza em cada instante, naturalmente encontramos o número ℮.
Um valor aproximado de ℮ pode ser obtido a partir da expressão 1 + 1
n
n
: quanto maior o
valor de n, mais próximos estaremos do número ℮. Para todos os fins práticos, ℮ 2,71828,
ou, com uma aproximação melhor, ℮ 2,718281828459045.
Em consequência, em situações concretas que descrevem fenômenos naturais que apresen-
tem crescimento ou decrescimento exponencial, a função f(x) = ℮x
, cujo gráfico apresentamos
a seguir, tem uma presença marcante.
50
0
3
6
12
18
24
30
9
15
21
27
33
36
–1 1 2 3 4 5 x
y
y = 3x
y = 2xf(x) = ℮x
Assim como o número ℮ serve de base para uma particular e importante função ex-
ponencial, ele também serve para a correspondente função logarítmica: se y = ℮x
, então
x = loge
y. Em outras palavras, à função exponencial de base ℮ corresponde sua inversa, a
função logarítmica de base ℮.
A função g(x) = loge
x costuma ser representada por g(x) = lnx, uma abreviatura para “logarit-
mo natural de x”. Os gráficos de f(x) = ℮x
e de sua inversa, g(x) = lnx, são representados a seguir.
É interessante notar que, como funções inversas, a cada ponto (a; b) do gráfico de f(x) corresponde
um ponto (b; a) do gráfico de g(x), ou seja, os gráficos são simétricos em relação à reta y = x.
0
2
6
10
4
8
12
14
0 2 106 14 204 12 188 16 22
x
y
–2–8 –4–10 –6–12–16–18–20–22 –14
f(x)= ℮x
y = x g(x) = lnx
–14
–12
–10
–8
–6
–4
–2
4. Um investidor aplica uma
quantia de R$ 1000,00 a uma
taxa de juros de 12% ao ano.
Calcule o valor do capital investido ao final
do primeiro ano, supondo que:
a) os juros sejam incorporados ao capi-
tal apenas ao final de cada ano (juros
simples);
Se os juros são simples, então o capital C1
ao final do primeiro
ano será 12% maior; ou seja, C1
= 1,12Co
, o que implica C1
=
= 1,12 1000 = 1120 reais.
b) os juros sejam distribuídos uniforme-
mente, sendo incorporados ao capital
ao final de cada mês;
Se os juros são distribuídos (1% ao mês) e incorporados ao
capital mês a mês, temos:
51
Matemática – 3a
série – Volume 2
ao final do 1o
mês: C 1
12
= 1,01Co
;
ao final do 2o
mês: C 2
12
= (1,01)2
Co
;
de modo análogo, ao final do 12o
mês: C1
= (1,01)12
Co
, ou seja,
C1
≅ 1,1268 Co
. Ou seja: C1
≅ 1,1268 1000 = 1126,80 reais.
c) os juros sejam incorporados continua-
mente ao capital (juros compostos) ao
longo do ano. (Dado: ℮0,12
≅ 1,1275.)
Se os juros são incorporados continuamente ao capital, te-
mos: C = Co
℮0,12t
.
Ao final do primeiro ano, ou seja, para t = 1, temos C1
= Co
℮0,12
,
ou seja, C1
≅ 1,1275 Co
≅ 1127,50 reais.
5. Um investidor aplica uma quantia Co
a
uma taxa de juros de 12% ao ano. Calcule
depois de quanto tempo o capital investido
dobrará de valor, supondo que:
a) os juros sejam incorporados ao capital
apenas ao final de cada ano;
Se os juros são incorporados ao capital apenas ao final de
cada ano, temos: C(t) = Co
(1,12)t
, com t em anos.
Para termos C(t) = 2Co
, devemos ter: 2Co
= Co
(1,12)t
Daí segue que (1,12)t
= 2, portanto, t ln(1,12) = ln2, ou seja,
t =
In2
In(1,12)
Consultandoumatabelaouusandoumacalculadora,obtemos:
t 6,12anos,ouseja,ocapitaldobrarádevalorsomenteapóso
6
o
ano. Se os juros somente são incorporados ano a ano, o ca-
pital só poderá ser resgatado após completar o 7
o
ano.
b) os juros sejam incorporados ao capital
ao final de cada mês;
Se os juros são incorporados ao capital ao final de cada
mês, temos:
C(t) = Co
(1,01)t
, com t em meses.
Para termos C(t) = 2Co
, devemos ter: 2Co
= Co
(1,01)t
, ou seja,
2 = (1,01)t
.
Daí segue que t ln(1,01) = ln2, de onde obtemos: t ≅ 69,66
meses ≅ 5,8 anos.
Se os juros são incorporados somente mês a mês, o capital do-
brado poderá ser resgatado somente após 5 anos e 10 meses.
c) os juros sejam incorporados continua-
mente ao capital (juros compostos).
Se os juros são incorporados continuamente ao capital, temos:
C(t) = Co
℮0,12t
, com t em anos.
Para termos C(t) = 2Co
, devemos ter 2Co
= Co
℮0,12t
.
Daí segue que 2 = ℮0,12t
, ou seja, 0,12 t=ln2, de onde obtemos
t ≅ 5,78 anos.
6. Esboce o gráfico das funções:
a) f(x) = ℮(x – 5)
b) g(x) = ℮(– x)
c) h(x) = 13 ℮(x + 1)
d) m(x) = –7 ℮(1 – x)
a) O gráfico de f(x) = ℮(x – 5)
pode ser obtido a partir do grá-
fico de y = ℮x
, deslocando-o horizontalmente para a direita 5
unidades; é como se fosse o gráfico de y = ℮z
, com z = x – 5.
b) O gráfico de g(x) = ℮–x
pode ser obtido a partir do gráfico
de y = ℮x
, trocando-se os valores de x pelos de –x, ou seja, é
como se fosse o gráfico de y = ℮z
,com z = –x. Tudo se passa
como se o gráfico de y = ℮x
sofresse uma rotação de 180o
em torno do eixo y.
c) O gráfico de h(x) = 13 ℮(x + 1)
pode ser obtido deslocan-
do-se o gráfico de y = ℮x
para a esquerda em 1 unidade, e
depois multiplicando cada valor de y por 13.
d) O gráfico de m(x) = –7 ℮(1 – x)
pode ser obtido a partir do
gráfico de y = ℮x
, trocando-se x por –x, ou seja, girando-o de
180o
em torno do eixo y, deslocando-o no sentido positivo
de x em 1 unidade e depois multiplicando cada ordenada y
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Matemática funcional e estatística

  • 2. MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR MATEMÁTICA ENSINO MÉDIO 3a SÉRIE VOLUME 2 Nova edição 2014-2017 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO São Paulo
  • 3. Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Dione Whitehurst Di Pietro Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri
  • 4. Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo- radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor- dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien- tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia- ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo
  • 5. Os materiais de apoio à implementação do Currículo do Estado de São Paulo são oferecidos a gestores, professores e alunos da rede estadual de ensino desde 2008, quando foram originalmente editados os Cadernos do Professor. Desde então, novos materiais foram publicados, entre os quais os Cadernos do Aluno, elaborados pela primeira vez em 2009. Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do Professor e do Aluno foram reestruturados para atender às sugestões e demandas dos professo- res da rede estadual de ensino paulista, de modo a ampliar as conexões entre as orientações ofe- recidas aos docentes e o conjunto de atividades propostas aos estudantes. Agora organizados em dois volumes semestrais para cada série/ ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e série do Ensino Médio, esses materiais foram re- vistos de modo a ampliar a autonomia docente no planejamento do trabalho com os conteúdos e habilidades propostos no Currículo Oficial de São Paulo e contribuir ainda mais com as ações em sala de aula, oferecendo novas orien- tações para o desenvolvimento das Situações de Aprendizagem. Para tanto, as diversas equipes curricula- res da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo reorganizaram os Cader- nos do Professor, tendo em vista as seguintes finalidades: incorporar todas as atividades presentes nos Cadernos do Aluno, considerando também os textos e imagens, sempre que possível na mesma ordem; orientar possibilidades de extrapolação dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do Aluno, inclusive com sugestão de novas ati- vidades; apresentar as respostas ou expectativas de aprendizagem para cada atividade pre- sente nos Cadernos do Aluno – gabarito que, nas demais edições, esteve disponível somente na internet. Esse processo de compatibilização buscou respeitar as características e especificidades de cada disciplina, a fim de preservar a identidade de cada área do saber e o movimento metodo- lógico proposto. Assim, além de reproduzir as atividades conforme aparecem nos Cadernos do Aluno, algumas disciplinas optaram por des- crever a atividade e apresentar orientações mais detalhadas para sua aplicação, como também in- cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do Professor (uma estratégia editorial para facilitar a identificação da orientação de cada atividade). A incorporação das respostas também res- peitou a natureza de cada disciplina. Por isso, elas podem tanto ser apresentadas diretamente após as atividades reproduzidas nos Cadernos do Professor quanto ao final dos Cadernos, no Gabarito. Quando incluídas junto das ativida- des, elas aparecem destacadas. ANOVA EDIÇÃO
  • 6. Leitura e análise Lição de casa Pesquisa em grupo Pesquisa de campo Aprendendo a aprender Roteiro de experimentação Pesquisa individual Apreciação Você aprendeu? O que penso sobre arte? Ação expressiva ! ? Situated learning Homework Learn to learn Além dessas alterações, os Cadernos do Professor e do Aluno também foram anali- sados pelas equipes curriculares da CGEB com o objetivo de atualizar dados, exemplos, situações e imagens em todas as disciplinas, possibilitando que os conteúdos do Currículo continuem a ser abordados de maneira próxi- ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades de aprendizagem colocadas pelo mundo con- temporâneo. Para saber mais Para começo de conversa Seções e ícones
  • 7. SUMÁRIO Orientação geral sobre os Cadernos 7 Situações de Aprendizagem 12 Situação de Aprendizagem 1 – Grandezas, interdependência: um panorama sobre funções 12 Situação de Aprendizagem 2 – Construção de gráficos: um olhar “funcional” 22 Situação de Aprendizagem 3 – As três formas básicas de crescimento ou decrescimento: a variação e a variação da variação 29 Situação de Aprendizagem 4 – Os fenômenos naturais e o crescimento ou decrescimento exponencial: o número ℮ 40 Situação de Aprendizagem 5 – A apresentação de dados estatísticos: gráficos e tabelas 56 Situação de Aprendizagem 6 – Média aritmética e dispersão: qual é a relação? 63 Situação de Aprendizagem 7 – A curva normal e o desvio padrão: probabilidade e Estatística 69 Situação de Aprendizagem 8 – Amostras estatísticas: tipos, confiabilidade e margem de segurança dos resultados 87 Orientações para Recuperação 100 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 103 Considerações finais 105 Quadro de conteúdos do Ensino Médio 107
  • 8. 7 Matemática – 3a série – Volume 2 ORIENTAÇÃO GERAL SOBRE OS CADERNOS Os temas escolhidos para compor o con- teúdo disciplinar de cada volume não se afas- tam, de maneira geral, do que é usualmente ensinado nas escolas, ou do que é apresenta- do pelos livros didáticos. As inovações pre- tendidas referem-se às suas formas de abor- dagem sugeridas ao longo deste Caderno. Em tal abordagem, busca-se evidenciar os princípios norteadores do presente currículo, destacando-se a contextualização dos con- teúdos, as competências pessoais envolvidas, especialmente as relacionadas com a leitura e a escrita matemática, bem como os elementos culturais internos e externos à Matemática. Nos Cadernos, os conteúdos estão organi- zados em 16 unidades com extensões aproxi- madamente iguais, que podem corresponder a 16 semanas de trabalho letivo. De acordo com o número de aulas disponíveis por sema- na, o professor explorará cada assunto com mais ou menos aprofundamento. A critério do professor, em cada situação específica, o tema correspondente a uma das unidades pode ser estendido para mais de uma sema- na, enquanto o de outra unidade pode ser tra- tado de modo mais simplificado. É desejável que o professor tente contemplar as dezesseis unidades, uma vez que, juntas, elas compõem um panorama do conteúdo deste volume, e, muitas vezes, uma das unidades contribui para a compreensão das outras. Insistimos, no entanto, no fato de que somente o profes- sor, em sua circunstância particular, e levando em consideração seu interesse e o dos alunos pelos temas apresentados, pode determinar adequadamente quanto tempo dedicar a cada uma das unidades. Ao longo do Caderno são apresentadas, além de uma visão panorâmica de seu con- teúdo, oito Situações de Aprendizagem, que pretendem ilustrar a forma de abordagem su- gerida, instrumentalizando o professor para sua ação em sala de aula. As Situações de Aprendizagem são independentes e podem ser exploradas com mais ou menos intensidade, segundo seu interesse e o de sua classe. Na- turalmente, em razão das limitações no espa- ço do Caderno, nem todas as unidades foram contempladas com Situações de Aprendiza- gem, mas a expectativa é de que a forma de abordagem dos temas seja explicitada nas ati- vidades oferecidas. São apresentados também no Caderno, sempre que possível, materiais disponíveis (textos, softwares, sites, vídeos, entre outros) em sintonia com a forma de abordagem pro- posta, que podem ser utilizados pelo profes- sor para o enriquecimento de suas aulas. Compõem o Caderno, ainda, algumas considerações sobre a avaliação a ser realiza- da, bem como o conteúdo considerado indis- pensável ao desenvolvimento das competên- cias enunciadas no presente volume, em cada Situação de Aprendizagem apresentada.
  • 9. 8 Conteúdos básicos do volume O conteúdo básico das quatro primeiras Situações de Aprendizagem deste Caderno é a ideia de função, que é a tradução, em lingua- gem matemática, da relação de interdepen- dência entre duas ou mais grandezas. Tal ideia já foi apresentada aos alunos anteriormente em diversas situações e seria interessante uma breve retomada de tais ocorrências por par- te do professor, antes de iniciar os trabalhos deste volume. O fundamento dessa noção pode ser encon- trado na 6a série/7o ano do Ensino Fundamen- tal, no estudo da proporcionalidade direta ou inversa: quando duas grandezas são proporcio- nais, o valor de uma delas é determinado pelo valor da outra, ou seja, se y é proporcional a x, para cada valor de x existe em correspondência um, e somente um, valor para y; ou seja, y é uma função de x. No caso da proporcionali- dade direta, expressamos tal fato escrevendo: y = kx; na proporcionalidade inversa, traduzi- mos a interdependência escrevendo y = k x , sen- do k uma constante nos dois casos. Na 8a série/9o ano, tal noção foi explorada um pouco mais, estudando-se as funções de 1o grau y = ax + b, que sempre traduzem uma proporcionalidade entre (y – b) e x, e as funções de 2o grau y = ax2 + bx + c, que sempre tradu- zem uma proporcionalidade entre uma grande- za e o quadrado de outra. De fato, uma vez que sempre podemos escrever o trinômio de 2o grau na forma y = k(x – u)2 + v, podemos dizer que (y – v) é diretamente proporcional a (x – u)2 . Na 1a série do Ensino Médio, retomamos o estudo das funções, procurando caracterizar melhor a situação de interdependência entre duas grandezas, uma das quais pode variar li- vremente – é a variável independente –, sendo que a outra tem o seu valor determinado pelo valor da primeira – é a variável dependente. Assim, sendo x a variável independente, se a cada valor de x corresponde um único valor da variável dependente y, então dizemos que y é uma função de x e escrevemos: y = f(x). Nessa perspectiva, foram estudadas as fun- ções de 1o grau f(x) = ax + b e de 2o grau f(x) = = ax2 + bx + c, sendo a ≠ 0. Além disso, foram estudados dois tipos especiais de função, em que uma das variáveis aparece como expoente, como nos casos em que y = ax ou x = ay , sen- do a uma constante positiva e diferente de 1. No primeiro caso, em que a variável indepen- dente está no expoente, temos a função ex- ponencial f(x) = ax e, no segundo, em que a variável dependente está no expoente, temos a função logarítmica f(x) = loga x. Ambas as funções são especialmente importantes para representar matematicamente fenômenos que não envolvem proporcionalidade direta ou inversa entre as grandezas, mas em que uma delas cresce ou decresce exponencialmente com a outra: crescimento de populações, ju- ros compostos e desintegração radioativa são exemplos de fenômenos desse tipo. Na 2a série do Ensino Médio, fomos apre- sentados a um novo tipo de função, espe- cialmente adequada para a representação de fenômenos periódicos: as funções trigo- nométricas f(x) = senx e g(x) = cosx, entre
  • 10. 9 Matemática – 3a série – Volume 2 outras. Em tais funções, embora os valores de x possam variar livremente ao longo de toda a reta real, os valores correspondentes de f(x) repetem-se periodicamente, situando- -se entre os extremos 1 e –1. Em todas essas situações, foram apresen- tadas certas características das funções em questão, sobretudo as associadas aos respec- tivos gráficos e relativas ao crescimento ou de- crescimento, bem como à eventual existência de valores máximos ou mínimos, por exemplo. A partir de agora, serão exploradas de modo umpoucomaissistematizadoascaracterísticas das funções já estudadas em séries anteriores, ampliando-se as possibilidades de construção de gráficos e da compreensão das formas bá- sicas de crescimento ou decrescimento. Com isso, a possibilidade de utilização de funções para compreensão de fenômenos da realida- de será ampliada, e os alunos poderão anali- sar com mais nitidez a riqueza da linguagem das funções. Para a organização dos trabalhos ao longo do volume, propomos a seguinte estrutura: nas unidades 1, 2 e 3, serão apresentadas as funções já estudadas em séries anterio- res (funções de 1o e 2o graus, funções po- linomiais, funções exponencial e logarít- mica, funções trigonométricas), tendo em vista não somente a recordação de suas principais características, mas também a construção de um panorama comparativo das relações de interdependência já co- nhecidas (Situação de Aprendizagem 1); nas unidades 4 e 5, serão explorados es- pecialmente os recursos para a constru- ção de gráficos envolvendo as funções apresentadas nas três primeiras unida- des, incluindo as transformações que se podem realizar sobre cada uma delas: composição, translações etc. (Situação de Aprendizagem 2); nas três últimas unidades, buscaremos ca- racterizar as diferentes formas de cresci- mento ou decrescimento, as taxas de varia- ção e suas relações com as concavidades (as inflexões). Ainda que a abordagem seja es- sencialmente qualitativa, serão calculados os valores das taxas em alguns exemplos simples (Situação de Aprendizagem 3). Será apresentada, ainda, uma retrospec- tiva das funções apresentadas em unidades anteriores, tendo em vista um estudo simples do crescimento, do decrescimento e das taxas de variação, como conclusão desses assuntos (Situação de Aprendizagem 4). As quatro últimas Situações de Aprendi- zagem deste volume são reservadas para o estudo da Estatística. Os tópicos relacionados a esse estudo, no Ensino Médio, constituem um bloco de conteúdos matemáticos mais aplicados a situações cotidianas, levando em conta, principalmente, a faixa etária dos alu- nos e as condições socioeconômicas de nossa população. A correta compreensão de dados estatísticos de toda natureza é um importan- te pilar da base do saber matemático e uma ferramenta indispensável no processo de cons- trução da cidadania.
  • 11. 10 São conhecidos alguns “motes” associados à análise estatística de dados, como aquele em que se afirma que “Estatística é a arte de mentir com números”; ou aquele outro sobre o “ho- mem de 1,80 m de altura que morreu afogado no lago de profundidade média de 1,60 m”. De fato, se os dados numéricos ou qualitati- vos acerca das características de alguma variá- vel não apresentam, por si sós, incoerências, o modo como são feitas as diversas relações pos- síveis entre eles permite o traçado de diferentes caminhos, com diferentes finais, alguns muito previsíveis. Ser capaz de compreender e criticar a forma com que são realizadas essas análises, validando-as ou não, é prerrogativa apenas da- queles que conhecem como são ou deveriam ser realizadas todas as etapas de um processo estatístico, desde a amostragem até os relató- rios finais. Com base nisso, foi elaborada esta proposta de desenvolvimento metodológico para os conteúdos de Estatística, que completa a formação matemática projetada para estu- dantes de Ensino Médio. Na Situação de Aprendizagem 5, apresen- tamos uma série de dados de diferentes tipos de variáveis e com diferentes tipos de gráficos, para que sejam interpretados corretamente. Além disso, com base em algumas situações- -problema, propomos uma discussão acerca de irregularidades matemáticas frequente- mente observadas em gráficos estatísticos. Essas irregularidades muitas vezes conduzem a interpretações equivocadas dos dados apre- sentados. Trata-se de situação comum àquela em que a média aritmética de uma distribui- ção de dados é utilizada como único resultado estatístico na análise. Afirmar, por exemplo, que a renda per capita do Amazonas é cerca de R$ 8300,00, quando são conhecidas as enor- mes disparidades de ocupação do solo e distri- buição de renda nesse Estado, serve para quê? Apesar do reconhecido equívoco em fazê-lo, ainda observamos a divulgação frequente de médias em noticiários ou em falas de repre- sentantes públicos transmitindo, muitas vezes, falsas impressões a quem as lê ou ouve. Reconhecendo a importância de, em uma análise de resultados estatísticos, associar o valor da média a valores de outros indica- dores, como mediana e desvio padrão, pro- pomos, na Situação de Aprendizagem 6, a realização de uma atividade experimental, na qual o resultado final dependerá da análise da relação entre média aritmética, mediana e desvio médio. A efervescência dos períodos pré-eleitorais fornece contexto adequado para o aprofun- damento do estudo de importantes elemen- tos da Estatística, começando, por exemplo, pela fala recorrente de que “a pesquisa prevê 26% dos votos para o candidato X, com 5% de margem de segurança”. A compreensão desses números passa pelo estudo da relação entre média aritmética, desvio padrão e o cálculo de probabilidades associadas a faixas da curva normal. Na Situação de Aprendiza- gem 7, propomos ao professor que apresente a curva normal a seus alunos e que discuta com eles a relação entre o formato da curva e o valor da média e do desvio padrão da dis- tribuição. Com base nisso, poderão ser calcu-
  • 12. 11 Matemática – 3a série – Volume 2 Unidade 1 – A ideia de função: da proporcionalidade às funções polinomiais. Unidade 2 – Variável no expoente: funções exponencial e logarítmica. Unidade 3 – Fenômenos periódicos e funções trigonométricas. Unidade 4 – Construção de gráficos: em vez de “ponto a ponto”, um olhar “funcional”. Unidade 5 – Funções e transformações: composições, translações, inversões. Unidade 6 – Formas básicas de crescimento e decrescimento: taxas de variação e concavidade; polinômios. Unidade 7 – O crescimento exponencial e a função f(x) = ℮x . Unidade 8 – Exercícios sobre funções, incluindo gráficos, taxas de variação, concavidade e crescimento exponencial. Unidade 9 – A apresentação de dados estatísticos: gráficos e tabelas. Unidade 10 – Tabelas e gráficos de frequências e de frequências acumuladas. Unidade 11 – Medidas de posição: média aritmética, mediana e moda. Unidade 12 – Medidas de dispersão: amplitude e desvio médio. Unidade 13 – O desvio padrão e a curva normal. Unidade 14 – Probabilidades associadas a intervalos da curva normal e o desvio padrão. Unidade 15 – Probabilidades associadas a intervalos da curva normal e a confiabilidade e margem de segurança dos resultados. Unidade 16 – Sistemas de amostragens. ladas probabilidades associadas a intervalos de valores da curva, ampliando, dessa manei- ra, os significados anteriormente construídos a respeito do número que exprime a chance de ocorrência em fenômenos aleatórios. Durante a realização da Situação de Aprendizagem 8, os alunos encontrarão res- postas às questões acerca das características de um sistema de amostragens. O contexto escolhido, nesse caso, foi o das pesquisas de intenção de voto, que desperta a curiosidade para alguns pontos; por exemplo, para o nú- mero de pessoas entrevistadas, aparentemente pequeno para o objetivo, ou para a margem de erro, “de 5% para mais ou 5% para menos”. A preparação do trabalho do volume, com base nas considerações anteriores, pode ser organizada nas seguintes 16 unidades, corres- pondendo, aproximadamente, a 16 semanas de aulas. Quadro geral de conteúdos do volume 2 da 3a série do Ensino Médio
  • 13. 12 SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 GRANDEZAS, INTERDEPENDÊNCIA: UM PANORAMA SOBRE FUNÇÕES Muitas relações de interdependência entre grandezas já foram estudadas pelos alunos até o presente volume, desde as situações que en- volviam grandezas proporcionais até aquelas que consideravam o crescimento ou o decresci- mento exponencial, ou ainda as que se referiam a fenômenos periódicos, em que os valores de uma grandeza repetem-se a cada novo período. Nosso objetivo agora é recordar tais te- mas, munindo-os de uma linguagem e de re- cursos mais amplos, ou seja, abordando tais interdependências como funções. Ao mesmo tempo, procuraremos compor um panorama das funções até aqui estudadas, destacando suas qualidades essenciais e fazendo com que colaborem mutuamente, favorecendo uma compreensão mais ampla de múltiplos fenô- menos da realidade. As competências básicas – expressão, com- preensão, contextualização, argumentação e de- cisão – estarão presentes continuamente ao lon- go das atividades previstas; uma vez que, como já se afirmou anteriormente, buscamos, com as funções, uma linguagem adequada para com- preender e expressar fenômenos de diferentes tipos, praticando efetivamente o movimento de apreender um contexto e representá-lo por meio da linguagem matemática, tendo sempre como meta a argumentação e a tomada de decisões em situações concretas. Sugere-se ao professor que utilize duas semanas na construção do panorama sobre o estudo das funções, já realizado nas séries anteriores. Conteúdos e temas: panorama/resumo sobre funções de 1o e 2o graus, funções trigonométri- cas, funções exponencial e logarítmicas, com a apresentação de seus gráficos em situações simples e de suas propriedades fundamentais. Competências e habilidades: expressar e compreender fenômenos de diferentes tipos por meio da linguagem matemática, especificamente por meio da representação de funções; argumentar e tomar decisões na resolução de situações-problema vinculadas a fenômenos da realidade. Sugestão de estratégias: apresentar, de forma sintética, os conteúdos e temas, com destaque para a ideia de função como uma especial situação de interdependência; exploração de alguns exercícios exemplares dos vários tipos de função em estudo.
  • 14. 13 Matemática – 3a série – Volume 2 Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 1 Seria interessante que o professor recor- dasse as características principais das funções referidas anteriormente, quais sejam: Função de 1o grau: y = ax + b, com a e b constantes, a ≠ 0 Estudada na 6a série/7o ano do Ensino Fundamental, na 8a série/9o ano do Ensino Fundamental, na 1a série do Ensino Médio e no Volume 1 da 3a série do Ensino Médio, essa função expressa a proporcionalidade direta entre (y – b) e x. O coeficiente a representa a variação de y por unidade a mais de x, a partir de qualquer ponto. Função do 2o grau: y = ax2 + bx + c, com a, b e c constantes, a ≠ 0 Estudada na 8a série/9o ano do Ensino Fun- damental, na 1a série do Ensino Médio e no volume 1 da 3a série do Ensino Médio. O sinal do coeficiente a indica a concavidade da cur- va, que é o gráfico (parábola): quando a > 0, a concavidade é voltada para cima e a função tem umvalormínimonoponto(u;v),sendou b a = – 2 e v = f(u); quando a < 0, a concavidade é voltada para baixo e a função tem um valor máximo no ponto (u; v), sendo u b a = – 2 e v = f(u). Função y = k x , com k constante, k ≠ 0 Estudada na 6a série/7o ano do Ensino Fun- damental e na 3a série do Ensino Médio, essa função representa a proporcionalidade inver- sa entre as grandezas y e x; pode-se dizer que y é inversamente proporcional a x ou que x é inversamente proporcional a y. A curva que representa o gráfico é uma hipérbole. Funções exponencial e logarítmica: y = ax e y = loga x, com a > 0 e a ≠ 1 Estudadas na 1a série do Ensino Médio, as funções exponencial e logarítmica podem ser entendidas com base na mesma relação y = ax , a partir da qual se pode escrever x = loga y. De modo geral, representam situações em que uma variável encontra-se no expoente, caracterizan- do um crescimento ou decrescimento exponen- cial. Quando a variável independente está no expoente, temos a função exponencial; quando a variável dependente está no expoente, temos a função logarítmica. Funções trigonométricas: y = senx, y = cosx, y = tgx, y = secx, entre outras Estudadas na 2a série do Ensino Médio. Vale a pena destacar que o cosseno de um arco x é o seno do arco complementar de x, ou seja, o seno de ( π 2 – x), de modo que todas as propriedades da função cosseno podem ser deduzidas a partir dafunçãoseno.Algosimilarocorrecomafunção cossecante de x, que é a secante do complemen- to de x, e cotangente de x, que é a tangente do complemento de x. Assim, as duas funções trigo- nométricas fundamentais são y = senx e y = tgx. A construção dos gráficos correspondentes na forma básica poderá ser apresentada ou re- cordada com maior ou menor ênfase, uma vez que uma ampliação nos recursos para a cons- trução de gráficos será realizada nas unidades 4 e 5 (Situação de Aprendizagem 2).
  • 15. 14 Uma estratégia a ser explorada nesta Situa- ção de Aprendizagem, para a apresentação dos conteúdos e temas descritos anteriormente, é a seguinte: apresentação de forma sintética dos con- teúdos e temas, com destaque para a ideia de função como uma especial situação de interdependência; exploração de alguns exercícios exem- plares dos vários tipos de função em estudo. Uma grandeza é algo que pode ser medido; seu valor é o resultado dessa medida e pode ser constante ou variável em cada situação concreta. Chamaremos uma grandeza variável (ou constante) apenas de variável (ou constante). Quando uma variável y depende de outra variável x, de tal forma que a cada valor que atribuímos livre- mente a x corresponde um único valor para y, dizemos que y é uma função de x e escreve- mos y = f(x). Dizemos que x é a variável independente e que y é a variável dependente. Naturalmente, qualquer letra pode representar as variáveis dependente e independente. Quando escrevemos w = f(z), por exemplo, queremos dizer que a variável dependente w é uma função da variável independente z. Uma grandeza pode depender dos valores atribuídos a duas outras; a área A de um retângulo, por exemplo, depende dos comprimentos de seus dois lados, x e y. Dizemos, nesse caso, que A é uma função das duas variáveis independentes x e y. No Ensino Fun- damental, somente estudamos funções de uma variável, mas podemos facilmente imaginar situações práticas em que uma grandeza depende simultaneamente de várias outras, sendo uma função de diversas variáveis. Muitos livros didáticos de Matemática, destinados aos alunos do Ensino Médio, tratam de funções. Utilize alguns títulos dessas séries para pesquisar e anote, em uma folha avulsa, as principais características das seguintes funções, como tipo de curva que representa seu gráfico, crescimento, raízes, continuidade etc. Função de 1o grau: y = ax + b, com a e b constantes, a ≠ 0. Função de 2o grau: y = ax2 + bx + c, com a, b e c constantes, a ≠ 0. Função y = k x , com k constante, k ≠ 0. Funções exponencial e logarítmica: y = ax e y = loga x, com a > 0 e a ≠ 1. Funções trigonométricas: y = senx, y = cosx, y = tgx. Resposta pessoal.
  • 16. 15 Matemática – 3a série – Volume 2 I. O comprimento C de uma circunferência é uma função de seu raio x: C 2πx. ( III ) t II. A área A de um quadrado é uma função de seu lado x: A x2 . ( V ) III. A massa m de uma substância radioativa diminui com o tempo, ou seja, é uma fun- ção do tempo de decomposição t: m f(t). Para certa substância, tem-se m mo 2–0,1t , onde mo é a massa inicial e t, o tempo de decomposição em horas. ( II ) IV. Uma pequena bola é presa a uma mola per- feitamente elástica. Afastada da posição O de equilíbrio, a uma distância a, a bola osci- la em torno da mola, deslocando-se em uma superfície horizontal e lisa. A distância x da bola até o ponto O depende do instante t considerado, ou seja, é uma função de t: x f(t). No caso, temos x a cos(kt), onde k é uma constante que depende da elasticida- de da mola e da massa da bola. ( I ) C 2 1 x 1. Com base na pesquisa reali- zada anteriormente, foi possí- vel relacionar determinado tipo de função com seu respectivo gráfico. A seguir, temos uma tabela que traz, na coluna da esquerda, alguns desses tipos de funções e, na coluna da direita, a representação de al- guns gráficos. Relacione cada função à sua respectiva imagem gráfica:
  • 17. 16 Algumas atividades propostas a seguir po- derão servir de pretexto para uma revisão do que já foi estudado sobre funções até o pre- sente momento. Com base em cada um dos problemas, o professor poderá sugerir ou criar outros problemas análogos. 2. Na figura seguinte está representada uma viga reta AB, que sustenta um arco AB de parábola, construído em ferro e apoiado em hastes verticais. A largura L do vão é de 40 m e a flecha f do arco de parábola tem 5 m. Sabendo que as hastes verticais são igualmente espaçadas no vão, calcule seus comprimentos y1 , y2 e y3 . Escolhendo o sistema de coordenadas XOY indicado na figura, a parábola será o gráfico da função f(x) = ax2 + c, com a < 0. Como as hastes são igualmente espaçadas, os comprimentos das hastes serão os valores de f(x) para x1 = 5, x2 = 10 e x3 = 15. Como a flecha do arco de parábola é f = 5, segue que c = 5 e f(x) = ax2 + 5. Como o ponto B tem abscissa x = 20 e ordena- da y = 0, segue que f(20) = 0 e, então, 0 = a 202 + 5, ou seja, a = – 1 80 . Logo, f(x) = – 1 80 x2 + 5 e os valores procurados são: y1 = f(x1 ) = f(5) = 75 16 4,69 m y2 = f(x2 ) = f(10) = 15 4 3,75 m y3 = f(x3 ) = f(15) = 35 16 2,19 m 3. Entre todos os retângulos com perímetro de 24 m, como os exemplificados a seguir, qual tem a maior área? Registre sua respos- ta no espaço a seguir. 1 m 6 m 6 m 11 m Um retângulo de perímetro 24 m pode ser bem “magrinho”, tendo área muito pequena. Chamando de x e y os lados de um retângulo, seu perímetro será p = 2x + 2y e sua área será A = xy. Como devemos ter p = 24 m, a cada valor de x esco- lhido corresponderá um valor para y; ou seja, y é uma função de x. No caso, temos y = 12 – x. A área do retângulo é uma função de x e y, mas como y = 12 – x, segue que a área A é uma função de x: A = f(x) = x (12 – x) = 12x – x2 . Esta função é um trinômio de 2o grau que se anula para x1 = 0 e para x2 = 12. V. Mantendo-se a temperatura constante, a pressão P de um gás no interior de um reci- piente de volume variável V é uma função de V: P f(V). No caso, temos P k__ V , em que k é uma constante. ( IV ) x t a –a O
  • 18. 17 Matemática – 3a série – Volume 2 Seu gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para baixo, ou seja, a função área apresenta um valor máximo no ponto de coordenadas (u; v), sendo u = (x1 + x2 ) 2 e v = f(u). Logo, u = 6 e Amáx = f(6) = 36. O retângulo de perímetro 24 m e área máxima é, pois, o quadrado de lado 6 m; a área máxima é igual a 36 m2 . 4. A população N de determinado município cresce exponencialmente desde a sua funda- ção, há 20 anos, de acordo com a expressão N = 3000 100,1t , sendo t em anos. a) Esboce o gráfico de N como função de t. (Sugestão: atribua para t valores múlti- plos de 10.) N (população) 3000000 300000 3000 0 30000 10 20 30 t (anos) Observação: os valores no eixo vertical não respeitam escala. A população N é uma função do tempo t, contado a partir da fundação: N = f(t) = 3000 100,1t . O gráfico de f(t), neste caso, é o de uma função exponencial crescente, cujo valor inicial (para t = 0) é 3000. b) Calcule o valor da população N, 15 anos após a fundação do município. OvalordeNparat=15éN=f(15)=3000 100,1 15 =3000 10 3 2 ≅ ≅ 94868 habitantes. c) Depois de quanto tempo, após a fun- dação, o valor de N atingiu 216 000 habitantes? O valor de N será 216000 para um valor de t tal que f(t) = = 216000, ou seja, 3000 100,1t = 216000. Logo, 100,1t = 72 e 0,1t = log72. Consultando uma tabela de logaritmos ou usando uma cal- culadora, obtemos log72 1,86; segue que t 18,6 anos. N (população) t (anos) 216000 94868 3000 0 15 18,6 5. Certa substância radioativa se decompõe de tal forma que sua massa m reduz-se à metade do valor inicial a cada 4 horas, ou seja, m = = mo 2 – 0,25t , sendo mo o valor inicial da mas- sa (t em horas). Partindo de 60 g da substân- cia, pede-se: a) o gráfico de m como função de t; A função m = f(t) = 60 2–0,25t é uma exponencial decrescente, a partir do valor inicial 60.
  • 19. 18 m 60 m = 60 2–0,25t 8 t ? b) a massa m restante após 8 horas; O valor de f(t) para t = 8 é: m = f(8) = 60 2–0,25 8 = 15 g. c) a expressão de t como uma função de m; Expressando t em termos de m, ou seja, escrevendo t como uma função de m, obtemos sucessivamente: 60 2–0,25t = m 2–0,25t = m 60 –0,25t = log2 m 60 t = –4 log2 m 60 d) após quanto tempo a massa restante será igual a 12 g? Para saber após quanto tempo a massa m será igual a 12 g, podemos usar a expressão de m em função de t, ou a expres- são de t em função de m obtida no item c: t = –4 log2 12 60 = –4 log2 1 5 = 4 log2 5. Usando uma calculadora, obtemos o valor log2 5 2,32; segue então que t 9,28 horas. 6. Uma pequena bola é presa a uma mola per- feitamente elástica, apoiada em uma su- perfície horizontal lisa, conforme mostra a figura. Com a mola em seu comprimen- to normal, a bolinha fica em equilíbrio, parada. Afastando-se a bolinha 10 cm da posição de equilíbrio, a mola fica esti- cada; abandonando-se, então, a bolinha, ela passa a oscilar em torno da posição de equilíbrio, realizando um movimento de vai e vem. É possível mostrar que o afasta- mento x da bolinha em relação à posição de equilíbrio é uma função periódica do tempo t e pode ser expressa pela fórmula x = 10 cos(kt), com x em centímetros e t em segundos. onde a é a amplitude Considerando que a bolinha retorna à posi- ção inicial em que foi abandonada (x = 10) a cada 4 segundos: a) determine o valor de k; Sabemos que para t = 0, x = 10, e que para t = 4, também te- mos x = 10 (primeiro retorno à posição inicial); assim: 10 = 10 cos(k 4) Logo, cos(4k) = 1, o que implica: 4k = 2 ou seja, k = 2 . Notequeparat=8,tambémtemos10cos(k 8)=10,ecos(8k)= = 1; também temos 8k = 4 (segundo retorno à posição inicial). b) calcule o valor de x para t = 1s, t = 2s, t = 3s e t s 10 3 ; Sendo x = 10 cos 2 t , calculemos os valores de x para os valores indicados de t:
  • 20. 19 Matemática – 3a série – Volume 2 t = 1 x = 10 cos 2 = 0 cm t = 2 x = 10 cos 2 2 = 10cos = –10 cm t = 3 x = 10 cos 2 3 = 0 cm. t = 10 3 x = 10 cos 2 10 3 = = 10 cos 3 = 10 1 2 = 5 cm c) construa o gráfico de x como função de t. O gráfico da função x = f(t) = 10 cos 2 t é mostrado a seguir: 10 0 -10 x t x = 10 cos 2 t 1 2 3 4 Para esboçar o gráfico de funções polinomiais como f(x) = (x – 1) · (x – 2) · (x – 5) é importante considerar os seguintes passos: Calcular as raízes da função, isto é, pontos que cruzam o eixo x. Podemos perceber que o gráfico corta o eixo x nos pontos (1; 0), (2; 0) e (5; 0), ou seja, x = = 1, x = 2 e x = 5 são raízes da equação polinomial de grau 3, correspondente à igualdade f(x) = = 0. Isso é suficiente para um esboço do gráfico de f(x), pelas seguintes razões: a curva que representa o gráfico de uma função polinomial é contínua e suave, assumindo todos os valores intermediários entre dois valores dados; o número de raízes reais de uma equação polinomial (algébrica) de grau 3 é, no máximo, 3; em consequência, o gráfico não cortará o eixo x em outro ponto, além dos 3 já identificados; o ponto do gráfico que cruza o eixo y é o valor de f(0), isto é: f(0) = (–1) · (–2) · (–5) = –10, ou seja, é o ponto (0; –10). Reunindo as informações anteriores, temos o esboço do gráfico: f(x) = (x – 1) (x – 2) (x – 5) –10 y 0 1 2 5 x Construindo o gráfico por meio de um software, obtemos:
  • 21. 20 –14 2 –10 6 –6 10 –2 14 y –1 1 2 3 54 6 7 x –16 0 –12 4 –8 8 –4 12 É interessante notar que, na função polinomial f(x) = ax3 + bx2 + cx + d, quando x assu- me valores muito altos, os valores de f(x) acompanham de perto os valores absolutos de ax3 . Esses valores serão muito altos se a > 0; ou muito baixos, se a < 0. No exemplo, como a = 1, temos valores de f(x) muito altos para valores muito grandes de x e valores de f(x) muito baixos para valores muito pequenos de x. 7. Esboce o gráfico da seguinte função polinomial: f(x) = x · (x + 1) · (x – 2) · (x – 3) Analogamente ao que foi feito no exemplo, temos: as raízes da equação polinomial de grau 4 representada pela igualdade f(x) = 0 são x = 0, x = –1, x = 2 e x = 3; sendo a equação de grau 4, ela terá no máximo 4 raízes reais, ou seja, o gráfico cortará o eixo x somente nos pontos correspondentes às quatro raízes mencionadas; notamos, mesmo sem efetuar os cálculos, que o coefi- ciente do termo em x4 é positivo e igual a 1, ou seja, quando os valores de x crescem muito, os valores de f(x) são “do- minados” pelos valores de x4 , ou seja, tornam-se cada vez maiores; o mesmo ocorre quando x se torna muito pequeno (–1000000, por exemplo), uma vez que o maior expoente de x é par; segue o esboço do gráfico de f(x): Esboço da função f(x) = x (x + 1) (x – 2) (x – 3) 0–1 2 3 y x
  • 22. 21 Matemática – 3a série – Volume 2 Construindo efetivamente o gráfico usando um software, obtemos: 1 2 3 4 5 6 7–7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 y x –1 –2 1 2 3 4 5 8. Esboce o gráfico da função polinomial f(x) = x (x + 1) (x – 2) (3x – 7). De modo análogo ao que foi feito na atividade 7, temos: as raízes da equação polinomial de grau 4 representada pela igualdade f(x) = 0 são x = 0, x = –1, x = 2 e x = 7 3 ; sendo a equação de grau 4, ela terá no máximo 4 raízes reais, ou seja, o gráfico somente cortará o eixo x nos pontos correspondentes às quatro raízes mencionadas; notamos, mesmo sem efetuar os cálculos, que o coeficien- te do termo em x4 é positivo e igual a 3, ou seja, quando os valores de x crescem muito, os valores de f(x) são “dominados” pelos valores de 3x4 , isto é, tornam-se cada vez maiores; o mes- mo ocorre quando x se torna muito pequeno (–1000000, por exemplo), uma vez que o maior expoente de x é par; segue o esboço do gráfico de f(x): f(x) = x (x + 1) (x – 2) (3x – 7)y x 0–1 2 7 3 Construindo efetivamente o gráfico usando um software, obtemos: –1 18 16 14 12 10 8 6 4 2 –2 –4 –6 –8 0 1 2 3 x y Considerações sobre a avaliação Ao final deste percurso de aprendizagem, a expectativa é que os alunos reconheçam situações de interdependência entre grandezas em contex- tos característicos, como o da proporcionalidade direta e inversa, o do crescimento exponencial e logarítmico e o dos fenômenos periódicos, as- sociados a funções do tipo seno ou cosseno. As características das funções polinomiais de 1o e 2o graus, já estudadas na 8a série/9o ano do Ensi- no Fundamental, devem aqui ser consolidadas.
  • 23. 22 Os gráficos dessas funções podem ser apresen- tados apenas na forma básica, sem exploração maior das transformações que podem ser rea- lizadas sobre eles, uma vez que tal estudo será feito mais adiante. As atividades apresentadas no roteiro desta Situação de Aprendizagem re- presentam uma amostra da expectativa sobre o resultado final do panorama composto. Como dito inicialmente, a construção de um panorama sobre as situações de inter- dependência teve como estratégia a explo- ração de algumas atividades consideradas exemplares, que constituiriam meros pretex- tos para o professor, a partir deles, recordar ou apresentar as características das funções envolvidas. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS: UM OLHAR “FUNCIONAL” Conteúdos e temas: apresentação dos gráficos das funções recordadas na Situação de Apren- dizagem anterior; construção de gráficos de situações de interdependência envolvendo composições, translações, ampliações, reduções, apresentadas de modo informal. Competências e habilidades: expressar fenômenos diversos por meio de gráficos; compreender transformações realizadas sobre eles em diferentes contextos. Sugestão de estratégias: apresentação de exemplos ilustrativos da construção de gráficos se- gundo um olhar “funcional”; proposição e exploração de exercícios representativos das dife- rentes transformações referidas. Convidamos o professor, nesta Situação de Aprendizagem, a explorar uma forma espe- cial de construir o gráfico de uma função y = = f(x), que pode ser muito interessante. Nos- so objetivo é apresentar uma nova estratégia, que complementa a estratégia mais frequente, qual seja, a atribuição de valores à variável in- dependente x, a determinação dos valores da variável dependente y, a construção de tabelas com os valores de x e y e a representação dos pontos (x; f(x)) no plano cartesiano. Esse pro- cedimento “ponto a ponto”pode ser muito in- teressante quando já sabemos o tipo de curva que será o gráfico, mas é bem pouco efetivo quando não dispomos dessa informação. Com os conhecimentos que já temos sobre as funções apresentadas na Situação de Aprendi- zagem 1, vamos agora procurar desenvolver um olhar “funcional”sobre a expressão y = f(x), pro- curando identificar as funções mais simples com- ponentes da expressão f(x). Para obter o gráfico de f(x) = x2 + 5, por exemplo, basta construir o gráfico de y = x2 e deslocá-lo para cima 5 unida- des, na direção do eixo y. Muitas transformações simples podem ser realizadas a partir dos gráfi- cos das funções em sua forma básica, como foi apresentado na Situação de Aprendizagem 1. As mesmas competências básicas associadas aos conteúdos e temas da Situação de Apren-
  • 24. 23 Matemática – 3a série – Volume 2 dizagem 1 estarão presentes nesta Situação de Aprendizagem 2, com destaque para a expres- são e compreensão. Sugere-se que o professor utilize duas se- manas na exploração dessa nova estratégia para a construção de gráficos. Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 2 Construção de gráficos em situações em que a interdependência entre grandezas en- volve composições de funções, apresentada de modo informal. Translações, ampliações, reduções e ou- tras transformações a serem realizadas nos gráficos das funções já conhecidas em sua forma básica. Por exemplo, uma fun- ção como f(x) = (x + 5)2 pode ser inter- pretada como a função f(m) = m2 , sendo m = (x + 5); já a função f(x) = sen(x – 5) pode ser interpretada como a composi- ção da função f(m) = senm com a função m = (x – 5), e assim por diante. Também aqui a estratégia será a apre- sentação de uma série de exemplos ilustra- tivos da construção de gráficos segundo um olhar “funcional”, que podem servir de pre- texto para o professor explicar os conteúdos propostos. A seguir, uma série de exercícios exemplares representativos dos vários tipos de transformações vistas anteriormente será proposta para ser explorada pelo professor, que poderá criar, a partir deles, muitos outros igualmente significativos ao tema. Geralmente, traçamos gráficos de funções apoiados na construção de tabelas. Contudo, muitos gráficos podem ser obtidos sem tomar por base as conclu- sões que resultam de uma representação de pontos isolados. Nesse trabalho, é importante “ler” e interpretar as indicações de quais operações devemos realizar com a variável independente x para obter valores referentes à variável dependente y. Para ilustrar o que pretendemos dizer, vamos explorar a construção de alguns gráficos. A função f(x) = x2 – 7 indica, por exemplo, que, para encontrar os valores de y = f(x), devemos elevar a variável independente x ao quadrado e diminuir 7 unidades do resultado obtido. Desse modo, para representar os pontos (x; y) em que y = x2 – 7, podemos imaginar que o gráfico de y = = x2 foi deslocado 7 unidades para baixo na direção do eixo y. Dessa forma, o gráfico de f(x) = x2 – 7 pode ser construído a partir da elaboração de um gráfico mais simples: f(x) = x2 . 0 5 10 –5 –2–4–6 642 y x f(x)=x2 – 7 y = x2 –7
  • 25. 24 No caso da função de f(x) = 2 + sen x, os valores de y serão determinados depois que encontrarmos o valor do seno da variável independente x e a esse valor adicionarmos 2 unidades. Nesse caso, podemos imaginar que o gráfico mais simples da função de y = sen x será deslocado 2 unidades para cima na direção do eixo y. 0 y x −5−10−15 5 10 15 2 4 −2 −4 y= senx f(x)=2 + senx 1. Utilizando o mesmo sistema de coordenadas, esboce os grá- ficos das seguintes funções: a) f(x) = x2 + 9 c) h(x) = 9 – x2 b) g(x) = x2 – 9 d) m(x) = – 9 – x2 –24 –21 –18 –15 –12 –9 –6 –3 0 3 6 9 12 15 18 21 24 0 3 6 9 12 15 18 21 24 –15 –12 –9 –6 –3 yg f h m 2. Agora, esboce os gráficos das funções indicadas a seguir no mesmo sistema de coordenadas: a) f(x) = cosx b) g(x) = 5 + cosx c) h(x) = –3 + cosx d) m(x) = 5cosx 0 2 4 6 –6 –4 –2 0–π –π/2 π/2 π 3π/2 2π 5π/2 3π 7π/2 9π/2 5π4π x y g f m h 3. Para o gráfico de f(x) = (x – 3)2 , podemos imaginar o gráfico de y = x2 deslocado 3 unidades para a direita na direção do eixo x. O gráfico de y = (x – 3)2 é como se fosse o de y = m2 , sendo m = x – 3. O vérti- ce da parábola desloca-se do ponto em que x = 0 para o ponto em que x = 3. A seguir, construa o gráfico dessa função.
  • 26. 25 Matemática – 3a série – Volume 2 y x 1 –2 4 2 –1 5 7 3 6 8 9 0–1 3 6 7–2 2 5–3 1 4 f(x)=(x –3)2 y = x2 4. O gráfico de f(x) = 3(x + 2) pode ser construído a partir do gráfico de y = 3x , deslocado para a esquerda na direção do eixo x. O gráfico de y = 3(x+2) é como se fosse o de y = 3m , sen- do m = x + 2. É como se o eixo y se des- locasse horizontalmente de tal forma que o antigo ponto em que x = 0 coincidisse com o novo ponto em que x = –2 (ou seja, m = 0). Faça um esboço dessa situação no sistema de eixos a seguir. y x0 3 6 11 14 17 19 21 23 1 –2 4 9 7 12 15 18 20 22 2 –1 5 10 –1 1 2 3–2 13 16 8 f(x)=3(x + 2) y=3x 5. Para obter o gráfico de y = 4 + log2 (x – 5), podemos imaginar o gráfico de y = log2 x deslocado 5 unidades para a direita, como se estivéssemos construindo o gráfico de y = log2 m, sendo m = x – 5. Faça o esboço da situação descrita para obter o gráfico de y = 4 + log2 (x – 5). y 1 –1 1 2 3 74 85 9 10 11 12 13 4 2 –1 5 7 3 6 8 9 6 x 14 10 0 g 4 + log2 (x – 5) log2 x log2 (x – 5) 6. Vamos agora pensar no gráfico de f x x ( ) = + 1 12 . Para construir o gráfico de f(x), podemos começar com o de y = x2 . De- pois, fazemos o de y = x2 + 1, deslocando uma unidade para cima o gráfico de y = x2 , na direção do eixo y. A partir daí, para obter o gráfico de f(x), representamos os pontos (x; y) tais que o valor de y seja o inverso de x2 + 1, para cada valor de x. É importante notar que: no ponto onde x = 0, x2 + 1 vale 1 e o inverso de x2 + 1 também é igual a 1; em todos os outros pontos, x2 + 1 é po- sitivo e maior que 1; logo, seu inverso é positivo e menor que 1; assim, o gráfico de f x x ( ) = + 1 12 situa-se sempre acima do eixo x, aproximando- -se mais e mais dele à medida que o va- lor de x aumenta, pois quanto maior for o valor de x2 + 1, menor será o valor de seu inverso. Resumindo, na construção do gráfico de f x x ( ) = + 1 12 , podemos observar os seguintes passos:
  • 27. 26 construir o gráfico de y = x2 ; construir o gráfico de y = x2 + 1; construir o gráfico de f x x ( ) = + 1 12 . Faça o esboço da situação descrita para traçar o gráfico de f x x ( ) = + 1 12 . –1 50 6–3 3–5 1–2 4–4 2–6 y x 1 2 3 y = x2 +1 y = x2 f (x) = 1 x2 + 1 7. Para o gráfico de f x x ( ) – 1 12 , podemos fazer o gráfico de y = x2 , depois o de y = = x2 – 1 e em seguida representar os pontos com abscissa x e ordenada o inverso de x2 – 1. É importante notar que: quando x2 – 1 = 0, ou seja, quando temos x = 1 ou x = –1, então a função f(x) não está definida; quando x assume valores próximos de 1 ou de –1, os valores absolutos dos in- versos tornam-se muito grandes. Se x se aproxima de 1 por valores maiores do que 1, os inversos tornam-se muito grandes (positivos); por outro lado, se x se aproxima de 1 por valores menores do que 1, os inversos tornam-se muito gran- des em valor absoluto, mas negativos. Algo similar ocorre quando x se aproxi- ma de –1. Faça o esboço da situação descrita para traçar o gráfico de f x x ( ) – 1 12 . y x –4 1–2 3–3 2–1 –1 5 –2 4 –3 3 –4 2 –5 1 f(x) = 1 x2 – 1 0 4 y = x2 y = x2 – 1 8. Para o gráfico de 1 =f x x ( ) , podemos fazer o gráfico de y = x e representar, para cada valor de x, a ordenada y, que é o inverso de x. É importante notar que: quando x = 0, não existe o inverso de x, ou seja, a função f(x) não está definida; quanto mais próximo de 0 é o valor de x, maior é o valor absoluto do inverso de x, sendo que os valores de x positivos têm inversos positivos e os valores de x negativos têm inversos negativos; quanto maior é o valor absoluto de x, tanto positivo quanto negativo, mais pró- ximo de 0 é o inverso de x, sendo o sinal de x sempre igual ao sinal de seu inverso.
  • 28. 27 Matemática – 3a série – Volume 2 Faça o esboço da situação descrita para traçar o gráfico de f(x) = 1 x . y x2 4 6 8 90 1 1 2 3 4 3 5 7–8 –6 –4 –2 –1–9 –4 –3 –2 –1 –7 –5 –3 y = x f (x) = 1 x 9. O gráfico de f(x) = 3 senx é aná- logo ao de y = senx, com a ampli- tude aumentando de 1 para 3 uni- dades, ou seja, os valores de f(x) oscilarão entre +3 e –3. Faça o esboço desse gráfico no plano a seguir. –1 –2 –3 1 2 3 4 –π –π 2 –3π 2 π 3π 2 π 2 2π y x 0 y = senx f(x) = 3 senx 10. Para construir o gráfico de f(x) = 3x senx, basta imaginar o gráfico de y = A senx, sendo que o valor de A varia de acordo com x segundo a reta y = 3x. Assim, o gráfico oscilará entre as retas y = 3x e y = = –3x. Faça o esboço desse gráfico no plano a seguir. –10 –20 –30 –40 –50 –60 10 20 30 40 50 60 –3π 2 –2π –π 2 –5π 2 –7π 2 –9π 2 –3π–4π –π π 2 3π 2 5π 2 7π 2 9π 2 11π 2 13π 2 15π 2 π 2π 3π 4π 5π 6π 7π y x y = 3x y = 3x·senx y = –3x 11. Esboce, no mesmo sistema de coordenadas, os gráficos das funções indicadas a seguir: a) f(x) = 3x b) g(x) = 3x – 1 c) h(x) = 3x + 1 d) m(x) = 3– x e) n(x) = 3–x + 1 24 16 8 20 12 4 22 0 1–1–2 32 4 14 6 18 10 x y m(x) = 3–x g(x) = 3x – 1 n(x) = 3–x + 1 h(x) = 3x + 1 f(x) = 3x 2 Note que o valor de g(x) para x = 0 é igual a 1 3 , ou seja, é o inverso do valor de n(x) para x = 0, que é 3. 12. Esboce, no mesmo sistema de coordena- das, os gráficos das funções indicadas: a) f(x) = –x2 b) g(x) = 3 – x2 c) h x x ( ) = − 1 3 2
  • 29. 28 do número de exercícios realizados, em sintonia com a disponibilidade e as circunstâncias do professor em sua realidade concreta. Natural- mente, não se pode pretender o desenvolvimen- to de uma competência absoluta, uma capacida- de de construção de qualquer tipo de gráfico, em tal nível de ensino. Por outro lado, não se pode considerar que a meta inicialmente proposta foi atingida se os alunos não assimilaram a nova es- tratégia para a construção de gráficos, isto é, se não acharem naturais transformações comodes- locamentos verticais para cima e para baixo, deslocamentos horizontais para a direita e para a esquerda, inversões de sentido, por exemplo. x y 2 –2 4 6 –1–2–3 3 4 5–4 2–5 1 –4 –6 g(x) = 3 – x2 f(x)= –x2 – 3 + 3 h(x) = 1 3 – x2 0 h(x) = 1 3 – x2 h(x) = 1 3 – x2 13. Esboce, no mesmo sistema de coordena- das, os gráficos das funções indicadas: a) f(x) = 3x2 b) g(x) = –3x2 c) h(x) = senx d) m(x) = 3x2 senx Considerações sobre a avaliação Ao final deste percurso, a expectativa é que os alunos tenham aprendido a “ler” a expressão f(x), que traduz analiticamente uma situação de interdependência funcional, sendo capazes de tomar iniciativas de decompor tal função em outras mais simples, já estudadas anteriormen- te. Assim, a construção do gráfico de funções mais complexas pode ser vislumbrada a partir dos gráficos das funções mais simples. As competências desenvolvidas na prática de tal interpretação/decomposição dependerão x y 2 4 6 8 10 –2 –10 –12 –14 –18 –24 –16 –22 –20 –26 –6 –4 –8 16 14 20 26 12 18 24 22 0 1–7 4–4 2–6 5–3 3–5 6–2 7–1 f(x) = 3x2 m(x) = 3x2 senx g(x) = –3x2 h(x) = senx
  • 30. 29 Matemática – 3a série – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 AS TRÊS FORMAS BÁSICAS DE CRESCIMENTO OU DECRESCIMENTO: A VARIAÇÃO E A VARIAÇÃO DA VARIAÇÃO As representações gráficas das relações de interdependência entre grandezas são impor- tantes para a visualização das variações das grandezas representadas, como a identifica- ção de seus sinais e valores, dos intervalos de crescimento ou de decrescimento da variável dependente, ou, ainda, o reconhecimento de pontos de máximo ou de mínimo, quando eles existirem. Isso já foi feito anteriormente, em particular para as funções de 1o e 2o graus. Agora, buscaremos ampliar o conteúdo para as demais funções que compõem o panorama que estamos construindo. Nesta Situação de Aprendizagem, vamos ir além da constatação do crescimento ou do de- crescimento, procurando qualificá-lo e tentando caracterizar a rapidez com que ocorre o cresci- mento ou decrescimento por meio da taxa de variação, ou seja, da variação da variável inde- pendente por unidade a mais da variável depen- Conteúdos e temas: a ideia geral de função como interdependência, explorando-se as funções já estudadas até o presente momento na perspectiva do crescimento ou decrescimento, com a caracterização da rapidez com que crescem ou decrescem. Competências e habilidades: compreender fenômenos que envolvem crescimento ou decresci- mento, bem como expressar a rapidez com que crescem ou decrescem a partir de qualidades expressas nos gráficos das funções representadas. Sugestão de estratégias: inicialmente, será apresentada a ideia de que existem três formas básicas de crescimento ou decrescimento: a das funções de 1 o grau, a das funções que crescem ou decrescem mais rapidamente do que ela e a das funções que crescem ou decrescem mais lentamente do que a de 1 o grau. Uma lista de exemplos ilustrativos, seguidos de exercícios exemplares, representativos das diversas situações apresentadas, será oferecida para exploração por parte do professor. dente. Apesar de tal preocupação com as taxas de variação não ser muito comum no estudo das funções no Ensino Médio, convidamos o profes- sor a nos acompanhar nesta viagem. Temos cer- teza de que ela será muito proveitosa, tanto para o estudo das funções na escola básica quanto para descortinar uma série de ideias simples sobre variação de funções, que serão muito úteis para a compreensão de inúmeros fenômenos, naturais ou econômicos, envolvendo variações e taxas de variação, como a descrição dos movimentos, ou a compreensão das taxas de inflação, por exemplo. Todas as competências básicas podem ser desenvolvidas por meio de tal tratamento quali- tativo das funções: a expressão/compreensão de fenômenos, a argumentação/tomada de decisão e a contextualização/abstração de relações. Sugere-se ao professor que utilize duas se- manas com o material apresentado.
  • 31. 30 As funções de 1o grau, expressas na forma f(x) = ax + b, são crescentes (a > 0) ou de- crescentes (a < 0), sendo que o coeficiente a representa a variação em f(x), quando x aumenta em 1 unidade a partir de qualquer valor inicial. O valor de a é chamado taxa de variação unitária de f(x), ou somente taxa de variação de f(x). Naturalmente, se a = 0, ou seja, se a taxa de variação é zero, então a função f(x) é constante: f(x) = b. y 1 1 a b (a > 0, função crescente) (a < 0, função decrescente) taxa de variação = a = variação de f(x) por unidade a mais de x a = f(x + 1) = f(x) = constante a = 0 (função constante) a f(x) = ax + b x Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 3 A ideia geral de função como relação de interdependência. As funções de 1o e 2o graus, com suas carac- terísticas já conhecidas, que servirão de base para a compreensão do estudo das variações e das taxas de variação. Todas as funções já apresentadas aos alunos até o presente momento, analisadas agora sob a perspectiva do crescimento/decresci- mento e das taxas de variação. Inicialmente, serão apresentadas as ideias de crescimento, decrescimento e taxa de varia- ção, a partir das funções que expressam a pro- porcionalidade direta, ou seja, as associadas à função de 1o grau f(x) = ax + b (a ≠ 0). Tais funções são crescentes para a > 0, ou decres- centes para a < 0, e o crescimento ou decresci- mento são constantes, isto é, a variação de f(x) por unidade a mais de x é sempre a mesma, que corresponde ao coeficiente a. Todas as outras funções podem ter seu crescimento ou decrescimento comparado com o padrão determinado pelas funções de 1 o grau, sendo possível crescer mais rapidamente do que o padrão de 1 o grau, ou mais lentamente do que ele: esta é a ideia principal a ser desenvolvida. Uma lista de exemplos ilustrativos acom- panhará a exposição, seguindo-se uma série de exercícios exemplares representativos das diversas situações apresentadas. A forma-padrão de crescimento ou decrescimento: f(x) = ax + b
  • 32. 31 Matemática – 3a série – Volume 2 De modo geral, dizemos que uma função f(x) é crescente nos intervalos em que ocorre o seguinte: se os valores de x crescem, então os correspondentes valores de f(x) também cres- cem. Dizemos que f(x) é decrescente nos intervalos em que ocorre o seguinte: se os valores de x crescem, então os correspondentes valores de f(x) decrescem. O significado do crescimento ou do decrescimento no gráfico de f(x) é bastante expressivo: y x x1 x2 x aumenta f(x) decrescente y1 y2 y diminui x1 x2 x aumenta x y y2 y1 y aumenta f(x) crescente Consideremos uma função que não é de 1 o grau, ou seja, cujo gráfico não é uma reta. Ao observá-lo, constatamos que a taxa de variação unitária de f(x), ou seja, a variação de f(x) por unidade a mais de x, não é mais constante, isto é, a diferença f(x + 1) – f(x) passa a depender do valor de x a partir do qual ela é calculada. Por exemplo: se f(x) = 5x + 7, então f(x + 1) – f(x) = 5(x + 1) + 7 – (5x + 7) = 5, ou seja, a taxa de variação unitária de f(x) = 5x + 7 é constante e igual a 5, exatamente o valor de a na função a = 5; no entanto, se f(x) = 5x2 + 7, então f(x + 1) – f(x) = 5(x + 1)2 + 7 – (5x2 + 7) = 10x + 5, ou seja, a taxa de variação unitária de f(x) = 5x2 + 7 é igual a 10x + 5; portanto, a taxa varia com o valor de x para o ponto considerado. No que segue, chamaremos de taxa de variação unitária de uma função, para cada valor de x, o valor da diferença f(x + 1) – f(x).
  • 33. 32 B A C y x 1 1 1 a a’ a’’ a < a’ < a’’ f(x) cresce a taxas crescentes f(x) = ax + b cresce a taxa cons f(x) cresce a taxas a a’ a > a’ > a’’ 1 1 1 1 1 a a a a’’ 1 f(x) cresce a taxas crescentes a < a’ < a” f(x) = ax + b cresce a uma taxa constante f(x) cresce a taxas decrescentes a > a’ > a” Quando uma função f(x) cresce a taxas crescentes, seu gráfico fica encurvado para cima; quando ela cresce a taxas decrescentes, seu gráfico fica encurvado para baixo. Basicamente, em cada intervalo considerado, estas são as três formas de crescimento: crescer linearmente, com taxa de variação constante; crescer cada vez mais rapidamente, ou seja, com taxas de variação crescentes, o que faz com que o gráfico resulte encurvado para cima; crescer cada vez mais lentamente, o que faz com que o gráfico resulte encurvado para baixo. De forma análoga, em dado intervalo, uma função pode decrescer de três modos distintos: decrescer linearmente, com taxa de variação constante; decrescer cada vez mais rapidamente, ou seja, com taxas de variação crescentes em valor absoluto (as taxas são negativas); decrescer cada vez mais lentamente, ou seja, com taxas de variação decrescentes em valor absoluto (as taxas são negativas). O gráfico a seguir ilustra as três formas de decrescimento:
  • 34. 33 Matemática – 3a série – Volume 2 Observação! Nas atividades a seguir, sempre que fizermos menção a decrescimentos, as taxas serão consideradas em valor absoluto, isto é, em módulo. B C 1 1 1 1 1 1 1 1 a 1 a a a a a’ a’ a’’ a’’ f(x) decresce a taxas decrescentes (em valor absoluto) f(x) decresce a uma taxa constante f(x) decresce a taxas crescentes (em valor absoluto) x y A Quando uma função decresce a taxas decrescentes, seu gráfico fica encurvado para cima; quando ela decresce a taxas crescentes, seu gráfico fica encurvado para baixo. Desafio! Os gráficos a seguir representam o preço médio P dos alimentos da mesma cesta básica, em diferentes países, em função do tempo t, ao longo de determinado ano. t P país A t P país B
  • 35. 34 t P país C t P país D P t país E P t país F P país G t P t país H P t país I P t país J
  • 36. 35 Matemática – 3a série – Volume 2 Pergunta-se: a) Em que país os preços estiveram estabilizados ao longo do ano? No país A, os preços mantiveram-se constantes. b) Em que país os preços aumentaram a uma taxa constante? No país B, os preços variaram tendo como gráfico uma reta inclinada com inclinação positiva. c) Em que país os preços aumentaram a taxas crescentes? No país D, os preços cresceram tendo o gráfico encurvado para cima, o que significa taxas crescentes. d) Em que país os preços diminuíram a uma taxa constante? No país C, os preços decresceram tendo como gráfico uma reta com inclinação negativa. e) Em que país os preços aumentaram a taxas decrescentes? No país F, os preços cresceram tendo o gráfico encurvado para baixo. f) Em que país os preços diminuíram a taxas decrescentes? No país E, os preços decresceram tendo o gráfico encurvado para cima. g) Em que país os preços inicialmente aumentaram a uma taxa constante e, posteriormen- te, a taxas decrescentes? No país J, os preços inicialmente tiveram um gráfico retilíneo. Depois, seguiram uma curva voltada para baixo. h) Em que país os preços diminuíram a taxas crescentes? No país G, os preços decresceram tendo o gráfico encurvado para baixo. i) Em que país os preços inicialmente aumentaram a taxas crescentes e depois a taxas decrescentes? No país H, os preços inicialmente tiveram um gráfico voltado para cima. A partir de certo ponto, o gráfico encurvou-se para baixo. j) Em que país os preços inicialmente diminuíram a taxas crescentes, e depois aumen- taram a taxas decrescentes? No país I, os preços decresceram segundo um gráfico voltado para baixo. Depois, segundo um gráfico voltado para cima.
  • 37. 36 1. No gráfico a seguir, identifi- que os intervalos nos quais: x1 x9 x5 x3 x11 x7 y x x2 x10 x6 x4 x12 x8 a) a função f(x) é positiva; Temos f(x) > 0 para x entre x2 e x7 e para x entre x10 e x12 . b) a função f(x) é negativa; Temos f(x) < 0 para x entre x1 e x2 e para x entre x7 e x10 . c) a função f(x) é constante; A função f(x) é constante para valores de x entre x4 e x5 e para x entre x8 e x9 . d) a função f(x) é crescente; A função f(x) é crescente para x entre x1 e x4 e para x entre x9 e x12 . e) a função f(x) é decrescente; A função f(x) é decrescente para x entre x5 e x8 . f) a função f(x) cresce a taxa constante; A função f(x) cresce a taxa constante nos intervalos em que o gráfico é um segmento de reta ascendente, ou seja, para x entre x1 e x3 e para x entre x10 e x11 . g) a função f(x) decresce a taxa constante; A função f(x) decresce a taxa constante no intervalo em que o gráfico é um segmento de reta descendente, ou seja, para x en- tre x6 e x7 . h) a função f(x) cresce a taxas crescentes; A função f(x) cresce a taxas crescentes no intervalo em que é crescente e o gráfico é encurvado para cima, ou seja, para x entre x9 e x10 . i) a função f(x) cresce a taxas decrescentes; A função f(x) cresce a taxas decrescentes nos intervalos em que é crescente, mas o gráfico está encurvado para baixo, ou seja, para x entre x3 e x4 e para x entre x11 e x12 . j) a função f(x) decresce a taxas crescentes; A função f(x) decresce a taxas crescentes no intervalo em que é decrescente e o gráfico é encurvado para baixo, ou seja, para x entre x5 e x6 . k) a função f(x) decresce a taxas decrescentes. A função f(x) decresce a taxas decrescentes no intervalo em que é decrescente e o gráfico é encurvado para cima, ou seja, para x entre x7 e x8 . 2. Quando uma pedra é lançada verticalmen- te para cima com uma velocidade inicial 40 m/s, a partir de uma altura inicial de 45 m, ela sobe com velocidade cada vez me- nor, até atingir uma altura máxima em re- lação ao solo, quando momentaneamente para.Apartirdaí,eladescecadavezmaisra- pidamente até voltar ao solo. Sabemos que, por causa da força da gravidade (peso), que age sobre a pedra, sua velocidade diminui a uma taxa constante de aproximadamente 10 m/s a cada segundo, no movimento de subida. Podemos descrever o movimento da pedra por meio de uma função de 1o grau,
  • 38. 37 Matemática – 3a série – Volume 2 que representa sua velocidade, e uma fun- ção de 2o grau, que representa sua altura em relação ao solo. Nesse caso, as funções que representam a velocidade e a altura são as seguintes: v = 40 – 10t (a partir do valor inicial 40 m/s, a veloci- dade diminui 10 m/s a cada segundo, ou seja, a taxa de variação da velocidade é de –10 m/s por s, que se escreve –10 m/s2 ) h = 45 + 40t – 5t2 (a partir do valor inicial 45 m, a altura au- menta até um valor máximo, diminuindo posteriormente até atingir o valor zero). 0 v = 40 m/s 2 3 t= 0 45 m hmáx v = 0 1 Pede-se: a) construa o gráfico de v em função de t; b) construa o gráfico de h em função de t; c) determine o valor máximo de h(t); d) determine o valor de t quando a pedra voltar a passar pela posição inicial; e) calcule depois de quanto tempo a pedra atinge o solo; f) observando os gráficos de h(t) e v(t), assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas frases seguintes: ( ) “A velocidade decresce a uma taxa constante.” ( ) “A altura h cresce cada vez mais lentamente até atingir o valor má- ximo; depois decresce cada vez mais rapidamente.” ( ) “A altura cresce a taxas decrescentes até o valor máximo; depois decresce a taxas crescentes.” Os comentários a seguir referem-se aos itens a, b, c, d e e. O gráfico da velocidade v como função do tempo t é uma semirreta, com início no ponto (0; 40) e com inclinação ne- gativa e igual a –10. Como v diminui 10 m/s a cada segundo, após 4 s a velocidade será igual a zero, ou seja, a semirreta corta o eixo x quando v(4) = 0 (ver figura a seguir). O gráfico da altura h em função do tempo t é um arco de parábola, iniciando no ponto (0; 45), com a concavidade para baixo. Seu ponto de máximo coincide com o instante em que a velocidade é igual a zero, ou seja, ocorre para t = 4 s. A altura máxima é o valor de h(t) para t = 4 s, ou seja, é h(4) = 125 m. A pedra leva 4 s para subir até a altura máxima e demora o mesmo tempo descendo até a posição de partida; ou seja, após 8 s ela estará de volta à posição inicial.
  • 39. 38 O instante em que ela toca o solo é o valor de t para h = 0, ou seja, é a raiz da equação 0 = 45 + 40t – 5t2 ; resolvendo-a, encontramos t = 9 s. Todos esses resultados estão sintetizados nos seguintes gráficos: v(m/s) t (s) v = 40 – 10t 1 –10 40 4 0 45 4 h(m) hmáx h = 45 + 40t – 5t2 0 8 9 t(s) f) Observando os gráficos e especialmente as concavidades, concluímos que as três afirmações são verdadeiras. 3. Considere o gráfico da função de 2o grau f(x) = (x – 5) (x + 1) indicado a seguir. x y 1–2–3 2 3 4 5 6 7 0 –8 1 –3 –7 2 –2 –6 –10 3 –1 –5 –9 f(x) = (x + 1) (x – 5) –1 –4 –11 a) Identifique os intervalos em que f(x) > 0 e os intervalos em que f(x) < 0. b) Identifique os intervalos em que f(x) é crescente e os intervalos em que é decrescente. c) Qualifique o crescimento e o decres- cimento de f(x), informando se eles ocorrem a taxas crescentes ou a taxas decrescentes. Observando o gráfico, concluímos: a) f(x) > 0 para x > 5, ou então para x < –1; f(x) < 0 para x entre –1 e 5, isto é, – 1 < x < 5; b) f(x) é crescente para x > 2; f(x) é decrescente para x < 2; c) para x > 2, f(x) cresce a taxas crescentes (concavidade para cima); para x < 2, f(x) decresce a taxas decrescentes (concavida- de para cima). 4. Construa o gráfico das funções a seguir: a) f(x) = 3x b) g(x) = 3–x c) h(x) = log3 x d) m x x( ) log= 1 3
  • 40. 39 Matemática – 3a série – Volume 2 Identifique, em cada caso, se a função é cres- cente ou decrescente, bem como se o cresci- mento ocorre a taxas crescentes ou a taxas decrescentes. Basta notar a concavidade do gráfico em cada caso: f(x) g(x) 1–1–2 3 0 1 –1 –2 –3 –4 –5 2 3 4 5 y x 2 m(x) h(x) Concluímos que: a) f(x) cresce a taxas crescentes; b) g(x) decresce a taxas decrescentes; c) h(x) cresce a taxas decrescentes; d) m(x) decresce a taxas decrescentes. 5. No mesmo sistema de coor- denadas, construa o gráfico das funções f(x) = senx e g(x) = = cosx entre x = 0 e x = 2 . 0 1 0,5 –0,5 –1 –1,5 1,5 2 y x20 2 2 g(x) = cosx f(x) = senx a) No intervalo considerado, identifique os trechos em que f(x) e g(x) são crescentes e os trechos em que são decrescentes. No intervalo considerado, temos: f(x) é crescente para x entre 0 e 2 e para x entre 3 2 e 2 ; f(x) é decrescente para x entre 2 e 3 2 ; g(x) é crescente para x entre e 2 ; g(x) é decrescente para x entre 0 e . b) Compare os gráficos de f(x) e de g(x), observando que os valores máximos de uma das funções ocorrem nos pontos em que a outra se anula e vice-versa. Notamos que o valor máximo de f(x) ocorre no ponto x = 2 , e o valor mínimo ocorre no ponto x = 3 2 ; nesses pontos, temos g(x) = 0. Analogamente, o valor máximo de g(x) ocorre nos pontos x = 0 e x = 2 , e o valor mínimo, no ponto x = ; nesses pontos, temos f(x) = 0. c) Compare os gráficos de f(x) e de g(x), verificando que a concavidade de f(x) muda (de gráfico encurvado para bai- xo para gráfico encurvado para cima ou vice-versa) nos pontos em que g(x) assume valores extremos (máximo ou mínimo) e vice-versa em relação a g(x). Notamos que o gráfico de f(x) passa de voltado para baixo a voltado para cima no ponto x = , em que g(x) assume o valor mínimo. Analogamente, o gráfico de g(x) passa de voltado para baixo a voltado para cima no ponto x = 2 , que é de máximo para f(x), e volta a ficar voltado para baixo no ponto x = 3 2 , que é de mínimo para f(x). Considerações sobre a avaliação No final deste percurso de aprendizagem, a expectativa é que os alunos tenham aprendido que, ao observar o gráfico de uma função, é
  • 41. 40 possível ir muito além da simples constatação docrescimentooudodecrescimento,passando a incorporar a ideia de que a rapidez com que uma função cresce ou decresce também é im- portante e pode ser vislumbrada qualitativa- mente no gráfico. Conformefoivisto,umaindicaçãodarapidez com que uma função cresce ou decresce pode ser obtida por meio da taxa de variação unitária, ou seja, da variação de f(x) por unidade a mais de x, a partir de um ponto. É fundamental o reconhe- cimento de que existem três formas básicas de crescer ou decrescer: a taxas constantes, como as funções que traduzem algum tipo de propor- cionalidade e têm como gráficos uma linha reta; a taxas crescentes, quando o gráfico é encurvado para cima; e a taxas decrescentes, quando o grá- fico é encurvado para baixo. A exploração do significado de tais fatos em exemplos contextualizados e o reconheci- mento do tipo de crescimento e decrescimento nas funções já apresentadas nas Situações de Aprendizagem anteriores são o conteúdo mí- nimo a ser aprendido. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 OS FENÔMENOS NATURAIS E O CRESCIMENTO OU DECRESCIMENTO EXPONENCIAL: O NÚMERO ℮ Conteúdos e temas: característica fundamental da função exponencial relativa ao cres- cimento e ao decrescimento; função exponencial de base ℮, suas características básicas, bem como da correspondente função logarítmica; significado dos logaritmos naturais em diferentes contextos. Competências e habilidades: expressar e compreender fenômenos envolvendo crescimento ou decrescimento exponencial; contextualizar e formular propostas de intervenção na realidade a partir de tal compreensão. Sugestão de estratégias: destaque da característica fundamental das funções exponenciais no que se refere ao modo de variar, seguida da apresentação do número ℮, bem como das funções exponencial e logarítmica em tal base; exploração de exemplos ilustrativos e exer- cícios representativos das funções exponencial e logarítmica.
  • 42. 41 Matemática – 3a série – Volume 2 As funções são instrumentos fundamentais para a representação das relações de interde- pendência entre grandezas, conforme está sen- do visto no presente volume. Já vimos que as funções de 1o grau f(x) = ax + b prestam-se muito bem para representar relações que en- volvem proporcionalidade, que funções como f(x) = senx ou f(x) = cosx são interessantes na representação de fenômenos periódicos, que funções como f(x) = ax expressam crescimento ou decrescimento exponenciais, dependendo do valor do coeficiente positivo a (crescimen- to, se a > 1; decrescimento, se a < 1). Uma característica fundamental da fun- ção exponencial é o fato de que a taxa de variação unitária, ou seja, f(x + 1) – f(x) é diretamente proporcional ao valor de f(x) em cada ponto. Uma função exponencial particularmente importante, que se encontra na representação de diversos fenômenos naturais, é aquela em que a base a é um número relativamente pou- co conhecido no Ensino Fundamental, mas muito importante na Matemática: trata-se do número neperiano representado pela letra ℮, cujo valor é 2,718281828459045... ou seja, é aproximadamente igual a 2,7183. Tal como o número = 3,141592... ou, aproximadamen- te, 3,1416, que representa a razão constante entre o comprimento de uma circunferência e seu diâmetro, o número ℮ tem um signifi- cado especialmente importante quando se estudam as diversas formas de uma função f(x) crescer ou decrescer. Fenômenos que envolvem crescimento ou decrescimento de populações, desintegração radioativa, juros compostos, entre outros, quando analisados de modo adequado, tornam natural o apare- cimento do número ℮, que será mostrado na presente Situação de Aprendizagem. Tal como o número , o número ℮ é irra- cional e transcendente. Irracionais como 2 não são razões entre inteiros, mas são raízes de equações algébricas com coeficientes inteiros (por exemplo, x2 – 2 = 0); um irracional é trans- cendente quando não existe equação algébri- ca com coeficientes inteiros que o tenha como raiz, e esse é o caso de números como e ℮. Tais fatos, no entanto, não nos interessarão no presente momento. Interessa-nos apenas co- nhecer uma particular função exponencial, que vai ampliar significativamente o repertório de recursos para o tratamento matemático de di- versos fenômenos em diferentes contextos. As competências básicas que podem ser de- senvolvidas pela exploração de tal tema são as capacidades de expressão, de compreensão de fenômenos, de contextualização e de formula- ção de propostas de intervenção na realidade. A despeito de o número ℮ não ser habi- tualmente apresentado aos alunos do Ensino Médio, convidamos o professor para nos acompanhar em sua apresentação. Temos cer- teza de que o desafio terá como contrapartida o descortinar de uma temática que desperta muito interesse nos alunos. Sugere-se que o professor utilize duas se- manas com o material apresentado.
  • 43. 42 Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 4 Uma característica fundamental de uma função exponencial, referente ao modo de crescimento e decrescimento. A existência de uma função exponencial peculiar para representar o crescimento ou decrescimento exponencial. O número ℮, base dessa função exponen- cial especial, bem como dos logaritmos correspondentes, os logaritmos naturais. Alguns exemplos de utilização da função exponencial e dos logaritmos naturais em diferentes contextos. Inicialmente, será destacada uma proprieda- de característica das funções exponenciais, cujo crescimento ou decrescimento difere muito das variações lineares: trata-se do fato de que sua taxa de variação unitária, ou seja, a variação de f(x) por unidade a mais de x é diretamente proporcional ao valor de f(x) em cada ponto. A partir daí, em uma situação concreta, con- textualizada, de crescimento exponencial, o nú- mero ℮ surgirá como uma ocorrência natural. Na sequência, será estudada a função exponencial de base ℮, com suas propriedades especiais, sendo apresentada, conjuntamente, a função logaritmo natural. Uma lista de exercícios exemplares será apresentada para que o professor a explore com seus alunos. As funções são instrumentos fundamentais para a representação das relações de interdependência entre grandezas, conforme estamos vendo neste volume. As fun- ções de 1o grau f(x) = ax + b, por exemplo, prestam-se muito bem para representar relações que envolvem proporcionalidade. Já na representação de fenômenos periódicos, uti- lizamos funções trigonométricas como f(x) = senx ou f(x) = cosx e, para expressar crescimen- to ou decrescimento exponenciais, entram em cena as funções na forma f(x) = ax . A função exponencial – uma propriedade característica Já conhecemos a função f(x) = ax , com a > 0 e a ≠ 1. Vamos agora destacar uma propriedade característica dessa função que pode ter passado despercebida. Consideremos a função f(x) = 2x e seu gráfico. Calculemos f(x) para os valores in- teiros de x, começando com x = 0. 0 1 3 5–2 2 2 2 6 10 14 18 22 26 30 4 4 8 8 12 16 16 20 24 28 32 4 6–1 y x 0 f(x)=2x 1
  • 44. 43 Matemática – 3a série – Volume 2 x 2x f(x + 1) – f(x) 0 1 1 1 2 2 2 4 4 3 8 8 4 16 16 5 32 32 6 64 64 7 128 ... Notamos que quando x aumenta 1 unidade, a partir de x = 0, a variação em f(x) é igual, sucessivamente, a 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, ..., ou seja, a taxa de variação unitária, que é igual a f(x + 1) – f(x), é igual ao valor de f(x): f(1) – f(0) = f(0) f(3) – f(2) = f(2) f(5) – f(4) = f(4), f(2) – f(1) = f(1) f(4) – f(3) = f(3) e assim por diante. A taxa de variação unitária de f(x) = 2x é, portanto, igual a f(x). Chamaremos essa taxa de f1 (x). Calculando f1 (x) para um valor qualquer de x, temos, de fato: f1 (x) = f(x + 1) – f(x) = 2x+1 – 2x = 2x (2 – 1) = 2x . 1. Analogamente ao que foi fei- to antes para f(x) = 2x , calcule a taxa de variação unitária para f(x) = 3x . Para isso, inicialmente complete a tabela a seguir: –1 1 2 3 4 5 24 6 30 48 66 12 36 54 72 18 42 60 78 3 27 9 33 51 69 15 39 57 75 21 45 63 81 y x 0 6 18 54 x 3x f(x + 1) – f(x) 0 1 2 1 3 6 2 9 18 3 27 54 4 81 162 5 243 ... Notamos que, quando x aumenta 1 unidade, a partir de x = 0, a variação em f(x) é igual, sucessivamente, a 2, 6, 18, 54, 162, ..., ou seja, a taxa de variação unitária, que é igual a f(x + 1) – f(x), é igual ao dobro do valor de f(x): f(1) – f(0) = 2f(0) = 2 f(2) – f(1) = 2f(1) = 6 f(3)–f(2)=2f(2)=18 f(4)–f(3)=2f(3)=54 f(5) – f(4) = 2f(4) = 162 e assim por diante. A taxa de variação unitária de f(x) = 3x é, portanto, igual a 2f(x). Chamando, como anteriormente, a taxa unitária de f1 (x) e
  • 45. 44 calculando seu valor para um x qualquer, temos, de fato: f1 (x) = f(x + 1) – f(x) = 3x+1 – 3x = 3x (3 – 1) = 2 3x . f1 (2) = f(3) – f(2) = 8000 – 4000 = 4000 b) Mostre que o aumento no valor de P entre os instantes t = 6 h e t = 7 h é igual ao valor da população para t = 6 h. O aumento citado é igual a f(7) – f(6) = 1000 (27 – 26 ) = = 1000 26 (2 – 1) = 1000 26 = f(6), ou seja, a taxa de variação unitária para t = 6 é igual ao valor de f(6). 3. A população N de cães de certa região cresce exponencial- mente de acordo com a expressão N = f(t) = 600 10t , sendo t em décadas. a) Calcule a taxa de variação unitária para t = 2 décadas. f1 (2) = f(3) – f(2) = 600 103 – 600 102 =540000 b) Mostre que o aumento no valor de P entre os instantes t = 7 e t = 8 é igual a 9 vezes o valor da população para t = 7. O aumento pedido é igual a f(8) – f(7) = 600 (108 – 107 ) = 600 107 (10 – 1) = 600 107 9 = = 9 f(7), ou seja, a taxa de variação unitária para t = 7 é igual a 9 vezes o valor de f(7). Quadro-resumo De modo geral, calculando a taxa unitária f1 (x) para a função f(x) = ax , obtemos: f1 (x) = f(x+1) – f(x) = ax+1 – ax = ax (a – 1); ou seja, o valor de f1 (x) é diretamente pro- porcional ao valor de f(x). 2. Uma população P de bactérias aumenta com uma rapidez que é diretamente pro- porcional ao seu valor em cada instante, ou seja, quanto maior é o valor de P, mais rapidamente a população aumenta. Partin- do de um valor P0 = 1000, observa-se que a população dobra a cada hora, ou seja, o valor de P pode ser expresso pela função: P = f(t) = 1000 2t (t em horas) a) Calcule a taxa de variação unitária nos instantes t = 1 h e t = 2 h. f1 (1) = f(2) – f(1) = 4000 – 2000 = 2000 Fenômenos naturais e crescimento exponencial – o nascimento do número ℮ (℮ 2,71828) Quando se estuda o crescimento de uma população, seja de seres humanos, seja de ani- mais, consideram-se as taxas porcentuais de crescimento ou decrescimento. Quando se diz, por exemplo, que certa população N cresce a uma taxa de 20% ao ano, isso significa que, con- siderando N uma função do tempo t em anos, a taxa de variação unitária, ou seja, o aumento de N por unidade a mais de t é igual a 0,20N. Quer dizer, então, que o aumento de N por ano é diretamente proporcional ao valor de N; ou seja, N deve ser uma função exponencial do tempo t em anos.
  • 46. 45 Matemática – 3a série – Volume 2 Para descobrir qual é a base dessa função exponencial, vamos examinar o significado do crescimento populacional em situações concretas. O que significaria, então, dizer que o va- lor de N aumenta 20% em um ano? Certamente não seria o caso de imaginar que a popula- ção ficaria constante ao longo do ano, aumentando em 20% tão logo se inicie o ano seguin- te. Na verdade, uma pressuposição mais razoável, mais natural em todos os sentidos, é a de que o crescimento anunciado distribui-se uniformemente ao longo do ano. É justamente quando se tenta descrever matematicamente tal distribuição que surge o número ℮ de que falamos inicialmente. Vamos acompanhar o raciocínio a seguir para compreender como surge tal número na descrição de processos naturais de crescimento (ou decrescimento). Certa população N é uma função do tempo: N = f(t), t em anos. Os dados disponíveis informam que N cresce a uma taxa de 100% ao ano, ou seja, dobra a cada ano. Como po- demos expressar o valor de N em função de t? Uma primeira hipótese, bem pouco natural (na verdade, absurda), é de que N ficaria constante ao longo de cada ano, dobrando de valor ao final, na passagem para o ano se- guinte. O gráfico de N em função de t seria o seguinte: 4No N 0 1 2 3 t 2No No Uma hipótese mais razoável seria a de que o crescimento de 100% ao ano distribui-se ao longo do ano. Vamos considerar, inicialmente, que tal distribuição ocorra do modo mais simples: 50% em cada semestre. Nesse caso, após o primeiro semestre, a população seria No + 50% de No , ou seja, a população inicial seria multiplicada pelo fator 1 + 1 2 , tornando-se No 1 + 1 2 . Após o segundo semestre, novamente a população inicial seria multiplicada por 1 + 1 2 , tornando-se No 1 + 1 2 2 . No período seguinte, a população seria No 1 + 1 2 3 , e assim por diante. O gráfico da população N em função do tempo seria o representado a seguir:
  • 47. 46 N t 3211 2 3 2 5 2 0 No No 1 + 1 2 5 No 1 + 1 2 4 No 1 + 1 2 3 No 1 + 1 2 2 No 1 + 1 2 Para se aproximar ainda mais de uma situação concreta envolvendo crescimento, seria ainda mais razoável supor que os 100% de crescimento se distribuam ao longo do ano, sen- do 25% a cada trimestre. Nes- se caso, ao final do primeiro trimestre, a população seria No + 25% de No , ou seja, No 1 + 1 4 . Ao final do segun- do trimestre, o valor inicial do trimestre terá sido multiplicado novamente por 1 + 1 4 , tornan- do-se No 1 + 1 4 2 ; após o tercei- ro trimestre, a população seria No 1 + 1 4 3 , e assim por diante. O gráfico da população N em função do tempo seria o repre- sentado a seguir: 1 2 3 0 No 1 + 1 4 8 No 1 + 1 4 7 No 1 + 1 4 6 No 1 + 1 4 5 No 1 + 1 4 4 No 1 + 1 4 3 No 1 + 1 4 2 No 1 + 1 4 No 1 4 2 4 3 4 5 4 6 4 7 4 9 4 10 4 11 4 N t
  • 48. 47 Matemática – 3a série – Volume 2 Se imaginarmos o crescimento de 100% ao ano distribuído mês a mês, sendo o crescimento mensal igual a 1 12 de 100%, então teríamos o valor da população: ao final do primeiro mês igual a No 1 + 1 12 ; ao final do segundo mês igual a No 1 + 1 12 2 ; ao final do terceiro mês igual a No 1 + 1 12 3 ; e assim por diante, de modo que, ao final do primeiro ano, teríamos N = No 1 + 1 12 12 . Se o ano fosse dividido em 100 partes iguais, sendo o crescimento de 100% ao ano distri- buído ao longo delas, sendo de 1% em cada uma, a população, ao final do ano, seria igual a: N = No 1 + 1 100 100 . Como se pode observar nos gráficos, se uma população cresce a uma taxa de 100% ao ano, o valor da população ao final do primeiro ano é igual a: 2No , quando se considera que seu valor permaneceu constante ao longo do ano, dobrando ao final; No 1 + 1 2 2 , ou seja, 2,25No , quando se considera o crescimento uniformemente distribuído, sendo 50% em cada semestre; No 1 + 1 4 4 , ou seja, aproximadamente 2,44No , quando o crescimento é distribuído ao longo dos trimestres, sendo 25% ao trimestre; No 1 + 1 12 12 , ou seja, aproximadamente 2,61No , quando ele é uniformemente distribuído mês a mês, e assim por diante. Se imaginarmos o crescimento de 100% ao ano distribuído uniformemente ao longo do ano, subdividido em n partes, o valor de N ao final do ano será N = No 1 + 1 n n . No cálculo anterior, chama a atenção o número 1 + 1 n n para valores grandes de n. Recorrendo a uma calculadora, podemos verificar que, quanto mais aumenta o valor de n, mais os valores da expressão 1 + 1 n n se aproximam de um determinado número:
  • 49. 48 para n = 100, temos: 1 + 1 100 100 = 2,704813829... para n = 365, temos: 1 + 1 365 365 = 2,714567485... para n = 1000, temos: 1 + 1 1000 1000 = 2,716923932... para n = 10000, temos: 1 + 1 10000 10000 = 2,718145927... para n = 1000000, temos: 1 + 1 1000000 1000000 = 2,718280469... para n = 100000000, temos: 1 + 1 100000000 100000000 = 2,718281815... Dizendo de outra maneira: quanto maior é o valor de n, mais o valor da expressão 1 + 1 n n se aproxima do número 2,7182818... Esse número diferente é representado pela letra ℮ e escre- vemos: ℮ 2,7182818. Assim, concluímos que, se uma população No cresce a uma taxa de 100% ao ano, distri- buída uniformemente ao longo do ano, seu valor ao final do ano será igual a No ℮, ou seja, aproximadamente, 2,718 · N0 . Seguindo esse raciocínio, podemos mostrar que, ao final de dois anos, o valor da popula- ção será igual a No · ℮2 , ao final de três anos será No · ℮3 e, generalizando, ao final de t anos, teremos N = No · ℮t Se a taxa k não for 100%, isto é, k ≠1, mas sim 20%, ou seja, k = 0,2, teremos, ao final de t anos: N = No ℮0,2t . De modo geral, para uma taxa porcentual k qualquer (0 < k < 1) teremos, ao final de t anos, N = No · ℮kt . Em muitas outras situações práticas, em diferentes contextos, nos deparamos com o nú- mero ℮. Apesar de ser um número de aparência diferente, sua presença é muito frequente no estudo de fenômenos naturais que envolvem crescimento ou decrescimento exponencial, como desintegração radioativa e juros compostos. Tal como o número π, o número ℮ é irracional e transcendente. Isso significa que irracionais, como 2 , não são razões entre inteiros, mas são raízes de equações algébricas com coeficientes inteiros (por exemplo, x2 – 2 = 0). Um irracional é transcendente quando não existe equação
  • 50. 49 Matemática – 3a série – Volume 2 algébrica com coeficientes inteiros que o tenha como raiz, e esse é o caso de números como π e ℮. Tais fatos, no entanto, não nos interessarão no presente momento. Interessa-nos apenas conhecer uma função exponencial particular, que vai ampliar significativamente o repertório de recursos para o tratamento matemático de diversos fenômenos em diferentes contextos. Vejamos como o número ℮ pode ser aplicado ao cálculo de juros em uma situação similar à que foi descrita anteriormente. Quando um capital Co é aplicado a uma taxa de 100% ao ano, se os juros forem incorporados ao capital apenas no final do ano, o valor do capital, depois de um ano, será igual a 2Co ; depois de dois anos, será 4Co , e assim por diante. Entretanto, se os juros forem distribuídos uniformemente ao longo do ano, de modo que a cada período de 1 n do ano sejam incorporados os juros de 100% n , no final do ano o novo capital será igual a C0 1 + 1 n n . Se os juros forem incorporados continuamente ao capital, o valor montante, ao final de um ano, será C = Co · ℮ e, ao final de t anos, será C = Co · ℮t . Se a taxa k não for 100%, isto é, k ≠ 1, mas sim 10%, ou seja, k = 0,1, teremos, ao final de t anos: C = Co · ℮0,1t . De modo geral, para uma taxa k (0 < k < 1), teremos, ao final de t anos, C = Co · ℮kt . Quando se estuda o fenômeno da propagação de doenças, também se considera o fato de que a rapidez com que o número de doentes aumenta é diretamente proporcional ao número de doentes em cada instante. Na descrição matemática do fenômeno, nos deparamos nova- mente com o número ℮. Assim, reafirmamos: sempre que tentamos descrever matematicamente o modo como va- riam funções presentes em fenômenos naturais de diferentes tipos, mas que têm em comum o fato de que envolvem grandezas que crescem ou decrescem com uma rapidez que é diretamente proporcional ao valor da grandeza em cada instante, naturalmente encontramos o número ℮. Um valor aproximado de ℮ pode ser obtido a partir da expressão 1 + 1 n n : quanto maior o valor de n, mais próximos estaremos do número ℮. Para todos os fins práticos, ℮ 2,71828, ou, com uma aproximação melhor, ℮ 2,718281828459045. Em consequência, em situações concretas que descrevem fenômenos naturais que apresen- tem crescimento ou decrescimento exponencial, a função f(x) = ℮x , cujo gráfico apresentamos a seguir, tem uma presença marcante.
  • 51. 50 0 3 6 12 18 24 30 9 15 21 27 33 36 –1 1 2 3 4 5 x y y = 3x y = 2xf(x) = ℮x Assim como o número ℮ serve de base para uma particular e importante função ex- ponencial, ele também serve para a correspondente função logarítmica: se y = ℮x , então x = loge y. Em outras palavras, à função exponencial de base ℮ corresponde sua inversa, a função logarítmica de base ℮. A função g(x) = loge x costuma ser representada por g(x) = lnx, uma abreviatura para “logarit- mo natural de x”. Os gráficos de f(x) = ℮x e de sua inversa, g(x) = lnx, são representados a seguir. É interessante notar que, como funções inversas, a cada ponto (a; b) do gráfico de f(x) corresponde um ponto (b; a) do gráfico de g(x), ou seja, os gráficos são simétricos em relação à reta y = x. 0 2 6 10 4 8 12 14 0 2 106 14 204 12 188 16 22 x y –2–8 –4–10 –6–12–16–18–20–22 –14 f(x)= ℮x y = x g(x) = lnx –14 –12 –10 –8 –6 –4 –2 4. Um investidor aplica uma quantia de R$ 1000,00 a uma taxa de juros de 12% ao ano. Calcule o valor do capital investido ao final do primeiro ano, supondo que: a) os juros sejam incorporados ao capi- tal apenas ao final de cada ano (juros simples); Se os juros são simples, então o capital C1 ao final do primeiro ano será 12% maior; ou seja, C1 = 1,12Co , o que implica C1 = = 1,12 1000 = 1120 reais. b) os juros sejam distribuídos uniforme- mente, sendo incorporados ao capital ao final de cada mês; Se os juros são distribuídos (1% ao mês) e incorporados ao capital mês a mês, temos:
  • 52. 51 Matemática – 3a série – Volume 2 ao final do 1o mês: C 1 12 = 1,01Co ; ao final do 2o mês: C 2 12 = (1,01)2 Co ; de modo análogo, ao final do 12o mês: C1 = (1,01)12 Co , ou seja, C1 ≅ 1,1268 Co . Ou seja: C1 ≅ 1,1268 1000 = 1126,80 reais. c) os juros sejam incorporados continua- mente ao capital (juros compostos) ao longo do ano. (Dado: ℮0,12 ≅ 1,1275.) Se os juros são incorporados continuamente ao capital, te- mos: C = Co ℮0,12t . Ao final do primeiro ano, ou seja, para t = 1, temos C1 = Co ℮0,12 , ou seja, C1 ≅ 1,1275 Co ≅ 1127,50 reais. 5. Um investidor aplica uma quantia Co a uma taxa de juros de 12% ao ano. Calcule depois de quanto tempo o capital investido dobrará de valor, supondo que: a) os juros sejam incorporados ao capital apenas ao final de cada ano; Se os juros são incorporados ao capital apenas ao final de cada ano, temos: C(t) = Co (1,12)t , com t em anos. Para termos C(t) = 2Co , devemos ter: 2Co = Co (1,12)t Daí segue que (1,12)t = 2, portanto, t ln(1,12) = ln2, ou seja, t = In2 In(1,12) Consultandoumatabelaouusandoumacalculadora,obtemos: t 6,12anos,ouseja,ocapitaldobrarádevalorsomenteapóso 6 o ano. Se os juros somente são incorporados ano a ano, o ca- pital só poderá ser resgatado após completar o 7 o ano. b) os juros sejam incorporados ao capital ao final de cada mês; Se os juros são incorporados ao capital ao final de cada mês, temos: C(t) = Co (1,01)t , com t em meses. Para termos C(t) = 2Co , devemos ter: 2Co = Co (1,01)t , ou seja, 2 = (1,01)t . Daí segue que t ln(1,01) = ln2, de onde obtemos: t ≅ 69,66 meses ≅ 5,8 anos. Se os juros são incorporados somente mês a mês, o capital do- brado poderá ser resgatado somente após 5 anos e 10 meses. c) os juros sejam incorporados continua- mente ao capital (juros compostos). Se os juros são incorporados continuamente ao capital, temos: C(t) = Co ℮0,12t , com t em anos. Para termos C(t) = 2Co , devemos ter 2Co = Co ℮0,12t . Daí segue que 2 = ℮0,12t , ou seja, 0,12 t=ln2, de onde obtemos t ≅ 5,78 anos. 6. Esboce o gráfico das funções: a) f(x) = ℮(x – 5) b) g(x) = ℮(– x) c) h(x) = 13 ℮(x + 1) d) m(x) = –7 ℮(1 – x) a) O gráfico de f(x) = ℮(x – 5) pode ser obtido a partir do grá- fico de y = ℮x , deslocando-o horizontalmente para a direita 5 unidades; é como se fosse o gráfico de y = ℮z , com z = x – 5. b) O gráfico de g(x) = ℮–x pode ser obtido a partir do gráfico de y = ℮x , trocando-se os valores de x pelos de –x, ou seja, é como se fosse o gráfico de y = ℮z ,com z = –x. Tudo se passa como se o gráfico de y = ℮x sofresse uma rotação de 180o em torno do eixo y. c) O gráfico de h(x) = 13 ℮(x + 1) pode ser obtido deslocan- do-se o gráfico de y = ℮x para a esquerda em 1 unidade, e depois multiplicando cada valor de y por 13. d) O gráfico de m(x) = –7 ℮(1 – x) pode ser obtido a partir do gráfico de y = ℮x , trocando-se x por –x, ou seja, girando-o de 180o em torno do eixo y, deslocando-o no sentido positivo de x em 1 unidade e depois multiplicando cada ordenada y