2. MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
5a
SÉRIE/6o
ANO
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
3. Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
4. Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
5. Os materiais de apoio à implementação
do Currículo do Estado de São Paulo
são oferecidos a gestores, professores e alunos
da rede estadual de ensino desde 2008, quando
foram originalmente editados os Cadernos
do Professor. Desde então, novos materiais
foram publicados, entre os quais os Cadernos
do Aluno, elaborados pela primeira vez
em 2009.
Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do
Professor e do Aluno foram reestruturados para
atender às sugestões e demandas dos professo-
res da rede estadual de ensino paulista, de modo
a ampliar as conexões entre as orientações ofe-
recidas aos docentes e o conjunto de atividades
propostas aos estudantes. Agora organizados
em dois volumes semestrais para cada série/
ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e
série do Ensino Médio, esses materiais foram re-
vistos de modo a ampliar a autonomia docente
no planejamento do trabalho com os conteúdos
e habilidades propostos no Currículo Oficial
de São Paulo e contribuir ainda mais com as
ações em sala de aula, oferecendo novas orien-
tações para o desenvolvimento das Situações de
Aprendizagem.
Para tanto, as diversas equipes curricula-
res da Coordenadoria de Gestão da Educação
Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo reorganizaram os Cader-
nos do Professor, tendo em vista as seguintes
finalidades:
incorporar todas as atividades presentes
nos Cadernos do Aluno, considerando
também os textos e imagens, sempre que
possível na mesma ordem;
orientar possibilidades de extrapolação
dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do
Aluno, inclusive com sugestão de novas ati-
vidades;
apresentar as respostas ou expectativas
de aprendizagem para cada atividade pre-
sente nos Cadernos do Aluno – gabarito
que, nas demais edições, esteve disponível
somente na internet.
Esse processo de compatibilização buscou
respeitar as características e especificidades de
cada disciplina, a fim de preservar a identidade
de cada área do saber e o movimento metodo-
lógico proposto. Assim, além de reproduzir as
atividades conforme aparecem nos Cadernos
do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
crever a atividade e apresentar orientações mais
detalhadas para sua aplicação, como também in-
cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do
Professor (uma estratégia editorial para facilitar
a identificação da orientação de cada atividade).
A incorporação das respostas também res-
peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,
elas podem tanto ser apresentadas diretamente
após as atividades reproduzidas nos Cadernos
do Professor quanto ao final dos Cadernos, no
Gabarito. Quando incluídas junto das ativida-
des, elas aparecem destacadas.
ANOVA EDIÇÃO
6. Leitura e análise
Lição de casa
Pesquisa em grupo
Pesquisa de
campo
Aprendendo a
aprender
Roteiro de
experimentação
Pesquisa individual
Apreciação
Você aprendeu?
O que penso
sobre arte?
Ação expressiva
!
?
Situated learning
Homework
Learn to learn
Além dessas alterações, os Cadernos do
Professor e do Aluno também foram anali-
sados pelas equipes curriculares da CGEB
com o objetivo de atualizar dados, exemplos,
situações e imagens em todas as disciplinas,
possibilitando que os conteúdos do Currículo
continuem a ser abordados de maneira próxi-
ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades
de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
temporâneo.
Para saber mais
Para começo de
conversa
Seções e ícones
7. SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 7
Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: ginástica artística (GA) 9
Situação de Aprendizagem 1 – Conhecimento declarativo sobre a ginástica 13
Situação de Aprendizagem 2 – O mundo em diferentes posições 20
Atividade Avaliadora 26
Proposta de Situações de Recuperação 27
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 27
Tema 2 – Organismo humano, movimento e saúde – Aparelho locomotor 28
Situação de Aprendizagem 3 – (Re)conhecendo meu corpo em movimento 31
Situação de Aprendizagem 4 – Identificação das estruturas na GA 37
Atividade Avaliadora 40
Proposta de Situações de Recuperação 40
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 43
Tema 3 – Esporte – Modalidade coletiva: handebol 44
Situação de Aprendizagem 5 – Familiarização com o handebol 47
Situação de Aprendizagem 6 – Qualificando o jogo de handebol 51
Atividade Avaliadora 56
Proposta de Situações de Recuperação 56
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 57
Tema 4 – Atividade rítmica – Noções gerais sobre ritmo e jogos rítmicos 58
Situação de Aprendizagem 7 – Apresentação ritmada 59
Situação de Aprendizagem 8 – No passo do compasso 66
Atividade Avaliadora 71
Proposta de Situações de Recuperação 71
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 74
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 75
8. 7
Educação Física – 5a
série/6o
ano – Volume 2
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Professor, este Caderno foi elaborado para
servir de apoio ao seu trabalho pedagógico
cotidiano com a 5a
série/6o
ano do Ensino
Fundamental. Os temas deste volume são
enfocados com base na concepção teórica da
disciplina, já explicitada anteriormente, fun-
damentada nos conceitos de Cultura de Movi-
mento e Se-Movimentar.
Assim, pretende-se que as Situações de
Aprendizagem aqui sugeridas para os temas
Esporte, Atividade rítmica e Organismo hu-
mano, movimento e saúde possibilitem que
os alunos diversifiquem, sistematizem e apro-
fundem suas experiências do Se-Movimentar
no âmbito das culturas gímnica, lúdica e es-
portiva, assim como proporcionar novas ex-
periências de Se-Movimentar, permitindo a
eles ressignificar experiências já vivenciadas.
Espera-se que o enfoque adotado para o de-
senvolvimento dos conteúdos deste volume
seja compatível com as intencionalidades do
projeto político-pedagógico de cada escola.
O tema Esporte – Modalidade individual
abordará a ginástica artística (GA) com base em
seu processo histórico e em seus principais gestos
e regras. A intenção é que os alunos consigam
relacionar diferentes movimentos do cotidiano
com a GA, além de identificar e nomear seus
gestos e movimentos, associando-os aos exercí-
cios e aparelhos obrigatórios da modalidade.
Em relação ao tema Organismo humano,
movimento e saúde, a ênfase será dada na com-
preensãoinicialsobreoaparelholocomotor,ne-
cessária para a prática de várias manifestações
da Cultura de Movimento. Espera-se também
nesse tema que os alunos possam identificar e
nomear as estruturas do aparelho locomotor
com a GA, desenvolvida neste volume, e com o
futsal, desenvolvido no semestre anterior.
No tema Esporte – Modalidade coleti-
va serão discutidos os aspectos técnico-tá-
ticos do handebol, privilegiando situações
centradas nos princípios operacionais dos
jogos esportivos coletivos, para permitir
que os alunos identifiquem e caracterizem
sua dinâmica de jogo, em termos de regras,
funções dos jogadores e ações de ataque e
defesa, aplicando os princípios técnico-tá-
ticos aprendidos em situações de jogo – e
também conheçam o processo histórico
dessa modalidade.
O tema Atividade rítmica estará cen-
trado nas noções gerais sobre ritmo e sua
presença no Se-Movimentar, por meio de
elementos, como a acentuação, a frequên-
cia, o espaço, a forma, o movimento e o
repouso, a tensão e o relaxamento. Preten-
de-se que os alunos percebam o ritmo do
próprio corpo e dos movimentos, associan-
do-os, especialmente, a diferentes estilos de
músicas e danças brasileiras.
As estratégias escolhidas – que incluem
pesquisas sobre os temas, vivência de exer-
cícios e movimentos específicos, elaboração
de pequenas descrições escritas, a projeção
de vídeos, elaboração de desenhos etc. – pos-
sibilitam aos alunos a reflexão com base no
confronto de suas próprias experiências de
Se-Movimentar com a sistematização e o
aprofundamento dos conhecimentos no âm-
bito da Cultura de Movimento. As Situações
de Aprendizagem sugeridas privilegiam os
jogos rítmicos, aqui entendidos como proces-
sos que despertam combinações de esforços
acompanhadas/estruturadas por determina-
das regras (como a organização dos com-
passos, um tipo de movimento), além de
possuírem o caráter lúdico e o potencial de
criação e/ou realização coletiva.
9. 8
Os procedimentos propostos para a ava-
liação caminham na direção de uma avaliação
integrada ao processo de ensino e aprendi-
zagem, sem estabelecer procedimentos iso-
lados e formais. As Atividades Avaliadoras
devem favorecer a geração, por parte dos
alunos, de informações ou indícios, qualita-
tivos e quantitativos, verbais e não verbais,
que serão interpretados pelo professor, nos
termos das competências e habilidades que
se pretende desenvolver em cada tema/conte-
údo. Privilegia-se a proposição de Situações
de Aprendizagem que favoreçam a aplicação
dos conhecimentos em situações reais e a ela-
boração de textos-síntese relacionados aos
temas abordados. São também priorizados
os questionamentos dirigidos aos alunos ao
longo das aulas, para que se verifique a com-
preensão dos conteúdos e a aquisição das
competências e habilidades propostas.
A quadra é o tradicional espaço de aula
de Educação Física, mas algumas Situações
de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser
desenvolvidas no espaço convencional da sala
de aula, no pátio externo, na biblioteca, na
sala de informática ou de vídeo, bem como
em espaços da comunidade local, desde que
compatíveis com as atividades programadas.
Algumas etapas podem ser também realizadas
pelos alunos como atividade extra-aula (pes-
quisas, produção de textos etc.).
As orientações e sugestões a seguir têm
por objetivo oferecer-lhe subsídios para o
desenvolvimento dos temas apresentados.
Não pretendem apresentar as Situações de
Aprendizagem como as únicas a serem reali-
zadas, nem restringir sua criatividade, como
professor, para outras atividades ou varia-
ções de abordagem dos mesmos temas.
Nesse mesmo sentido, o Caderno do Aluno
é mais um instrumento para servir de apoio
ao seu trabalho e ao aprendizado dos alunos.
Elaborado com base no Caderno do Profes-
sor, esse material adicional não tem a preten-
são de restringir ou limitar as possibilidades
do seu fazer pedagógico.
De acordo com o projeto político-pe-
dagógico da escola e do planejamento do
componente curricular, é possível que os
temas nele elencados, selecionados entre os
propostos no Caderno do Professor, não
coincidam com as atividades que vêm sen-
do desenvolvidas na escola. Neste caso, a
expectativa é subsidiar o seu trabalho para
que as competências e habilidades propos-
tas, tanto no Caderno do Professor quanto
no Caderno do Aluno, sejam alcançadas.
Para otimizar o tempo pedagogicamente
necessário para a aula, o Caderno do Aluno
apresenta as Situações de Aprendizagem de
caráter teórico, também propostas no Cader-
no do Professor, como sugestões de pesquisa e
atividades de lição de casa. Além disso, traz,
em todos os volumes, dicas sobre nutrição e
postura, a fim de contribuir para a construção
da autonomia dos alunos, um dos princípios
do Currículo da disciplina.
Isto posto, professor, bom trabalho!
14. 13
Educação Física – 5a
série/6o
ano – Volume 2
O universo da ginástica, especificamen-
te da GA, está presente em diferentes si-
tuações do cotidiano dos alunos. As brin-
cadeiras e os jogos realizados na rua ou na
escola apresentam possibilidades de iden-
tificar, perceber e reconhecer determina-
dos gestos e movimentos que caracterizam
a GA.
Conteúdo e temas: a GA no cotidiano dos alunos: exploração de movimentos; os gestos e os movimen-
tos da GA presentes nos jogos e nas brincadeiras de rua.
Competências e habilidades: identificar e relacionar diferentes movimentos do cotidiano com a GA.
Sugestão de recursos: banco sueco, cordas, trave, arcos, colchonete ou colchões de ginástica, placas de
EVA, bastões de madeira, aparelho de som, giz branco e colorido, folha de papel kraft.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
CONHECIMENTO DECLARATIVO SOBRE A GINÁSTICA
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 1
Etapa 1 – Letra a... altura! Letra b...
beleza! Letra c... colchão! Letra d...
Daiane dos Santos!
Inicialmente, solicite aos alunos que es-
crevam em uma folha tudo o que conhecem
sobre a GA, como se fosse o jogo/a brinca-
deira stop. O professor menciona uma letra e
os alunos escrevem algo sobre o referido as-
sunto; depois de um tempo, o professor fala
stop e todos param de escrever, aguardando a
próxima letra. Ao final, todos compartilham
com a turma o que escreveram, podendo, se
quiserem, pontuar seus acertos. Esse jogo
auxiliará na compreensão dos conceitos que
serão vivenciados nas próximas etapas.
Na sequência, faça algumas perguntas solici-
tando aos alunos que realizem movimentos ou
gestos como forma de resposta. Por exemplo:
É possível andar e correr usando as mãos?
O que é ou como se realiza uma cambalhota?
A cambalhota pode ser feita só para a frente?
Quais as diferentes maneiras de realizar
um salto?
É possível realizar um salto sobre um ob-
jeto ou sobre uma pessoa? Como fazer
isso?
Quem sabe ou conhece a brincadeira “plan-
tar bananeira”? E a “estrelinha”?
Como fazer para suspender (elevar/levan-
tar) o próprio corpo? E o corpo do colega,
pode ser suspendido (elevado/levantado)?
É possível transportar (carregar) o colega
nos braços? Como?
É possível equilibrar-se em uma perna só?
É possível equilibrar-se e flexionar o tronco
sem cair?
É possível equilibrar-se em uma perna só e
andar ou saltar?
É possível deitar no chão, unir as duas per-
nas e elevá-las? Como?
E com as pernas afastadas? É mais fácil
elevá-las?
Etapa 2 – Reconhecendo os movimentos e
os gestos no cotidiano
Para esta etapa, é necessário providen-
ciar imagens ou vídeos com alguns movi-
mentos realizados na etapa anterior ou soli-
citar aos alunos que façam uma pesquisa de
imagens associando os movimentos e gestos
realizados.
16. 15
Educação Física – 5a
série/6o
ano – Volume 2
campeonato mundial da modalidade, no
aparelho solo. Nessa competição, ela rea-
lizou um movimento denominado “duplo
twist carpado”, que passou a se chamar
“Dos Santos” em sua homenagem. Você
sabe quem é essa ginasta? Coloque o nome
dela a seguir.
Daiane dos Santos.
2. Há outro movimento que também rece-
beu o nome de um ginasta brasileiro, por
ele ter sido o primeiro a realizar o “duplo
twist carpado com mortal na segunda pi-
rueta”. O movimento passou a ser conhe-
cido como “Hypolito”. Esse esportista tem
uma irmã, que também é ginasta e integra
a equipe nacional de GA feminina. Você
sabe o nome dele?
Diego Hypolito.
3. E a irmã desse ginasta, você sabe quem é?
Caso você se lembre, escreva o nome dela
a seguir.
Daniele Hypolito.
A GA é uma modalidade olímpica desde
que os Jogos Olímpicos foram restabelecidos
pelo Barão de Coubertin, em 1896, e a partir
de então sempre esteve nos programas olímpi-
cos. Costuma ser muito aguardada por todos,
pois é um show de beleza, habilidade e destreza.
Vejamos se você conhece alguns aspec-
tos importantes das competições de gi-
nástica artística. Tente se lembrar do que
assistiu pela TV ou internet da Olimpíada
mais recente que você acompanhou.
Nas competições de GA, os ginastas têm
de se apresentar em diferentes aparelhos, que
compõem o conjunto de provas da competição.
4. Assinale com um X os aparelhos da GA.
( X ) Solo.
( X ) Argolas.
( X ) Cavalo com alças.
( X ) Paralelas assimétricas.
( ) Arcos.
( X ) Barra fixa.
( X ) Barras paralelas.
( X ) Salto sobre a mesa.
( ) Bola.
( X ) Trave de equilíbrio.
( ) Peteca.
5. Desses aparelhos, seis fazem parte das
competições masculinas. Quais são eles?
Relacione-os a seguir.
a) Solo.
b) Barra fixa.
c) Barras paralelas.
d) Argolas.
e) Cavalo com alças.
f) Salto sobre a mesa.
6. Quatro deles fazem parte das competições
femininas. Quais são?
a) Solo.
b) Paralelas assimétricas.
c) Trave de equilíbrio.
d) Salto sobre a mesa.
Professor, solicite que os alunos
observem as posições corporais
nas imagens e completem as
questões apresentadas na seção
“Pesquisa individual”, no Caderno do Aluno.
O corpo humano pode assumir diferentes
posições, parado ou em deslocamento. Por
exemplo, estar em pé é uma posição corpo-
ral. Se um ginasta fica em pé, com os braços
elevados, como aparece na primeira imagem,
dizemos que essa é uma posição estendida. O
corpo também fica estendido durante muitos
movimentos da GA. Veja na segunda imagem
uma passagem em apoio sobre uma das mãos
em uma sequência de movimentos sobre o ca-
valo com alças.
27. 26
A J
L A K
E D D A N I E L E
X C O M Ă N E C I X
E Ă E I
D I M I T R I G N
A Ă O
I L
A I L
N N S U
E P A V L O V A I
E S
T S U K A H A R A
L A
A I
S H A W N D
A N D R I A N O V
T N
Y U K I O A
V I T A L Y A S
A T A K E M O T O
F E I I O I
S H A N N O N R A
B
U
A R T H U R
ATIVIDADE AVALIADORA
Os alunos poderão preencher fichas, es-
crever ou desenhar os movimentos apren-
didos. Imagens ou trechos de vídeos com
movimentos característicos da GA poderão
ser utilizados. Solicite aos alunos que identi-
fiquem os movimentos e os associem com jo-
gos e brincadeiras do cotidiano. A intenção
desta Atividade Avaliadora é proporcionar
ao professor elementos que permitam ana-
lisar se os alunos conseguem identificar
alguns elementos da ginástica artística vi-
venciados nas etapas realizadas. Além de
identificar e nomear os movimentos, espera-
-se que os alunos sejam capazes de realizar
alguns desses movimentos, ainda que não se
exija perfeição.
28. 27
Educação Física – 5a
série/6o
ano – Volume 2
Durante o percurso pelas várias etapas das
Situações de Aprendizagem, alguns alunos pode-
rão não apreender os conteúdos da forma espera-
da. É necessário, então, elaborar outras Situações
de Aprendizagem em que os elementos que com-
põem a GA possam ser problematizados e per-
cebidos. Essas situações devem ser diferentes, de
preferência, daquelas que geraram dificuldade
para os alunos. Tais estratégias podem ser desen-
volvidas durante as aulas ou em outros momen-
tos e envolver todos os alunos ou apenas aqueles
que apresentaram dificuldades. Por exemplo:
roteiro de estudos com perguntas nortea-
doras referentes à GA. O Caderno do Alu-
no contém perguntas desse tipo;
apreciação de gestos realizados pelos
colegas durante as diferentes etapas das
Situações de Aprendizagem e posterior
execução;
pesquisas em sites ou em outras fontes
(como revistas ou jornais) para posterior
apresentação sobre temas como histórico,
aparelhos (dimensões) e espaços oficiais
da GA.
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros
BROCHADO, Fernando Augusto; BRO-
CHADO, Mônica Maria Viviani. Fundamen-
tos de ginástica artística e de trampolins. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Os
autores apresentam histórico, aparelhos, des-
crição de gestos e movimentos característicos
da ginástica artística.
SCHIAVON, Laurita Marconi; NISTA-
-PICCOLO, Vilma Leni. Aspectos pedagó-
gicos no ensino da ginástica artística e da gi-
nástica rítmica no cenário escolar. In: PAES,
Roberto Rodrigues; BALBINO, Hermes Fer-
reira. Pedagogia do esporte: contextos e pers-
pectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005. Esse capítulo apresenta informações so-
bre a ginástica artística, sugerindo adaptações
de materiais e de espaços para a sua prática.
Artigos
ARAÚJO, Aline Winnie Galvão; FARO, Car-
men L. Cunha. Possibilidades do ensino da
ginástica artística nas aulas de educação física
escolar a partir da pedagogia crítico-emancipa-
tória. Universidade Estadual do Pará, 2012.
Disponível em: <http://paginas.uepa.br/ccbs/
edfisica/files/2012.2/ALINE_WINNIE.pdf>.
Acesso em: 11 mar. 2014. As autoras apresen-
tam possibilidades para o ensino do GA nas
aulas, com exemplos detalhados.
VIGARELLO, Georges. A invenção da ginás-
tica no século XIX: movimentos novos, corpos
novos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte,
Campinas, set. 2003. v. 25, n. 1, p. 9-20. Dispo-
nível em: <http://www.rbceonline.org.br/revista/
index.php/RBCE/article/view/170>. Acesso em:
11 nov. 2013. Esse artigo apresenta o histórico
da ginástica no contexto do século XIX.
Sites
Confederação Brasileira de Ginástica. Dispo-
nível em: <http://www.cbginastica.com.br>.
Acesso em: 11 nov. 2013. Informações sobre
o calendário esportivo da ginástica rítmica e
demais modalidades gímnicas.
Federação Internacional de Ginástica. Dispo-
nível em: <http://www.fig-gymnastics.com>.
Acesso em: 11 nov. 2013. Informações sobre
o calendário esportivo da ginástica e das dife-
rentes modalidades gímnicas mundiais.
32. 31
Educação Física – 5a
série/6o
ano – Volume 2
Inicialmente, verifique quais as estrutu-
ras do corpo os alunos associam às técnicas
mais comuns do futsal. A seguir, mostre a
eles os ossos, os músculos e as articulações
envolvidos nos movimentos mais frequentes
que apontaram e os oriente a, em grupos,
estimular a flexibilidade articular e a força
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
(RE)CONHECENDO MEU CORPO EM MOVIMENTO
muscular das principais estruturas envol-
vidas na habilidade. Finalmente, propo-
nha um jogo de chute a gol e ressalte as
diferenças individuais, que interferem na
performance, e sugira adaptações na forma-
ção dos grupos de acordo com as variadas
estaturas dos alunos.
Conteúdo e temas: aparelho locomotor envolvido nas habilidades do futsal; exercícios que ativam as
estruturas do corpo (flexibilidade articular e força muscular); maturação das estruturas do aparelho
locomotor (estatura).
Competências e habilidades: identificar as próprias estruturas corporais nas habilidades do futsal; asso-
ciar exercícios de flexibilidade e força às articulações e aos músculos; associar as diferenças do aparelho
locomotor à performance em habilidades esportivas.
Sugestão de recursos: folha de papel kraft; giz; cabos de vassoura; mangueira; fios de lã; canos de PVC; fita-
-crepe adesiva ou semelhante; imagens e fotos das estruturas corporais; filmes sobre o sistema locomotor.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 3
Etapa 1 – O que conheço do meu corpo?
Esta etapa inclui uma avaliação diagnóstica
em que os alunos identificam em uma figura do
corpo humano – os ossos, os músculos e as ar-
ticulações que conhecem. Oriente-os a escolher
uma situação específica do futsal (chute, passe,
cabeceio, defesa do goleiro etc.) para que seja por
eles representada numa folha de papel kraft ou
então desenhada, contornando o próprio corpo,
com giz, no solo da quadra. A utilização do papel
kraft facilitará o registro e a análise posterior.
A seguir, os alunos identificarão os princi-
pais ossos, músculos e articulações envolvidos
no movimento, desenhando-os ou assinalan-
do-os na figura após a experimentação/vivên-
cia do movimento.
Quando todos os alunos realizarem a ta-
refa proposta, registre (anote ou fotografe) os
movimentos e as estruturas identificadas por
eles para posterior análise. Solicite que ob-
servem a figura de um colega que se destaque
por conter estruturas do corpo que serão tra-
balhadas na próxima etapa (ossos, músculos,
articulações), para que pesquisem a nomen-
clatura correspondente.
Professor, faça uma reflexão com
os alunos sobre as considerações
apresentadas nas questões da se-
ção “Para começo de conversa”,
no Caderno do Aluno.
Se você tem um irmão ou irmã mais velho/
velha ou observa os alunos e as alunas das ou-
tras séries/anos, já deve ter notado que alguns
crescem muito rápido, quase do dia para a
noite! Ou mesmo na sua própria turma: aque-
la amiga ou menina que chamava tanto sua
atenção volta das férias mais alta do que você.
Isso é chamado de estirão de crescimen-
to. Nas meninas, o estirão costuma acontecer
38. 37
Educação Física – 5a
série/6o
ano – Volume 2
Somos todos iguais? Ou duas alturas, duas
medidas...?
Agora que você já sabe um pouco sobre o
aparelho locomotor, vamos voltar à questão ini-
cial: analisar se as diferenças físicas individuais,
como estatura, força, flexibilidade etc., interfe-
rem na performance. Você já notou que atletas
de determinadas modalidades têm característi-
cas físicas semelhantes? Por exemplo, os jogado-
res de basquete costumam ser altos, e os ginastas
são mais baixos. Em uma mesma modalidade
esportiva, dependendo da posição, é comum o
jogador apresentar uma característica física se-
melhante. Veja o futebol: em geral, os goleiros e
os zagueiros são mais altos. No basquetebol, os
pivôs são mais altos do que os alas e os armado-
res. No voleibol, o levantador costuma ser mais
baixo que os atacantes, e assim por diante.
Você provavelmente vivenciará nas aulas
de Educação Física uma atividade de chute
a gol com variações no tamanho das traves,
variações de ataque e defesa etc. Após a vivên-
cia, responda:
2. A dimensão da trave, a estatura do goleiro
ou a técnica do atacante interferiram no
desempenho dos participantes? Como?
Espera-se que o aluno comente que essas variáveis interfe-
rem no desempenho.
3. O desempenho das equipes que defende-
ram gols em traves maiores foi o mesmo
das equipes que defenderam gols em traves
menores? Explique.
Espera-se que o aluno perceba que as diferenças indivi-
duais, além das variáveis materiais (trave), interferem no
desempenho.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS NA GA
Durante o aprendizado dos movimentos
da GA, os alunos identificaram as articulações
envolvidas nos movimentos da modalidade,
descrevendo-os com o auxílio do professor. A
seguir, eles analisarão a execução dos movimen-
tos nos colegas da própria turma.
Conteúdo e temas: articulações utilizadas na GA; nomenclatura dos movimentos das articulações usa-
das na GA.
Competências e habilidades: descrever os movimentos na GA (flexão de quadril, rotação de ombro,
extensão da coluna); perceber articulações e musculatura envolvidas em sequências de movimen-
tos da GA em si e no outro.
Sugestão de recursos: bancos suecos, cordas, colchonetes ou colchão de ginástica.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 4
Etapa 1 – Explicando as habilidades da GA
Durante as aulas do tema GA, peça aos
alunos que percebam as articulações envol-
vidas nos movimentos praticados para que,
após a vivência dos movimentos específicos
da modalidade, identifiquem as articulações
envolvidas e as descrevam (flexão, extensão,
rotação, adução, abdução, elevação) com a
sua ajuda. Sugere-se a utilização de material
de apoio com imagens dos movimentos pra-
ticados (fotos, desenhos, recortes de jornal),
como exemplificado na tabela a seguir.
43. 42
Depois de tudo isso, você está curioso para saber o que pode ser um café da manhã sau-
dável e completo? Então vamos lá. Ele pode ter:
alimentos energéticos (ricos em carboidratos): pão integral, pão francês, torrada, bo-
lachas simples (como água e sal, maisena e de leite), cereais matinais ou barrinha de
cereais;
laticínios (ricos em proteínas e cálcio): leite (que pode vir acompanhado de café ou acho-
colatado), iogurte, queijo, requeijão ou vitamina de frutas;
frutas (ricas em vitaminas, minerais e fibras): mamão, laranja e ameixa ajudam seu intesti-
no a funcionar melhor. Os sucos de frutas também são excelentes opções.
Atenção! Alimentos como geleia de frutas, margarina ou manteiga, bolachas recheadas
e cereais matinais muito açucarados devem ser consumidos em menor quantidade, pois têm
muita gordura e/ou açúcar.
Muitas pessoas dizem não tomar o café da manhã por falta de apetite. Se você é uma delas,
experimente comer menos à noite e ao acordar tome um copo de vitamina com leite e frutas
(mamão e banana) batidos com uma colher de aveia. Assim você sairá de casa bem alimentado.
Curiosidade
Você sabe qual é a diferença entre manteiga e margarina?
A manteiga é feita de leite (de vaca ou cabra, geralmente), ou seja, é de origem animal. Já
a margarina é produzida com óleos de plantas como a soja ou o milho, portanto, é de origem
vegetal. Tanto uma quanto a outra têm muita gordura. Por isso, consuma-as com moderação.
Para refletir
Você toma café da manhã todos os dias?
Seu café da manhã tem alimentos energéticos, laticínios e frutas como os que foram citados?
Tome nota!
Agora você deve saber que:
quando estamos dormindo também gastamos energia. Para que o organismo comece bem
o dia e funcione melhor, é importante tomarmos um café da manhã saudável e nutritivo;
o café da manhã ajuda a melhorar o rendimento escolar, pois “o cérebro fica mais atento”
às informações e, assim, podemos aprender mais e melhor.
44. 43
Educação Física – 5a
série/6o
ano – Volume 2
Livros
CALAIS-GERMAIN, Blandine. Anatomia
para o movimento: introdução à análise das téc-
nicas corporais. São Paulo: Manole, 2010. v. 1.
Apresenta a estrutura e os movimentos das ar-
ticulações do corpo (tronco, ombro, cotovelo,
punho, mão, quadril, joelho, tornozelo e pé).
GUEDES, Dartagnan Pinto; GUEDES,
Joana Elisabete Ribeiro Pinto. Crescimento,
composição corporal e desempenho motor:
de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR
Balieiros, 1997. Expõe dados de estudos com
crianças e adolescentes em diferentes testes
motores e antropométricos.
KUNZ, Elenor (Org.). Didática da Educação
Física 2. 3. ed. Ijuí: Unijuí, 2005. O livro traz
diferentes possibilidades para pensar sobre a
transformação do tratamento de alguns temas
e conteúdos da Educação Física. Destaque
para a Unidade didática 5, que aborda o “co-
nhecimento de si” como essencial no processo
de criação de determinados movimentos.
MALINA, Robert M.; BOUCHARD, Claude.
Atividade física do atleta jovem: do crescimento
à maturação. São Paulo: Roca, 2002. Trata do
processo de crescimento, maturação e desem-
penho durante a infância e a juventude.
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
46. 45
Educação Física – 5a
série/6o
ano – Volume 2
Seja como for, Schelenz difundiu o hande-
bol pela Europa. Quando os homens também
passaram a praticar esse esporte, os limites
do espaço de jogo foram ampliados para as
medidas do campo de futebol e cada equipe
passou a contar com 11 jogadores. O diretor
da Escola de Educação Física da Alemanha
tornou o handebol uma modalidade espor-
tiva oficial em 1920. Segundo Borsari (1977),
a Federação Internacional de Handebol foi
criada em 1927, com a inscrição de 39 países.
Em 1936, o Comitê Olímpico Internacional
incluiu esse esporte nas Olimpíadas de Ber-
lim e, dois anos depois, em 1938, a equipe
alemã vencia o primeiro Campeonato Mun-
dial de Handebol.
Foram os suecos que propuseram a práti-
ca do handebol em locais fechados, por causa
das baixas temperaturas do inverno europeu.
Diante disso, o esporte passou a ser jogado
com sete jogadores por equipe, ganhan-
do muita popularidade após a Segunda
Guerra Mundial.
O handebol chegou ao Brasil por volta de
1930, tendo sido difundido principalmente por
imigrantes alemães na cidade de São Paulo. A
criação da Federação Paulista de Handebol,
em 1940, serviu de estímulo para que a mo-
dalidade esportiva passasse a ganhar muitos
adeptos e praticantes no país, especialmente
nas escolas.
Para Greco (2007), o handebol pode ser
jogado e entendido com base em seus aspec-
tos técnicos e táticos. Eles estão presentes, por
exemplo, nas situações de ataque e de defesa,
revelando-se em táticas individuais e coletivas
e conforme o comportamento dos jogadores.
Na abordagem aqui defendida, o objetivo
dessa prática é a construção, por parte dos alu-
nos, do entendimento da dinâmica tática dos
esportes, proposta a partir de situações-proble-
ma presentes no próprio jogo formal.
Por isso, é necessário esclarecer o que se
entende por técnica e tática. A técnica seria
o modo de fazer ou de realizar determinada
prática esportiva. Já a tática seria o conjunto
de razões para aquela determinada ação. Téc-
nica e tática estão relacionadas, dependendo
uma da outra. Nesse sentido, o que deve ser
realizado numa situação de jogo (a técnica) é
constantemente mobilizado pelas exigências
da situação do jogo (a tática).
Esta proposta pedagógica objetiva o
desenvolvimento do processo de ensino-
-aprendizagem do handebol com base nos
“princípios operacionais” propostos por
Bayer (1994) e identificados em situações de
ataque e de defesa.
Em situação de ataque:
1. conservação da posse de bola;
2. progressão da bola e da equipe em dire-
ção ao alvo adversário;
3. finalização em direção ao alvo.
Em situação de defesa:
1. recuperação da posse de bola;
2. contenção da bola e da equipe adversá-
ria em direção ao próprio alvo;
3. proteção do alvo.
Presentes em toda prática esportiva cole-
tiva, tais princípios serão utilizados na cons-
trução do processo de ensino-aprendizagem
do handebol. Por isso, priorizamos Situações
de Aprendizagem balizadas nesses princípios
operacionais. Eles têm mostrado grande po-
tencialidade ao proporcionar o entendimento
da dinâmica geral dos esportes, sem a fragmen-
tação das modalidades esportivas em funda-
mentos técnicos ou habilidades básicas, como
acontece tradicionalmente em nossa área.
53. 52
Conteúdo e temas: aspectos táticos individuais e coletivos do handebol; princípios operacionais do
esporte coletivo aplicados ao handebol.
Competências e habilidades: compreender e realizar os princípios operacionais do esporte coletivo
aplicados a situações específicas do handebol; elaborar pensamento tático individual e coletivo; pra-
ticar situações reduzidas do handebol.
Sugestão de recursos: bolas de handebol; cones ou garrafas PET; giz.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 6
Etapa 1 – Conservação e circulação da bola
no ataque
Divida a turma em grupos de seis alunos.
Peça aos grupos que escolham diferentes luga-
res para se posicionar na quadra. Com um giz,
eles deverão desenhar um círculo de aproxima-
damente 1 m de raio, onde colocarão um cone
(ou garrafa PET), que será o alvo a ser defen-
dido. Peça que iniciem jogos rápidos de 3 x 3,
trocando passes com as mãos, tentando acertar
o alvo. Essa atividade permite uma série de pos-
sibilidades de intervenção para que os alunos
comecem a construir o pensamento tático ofen-
sivo, que inclui a necessidade de:
circulação rápida da bola pela equipe que
ataca;
posicionamento à frente do defensor para
recepção da bola;
buscar espaços vazios na quadra, por meio
de diferentes formas de fintas de corpo, para
que ocorra a oportunidade de recepção da
bola em situação favorável ao ataque.
Posteriormente, pode-se repetir a atividade
realizando jogos com equipes maiores (4 x 4,
5 x 5 e 6 x 6), tomando o cuidado de aumentar
o círculo em torno do alvo.
Durante a realização da atividade, expli-
que o movimento de progressão, enfatizando
que é uma forma de deslocamento típica do
handebol. Tal ação favorece a movimenta-
ção individual do jogador com a posse de
bola no ataque, já que não é necessário qui-
car a bola no chão para o deslocamento de
até três passadas. Apresente as diferentes
formas de passe utilizadas no handebol,
mostrando-as sempre associadas à sua utili-
zação no jogo, para que as exigências técni-
cas e táticas não se dissociem.
Etapa 2 – Progressão da bola e da equipe
ao ataque
Nessa etapa, pretende-se que os alunos
compreendam os mecanismos necessários à
progressão da bola e dos jogadores em direção
ao alvo (gol do adversário). Sua ênfase é a tran-
sição da equipe para o ataque, bem como sua
organização para a finalização em direção ao
gol com maiores chances de êxito.
Organize os alunos em grupos de seis, posi-
cionando-os nas extremidades da quadra (me-
tade de cada lado). Um primeiro grupo partirá
de uma das extremidades em direção à outra
conduzindo a bola, enquanto o outro se posi-
cionará para defender. Deixe o jogo acontecer
até a conclusão do ataque. Após a finalização
do lance, a equipe que defendeu deve se des-
locar em direção à extremidade oposta, com
o objetivo de atacar outro grupo de alunos,
posicionado para defender. Essa é uma boa
oportunidade para propor diferentes formas
de condução da bola para o ataque, com um