Reabilitação em pacientes com amputação em membros inferiores, um guia prático que vai te ajudar a ter uma clareza do quão importante é fazer cada manobra da forma correta, está bem ilustrativo de como fazer.
2. REABILITAÇÃO
Reabilitar um amputado não significa
necessariamente protetizá-lo.
Aos candidatos ao uso de prótese: a
reabilitação só chegará ao fim quando
eles estiverem fazendo uso da prótese,
com total controle e independência nas
AVDs, profissionais e recreativas.
3. REABILITAÇÃO: objetivos
Bom equilíbrio muscular;
Potencializar grupos musculares debilitados;
Recuperar a função muscular prévia;
Impedir e eliminar contraturas;
Impedir deformidades secundárias;
i e eliminar estados dolorosos;
Modelar e maturar o coto;
Prótese com perfeitas condições de ajuste e
alinhamento;
Treinamento de marcha.
4. REABILITAÇÃO
Dividido em 4 fases:
Reabilitação pré e pós-amputação e
Reabilitação pré e pós-protetização.
5. REABILITAÇÃO PREVENTIVA
Neuropatia diabética e doença vascular
periférica lesões nos pés, se não
forem devidamente tratadas
amputação.
Conscientizar quanto aos riscos de
lesões e orientações quanto aos
cuidados a serem tomados.
6. REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO
Nem sempre pode ser realizada com
todos os pacientes.
Maiores candidatos: pacientes com
doença em evolução e que ainda lutam
pela não-amputação (vasculopatias,
neoplasias, processos infecciosos).
7. REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO
Aliviar o quadro de depressão e
ansiedade do paciente (a cirurgia, em
muitos casos, proporciona melhora da
qualidade de vida);
Conscientizar o paciente sobre os
recursos protéticos;
Mobilidade no leito;
fortalecimento (MMSS, tronco e MI
contralateral);
8. REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO
Manter e/ou h ADM de todos os
membros;
Estabelecer reservas
cardiorrespiratórias;
Treinar independência nas AVDs;
Treinar transferências, equilíbrio e
marcha.
9. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
Trabalho similar ao da fase pré-
amputação, atenção especial ao coto de
amputação.
Em alguns pacientes pode ser utilizada
técnica de protetização imediata.
10. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO:
objetivos
Prevenir contraturas articulares;
Fortalecer e coordenar o controle muscular do
membro amputado;
Fortalecer e mobilizar o MI não afetado;
Fortalecer e mobilizar o tronco;
Controlar edema do coto;
Estimular independência e
Estimular deambulação precoce com
auxiliares de marcha.
11. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
CICATRIZAÇÃO:
Cuidado com o local de sutura durante
os exercícios.
Deve ser lisa e livre (depende do
procedimento cirúrgico).
Atenção à presença de: secreções,
deiscências ou necrose local.
13. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
PREVENÇÃO DE DEFORMIDADES
Orientar o paciente quanto à tendência à
contraturas e deformidades nas
articulações proximais à amputação.
Realização de exercícios isométricos e
isotônicos.
14. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
ORIENTAÇÃO POSTURAL
Coto sempre paralelo ao membro
contralateral.
Posições que dificultam ou impedem a
instalação de deformidades ou h do
edema.
MOBILIZAÇÃO NO LEITO
Evitar imobilidade (atrofias por desuso e
escaras).
16. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
1960 – Berlemont introduziu a técnica de
protetização imediata na Europa.
1966 – modificada e adaptada por Weiss.
Programa de protetização imediata, realizada
no próprio centro cirúrgico.
Realizada em pacientes com amputação
programada.
Objetivo: acelerar o processo de reabilitação.
Indicado principalmente para pacientes
jovens.
17. TRATAMENTOS CONSERVADORES
Processo conservadores pacientes
permanecem alguns dias acamados,
aguardando melhora da cicatrização cirúrgica
excessiva perda de tempo e produtividade.
Pacientes não-orientados dificuldade e
medo nas transferências, grande edema local,
atrofias do membro não-amputado, maior
queixa em relação à dor e sensações
fantasmas, somadas a problemas
psicológicos.
18. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA E
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Maior controle do edema (melhor forma
do coto);
Estabilização muscular;
Melhor vascularização local;
Menor atrofia muscular;
Maturação do coto;
Dores fantasma com menos frequência;
Auxílio nas transferências;
19. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA E
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Deambulação precoce com descarga de
peso parcial;
Maior independência;
Menor tempo de internação e
Melhora psicológica (maior aceitação da
amputação).
20. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
Inicia-se logo após a sutura cirúrgica.
Realiza-se um curativo rígido (enfaixamento
gessado após preparação do coto com alívio
de extremidades ósseas e pontos de descarga
de peso, confeccionado com manta de
algodão e malha tubular).
Na região distal do curativo rígido é preso um
adaptador por meio de ataduras gessadas, no
qual posteriormente serão fixados os
componentes modulares (tubo e pé).
22. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
Paciente: ao se recuperar do efeito
anestésico, já acordará com o membro
adaptado (imagem corporal preservada).
2º dia PO: poderá ser realizada descarga de
peso parcial.
O ortostatismo contribui para: sistema
cardiorrespiratório, musculoesquelético e
condições proprioceptivas.
Em alguns casos utilizam-se pilões em vez de
componentes modulares.
27. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
Após alguns dias de PO: curativo rígido é trocado
para avaliação do estado da pele e cicatrização.
Entre esse espaço de tempo, cuidado com: sinais
infecciosos (febre, dor e mau cheiro) controle e
acesso ao coto impossibilitados pelo curativo.
Cicatrização total do membro: confeccionar
prótese intermediária, e após maturação total do
coto uma definitiva.
OBS: todo o processo até a protetização final pode
levar de 30 a 45 dias.
28. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
Intercorrências acarretam h tempo do
processo de reabilitação.
A técnica também pode ser executada com
sistema pneumático (bolsões de ar localizados
dentro de uma estrutura rígida realizam
pressão dosificada, mediante controle por
manômetro). Possibilita ao paciente manter-se
em pé e caminhar precocemente. Só utilizado
em amputações transtibiais e desarticulação
de joelho.
30. Protetização Imediata x Precoce
Outra técnica protetização precoce.
Iniciada logo após a cicatrização do
coto.
Período entre amputação e cicatrização
total pode ser realizado um trabalho de
fortalecimento, dessensibilização,
posicionamento do coto, utilização de
meias compressivas.
31. Cuidados pós-operatórios e
treinamento da marcha
Os exercícios realizados com o paciente
em pé são mais eficientes (mesmo sem
realizar a deambulação).
A finalidade inicial desse procedimento
não é agir sobre a marcha, mas
conservar o outro membro, melhorando
circulação e propriocepção.
32. Cuidados pós-operatórios e
treinamento da marcha
Inicia-se com descarga de peso parcial sobre
o membro amputado. Não é recomendável
inicialmente treinar a marcha.
A marcha será trabalhada progressivamente
(muletas, andadores, barras paralelas).
Treino de equilíbrio e realização de marcha
limitada exercícios para tronco e MMSS.
Atenção à queixas de dores localizadas ou
deslocamentos do coto dentro do encaixe
rígido.