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REABILITAÇÃO DOS
PACIENTES COM AMPUTAÇÃO
EM MMII
APOSTILA 13
REABILITAÇÃO
 Reabilitar um amputado não significa
necessariamente protetizá-lo.
 Aos candidatos ao uso de prótese: a
reabilitação só chegará ao fim quando
eles estiverem fazendo uso da prótese,
com total controle e independência nas
AVDs, profissionais e recreativas.
REABILITAÇÃO: objetivos
 Bom equilíbrio muscular;
 Potencializar grupos musculares debilitados;
 Recuperar a função muscular prévia;
 Impedir e eliminar contraturas;
 Impedir deformidades secundárias;
 i e eliminar estados dolorosos;
 Modelar e maturar o coto;
 Prótese com perfeitas condições de ajuste e
alinhamento;
 Treinamento de marcha.
REABILITAÇÃO
Dividido em 4 fases:
 Reabilitação pré e pós-amputação e
 Reabilitação pré e pós-protetização.
REABILITAÇÃO PREVENTIVA
 Neuropatia diabética e doença vascular
periférica  lesões nos pés, se não
forem devidamente tratadas 
amputação.
 Conscientizar quanto aos riscos de
lesões e orientações quanto aos
cuidados a serem tomados.
REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO
 Nem sempre pode ser realizada com
todos os pacientes.
 Maiores candidatos: pacientes com
doença em evolução e que ainda lutam
pela não-amputação (vasculopatias,
neoplasias, processos infecciosos).
REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO
 Aliviar o quadro de depressão e
ansiedade do paciente (a cirurgia, em
muitos casos, proporciona melhora da
qualidade de vida);
 Conscientizar o paciente sobre os
recursos protéticos;
 Mobilidade no leito;
 fortalecimento (MMSS, tronco e MI
contralateral);
REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO
 Manter e/ou h ADM de todos os
membros;
 Estabelecer reservas
cardiorrespiratórias;
 Treinar independência nas AVDs;
 Treinar transferências, equilíbrio e
marcha.
REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
 Trabalho similar ao da fase pré-
amputação, atenção especial ao coto de
amputação.
 Em alguns pacientes pode ser utilizada
técnica de protetização imediata.
REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO:
objetivos
 Prevenir contraturas articulares;
 Fortalecer e coordenar o controle muscular do
membro amputado;
 Fortalecer e mobilizar o MI não afetado;
 Fortalecer e mobilizar o tronco;
 Controlar edema do coto;
 Estimular independência e
 Estimular deambulação precoce com
auxiliares de marcha.
REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
CICATRIZAÇÃO:
 Cuidado com o local de sutura durante
os exercícios.
 Deve ser lisa e livre (depende do
procedimento cirúrgico).
 Atenção à presença de: secreções,
deiscências ou necrose local.
REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
 Necrose na linha de cicatrização
REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
PREVENÇÃO DE DEFORMIDADES
 Orientar o paciente quanto à tendência à
contraturas e deformidades nas
articulações proximais à amputação.
Realização de exercícios isométricos e
isotônicos.
REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO
ORIENTAÇÃO POSTURAL
 Coto sempre paralelo ao membro
contralateral.
 Posições que dificultam ou impedem a
instalação de deformidades ou h do
edema.
MOBILIZAÇÃO NO LEITO
 Evitar imobilidade (atrofias por desuso e
escaras).
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 1960 – Berlemont introduziu a técnica de
protetização imediata na Europa.
 1966 – modificada e adaptada por Weiss.
 Programa de protetização imediata, realizada
no próprio centro cirúrgico.
 Realizada em pacientes com amputação
programada.
 Objetivo: acelerar o processo de reabilitação.
 Indicado principalmente para pacientes
jovens.
TRATAMENTOS CONSERVADORES
 Processo conservadores  pacientes
permanecem alguns dias acamados,
aguardando melhora da cicatrização cirúrgica
 excessiva perda de tempo e produtividade.
 Pacientes não-orientados  dificuldade e
medo nas transferências, grande edema local,
atrofias do membro não-amputado, maior
queixa em relação à dor e sensações
fantasmas, somadas a problemas
psicológicos.
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA E
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
 Maior controle do edema (melhor forma
do coto);
 Estabilização muscular;
 Melhor vascularização local;
 Menor atrofia muscular;
 Maturação do coto;
 Dores fantasma com menos frequência;
 Auxílio nas transferências;
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA E
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
 Deambulação precoce com descarga de
peso parcial;
 Maior independência;
 Menor tempo de internação e
 Melhora psicológica (maior aceitação da
amputação).
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 Inicia-se logo após a sutura cirúrgica.
 Realiza-se um curativo rígido (enfaixamento
gessado após preparação do coto com alívio
de extremidades ósseas e pontos de descarga
de peso, confeccionado com manta de
algodão e malha tubular).
 Na região distal do curativo rígido é preso um
adaptador por meio de ataduras gessadas, no
qual posteriormente serão fixados os
componentes modulares (tubo e pé).
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 Paciente: ao se recuperar do efeito
anestésico, já acordará com o membro
adaptado (imagem corporal preservada).
 2º dia PO: poderá ser realizada descarga de
peso parcial.
 O ortostatismo contribui para: sistema
cardiorrespiratório, musculoesquelético e
condições proprioceptivas.
 Em alguns casos utilizam-se pilões em vez de
componentes modulares.
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 Descarga de peso parcial
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 Pilão
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 Exercícios isotônicos
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 Após alguns dias de PO: curativo rígido é trocado
para avaliação do estado da pele e cicatrização.
 Entre esse espaço de tempo, cuidado com: sinais
infecciosos (febre, dor e mau cheiro)  controle e
acesso ao coto impossibilitados pelo curativo.
 Cicatrização total do membro: confeccionar
prótese intermediária, e após maturação total do
coto uma definitiva.
OBS: todo o processo até a protetização final pode
levar de 30 a 45 dias.
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 Intercorrências acarretam h tempo do
processo de reabilitação.
 A técnica também pode ser executada com
sistema pneumático (bolsões de ar localizados
dentro de uma estrutura rígida realizam
pressão dosificada, mediante controle por
manômetro). Possibilita ao paciente manter-se
em pé e caminhar precocemente. Só utilizado
em amputações transtibiais e desarticulação
de joelho.
PROTETIZAÇÃO IMEDIATA
 Prótese Pneumática
Protetização Imediata x Precoce
 Outra técnica  protetização precoce.
 Iniciada logo após a cicatrização do
coto.
 Período entre amputação e cicatrização
total pode ser realizado um trabalho de
fortalecimento, dessensibilização,
posicionamento do coto, utilização de
meias compressivas.
Cuidados pós-operatórios e
treinamento da marcha
 Os exercícios realizados com o paciente
em pé são mais eficientes (mesmo sem
realizar a deambulação).
 A finalidade inicial desse procedimento
não é agir sobre a marcha, mas
conservar o outro membro, melhorando
circulação e propriocepção.
Cuidados pós-operatórios e
treinamento da marcha
 Inicia-se com descarga de peso parcial sobre
o membro amputado. Não é recomendável
inicialmente treinar a marcha.
 A marcha será trabalhada progressivamente
(muletas, andadores, barras paralelas).
 Treino de equilíbrio e realização de marcha
limitada  exercícios para tronco e MMSS.
 Atenção à queixas de dores localizadas ou
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rígido.
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REABILITAÇÃO DOS PACIENTES COM AMPUTAÇÃO EM MMII.pdf

  • 1. REABILITAÇÃO DOS PACIENTES COM AMPUTAÇÃO EM MMII APOSTILA 13
  • 2. REABILITAÇÃO  Reabilitar um amputado não significa necessariamente protetizá-lo.  Aos candidatos ao uso de prótese: a reabilitação só chegará ao fim quando eles estiverem fazendo uso da prótese, com total controle e independência nas AVDs, profissionais e recreativas.
  • 3. REABILITAÇÃO: objetivos  Bom equilíbrio muscular;  Potencializar grupos musculares debilitados;  Recuperar a função muscular prévia;  Impedir e eliminar contraturas;  Impedir deformidades secundárias;  i e eliminar estados dolorosos;  Modelar e maturar o coto;  Prótese com perfeitas condições de ajuste e alinhamento;  Treinamento de marcha.
  • 4. REABILITAÇÃO Dividido em 4 fases:  Reabilitação pré e pós-amputação e  Reabilitação pré e pós-protetização.
  • 5. REABILITAÇÃO PREVENTIVA  Neuropatia diabética e doença vascular periférica  lesões nos pés, se não forem devidamente tratadas  amputação.  Conscientizar quanto aos riscos de lesões e orientações quanto aos cuidados a serem tomados.
  • 6. REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO  Nem sempre pode ser realizada com todos os pacientes.  Maiores candidatos: pacientes com doença em evolução e que ainda lutam pela não-amputação (vasculopatias, neoplasias, processos infecciosos).
  • 7. REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO  Aliviar o quadro de depressão e ansiedade do paciente (a cirurgia, em muitos casos, proporciona melhora da qualidade de vida);  Conscientizar o paciente sobre os recursos protéticos;  Mobilidade no leito;  fortalecimento (MMSS, tronco e MI contralateral);
  • 8. REABILITAÇÃO PRÉ-AMPUTAÇÃO  Manter e/ou h ADM de todos os membros;  Estabelecer reservas cardiorrespiratórias;  Treinar independência nas AVDs;  Treinar transferências, equilíbrio e marcha.
  • 9. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO  Trabalho similar ao da fase pré- amputação, atenção especial ao coto de amputação.  Em alguns pacientes pode ser utilizada técnica de protetização imediata.
  • 10. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO: objetivos  Prevenir contraturas articulares;  Fortalecer e coordenar o controle muscular do membro amputado;  Fortalecer e mobilizar o MI não afetado;  Fortalecer e mobilizar o tronco;  Controlar edema do coto;  Estimular independência e  Estimular deambulação precoce com auxiliares de marcha.
  • 11. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO CICATRIZAÇÃO:  Cuidado com o local de sutura durante os exercícios.  Deve ser lisa e livre (depende do procedimento cirúrgico).  Atenção à presença de: secreções, deiscências ou necrose local.
  • 12. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO  Necrose na linha de cicatrização
  • 13. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO PREVENÇÃO DE DEFORMIDADES  Orientar o paciente quanto à tendência à contraturas e deformidades nas articulações proximais à amputação. Realização de exercícios isométricos e isotônicos.
  • 14. REABILITAÇÃO PÓS-AMPUTAÇÃO ORIENTAÇÃO POSTURAL  Coto sempre paralelo ao membro contralateral.  Posições que dificultam ou impedem a instalação de deformidades ou h do edema. MOBILIZAÇÃO NO LEITO  Evitar imobilidade (atrofias por desuso e escaras).
  • 16. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA  1960 – Berlemont introduziu a técnica de protetização imediata na Europa.  1966 – modificada e adaptada por Weiss.  Programa de protetização imediata, realizada no próprio centro cirúrgico.  Realizada em pacientes com amputação programada.  Objetivo: acelerar o processo de reabilitação.  Indicado principalmente para pacientes jovens.
  • 17. TRATAMENTOS CONSERVADORES  Processo conservadores  pacientes permanecem alguns dias acamados, aguardando melhora da cicatrização cirúrgica  excessiva perda de tempo e produtividade.  Pacientes não-orientados  dificuldade e medo nas transferências, grande edema local, atrofias do membro não-amputado, maior queixa em relação à dor e sensações fantasmas, somadas a problemas psicológicos.
  • 18. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA E MOBILIZAÇÃO PRECOCE  Maior controle do edema (melhor forma do coto);  Estabilização muscular;  Melhor vascularização local;  Menor atrofia muscular;  Maturação do coto;  Dores fantasma com menos frequência;  Auxílio nas transferências;
  • 19. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA E MOBILIZAÇÃO PRECOCE  Deambulação precoce com descarga de peso parcial;  Maior independência;  Menor tempo de internação e  Melhora psicológica (maior aceitação da amputação).
  • 20. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA  Inicia-se logo após a sutura cirúrgica.  Realiza-se um curativo rígido (enfaixamento gessado após preparação do coto com alívio de extremidades ósseas e pontos de descarga de peso, confeccionado com manta de algodão e malha tubular).  Na região distal do curativo rígido é preso um adaptador por meio de ataduras gessadas, no qual posteriormente serão fixados os componentes modulares (tubo e pé).
  • 22. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA  Paciente: ao se recuperar do efeito anestésico, já acordará com o membro adaptado (imagem corporal preservada).  2º dia PO: poderá ser realizada descarga de peso parcial.  O ortostatismo contribui para: sistema cardiorrespiratório, musculoesquelético e condições proprioceptivas.  Em alguns casos utilizam-se pilões em vez de componentes modulares.
  • 26.
  • 27. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA  Após alguns dias de PO: curativo rígido é trocado para avaliação do estado da pele e cicatrização.  Entre esse espaço de tempo, cuidado com: sinais infecciosos (febre, dor e mau cheiro)  controle e acesso ao coto impossibilitados pelo curativo.  Cicatrização total do membro: confeccionar prótese intermediária, e após maturação total do coto uma definitiva. OBS: todo o processo até a protetização final pode levar de 30 a 45 dias.
  • 28. PROTETIZAÇÃO IMEDIATA  Intercorrências acarretam h tempo do processo de reabilitação.  A técnica também pode ser executada com sistema pneumático (bolsões de ar localizados dentro de uma estrutura rígida realizam pressão dosificada, mediante controle por manômetro). Possibilita ao paciente manter-se em pé e caminhar precocemente. Só utilizado em amputações transtibiais e desarticulação de joelho.
  • 30. Protetização Imediata x Precoce  Outra técnica  protetização precoce.  Iniciada logo após a cicatrização do coto.  Período entre amputação e cicatrização total pode ser realizado um trabalho de fortalecimento, dessensibilização, posicionamento do coto, utilização de meias compressivas.
  • 31. Cuidados pós-operatórios e treinamento da marcha  Os exercícios realizados com o paciente em pé são mais eficientes (mesmo sem realizar a deambulação).  A finalidade inicial desse procedimento não é agir sobre a marcha, mas conservar o outro membro, melhorando circulação e propriocepção.
  • 32. Cuidados pós-operatórios e treinamento da marcha  Inicia-se com descarga de peso parcial sobre o membro amputado. Não é recomendável inicialmente treinar a marcha.  A marcha será trabalhada progressivamente (muletas, andadores, barras paralelas).  Treino de equilíbrio e realização de marcha limitada  exercícios para tronco e MMSS.  Atenção à queixas de dores localizadas ou deslocamentos do coto dentro do encaixe rígido.
  • 33. Treino de marcha, descarga de peso e propriocepção