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Mercado de Capitais
Curso: Administração
Prof.: José Salviano Borges
Catalão, 02 de setembro de 2022
Macroeconomia
Política Monetária
Introdução
 A política macroeconômica é basicamente o que define as políticas
econômicas aplicadas de um país, sendo dividida, basicamente em:
 Política fiscal;
 Política monetária;
4
Política Fiscal
 Principal instrumento de política econômica do setor público, sendo basicamente
resumida como o planejamento orçamentário do Estado;
 Orçamento é a diferença entre receita e despesas em um período;
 O orçamento pode indicar um superávit ou um déficit;
 As alterações de receita e gastos podem ser feitas em inúmeros segmentos da
economia, podendo:
 Diminuir a tributação para setores específicos da indústria de forma a incentivar o
investimento daquele segmento;
 Aumentar os gastos com infraestrutura (rodovias, portos, sistema de transmissão de
energia, etc);
5
 Quando se tem um superávit, existe a sinalização de que as contas estão sendo pagas e
de que está sobrando dinheiro, o que permite que se pague a dívida pública;
 Além disso, o setor público teria uma folga para investir em áreas precisam de
impulso, ou então para reduzir impostos e estimular a economia.
 Com a redução de impostos, sobra mais dinheiro para os agentes consumirem ou
investirem, o que aumenta o PIB – soma de tudo que foi produzido no país.
 Da mesma forma que o aumento de investimento direto por parte do governo tem a
tendência de promover crescimento do PIB.
 Porém, o crescimento do PIB pode resultar em pressões inflacionárias, principalmente se for
puxado pelo crescimento do consumo, pois o aumento da demanda (procura) por produtos
leva a um aumento do nível de preços (inflação).
6
Política Monetária
 Esta está relacionada, de forma geral, à disponibilidade de dinheiro na
economia;
 Assim, as políticas monetárias que visam aumentar o dinheiro em circulação
são consideradas política monetária expansionistas; E o contrário, é
considerado política monetária contracionista;
 As variações nas taxas de juros é um bom exemplo de política monetária.
Quando o Banco Central reduz a taxa Selic, está incentivando o aumento do
crédito, fazendo assim que se tenha uma maior circulação de dinheiro;
 A mesma ideia vale quando falamos de papel-moeda;
7
Conclusão
 Ambas as políticas caminham juntas e não podem ser analisadas
separadamente;
 A partir das mesmas induz-se o crescimento econômico e o aumento do bem
estar da população;
 Entre os objetivos dessas políticas, podemos destacar:
 Crescimento do PIB;
 Queda do desemprego;
 Estabilização inflacionária;
8
Tripé Econômico Brasileiro
Introdução
 O tripé macroeconômico é o conjunto de três pilares que sustentam a
condução da política econômica brasileira:
 Câmbio flutuante;
 Meta de Inflação;
 Meta fiscal (superávit);
 O tripé econômico foi lançado em 1999, por Armínio Fraga – presidente do
Banco Central na época - para combater a crise fiscal que assolava o país;
10
 Armínio Fraga, então presidente do BC, em entrevista ao programa Roda Viva em
14 de junho de 1999, conforme reproduzimos abaixo:
 “O que se tem hoje é uma mudança que dá à taxa de câmbio uma função
diferente da função que ela tinha antes. Antes o Governo dizia para a taxa de
câmbio: ‘Você toma conta da inflação’ e dizia para a taxa de juros: ‘Você toma
conta do balanço de pagamentos’, que é um regime de taxa de câmbio fixa. Hoje
nós estamos escalando o time de forma diferente. Nós estamos dizendo para taxa
de câmbio: ‘você toma conta do balanço de pagamentos’ e para taxa de juros:
‘você toma conta da inflação’. Agora, nada disso funciona sem uma boa política
fiscal.”

11
12
Câmbio Flutuante
 O câmbio flutuante nada mais é do que a determinação do preço de uma
moeda, baseado primariamente pelas leis de oferta e demanda;
 Assim, a taxa cambial do Real (o seu preço em divisa estrangeira), depende
exclusivamente da procura por reais no mercado internacional, em relação às
outras moedas;
 O câmbio flutuante é adotado por grande maioria dos países, sendo
responsável por definir o valor do dólar, euro, libra, e assim por diante;
13
 Um exemplo: quando investidores estrangeiros e turistas
trocam dólares por reais para gastar no Brasil, dizemos
que o real se fortaleceu ante o dólar, pois sua demanda
cresceu.
 Pela mesma lógica, se o interesse por investir ou viajar ao
Brasil cai e as pessoas começam a trocar reais por dólares
para gastar no exterior, o real sofre desvalorização ante
o dólar.
14
Meta de Inflação
 Esta serve como referência para o avanço dos preços, medido pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE;
 Quem define a meta é o Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelo
ministro da economia, presidente do BC e secretário especial de Fazenda, do
Ministro da Economia;
 Todo ano é determinado um valor central para a meta de inflação a uma
faixa de tolerância de 1,5 pontos percentual, para mais ou para menos, tendo
assim o teto e o piso da meta, respectivamente;
15
 Por exemplo: se a meta de inflação para 2022 é de 3,0%, o resultado do IPCA
acumulado de janeiro a dezembro deve estar entre 1,5% e 4,5%.
 A partir daí, o BC é responsável por executar a política monetária de forma a
manter o IPCA dentro desta faixa, usando como ferramenta principal a taxa
básica de juros, a taxa Selic.
 Para isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne
periodicamente para avaliar a situação da economia e decidir se eleva, corta
ou mantém a Selic estável.
 Quando há um quadro de inflação acelerada, o Copom eleva a Selic para
tornar o crédito mais caro e desaquecer a economia, o que pressiona o
consumo e desacelera os preços.
 Por outro lado, se a inflação está próxima do piso, o Copom corta a Selic de
forma a baratear o crédito, facilitar empréstimos e investimentos e aquecer a
atividade econômica.
16
Meta Fiscal
 A meta fiscal é determinada pelo Congresso, através da Lei Orçamentária Anual (LOA);
 Basicamente, podemos defini-la como a regra que limita quanto o governo pode gastar por
ano em serviços públicos, investimentos, pagamentos de salários, entre outras despesas;
 A princípio, o objetivo da meta fiscal é forçar o Executivo a atingir o superávit primário, ou
seja, garantir que a arrecadação do governo seja maior que o gasto público no ano;
 Obs.: O termo primário significa que o cálculo desconsidera o pagamento dos juros da dívida
pública, que são aplicados posteriormente;
 No entanto, devido ao grave quadro de desequilíbrio das contas públicas brasileiras nos
últimos anos, a meta fiscal tem sido utilizada para limitar o crescimento do déficit fiscal.
17
Pedaladas Fiscais
18
19
 O governo precisa repassar dinheiro para os bancos – públicos e privados – que por
sua vez, cuidam dos programas e benefícios sociais;
 Nos anos que antecederam o impeachment o governo atrasou vários desses
repasses. A suspeita é que os atrasos funcionariam como uma forma de cumprir as
metas fiscais ;
 Assim, o dinheiro não repassado era usado para aumentar artificialmente
o superávit primário. E a essa prática de atraso de repasses com o objetivo de
maquiar as contas públicas foi dado o nome de pedaladas fiscais;
 Segundo o TCU, cerca de R$ 40 bilhões estiveram envolvidos nessas manobras,
entre os anos de 2012 e 2014. Atrasos semelhantes foram registrados em governos
anteriores, mas envolveram somas de recursos muito menores;
 Na interpretação de alguns especialistas, esse uso de dinheiro dos bancos para
cobrir o atraso dos repasses do governo é um tipo de financiamento da União. Em
outras palavras, é como se os bancos tivessem emprestado dinheiro ao governo. O
problema é que o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe empréstimos
entre a União e instituições financeiras que ela controla.
20
Trabalho Avaliativo
 Faça uma pesquisa mostrando como era a economia do país, antes da
implantação do tripé econômico brasileiro.
 Data da entrega: 07/09/2022
22
Indicadores Macroeconômicos
Introdução
 Existem alguns indicadores da macroeconomia que influenciam de maneira
direta e indireta o mercado de capitais;
 Os mais relevantes são:
 Inflação e Índices de Inflação (IPCA e IGP-M);
 Produto Interno Bruto (PIB);
 Taxa Básica de Juros (Selic);
 Taxa de Câmbio;
 Taxa de Certificado de Depósito Interbancário (CDI);
 Taxa Referencial (TR);
 Desemprego;
 Consumo;
24
Inflação e
Índices de Inflação
Introdução
 Uma das variáveis que mais percebemos no nosso dia a dia;
 É a famosa frase que sempre ouvimos:
 “na minha época, meu dinheiro comprava mais coisas...”
 A inflação diz respeito à taxa do aumento de preços na economia em um
determinado período, podendo ser expressa se referindo a um ano ou o
acúmulo dos últimos 12 meses;
 Assim, podemos definir a inflação como a perca do poder aquisitivo de uma
moeda, ao passar do tempo;
26
 Na prática, a inflação representa um aumento no nível dos preços. Por
exemplo, se um produto custa R$100,00, com uma inflação de 5% passará a
custar R$105,00;
 Sendo a inflação medida pelos índices IPCA e IGP-M;
27
IPCA
 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo considerado o
índice oficial de inflação no Brasil;
 Ele mede a variação de preços de produtos (produtos este que comumente
são comprados pela população, como comida, roupas, combustível, entre
outros) e serviços para o comprador final;
 Em outras palavras, calcula as mudanças de preço de vários tipos de itens,
onde cada produto tem um peso associado ao mesmo;
28
IGP-M
 O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) é calculado e divulgado
mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (FGV IBRE), sendo uma medida abrangente, uma vez que compara os
preços que chegam na ponta final de venda e os meios de processo;
 Assim, enquanto o IPCA considera a variação de preços de produtos e serviços
para o consumidor final, o IGP-M leva em conta a oscilação doe preços em
todos os estágios de produção;
29
 O IGP-M é composto por três indicadores, com pesos respectivos de 60%, 30%
e 10%, sendo eles:
 IPAM-M (Índice de preços ao produtor Amplo do Mercado): preços de produtos
industriais e agrícolas no setor de atacado, como minério de ferro, cana de açúcar
e milho;
 IPC-M (Índices de Preços ao Consumidor-Mercado): preços de bens e serviços que
compõe as despesas comuns de famílias, como alimentos e produtos de limpeza;
 INCC-M (Índice Nacional do Custo de Construção-Mercado): Valor dos custos de
construções de imóveis, como materiais, equipamentos e mão de obra;
30
 O IGP-M costuma ser utilizado no reajuste de contratos de aluguéis de imóveis
e em tarifas públicas, como a conta de luz;
 Assim, se ele cresce muito além da inflação oficial do país (IPCA), o reajuste
dessas contas pode crescer muito além do poder de compra da população;
31
Por que a inflação é ruim?
 Uma alta inflação deve ser evitada, uma vez que corrói o poder de compra
da população;
 Isso ocorre quando os salários não seguem o aumento da inflação;
 Uma alta na inflação ainda pode trazer contigo:
 Desvalorização da moeda;
 Aumento da taxa de juros;
 Aumento do custo das importações;
 Desemprego;
 Aumento da especulação financeira;
32
Deflação é boa?
 A deflação é a diminuição dos preços. Ao diminuir os preços, aumenta-se o
poder de compra da população a curto prazo, desde que os salários se
mantenham;
 Porém, a deflação é tão evitada quanto a inflação, uma vez que num cenário
de deflação prolongada as pessoas não consomem;
 Tal fato ocorre uma vez que as pessoas ficam aguardando uma nova redução
nos preços, adiando o consumo;
 Falta de consumo desacelera a economia, causando desemprego e quedas no
PIB;
33
Deve-se investir em ações em uma
inflação?
 Em um cenário de inflação foi visto que ocorre uma alta no preço dos
produtos de bens e serviços, sendo estes ofertados pelas empresas que estão
na bolsa;
 Assim, é esperado que a receita da empresa acompanhe a inflação e
portanto, que os seus dividendos também.
 Ainda uma outra forma de se proteger da inflação é investir em títulos de
renda fixa atrelados ao IPCA.
34
Regime de Metas de Inflação
 Quando a meta de inflações não é cumprida, o presidente do BC deve
endereçar uma carta ao ministro da fazenda, justificando a razão do
descumprimento e elencando as medidas para se ajustar à meta;
35

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  • 4. Introdução  A política macroeconômica é basicamente o que define as políticas econômicas aplicadas de um país, sendo dividida, basicamente em:  Política fiscal;  Política monetária; 4
  • 5. Política Fiscal  Principal instrumento de política econômica do setor público, sendo basicamente resumida como o planejamento orçamentário do Estado;  Orçamento é a diferença entre receita e despesas em um período;  O orçamento pode indicar um superávit ou um déficit;  As alterações de receita e gastos podem ser feitas em inúmeros segmentos da economia, podendo:  Diminuir a tributação para setores específicos da indústria de forma a incentivar o investimento daquele segmento;  Aumentar os gastos com infraestrutura (rodovias, portos, sistema de transmissão de energia, etc); 5
  • 6.  Quando se tem um superávit, existe a sinalização de que as contas estão sendo pagas e de que está sobrando dinheiro, o que permite que se pague a dívida pública;  Além disso, o setor público teria uma folga para investir em áreas precisam de impulso, ou então para reduzir impostos e estimular a economia.  Com a redução de impostos, sobra mais dinheiro para os agentes consumirem ou investirem, o que aumenta o PIB – soma de tudo que foi produzido no país.  Da mesma forma que o aumento de investimento direto por parte do governo tem a tendência de promover crescimento do PIB.  Porém, o crescimento do PIB pode resultar em pressões inflacionárias, principalmente se for puxado pelo crescimento do consumo, pois o aumento da demanda (procura) por produtos leva a um aumento do nível de preços (inflação). 6
  • 7. Política Monetária  Esta está relacionada, de forma geral, à disponibilidade de dinheiro na economia;  Assim, as políticas monetárias que visam aumentar o dinheiro em circulação são consideradas política monetária expansionistas; E o contrário, é considerado política monetária contracionista;  As variações nas taxas de juros é um bom exemplo de política monetária. Quando o Banco Central reduz a taxa Selic, está incentivando o aumento do crédito, fazendo assim que se tenha uma maior circulação de dinheiro;  A mesma ideia vale quando falamos de papel-moeda; 7
  • 8. Conclusão  Ambas as políticas caminham juntas e não podem ser analisadas separadamente;  A partir das mesmas induz-se o crescimento econômico e o aumento do bem estar da população;  Entre os objetivos dessas políticas, podemos destacar:  Crescimento do PIB;  Queda do desemprego;  Estabilização inflacionária; 8
  • 10. Introdução  O tripé macroeconômico é o conjunto de três pilares que sustentam a condução da política econômica brasileira:  Câmbio flutuante;  Meta de Inflação;  Meta fiscal (superávit);  O tripé econômico foi lançado em 1999, por Armínio Fraga – presidente do Banco Central na época - para combater a crise fiscal que assolava o país; 10
  • 11.  Armínio Fraga, então presidente do BC, em entrevista ao programa Roda Viva em 14 de junho de 1999, conforme reproduzimos abaixo:  “O que se tem hoje é uma mudança que dá à taxa de câmbio uma função diferente da função que ela tinha antes. Antes o Governo dizia para a taxa de câmbio: ‘Você toma conta da inflação’ e dizia para a taxa de juros: ‘Você toma conta do balanço de pagamentos’, que é um regime de taxa de câmbio fixa. Hoje nós estamos escalando o time de forma diferente. Nós estamos dizendo para taxa de câmbio: ‘você toma conta do balanço de pagamentos’ e para taxa de juros: ‘você toma conta da inflação’. Agora, nada disso funciona sem uma boa política fiscal.”  11
  • 12. 12
  • 13. Câmbio Flutuante  O câmbio flutuante nada mais é do que a determinação do preço de uma moeda, baseado primariamente pelas leis de oferta e demanda;  Assim, a taxa cambial do Real (o seu preço em divisa estrangeira), depende exclusivamente da procura por reais no mercado internacional, em relação às outras moedas;  O câmbio flutuante é adotado por grande maioria dos países, sendo responsável por definir o valor do dólar, euro, libra, e assim por diante; 13
  • 14.  Um exemplo: quando investidores estrangeiros e turistas trocam dólares por reais para gastar no Brasil, dizemos que o real se fortaleceu ante o dólar, pois sua demanda cresceu.  Pela mesma lógica, se o interesse por investir ou viajar ao Brasil cai e as pessoas começam a trocar reais por dólares para gastar no exterior, o real sofre desvalorização ante o dólar. 14
  • 15. Meta de Inflação  Esta serve como referência para o avanço dos preços, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE;  Quem define a meta é o Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelo ministro da economia, presidente do BC e secretário especial de Fazenda, do Ministro da Economia;  Todo ano é determinado um valor central para a meta de inflação a uma faixa de tolerância de 1,5 pontos percentual, para mais ou para menos, tendo assim o teto e o piso da meta, respectivamente; 15
  • 16.  Por exemplo: se a meta de inflação para 2022 é de 3,0%, o resultado do IPCA acumulado de janeiro a dezembro deve estar entre 1,5% e 4,5%.  A partir daí, o BC é responsável por executar a política monetária de forma a manter o IPCA dentro desta faixa, usando como ferramenta principal a taxa básica de juros, a taxa Selic.  Para isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne periodicamente para avaliar a situação da economia e decidir se eleva, corta ou mantém a Selic estável.  Quando há um quadro de inflação acelerada, o Copom eleva a Selic para tornar o crédito mais caro e desaquecer a economia, o que pressiona o consumo e desacelera os preços.  Por outro lado, se a inflação está próxima do piso, o Copom corta a Selic de forma a baratear o crédito, facilitar empréstimos e investimentos e aquecer a atividade econômica. 16
  • 17. Meta Fiscal  A meta fiscal é determinada pelo Congresso, através da Lei Orçamentária Anual (LOA);  Basicamente, podemos defini-la como a regra que limita quanto o governo pode gastar por ano em serviços públicos, investimentos, pagamentos de salários, entre outras despesas;  A princípio, o objetivo da meta fiscal é forçar o Executivo a atingir o superávit primário, ou seja, garantir que a arrecadação do governo seja maior que o gasto público no ano;  Obs.: O termo primário significa que o cálculo desconsidera o pagamento dos juros da dívida pública, que são aplicados posteriormente;  No entanto, devido ao grave quadro de desequilíbrio das contas públicas brasileiras nos últimos anos, a meta fiscal tem sido utilizada para limitar o crescimento do déficit fiscal. 17
  • 19. 19
  • 20.  O governo precisa repassar dinheiro para os bancos – públicos e privados – que por sua vez, cuidam dos programas e benefícios sociais;  Nos anos que antecederam o impeachment o governo atrasou vários desses repasses. A suspeita é que os atrasos funcionariam como uma forma de cumprir as metas fiscais ;  Assim, o dinheiro não repassado era usado para aumentar artificialmente o superávit primário. E a essa prática de atraso de repasses com o objetivo de maquiar as contas públicas foi dado o nome de pedaladas fiscais;  Segundo o TCU, cerca de R$ 40 bilhões estiveram envolvidos nessas manobras, entre os anos de 2012 e 2014. Atrasos semelhantes foram registrados em governos anteriores, mas envolveram somas de recursos muito menores;  Na interpretação de alguns especialistas, esse uso de dinheiro dos bancos para cobrir o atraso dos repasses do governo é um tipo de financiamento da União. Em outras palavras, é como se os bancos tivessem emprestado dinheiro ao governo. O problema é que o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe empréstimos entre a União e instituições financeiras que ela controla. 20
  • 22.  Faça uma pesquisa mostrando como era a economia do país, antes da implantação do tripé econômico brasileiro.  Data da entrega: 07/09/2022 22
  • 24. Introdução  Existem alguns indicadores da macroeconomia que influenciam de maneira direta e indireta o mercado de capitais;  Os mais relevantes são:  Inflação e Índices de Inflação (IPCA e IGP-M);  Produto Interno Bruto (PIB);  Taxa Básica de Juros (Selic);  Taxa de Câmbio;  Taxa de Certificado de Depósito Interbancário (CDI);  Taxa Referencial (TR);  Desemprego;  Consumo; 24
  • 26. Introdução  Uma das variáveis que mais percebemos no nosso dia a dia;  É a famosa frase que sempre ouvimos:  “na minha época, meu dinheiro comprava mais coisas...”  A inflação diz respeito à taxa do aumento de preços na economia em um determinado período, podendo ser expressa se referindo a um ano ou o acúmulo dos últimos 12 meses;  Assim, podemos definir a inflação como a perca do poder aquisitivo de uma moeda, ao passar do tempo; 26
  • 27.  Na prática, a inflação representa um aumento no nível dos preços. Por exemplo, se um produto custa R$100,00, com uma inflação de 5% passará a custar R$105,00;  Sendo a inflação medida pelos índices IPCA e IGP-M; 27
  • 28. IPCA  O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo considerado o índice oficial de inflação no Brasil;  Ele mede a variação de preços de produtos (produtos este que comumente são comprados pela população, como comida, roupas, combustível, entre outros) e serviços para o comprador final;  Em outras palavras, calcula as mudanças de preço de vários tipos de itens, onde cada produto tem um peso associado ao mesmo; 28
  • 29. IGP-M  O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) é calculado e divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), sendo uma medida abrangente, uma vez que compara os preços que chegam na ponta final de venda e os meios de processo;  Assim, enquanto o IPCA considera a variação de preços de produtos e serviços para o consumidor final, o IGP-M leva em conta a oscilação doe preços em todos os estágios de produção; 29
  • 30.  O IGP-M é composto por três indicadores, com pesos respectivos de 60%, 30% e 10%, sendo eles:  IPAM-M (Índice de preços ao produtor Amplo do Mercado): preços de produtos industriais e agrícolas no setor de atacado, como minério de ferro, cana de açúcar e milho;  IPC-M (Índices de Preços ao Consumidor-Mercado): preços de bens e serviços que compõe as despesas comuns de famílias, como alimentos e produtos de limpeza;  INCC-M (Índice Nacional do Custo de Construção-Mercado): Valor dos custos de construções de imóveis, como materiais, equipamentos e mão de obra; 30
  • 31.  O IGP-M costuma ser utilizado no reajuste de contratos de aluguéis de imóveis e em tarifas públicas, como a conta de luz;  Assim, se ele cresce muito além da inflação oficial do país (IPCA), o reajuste dessas contas pode crescer muito além do poder de compra da população; 31
  • 32. Por que a inflação é ruim?  Uma alta inflação deve ser evitada, uma vez que corrói o poder de compra da população;  Isso ocorre quando os salários não seguem o aumento da inflação;  Uma alta na inflação ainda pode trazer contigo:  Desvalorização da moeda;  Aumento da taxa de juros;  Aumento do custo das importações;  Desemprego;  Aumento da especulação financeira; 32
  • 33. Deflação é boa?  A deflação é a diminuição dos preços. Ao diminuir os preços, aumenta-se o poder de compra da população a curto prazo, desde que os salários se mantenham;  Porém, a deflação é tão evitada quanto a inflação, uma vez que num cenário de deflação prolongada as pessoas não consomem;  Tal fato ocorre uma vez que as pessoas ficam aguardando uma nova redução nos preços, adiando o consumo;  Falta de consumo desacelera a economia, causando desemprego e quedas no PIB; 33
  • 34. Deve-se investir em ações em uma inflação?  Em um cenário de inflação foi visto que ocorre uma alta no preço dos produtos de bens e serviços, sendo estes ofertados pelas empresas que estão na bolsa;  Assim, é esperado que a receita da empresa acompanhe a inflação e portanto, que os seus dividendos também.  Ainda uma outra forma de se proteger da inflação é investir em títulos de renda fixa atrelados ao IPCA. 34
  • 35. Regime de Metas de Inflação  Quando a meta de inflações não é cumprida, o presidente do BC deve endereçar uma carta ao ministro da fazenda, justificando a razão do descumprimento e elencando as medidas para se ajustar à meta; 35