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Che Cannabis nas andanças da ciência:Maconha emprosa e poesia
A obra de Waldemar Valença Pereira,professor e mestre profissional em letras, vem alertar a sociedade
sobre os malefícios quea proibição dasdrogas eo preconceito podem causar. Confira a entrevista que
fizemos com Waldemar para saber mais sobreo livro “Pé de Maconha – Che Cannabis nas andançasda
ciência”.
Enquanto a tendência seguida por vários países do mundo é de regulamentar o mercado da maconha, o
Brasil ainda engatinha parauma mudança em sua lei de drogas,e diante desse cenário Che Cannabis
vem explanar o quão absurdo é a proibição das drogasechamar a todos para a Marcha da Maconha,
somando forças à literatura canábicaeao ativismo como um todo.
Recomendamos a leitura da obra que através de prosa epoesia buscar difundir a informação sobrea
erva e incentivar o debate sobrea atual política dedrogas brasileira. Avenda da primeira edição série
ouro foi um sucesso,porém Che Cannabis precisa deajuda para ter mais edições publicadas,cliqueaqui
e ajudeesse herói em sua jornada.
Conversamos com Waldemar para saber mais sobreo livro,sua opinião sobrea atual política dedrogas
brasileiraesobreChe Cannabis.Leia abaixo a entrevista:
O que o motivou a escrever sobre a maconha?
Em uma parte do livro,exatamente na poesia,o Che Cannabis tem uma letra de música quediz: "Não
faça isso,queeu te ajudo a sentir o absurdo",eu me sinto motivado como o Che Cannabis,ou seja,
doido para fazer minhas leitoras sentiremo absurdo.Acho que o que me motivou mesmo foi o
feminismo, aprendi com Nísia Floresta,fizsitecom essa poetisa que cantou os Caetés, tribo indígena
brasileirahojesumida.Isso ela fezno século XIX,já eu, no século XX e XXI,fiquei matutando esselivro
que me coisava por dentro. Depois,com a experiência do mestrado, junto com minha orientadora e
com a editora ArtNer, além dos amigos de cursos e professores-pesquisadoresconvidados, publiquei
livros da SérieAcadêmica duas vezes. Hoje participo dedois livrosacadêmicospela editora ArtNer: um
na literatura poética em sala deaula,outro sobrea busca de estudos sobre o ethos na literatura sob a
perspectiva da linguística.
Foi aí então que achei que tinha respaldo pra falar da maconha,pois via a beleza de Bob Marley e Peter
Tosh, junto com o mestre Bunny Wailer.Me motivou escrever Che Cannabis esobre a maconha foi a
necessidadede comunicar ao povo brasileiro sobreo absurdo queé proibir as drogas,inclusivea
maconha. Aprendi isso lendo um escritor norte-americano chamado Cris Conrad,devo muito a ele, mas
devo mais ainda a uma coleção de autores: Nísia Floresta eTobias Barreto, Mário de Andrade e Manuel
Bandeira,Rolan Barthes e Edgar Morin e Claude Lévy Strauss,alémde Carlos Drummond de Andrade.
Tinha muito autor entrando no livro de Che Cannabis,tudo isso era motivação encarnada em literatura.
Tinha muita gente simples entrando,gente desconhecida.Uns fazem cultura,Che Cannabis é
contracultura,eu só vendo a gente com idade comprovada. Criançasnão precisamler Che Cannabis,
pois quem me motivou foi o erotismo. Eu fui em busca de um novo herói para o povo brasileiro,na
literatura,que pudesse ser evidente e científico,que pudesse falar como status de mestre profissional,
casado efeliz.
Che Cannabis,dentro de mim, foi quem me motivou. Deveria ser esta a resposta.
Qual é o objetivo do livro?
O objetivo do livro é promover entendimento para o público jovem. Meu objetivo foi resguardar uma
geração inteira,se possível,do preconceito de achar quea maconha faz mal à saúde. Eu tenho pavor de
ouvir eles dizerem que os argumentos contra a maconha são feitos por homens sérios.Eu tremo de
medo diante disso.Uns colocama culpa aqui ou ali,o Che Cannabis vai embusca da Marcha da
Maconha.Então, vou dizer aqui pra nossos leitores eleitoras buddies que o objetivo principal do livro e
da história deChe Cannabis existir correspondeao mesmo intento de eu mesmo poder construir um
herói maconheiro, no Brasil,emostrar pra sociedadebrasileira quetodo maconheiro merece respeito,
pois o maconheiro, ao seu lado,poderia ser um ótimo guarda e um maravilhoso professordeLíngua
Portuguesa, isso no século XXI,capazde construir sites educacionais,parafortalecer o ensino público.
Só isso,eu não juro!Kkkk.
Quem é Che Cannabis?
Che Cannabis secoloca na históriacomo um cara esquizofrênico,eu não acredito que ele seja,pois
nenhum médico disseisso.Sabe-seque ele passou por uma depressão dos infernos,mas isso acontecea
qualquer bom cristão.CheCannabis éum cara que, embora professor e guarda,em Sergipe, menor
estado do mapa brasileiro,sonhou mesmo foi de ser cantor. E ele, quando tinha dezessete anos fazia
poesia.O pior foi que, Che Cannabis estava preso,quando resolveu escrever a parte prosaicado livro
(também publicá-la) epediu ajuda a um personagem secundário chamado Val Valença,umalter-ego
escamoteado do próprio autor, que sou eu.
Eu passei,na minha vida verdadeira,dezanos na cadeia,trabalhando deguarda e professor dentro e
fora da prisão.CheCannabis me chamou pra escrever essa obra,onde eu entro como um reles
personagem secundário,há mais devinte anos que isso deescrever um romance em prosa me bulinava,
foi aí que resolvi catar meus versos e fazer um livro em prosa e poesia.300 páginas dos dois,150 de
cada.
Em 2015, Che Cannabis me incomodou durante nove meses, mas digitalizou-setodinho em um só mês
de 2016.Qual,não sei. Che Cannabis quer ser amigo de todos, embora seja cheio de defeitos e fique
esbanjando todo o seu erotismo na linguagem,mais do que nos atos ficcionalmentevividos.
Então, digo que Che Cannabis éo protagonista mais louco queeu já conheci e complexado, mas é um
ser humano lindo decoração,que busca medicar-secom a maconha. O Che vive com atos falhos,mas
doido mesmo ele fica é só pra mostrar que pode vencer suas coisas esquizofrênicas como uso da
maconha e ser um cara feliz.O problema é que ele é um guarda do sistema prisional eo cerco irá fechar
contra ele, envolvendo até a Polícia Federal.
Ele consegue? Eu acho que o sistema é muito forte, mas, seo leitor e a leitora não permitir que Che
Cannabis virepó,talvez, o verde possa ser legalizado no Brasil.Demora,mas um dia chega a hora de
plantar mais amor às plantasmedicinaisemtodos os países do mundo.
Você é usuário demaconha? Se sim,a maconha ajudou na inspiração?
Eu dei um tempo. Hoje, no Brasil,a gente precisa deixar muita coisano ar.Depois que eu casei,minha
depressão foi embora, o Che Cannabis aconteceu em minha vida de iniciantena literatura etalvez
derradeiro,sem patrocínio ou apoio.Resultado,a maconha me curou. Hoje defendo-a, sem precisar
usá-la.Seviajar pra umpaís que legaliza,vou pensar no assunto.A maconha é um santo remédio, ajuda
na criatividadehumana.Muitas coisasqueforamescritas,nesselivro,foramsob efeito de THC e muitas
outras coisasescritas emChe Cannabis foramsob o efeito de refrigerantes artificiaisebiscoitos.Eu
penso que a criatividademora na resina mental que nos liberta pelo verde cânhamo.Eu só de pensar
que eu dei um tempo na maconha,fico me ardendo todo na poesia e na prosa,com vontade de ver a
erva sagrada ser liberada ea cannabis brotar numpirulito que ninguém mais vai tirar do meu hábito.
Fumar não acho que volto, pois depressão não mais me assola.No entanto, não sei se vou recusar,
quando velhinho, a um gostoso pirulito bem apetitoso.Vivam os pirulitos deTHC que existirão no futuro
do Brasil.
Em sua opinião,o que mais contribui para o preconceito quando o assunto
é maconha?
Eis uma grande pergunta que talvez não seja tão simples deresponder. O preconceito era antes por
falta de informação,mas na casa dos preconceituosos há informação deque a maconha fazbem, e essa
informação está cada vez mais evidente contra os preconceituosos:maconha faz bem ao corpo e à alma
e à mente. Uma pessoa que diznão à maconha mostra-seuma pessoa desinformada.Tem gente que
precisa respeitar a liberdadedo outro ser humano que deseja fumar um baseado ou tomar uma
cachaça.Somos responsáveis pela luta contra o preconceito que machuca seres humanos pacíficos,
fumantes de maconha para se distrair ou para sepurificar,eprecisamos assumir essecombateem
Marchas da Maconha,em publicações delivros,gravações demúsicas,pinturasdequadro,esculturas,e
por aí vai...
O que você pensa sobre a política de drogas e o rumo da legalização da
maconha no Brasil?
Assimcomo o Che Cannabis,eu penso que seria bom que houvesse um Pepe Mujica na presidência,
mais vários PepeMujica no Senado e no Congresso e que o Brasil setornasseumenorme Uruguai,
legalizando o aborto e as drogas todas,ao menos, que liberassema plantação detoda e/ou qualquer
planta,sendo responsável pelas suas neuroses,suaspsicoses,sua libido inteira.Eu,na verdade, depois
que virei escritor,costumo dizer não ao tráfico,mas simà legalização das drogas,entoando cantigas
para mim, quando vou tomar banho e começo a cantar no chuveiro altas louvaçõespara a literatura
contribuir para a legalização dasdrogas no Brasil.Queas drogas sejamanalisadaspelo aspecto da
Saúde, apenas para os casosdedefesas, devem ser acionados o aspecto da Segurança.Sabia não que eu
canto no banheiro pra Deus ajudar o brasileiro a legalizara natureza vegetal? Eu sou amigo do verde e
só não entro na política porquenão construíramum partido que combine com meu coração.Meu
partido seria chamado dePML, Partido MÚSICA E LEITURA, não necessariamente nessa mesma ordem.
Amo o Reggae que vai dar lá na Jamaica:yeah,Buddies,você venceu: Che Cannabis não sou eu e só se
sabemais,lendo-me.

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Che cannabis entrevistado

  • 1. Che Cannabis nas andanças da ciência:Maconha emprosa e poesia A obra de Waldemar Valença Pereira,professor e mestre profissional em letras, vem alertar a sociedade sobre os malefícios quea proibição dasdrogas eo preconceito podem causar. Confira a entrevista que fizemos com Waldemar para saber mais sobreo livro “Pé de Maconha – Che Cannabis nas andançasda ciência”. Enquanto a tendência seguida por vários países do mundo é de regulamentar o mercado da maconha, o Brasil ainda engatinha parauma mudança em sua lei de drogas,e diante desse cenário Che Cannabis vem explanar o quão absurdo é a proibição das drogasechamar a todos para a Marcha da Maconha, somando forças à literatura canábicaeao ativismo como um todo. Recomendamos a leitura da obra que através de prosa epoesia buscar difundir a informação sobrea erva e incentivar o debate sobrea atual política dedrogas brasileira. Avenda da primeira edição série ouro foi um sucesso,porém Che Cannabis precisa deajuda para ter mais edições publicadas,cliqueaqui e ajudeesse herói em sua jornada. Conversamos com Waldemar para saber mais sobreo livro,sua opinião sobrea atual política dedrogas brasileiraesobreChe Cannabis.Leia abaixo a entrevista: O que o motivou a escrever sobre a maconha? Em uma parte do livro,exatamente na poesia,o Che Cannabis tem uma letra de música quediz: "Não faça isso,queeu te ajudo a sentir o absurdo",eu me sinto motivado como o Che Cannabis,ou seja, doido para fazer minhas leitoras sentiremo absurdo.Acho que o que me motivou mesmo foi o feminismo, aprendi com Nísia Floresta,fizsitecom essa poetisa que cantou os Caetés, tribo indígena brasileirahojesumida.Isso ela fezno século XIX,já eu, no século XX e XXI,fiquei matutando esselivro que me coisava por dentro. Depois,com a experiência do mestrado, junto com minha orientadora e com a editora ArtNer, além dos amigos de cursos e professores-pesquisadoresconvidados, publiquei livros da SérieAcadêmica duas vezes. Hoje participo dedois livrosacadêmicospela editora ArtNer: um na literatura poética em sala deaula,outro sobrea busca de estudos sobre o ethos na literatura sob a perspectiva da linguística. Foi aí então que achei que tinha respaldo pra falar da maconha,pois via a beleza de Bob Marley e Peter Tosh, junto com o mestre Bunny Wailer.Me motivou escrever Che Cannabis esobre a maconha foi a necessidadede comunicar ao povo brasileiro sobreo absurdo queé proibir as drogas,inclusivea maconha. Aprendi isso lendo um escritor norte-americano chamado Cris Conrad,devo muito a ele, mas devo mais ainda a uma coleção de autores: Nísia Floresta eTobias Barreto, Mário de Andrade e Manuel Bandeira,Rolan Barthes e Edgar Morin e Claude Lévy Strauss,alémde Carlos Drummond de Andrade. Tinha muito autor entrando no livro de Che Cannabis,tudo isso era motivação encarnada em literatura. Tinha muita gente simples entrando,gente desconhecida.Uns fazem cultura,Che Cannabis é contracultura,eu só vendo a gente com idade comprovada. Criançasnão precisamler Che Cannabis, pois quem me motivou foi o erotismo. Eu fui em busca de um novo herói para o povo brasileiro,na literatura,que pudesse ser evidente e científico,que pudesse falar como status de mestre profissional, casado efeliz. Che Cannabis,dentro de mim, foi quem me motivou. Deveria ser esta a resposta. Qual é o objetivo do livro? O objetivo do livro é promover entendimento para o público jovem. Meu objetivo foi resguardar uma geração inteira,se possível,do preconceito de achar quea maconha faz mal à saúde. Eu tenho pavor de ouvir eles dizerem que os argumentos contra a maconha são feitos por homens sérios.Eu tremo de medo diante disso.Uns colocama culpa aqui ou ali,o Che Cannabis vai embusca da Marcha da
  • 2. Maconha.Então, vou dizer aqui pra nossos leitores eleitoras buddies que o objetivo principal do livro e da história deChe Cannabis existir correspondeao mesmo intento de eu mesmo poder construir um herói maconheiro, no Brasil,emostrar pra sociedadebrasileira quetodo maconheiro merece respeito, pois o maconheiro, ao seu lado,poderia ser um ótimo guarda e um maravilhoso professordeLíngua Portuguesa, isso no século XXI,capazde construir sites educacionais,parafortalecer o ensino público. Só isso,eu não juro!Kkkk. Quem é Che Cannabis? Che Cannabis secoloca na históriacomo um cara esquizofrênico,eu não acredito que ele seja,pois nenhum médico disseisso.Sabe-seque ele passou por uma depressão dos infernos,mas isso acontecea qualquer bom cristão.CheCannabis éum cara que, embora professor e guarda,em Sergipe, menor estado do mapa brasileiro,sonhou mesmo foi de ser cantor. E ele, quando tinha dezessete anos fazia poesia.O pior foi que, Che Cannabis estava preso,quando resolveu escrever a parte prosaicado livro (também publicá-la) epediu ajuda a um personagem secundário chamado Val Valença,umalter-ego escamoteado do próprio autor, que sou eu. Eu passei,na minha vida verdadeira,dezanos na cadeia,trabalhando deguarda e professor dentro e fora da prisão.CheCannabis me chamou pra escrever essa obra,onde eu entro como um reles personagem secundário,há mais devinte anos que isso deescrever um romance em prosa me bulinava, foi aí que resolvi catar meus versos e fazer um livro em prosa e poesia.300 páginas dos dois,150 de cada. Em 2015, Che Cannabis me incomodou durante nove meses, mas digitalizou-setodinho em um só mês de 2016.Qual,não sei. Che Cannabis quer ser amigo de todos, embora seja cheio de defeitos e fique esbanjando todo o seu erotismo na linguagem,mais do que nos atos ficcionalmentevividos. Então, digo que Che Cannabis éo protagonista mais louco queeu já conheci e complexado, mas é um ser humano lindo decoração,que busca medicar-secom a maconha. O Che vive com atos falhos,mas doido mesmo ele fica é só pra mostrar que pode vencer suas coisas esquizofrênicas como uso da maconha e ser um cara feliz.O problema é que ele é um guarda do sistema prisional eo cerco irá fechar contra ele, envolvendo até a Polícia Federal. Ele consegue? Eu acho que o sistema é muito forte, mas, seo leitor e a leitora não permitir que Che Cannabis virepó,talvez, o verde possa ser legalizado no Brasil.Demora,mas um dia chega a hora de plantar mais amor às plantasmedicinaisemtodos os países do mundo. Você é usuário demaconha? Se sim,a maconha ajudou na inspiração? Eu dei um tempo. Hoje, no Brasil,a gente precisa deixar muita coisano ar.Depois que eu casei,minha depressão foi embora, o Che Cannabis aconteceu em minha vida de iniciantena literatura etalvez derradeiro,sem patrocínio ou apoio.Resultado,a maconha me curou. Hoje defendo-a, sem precisar usá-la.Seviajar pra umpaís que legaliza,vou pensar no assunto.A maconha é um santo remédio, ajuda na criatividadehumana.Muitas coisasqueforamescritas,nesselivro,foramsob efeito de THC e muitas outras coisasescritas emChe Cannabis foramsob o efeito de refrigerantes artificiaisebiscoitos.Eu penso que a criatividademora na resina mental que nos liberta pelo verde cânhamo.Eu só de pensar que eu dei um tempo na maconha,fico me ardendo todo na poesia e na prosa,com vontade de ver a erva sagrada ser liberada ea cannabis brotar numpirulito que ninguém mais vai tirar do meu hábito. Fumar não acho que volto, pois depressão não mais me assola.No entanto, não sei se vou recusar, quando velhinho, a um gostoso pirulito bem apetitoso.Vivam os pirulitos deTHC que existirão no futuro do Brasil.
  • 3. Em sua opinião,o que mais contribui para o preconceito quando o assunto é maconha? Eis uma grande pergunta que talvez não seja tão simples deresponder. O preconceito era antes por falta de informação,mas na casa dos preconceituosos há informação deque a maconha fazbem, e essa informação está cada vez mais evidente contra os preconceituosos:maconha faz bem ao corpo e à alma e à mente. Uma pessoa que diznão à maconha mostra-seuma pessoa desinformada.Tem gente que precisa respeitar a liberdadedo outro ser humano que deseja fumar um baseado ou tomar uma cachaça.Somos responsáveis pela luta contra o preconceito que machuca seres humanos pacíficos, fumantes de maconha para se distrair ou para sepurificar,eprecisamos assumir essecombateem Marchas da Maconha,em publicações delivros,gravações demúsicas,pinturasdequadro,esculturas,e por aí vai... O que você pensa sobre a política de drogas e o rumo da legalização da maconha no Brasil? Assimcomo o Che Cannabis,eu penso que seria bom que houvesse um Pepe Mujica na presidência, mais vários PepeMujica no Senado e no Congresso e que o Brasil setornasseumenorme Uruguai, legalizando o aborto e as drogas todas,ao menos, que liberassema plantação detoda e/ou qualquer planta,sendo responsável pelas suas neuroses,suaspsicoses,sua libido inteira.Eu,na verdade, depois que virei escritor,costumo dizer não ao tráfico,mas simà legalização das drogas,entoando cantigas para mim, quando vou tomar banho e começo a cantar no chuveiro altas louvaçõespara a literatura contribuir para a legalização dasdrogas no Brasil.Queas drogas sejamanalisadaspelo aspecto da Saúde, apenas para os casosdedefesas, devem ser acionados o aspecto da Segurança.Sabia não que eu canto no banheiro pra Deus ajudar o brasileiro a legalizara natureza vegetal? Eu sou amigo do verde e só não entro na política porquenão construíramum partido que combine com meu coração.Meu partido seria chamado dePML, Partido MÚSICA E LEITURA, não necessariamente nessa mesma ordem. Amo o Reggae que vai dar lá na Jamaica:yeah,Buddies,você venceu: Che Cannabis não sou eu e só se sabemais,lendo-me.