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ABHR SUDESTE 2019
Laicidade e Pluralismo: Educação, Religiosidade e Direitos Humanos
GT 07 Experiências de Ensino Religioso no
espaço público e laico da Escola
MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E
DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AULA
Arlindo Rocha PUC-SP
Vivemos numa sociedade multicultural, multiétnica,
multirracial [...] porém, a nível religioso, temos vivido
diversos desafios e problemas, pois, é visível,
Acredita-se que todas as religiões possuem objetivos e valores comuns.
Católico, espírita, evangélico, budista, judeu islâmico, umbandista [...]
não importa o credo, pois, em princípio, todas pregam o amor, a
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O reavivamento das religiões tradicionais, além da
incorporação de novas formas de religiosidade, a
criação de novas igrejas e até mesmo de novas
religiões, não raro com a passagem do converso por
várias possibilidades de adesão religiosa (GAARDNER,
et al., 2000, p. 283).
A multiplicidade religiosa permite que, na diferença, todas
possam ser tratadas com igualdade. Então, essa
multiplicidade deveria ter como princípio o respeito pelas
semelhanças e diferenças.
Entretanto, falar sobre DIVERSIDADE RELIGIOSA no Brasil é
um assunto que ainda gera polêmicas e incompreensões...
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muçulmanos, cristãos e judeus são frequentes...
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ocorrido sua positivação na segunda metade do séc. XVII, em
conjunto com as declarações norte-americana (1776) e
francesa (1789).
Apesar da sua positivação, somente no século XVIII é que
passou a estar assentado em sede constitucional.
Portanto, passamos a ser livres, não porque passamos a ser
donos de nós mesmos, mas porque foram fixados os direitos
e os deveres que, permitem agir e escolher de forma
autônoma.
Uma definição de ‘LIBERDADE RELIGIOSA’ pode ser
encontrada no Art.18 da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, de 1948:
“Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e
religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença,
pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou
coletivamente, em público ou em particular”.
Na Constituição do Brasil [1988], o tópico sobre liberdade religiosa está
inscrito no artigo 5º:
VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e as suas liturgias;
VII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII – Ninguém será privado dos direitos por motivos de crença religiosa ou
de convicção filosófica ou religiosa, salvo se as invocar para eximir-
se de obrigação legal a todos imposta [...]
O direito de aderir livremente uma religião é inquestionável.
O jurista brasileiro Aldir Guedes Soriano, assim expressa a
respeito,
Liberdade religiosa é um direto humano fundamental, consagrado
nas constituições dos países democráticos, bem como por
diversos tratados Internacionais. Trata-se, portanto, de uma
liberdade pública ou de uma prerrogativa individual, face do
poder estatal (SORIANO, 2002, p. 5).
Então é preciso educar as nossas crianças desde cedo levando-
os a descobrir que o princípio fundamental para a boa
convivência é o respeito e a tolerância, seja ela social,
política, econômica, cultural...
Nesse aspecto o Ensino Religioso nas escolas é de uma
relevância indiscutível. O que é discutível é o modo pela
qual se faz e quem o faz ou deveria fazê-lo.
A partir da legislação que rege o ER, a diversidade religiosa
constitui-se como princípio epistemológico fundante da
abordagem em sala de aula.
O Artigo 33 da Lei 9. 475 menciona que seja “ASSEGURADO O
RESPEITO À DIVERSIDADE CULTURAL RELIGIOSA DO BRASIL”.
Mas, na prática não é isso que acontece.
Assim, torna-se importante elencar três questões que são
fundamentais:
a) Como dar conta da diversidade religiosa nas escolas?
b) Como elaborar um ER que dê conta da tolerância?
c) Que modelo de ER privilegia o respeito e a liberdade
religiosa individual dos alunos?
Responder essas e outras questões é fundamental para a
materialização de um ER que seja plural...
No Brasil o ER foi assumido como o ensino da religião católica, e,
durante décadas, essa modalidade teve como base, apenas princípios
cristãos.
Atualmente, essa modalidade acontece em escolas confessionais,
entretanto, não é regra geral, pois, o modelo paradigmático inaugurado
pela CIÊNCIA DA RELIGIÃO, trouxe uma abordagem diferente.
Para que efetivamente haja mudanças significativas do ER nas escolas,
torna-se imprescindível:
a) Estudar os vários modelos de ER, como princípio metodológico
que auxilie o entendimento das práticas pedagógicas;
b) Disponibilizar a partir dos modelos pormenores para o
esclarecimento dos fundamentos que subjazem às concepções e
práticas de ER;
c) Valorizar o pluralismo e a diversidade cultural presente na
sociedade e possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença
na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu
valor inalienável.
Em sua obra Novas perspectivas para o Ensino Religioso
no Brasil: uma educação para convivência e a paz no
contexto religioso plural, Ronald Lima, afirma que,
Favorecendo da força ética das religiões, o ER pode produzir uma
educação fundamentada na tolerância, no respeito, na
convivência e na paz como princípios fundamentais do convívio
humano harmonioso na sociedade. Dentro de um contorno
pedagógico, o ER protege, a diversidade de crenças e o
pluralismo religioso em conformidade com os PCN e a legislação
educacional brasileira (LIMA, 2016, p. 7).
Assim, baseado nas palavras do autor citado, apresentaremos os
modelos de ER e posteriormente faremos um paralelo com os
valores relativos ao respeito e à diversidade religiosa nas escolas.
Sistematizando os vários modelos que, comumente são praticados
atualmente no Brasil podemos elencar os seguintes:
a) Modelo confessional/catequético;
b) Modelo teológico;
c) Modelo da Ciência da Religião.
a) Modelo confessional/catequético:
 Estrutura-se a partir do ensino de uma determinada religião;
 Os alunos são vistos como fiéis;
 Pressupõe, em última instância, a fé do aluno;
 Parte de uma cosmovisão unireligiosa;
 Os conteúdos são provenientes de fontes doutrinais;
 Possui afinidade com o modelo de escola tradicional;
 Pode conduzir ao proselitismo e a intolerância religiosa.
Por isso, esse modelo é alvo de muitas críticas:
a) A confusão do ER com a catequese;
b) A divisão dos alunos no espaço escolar;
c) A crença na pertença e crença eclesial;
d) Indiferença em relação ao pluralismo religioso presente na
realidade escolar.
b) Modelo teológico:
Sérgio Junqueira (2002) preferem denominar esse modelo de
INTERCONFESSIONAL, INTER-RELIGIOSO e INTER-RELACIONAL.
 Perspectiva ‘ecumênica’ do ER, que nasce do comum acordo
entre as Igrejas Cristãs que determinam o núcleo comum da
fé a ser abordado com os alunos;
 Esse modelo revela uma disposição democrática da disciplina
do ER;
 Parte do dado da fé nas diversas designações religiosas;
 Procura o diálogo com diferentes confissões religiosas;
 Visa proporcionar o respeito e o diálogo entre as religiões
visando à formação integral do ser humano.
c) Modelo da Ciência da Religião:
Esse modelo é considerado o novo paradigma do Ensino
Religioso.
 Parte de uma cosmovisão plurirreligiosa em uma
sociedade secularizada;
 Suas fontes principais são: antropologia, sociologia,
história, filosofia e teologia.
 Privilegia o método indutivo, cujo ensino é centrado no
aluno;
 Seu objetivo principal é a formação de cidadãos.
O modelo da CR favorece as práticas do respeito, da
tolerância, do diálogo inter-religioso e contribui para uma
educação transconfessional.
Com a emergência do novo paradigma da CR, o ER adquire
autonomia como área de conhecimento e como saber com
estatuto epistemológico e pedagógico próprios.
No contexto das escolas públicas, o ER não precisa ser lecionado
por um teólogo, um pastor ou um padre, mas, por um CIENTISTA
DA RELIGIÃO com formação e capacidades pedagógicas para o
desempenho da docência.
Pois, o modelo, não se trata de catequese, nem de reflexão
teológica, mas um modelo que sustenta a autonomia
epistemológica e pedagógica do ER.
Diferente dos outros modelos apontados:
 Parte de uma cosmovisão transreligiosa,
 De um contexto político e uma sociedade secularizada;
 Usa como suporte metodológico a indução, cuja fonte primordial
são os dados da realidade concreta;
 O objetivo principal é a educação do aluno;
 A comunidade cientifica é responsável pela validação ou
refutação dos resultados das pesquisas.
Outro aspecto fundamental tem a ver com a formação de docentes, ou
seja, CIENTISTAS DAS RELIGIÕES, para lecionar o ER.
A formação dos cientistas das religiões deve ocorrer a partir de
procedimentos e avaliações peculiares ao Ensino Superior e que
propicie o desenvolvimento de habilidades e competências
específicas (FONSECA, 2011, p. 129).
O Cientista da Religião deve ser capaz de:
Aproximar, analisar e interpretar um fenômeno religioso em
estudo, sem que seus pré-conceitos interfiram na sua prática
docente [...];
Ser “imparcial”, porém, jamais “neutro”, o que tiraria a
sensibilidade e o “senso crítico” necessário para a apreensão
e crítica dos sentidos secundários de um símbolo religioso
(TEIXEIRA, 2011, p. 355).
A CR é o modelo mais coerente para aprofundar teórica e
metodologicamente a prática do ER, pois,
 Além da educação da religiosidade, ela tem como fim último, a
educação do aluno;
 Rompe com os outros modelos em nome da autonomia pedagógica
e epistemológica,
 Salvaguarda o respeito à diversidade religiosa de todos os
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem...
Sendo assim, o modelo só tem a somar, visto que, como área de
conhecimento indispensável ao ER é a melhor forma de
corresponder aos desafios atuais, realçando assim, o valor
pedagógico do estudo e conhecimento religioso para a formação
integral do aluno.
Por isso, seu objetivo último, é desenvolver e aprimorar cada vez
mais a cidadania, o respeito, a tolerância e a harmonia por meio
de conhecimentos e valores defendidos e preservados pelas
religiões ao longo dos tempos.
Obrigado!
Referências
BENTO XVI. Liberdade religiosa, caminho para a paz. - Mensagem de para a celebração do dia mundial da paz, 01 de
Janeiro de 2011.
FONSECA, Alexandre Brasil. Relações e privilégios: estado, secularização e diversidade religiosa. – Rio de Janeiro:
Novos Diálogos Editora, 2011.
GAARDNER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. – 7ª ed. – São Paulo: Cia. Das Letras,
2000.
KRONBAUER, Selenir Corrêa Gonçalves; SIMIONATO, Margareth Fedanelli. Articulando saberes: na formação de
professores. - São Paulo: Editora Paulinas, 2016.
LIMA, Ronald. Novas perspectivas para o Ensino Religioso no Brasil: uma educação para convivência e a paz no
contexto religioso plural. – 1ª ed. – São Paulo: Editora Clube de Autores, 2016.
MARDONES, José Maria. A vida do símbolo: a dimensão simbólica da religião. Trad. Euclides Martins Balancim – São
Paulo: Editora Paulinas 2006. - (Coleção espaço filosófico).
MENEGHETTI, Rosa Citana Krob. A experiência pedagógica da inclusão do ensino religioso no currículo escolar. In:
O estudo das religiões: desafios contemporâneos. Silas Guerreiro (Org.). - 2ª ed. – São Paulo: Editora Paulinas, 2003.
– (Coleção estudos da ABHR)
MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. Tomo IV, direitos fundamentais. 3 ed. rev. atual. Coimbra
Editora. 2000.
PASSOS, João Décio. Ensino Religioso: construção de uma proposta. - São Paulo: Editora Paulinas, 2007.
_______, João Décio. Ensino Religioso: mediações epistemológicas e finalidades pedagógicas. In: SENA, Luiza
(Org.). Ensino religioso e formação docente. São Paulo: Editora Paulinas, 2006.
REIMER, Haroldo. Liberdade religiosa na história das constituições do Brasil. - São Leopoldo: Editora Oikos, 3013.
SOARES, Afonso. M. L; STIGAR Robson. Perspectivas para o Ensino Religioso: uma Ciência da Religião como novo
paradigma. In: Revista Rever. Ano 16. no 01, janeiro de 2016.
_______; KRONBAUER, Selenir C. G. Educação e religião: múltiplos olhares sobre o Ensino Religioso. – Rio de
Janeiro: Editora Paulinas, 2015.
SORIANO, Guedes Aldair. Liberdade religiosa no direto constitucional e internacional. – São Paulo: Editora Juarez
de Oliveira, 2002.
TEIXEIRA, Carlos Flávio. Repensando a religião: debates sobre teologia, estado e cultura. – Engenheiro Coelho
neto, SP: Editora Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 2011.

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MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AULA  

  • 1. ABHR SUDESTE 2019 Laicidade e Pluralismo: Educação, Religiosidade e Direitos Humanos GT 07 Experiências de Ensino Religioso no espaço público e laico da Escola MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AULA Arlindo Rocha PUC-SP
  • 2. Vivemos numa sociedade multicultural, multiétnica, multirracial [...] porém, a nível religioso, temos vivido diversos desafios e problemas, pois, é visível, Acredita-se que todas as religiões possuem objetivos e valores comuns. Católico, espírita, evangélico, budista, judeu islâmico, umbandista [...] não importa o credo, pois, em princípio, todas pregam o amor, a igualdade entre os homens e buscam a paz através da prática do bem. O reavivamento das religiões tradicionais, além da incorporação de novas formas de religiosidade, a criação de novas igrejas e até mesmo de novas religiões, não raro com a passagem do converso por várias possibilidades de adesão religiosa (GAARDNER, et al., 2000, p. 283).
  • 3. A multiplicidade religiosa permite que, na diferença, todas possam ser tratadas com igualdade. Então, essa multiplicidade deveria ter como princípio o respeito pelas semelhanças e diferenças. Entretanto, falar sobre DIVERSIDADE RELIGIOSA no Brasil é um assunto que ainda gera polêmicas e incompreensões... A intolerância religiosa faz manchetes em praticamente todos os jornais nacionais e internacionais: Os conflitos entre católicos e protestantes, judeus e muçulmanos, cristãos e judeus são frequentes... No Brasil, esses atos são mais frequentes com as religiões de matriz africana o que viola o princípio da liberdade religiosa...
  • 4. A LIBERDADE RELIGIOSA é um direito fundamental tendo ocorrido sua positivação na segunda metade do séc. XVII, em conjunto com as declarações norte-americana (1776) e francesa (1789). Apesar da sua positivação, somente no século XVIII é que passou a estar assentado em sede constitucional. Portanto, passamos a ser livres, não porque passamos a ser donos de nós mesmos, mas porque foram fixados os direitos e os deveres que, permitem agir e escolher de forma autônoma.
  • 5. Uma definição de ‘LIBERDADE RELIGIOSA’ pode ser encontrada no Art.18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948: “Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”. Na Constituição do Brasil [1988], o tópico sobre liberdade religiosa está inscrito no artigo 5º: VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias; VII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII – Ninguém será privado dos direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou religiosa, salvo se as invocar para eximir- se de obrigação legal a todos imposta [...]
  • 6. O direito de aderir livremente uma religião é inquestionável. O jurista brasileiro Aldir Guedes Soriano, assim expressa a respeito, Liberdade religiosa é um direto humano fundamental, consagrado nas constituições dos países democráticos, bem como por diversos tratados Internacionais. Trata-se, portanto, de uma liberdade pública ou de uma prerrogativa individual, face do poder estatal (SORIANO, 2002, p. 5). Então é preciso educar as nossas crianças desde cedo levando- os a descobrir que o princípio fundamental para a boa convivência é o respeito e a tolerância, seja ela social, política, econômica, cultural... Nesse aspecto o Ensino Religioso nas escolas é de uma relevância indiscutível. O que é discutível é o modo pela qual se faz e quem o faz ou deveria fazê-lo.
  • 7. A partir da legislação que rege o ER, a diversidade religiosa constitui-se como princípio epistemológico fundante da abordagem em sala de aula. O Artigo 33 da Lei 9. 475 menciona que seja “ASSEGURADO O RESPEITO À DIVERSIDADE CULTURAL RELIGIOSA DO BRASIL”. Mas, na prática não é isso que acontece. Assim, torna-se importante elencar três questões que são fundamentais: a) Como dar conta da diversidade religiosa nas escolas? b) Como elaborar um ER que dê conta da tolerância? c) Que modelo de ER privilegia o respeito e a liberdade religiosa individual dos alunos? Responder essas e outras questões é fundamental para a materialização de um ER que seja plural...
  • 8. No Brasil o ER foi assumido como o ensino da religião católica, e, durante décadas, essa modalidade teve como base, apenas princípios cristãos. Atualmente, essa modalidade acontece em escolas confessionais, entretanto, não é regra geral, pois, o modelo paradigmático inaugurado pela CIÊNCIA DA RELIGIÃO, trouxe uma abordagem diferente. Para que efetivamente haja mudanças significativas do ER nas escolas, torna-se imprescindível: a) Estudar os vários modelos de ER, como princípio metodológico que auxilie o entendimento das práticas pedagógicas; b) Disponibilizar a partir dos modelos pormenores para o esclarecimento dos fundamentos que subjazem às concepções e práticas de ER; c) Valorizar o pluralismo e a diversidade cultural presente na sociedade e possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.
  • 9. Em sua obra Novas perspectivas para o Ensino Religioso no Brasil: uma educação para convivência e a paz no contexto religioso plural, Ronald Lima, afirma que, Favorecendo da força ética das religiões, o ER pode produzir uma educação fundamentada na tolerância, no respeito, na convivência e na paz como princípios fundamentais do convívio humano harmonioso na sociedade. Dentro de um contorno pedagógico, o ER protege, a diversidade de crenças e o pluralismo religioso em conformidade com os PCN e a legislação educacional brasileira (LIMA, 2016, p. 7).
  • 10. Assim, baseado nas palavras do autor citado, apresentaremos os modelos de ER e posteriormente faremos um paralelo com os valores relativos ao respeito e à diversidade religiosa nas escolas. Sistematizando os vários modelos que, comumente são praticados atualmente no Brasil podemos elencar os seguintes: a) Modelo confessional/catequético; b) Modelo teológico; c) Modelo da Ciência da Religião.
  • 11. a) Modelo confessional/catequético:  Estrutura-se a partir do ensino de uma determinada religião;  Os alunos são vistos como fiéis;  Pressupõe, em última instância, a fé do aluno;  Parte de uma cosmovisão unireligiosa;  Os conteúdos são provenientes de fontes doutrinais;  Possui afinidade com o modelo de escola tradicional;  Pode conduzir ao proselitismo e a intolerância religiosa. Por isso, esse modelo é alvo de muitas críticas: a) A confusão do ER com a catequese; b) A divisão dos alunos no espaço escolar; c) A crença na pertença e crença eclesial; d) Indiferença em relação ao pluralismo religioso presente na realidade escolar.
  • 12. b) Modelo teológico: Sérgio Junqueira (2002) preferem denominar esse modelo de INTERCONFESSIONAL, INTER-RELIGIOSO e INTER-RELACIONAL.  Perspectiva ‘ecumênica’ do ER, que nasce do comum acordo entre as Igrejas Cristãs que determinam o núcleo comum da fé a ser abordado com os alunos;  Esse modelo revela uma disposição democrática da disciplina do ER;  Parte do dado da fé nas diversas designações religiosas;  Procura o diálogo com diferentes confissões religiosas;  Visa proporcionar o respeito e o diálogo entre as religiões visando à formação integral do ser humano.
  • 13. c) Modelo da Ciência da Religião: Esse modelo é considerado o novo paradigma do Ensino Religioso.  Parte de uma cosmovisão plurirreligiosa em uma sociedade secularizada;  Suas fontes principais são: antropologia, sociologia, história, filosofia e teologia.  Privilegia o método indutivo, cujo ensino é centrado no aluno;  Seu objetivo principal é a formação de cidadãos. O modelo da CR favorece as práticas do respeito, da tolerância, do diálogo inter-religioso e contribui para uma educação transconfessional.
  • 14. Com a emergência do novo paradigma da CR, o ER adquire autonomia como área de conhecimento e como saber com estatuto epistemológico e pedagógico próprios. No contexto das escolas públicas, o ER não precisa ser lecionado por um teólogo, um pastor ou um padre, mas, por um CIENTISTA DA RELIGIÃO com formação e capacidades pedagógicas para o desempenho da docência. Pois, o modelo, não se trata de catequese, nem de reflexão teológica, mas um modelo que sustenta a autonomia epistemológica e pedagógica do ER.
  • 15. Diferente dos outros modelos apontados:  Parte de uma cosmovisão transreligiosa,  De um contexto político e uma sociedade secularizada;  Usa como suporte metodológico a indução, cuja fonte primordial são os dados da realidade concreta;  O objetivo principal é a educação do aluno;  A comunidade cientifica é responsável pela validação ou refutação dos resultados das pesquisas. Outro aspecto fundamental tem a ver com a formação de docentes, ou seja, CIENTISTAS DAS RELIGIÕES, para lecionar o ER. A formação dos cientistas das religiões deve ocorrer a partir de procedimentos e avaliações peculiares ao Ensino Superior e que propicie o desenvolvimento de habilidades e competências específicas (FONSECA, 2011, p. 129).
  • 16. O Cientista da Religião deve ser capaz de: Aproximar, analisar e interpretar um fenômeno religioso em estudo, sem que seus pré-conceitos interfiram na sua prática docente [...]; Ser “imparcial”, porém, jamais “neutro”, o que tiraria a sensibilidade e o “senso crítico” necessário para a apreensão e crítica dos sentidos secundários de um símbolo religioso (TEIXEIRA, 2011, p. 355). A CR é o modelo mais coerente para aprofundar teórica e metodologicamente a prática do ER, pois,  Além da educação da religiosidade, ela tem como fim último, a educação do aluno;  Rompe com os outros modelos em nome da autonomia pedagógica e epistemológica,  Salvaguarda o respeito à diversidade religiosa de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem...
  • 17. Sendo assim, o modelo só tem a somar, visto que, como área de conhecimento indispensável ao ER é a melhor forma de corresponder aos desafios atuais, realçando assim, o valor pedagógico do estudo e conhecimento religioso para a formação integral do aluno. Por isso, seu objetivo último, é desenvolver e aprimorar cada vez mais a cidadania, o respeito, a tolerância e a harmonia por meio de conhecimentos e valores defendidos e preservados pelas religiões ao longo dos tempos.
  • 19. Referências BENTO XVI. Liberdade religiosa, caminho para a paz. - Mensagem de para a celebração do dia mundial da paz, 01 de Janeiro de 2011. FONSECA, Alexandre Brasil. Relações e privilégios: estado, secularização e diversidade religiosa. – Rio de Janeiro: Novos Diálogos Editora, 2011. GAARDNER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. – 7ª ed. – São Paulo: Cia. Das Letras, 2000. KRONBAUER, Selenir Corrêa Gonçalves; SIMIONATO, Margareth Fedanelli. Articulando saberes: na formação de professores. - São Paulo: Editora Paulinas, 2016. LIMA, Ronald. Novas perspectivas para o Ensino Religioso no Brasil: uma educação para convivência e a paz no contexto religioso plural. – 1ª ed. – São Paulo: Editora Clube de Autores, 2016. MARDONES, José Maria. A vida do símbolo: a dimensão simbólica da religião. Trad. Euclides Martins Balancim – São Paulo: Editora Paulinas 2006. - (Coleção espaço filosófico). MENEGHETTI, Rosa Citana Krob. A experiência pedagógica da inclusão do ensino religioso no currículo escolar. In: O estudo das religiões: desafios contemporâneos. Silas Guerreiro (Org.). - 2ª ed. – São Paulo: Editora Paulinas, 2003. – (Coleção estudos da ABHR) MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. Tomo IV, direitos fundamentais. 3 ed. rev. atual. Coimbra Editora. 2000. PASSOS, João Décio. Ensino Religioso: construção de uma proposta. - São Paulo: Editora Paulinas, 2007. _______, João Décio. Ensino Religioso: mediações epistemológicas e finalidades pedagógicas. In: SENA, Luiza (Org.). Ensino religioso e formação docente. São Paulo: Editora Paulinas, 2006. REIMER, Haroldo. Liberdade religiosa na história das constituições do Brasil. - São Leopoldo: Editora Oikos, 3013. SOARES, Afonso. M. L; STIGAR Robson. Perspectivas para o Ensino Religioso: uma Ciência da Religião como novo paradigma. In: Revista Rever. Ano 16. no 01, janeiro de 2016. _______; KRONBAUER, Selenir C. G. Educação e religião: múltiplos olhares sobre o Ensino Religioso. – Rio de Janeiro: Editora Paulinas, 2015. SORIANO, Guedes Aldair. Liberdade religiosa no direto constitucional e internacional. – São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002. TEIXEIRA, Carlos Flávio. Repensando a religião: debates sobre teologia, estado e cultura. – Engenheiro Coelho neto, SP: Editora Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 2011.