3. O consumo de substancias psicoativas foi entendido no Brasil
como caso de segurança publica e justiça, ou no máximo,
como comportamento antissocial, tendo como principal
responsável pelo seu combate a polícia e o tratamento da
psiquiatria. Consequentemente os consumidores de drogas
sempre foram tratados como pessoas de índole duvidosa,
perturbadora da ordem publica, que deveriam ser afastadas da
sociedade e internadas em manicômios junto com pacientes
psiquiátricos .
(BRASIL, 2004)
4. Tem o objetivo de imprimir na sociedade brasileira uma nova
práxis quanto a atenção às pessoas com transtornos mentais,
inclusive usuárias de drogas;
A Luta Antimanicomial no Brasil surgiu em 18 de Maio de 1987
num Congresso de Trabalhadores de Saúde Mental em Bauru-
SP, mas também já vinha sendo projetada há algum tempo,
atrelado aos movimentos populares.
(VASCONCELOS, 2002)
5. As drogas são substâncias naturais ou sintéticas que possuem a
capacidade de alterar o funcionamento do organismo, são
divididas em dois grandes grupos, segundo o critério de
legalidade perante a Lei: drogas lícitas e ilícitas.
Lícitas: São aquelas legalizadas, produzidas e comerciadas
livremente e que são aceitas pela sociedade, por exemplo: o
cigarro e o álcool;
Ilícitas: São drogas cuja comercialização é proibida pela
legislação e também as mesmas não são socialmente aceitas,
por exemplo: cocaína, maconha, crack e heroína.
6. O consumo de álcool e outras drogas é um grave problema de
saúde pública. Dentro de uma perspectiva de saúde pública, o
planejamento de programas deve contemplar grandes parcelas da
população, de uma forma que a abstinência não seja a única
meta viável e possível aos usuários.
A dependência das drogas é transtorno onde predomina a
heterogeneidade, já que afeta as pessoas de diferentes
maneiras, por diferentes razões, em diferentes contextos e
circunstâncias.
7. Em 2002, o Ministério da Saúde passa a implementar o
Programa Nacional de Atenção Comunitária Integrada aos
Usuários de Álcool e outras Drogas. Reconhecendo o problema
do uso prejudicial de substâncias como problema da saúde
pública e construindo uma política pública específica para
a atenção às pessoas que fazem uso de álcool ou outras drogas,
situada no campo da saúde mental, e tendo como estratégia a
ampliação do acesso ao tratamento, a compreensão integral e
dinâmica do problema, a promoção dos direitos e a abordagem
de redução de danos.
8. Começaram a surgir nas cidades brasileiras na década de 80 e
passaram a receber uma linha específica de financiamento do
Ministério da Saúde a partir do ano de 2002, momento no qual
estes serviços experimentam grande expansão. São serviços de
saúde municipais, abertos, comunitários, que oferecem
atendimento diário às pessoas com transtornos mentais severos e
persistentes, realizando o acompanhamento clínico e a
reinserção social destas pessoas através do acesso ao trabalho,
lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços
familiares e comunitários.
9. Prestar atendimento clínico em regime de atenção diária,
evitando assim as internações em hospitais psiquiátricos;
Promover a inserção social das pessoas com transtornos
mentais através de ações intersetoriais;
Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde
mental na sua área de atuação e dar suporte à atenção à saúde
mental na rede básica;
Organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos
mentais nos municípios;
Eles são os articuladores estratégicos desta rede e da política de
saúde mental num determinado território.
10. Existem hoje no Brasil 689 CAPS em funcionamento,
distribuídos em quase todos os estados brasileiros.
Os CAPS se diferenciam pelo porte, capacidade de
atendimento, clientela atendida e organizam-se no país de
acordo com o perfil populacional dos municípios brasileiros.
Estes serviços diferenciam-se como:
CAPS I CAPS II, CAPS III, CAPSi e CAPSad.
11. São especializados no atendimento de pessoas que fazem uso
prejudicial de álcool e outras drogas, são equipamentos
previstos para cidades com mais de 200.000 habitantes, ou
cidades que, por sua localização geográfica (municípios de
fronteira, ou parte de rota de tráfico de drogas) ou cenários
epidemiológicos importantes, necessitem deste serviço para
dar resposta efetiva às demandas de saúde mental.
Funcionam durante os cinco dias úteis da semana, e têm
capacidade para realizar o acompanhamento de cerca de 240
pessoas por mês. A equipe mínima prevista para os CAPS ad é
composta por 13 profissionais de nível médio e superior.
12. A estratégia de redução de danos sociais reconhece cada
usuário em suas singularidades, traçando com ele estratégias
que estão voltadas para a defesa de sua vida.
São ampliações do acesso aos serviços de saúde,
especialmente dos usuários que não têm contato com o sistema
de saúde, por meio de trabalho de campo:
a distribuição de insumos (seringas, agulhas, cachimbos)
para prevenir a infecção dos vírus HIV e Hepatites B e C
entre usuários de drogas;
13. a elaboração e distribuição de materiais educativos para
usuários de álcool e outras drogas informando sobre formas
mais seguras do uso de álcool e outras drogas e sobre as
conseqüências negativas do uso de substâncias psicoativas;
os programas de prevenção de acidentes e violência associados
ao consumo, e a ampliação do número de unidades de
tratamento para o uso nocivo de álcool e outras drogas, entre
outras.
14. Atende pessoas que apresentam transtornos decorrentes do
uso/abuso e dependência de substâncias psicoativas (álcool e
outras drogas) e suas comorbidades, adultos e adolescentes (a
partir de 12 anos), de ambos os sexos;
Identificada na fala da psicóloga o respeito e valorização que
se tem a vida humana, a equipe busca recursos não de
erradicar o vício, mas em primeiro plano as estratégias de
preservação da vida, saúde da família quando os agentes
visitam os familiares dos usuários; a prevenção, e a promoção
de ações que visem o acesso à saúde; e as estratégias de
descentralização, regionalização, hierarquização, igualdade e a
participação da comunidade.
15. Atenção prioritária a crianças e adolescentes com sofrimento
decorrentes do uso de álcool e outras drogas;
Utiliza-se de projetos terapêuticos individualizados
considerando o sujeito em seu meio social;
Tem atividades, grupos e oficinas que são ofertadas:
Oficina de reflexão cultural;
Atividade de barbearia;
Grupo de família e outras atividades.
16. O CETAD foi criado em 1985 como um serviço de extensão
permanente do Departamento de Anatomia Patológica e
Medicina Legal da Faculdade de Medicina da UFBA. Desde
então vem atuando em parceria com outras instituições
representativas da sociedade na promoção de ações que
contemplem a atenção aos usuários de SPAs (substâncias
psicoativas) e seus familiares, a prevenção e redução de riscos e
danos, o estudo, a pesquisa e o ensino, constituindo-se num
centro de referência e excelência nesta área.
17. O psicólogo atua juntamente com uma equipe multidisciplinar ,
e é sua pratica que vai ter um diferencial na utilização das
técnicas sendo essas técnicas que trará uma visão ou percepção
diferenciada dos outros profissionais da equipe. Ele também
contribui no atendimento ao usuário fazendo-o tomar
consciência que possa alcançar os objetivos desejados.
18. MOURA,Joviane A., História da Assistência à Saúde Mental no Brasil:
da Reforma Psiquiátrica à Construção dos Mecanismos de Atenção
Psicossocial.
Disponível em: <http://psicologado.com/psicologia-geral/historia-da-
psicologia/historia-da-assistencia-a-saude-mental-no-brasil-da-reforma-
psiquiatrica-a-construcao-dos-mecanismos-de-atencao-
psicossocial#ixzz33ayoCTz0
Acesso em: 05/2014
REGO, Thiago Felix A., Atuação do Psicólogo em um Centro de
Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas (CAPS AD) de
Santarém: Relato de Experiência
Disponível em: <http://psicologado.com/psicologia-geral/historia-da-
psicologia/historia-da-assistencia-a-saude-mental-no-brasil-da-reforma-
psiquiatrica-a-construcao-dos-mecanismos-de-atencao-
psicossocial#ixzz33ayoCTz0 Acesso em: 05/2014
19. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE.
Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e
política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à
Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental:
15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005;
SANTOS, Jamerson Luiz Gonçalves dos. Política de Saúde Pública
para usuário de álcool e outras drogas no Brasil: a prática no CAPS
AD Feira de Santana, Salvador, Bahia, Brasil. Salvador 2009;
http://capsgeyespinheira.blogspot.com.br/ CAPS AD III- Gey
Espinheira;
https://twiki.ufba.br/twiki/bin/view/CetadObserva/WebHome
CETAD- Centro de Estudo e Terapia de Abuso de drogas.