1. RESIDÊNCIA MÉDICA 2017 – 1ª FASE
PSICOGERIATRIA E PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA
LOTE SEQ
PSICOGERIATRIA E PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA
Instruções para a realização da prova
• Esta prova é composta de 5 questões dissertativas.
• Para responder as questões, utilize apenas caneta esferográfica PRETA.
• Responda as questões utilizando APENAS, o espaço destinado na página. Tudo que estiver fora
do espaço previsto para resposta não será considerado.
• As respostas devem ser OBJETIVAS e devem estar LEGÍVEIS. Responda apenas o que está
sendo perguntado. O que não estiver relacionado com a pergunta, não será considerado.
• Mantenha as respostas sem rasuras. Não passe corretivo na folha de respostas. Em caso de erro
ao escrever, proceda da seguinte maneira: colocar a palavra errada entre parênteses e fazer um
traço horizontal no meio da palavra. Ex.: (exame).
• Sua identificação está impressa na página de rosto, que será destacada antes da correção. NÃO
faça qualquer outro sinal ou marca que possa identificá-lo, pois isso poderá acarretar a anulação
da prova.
• A prova terá a duração total de 2 horas.
• Você somente poderá deixar a sala após 1h do início da prova, podendo levar consigo APENAS a
DECLARAÇÃO DE PRESENÇA (abaixo).
DECLARAÇÃO DE PRESENÇA
Declaramos que o candidato abaixo, inscrito no PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA 2017, compareceu à prova da 1ª
Fase realizada no dia 13 de novembro de 2016.
Nome: Documento:
Coordenação de Logística
Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp
ASSINATURA DO CANDIDATO
INSCRIÇÃO ESCOLA SALA LUGAR NA
SALA
NOME
2.
3. 01. Acerca do TDAH, descreva e discuta:
A– ETIOLOGIA E CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO
5. 02. O uso de drogas na adolescência é motivo de preocupação na atualidade. Sobre
repercussões deste uso, responda:
A–DO PONTO DE VISTA NEUROBIOLÓGICO, QUAIS OS RISCOS DO USO DESSAS
SUBSTÂNCIAS NESTE PERÍODO?
B– DISCUTA AS INTERFACES ENTRE USO DE DROGAS E OUTROS TRANSTORNOS
MENTAIS NA ADOLESCÊNCIA.
6. 03. A Sra K., 70 anos, é trazida pelos seus filhos para avaliação psiquiátrica em função de quadro
de “confusão mental” com início há 1 ano. A paciente apresenta alguns momentos de maior
lucidez, quando conversa de forma coerente e parece orientada, mas estes se alternam com
períodos de franca confusão mental, quando ela tem dificuldade em manter a atenção em uma
conversa ou em qualquer outra atividade, mostra-se desorientada no tempo e no espaço, fala
coisas sem sentido. Os períodos de confusão, que duravam de minutos a horas tem se tornado
mais frequente e, nos últimos meses, passaram a duras dias e até semanas. Nos últimos 6 meses
também tem referido “ver coisas estranhas”, como buracos no chão, luzes, as vezes pessoas na
casa, o que é pior quando ela está confusa, mas não ocorre exclusivamente nestes momentos. As
visões geram intensa angústia na paciente.
Ao investigar os antecedentes pessoais, os filhos afirmam que a Sra K. NÃO apresenta nenhuma
comorbidade, incluindo hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia, não é tabagista ou etilista.
Não vem fazendo uso de nenhuma medicação regularmente. Afirmam que ela sempre teve sono
agitado, fala dormindo e se movimenta muito, frequentemente dando pontapés no marido ou
caindo da cama no meio da noite. Nos últimos 2 anos parecia mais “desanimada”, demorava mais
para cumprir suas tarefas habituais, tanto seus bordados como pratos na cozinha passaram a
apresentar qualidade inferior a anteriormente. Os filhos sentem que ela está mais distante, sorri
menos, está mais “lenta” para as coisas.
No último ano a Sra K. Tem apresentado quedas frequentes, “como se caísse a pressão”. Queixa-
se também de constipação intestinal.
Quando você examina a paciente, esta encontra-se parcialmente desorientada no tempo e
orientada no espaço, orientada autopsiquicamente. hipovigil, hipotenaz, com latência de
respostas. Sem queixas depressivas significativas. Na ocasião da consulta sem alucinações ou
delírios.
Ao aplicar o MOCA test para avaliação cognitiva, a paciente desempenha mal nos testes que
medem funções executivas (trilhas, desenho de cubo, relógio, cálculo), mas não tem desempenho
tão ruim nos testes de memória (orientação, evocação tardia).
Ao exame neurológico apresenta face hipomímica e rigidez axial. Sem tremor
apendicular, sem rigidez apendicular significativa. Bradiscinesia marcante, com marcha com
passos curtos e dificuldade em manter o equilíbrio na retropulsão.
7. A. QUAL A SUA PRINCIPAL HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? JUSTIFIQUE.CITE DOIS
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS E EXPLIQUE SUCINTAMENTE.
8. B. QUE EXAMES VOCÊ SOLICITARIA PARA CONFIRMAR SUA HIPÓTESE DIAGNÓSTICA?
EXPLIQUE O QUE VOCÊ ESPERA ENCONTRAR OU EXCLUIR COM ESTES EXAMES.
ELABORE UM PLANO DE TRATAMENTO FARMACOLÓGICO.
9. 04. Defina e estabeleça a diferença entre:
A– IDÉIAS DELIRANTES E IDÉIAS PREVALENTES (OU SOBREVALORADAS).
11. 05. Mulher, 77 anos, trazida ao pronto-socorro pela polícia militar, pois foi encontrada
desorientada pela rua. A paciente não consegue dar informações sobre seu estado e repete que
precisa ir embora. Apresenta-se confusa, desatenta, desorientada no tempo e no espaço, com
nível de consciência flutuante. Aponta para a parede do consultório e relata estar vendo duas
crianças correndo, as quais descreve com relativa nitidez. O exame neurológico revela rigidez
axial 1+/4 e marcha parkinsoniana. Ao exame físico, apresenta taquicardia, desidratação, febre e
estertores crepitantes em base pulmonar à direita. Sem diminuição significativa de força muscular
nos membros superiores e inferiores. Hemograma mostra leucocitose com desvio à esquerda e
RX de tórax confirma condensação em base do pulmão direito.
Horas depois, a filha chega ao pronto-socorro e relata que há 3 dias a paciente está muito
confusa. No entanto, há 1 ano, vem apresentando períodos de confusão mais leves ao longo do
dia, alucinações visuais e dificuldade de equilíbrio com algumas quedas. Está atrapalhada com as
tarefas, de modo que não é mais capaz de cuidar da casa, de cozinhar e de fazer compras no
mercado. Ressonância magnética de crânio mostra atrofia cortical generalizada leve, sem
predomínio lobar. Sem sinais significativos de microangiopatia cerebral.
A– Quais os diagnósticos sindrômicos e etiológicos mais prováveis para o quadro atual e para a
condição de base?
12. B– Cite três condutas fundamentais no pronto-socorro para essa paciente.