1. Fisiologia e Metabolismo de
Vitaminas Lipossolúveis
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
PROFESSOR: LEILSON ROCHA BEZERRA
KALLIANY KELLZER DA SILVA
MARIA DE FÁTIMA ALVES DE MELO
*SEMINÁRIO APRESENTADO NA DISCIPLINA TOPICOS ESPECIAIS EM METABOLISMO DE
MINERAIS E VITAMINAS
2. VITAMINAS
Moléculas orgânicas complexas
Encontradas naturalmente nos alimentos ou na
forma de precursores
Requeridas em quantidades mínimas
Ausência de uma ou mais vitaminas: doenças
carências tanto em animais jovens ou adultos
4. A maioria não é sintetizada pelo corpo
Algumas sem a presença obrigatória na dieta
• Vitamina D: radiação UV na pele
• Niacina: a partir do tripitofano (aa)
Importantes para o controle e ativação de
processos metabolitos
Crescimento, reprodução, imunidade
VITAMINAS
5. No estudo das vitaminas conceitos importantes
VITAMINOSE: transtornos patológicos ocasionado pela
deficiência ou excesso
AVITAMOSE: ausência de vitamina
HIPOVITAMINOSE: vitamina presente em pequenas
quantidades no alimento
HIPERVITAMINOSE: excesso de vitaminas
VITAMINAS
8. EXIGÊNCIA DE VITAMINAS PARA RUMINANTES
A microbiota sintetiza vitaminas
do complexo B e vitaminas K
Ruminantes jovens : pode haver deficiência – suplementação exógena
9. EXIGÊNCIA DE VITAMINAS PARA SUÍNOS
RECOMENDA-SE A SUPLEMENTAÇÃO COM
AS VITAMINAS A, D, E , K. COMPLEXO B
10. EXIGÊNCIA DE VITAMINAS PARA AVES
Suplementação vitamínica ocorre
via ração na forma de premix
12. Importância maior a ser suplementada em bovinos
Diversos compostos com ação de vitamina A ou percursores (retinoides)
Muitas duplas ligações – muitos isômeros cis e trans
VITAMINA A
15. Retinol
• Principal forma
nos alimentos
de origem
animal
Retinaldei
do
• Relacionado
com a
pigmentação da
retina
Acido
retinoico
• Não tem
relacionada com
a visão e
reprodução
VITAMINA A
16. Nos vegetais e ausente
Precursores carotenoides
α- caroteno
β- caroteno importante
γ- caroteno
Criptoxantina (milho)
VITAMINA A
Esses compostos são conhecidos como provitamina A
17. Carotenoides são percussores da vitamina A
Organismo converte em vitamina A
Escape da conversão: absorvidos inteiros
Conversão e variável de espécie e dentro de
cada espécie
VITAMINA A
18. FUNÇÕES:
• Formação da rodopsina na retina dos olhos
• Formação e crescimento normal de tecidos epiteliais
• Formação da condroitina e importante na formação
do tecido ósseo
Estocagem no organismo
• Forma do retinol todo trans
• Fígado: 95% de toda a vitamina
VITAMINA A
19. DEFICIÊNCIAS
•Falha na formação de mucopolissacarídeo epitélio
•Cegueira noturnal
•Falhas reprodutivas
•Má espermatogênese
VITAMINA A
20. Suplementação sintética
• Via oral: formas encapsuladas
• Separados de minerais: (premix)
• Injeções intramuscular: formas mais efetiva
VITAMINA A
21. Ocorre no fígado, sendo que dois tipos de células
hepáticas estão envolvidos nesse processo, as células
do parênquima hepático e as células de Ito (PAULA et
al., 2006).
Grande parte do Retinol ingerido é absorvido via
linfática e transportado pelos quilomícrons como
ésteres de Retinil para as células do parênquima
hepático.
METABOLISMO DA VITAMINA A
24. VITAMINA E
Compostos existentes com ação biológica de vitamina E
Tocotrienol
Tocoferol (biologicamente mais ativa)
8 isomeros de tocoferol
25. FUNÇÕES
Antioxidante intra - celular
Inibe a peroxidação dos ácidos graxos polinsaturados
(PUFA)
Integridade de músculos esqueléticos, cardíacos, lisos e
sistema periféricos
Importante no sistema imunológico
Reprodução e glândula mamaria
Espermatogênese e libido em machos
VITAMINA E
26. Interação com o selênio: sinergismo mineral - vitamina
Vitamina E: age prevenindo peroxidação dos ácidos graxos polinssaturados PUFA
Selênio: modula ação GLUTAMINA – PEROXIDASE
Aporte de vitamina E: redução da ação do gossipol em
touros
Aplicação de vitamina E antes do abate: melhorou a
qualidade da carne e durabilidade
VITAMINA E
27. Absorção intestino e
capacidade de
armazenagem e menor do
que a vitamina A
Estocagem no fígado e
amplamente mais
distribuída no tecido
adiposo
Pouca passagem trans
placentária e conteúdo do
leite do leite e baixo
VITAMINA E
28. Doença do musculo branco
Degeneração testicular
Retenção da placenta
Crescimento corporal prejudicado
Condições predisponentes
Pouca forragem fresca
Deficiência de SE
Água de bebida com nitrato
DEFICIÊNCIA VITAMINA E
35. VITAMINA D
* Setas indicam a presença de um grupo metila no esterol vegetal e sua ausência no esterol animal.
36. ERGOCALCIFEROL D2
Presentes nos vegetais, fungos e leveduras
Formada a partir do ergosterol na presença de radiação UV
Forma sintética de inclusão nos alimentos
VITAMINA D
37. COLECALCIFEROL D3
Presentes nos tecidos animais
Formado a partir de um derivado do colesterol
Necessidade da presença de radiação UV
Regiões tropicais: melhor síntese de vitamina D
Animais em pastagens: desnecessário o fornecimento
VITAMINA D
41. METABOLISMO DA VITAMINA D
O ergocaciferol e o colecalciferol não são biologicamente ativos, mas são
convertidas in vivo na forma ativa da vitamina D por reações sequenciais
de hidroxilação.
A primeira reação ocorre na posição 25 e é catalisada por uma
hidroxilase específica, no fígado.
O produto da reação, 25-hidroxicolecalciferol (25-OH-D3), é a forma
predominante da vitamina D no plasma e a principal forma de
armazenamento da vitamina.
Essa forma é posteriormente hidroxilada na posição 1 pela 25-
hidroxicolecalciferol-1-hidroxilase específica, encontrada principalmente
no rim, resultando na formação de 1,25-diOH-D3 (vitamina D3 ou
calcitriol).
43. METABOLISMO DA VITAMINA D
A atividade (25-hidroxicolecalciferol-1-hidroxilase) aumenta
diretamente em função de baixo fosfato plasmático, ou
indiretamente por diminuição do cálcio no plasma, que dispara
a liberação do hormônio paratireoidiano (PTH).
A hipocalcemia causada por deficiência de cálcio na dieta
resulta em níveis elevados de 1,25-diOH-D3 no plasma. A
atividade de 1-hidroxilase é diminuída por excesso de 1,25-
diOH-D3.
49. VITAMINA K
FUNÇÕES:
Efeito anti-hemorrágico
Atua na coagulação sanguínea
DEFICIÊNCIAS
Raramente ocorre em ruminantes
• Diminuição do nível de protrombina
Dietas de frangos e suínos são regularmente suplementadas com
menadiona
Necessidade de suplementação para outras espécies é controversa
50. METABOLISMO DA VITAMINA K
Sua excreção ocorre cerca de 20% pela urina e de 40 a 50% pelas fezes
51. A filoquinona é absorvida no jejuno e íleo (Shearer e cols., 1974)
Então é secretada em vasos linfáticos como um componente de
quilomícrons e entra na circulação sob esta forma.
A filoquinona circulante está presente nas frações das lipoproteínas de
muito baixa densidade (VLDL) ricos em triacilgliceróis e quilomícrons
(Kohlmeier e cols., 1996; Lamon-Fava e cols., 1998).
A vitamina entra no fígado por meio da endocitose de quilomícrons
remanescentes. (Kohlmeier e cols., 1995)
METABOLISMO DA VITAMINA K
52. O fígado acumula rapidamente a filoquinona ingerida e
contém a maior concentração do organismo(Davidson e cols., 1998;
Thijssen e Drittij-Reijnders, 1994).
A vitamina é rapidamente catabolizada no fígado e
excretada principalmente na bile. Uma quantidade menor
aparece na urina (Shearer e cols., 1974).
A excreção dos produtos de degradação não tem sido
caracterizada. O turnover no fígado é rápido e as reservas
hepáticas esgotam-se rapidamente quando a ingestão de
vitamina K é limitada (Usui e cols., 1990)
METABOLISMO DA VITAMINA K
A vitamina D (colecalciferol) é produzida pela pele quando expostas aos raios ultravioletas B, seja pelo sol ou artificial. Após ser produzida pela pele, a vitamina D passa por mais duas reações no fígado e no rim para se transformar na sua forma ativa: a 1,25(OH)2D ou calcitriol.
Além da exposição solar, a vitamina D pode ser obtida pela ingestão de alimentos de origem animal, principalmente peixes como gordurosos de água fria como atum e salmão. Outra fonte dietética de vitamina D é o ergosterol (vitamina D2 ), proveniente de alimentos vegetais, em especial fungos.
No metabolismo da vitamina D, quando qualquer um dos processos está deficiente, como a baixa exposição aos raios ultravioletas, doenças do fígado ou doenças do rim, resulta em diminuição da ação da vitamina D e consequente alteração nas concentrações de cálcio e fósforo no sangue, fundamentais para:– Processos metabólicos– Saúde óssea– Função neuromuscular
Além da pele, fígado e rim, uma outra glândula, a paratiroide, atua no metabolismo do cálcio e fósforo pela produção do paratormonio (PTH). As paratiroides estão anatomicamente juntas à glândula tiroide, mas têm sua função é totalmente diferente: o PTH produzido por elas estimula a transformação do 25(OH)D para 1,25(OH)2D. Níveis baixo de 1,25(OH)2D (calcitriol) decorrentes da deficiência de vitamina D ou doença renal podem aumentar os níveis de PTH, levando à maior reabsorção de cálcio nos ossos para manter os níveis normais no sangue, condição denominada hiperparatiroidismo secundário.