Resumo relação entre o filme tempos modernos e a teoria de karl max
1. SociologiadaEducação
Faculdade Zumbi dos Palmares - 2013 – 1º Sem. Pedagogia
Joyce Mourão
Nome: Joyce Mourão 1º Semestre Pedagogia
Professora: Elane Sociologia da Educação
RESUMO
FICHA BIBLIOGRÁFICA
COVEZZI, Marinete. Curso de Pedagogia: Brasil/Japão. Cuiabá/MT: EduFMT,
2009.
Filme Tempos Modernos - (Modern Times). Charlie Chaplin, 1936.
FICHA DE RESUMO
Karl Marx tem como característica em sua obra a crítica ao modo da produção
capitalista, entende que a categoria trabalho é a categoria chave para entender
o modo de produção capitalista.
Para ele a sociedade é resultante do processo pelo qual o homem atua sobre a
natureza e a transforma por meio de trabalho, estabelecendo relações entre os
próprios homens e transformando sua própria natureza, fundando a sociedade.
Em sua concepção, a realidade do individuo é interpretada por ele e é
transportada para seu pensamento e não ao contrário, onde o plano de idéias
realiza a realidade.
Marx entende que a força produtiva é composta por vários elementos do
processo de trabalho: energia humana empregada no processo de trabalho,
objetos sobre os quais se trabalha a matéria prima, tecnologia, ferramentas,
máquinas e a própria matéria prima.
Porém quando acontece a divisão da técnica de trabalho, surge o processo de
alienação, que é o que mostra nitidamente o filme, onde os trabalhadores
trabalham como se fossem as próprias máquinas, se a máquina para eles
param, se a máquina liga, eles voltam imediatamente, executar sua função.
Essa alienação causa problemas graves ao trabalhador, ao cidadão que vive
preso nesse sistema capitalista, inclusive transtornos de saúde física e mental.
Karl diz que nesse momento de alienação quem decide o quanto o operário vai
trabalhar não é mais o homem e sim o trabalho, que decide o quanto ele terá
que produzir. Mas isso é causado pelas diferenças sociais, onde a classe
predominante exige cada vez mais da classe dominada, investindo muitas
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vezes em tecnologia para que a produção aumente cada vez mais, e que o
empregado tenha cada vez menos tempo vago. E o trabalhador, fazendo parte
da classe dominada e necessitando do trabalho, em função de seu salário, se
submete a todas as exigências e se empenha em seu trabalho para que possa
garantir seu sustento e de sua família e poder continuar “sobrevivendo” nesse
sistema capitalista.
Porém, algumas vezes, a classe operária se une para reivindicar seus direitos
e melhorias em salários e condições de trabalho, é por esse motivo que
surgem as greves, e as revoluções.
Antes de o capitalismo existir a forma de adquirir produtos era através do
escambo, que se caracteriza pela troca de um produto por outro. Mas, com o
tempo foi ficando complicado definir quanto de um produto era necessário para
efetuar a troca por outro. Então foi criado o dinheiro, o que chamavam de
equivalente legal, mesmo assim, Marx quis entender como é determinado qual
o valor em dinheiro será ofertado em determinada mercadoria e pesquisando
descobriu que tem que se descobrir o custo dessa mercadoria e nesse valor
inclui custos de produção como matéria prima, máquinas, consumo de energia,
aluguel, impostos e salários, o elemento que determina o valor do produto é o
tempo médio gasto para produzi-lo.
Com essa conclusão Marx descobre outra característica do sistema capitalista
que é a produção da mais-valia, onde pode acontecer de duas formas: a mais-
valia absoluta, onde o lucro é obtido pelas horas de trabalho não pagas ao
operário; e a mais-valia relativa, em que o lucro é obtido pelo aumento da
produtividade na mesma jornada de trabalho.
E a pior parte dessa situação se dá quando percebemos que devido ao
processo de alienação que o trabalhador se encontra, ele não percebe que
parte de suas horas de trabalho não são pagas.
Como diz Marx: “essa é a essência do capitalismo, concentração de riqueza
nas mãos da classe dominante e a manutenção das desigualdades entre as
classes sociais”.
E o filme nos ajuda e visualizar toda essa situação, quando mostra a alienação
na fábrica onde Carlitos trabalha, em outro momento, quando ele sai do
hospital e a fábrica está fechada nos mostra a situação de crise e desemprego,
não apenas dele, mas também do pai da moça por quem ele se “encanta”, o
desespero da moça que rouba para não passar fome. Deixa claro também as
desigualdades quando mostra a loja de departamento e no final do filme onde
estão no restaurante onde conseguem emprego.
Mas a parte bonita do filme, e que não deixa de ser verdade, é a última cena
que mostra, como na vida real, que mesmo com todas as dificuldades de fazer
parte da classe operária, ainda é possível seguir com um sorriso no rosto para
continuar lutando para sobreviver.