Evolução das formas de trabalho ao longo da história
1.
2. No chamado período Paleolítico, os seres humanos viviam em
pequeno grupos nômades, cuja organização e pouco hierarquizada.
O sistema de salário nesta época não existia nem tampouco o
dinheiro. No interior da tribo não havia trocas mercantis, mas o
escambo era praticado nas relações entre diferentes grupos
nômades.
Com o sedentarismo, ocorreu uma crescente hierarquização das
sociedades, um sistema de castas(sacerdotes, guerreiros, artesãos
e camponeses) formou-se com base no trabalho escravo. Ainda há
um amplo debate entre os estudiosos sobre o que causou essa
hierarquização.
3. A idade antiga surge com base no trabalho escravo, pois assim
surgiram as primeiras civilizações. Desta forma, os escravos eram
grande parte da sociedade. Porém, o trabalho assalariado passou
então a ser comum nas relações de pequeno porte, como a
contratação de alguém por um artesão, ou por um político. Por mais
que estes últimos contratassem trabalhadores assalariados, eles
raramente tinham chances de enriquecer-se apenas através deles,
pois a riqueza era medida, sobretudo, pela posse de terra e de
escravos.
4. Na Idade Média (feudalismo), a sociedade é totalmente
transformada, e a servidão substitui em grande parte a escravidão,
mas pode-se dizer que o trabalho assalariado continue o mesmo:
acordos entre pequenos empresários com pessoas comuns; riqueza
medida pela posse da terra; e dificuldade de mobilidade social.
5. Com a ascensão do capitalismo a importância do trabalho foi
aumentando e ele foi se deslocando para a posição central da vida das
pessoas. Com a necessidade dos capitalistas de recrutar pessoas para
trabalhar em suas fábricas, passou-se a difundir a ideologia de que o
trabalho era algo positivo, bom para todos.
Juntamente passou-se a acusar pessoas que não trabalhavam com
termos pejorativos a fim de constrangê-los socialmente e forçá-los a
trabalhar.
As pessoas não estavam acostumadas a trabalhar com uma rotina
mecânica, milimetricamente calculada, pois o que determinava seu
tempo de trabalho era a natureza: as estações do ano, a chuva, o sol, o
dia, a noite, etc. Foram necessário séculos para disciplinar e preparar a
sociedade para o trabalho industrial diário e regular. Do século XVI até
início do século XX existiu a chamada “santa segunda-feira”. Devido a
exaustiva jornada de trabalho, algo que a sociedade não estava
acostumada, não se trabalhava na segunda-feira e as vezes se
estendia até terça-feira.
Entre as mudanças que ocorreram nas formas de produção da idade
média para o capitalismo podemos citar:
6. - Casa e local de trabalho foram separados.
- Separaram o trabalho e seus instrumentos (que ficaram nas mãos
dos capitalistas).
- Tiraram a possibilidade do trabalhador conseguir a própria matéria-
prima.
Tudo passou a ser dos industriais e comerciantes que haviam
acumulado riquezas. Eles financiavam, organizavam e coordenavam
a produção de mercadorias, definiam o que produzir e em que
quantidade.
A organização do trabalho passou da cooperação simples para
manufatura e dessa para a maquinofatura. Cooperação simples:
assim como nas formas de organizar o trabalho da idade média
(corporações de ofício), havia uma hierarquia entre o mestre e o
aprendiz. Ambos eram artesãos e conheciam todo o processo
produtivo, do molde ao acabamento. A diferença é que eles estavam
a serviço de um financiador que lhe fornecia matéria prima e lhe
dava algumas ordenanças.
7. Manufatura (ou cooperação avançada): o trabalhador
continuava a ser artesão, mas não fazia tudo do começo ao fim.
Cada pessoa faz uma parcela do produto em uma linha de
montagem. O trabalhador perdeu o entendimento da totalidade
do processo de trabalho e também do seu controle. Só
entendia, por exemplo, da cola do sapato, pois era o que fazia o
tempo todo.
Maquinofatura: o espaço de trabalho passou a ser a fábrica.
Foi dispensado o conhecimento que o trabalhador possuía
sobre os produtos. A máquina passou a fazer o serviço.
As habilidades profissionais perderam valor, só restou ao
trabalhador vender sua mão de obra.
8. Com esse processo ocorreu o convencimento do trabalhador de que
a situação presente era melhor do que a anterior. Diversos setores
da sociedade colaboraram para essa mudança.
As igrejas procuraram passar a ideia de que o trabalho era um bem
divino e de que quem não trabalhasse não seriam abençoados. Não
trabalhar ( ter preguiça) passou a ser pecado.
Os governantes passaram a criar uma série de leis e decretos que
personalizavam quem não trabalhasse. Os desempregados eram
considerados vagabundos e podiam ir para a prisão.
Os empresários desenvolveram uma disciplina rígida no trabalho,
principalmente com horário de entrada e saída dos
estabelecimentos.
As escolas passaram ás crianças a ideia de que o trabalho era
fundamental para a sociedade. Esse conceito era ensinado, por
exemplo, nas tarefas e lições e também por meio dos contos
infantis.
9. A crescente divisão do trabalho é uma das características das
sociedades modernas. Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx tem
visões diferentes e os pensamentos de ambos marcam perspectivas
de analises diversas. Para Karl Marx, a divisão do trabalho é
realizada no processo de desenvolvimento das sociedades,
estabelecendo relações de trabalho e maneira dividir as atividades e
com a formação das cidades houve uma divisão entre o trabalho
rural e o trabalho urbano.
Com o surgimento das fabricas, apareceu também o proprietário
das maquinas e consequentemente, quem pagava o salário do
operador das maquinas. Subordinado ao proprietário e a maquina o
trabalhador só tem sua força de trabalho para vender e se não a
vende o empresário não tem que as opere as maquinas é o que
Marx chama de relação entre iguais.
A jornada de trabalho compreende ás 24h de trabalho, depois de
descontar ás poucas horas de descanso. Entende-se que o
trabalhador durante toda sua existência, nada mais é que força de
trabalho, portanto pertence a auto avaliação do capital.
10. Émile Durkheim analisa as relações de trabalho de forma diferente
de Marx. Durkheim demonstra que crescente especialização do
trabalho promovida pela produção industrial moderna trouxe uma
forma superior de solidariedade , e não conflito, para ela há duas
formas de solidariedade, a mecânica e a orgânica. A solidariedade
mecânica é a mais comum nas sociedades menos complexas, nas
quais cada um sabe fazer quase todas as coisas que necessita,
solidariedade orgânica é fruto da diversidade entre os vários
indivíduo e não da identidade nas crenças e ações.
Max Weber defende o estabelecimento de um raciocínio lógico
capitalista, que o mesmo denomina racionalismo; sendo esta leitura
realizada através da comparação da Alemanha do período com
outros países civilizados do planeta em condição de
desenvolvimento semelhante, ou seja, com existência do capitalismo
e de empresas capitalistas, sendo identificado na primeira uma
estrutura social, política e ideológica ímpar, que pode se ditar como
a condição ideal para o surgimento do capitalismo moderno, que
defende a paixão pelo lucro como demonstração de prosperidade, fé
e salvação.
11. Fordismo, Fayolismo, Taylorismo: criadas por Henry Ford, Henry
Fayol e Frederick Taylor são novas formas de organização de
trabalho que foram aperfeiçando uma a outra com o passar do
tempo.
A divisão do trabalho mais detalhada e encadeada. A produção
para consumo em massa. Estabeleceu jornada de trabalho de 8h
por cinco dolares, o que significa lazer e suprir necessidades. Inicia-
se a produção e consumo em larga escala, aplicar principios
cientificos não organização do trabalho, racionalizando o processo
produtivo.
Desenvolve-se um sistema de planejamento para controlar a
execução de tarefas. A hierarquia e impessoalidade foram
introduzidas, entre varias outras coisas que sucederam-se.
12. Neste Período, basicamente dois fatores vão finalizar a escravidão
e a servidão e tornar o trabalho assalariado o protagonista das
relações do trabalho:
Revolução Industrial: com base na mão de obra livre decorrente
do cercamento dos campos ingleses e a acumulação de capital nas
mãos da nascente burguesia daquele país, criou a chamada classe
operaria (ou proletariado) e aumentou a produção. Expandiu-se no
século XIX a outros países e é constituída por três fases, na qual a
terceira é a que vivemos hoje.
Revolução burguesas: revoluções como a Americana e a
Francesa foram impulsionadas pelo iluminismo, que era contrário á
escravidão.
13. Anderson Abraão de Moura.
Maria da Guia Aquino de Lima.
Paulo Ricardo da Silva Costa.
Virgínia Silva de Souza.