SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
QUEM É QUEM NA JUSTIÇA DO REINO? 
Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * 
ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 26° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE 
I. INTRODUÇÃO GERAL 
1. Nós nos reunimos para celebrar a fé naquele que se apresen-tou 
em nosso meio como simples homem, rebaixou-se, foi obedi-ente 
até a morte e morte de cruz. Diante dele todos os joelhos se 
dobram e toda língua proclama: "Jesus é o Senhor!" (2ª leitura Fl 
2,1-11). Abrindo os olhos, percebemos estar vivendo numa socie-dade 
desigual, onde não é possível pôr a culpa somente nos ou-tros 
e, menos ainda, em Deus. Se nos convertermos, poderemos 
caminhar rumo aos horizontes de uma sociedade justa e fraterna 
(1ª leitura Ez 18,25-28). Por isso a celebração da fé tem como 
objetivo mostrar quem somos nós diante de Jesus e diante das 
pessoas. Se não nos comprometermos com ele, acabaremos ex-cluídos 
do Reino do Céu, pois o Pai não quer pessoas que digam 
"sim" mas depois o traiam refugiando-se numa religião maquilada 
e falsa (evangelho Mt 21,28-32). 
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 
1ª leitura (Ez 18,25-28): Comunidade de pessoas responsáveis 
2. Ezequiel é profeta do exílio. Ele está junto ao povo, ajudan-do- 
o a entender a vontade de Deus em momentos de desânimo 
geral. De fato, o cap. 18 de Ezequiel outra coisa não faz senão 
insistir na responsabilidade individual. Acontece que o povo 
exilado deixou-se possuir por uma espécie de fatalismo, imagi-nando 
estar pagando uma dívida que não contraiu. Em outras 
palavras, o exílio seria simplesmente conseqüência das graves 
faltas de seus antepassados. Além disso, os exilados estão longe 
do templo e de seus ritos e sacrifícios pelos pecados. O povo 
exilado se julgava vítima de passado errado, sem possibilidade de 
enxergar algo de novo para o futuro. 
3. Não resta dúvida: o exílio é conseqüência de uma série de 
erros passados; é fruto das injustiças cometidas, sobretudo as 
injustiças dos líderes políticos e religiosos. Mas os exilados tam-bém 
estão sendo injustos por não entenderem a justiça de Deus, 
pois afirmam: "A conduta do Senhor não é correta" (v. 25a). Eles 
até haviam criado um provérbio para traduzir a situação em que 
viviam: "Os pais comeram uva verde, e a boca dos filhos ficou 
amarrada" (v. 2). 
4. É justamente contra esse modo de pensar e de agir que se 
levanta o profeta. A conduta do Senhor não é injusta por dois 
motivos: em primeiro lugar, porque ele não quer que o injusto 
morra, mas que se converta de seus maus caminhos, e viva (v. 
23). Deus não sente prazer na morte de suas criaturas, mesmo que 
estas venham a cometer injustiça. Sendo o Deus da vida, quer que 
todos a possuam. Em segundo lugar, o Senhor não é injusto, pois 
está oferecendo ao povo a possibilidade de novo início. Basta que 
os exilados percebam seus erros, mudem de vida, e Deus estará 
com eles: "Quando um injusto se arrepende da maldade que prati-cou 
e faz o que é direito e justo, conserva a própria vida. Arre-pendendo- 
se de todos os seus crimes, com certeza ele vai viver; 
não vai morrer" (vv. 27-28). 
5. Há, para os exilados, uma saída capaz de destruir para sem-pre 
o "não" dado por seus antepassados: ela consiste em reconhe-cer 
os próprios erros e arrepender-se, voltando ao Deus que não 
quer a morte do injusto, e sim sua conversão. O povo no exílio 
tinha mais facilidade em acusar Deus de injustiça que em admitir 
as conseqüências dos próprios erros. O que Deus quer é uma 
comunidade de pessoas responsáveis. Não é necessário serem 
perfeitas. Basta que tenham consciência de seus limites e não 
acusem Deus de responsável pelos erros que eles próprios come-tem, 
para que novo horizonte de vida e liberdade se abra diante 
deles. 
6. Em outras palavras: hoje sofremos, sim, as conseqüências de 
uma opção política de sociedade fundada na injustiça. Mas isso 
não nos isenta da responsabilidade. Seremos irresponsáveis se 
não fizermos algo para mudar, agora, essa situação injusta. 
2. Evangelho (Mt 21,28-32): Quem é contra a justiça do Rei-no? 
7. A parábola dos dois filhos só se encontra no evangelho de 
Mateus. Esse dado é importante, pois o evangelista tirou lá do 
fundo do baú (cf. 13,52) coisas antigas, mas também coisas "no-vas", 
a fim de dar ao seu escrito uma dimensão especial. As pará-bolas 
exclusivas de Mateus são as coisas novas que ele reservou 
para o momento certo, querendo com isso sublinhar a idéia básica 
que percorre todo o evangelho. Essa idéia básica é o tema da 
justiça do Reino, como já tivemos oportunidade de ver nos co-mentários 
ao evangelho dos domingos anteriores. 
8. Jesus está em Jerusalém e, mais exatamente, no Templo, 
centro do poder político, econômico e ideológico daquela época. 
É aí que ele conta três parábolas, sendo a primeira delas a "pará-bola 
dos dois filhos" (as outras duas irão aparecer nos próximos 
domingos). Trata-se de parábolas de confronto e de conflito entre 
o Mestre da Justiça e os promotores da sociedade injusta, repre-sentados, 
na parábola de hoje, pelos chefes dos sacerdotes (poder 
religioso-ideológico) e anciãos do povo (poder econômico). 
a. Quem é quem diante da justiça do Reino (vv. 28-30) 
9. A parábola é muito simples. Jesus se dirige, de forma provo-cadora, 
às lideranças político-econômicas e religiosas do tempo, 
perguntando: "O que vocês acham disso?" A parábola, portanto, é 
uma provocação de Jesus aos que servem de suporte a uma socie-dade 
injusta. Ao responderem à parábola, eles serão forçados a se 
posicionar e, conseqüentemente, acabam emitindo a própria sen-tença. 
10. A parábola fala de dois filhos com atitudes contrastantes: o 
filho mais velho é muito impulsivo e reage com um "não quero" 
quando o pai lhe pede que vá trabalhar na vinha. A seguir, pensa 
melhor e volta atrás: "depois arrependeu-se e foi". O filho mais 
novo é cheio de etiquetas, incapaz de responder impulsivamente: 
"Sim, senhor, eu vou", mas acaba não indo trabalhar na vinha. 
11. O filho mais velho representa os pecadores e os marginaliza-dos 
que aceitam a mensagem de Jesus e se comprometem com a 
proposta da justiça do Reino. O próprio evangelista Mateus está 
entre essas categorias sociais, pois era cobrador de impostos. 
Junto com as prostitutas, constituíam os grupos sociais mais 
detestados pelas elites religiosas e políticas do tempo de Jesus. Os 
donos do saber e da religião haviam decretado que essas categori-as 
de pessoas não teriam parte no mundo futuro, exatamente o 
contrário de tudo o que Jesus ensinou. Cobradores de impostos e 
prostitutas, portanto, são a síntese da marginalidade, considerados 
pecadores públicos. 
12. O filho mais novo recorda as "pessoas de bem", maquiladas 
de religiosidade e "justiça", prontas a se escandalizar e a se levan-tar 
em defesa de suposta verdade, mas presas fáceis do dinheiro 
(os anciãos eram latifundiários), crentes de que estavam cumprin-do 
a vontade de Deus. Desde o começo do evangelho de Mateus, 
os chefes dos sacerdotes estão ao lado de Herodes, que pretende 
matar Jesus (cf. 2,3-4). Herodes morreu em seguida, mas os che-fes 
dos sacerdotes e os anciãos do povo, membros do Sinédrio, 
serão os responsáveis diretos pela morte do Mestre da Justiça. 
13. Notemos ainda duas coisas: 1. No Antigo Testamento, todo o 
Israel era considerado filho de Deus. No tempo de Jesus, todavia,
as elites haviam determinado que os pobres, analfabetos, cobra-dores 
de impostos, prostitutas e outras categorias de marginaliza-dos 
deveriam ser considerados "malditos de Deus", portanto, 
excluídos do povo. 2. O pai pede aos filhos para irem hoje traba-lhar 
na vinha. Esse "hoje" não é um dia apenas. É o período que 
vai do início da atividade libertadora de Jesus, anunciada por João 
Batista, até que cheguemos à construção aqui na terra da justiça 
que implanta o Reino no meio de nós. Os marginalizados deram 
ouvidos e se comprometeram. O mesmo não se pode dizer das 
elites. Isso nos mostra que ser filho obediente do Pai não é ques-tão 
de palavras, mas de gestos libertadores à semelhança da práti-ca 
de Jesus. 
b. Uns entram no Reino, outros não (vv. 31-32) 
14. Depois de contar a parábola, Jesus pergunta aos chefes dos 
sacerdotes e anciãos do povo: "Qual dos dois fez a vontade do 
Pai?" Por trás dessa pergunta ressoam as primeiras palavras que 
traçam o programa de Jesus segundo o evangelho de Mateus: 
"Devemos cumprir toda a justiça" (3,15). A vontade do Pai está 
expressa na prática do Filho. Os que se comprometem com ele se 
comprometem também com o projeto de sociedade nova que ele 
trouxe. Jesus confirma, a seguir, a sentença que as elites inconsci-entemente 
deram para si próprias: "Pois eu lhes asseguro que os 
cobradores de impostos e as prostitutas vão entrar antes de vocês 
no Reino do Céu. Porque João veio até vocês para mostrar o 
caminho da justiça, e vocês não creram nele. Os cobradores de 
impostos e as prostitutas creram nele" (vv. 31b-32a). Segundo os 
estudiosos, a expressão "entrar antes" é um modo de afirmar a 
exclusão. Não é que os cobradores de impostos e as prostitutas 
entram antes e os outros entram depois. Afirma, isso sim, que os 
primeiros entram e os segundos ficam fora. E isso está de acordo 
com a parábola, pois o filho mais novo diz sim, e acaba não indo 
trabalhar na vinha. Ressoa mais uma vez a afirmação de 5,20: "Se 
a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e fariseus, 
vocês não entrarão no Reino do Céu". 
15. Por que há pessoas que não entram no Reino do Céu? Porque 
não se sensibilizaram diante de João Batista, nem com a adesão 
dos cobradores de impostos e prostitutas e, pior ainda, procuram 
sufocar o caminho da justiça matando Jesus. Grave alerta para 
todos nós que nos julgamos seguidores de Jesus. Há muita gente 
por aí que, mesmo não freqüentando igrejas e não se dizendo 
cristã, tem um sentido e uma prática de justiça muito mais acura-dos 
que os nossos. Exatamente como no tempo de Jesus. O senti-do 
da justiça se encontrava justamente naqueles que nada tinham 
a ver com a religião. Essa é uma grave previsão de futuro: encon-trar 
o sentido da justiça longe das igrejas e das entidades religio-sas, 
entre os discípulos anônimos do Mestre da Justiça. Por quê? 
Porque eles descobriram no hoje da nossa história a urgência da 
justiça que, por si só, já os faz participantes do Reino. 
2ª leitura (Fl 2,1-11): Tenham as mesmas disposições de vida 
que havia em Jesus 
16. Continuamos a ler a carta aos Filipenses (para uma visão de 
conjunto, cf. o comentário à 2ª leitura do domingo passado). 
Depois de ajudar a perceber os conflitos que vêm de fora (1,27- 
30), Paulo convida a comunidade a olhar para dentro de si (2,1- 
5). Aí também há muita coisa que precisa ser transformada. A 
exortação é feita de forma solene: "Se há uma consolação em 
Cristo, se há um encorajamento no amor, se existe uma comu-nhão 
no Espírito, se existe ternura e compaixão, então tornem 
completa a minha alegria, permanecendo unidos no mesmo sen-timento, 
no mesmo amor, num só coração, num só pensamento. 
Nada façam por competição e vanglória, mas, com humildade, 
cada um julgue que o outro é superior, e não cuide somente do 
que é seu, mas também do que é do outro" (vv. 1-3). 
17. Lido pelo avesso, esse trecho nos dá o retrato de uma comu-nidade 
envolvida em conflitos internos. O que estava acontecen-do? 
– Temos a impressão de que não havia união de sentimentos. 
Pelo contrário, a competição e o desejo de receber elogios, o 
considerar-se superior aos outros, o desinteresse pelo bem co-mum, 
tudo isso estava presente na comunidade. – O cap. 4 nos 
diz que duas líderes disputavam entre si o poder sobre a comuni-dade 
(4,2). E Sízigo pouco se importava com isso (4,3). 
18. Paulo apresenta à comunidade o ponto de referência insubsti-tuível: 
Cristo Jesus. E pede que todos tenham as mesmas disposi-ções 
de vida (sentimentos) que havia nele. Vem, a seguir, um dos 
hinos cristológicos mais importantes do Novo Testamento (vv. 6- 
11), que era provavelmente um canto litúrgico conhecido na 
comunidade de Filipos. 
19. O hino tem dois movimentos. O primeiro (vv. 6-8) é de cima 
para baixo, e fala do esvaziamento de Jesus. – É como uma esca-da 
com vários degraus: ele não se apegou à sua igualdade com 
Deus, esvaziou-se, tornou-se servo, fez-se obediente até a morte 
de cruz. – O sujeito dessas ações é o próprio Jesus: consciente e 
livremente despoja-se de tudo. Seu lugar social é junto aos escra-vos, 
sem privilégios, marginalizados e condenados. Para ele não 
há outra forma de revelar o projeto de Deus a não ser esvaziando-se 
daquelas realidades humanas das quais com dificuldade abri-mos 
mão: prerrogativas, posição social, honra, dignidade, fama e, 
o que é mais precioso, a própria vida. Jesus perdeu todas essas 
coisas. Desceu ao poço mais profundo da miséria e solidão hu-manas. 
– O primeiro movimento desse hino não fala de Deus. 
Tem-se a impressão de que Jesus, despojado de tudo, tenha sido 
inclusive abandonado por Deus. 
20. O preço da encarnação foi a cruz. E o Evangelho de Paulo é 
exatamente o Evangelho de um crucificado. E a gente se pergun-ta: 
onde foi parar a divindade de Jesus? Ficou escondida por um 
momento? Ou era justamente no fato de ser plenamente humano 
que revelava o ser de Deus? 
21. O segundo movimento (vv. 9-11) é de baixo para cima. Aqui 
o sujeito é Deus. É ele quem exalta Jesus, ressuscitando-o e colo-cando- 
o no posto mais elevado que possa existir. O Nome que ele 
recebe é o título de Senhor, termo muito querido pelos primeiros 
cristãos. Jesus é o Senhor do universo e da história. Diante dele 
toda a criação se prostra em adoração: "todos os joelhos se do-brem 
no céu, na terra e abaixo da terra". 
22. Deus Pai é glorificado quando as pessoas reconhecem em 
Jesus o humano que passou pela encarnação das realidades mais 
sofridas e humilhantes, culminando com a morte na cruz, conde-nação 
imposta a criminosos. E nós, quando aprenderemos a ter as 
mesmas disposições de vida (sentimentos) que havia em Jesus? 
III. PISTAS PARA REFLEXÃO 
23. Comunidade de pessoas responsáveis. A mensagem de Ezequiel nos ensina a não culpar Deus por nossos 
erros. – O nosso sim ao projeto de Deus é capaz de reverter as situações mais difíceis? 
24. Quem é contra a justiça do Reino? Não basta freqüentar a igreja para dizer que somos cristãos. O mundo 
e a sociedade são o campo onde o Pai nos pede hoje um compromisso com a justiça do Reino. E não há como 
ficar em cima do muro. 
25. Tenham as mesmas disposições de vida que havia em Jesus. Aquele que é a razão da nossa fé é também 
o horizonte de nossa ação na família, na comunidade e na sociedade. Quais são os conflitos que dividem a co-munidade? 
Como superá-los?

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A família católica, 13 edição, junho 2014
A família católica, 13 edição, junho 2014A família católica, 13 edição, junho 2014
A família católica, 13 edição, junho 2014Thiago Guerino
 
Lição 2 A Necessidade dos Gentios Revista Justiça e Graça
Lição 2 A Necessidade dos Gentios Revista Justiça e GraçaLição 2 A Necessidade dos Gentios Revista Justiça e Graça
Lição 2 A Necessidade dos Gentios Revista Justiça e GraçaSolinftec
 
A verdadeira fé não faz acepção de pessoas
A verdadeira fé não faz acepção de pessoasA verdadeira fé não faz acepção de pessoas
A verdadeira fé não faz acepção de pessoasMoisés Sampaio
 
Catolicismo romano- uma analise critica- loyd jones
Catolicismo romano- uma analise critica- loyd jonesCatolicismo romano- uma analise critica- loyd jones
Catolicismo romano- uma analise critica- loyd jonesREFORMADOR PROTESTANTE
 
Comentário: 30° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 30° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 30° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 30° Domingo do Tempo Comum - Ano AJosé Lima
 
A verdadeira fé não faz acepção de pessoas
A verdadeira fé não faz acepção de pessoasA verdadeira fé não faz acepção de pessoas
A verdadeira fé não faz acepção de pessoasAdenísio dos Reis
 
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano AJosé Lima
 
A mentira chamada mormons resultados da pesquisa poligamia
A mentira chamada mormons  resultados da pesquisa poligamiaA mentira chamada mormons  resultados da pesquisa poligamia
A mentira chamada mormons resultados da pesquisa poligamiaReilly Mendel
 
Comentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano AJosé Lima
 
Lição 10 - O poder e os reinos deste mundo
Lição 10 - O poder e os reinos deste mundoLição 10 - O poder e os reinos deste mundo
Lição 10 - O poder e os reinos deste mundoÉder Tomé
 
Lição 1 - A Espístola aos Romanos
Lição 1 - A Espístola aos RomanosLição 1 - A Espístola aos Romanos
Lição 1 - A Espístola aos RomanosAndrew Guimarães
 
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Blog VALDERI
 
Lição 09 - A corrupção dos últimos dias
Lição 09 - A corrupção dos últimos diasLição 09 - A corrupção dos últimos dias
Lição 09 - A corrupção dos últimos diasRegio Davis
 
2014 3 TRI LIÇÃO 6 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
2014 3 TRI LIÇÃO 6 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS2014 3 TRI LIÇÃO 6 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
2014 3 TRI LIÇÃO 6 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOASNatalino das Neves Neves
 
LIÇÃO 09 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS
LIÇÃO 09 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIASLIÇÃO 09 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS
LIÇÃO 09 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIASLourinaldo Serafim
 
O Governo da Igreja Local - 2019 LBJ 2 TRI Lição 12
O Governo da Igreja Local - 2019 LBJ 2 TRI Lição 12O Governo da Igreja Local - 2019 LBJ 2 TRI Lição 12
O Governo da Igreja Local - 2019 LBJ 2 TRI Lição 12Natalino das Neves Neves
 
Cuidará em mudar os tempos e a lei daniel 7
Cuidará em mudar os tempos e a lei daniel 7Cuidará em mudar os tempos e a lei daniel 7
Cuidará em mudar os tempos e a lei daniel 7Diego Fortunatto
 

Mais procurados (20)

A família católica, 13 edição, junho 2014
A família católica, 13 edição, junho 2014A família católica, 13 edição, junho 2014
A família católica, 13 edição, junho 2014
 
Lição 2 A Necessidade dos Gentios Revista Justiça e Graça
Lição 2 A Necessidade dos Gentios Revista Justiça e GraçaLição 2 A Necessidade dos Gentios Revista Justiça e Graça
Lição 2 A Necessidade dos Gentios Revista Justiça e Graça
 
A verdadeira fé não faz acepção de pessoas
A verdadeira fé não faz acepção de pessoasA verdadeira fé não faz acepção de pessoas
A verdadeira fé não faz acepção de pessoas
 
Catolicismo romano- uma analise critica- loyd jones
Catolicismo romano- uma analise critica- loyd jonesCatolicismo romano- uma analise critica- loyd jones
Catolicismo romano- uma analise critica- loyd jones
 
Comentário: 30° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 30° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 30° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 30° Domingo do Tempo Comum - Ano A
 
A verdadeira fé não faz acepção de pessoas
A verdadeira fé não faz acepção de pessoasA verdadeira fé não faz acepção de pessoas
A verdadeira fé não faz acepção de pessoas
 
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano A
 
A mentira chamada mormons resultados da pesquisa poligamia
A mentira chamada mormons  resultados da pesquisa poligamiaA mentira chamada mormons  resultados da pesquisa poligamia
A mentira chamada mormons resultados da pesquisa poligamia
 
Comentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano A
 
Lição 10 - O poder e os reinos deste mundo
Lição 10 - O poder e os reinos deste mundoLição 10 - O poder e os reinos deste mundo
Lição 10 - O poder e os reinos deste mundo
 
A verdade para hoje
A verdade para hojeA verdade para hoje
A verdade para hoje
 
Jornal (3) (1)
Jornal (3) (1)Jornal (3) (1)
Jornal (3) (1)
 
O Cristão e a Política
O Cristão e a Política O Cristão e a Política
O Cristão e a Política
 
Lição 1 - A Espístola aos Romanos
Lição 1 - A Espístola aos RomanosLição 1 - A Espístola aos Romanos
Lição 1 - A Espístola aos Romanos
 
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
 
Lição 09 - A corrupção dos últimos dias
Lição 09 - A corrupção dos últimos diasLição 09 - A corrupção dos últimos dias
Lição 09 - A corrupção dos últimos dias
 
2014 3 TRI LIÇÃO 6 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
2014 3 TRI LIÇÃO 6 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS2014 3 TRI LIÇÃO 6 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
2014 3 TRI LIÇÃO 6 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
 
LIÇÃO 09 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS
LIÇÃO 09 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIASLIÇÃO 09 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS
LIÇÃO 09 - A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS
 
O Governo da Igreja Local - 2019 LBJ 2 TRI Lição 12
O Governo da Igreja Local - 2019 LBJ 2 TRI Lição 12O Governo da Igreja Local - 2019 LBJ 2 TRI Lição 12
O Governo da Igreja Local - 2019 LBJ 2 TRI Lição 12
 
Cuidará em mudar os tempos e a lei daniel 7
Cuidará em mudar os tempos e a lei daniel 7Cuidará em mudar os tempos e a lei daniel 7
Cuidará em mudar os tempos e a lei daniel 7
 

Destaque (18)

036.haikai segundo forno
036.haikai  segundo forno036.haikai  segundo forno
036.haikai segundo forno
 
040.haikai camadas nitretadas e aplicações ii
040.haikai  camadas nitretadas e aplicações ii040.haikai  camadas nitretadas e aplicações ii
040.haikai camadas nitretadas e aplicações ii
 
Charla, 25/11/2005
Charla, 25/11/2005Charla, 25/11/2005
Charla, 25/11/2005
 
Viagens sa ed #35-gastronomia
Viagens sa ed #35-gastronomiaViagens sa ed #35-gastronomia
Viagens sa ed #35-gastronomia
 
Aviso previo maria
Aviso previo mariaAviso previo maria
Aviso previo maria
 
033.haikai 俳句 empresa homologa isoflama
033.haikai 俳句 empresa homologa isoflama033.haikai 俳句 empresa homologa isoflama
033.haikai 俳句 empresa homologa isoflama
 
Tabela software
Tabela softwareTabela software
Tabela software
 
Agenda de abril 2013
Agenda de abril 2013Agenda de abril 2013
Agenda de abril 2013
 
Charla Usm 07
Charla Usm 07Charla Usm 07
Charla Usm 07
 
Aviso previo paulo
Aviso previo pauloAviso previo paulo
Aviso previo paulo
 
Avatar modificado
Avatar  modificadoAvatar  modificado
Avatar modificado
 
Ostresporquinhos
OstresporquinhosOstresporquinhos
Ostresporquinhos
 
Logos
LogosLogos
Logos
 
Regras ficha e tabela 2013.pdf
Regras ficha e tabela 2013.pdfRegras ficha e tabela 2013.pdf
Regras ficha e tabela 2013.pdf
 
Leituras: 26º Domingo do Tempo Comum - Ano A
Leituras: 26º Domingo do Tempo Comum - Ano ALeituras: 26º Domingo do Tempo Comum - Ano A
Leituras: 26º Domingo do Tempo Comum - Ano A
 
Recinto ferial model
Recinto ferial modelRecinto ferial model
Recinto ferial model
 
Costos
CostosCostos
Costos
 
Perispírito 1
Perispírito 1Perispírito 1
Perispírito 1
 

Semelhante a Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano A

Sinais e Ameaças de Julgamentos de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1.pdf
Sinais e Ameaças de Julgamentos  de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1.pdfSinais e Ameaças de Julgamentos  de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1.pdf
Sinais e Ameaças de Julgamentos de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1.pdfSilvio Dutra
 
LIÇÃO 06 – A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LIÇÃO 06 – A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS LIÇÃO 06 – A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LIÇÃO 06 – A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS Ismael Isidio
 
LIÇÃO 06 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LIÇÃO 06 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOASLIÇÃO 06 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LIÇÃO 06 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOASLourinaldo Serafim
 
O Cristão e o Mundo Pós-Moderno
O Cristão e o Mundo Pós-ModernoO Cristão e o Mundo Pós-Moderno
O Cristão e o Mundo Pós-ModernoSilvio Dutra
 
A nova religiosidade
A nova religiosidadeA nova religiosidade
A nova religiosidadeboasnovassena
 
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSISTODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSISHelio Diniz
 
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BJosé Lima
 
Homilia dom sebastião armando
Homilia dom sebastião armandoHomilia dom sebastião armando
Homilia dom sebastião armandogilbraz
 
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano AJosé Lima
 
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano CComentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano CJosé Lima
 
Lição 4 a necessidade universal de salvação
Lição 4   a necessidade universal de salvaçãoLição 4   a necessidade universal de salvação
Lição 4 a necessidade universal de salvaçãoboasnovassena
 
Comentário: 13° Domingo Tempo Comum - Ano A
Comentário: 13° Domingo Tempo Comum - Ano AComentário: 13° Domingo Tempo Comum - Ano A
Comentário: 13° Domingo Tempo Comum - Ano AJosé Lima
 
“VOLTEMOS AO EVANGELHO DO REINO DE DEUS”
“VOLTEMOS AO EVANGELHO DO REINO DE DEUS”“VOLTEMOS AO EVANGELHO DO REINO DE DEUS”
“VOLTEMOS AO EVANGELHO DO REINO DE DEUS”Leonam dos Santos
 

Semelhante a Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano A (20)

Lição 05
Lição 05Lição 05
Lição 05
 
Sim pai
Sim paiSim pai
Sim pai
 
Sinais e Ameaças de Julgamentos de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1.pdf
Sinais e Ameaças de Julgamentos  de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1.pdfSinais e Ameaças de Julgamentos  de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1.pdf
Sinais e Ameaças de Julgamentos de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1.pdf
 
LIÇÃO 06 – A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LIÇÃO 06 – A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS LIÇÃO 06 – A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LIÇÃO 06 – A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
 
LIÇÃO 06 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LIÇÃO 06 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOASLIÇÃO 06 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
LIÇÃO 06 - A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS
 
Os parasitas no reino de deus
Os parasitas no reino de deusOs parasitas no reino de deus
Os parasitas no reino de deus
 
O Cristão e o Mundo Pós-Moderno
O Cristão e o Mundo Pós-ModernoO Cristão e o Mundo Pós-Moderno
O Cristão e o Mundo Pós-Moderno
 
A nova religiosidade
A nova religiosidadeA nova religiosidade
A nova religiosidade
 
Questões
QuestõesQuestões
Questões
 
Sim pai
Sim paiSim pai
Sim pai
 
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSISTODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
TODOS OS ARTIGOS DE PADRE ASSIS
 
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
 
Homem Bom.pdf
Homem Bom.pdfHomem Bom.pdf
Homem Bom.pdf
 
Sociedade
SociedadeSociedade
Sociedade
 
Homilia dom sebastião armando
Homilia dom sebastião armandoHomilia dom sebastião armando
Homilia dom sebastião armando
 
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
 
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano CComentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
 
Lição 4 a necessidade universal de salvação
Lição 4   a necessidade universal de salvaçãoLição 4   a necessidade universal de salvação
Lição 4 a necessidade universal de salvação
 
Comentário: 13° Domingo Tempo Comum - Ano A
Comentário: 13° Domingo Tempo Comum - Ano AComentário: 13° Domingo Tempo Comum - Ano A
Comentário: 13° Domingo Tempo Comum - Ano A
 
“VOLTEMOS AO EVANGELHO DO REINO DE DEUS”
“VOLTEMOS AO EVANGELHO DO REINO DE DEUS”“VOLTEMOS AO EVANGELHO DO REINO DE DEUS”
“VOLTEMOS AO EVANGELHO DO REINO DE DEUS”
 

Último

Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...MiltonCesarAquino1
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 

Último (18)

Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 

Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano A

  • 1. QUEM É QUEM NA JUSTIÇA DO REINO? Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 26° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Nós nos reunimos para celebrar a fé naquele que se apresen-tou em nosso meio como simples homem, rebaixou-se, foi obedi-ente até a morte e morte de cruz. Diante dele todos os joelhos se dobram e toda língua proclama: "Jesus é o Senhor!" (2ª leitura Fl 2,1-11). Abrindo os olhos, percebemos estar vivendo numa socie-dade desigual, onde não é possível pôr a culpa somente nos ou-tros e, menos ainda, em Deus. Se nos convertermos, poderemos caminhar rumo aos horizontes de uma sociedade justa e fraterna (1ª leitura Ez 18,25-28). Por isso a celebração da fé tem como objetivo mostrar quem somos nós diante de Jesus e diante das pessoas. Se não nos comprometermos com ele, acabaremos ex-cluídos do Reino do Céu, pois o Pai não quer pessoas que digam "sim" mas depois o traiam refugiando-se numa religião maquilada e falsa (evangelho Mt 21,28-32). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Ez 18,25-28): Comunidade de pessoas responsáveis 2. Ezequiel é profeta do exílio. Ele está junto ao povo, ajudan-do- o a entender a vontade de Deus em momentos de desânimo geral. De fato, o cap. 18 de Ezequiel outra coisa não faz senão insistir na responsabilidade individual. Acontece que o povo exilado deixou-se possuir por uma espécie de fatalismo, imagi-nando estar pagando uma dívida que não contraiu. Em outras palavras, o exílio seria simplesmente conseqüência das graves faltas de seus antepassados. Além disso, os exilados estão longe do templo e de seus ritos e sacrifícios pelos pecados. O povo exilado se julgava vítima de passado errado, sem possibilidade de enxergar algo de novo para o futuro. 3. Não resta dúvida: o exílio é conseqüência de uma série de erros passados; é fruto das injustiças cometidas, sobretudo as injustiças dos líderes políticos e religiosos. Mas os exilados tam-bém estão sendo injustos por não entenderem a justiça de Deus, pois afirmam: "A conduta do Senhor não é correta" (v. 25a). Eles até haviam criado um provérbio para traduzir a situação em que viviam: "Os pais comeram uva verde, e a boca dos filhos ficou amarrada" (v. 2). 4. É justamente contra esse modo de pensar e de agir que se levanta o profeta. A conduta do Senhor não é injusta por dois motivos: em primeiro lugar, porque ele não quer que o injusto morra, mas que se converta de seus maus caminhos, e viva (v. 23). Deus não sente prazer na morte de suas criaturas, mesmo que estas venham a cometer injustiça. Sendo o Deus da vida, quer que todos a possuam. Em segundo lugar, o Senhor não é injusto, pois está oferecendo ao povo a possibilidade de novo início. Basta que os exilados percebam seus erros, mudem de vida, e Deus estará com eles: "Quando um injusto se arrepende da maldade que prati-cou e faz o que é direito e justo, conserva a própria vida. Arre-pendendo- se de todos os seus crimes, com certeza ele vai viver; não vai morrer" (vv. 27-28). 5. Há, para os exilados, uma saída capaz de destruir para sem-pre o "não" dado por seus antepassados: ela consiste em reconhe-cer os próprios erros e arrepender-se, voltando ao Deus que não quer a morte do injusto, e sim sua conversão. O povo no exílio tinha mais facilidade em acusar Deus de injustiça que em admitir as conseqüências dos próprios erros. O que Deus quer é uma comunidade de pessoas responsáveis. Não é necessário serem perfeitas. Basta que tenham consciência de seus limites e não acusem Deus de responsável pelos erros que eles próprios come-tem, para que novo horizonte de vida e liberdade se abra diante deles. 6. Em outras palavras: hoje sofremos, sim, as conseqüências de uma opção política de sociedade fundada na injustiça. Mas isso não nos isenta da responsabilidade. Seremos irresponsáveis se não fizermos algo para mudar, agora, essa situação injusta. 2. Evangelho (Mt 21,28-32): Quem é contra a justiça do Rei-no? 7. A parábola dos dois filhos só se encontra no evangelho de Mateus. Esse dado é importante, pois o evangelista tirou lá do fundo do baú (cf. 13,52) coisas antigas, mas também coisas "no-vas", a fim de dar ao seu escrito uma dimensão especial. As pará-bolas exclusivas de Mateus são as coisas novas que ele reservou para o momento certo, querendo com isso sublinhar a idéia básica que percorre todo o evangelho. Essa idéia básica é o tema da justiça do Reino, como já tivemos oportunidade de ver nos co-mentários ao evangelho dos domingos anteriores. 8. Jesus está em Jerusalém e, mais exatamente, no Templo, centro do poder político, econômico e ideológico daquela época. É aí que ele conta três parábolas, sendo a primeira delas a "pará-bola dos dois filhos" (as outras duas irão aparecer nos próximos domingos). Trata-se de parábolas de confronto e de conflito entre o Mestre da Justiça e os promotores da sociedade injusta, repre-sentados, na parábola de hoje, pelos chefes dos sacerdotes (poder religioso-ideológico) e anciãos do povo (poder econômico). a. Quem é quem diante da justiça do Reino (vv. 28-30) 9. A parábola é muito simples. Jesus se dirige, de forma provo-cadora, às lideranças político-econômicas e religiosas do tempo, perguntando: "O que vocês acham disso?" A parábola, portanto, é uma provocação de Jesus aos que servem de suporte a uma socie-dade injusta. Ao responderem à parábola, eles serão forçados a se posicionar e, conseqüentemente, acabam emitindo a própria sen-tença. 10. A parábola fala de dois filhos com atitudes contrastantes: o filho mais velho é muito impulsivo e reage com um "não quero" quando o pai lhe pede que vá trabalhar na vinha. A seguir, pensa melhor e volta atrás: "depois arrependeu-se e foi". O filho mais novo é cheio de etiquetas, incapaz de responder impulsivamente: "Sim, senhor, eu vou", mas acaba não indo trabalhar na vinha. 11. O filho mais velho representa os pecadores e os marginaliza-dos que aceitam a mensagem de Jesus e se comprometem com a proposta da justiça do Reino. O próprio evangelista Mateus está entre essas categorias sociais, pois era cobrador de impostos. Junto com as prostitutas, constituíam os grupos sociais mais detestados pelas elites religiosas e políticas do tempo de Jesus. Os donos do saber e da religião haviam decretado que essas categori-as de pessoas não teriam parte no mundo futuro, exatamente o contrário de tudo o que Jesus ensinou. Cobradores de impostos e prostitutas, portanto, são a síntese da marginalidade, considerados pecadores públicos. 12. O filho mais novo recorda as "pessoas de bem", maquiladas de religiosidade e "justiça", prontas a se escandalizar e a se levan-tar em defesa de suposta verdade, mas presas fáceis do dinheiro (os anciãos eram latifundiários), crentes de que estavam cumprin-do a vontade de Deus. Desde o começo do evangelho de Mateus, os chefes dos sacerdotes estão ao lado de Herodes, que pretende matar Jesus (cf. 2,3-4). Herodes morreu em seguida, mas os che-fes dos sacerdotes e os anciãos do povo, membros do Sinédrio, serão os responsáveis diretos pela morte do Mestre da Justiça. 13. Notemos ainda duas coisas: 1. No Antigo Testamento, todo o Israel era considerado filho de Deus. No tempo de Jesus, todavia,
  • 2. as elites haviam determinado que os pobres, analfabetos, cobra-dores de impostos, prostitutas e outras categorias de marginaliza-dos deveriam ser considerados "malditos de Deus", portanto, excluídos do povo. 2. O pai pede aos filhos para irem hoje traba-lhar na vinha. Esse "hoje" não é um dia apenas. É o período que vai do início da atividade libertadora de Jesus, anunciada por João Batista, até que cheguemos à construção aqui na terra da justiça que implanta o Reino no meio de nós. Os marginalizados deram ouvidos e se comprometeram. O mesmo não se pode dizer das elites. Isso nos mostra que ser filho obediente do Pai não é ques-tão de palavras, mas de gestos libertadores à semelhança da práti-ca de Jesus. b. Uns entram no Reino, outros não (vv. 31-32) 14. Depois de contar a parábola, Jesus pergunta aos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo: "Qual dos dois fez a vontade do Pai?" Por trás dessa pergunta ressoam as primeiras palavras que traçam o programa de Jesus segundo o evangelho de Mateus: "Devemos cumprir toda a justiça" (3,15). A vontade do Pai está expressa na prática do Filho. Os que se comprometem com ele se comprometem também com o projeto de sociedade nova que ele trouxe. Jesus confirma, a seguir, a sentença que as elites inconsci-entemente deram para si próprias: "Pois eu lhes asseguro que os cobradores de impostos e as prostitutas vão entrar antes de vocês no Reino do Céu. Porque João veio até vocês para mostrar o caminho da justiça, e vocês não creram nele. Os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele" (vv. 31b-32a). Segundo os estudiosos, a expressão "entrar antes" é um modo de afirmar a exclusão. Não é que os cobradores de impostos e as prostitutas entram antes e os outros entram depois. Afirma, isso sim, que os primeiros entram e os segundos ficam fora. E isso está de acordo com a parábola, pois o filho mais novo diz sim, e acaba não indo trabalhar na vinha. Ressoa mais uma vez a afirmação de 5,20: "Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu". 15. Por que há pessoas que não entram no Reino do Céu? Porque não se sensibilizaram diante de João Batista, nem com a adesão dos cobradores de impostos e prostitutas e, pior ainda, procuram sufocar o caminho da justiça matando Jesus. Grave alerta para todos nós que nos julgamos seguidores de Jesus. Há muita gente por aí que, mesmo não freqüentando igrejas e não se dizendo cristã, tem um sentido e uma prática de justiça muito mais acura-dos que os nossos. Exatamente como no tempo de Jesus. O senti-do da justiça se encontrava justamente naqueles que nada tinham a ver com a religião. Essa é uma grave previsão de futuro: encon-trar o sentido da justiça longe das igrejas e das entidades religio-sas, entre os discípulos anônimos do Mestre da Justiça. Por quê? Porque eles descobriram no hoje da nossa história a urgência da justiça que, por si só, já os faz participantes do Reino. 2ª leitura (Fl 2,1-11): Tenham as mesmas disposições de vida que havia em Jesus 16. Continuamos a ler a carta aos Filipenses (para uma visão de conjunto, cf. o comentário à 2ª leitura do domingo passado). Depois de ajudar a perceber os conflitos que vêm de fora (1,27- 30), Paulo convida a comunidade a olhar para dentro de si (2,1- 5). Aí também há muita coisa que precisa ser transformada. A exortação é feita de forma solene: "Se há uma consolação em Cristo, se há um encorajamento no amor, se existe uma comu-nhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, então tornem completa a minha alegria, permanecendo unidos no mesmo sen-timento, no mesmo amor, num só coração, num só pensamento. Nada façam por competição e vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é superior, e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro" (vv. 1-3). 17. Lido pelo avesso, esse trecho nos dá o retrato de uma comu-nidade envolvida em conflitos internos. O que estava acontecen-do? – Temos a impressão de que não havia união de sentimentos. Pelo contrário, a competição e o desejo de receber elogios, o considerar-se superior aos outros, o desinteresse pelo bem co-mum, tudo isso estava presente na comunidade. – O cap. 4 nos diz que duas líderes disputavam entre si o poder sobre a comuni-dade (4,2). E Sízigo pouco se importava com isso (4,3). 18. Paulo apresenta à comunidade o ponto de referência insubsti-tuível: Cristo Jesus. E pede que todos tenham as mesmas disposi-ções de vida (sentimentos) que havia nele. Vem, a seguir, um dos hinos cristológicos mais importantes do Novo Testamento (vv. 6- 11), que era provavelmente um canto litúrgico conhecido na comunidade de Filipos. 19. O hino tem dois movimentos. O primeiro (vv. 6-8) é de cima para baixo, e fala do esvaziamento de Jesus. – É como uma esca-da com vários degraus: ele não se apegou à sua igualdade com Deus, esvaziou-se, tornou-se servo, fez-se obediente até a morte de cruz. – O sujeito dessas ações é o próprio Jesus: consciente e livremente despoja-se de tudo. Seu lugar social é junto aos escra-vos, sem privilégios, marginalizados e condenados. Para ele não há outra forma de revelar o projeto de Deus a não ser esvaziando-se daquelas realidades humanas das quais com dificuldade abri-mos mão: prerrogativas, posição social, honra, dignidade, fama e, o que é mais precioso, a própria vida. Jesus perdeu todas essas coisas. Desceu ao poço mais profundo da miséria e solidão hu-manas. – O primeiro movimento desse hino não fala de Deus. Tem-se a impressão de que Jesus, despojado de tudo, tenha sido inclusive abandonado por Deus. 20. O preço da encarnação foi a cruz. E o Evangelho de Paulo é exatamente o Evangelho de um crucificado. E a gente se pergun-ta: onde foi parar a divindade de Jesus? Ficou escondida por um momento? Ou era justamente no fato de ser plenamente humano que revelava o ser de Deus? 21. O segundo movimento (vv. 9-11) é de baixo para cima. Aqui o sujeito é Deus. É ele quem exalta Jesus, ressuscitando-o e colo-cando- o no posto mais elevado que possa existir. O Nome que ele recebe é o título de Senhor, termo muito querido pelos primeiros cristãos. Jesus é o Senhor do universo e da história. Diante dele toda a criação se prostra em adoração: "todos os joelhos se do-brem no céu, na terra e abaixo da terra". 22. Deus Pai é glorificado quando as pessoas reconhecem em Jesus o humano que passou pela encarnação das realidades mais sofridas e humilhantes, culminando com a morte na cruz, conde-nação imposta a criminosos. E nós, quando aprenderemos a ter as mesmas disposições de vida (sentimentos) que havia em Jesus? III. PISTAS PARA REFLEXÃO 23. Comunidade de pessoas responsáveis. A mensagem de Ezequiel nos ensina a não culpar Deus por nossos erros. – O nosso sim ao projeto de Deus é capaz de reverter as situações mais difíceis? 24. Quem é contra a justiça do Reino? Não basta freqüentar a igreja para dizer que somos cristãos. O mundo e a sociedade são o campo onde o Pai nos pede hoje um compromisso com a justiça do Reino. E não há como ficar em cima do muro. 25. Tenham as mesmas disposições de vida que havia em Jesus. Aquele que é a razão da nossa fé é também o horizonte de nossa ação na família, na comunidade e na sociedade. Quais são os conflitos que dividem a co-munidade? Como superá-los?