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AMAR O POVO É AMAR A DEUS 
BORTOLINE, José, Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades, Paulos, 2007 
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * 
ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 30° DOMINGO COMUM – COR: VERDE 
I. INTRODUÇÃO GERAL 
1. As comunidades se reúnem para celebrar a fé, fazen-do 
memória da resistência e da vitória sobre os ídolos 
mortos (cf. 2ª leitura 1Ts 1,5c-10). Nessas comunidades 
e fora delas há muitos imigrantes, viúvas, órfãos, empo-brecidos 
e explorados. Deus é seu aliado e defensor do 
povo que sofre (cf. 1ª leitura Ex 22,20-26). 
2. Nós nos reunimos para nos encontrar com Deus. Mas 
para chegar a ele é preciso passar pela porta de entrada 
que é o povo com suas angústias e esperanças, pois Deus 
não quer um amor elitista e intimista. Ele nos garante, 
por meio de seu Filho Jesus, que ser-lhe fiel é sentir com 
o povo que sofre, ama e espera (cf. evangelho Mt 22,34- 
40). 
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 
1ª leitura (Ex 22,21-27): Deus é aliado e defensor dos 
pobres 
3. Os versículos escolhidos como primeira leitura deste 
domingo pertencem ao Código da Aliança (Ex 19,23- 
23,33). Aí encontramos a constituição que regulamenta a 
vida do povo de Deus e suas relações. Essas leis são 
expressão de um povo que não quer repetir um sistema 
de dominação e opressão como o do Egito. Os redatores 
do Êxodo as situam no deserto, após a saída da escravi-dão 
egípcia, pois foi lá que os hebreus sonharam com 
uma sociedade alternativa, guiados pelo projeto de Javé 
que os libertou do poder que mata. 
4. Os versículos que lemos privilegiam os segmentos 
sociais mais desprotegidos daquele tempo: os estrangei-ros 
(imigrantes), as viúvas, os órfãos, os pobres e os 
endividados. Os estrangeiros não têm a proteção do clã, 
sendo facilmente submetidos a maus-tratos e exploração; 
as viúvas, ao perder o marido, não têm quem as defenda 
e lhes garanta a propriedade; os órfãos de pai acabam 
sendo escravizados pelos gananciosos; os pobres se vê-em 
cada vez mais endividados, sem chance de escapar à 
usura dos que detêm o poder e a força; finalmente, os 
que para não entregar a vida penhoraram seus bens não 
têm quem os defenda. 
5. A constituição do povo de Deus nasce do desejo que 
todos tenham direito à liberdade que suscita a vida, pois 
a vida está acima de tudo, inclusive da propriedade. 
6. O povo de Deus experimentou o que significa viver 
como imigrante explorado. A memória dessa experiência 
o estimula a criar uma lei que proteja quem está só e 
desenraizado do próprio chão: "Não maltratem nem o-primam 
o estrangeiro, pois vocês foram estrangeiros no 
Egito" (v. 21). A grande lição que um povo oprimido faz 
é esta: ao se ver livre da opressão, jamais deverá repetir 
os esquemas de seus opressores, pois só quem foi explo-rado 
conhece o valor da liberdade e da vida para todos. 
7. Em Israel, viúvas e órfãos são símbolo das pessoas 
mais desamparadas, pois não têm quem as defenda. O 
Deus de Israel, que não deseja a opressão, se torna seu 
defensor: "Se os oprimirem, eles clamarão a mim e eu 
escutarei os seus clamores. Então minha cólera vai in-flamar- 
se e eu vou matar vocês pela espada. Suas mulhe-res 
se tornarão viúvas e seus filhos ficarão órfãos" (vv. 
23-24). 
8. Os vv. 25-27 falam das relações entre grandes e pe-quenos, 
sinal de que, ao serem elaboradas essas leis, 
Israel vivia num caos social onde dominava a exploração 
econômica. Os juros cobrados ao pobre são exploração 
que vai se avolumando até forçar o pobre a viver no 
relento: "Se vocês emprestarem dinheiro a alguém de 
meu povo, a um pobre que vive ao lado de vocês, não o 
explorem, dele cobrando juros. Se tomarem como pe-nhor 
o manto do próximo, devem devolvê-lo antes do 
pôr-do-sol, pois é a única veste que ele tem para o seu 
corpo, e é sua coberta para dormir" (vv. 25-27a). Como 
criar uma sociedade justa se não se devolve aos pobres o 
que lhes foi roubado? A quem invocar num país de em-pobrecidos 
às custas de minorias estabelecidas? Invocar 
o direito? E o direito defende o pobre? "Se ele gritar a 
mim, eu o escutarei, porque sou misericordioso" (v. 
27b). 
Evangelho (Mt 22,34-40): Amar o povo é amar a 
Deus 
9. Durante vários domingos pudemos acompanhar o 
conflito entre Jesus e as lideranças injustas representadas 
pelos fariseus, saduceus, anciãos do povo e doutores da 
Lei. Eles querem conservar as coisas como estão, pois 
lhes é muito vantajoso. Por isso procuram, de muitas 
maneiras, envolver o Mestre da Justiça, a fim de pode-rem 
condená-lo à morte. Agora é a vez dos fariseus que, 
por conveniência, se aliaram com os saduceus contra 
Jesus. 
10. Os fariseus eram observantes rigorosos de todos os 
detalhes da Lei. O desejo mais cobiçado por um fariseu 
era o de ser chamado de "irrepreensível". A própria pa-lavra 
"fariseu" mostra como eles se imaginavam: amigos 
de Deus, "separados" do povo pecador e ignorante que, 
desconhecendo a Lei e suas exigências, só podia ser 
considerado maldito tanto por Deus quanto por eles. 
11. A tradição vinda da sinagoga catalogou todos os 
mandamentos possíveis. Naquele tempo era possível 
contar 613 mandamentos: 365 proibições (não se deve 
fazer) e 248 prescrições (é preciso fazer). A amizade de 
Deus dependia disso. A graça também. Entre os mestres 
religiosos daquele tempo havia muita discussão a respei-to 
de qual seria o maior dentre todos esses mandamen-tos. 
E os rabinos afirmavam que todos eles, do maior ao 
menor, tinham a mesma importância. Alguns, todavia, 
afirmavam que a observância do sábado seria a síntese 
de toda a Lei. 
12. E o povo? Ora, o povo não conhecia essas coisas, 
pois só os alfabetizados é que podiam ter acesso a esse 
tipo de religião elitizada. O povo era impuro. Só os fari-seus, 
os "separados", é que podiam ter acesso a Deus
mediante o cumprimento de todos os mandamentos, 
prescrições e proibições. 
13. E Jesus? Ele vive no meio do povo e não participa da 
vida das elites, que se sentem incomodadas. E por isso 
tentam minar a autoridade com que ele ensina e promove 
o povo. Organizados em grupo, querem fazê-lo cair nu-ma 
armadilha (v. 35). A expressão "preparar uma arma-dilha", 
em grego, se diz peirazein. Com isso Mateus nos 
alerta: os fariseus estão agindo da mesma forma que agiu 
o diabo por ocasião das tentações de Jesus no deserto (cf. 
4,1). Jesus não pode esperar outra coisa dos que susten-tam 
uma sociedade injusta senão ações que, apesar de 
maquiladas com verniz de religião, são expressão da 
própria ação do diabo. 
14. Os fariseus esperam uma resposta definitiva do Mes-tre 
da Justiça a respeito do maior mandamento da Lei (v. 
36). Eles pretendem que Jesus diga que todos os man-damentos 
são igualmente importantes. Jesus responde 
(vv. 37-38) citando uma passagem do Deuteronômio: 
"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de 
toda a tua alma, e de todo o teu entendimento" (6,5), isto 
é, plenamente e em todos os momentos da vida. Junto 
com outros textos (Dt 11,13-21 e Nm 15,36-41), essa 
passagem do Antigo Testamento constituía a oração de 
todo judeu piedoso no início do dia. Mas Jesus, que con-fiou 
o Reino aos pobres em espírito e perseguidos por 
causa da justiça, acrescenta outro mandamento, tão im-portante 
como o primeiro: "Amarás ao teu próximo co-mo 
a ti mesmo" (v. 39; cf. Lv 19,18). E conclui afirman-do 
que "toda a Lei e os Profetas dependem desses dois 
mandamentos" (v. 40). Esses dois mandamentos são a 
expressão maior da vontade de Deus. São o resumo de 
toda a Bíblia. 
15. Não existe, portanto, como desejavam os fariseus, um 
amor a Deus e outro ao próximo, pois amar as pessoas 
como a si mesmo é amá-las "de todo o coração, de toda a 
alma, e de todo o entendimento". E isso os fariseus não 
admitiam, pois consideravam o povo maldito, impuro e 
merecedor de desprezo. Amar a Deus, portanto, é amar o 
povo, porta de entrada da religião. 
16. No evangelho de João Jesus diz: "Eu dou a vocês um 
mandamento novo: amem-se uns aos outros. Assim co-mo 
eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros" 
(13,34). Não há, contudo, diferença entre o que aí se 
afirma e o que Jesus diz no evangelho de Mateus. De 
fato, ele e o Pai nos amam de modo extraordinário. E 
amar o próximo "como a si mesmo" é amar com a mes-ma 
extraordinariedade com que fomos e somos amados. 
17. Os fariseus imaginavam que seria possível ser fiel a 
Deus sem ser fiel ao povo que eles desprezavam. Mas o 
Mestre da Justiça garante que é necessário pôr-se, ao 
mesmo tempo, diante de Deus e diante das pessoas, sem 
estabelecer prioridades ou graus de valor. 
2ª leitura (1Ts 1,5c-10): Fazer memória da resistência 
18. Os versículos que compõem a segunda leitura deste 
domingo fazem parte da ação de graças de Paulo por 
causa da fé, amor e esperança dos tessalonicenses (cf. a 
segunda leitura do domingo passado). Eles acolheram a 
Palavra de Deus com alegria do Espírito Santo no meio 
de tribulações (v. 6). 
19. Tribulação é uma palavra importante no vocabulário 
das cartas paulinas. Ela recorda as pressões e opressões 
sofridas por aqueles que se comprometem com o projeto 
de Deus. A fidelidade a esse projeto provoca conflitos, e 
os que não querem mudanças sociais procuram a todo 
custo impedir o avanço da Palavra que liberta. Paulo 
sentiu isso na própria pele, tendo chegado a Tessalônica 
coberto de feridas e com as marcas da tortura sofrida em 
Filipos. Apesar dessa aparente fragilidade, os tessaloni-censes 
deram crédito à Palavra, tomando Paulo como 
ponto de referência: "Vocês se fizeram imitadores nos-sos… 
acolhendo a Palavra… apesar de tantas tribula-ções". 
Tornaram-se também imitadores do Senhor que, 
por sua fidelidade ao Pai, enfrentou a cruz. 
20. A comunidade de Tessalônica, por sua vez, se tornou 
modelo para todos os fiéis de duas regiões importantes, 
Macedônia e Acaia (v. 7). A resistência dessa comuni-dade 
ultrapassou fronteiras, de modo que todos fazem 
memória da resistência dos tessalonicenses (v. 8). Isso 
porque o Espírito Santo é luz na caminhada (cf. v. 6). De 
boca em boca a notícia da resistência vai se alastrando, 
como óleo sobre a água, de modo que outros vão toman-do 
consciência de que existe um Deus vivo e verdadeiro 
chamando à vida, desmascarando os ídolos mortos (v. 9). 
21. Os vv. 9-10 são, provavelmente, um antigo hino cris-tão. 
Eles sintetizam a caminhada das comunidades que, 
aos poucos, abandonam os falsos deuses para servir ao 
Deus vivo e verdadeiro, animadas pela esperança da 
vinda de Jesus. 
III. PISTAS PARA REFLEXÃO 
22. Deus é aliado e defensor dos pobres. A primeira leitura (Ex 22,20-26) nos pergunta: 
Quais são os segmentos sociais mais desprotegidos e pisados da nossa sociedade? Qual é o 
fardo que pesa sobre eles? É possível sermos aliados de Deus na defesa e promoção dessas 
pessoas? 
23. Amar a Deus é amar o povo. O evangelho (Mt 22,34-40) é um alerta contra um tipo 
de religião intimista e personalista. Deus está atento ao povo com suas angústias, esperan-ças 
e dons. A missão não acontece sem essa condição, pois amar a Deus é amar o povo que 
sofre. 
24. Fazer memória da resistência. A 2ª leitura (1Ts 1,5c-10) convida a recordar a resis-tência 
das comunidades, as lutas e vitórias contra os ídolos mortos e a adesão ao Deus vivo 
e verdadeiro. Ser cristão supõe o desmascaramento de todo tipo de idolatria, que mantêm o 
povo à margem da vida.

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Amar o povo é amar a Deus

  • 1. AMAR O POVO É AMAR A DEUS BORTOLINE, José, Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades, Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 30° DOMINGO COMUM – COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. As comunidades se reúnem para celebrar a fé, fazen-do memória da resistência e da vitória sobre os ídolos mortos (cf. 2ª leitura 1Ts 1,5c-10). Nessas comunidades e fora delas há muitos imigrantes, viúvas, órfãos, empo-brecidos e explorados. Deus é seu aliado e defensor do povo que sofre (cf. 1ª leitura Ex 22,20-26). 2. Nós nos reunimos para nos encontrar com Deus. Mas para chegar a ele é preciso passar pela porta de entrada que é o povo com suas angústias e esperanças, pois Deus não quer um amor elitista e intimista. Ele nos garante, por meio de seu Filho Jesus, que ser-lhe fiel é sentir com o povo que sofre, ama e espera (cf. evangelho Mt 22,34- 40). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Ex 22,21-27): Deus é aliado e defensor dos pobres 3. Os versículos escolhidos como primeira leitura deste domingo pertencem ao Código da Aliança (Ex 19,23- 23,33). Aí encontramos a constituição que regulamenta a vida do povo de Deus e suas relações. Essas leis são expressão de um povo que não quer repetir um sistema de dominação e opressão como o do Egito. Os redatores do Êxodo as situam no deserto, após a saída da escravi-dão egípcia, pois foi lá que os hebreus sonharam com uma sociedade alternativa, guiados pelo projeto de Javé que os libertou do poder que mata. 4. Os versículos que lemos privilegiam os segmentos sociais mais desprotegidos daquele tempo: os estrangei-ros (imigrantes), as viúvas, os órfãos, os pobres e os endividados. Os estrangeiros não têm a proteção do clã, sendo facilmente submetidos a maus-tratos e exploração; as viúvas, ao perder o marido, não têm quem as defenda e lhes garanta a propriedade; os órfãos de pai acabam sendo escravizados pelos gananciosos; os pobres se vê-em cada vez mais endividados, sem chance de escapar à usura dos que detêm o poder e a força; finalmente, os que para não entregar a vida penhoraram seus bens não têm quem os defenda. 5. A constituição do povo de Deus nasce do desejo que todos tenham direito à liberdade que suscita a vida, pois a vida está acima de tudo, inclusive da propriedade. 6. O povo de Deus experimentou o que significa viver como imigrante explorado. A memória dessa experiência o estimula a criar uma lei que proteja quem está só e desenraizado do próprio chão: "Não maltratem nem o-primam o estrangeiro, pois vocês foram estrangeiros no Egito" (v. 21). A grande lição que um povo oprimido faz é esta: ao se ver livre da opressão, jamais deverá repetir os esquemas de seus opressores, pois só quem foi explo-rado conhece o valor da liberdade e da vida para todos. 7. Em Israel, viúvas e órfãos são símbolo das pessoas mais desamparadas, pois não têm quem as defenda. O Deus de Israel, que não deseja a opressão, se torna seu defensor: "Se os oprimirem, eles clamarão a mim e eu escutarei os seus clamores. Então minha cólera vai in-flamar- se e eu vou matar vocês pela espada. Suas mulhe-res se tornarão viúvas e seus filhos ficarão órfãos" (vv. 23-24). 8. Os vv. 25-27 falam das relações entre grandes e pe-quenos, sinal de que, ao serem elaboradas essas leis, Israel vivia num caos social onde dominava a exploração econômica. Os juros cobrados ao pobre são exploração que vai se avolumando até forçar o pobre a viver no relento: "Se vocês emprestarem dinheiro a alguém de meu povo, a um pobre que vive ao lado de vocês, não o explorem, dele cobrando juros. Se tomarem como pe-nhor o manto do próximo, devem devolvê-lo antes do pôr-do-sol, pois é a única veste que ele tem para o seu corpo, e é sua coberta para dormir" (vv. 25-27a). Como criar uma sociedade justa se não se devolve aos pobres o que lhes foi roubado? A quem invocar num país de em-pobrecidos às custas de minorias estabelecidas? Invocar o direito? E o direito defende o pobre? "Se ele gritar a mim, eu o escutarei, porque sou misericordioso" (v. 27b). Evangelho (Mt 22,34-40): Amar o povo é amar a Deus 9. Durante vários domingos pudemos acompanhar o conflito entre Jesus e as lideranças injustas representadas pelos fariseus, saduceus, anciãos do povo e doutores da Lei. Eles querem conservar as coisas como estão, pois lhes é muito vantajoso. Por isso procuram, de muitas maneiras, envolver o Mestre da Justiça, a fim de pode-rem condená-lo à morte. Agora é a vez dos fariseus que, por conveniência, se aliaram com os saduceus contra Jesus. 10. Os fariseus eram observantes rigorosos de todos os detalhes da Lei. O desejo mais cobiçado por um fariseu era o de ser chamado de "irrepreensível". A própria pa-lavra "fariseu" mostra como eles se imaginavam: amigos de Deus, "separados" do povo pecador e ignorante que, desconhecendo a Lei e suas exigências, só podia ser considerado maldito tanto por Deus quanto por eles. 11. A tradição vinda da sinagoga catalogou todos os mandamentos possíveis. Naquele tempo era possível contar 613 mandamentos: 365 proibições (não se deve fazer) e 248 prescrições (é preciso fazer). A amizade de Deus dependia disso. A graça também. Entre os mestres religiosos daquele tempo havia muita discussão a respei-to de qual seria o maior dentre todos esses mandamen-tos. E os rabinos afirmavam que todos eles, do maior ao menor, tinham a mesma importância. Alguns, todavia, afirmavam que a observância do sábado seria a síntese de toda a Lei. 12. E o povo? Ora, o povo não conhecia essas coisas, pois só os alfabetizados é que podiam ter acesso a esse tipo de religião elitizada. O povo era impuro. Só os fari-seus, os "separados", é que podiam ter acesso a Deus
  • 2. mediante o cumprimento de todos os mandamentos, prescrições e proibições. 13. E Jesus? Ele vive no meio do povo e não participa da vida das elites, que se sentem incomodadas. E por isso tentam minar a autoridade com que ele ensina e promove o povo. Organizados em grupo, querem fazê-lo cair nu-ma armadilha (v. 35). A expressão "preparar uma arma-dilha", em grego, se diz peirazein. Com isso Mateus nos alerta: os fariseus estão agindo da mesma forma que agiu o diabo por ocasião das tentações de Jesus no deserto (cf. 4,1). Jesus não pode esperar outra coisa dos que susten-tam uma sociedade injusta senão ações que, apesar de maquiladas com verniz de religião, são expressão da própria ação do diabo. 14. Os fariseus esperam uma resposta definitiva do Mes-tre da Justiça a respeito do maior mandamento da Lei (v. 36). Eles pretendem que Jesus diga que todos os man-damentos são igualmente importantes. Jesus responde (vv. 37-38) citando uma passagem do Deuteronômio: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento" (6,5), isto é, plenamente e em todos os momentos da vida. Junto com outros textos (Dt 11,13-21 e Nm 15,36-41), essa passagem do Antigo Testamento constituía a oração de todo judeu piedoso no início do dia. Mas Jesus, que con-fiou o Reino aos pobres em espírito e perseguidos por causa da justiça, acrescenta outro mandamento, tão im-portante como o primeiro: "Amarás ao teu próximo co-mo a ti mesmo" (v. 39; cf. Lv 19,18). E conclui afirman-do que "toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos" (v. 40). Esses dois mandamentos são a expressão maior da vontade de Deus. São o resumo de toda a Bíblia. 15. Não existe, portanto, como desejavam os fariseus, um amor a Deus e outro ao próximo, pois amar as pessoas como a si mesmo é amá-las "de todo o coração, de toda a alma, e de todo o entendimento". E isso os fariseus não admitiam, pois consideravam o povo maldito, impuro e merecedor de desprezo. Amar a Deus, portanto, é amar o povo, porta de entrada da religião. 16. No evangelho de João Jesus diz: "Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos outros. Assim co-mo eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros" (13,34). Não há, contudo, diferença entre o que aí se afirma e o que Jesus diz no evangelho de Mateus. De fato, ele e o Pai nos amam de modo extraordinário. E amar o próximo "como a si mesmo" é amar com a mes-ma extraordinariedade com que fomos e somos amados. 17. Os fariseus imaginavam que seria possível ser fiel a Deus sem ser fiel ao povo que eles desprezavam. Mas o Mestre da Justiça garante que é necessário pôr-se, ao mesmo tempo, diante de Deus e diante das pessoas, sem estabelecer prioridades ou graus de valor. 2ª leitura (1Ts 1,5c-10): Fazer memória da resistência 18. Os versículos que compõem a segunda leitura deste domingo fazem parte da ação de graças de Paulo por causa da fé, amor e esperança dos tessalonicenses (cf. a segunda leitura do domingo passado). Eles acolheram a Palavra de Deus com alegria do Espírito Santo no meio de tribulações (v. 6). 19. Tribulação é uma palavra importante no vocabulário das cartas paulinas. Ela recorda as pressões e opressões sofridas por aqueles que se comprometem com o projeto de Deus. A fidelidade a esse projeto provoca conflitos, e os que não querem mudanças sociais procuram a todo custo impedir o avanço da Palavra que liberta. Paulo sentiu isso na própria pele, tendo chegado a Tessalônica coberto de feridas e com as marcas da tortura sofrida em Filipos. Apesar dessa aparente fragilidade, os tessaloni-censes deram crédito à Palavra, tomando Paulo como ponto de referência: "Vocês se fizeram imitadores nos-sos… acolhendo a Palavra… apesar de tantas tribula-ções". Tornaram-se também imitadores do Senhor que, por sua fidelidade ao Pai, enfrentou a cruz. 20. A comunidade de Tessalônica, por sua vez, se tornou modelo para todos os fiéis de duas regiões importantes, Macedônia e Acaia (v. 7). A resistência dessa comuni-dade ultrapassou fronteiras, de modo que todos fazem memória da resistência dos tessalonicenses (v. 8). Isso porque o Espírito Santo é luz na caminhada (cf. v. 6). De boca em boca a notícia da resistência vai se alastrando, como óleo sobre a água, de modo que outros vão toman-do consciência de que existe um Deus vivo e verdadeiro chamando à vida, desmascarando os ídolos mortos (v. 9). 21. Os vv. 9-10 são, provavelmente, um antigo hino cris-tão. Eles sintetizam a caminhada das comunidades que, aos poucos, abandonam os falsos deuses para servir ao Deus vivo e verdadeiro, animadas pela esperança da vinda de Jesus. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 22. Deus é aliado e defensor dos pobres. A primeira leitura (Ex 22,20-26) nos pergunta: Quais são os segmentos sociais mais desprotegidos e pisados da nossa sociedade? Qual é o fardo que pesa sobre eles? É possível sermos aliados de Deus na defesa e promoção dessas pessoas? 23. Amar a Deus é amar o povo. O evangelho (Mt 22,34-40) é um alerta contra um tipo de religião intimista e personalista. Deus está atento ao povo com suas angústias, esperan-ças e dons. A missão não acontece sem essa condição, pois amar a Deus é amar o povo que sofre. 24. Fazer memória da resistência. A 2ª leitura (1Ts 1,5c-10) convida a recordar a resis-tência das comunidades, as lutas e vitórias contra os ídolos mortos e a adesão ao Deus vivo e verdadeiro. Ser cristão supõe o desmascaramento de todo tipo de idolatria, que mantêm o povo à margem da vida.