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221Hortic. bras., v. 24, n. 2, abr.-jun. 2006
Os primeiros cultivos de cenoura
(Daucus carota, L.) no Brasil ocor-
reram na região Sul, expandindo-se, em
seguida, para o Sudeste onde atualmen-
te estão as maiores produção e consu-
mo desta hortaliça. A cenoura é a
hortaliça de raiz de maior valor econô-
mico, sendo consumida cozida ou crua,
sozinha ou como integrante de uma in-
finidade de pratos e receitas.Ahortaliça
tem destacado valor nutritivo na alimen-
tação humana, principalmente por ser
uma das principais fontes vegetais de
pró-vitamina A (Filgueira, 2000).
As cultivares Nantes e Forto são con-
sideradas padrão de qualidade comercial
noBrasil,poispossuemraízescilíndricas,
lisas e de cor alaranjada intensa. Porém,
são muito sensíveis à queima-das-folhas,
causada por Alternaria sp., e são exigen-
tesemtemperaturasamenas.Portanto,seu
cultivoémaisfácilnoperíododoanocom
menor precipitação pluviométrica (inver-
no), que vai de março a agosto. Já as cul-
LUZ JMQ; CARVALHO JOM; COELHO CMB; CARVALHO TD. 2006. Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes cultivares e
espaçamentos. Horticultura Brasileira 24: 221-223.
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes
cultivares e espaçamentos
José Magno Q Luz1
; José Orestes M de Carvalho2
; Cláudio MB Coelho1
; Thiago D de Carvalho1
1
UFU/ICIAG/Agronomia, C. Postal 593, 38400-902 Uberlândia–MG; E-mail: jmagno@umuarama.ufu.br; 2
Embrapa Rondônia C. Postal
406, 78900-970 Porto Velho–RO; E-mail: orestes@cpafro.embrapa.br
tivares nacionais Brasília e Carandaí são
boasopçõesparaocultivonoperíodocom
maiorconcentraçãodechuvas(verão),que
vai de setembro a fevereiro. Possuem
raízes cilíndricas e elevada resistência à
queima-das-folhas, podendo também ser
cultivadas em regiões de clima ameno.
Porém, não devem ser utilizadas em re-
giões de inverno mais rigoroso pois flo-
rescem com facilidade quando submeti-
das a baixas temperaturas e fotoperíodo
crescente (Souza, 1994).
Um dos segmentos na produção de
hortaliças que mais tem crescido nos úl-
timos anos é a linha de minihortaliças
por agregarem facilidade no preparo e
proporcionarem um novo aspecto visual
aos pratos, tornando-os mais atrativos
aos olhos e ao paladar. Dentre as
minihortaliças, a minicenoura ou baby
carrot é uma das que mais tem se desta-
cado (Lazcano et al., 1998), sendo, ao
lado do tomate-cereja, a que possui
maior volume de comercialização.
As minicenouras tradicionais são
raízes longas (aproximadamente 20 cm)
e finas (até 3,5 cm de diâmetro), que não
obtêm classificação para serem
comercializadas inteiras e que, para evi-
tar o descarte, são processadas após a co-
lheita, para adquirir o formato caracterís-
tico de cenouras pequenas e tenras, com
diâmetrodeaté2,5cmeaproximadamen-
te 6,0 cm de comprimento (Lana et al.,
2001). O processamento consiste em cor-
tar as raízes em três pedaços e, com a aju-
da de um processador, tornar suas pontas
arredondadas.Suacomercializaçãotemse
destacadonoBrasil,emboraboaparteain-
da seja importada, principalmente dos
EUA (Asgrow, 1999). Porém, com a
disponibilização de novos equipamentos
nacionais capazes de realizar o
processamento, esta realidade está se al-
terando muito nos últimos anos (Lana et
al., 2001; Embrapa Hortaliças, 2004).
Outra forma de se obter
minicenouras é através do cultivo espe-
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi verificar a viabilidade da produção
de minicenoura não processada, avaliando-se diferentes cultivares e
espaçamentos entre linhas, nos períodos de inverno e verão. Foram
utilizados três espaçamentos entre linhas (10, 15 e 20 cm) e as culti-
vares Forto e Nantes, no inverno, e Brasília e Carandaí, no verão. O
espaçamento entre plantas foi de 2 a 3 cm. O delineamento experi-
mental foi blocos casualizados, em esquema fatorial (2 x 3) com
quatro repetições. O espaçamento de 10 cm entre linhas foi o mais
adequado para se obter maior uniformidade na produção de miniraí-
zes, nas diferentes classes de comprimento consideradas neste en-
saio (4 a 6 cm; 6 a 8 cm e > 8 cm), independentemente da época do
ano considerada. A maior produção de raízes da cultivar Brasília a
credencia como superior para obtenção de minicenoura não proces-
sada no período de verão. No inverno, as cultivares Forto e Nantes
foram equivalentes. Em complemento a este trabalho, devem ser
realizadas novas pesquisas sobre o diâmetro e o conteúdo nutricio-
nal das minicenouras não processadas.
Palavras-chave: Daucus carota, cultivares, espaçamento,
minicenoura, produtividade, qualidade.
ABSTRACT
Production of non-processed baby carrots as a result of
different cultivars and line spacing
This work was carried out to verify the viability of producing
non-processed baby carrots out of different carrot cultivars available
in Brazil for summer and winter copping, when planted in different
spacing between lines. Cultivars Forto and Nantes were used for
winter copping, while cultivars Brasilia and Carandaí were used in
summer. Lines were 10, 15, and 20 cm apart. Distance between plants
was 2 to 3 cm. The experiment was designed in completely
randomized blocks, in a factorial scheme (3 x 2) with four
replications. Results indicated t ha-1
when lines were kept 10 cm
apart, the baby carrot yield reached the most uniform distribution in
commercial root length classes (4 to 6 cm; 6 to 8 cm and; > 8 cm).
During summer, cultivar Brasilia yielded significantly more baby
carrots than cultivar Carandaí. In winter, the tested cultivars were
equivalent. A natural follow-up to this work is the investigation of
the nutritional value and diameter of non-processed baby carrots.
Keywords: Daucus carota, cultivar, spacing, babycarrot, yield,
quality.
(Recebido para publicação em 25 de abril de 2005; aceito em 23 de maio de 2006)
222 Hortic. bras., v. 24, n. 2, abr.-jun. 2006
cífico para esse fim, utilizando-se culti-
vares apropriadas em adensamentos
adequados.As miniraízes assim obtidas
apresentam formato natural, no que di-
ferem das minicenouras tradicionais.
Em alguns poucos locais do Brasil se
produz minicenoura através deste mé-
todo, para um nicho de mercado muito
específico, que engloba principalmente
restaurantes de alto padrão. Porém, as
cultivares utilizadas são importadas,
principalmente da Europa, o que as tor-
na pouco adaptadas às condições
ambientais brasileiras. As sementes di-
ficilmente estão disponíveis no merca-
do em quantidade suficiente para aten-
der a demanda, principal fator que limi-
ta a expansão de seu cultivo. Além dis-
so, praticamente não existem referências
na literatura científica nacional sobre sua
produção e produtividade, fator que res-
tringe seu cultivo quase que a uma tra-
dição de família.
O presente trabalho teve como ob-
jetivo verificar a viabilidade da produ-
ção de minicenouras não processadas
utilizando menores espaçamentos entre
linhas e cultivares de inverno e verão
cujas sementes estão disponíveis no
mercado brasileiro, nas condições
edafoclimáticas do Triângulo Mineiro.
MATERIAL E MÉTODOS
Os experimentos foram conduzidos
em campo da UFU, Uberlândia – MG.
O solo da área experimental é um
Latossolo Vermelho-amarelo (LVa) de
textura argilosa. As adubações quími-
cas pré e pós-plantio foram realizadas
seguindo as recomendações da Quinta
Aproximação COMISSÃO DE FERTI-
LIDADE DO SOLO DO ESTADO DE
MINAS GERAIS (1989) para cenoura,
a partir dos dados obtidos na análise
química do solo. A adubação orgânica
foi realizada com 2 kg m-
² de cama-de-
frango misturados à terra do canteiro,
antes do plantio. O preparo do solo cons-
tou de aração a 20 cm de profundidade
e encanteiramento com enxada rotativa.
A irrigação dos canteiros foi realizada
por aspersão, em complementação à pre-
cipitação de cada um dos períodos.
Foram realizados dois experimentos
com semeadura direta em canteiro, um
no inverno e outro no verão. A semea-
dura do experimento de inverno foi rea-
lizada em julho de 2000, utilizando-se
as cultivares Nantes e Forto. A semea-
dura do experimento de verão foi reali-
zada em fevereiro de 2000, utilizando-
se as cultivares Carandaí e Brasília.
Após 30 dias do plantio realizou-se o
desbaste deixando 2 a 3 cm entre plan-
tas. O delineamento experimental utili-
zado foi blocos casualizados, com qua-
tro repetições, em arranjo fatorial 3 x 2,
sendo os tratamentos três espaçamentos
entre linhas (10, 15 e 20 cm) e duas cul-
tivares. O tamanho das parcelas foi de
2,0 m2
, em canteiros de 1,0 m de largura.
As cenouras foram colhidas 60 e 51
dias após a semeadura, para os experi-
mentos de verão e inverno, respectiva-
mente. Após destacar a da parte aérea,
as raízes foram lavadas e deixadas à
sombra por tempo suficiente para eli-
minar o excesso de água. Raízes com
comprimento inferior a 4 cm, diâmetro
menor que 0,7 cm e/ou defeituosas (tor-
tas, rachadas, com ombro verde, perfu-
radas, quebradas e/ou sem coloração)
foram consideradas como descarte. As
raízes comerciais foram classificadas de
acordo com o comprimento (4-6 cm; 6-
8 cm; e >8 cm). A produção comercial
foi obtida pela diferença entre as mé-
dias por espaçamento da produção total
e do descarte, em t ha-1
.
As características avaliadas foram:
produção total de raízes, porcentagem
de raízes não comerciais (descartes) e
produção de miniraízes comerciais por
faixa de comprimento e diâmetro. Os
dados foram submetidos à análise de
variância (Teste F) e as médias foram
comparadas pelo Teste de Tukey (Go-
mes, 1990). Para as variáveis em por-
centagem, procedeu-se à transformação
dos dados através da fórmula: Xt
=
arcoseno (raiz quadrada (X/100)).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para produção total, ocorreu
interação cultivar x espaçamento so-
mente no experimento de verão. Já no
experimento de inverno, houve
significância somente para a compara-
ção entre os espaçamentos.Amaior pro-
dutividade total no experimento de ve-
rão foi alcançada pela cultivar Brasília
(8,22 t ha-1
) no espaçamento de 10 cm
entre linhas (Tabela 1). Já a cultivar
Carandaí apresentou maior produção no
espaçamento de 15 cm entre linhas (6,14
t ha-1
), não sendo este diferente do obtido
no espaçamento de 20 cm (5,35 t ha-1
).
Resende etal.(1998)tambémverificaram
que a cultivar Brasília mostrou-se su-
perior para produção total de raízes,
quando comparada às cultivares
Carandaí e Kuroda, porém, utilizando o
espaçamento de 20 cm entre linhas. No
experimento de inverno não houve di-
ferença significativa entre cultivares e
a maior produção total de raízes tam-
bém foi obtida no espaçamento de 10
cm entre linhas (18,0 t ha-1
).
Para porcentagem de miniraízes co-
merciais por classes de comprimento
houve diferenças somente entre os
espaçamentos no ensaio de inverno, en-
quanto no verão não ocorreu diferença
estatística entre os tratamentos (Tabela
2). No inverno, obteve-se maior quanti-
dade de raízes com comprimentos entre
4 e 8 cm nos espaçamentos de 10 e 15
JMQ Luz et al.
Médias seguidas de mesma letra minúscula na vertical e maiúscula na horizontal não dife-
rem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Tabela 1. Produção total de raízes das cultivares Brasília e Carandaí no verão, produção
total no inverno e produções comerciais médias no inverno e no verão, nos diferentes
espaçamentos. Uberlândia, UFU, 2000.
223Hortic. bras., v. 24, n. 2, abr.-jun. 2006
cm entre linhas, enquanto a maior quan-
tidade de raízes com mais de 8 cm de
comprimento foi observada quando uti-
lizou-se 20 cm entre linhas. Em ambas
as épocas, a produção de raízes com
mais de 8 cm de comprimento foi sem-
pre maior que a produção de raízes nas
demais classes de comprimento. Porém,
essa diferença se acentuou com o au-
mento do espaçamento entre linhas.
Portanto, parece ser mais adequado que
se utilize o espaçamento de 10 cm entre
linhas quando se pretende obter uma dis-
tribuição mais uniforme da quantidade
de raízes por classe de comprimento.
Não houve diferença estatística en-
tre os tratamentos para as porcentagens
de descarte em ambos os ensaios. Po-
rém, pode-se observar que, independen-
te da cultivar ou do espaçamento, hou-
ve maior porcentagem de descarte no
ensaio de inverno (Tabela 3). Ainda as-
sim, a produção média de miniraízes
comerciais, em t ha-1
, foi sempre maior
no inverno (Tabela 1). Como o estande
foi o mesmo em ambos os ensaios, o
aumento da produtividade deve estar
relacionado ao diâmetro das raízes. Esta
possibilidade deve ser investigada em
ensaios futuros. No verão, a cultivar
Carandaí apresentou porcentagem mé-
dia de descarte ligeiramente maior do
que a cultivar Brasília, respectivamente
4,85 e 4,09%. Em ensaio para avaliar o
potencial de produção comercial de
minicenoura por processamento,
Lazcano et al. (1998) verificaram que,
na linha de processamento, ocorre uma
perda de 62% em peso das raízes produ-
zidas. Desta forma, para uma produtivi-
dade de 42,9 t ha-1
de raízes, obteve-se
16,3 t ha-1
de minicenouras comerciais.
Este valor é muito próximo ao obtido
neste ensaio, para o inverno, utilizando-
se 10 cm entre linhas (Tabela 1).
Outro fator importante a ser consi-
derado e que merece ser investigado no
futuro, é a qualidade nutricional da
minicenoura não processada. Suslow et
al. (1999) afirma que a quantidade de
betacaroteno presente nas raízes sofre
influência de inúmeros fatores, entre
eles o estádio de maturidade fisiológica
da planta, condições climáticas (princi-
palmente temperatura), níveis de micro-
nutrientes, conteúdo de oxigênio e água
no solo e estande. Pepkovitz et al.
(1944), citados por Suslow et al. (1999)
detectaram o pico de carotenóides 90
dias após o plantio na cultivar Nantes,
com 60 mg g-1
; de peso fresco, enquan-
to 76 dias após a semeadura, a concen-
tração era de apenas 42 mg g-1
de peso
fresco. Quanto à qualidade, deve ser
considerado que as raízes de cenoura das
cultivares nacionais possuem aspecto in-
terno muito inferior ao apresentado por
materiais americanos, europeus e japo-
neses (Ritschel et al., 1998), já que a aná-
lise química de raízes da cultivar de ce-
noura Brasília revelou um baixo conteú-
do de caroteno e coloração alaranjada
menos intensa (Pereira et al., 1995).
REFERÊNCIAS
ASGROW. 1999. Semente. Informativo da
Asgrow Vegetable Seeds, 51:4.
COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO
ESTADO DE MINAS GERAIS. 1989. Reco-
mendações para o uso de corretivos e fertili-
zantes em Minas Gerais. 4ª aproximação. La-
vras: UFLA. 159p.
EMBRAPA HORTALIÇAS. 2004, 26 de agosto.
Precisa – equipamento para mecanização do
corte de minicenouras. Disponível em http://
w w w. c n p h . e m b r a p a . b r / n o v i d a d e /
prelancamento/precisa/precisa1.htm.
FILGUEIRA FAR. 2000. Novo Manual de
Olericultura: Agrotecnologia moderna e
comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa:
Editora UFV. 402p.
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes cultivares e espaçamentos
GOMES FP. 1990.Curso de estatística experimen-
tal. 13. ed. Piracicaba: Nobel. 468p.
LANA MM; VIEIRAJV; SILVA JBC; LIMA DB.
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sileiras. Horticultura Brasileira 19: 376-379.
LAZCANO CA; DANIELLO FJ; PIKE L.M;
MILLER ME, BRANDENBERGER L;
BAKER LR. 1998. Seed lines, population
density, and root size at harvest affect quality
and yield of cut-and-pell Baby carrots. Hort
Science 33: 972-975.
PEREIRAAS; RITSCHELPS;VIEIRAJV; PES-
SOA HBSV. 1995. Determinação da qualida-
de de raízes de cenoura Brasília. Horticultura
Brasileira 13: 103. (resumo).
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CAMPOS GA.. 1998.Avaliação de cultivares
de cenoura sob adensamento, visando a pro-
dução de Baby carrot. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 38.
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SOUZA JS. 1994. Cultura da cenoura. Lavras:
ESAL. 11p.
RITSCHEL PS; MOITA AW; VIEIRA JV. 2005.
Introdução e avaliação de cultivares e popula-
ções de cenoura - características agronômicas
e indicadores de qualidade de raiz. Brasília:
Embrapa Hortaliças. Disponível em http://
www.cnph.embrapa.br/. Acessado em 11 de
abril de 2005.
SUSLOWTV;JIANGCHUNW; PAISER,G.2005.
Characterization of carotenoid composition of
carrots affected by “Light root syndrome”.
Perishables Handling Quarterly,. 100. Dispo-
nívelemhttp://ucce.ucdavis.edu/files/datastore/
234-172.pdf.Acessado em 11 de abril de 2005.
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
Tabela 2. Porcentagens de minicenouras comerciais e diâmetro médio por faixa de compri-
mento de raízes, nos experimentos de verão e inverno. Uberlândia, UFU, 2000.
Tabela 3. Porcentagens médias de raízes descartadas com comprimento menor que 4 cm e
diâmetro menor que 0,7 cm no verão e porcentagem média geral no inverno, por espaçamento.
Uberlândia, UFU, 2000.

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  • 1. 221Hortic. bras., v. 24, n. 2, abr.-jun. 2006 Os primeiros cultivos de cenoura (Daucus carota, L.) no Brasil ocor- reram na região Sul, expandindo-se, em seguida, para o Sudeste onde atualmen- te estão as maiores produção e consu- mo desta hortaliça. A cenoura é a hortaliça de raiz de maior valor econô- mico, sendo consumida cozida ou crua, sozinha ou como integrante de uma in- finidade de pratos e receitas.Ahortaliça tem destacado valor nutritivo na alimen- tação humana, principalmente por ser uma das principais fontes vegetais de pró-vitamina A (Filgueira, 2000). As cultivares Nantes e Forto são con- sideradas padrão de qualidade comercial noBrasil,poispossuemraízescilíndricas, lisas e de cor alaranjada intensa. Porém, são muito sensíveis à queima-das-folhas, causada por Alternaria sp., e são exigen- tesemtemperaturasamenas.Portanto,seu cultivoémaisfácilnoperíododoanocom menor precipitação pluviométrica (inver- no), que vai de março a agosto. Já as cul- LUZ JMQ; CARVALHO JOM; COELHO CMB; CARVALHO TD. 2006. Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes cultivares e espaçamentos. Horticultura Brasileira 24: 221-223. Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes cultivares e espaçamentos José Magno Q Luz1 ; José Orestes M de Carvalho2 ; Cláudio MB Coelho1 ; Thiago D de Carvalho1 1 UFU/ICIAG/Agronomia, C. Postal 593, 38400-902 Uberlândia–MG; E-mail: jmagno@umuarama.ufu.br; 2 Embrapa Rondônia C. Postal 406, 78900-970 Porto Velho–RO; E-mail: orestes@cpafro.embrapa.br tivares nacionais Brasília e Carandaí são boasopçõesparaocultivonoperíodocom maiorconcentraçãodechuvas(verão),que vai de setembro a fevereiro. Possuem raízes cilíndricas e elevada resistência à queima-das-folhas, podendo também ser cultivadas em regiões de clima ameno. Porém, não devem ser utilizadas em re- giões de inverno mais rigoroso pois flo- rescem com facilidade quando submeti- das a baixas temperaturas e fotoperíodo crescente (Souza, 1994). Um dos segmentos na produção de hortaliças que mais tem crescido nos úl- timos anos é a linha de minihortaliças por agregarem facilidade no preparo e proporcionarem um novo aspecto visual aos pratos, tornando-os mais atrativos aos olhos e ao paladar. Dentre as minihortaliças, a minicenoura ou baby carrot é uma das que mais tem se desta- cado (Lazcano et al., 1998), sendo, ao lado do tomate-cereja, a que possui maior volume de comercialização. As minicenouras tradicionais são raízes longas (aproximadamente 20 cm) e finas (até 3,5 cm de diâmetro), que não obtêm classificação para serem comercializadas inteiras e que, para evi- tar o descarte, são processadas após a co- lheita, para adquirir o formato caracterís- tico de cenouras pequenas e tenras, com diâmetrodeaté2,5cmeaproximadamen- te 6,0 cm de comprimento (Lana et al., 2001). O processamento consiste em cor- tar as raízes em três pedaços e, com a aju- da de um processador, tornar suas pontas arredondadas.Suacomercializaçãotemse destacadonoBrasil,emboraboaparteain- da seja importada, principalmente dos EUA (Asgrow, 1999). Porém, com a disponibilização de novos equipamentos nacionais capazes de realizar o processamento, esta realidade está se al- terando muito nos últimos anos (Lana et al., 2001; Embrapa Hortaliças, 2004). Outra forma de se obter minicenouras é através do cultivo espe- RESUMO O objetivo deste trabalho foi verificar a viabilidade da produção de minicenoura não processada, avaliando-se diferentes cultivares e espaçamentos entre linhas, nos períodos de inverno e verão. Foram utilizados três espaçamentos entre linhas (10, 15 e 20 cm) e as culti- vares Forto e Nantes, no inverno, e Brasília e Carandaí, no verão. O espaçamento entre plantas foi de 2 a 3 cm. O delineamento experi- mental foi blocos casualizados, em esquema fatorial (2 x 3) com quatro repetições. O espaçamento de 10 cm entre linhas foi o mais adequado para se obter maior uniformidade na produção de miniraí- zes, nas diferentes classes de comprimento consideradas neste en- saio (4 a 6 cm; 6 a 8 cm e > 8 cm), independentemente da época do ano considerada. A maior produção de raízes da cultivar Brasília a credencia como superior para obtenção de minicenoura não proces- sada no período de verão. No inverno, as cultivares Forto e Nantes foram equivalentes. Em complemento a este trabalho, devem ser realizadas novas pesquisas sobre o diâmetro e o conteúdo nutricio- nal das minicenouras não processadas. Palavras-chave: Daucus carota, cultivares, espaçamento, minicenoura, produtividade, qualidade. ABSTRACT Production of non-processed baby carrots as a result of different cultivars and line spacing This work was carried out to verify the viability of producing non-processed baby carrots out of different carrot cultivars available in Brazil for summer and winter copping, when planted in different spacing between lines. Cultivars Forto and Nantes were used for winter copping, while cultivars Brasilia and Carandaí were used in summer. Lines were 10, 15, and 20 cm apart. Distance between plants was 2 to 3 cm. The experiment was designed in completely randomized blocks, in a factorial scheme (3 x 2) with four replications. Results indicated t ha-1 when lines were kept 10 cm apart, the baby carrot yield reached the most uniform distribution in commercial root length classes (4 to 6 cm; 6 to 8 cm and; > 8 cm). During summer, cultivar Brasilia yielded significantly more baby carrots than cultivar Carandaí. In winter, the tested cultivars were equivalent. A natural follow-up to this work is the investigation of the nutritional value and diameter of non-processed baby carrots. Keywords: Daucus carota, cultivar, spacing, babycarrot, yield, quality. (Recebido para publicação em 25 de abril de 2005; aceito em 23 de maio de 2006)
  • 2. 222 Hortic. bras., v. 24, n. 2, abr.-jun. 2006 cífico para esse fim, utilizando-se culti- vares apropriadas em adensamentos adequados.As miniraízes assim obtidas apresentam formato natural, no que di- ferem das minicenouras tradicionais. Em alguns poucos locais do Brasil se produz minicenoura através deste mé- todo, para um nicho de mercado muito específico, que engloba principalmente restaurantes de alto padrão. Porém, as cultivares utilizadas são importadas, principalmente da Europa, o que as tor- na pouco adaptadas às condições ambientais brasileiras. As sementes di- ficilmente estão disponíveis no merca- do em quantidade suficiente para aten- der a demanda, principal fator que limi- ta a expansão de seu cultivo. Além dis- so, praticamente não existem referências na literatura científica nacional sobre sua produção e produtividade, fator que res- tringe seu cultivo quase que a uma tra- dição de família. O presente trabalho teve como ob- jetivo verificar a viabilidade da produ- ção de minicenouras não processadas utilizando menores espaçamentos entre linhas e cultivares de inverno e verão cujas sementes estão disponíveis no mercado brasileiro, nas condições edafoclimáticas do Triângulo Mineiro. MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos foram conduzidos em campo da UFU, Uberlândia – MG. O solo da área experimental é um Latossolo Vermelho-amarelo (LVa) de textura argilosa. As adubações quími- cas pré e pós-plantio foram realizadas seguindo as recomendações da Quinta Aproximação COMISSÃO DE FERTI- LIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS (1989) para cenoura, a partir dos dados obtidos na análise química do solo. A adubação orgânica foi realizada com 2 kg m- ² de cama-de- frango misturados à terra do canteiro, antes do plantio. O preparo do solo cons- tou de aração a 20 cm de profundidade e encanteiramento com enxada rotativa. A irrigação dos canteiros foi realizada por aspersão, em complementação à pre- cipitação de cada um dos períodos. Foram realizados dois experimentos com semeadura direta em canteiro, um no inverno e outro no verão. A semea- dura do experimento de inverno foi rea- lizada em julho de 2000, utilizando-se as cultivares Nantes e Forto. A semea- dura do experimento de verão foi reali- zada em fevereiro de 2000, utilizando- se as cultivares Carandaí e Brasília. Após 30 dias do plantio realizou-se o desbaste deixando 2 a 3 cm entre plan- tas. O delineamento experimental utili- zado foi blocos casualizados, com qua- tro repetições, em arranjo fatorial 3 x 2, sendo os tratamentos três espaçamentos entre linhas (10, 15 e 20 cm) e duas cul- tivares. O tamanho das parcelas foi de 2,0 m2 , em canteiros de 1,0 m de largura. As cenouras foram colhidas 60 e 51 dias após a semeadura, para os experi- mentos de verão e inverno, respectiva- mente. Após destacar a da parte aérea, as raízes foram lavadas e deixadas à sombra por tempo suficiente para eli- minar o excesso de água. Raízes com comprimento inferior a 4 cm, diâmetro menor que 0,7 cm e/ou defeituosas (tor- tas, rachadas, com ombro verde, perfu- radas, quebradas e/ou sem coloração) foram consideradas como descarte. As raízes comerciais foram classificadas de acordo com o comprimento (4-6 cm; 6- 8 cm; e >8 cm). A produção comercial foi obtida pela diferença entre as mé- dias por espaçamento da produção total e do descarte, em t ha-1 . As características avaliadas foram: produção total de raízes, porcentagem de raízes não comerciais (descartes) e produção de miniraízes comerciais por faixa de comprimento e diâmetro. Os dados foram submetidos à análise de variância (Teste F) e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey (Go- mes, 1990). Para as variáveis em por- centagem, procedeu-se à transformação dos dados através da fórmula: Xt = arcoseno (raiz quadrada (X/100)). RESULTADOS E DISCUSSÃO Para produção total, ocorreu interação cultivar x espaçamento so- mente no experimento de verão. Já no experimento de inverno, houve significância somente para a compara- ção entre os espaçamentos.Amaior pro- dutividade total no experimento de ve- rão foi alcançada pela cultivar Brasília (8,22 t ha-1 ) no espaçamento de 10 cm entre linhas (Tabela 1). Já a cultivar Carandaí apresentou maior produção no espaçamento de 15 cm entre linhas (6,14 t ha-1 ), não sendo este diferente do obtido no espaçamento de 20 cm (5,35 t ha-1 ). Resende etal.(1998)tambémverificaram que a cultivar Brasília mostrou-se su- perior para produção total de raízes, quando comparada às cultivares Carandaí e Kuroda, porém, utilizando o espaçamento de 20 cm entre linhas. No experimento de inverno não houve di- ferença significativa entre cultivares e a maior produção total de raízes tam- bém foi obtida no espaçamento de 10 cm entre linhas (18,0 t ha-1 ). Para porcentagem de miniraízes co- merciais por classes de comprimento houve diferenças somente entre os espaçamentos no ensaio de inverno, en- quanto no verão não ocorreu diferença estatística entre os tratamentos (Tabela 2). No inverno, obteve-se maior quanti- dade de raízes com comprimentos entre 4 e 8 cm nos espaçamentos de 10 e 15 JMQ Luz et al. Médias seguidas de mesma letra minúscula na vertical e maiúscula na horizontal não dife- rem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Tabela 1. Produção total de raízes das cultivares Brasília e Carandaí no verão, produção total no inverno e produções comerciais médias no inverno e no verão, nos diferentes espaçamentos. Uberlândia, UFU, 2000.
  • 3. 223Hortic. bras., v. 24, n. 2, abr.-jun. 2006 cm entre linhas, enquanto a maior quan- tidade de raízes com mais de 8 cm de comprimento foi observada quando uti- lizou-se 20 cm entre linhas. Em ambas as épocas, a produção de raízes com mais de 8 cm de comprimento foi sem- pre maior que a produção de raízes nas demais classes de comprimento. Porém, essa diferença se acentuou com o au- mento do espaçamento entre linhas. Portanto, parece ser mais adequado que se utilize o espaçamento de 10 cm entre linhas quando se pretende obter uma dis- tribuição mais uniforme da quantidade de raízes por classe de comprimento. Não houve diferença estatística en- tre os tratamentos para as porcentagens de descarte em ambos os ensaios. Po- rém, pode-se observar que, independen- te da cultivar ou do espaçamento, hou- ve maior porcentagem de descarte no ensaio de inverno (Tabela 3). Ainda as- sim, a produção média de miniraízes comerciais, em t ha-1 , foi sempre maior no inverno (Tabela 1). Como o estande foi o mesmo em ambos os ensaios, o aumento da produtividade deve estar relacionado ao diâmetro das raízes. Esta possibilidade deve ser investigada em ensaios futuros. No verão, a cultivar Carandaí apresentou porcentagem mé- dia de descarte ligeiramente maior do que a cultivar Brasília, respectivamente 4,85 e 4,09%. Em ensaio para avaliar o potencial de produção comercial de minicenoura por processamento, Lazcano et al. (1998) verificaram que, na linha de processamento, ocorre uma perda de 62% em peso das raízes produ- zidas. Desta forma, para uma produtivi- dade de 42,9 t ha-1 de raízes, obteve-se 16,3 t ha-1 de minicenouras comerciais. Este valor é muito próximo ao obtido neste ensaio, para o inverno, utilizando- se 10 cm entre linhas (Tabela 1). Outro fator importante a ser consi- derado e que merece ser investigado no futuro, é a qualidade nutricional da minicenoura não processada. Suslow et al. (1999) afirma que a quantidade de betacaroteno presente nas raízes sofre influência de inúmeros fatores, entre eles o estádio de maturidade fisiológica da planta, condições climáticas (princi- palmente temperatura), níveis de micro- nutrientes, conteúdo de oxigênio e água no solo e estande. Pepkovitz et al. (1944), citados por Suslow et al. (1999) detectaram o pico de carotenóides 90 dias após o plantio na cultivar Nantes, com 60 mg g-1 ; de peso fresco, enquan- to 76 dias após a semeadura, a concen- tração era de apenas 42 mg g-1 de peso fresco. Quanto à qualidade, deve ser considerado que as raízes de cenoura das cultivares nacionais possuem aspecto in- terno muito inferior ao apresentado por materiais americanos, europeus e japo- neses (Ritschel et al., 1998), já que a aná- lise química de raízes da cultivar de ce- noura Brasília revelou um baixo conteú- do de caroteno e coloração alaranjada menos intensa (Pereira et al., 1995). REFERÊNCIAS ASGROW. 1999. Semente. Informativo da Asgrow Vegetable Seeds, 51:4. COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 1989. Reco- mendações para o uso de corretivos e fertili- zantes em Minas Gerais. 4ª aproximação. La- vras: UFLA. 159p. EMBRAPA HORTALIÇAS. 2004, 26 de agosto. Precisa – equipamento para mecanização do corte de minicenouras. Disponível em http:// w w w. c n p h . e m b r a p a . b r / n o v i d a d e / prelancamento/precisa/precisa1.htm. FILGUEIRA FAR. 2000. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia moderna e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa: Editora UFV. 402p. Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes cultivares e espaçamentos GOMES FP. 1990.Curso de estatística experimen- tal. 13. ed. Piracicaba: Nobel. 468p. LANA MM; VIEIRAJV; SILVA JBC; LIMA DB. 2001. Cenourete e Catetinho: minicenouras bra- sileiras. Horticultura Brasileira 19: 376-379. LAZCANO CA; DANIELLO FJ; PIKE L.M; MILLER ME, BRANDENBERGER L; BAKER LR. 1998. Seed lines, population density, and root size at harvest affect quality and yield of cut-and-pell Baby carrots. Hort Science 33: 972-975. PEREIRAAS; RITSCHELPS;VIEIRAJV; PES- SOA HBSV. 1995. Determinação da qualida- de de raízes de cenoura Brasília. Horticultura Brasileira 13: 103. (resumo). RESENDE JTV;ANDRADE VCJ; MALUFWR; CAMPOS GA.. 1998.Avaliação de cultivares de cenoura sob adensamento, visando a pro- dução de Baby carrot. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 38. Anais... Petrolina: SOB. 49p. (resumo). SOUZA JS. 1994. Cultura da cenoura. Lavras: ESAL. 11p. RITSCHEL PS; MOITA AW; VIEIRA JV. 2005. Introdução e avaliação de cultivares e popula- ções de cenoura - características agronômicas e indicadores de qualidade de raiz. Brasília: Embrapa Hortaliças. Disponível em http:// www.cnph.embrapa.br/. Acessado em 11 de abril de 2005. SUSLOWTV;JIANGCHUNW; PAISER,G.2005. Characterization of carotenoid composition of carrots affected by “Light root syndrome”. Perishables Handling Quarterly,. 100. Dispo- nívelemhttp://ucce.ucdavis.edu/files/datastore/ 234-172.pdf.Acessado em 11 de abril de 2005. Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Tabela 2. Porcentagens de minicenouras comerciais e diâmetro médio por faixa de compri- mento de raízes, nos experimentos de verão e inverno. Uberlândia, UFU, 2000. Tabela 3. Porcentagens médias de raízes descartadas com comprimento menor que 4 cm e diâmetro menor que 0,7 cm no verão e porcentagem média geral no inverno, por espaçamento. Uberlândia, UFU, 2000.