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5 anos de
Primavera Árabe
Prof. Igor Alves
Geografia e Atualidades
5 anos de Primavera Árabe
• 5 anos depois do maior levante popular dos países do
Oriente Médio, como está a situação na região?
• Faremos aqui em resgate histórico a fim de explicar as
causas e as resultantes desse fenômeno.
A herança colonialista
• A herança colonialista na região foi e ainda é a grande
culpada pela desestabilização completa do local
• A herança colonialista desorganizou o mundo árabe,
fragmentando-o em estados instáveis.
• Inglaterra, França, Estados Unidos e Rússia foram e ainda
são as nações mais influentes na região.
O Mapa da Primavera
Revolução
Mudanças no governo
Conflito armado
Grandes protestos
Pequenos protestos
As resultantes do movimento
• O que procuraremos fazer agora é um aparato de como o
movimento revolucionário mudou as realidades na região
• Marrocos, Saara Ocidental, Tunísia, Líbia, Argélia, Egito,
Síria, Iêmen, Turquia e Jordânia
A primavera árabe
• Em 14 de janeiro de 2011, uma multidão protestava pelas ruas de Túnis, capital
da Tunísia, contra o regime do presidente Zine El Abidine Ben Ali, o que levou à
queda do primeiro líder de um país árabe por conta da pressão popular. Ninguém
poderia antecipar que esse movimento seria o epicentro de um terremoto
geopolítico que mudou o mundo árabe, a chamada Primavera Árabe.
A revolta na Tunísia começou com protestos populares após o suicídio de um
vendedor ambulante, dia 17 de dezembro de 2010, contra o regime autoritário do
presidente. O vendedor de rua Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo
como forma de protesto em Sidi Bouzid, centro de Túniss, dando início à revolta.
Bouazizi morreu em 4 de janeiro de 2010.
As manifestações foram duramente reprimidas e, no total, o conflito deixou 338
mortos.
A primavera árabe
• Cinco anos depois, o país é considerado um sobrevivente da Primavera Árabe,
uma vez que, apesar da violência e do assassinato de opositores, a Tunísia pode
se vangloriar de ter administrado uma transição à democracia após a derrocada
de Zine El Abidin Ben Ali.
Em muitos outros países da região que seguiram os passos da Primavera Árabe,
pelo contrário, a luta pela democracia e os direitos humanos não se desenvolveu
e foi reprimida.
• Posteriormente à queda de Ben Ali, seguiram o mesmo destino os regimes
de Hosni Mubarak, no Egito, e de Muammar al-Gaddafi, na Líbia, que estavam
no poder há 30 e 40 anos, respectivamente. O primeiro abdicou depois de uma
revolta que provocaria a morte de 850 pessoas e o segundo foi derrubado após
um levante em Benghazi, com a intervenção da Otan.
A primavera árabe
• Na Síria, o presidente Bashar al-Assad reprimiu duramente os protestos anti-
governamentais, gerando uma revolta que se transformaria em uma guerra civil
com um total de 260 mil mortos e milhões de deslocados.
• Este conflito interno, aproveitado pelos extremistas do grupo Estado
Islâmico (EI) para se infiltrarem na Síria, ilustra com crueldade as desilusões da
Primavera Árabe.
Esperanças desapareceram
“Seria possível que um país sem tradição democrática e com instituições
debilitadas se transformasse em uma democracia eficaz que melhorasse de forma
imediata as condições de vida de seus cidadãos? A resposta é manifestamente
negativa”
• No Egito, as esperanças desapareceram rapidamente quando o país voltou a ser
governado com mão de ferro pelo ex-general Abdel Fata al-Sisi, que executou
imediatamente um golpe de Estado contra Mohamed Mursi, primeiro presidente
egípcio eleito democraticamente. O governo de Mursi orquestrou uma repressão
implacável contra a Irmandade Muçulmana e outros grupos, deixando mais de
1.400 mortos.
• Na Líbia, dois governos disputavam o poder desde 2014 e este vazio foi
utilizado pelo EI para se instalar na zona.
• No Golfo, os conflitos entre facções religiosas persistem, especialmente no
Iêmen, onde milícias xiitas controlam a capital e enfrentam o governo apoiado
por uma coalizão árabe.
A exceção tunisiana
“Ao contrário de outros países, a Tunísia conseguiu que prevalecesse o consenso,
especialmente devido ao papel do Quarteto para o diálogo nacional, formado
pela Liga Tunisiana de Direitos Humanos (LTDH), o poderoso sindicato União
Geral do Trabalho (UGTT), a organização de empregadores Utica e a Ordem
Nacional de Advogados
Um novo recomeço
O fracasso da Primavera Árabe está ligado ao surgimento de organizações
extremistas como o grupo Estado Islâmico que, no ano passado, reivindicou três
ataques no país, entre eles o atentado contra o Museu Nacional do Bardo e os
disparos contra uma praia turística em Sousse, que afetou um setor essencial à
economia do país.
• Ante a esta situação, "os tunisianos devem se armar de paciência", afirmou
recentemente o Banco Central.
• "Acreditamos que 2017 será um novo começo para a realização das metas da
revolução", afirmou o presidente Béji Caïd Essebsi em sua mensagem de final de
ano.
Procuremos agora entender
caso a caso o que ocorreu
com os países da primavera
árabe...
Tunísia:
Em 17 de dezembro de 2010, a imolação de um jovem vendedor ambulante,
exasperado com a pobreza e a perseguição da polícia, desencadeou uma revolta
popular, que levou em 14 de janeiro de 2011 à queda do regime de Zine El
Abidine Ben Ali.
• Depois de um ano marcado por crises, a Tunísia aprovou uma nova Constituição
em 2014 e organizou eleições legislativas, vencidas pelo partido anti-islâmico
Nidaa Tunes, à frente dos islamistas do Ennahda, maioria até então.
• Em dezembro, Beji Caid Essebsi foi eleito presidente por sufrágio universal.
• Mas o processo de democratização é ainda frágil frente a ameaça jihadista no
país, atingido em 2015 por três grandes ataques reivindicados pelo grupo
extremista Estado Islâmico (EI).
Síria:
A Síria está devastada por quase cinco anos de conflito, que deixou mais de
250.000 mortos e levou ao êxodo milhões de pessoas.
• Um movimento de contestação iniciou em 15 de março de 2011, com protestos
pacíficos pedindo reformas. Mas, brutalmente reprimido, ele se transformou em
uma insurreição armada contra o regime, antes de degenerar em uma guerra, com
a entrada em ação, a partir de 2012, de armas pesadas, incluindo bombardeiros
do exército.
• Em 2013-2014, os grupos rebeldes foram ofuscados pelo surgimento de grupos
jihadistas como a Frente al-Nusra, ramo da Al-Qaeda, e posteriormente do EI,
que combatem o regime e os insurgentes.
• Uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos bombardeia o EI
desde setembro de 2014. E desde o final de setembro de 2015, a Rússia está
envolvida militarmente em apoio ao regime de Bashar al-Assad.
Egito:
Após 18 dias de revolta popular (quase 850 mortos), Hosni Mubarak deixou o
poder em fevereiro de 2011.
• Em junho de 2012, Mohamed Morsi, candidato da Irmandade Muçulmana, se
tornou o primeiro presidente democraticamente eleito a governar o país.
• Mas depois de um ano marcado pela crise e uma contestação política, Morsi foi
derrubado pelo exército liderado por Abdel Fattah al-Sissi.
• A Irmandade Muçulmana passou a ser alvo de uma repressão implacável. Mais
de 1.400 manifestantes pró-Morsi foram mortos, mais de 15.000 presos, e
centenas, como Morsi, condenados à morte.
• Em junho de 2014, Sissi, acusado de querer fechar o parêntese democrático, foi
proclamado vencedor da eleição presidencial.
• Além disso, o Parlamento recém-eleito (final de outubro e início de dezembro de
2015) passou a seu total controle.
Líbia:
Em 20 de outubro de 2011, Muammar Khaddafi foi morto em Sirte, 360 km a
leste de Trípoli. Ele enfrentou durante vários meses uma revolta, que se
transformou em um conflito armado e que levou à queda de Trípoli em agosto,
graças ao apoio decisivo de uma operação da Otan.
• O país, de estrutura tribal, foi dividido e está sob o controle de milícias rivais,
formadas principalmente por ex-rebeldes.
• Em agosto de 2014, Trípoli caiu nas mãos de milícias islâmicas, algumas das
quais instauraram uma autoridade rival à reconhecida pela comunidade
internacional, forçada a fugir para o leste, em Tobruk.
• Aproveitando-se da crise política e da insegurança, o EI criou raízes no país.
• E o caos da Líbia tem favorecido a passagem de milhares de migrantes que
tentam chegar às costas europeias.
Iêmen:
Em fevereiro de 2012, Ali Abdallah Saleh foi forçado a deixar o poder após um
ano de contestação, e seu vice-presidente, Abd Rabbo Mansour Hadi, o sucedeu.
• Em 2014, os rebeldes xiitas huthis lançaram uma ofensiva, que lhes permitiu
tomar grandes áreas, incluindo a capital Sanaa.
• Em março de 2015, a Arábia Saudita assumiu a liderança de uma coalizão sunita
para ajudar o poder a deter o avanço dos huthis.
• O conflito fez desde então cerca de 6.000 mortos.
• AAl-Qaida, já ativa no sul do país, expandiu a sua influência, enquanto o EI
aumentou seus ataques nos últimos meses.

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5 anos da Primavera Árabe: avanços, retrocessos e conflitos

  • 1. 5 anos de Primavera Árabe Prof. Igor Alves Geografia e Atualidades
  • 2. 5 anos de Primavera Árabe • 5 anos depois do maior levante popular dos países do Oriente Médio, como está a situação na região? • Faremos aqui em resgate histórico a fim de explicar as causas e as resultantes desse fenômeno.
  • 3. A herança colonialista • A herança colonialista na região foi e ainda é a grande culpada pela desestabilização completa do local • A herança colonialista desorganizou o mundo árabe, fragmentando-o em estados instáveis. • Inglaterra, França, Estados Unidos e Rússia foram e ainda são as nações mais influentes na região.
  • 4. O Mapa da Primavera Revolução Mudanças no governo Conflito armado Grandes protestos Pequenos protestos
  • 5. As resultantes do movimento • O que procuraremos fazer agora é um aparato de como o movimento revolucionário mudou as realidades na região • Marrocos, Saara Ocidental, Tunísia, Líbia, Argélia, Egito, Síria, Iêmen, Turquia e Jordânia
  • 6. A primavera árabe • Em 14 de janeiro de 2011, uma multidão protestava pelas ruas de Túnis, capital da Tunísia, contra o regime do presidente Zine El Abidine Ben Ali, o que levou à queda do primeiro líder de um país árabe por conta da pressão popular. Ninguém poderia antecipar que esse movimento seria o epicentro de um terremoto geopolítico que mudou o mundo árabe, a chamada Primavera Árabe. A revolta na Tunísia começou com protestos populares após o suicídio de um vendedor ambulante, dia 17 de dezembro de 2010, contra o regime autoritário do presidente. O vendedor de rua Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo como forma de protesto em Sidi Bouzid, centro de Túniss, dando início à revolta. Bouazizi morreu em 4 de janeiro de 2010. As manifestações foram duramente reprimidas e, no total, o conflito deixou 338 mortos.
  • 7. A primavera árabe • Cinco anos depois, o país é considerado um sobrevivente da Primavera Árabe, uma vez que, apesar da violência e do assassinato de opositores, a Tunísia pode se vangloriar de ter administrado uma transição à democracia após a derrocada de Zine El Abidin Ben Ali. Em muitos outros países da região que seguiram os passos da Primavera Árabe, pelo contrário, a luta pela democracia e os direitos humanos não se desenvolveu e foi reprimida. • Posteriormente à queda de Ben Ali, seguiram o mesmo destino os regimes de Hosni Mubarak, no Egito, e de Muammar al-Gaddafi, na Líbia, que estavam no poder há 30 e 40 anos, respectivamente. O primeiro abdicou depois de uma revolta que provocaria a morte de 850 pessoas e o segundo foi derrubado após um levante em Benghazi, com a intervenção da Otan.
  • 8. A primavera árabe • Na Síria, o presidente Bashar al-Assad reprimiu duramente os protestos anti- governamentais, gerando uma revolta que se transformaria em uma guerra civil com um total de 260 mil mortos e milhões de deslocados. • Este conflito interno, aproveitado pelos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) para se infiltrarem na Síria, ilustra com crueldade as desilusões da Primavera Árabe.
  • 9.
  • 10. Esperanças desapareceram “Seria possível que um país sem tradição democrática e com instituições debilitadas se transformasse em uma democracia eficaz que melhorasse de forma imediata as condições de vida de seus cidadãos? A resposta é manifestamente negativa” • No Egito, as esperanças desapareceram rapidamente quando o país voltou a ser governado com mão de ferro pelo ex-general Abdel Fata al-Sisi, que executou imediatamente um golpe de Estado contra Mohamed Mursi, primeiro presidente egípcio eleito democraticamente. O governo de Mursi orquestrou uma repressão implacável contra a Irmandade Muçulmana e outros grupos, deixando mais de 1.400 mortos. • Na Líbia, dois governos disputavam o poder desde 2014 e este vazio foi utilizado pelo EI para se instalar na zona. • No Golfo, os conflitos entre facções religiosas persistem, especialmente no Iêmen, onde milícias xiitas controlam a capital e enfrentam o governo apoiado por uma coalizão árabe.
  • 11. A exceção tunisiana “Ao contrário de outros países, a Tunísia conseguiu que prevalecesse o consenso, especialmente devido ao papel do Quarteto para o diálogo nacional, formado pela Liga Tunisiana de Direitos Humanos (LTDH), o poderoso sindicato União Geral do Trabalho (UGTT), a organização de empregadores Utica e a Ordem Nacional de Advogados
  • 12. Um novo recomeço O fracasso da Primavera Árabe está ligado ao surgimento de organizações extremistas como o grupo Estado Islâmico que, no ano passado, reivindicou três ataques no país, entre eles o atentado contra o Museu Nacional do Bardo e os disparos contra uma praia turística em Sousse, que afetou um setor essencial à economia do país. • Ante a esta situação, "os tunisianos devem se armar de paciência", afirmou recentemente o Banco Central. • "Acreditamos que 2017 será um novo começo para a realização das metas da revolução", afirmou o presidente Béji Caïd Essebsi em sua mensagem de final de ano.
  • 13. Procuremos agora entender caso a caso o que ocorreu com os países da primavera árabe...
  • 14. Tunísia: Em 17 de dezembro de 2010, a imolação de um jovem vendedor ambulante, exasperado com a pobreza e a perseguição da polícia, desencadeou uma revolta popular, que levou em 14 de janeiro de 2011 à queda do regime de Zine El Abidine Ben Ali. • Depois de um ano marcado por crises, a Tunísia aprovou uma nova Constituição em 2014 e organizou eleições legislativas, vencidas pelo partido anti-islâmico Nidaa Tunes, à frente dos islamistas do Ennahda, maioria até então. • Em dezembro, Beji Caid Essebsi foi eleito presidente por sufrágio universal. • Mas o processo de democratização é ainda frágil frente a ameaça jihadista no país, atingido em 2015 por três grandes ataques reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
  • 15. Síria: A Síria está devastada por quase cinco anos de conflito, que deixou mais de 250.000 mortos e levou ao êxodo milhões de pessoas. • Um movimento de contestação iniciou em 15 de março de 2011, com protestos pacíficos pedindo reformas. Mas, brutalmente reprimido, ele se transformou em uma insurreição armada contra o regime, antes de degenerar em uma guerra, com a entrada em ação, a partir de 2012, de armas pesadas, incluindo bombardeiros do exército. • Em 2013-2014, os grupos rebeldes foram ofuscados pelo surgimento de grupos jihadistas como a Frente al-Nusra, ramo da Al-Qaeda, e posteriormente do EI, que combatem o regime e os insurgentes. • Uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos bombardeia o EI desde setembro de 2014. E desde o final de setembro de 2015, a Rússia está envolvida militarmente em apoio ao regime de Bashar al-Assad.
  • 16. Egito: Após 18 dias de revolta popular (quase 850 mortos), Hosni Mubarak deixou o poder em fevereiro de 2011. • Em junho de 2012, Mohamed Morsi, candidato da Irmandade Muçulmana, se tornou o primeiro presidente democraticamente eleito a governar o país. • Mas depois de um ano marcado pela crise e uma contestação política, Morsi foi derrubado pelo exército liderado por Abdel Fattah al-Sissi. • A Irmandade Muçulmana passou a ser alvo de uma repressão implacável. Mais de 1.400 manifestantes pró-Morsi foram mortos, mais de 15.000 presos, e centenas, como Morsi, condenados à morte. • Em junho de 2014, Sissi, acusado de querer fechar o parêntese democrático, foi proclamado vencedor da eleição presidencial. • Além disso, o Parlamento recém-eleito (final de outubro e início de dezembro de 2015) passou a seu total controle.
  • 17. Líbia: Em 20 de outubro de 2011, Muammar Khaddafi foi morto em Sirte, 360 km a leste de Trípoli. Ele enfrentou durante vários meses uma revolta, que se transformou em um conflito armado e que levou à queda de Trípoli em agosto, graças ao apoio decisivo de uma operação da Otan. • O país, de estrutura tribal, foi dividido e está sob o controle de milícias rivais, formadas principalmente por ex-rebeldes. • Em agosto de 2014, Trípoli caiu nas mãos de milícias islâmicas, algumas das quais instauraram uma autoridade rival à reconhecida pela comunidade internacional, forçada a fugir para o leste, em Tobruk. • Aproveitando-se da crise política e da insegurança, o EI criou raízes no país. • E o caos da Líbia tem favorecido a passagem de milhares de migrantes que tentam chegar às costas europeias.
  • 18. Iêmen: Em fevereiro de 2012, Ali Abdallah Saleh foi forçado a deixar o poder após um ano de contestação, e seu vice-presidente, Abd Rabbo Mansour Hadi, o sucedeu. • Em 2014, os rebeldes xiitas huthis lançaram uma ofensiva, que lhes permitiu tomar grandes áreas, incluindo a capital Sanaa. • Em março de 2015, a Arábia Saudita assumiu a liderança de uma coalizão sunita para ajudar o poder a deter o avanço dos huthis. • O conflito fez desde então cerca de 6.000 mortos. • AAl-Qaida, já ativa no sul do país, expandiu a sua influência, enquanto o EI aumentou seus ataques nos últimos meses.