A Primavera Árabe foi uma onda de protestos e revoluções no Oriente Médio e norte da África entre 2010-2012, com populações se rebelando contra ditadores de longa data e exigindo democracia. Isso incluiu revoltas na Tunísia, Líbia, Egito e Síria, embora alguns países como Bahrein e Iêmen ainda enfrentem conflitos. Muitos líderes autoritários foram removidos, mas algumas nações mergulharam em guerras civis.
2. O termo
Entende-se por Primavera Árabe a
onda de protestos e revoluções
ocorridas no Oriente Médio e norte
do continente africano em que a
população foi às ruas para tirar
ditadores do poder, autocratas que
assumiram o controle de seus
países durante várias e várias
décadas.
3.
4. • os primeiros da Primavera Árabe
denominados por Revolução de Jasmin.
• Essa revolta ocorreu em virtude do
descontentamento da população com o
regime ditatorial, iniciou-se no final de 2010
e encerrou-se em 14 de Janeiro de 2011
com a queda de Ben Ali, após 24 anos no
poder.
• O estopim foi o episódio envolvendo o
jovem Mohamed Bouazizi, que vivia com
sua família através da venda de frutas e
que teve os seus produtos confiscados pela
polícia por se recusar a pagar propina.
Extremamente revoltado com essa
situação, Bouazizi ateou fogo em seu
próprio corpo, marcando um evento que
abalou a população de todo o país e que
fomentou a concretização da revolta
popular.
5.
6. • conhecida como Guerra Civil Líbia
ou Revolução Líbia;
• ocorreu sob a influência das
revoltas na Tunísia, tendo como
objetivo acabar com a ditadura de
Muammar Kadhafi.
• Em razão da repressão do regime
ditatorial, essa foi uma das
revoluções mais sangrentas da
Primavera Árabe.
• Outro marco desse episódio foi a
intervenção das forças militares da
OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte), comandadas,
principalmente, pela frente da
União Europeia.
7.
8.
9. • denominada por Dias de Fúria,
Revolução de Lótus e Revolução do
Nilo.
• Ela foi marcada pela luta da
população contra a longa ditadura
de Hosni Mubarak.
• Os protestos se iniciaram em 25 de
Janeiro de 2011 e se encerraram em
11 de Fevereiro do mesmo ano. Após
a onda de protestos, Mubarak
anunciou que não iria se candidatar
novamente a novas eleições e
dissolveu todas as frentes de
estruturação do poder.
• Em Junho de 2011, após a
realização das eleições, Mohammed
Morsi foi eleito presidente egípcio.
10.
11. • Em junho de 2012, Mohamed Mursi foi eleito presidente e
assumiu prometendo fortalecer a embrionária democracia
egípcia, no entanto, não foi o aconteceu.
• Ao longo dos últimos doze meses, o novo presidente baixou
vários decretos centralizando poderes no executivo, o que foi
interpretado pela população como medidas que poderiam
levá-lo a se tornar um novo ditador;
• com seu apoio foi promulgada a nova Constituição com
forte embasamento religioso, podendo levar a uma
islamização do país, que historicamente é laico e ainda é
acusado de governar atendendo aos interesses da
Irmandade Muçulmana.
• Todos esses fatores somados à grave crise econômica que o
país se encontra e que o presidente não teve competência
para contorná-la levaram os jovens a novos protestos na
Praça Tahrir, na capital Cairo.
12.
13.
14. • Em meio à crise política e social, ameaçando agir (dar um
golpe) para manter a ordem, os militares deram um ultimato
de 48 horas para que tudo fosse resolvido democrática e
politicamente, o que não aconteceu.
• No dia 03 de julho, os militares depuseram o presidente
Mohamed Mursi, suspenderam temporariamente a
Constituição e instalaram um governo provisório de
tecnocratas liderado pelo presidente da Corte
Constitucional, espécie de Supremo Tribunal Federal do Egito.
A embrionária democracia egípcia morreu com pouco mais
de um ano de idade.
• Nos dias que se seguiram ao golpe, os simpatizantes da
Irmandade Muçulmana passaram a protestar contra os
militares, que reagiram com truculência, culminando no
massacre de cerca de 600 pessoas no dia 14 de agosto de
2013.
• Os militares decretaram estado de emergência, prática que
era comum ao antigo ditador Hosnir Mubarak. O país vive um
quadro de guerra civil com muito derramamento de sangue.
15.
16.
17.
18. • A onda de protestos na Argélia
ainda está em curso e objetiva
derrubar o atual presidente
Abdelaziz Bouteflika, há 12 anos
no poder.
• Em virtude do aumento das
manifestações de insatisfação
diante de seu mandato,
Bouteflika organizou a realização
de novas eleições no país, mas
acabou vencendo em uma
eleição marcada pelo elevado
número de abstenções.
• Ainda existem protestos e,
inclusive, atentados terroristas que
demonstram a insatisfação dos
argelinos frente ao governo.
19. • Os protestos na Síria também estão em
curso e já são classificados como Guerra
Civil pela comunidade internacional. A
luta é pela deposição do ditador Bashar
al-Assad, cuja família encontra-se no
poder há 46 anos. Há a estimativa de
quase 20 mil mortos desde que o governo
ditatorial decidiu reprimir os rebeldes com
violência.
• Segundo a ONU, mais de 9 mil pessoas
foram mortas por forças de segurança e,
pelo menos, outras 14 mil foram presas.
• pressão por parte da ONU e da
comunidade internacional em promover a
deposição da ditadura e dar um fim à
guerra civil, entretanto,
• as tentativas de intervenção no conflito
vêm sendo frustradas pela Rússia, que tem
poder de veto no Conselho de Segurança
da ONU e muitos interesses na
manutenção do poder de Assad.
• Existem indícios de que o governo sírio
esteja utilizando armas químicas e
biológicas para combater a revolução no
país.
42. • Bahrein: Os protestos no Bahrein objetivam a derrubada do rei Hamad
bin Isa al-Khalifa, no poder há oito anos. Os protestos também se
iniciaram em 2011 sob a influência direta dos efeitos da Revolução de
Jasmim. O governo responde com violência aos rebeldes, que já
tentaram atacar, inclusive, o Grande Prêmio de Fórmula 1. Registros
indicam centenas de mortos durante combates com a polícia.
• Marrocos: A Primavera Árabe também ocorreu no Marrocos. Porém,
com o diferencial de que nesse país não há a exigência, ao menos por
enquanto, do fim do poder do Rei Mohammed VI, mas sim da
diminuição de seus poderes e atribuições. O rei marroquino, mediante os
protestos, chegou a atender partes das exigências, diminuindo parte de
seu poderio e, inclusive, nomeando eleições para Primeiro-Ministro.
Entretanto, os seus poderes continuam amplos e a insatisfação no país
ainda é grande.
• Iêmen: Os protestos e conflitos no Iêmen estiveram em torno da busca
pelo fim da ditadura de Ali Abdullah Saleh, que durou 33 anos. O fim da
ditatura foi anunciado em Novembro de 2011, em processo marcado
para ocorrer de forma transitória e pacífica, através de eleições diretas.
Apesar do anúncio de uma transição pacífica, houve conflitos e
repressão por parte do governo. Foram registrados também alguns
acordos realizados pelos rebeldes com a organização terrorista Al-
Qaeda durante alguns momentos da revolução iemenita.
43. • Jordânia: A Jordânia foi um dos últimos países, até o
momento, a sofrer as influências da Primavera Árabe.
Revoltas e protestos vêm ocorrendo desde a segunda
metade de 2012, com o objetivo de derrubar o governo do
Rei Abdullah II, que, com receio da intensificação da
Primavera Árabe em seu país, anunciou no início de 2013 a
realização de novas eleições. Entretanto, o partido mais
popular do país, a Irmandade Muçulmana, decidiu pelo
boicote desse processo eleitoral diante das frequentes
denúncias e casos comprovados de fraudes e compras de
votos.
• Omã: Assim como no Marrocos, em Omã não há a exigência
do fim do regime monárquico do sultão Qaboos bin Said que
impera sobre o país, mas sim a luta por melhores condições
de vida, reforma política e aumento de salários. Em virtude do
temor do alastramento da Primavera Árabe, o sultão definiu a
realização das primeiras eleições municipais em 2012.O sultão
vem controlando a situação de revolta da população do
país através de benesses e favores à população. Apesar
disso, vários protestos e greves gerais já foram registradas
desde 2011.