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UNI. 6 – CAP. 2
TENSÕES E CONFLITOS
PROF. KELVIN SOUSA
P. 244
COLONIZAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
• O processo de colonização começou no século XIV, com a ação dos portugueses nas Ilhas
Canárias, que hoje fazem parte do território espanhol. No século XVI, Portugal expandiu
suas colônias em direção ao continente, especificamente no litoral, e o Império Turco-
otomano ocupou o norte da África. Nesse século, também começou o tráfico negreiro
para o Brasil e para outras colônias europeias.
• Posteriormente, Espanha, França, Reino Unido, Países Baixos e Bélgica criaram
colônias nas áreas litorâneas da África.
COLONIZAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
• Com a Segunda Revolução Industrial e a demanda por matérias-primas e
combustíveis fósseis, a colonização se intensificou e ganhou novas características.
• Esse processo ficou conhecido como imperialismo, com destaque para as maiores
potências europeias na época: Reino Unido e França, o que gerou uma série de disputas
entre as potências coloniais europeias.
• Potências emergentes, como Alemanha e Itália, contestavam a supremacia
britânica e francesa.
COLONIZAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
• Para tentar dar fim às contestações e criar regras para a colonização da África, as potências
mundiais se reuniram, em 1884, na Conferência de Berlim.
• Nesse encontro, foi realizada a partilha da África entre países europeus. Apenas Libéria
e Etiópia permaneceram independentes.
• Com exceção do Egito, que se tornou independente em 1922, depois da Primeira
Guerra Mundial, todas as outras colônias só conseguiram independência após o fim
da Segunda Guerra Mundial (1945). Esta grande guerra marcou o fim da supremacia de
Reino Unido e França, bem como o início da Guerra Fria.
COLONIZAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO
• Muitos dos conflitos internos do continente estão ligados ao processo de colonização e à
partilha da África, que criou divisões políticas que desconsideraram as divisões étnicas.
• Assim, alguns grupos étnicos foram separados em diferentes países e, na maior parte dos
casos, grupos com rivalidades históricas passaram a integrar um mesmo território.
Resultando em uma série de guerras civis, massacres e conflitos violentos.
• Além da dependência econômica de muitos países africanos.
ETNIAS, RELIGIÕES E CULTURAS
• O continente é composto de mais de 2 000 etnias, muitas delas vivendo em um mesmo país. Em
muitos dos casos, etnias diferentes em um mesmo país geram conflitos, como é o caso de
árabes e etnias negras no Sudão, ou entre tutsis e hutus, ambas etnias negras, em Ruanda.
• Alguns dos grupos étnicos mais numerosos no continente são: árabes, árabes-egípcios e
berberes (no Norte da África); hauçás, iorubás, igbos, fulas e ijaws (predominantemente na
África Ocidental); oromos (na África Oriental e Ocidental); somalis, amhara (Chifre Africano);
xonas (África Central); e zulus (África Austral).
ETNIAS, RELIGIÕES E CULTURAS
• Há grande diversidade religiosa no continente africano. Apesar disso, mais de 85% da
população da África é cristã ou islâmica (há certo equilíbrio entre o número de praticantes
das duas religiões).
• A maior parte dos outros 15% pratica religiões tradicionais (tribais) africanas ou
outras, como o zoroastrismo, o druidismo e o rastafári.
• É comum também o sincretismo religioso, ou seja, crenças e práticas que aliam duas ou
mais religiões, como o cristianismo e as religiões tradicionais.
ETNIAS, RELIGIÕES E CULTURAS
• Nos países em que quase toda a população pratica a mesma religião, pode haver
perseguições a grupos religiosos minoritários.
• Nesses locais, também pode haver disputas de grupos religiosos por poder, como é o
caso do Boko Haram, na Nigéria, e do Estado Islâmico da Afaria, na Etiópia.
IDIOMA
• A maioria dos países africanos tem como idioma oficial a língua de seus antigos colonizadores,
além de outras línguas nativas.
• Nigéria, África do Sul, Gana, Quênia, Tanzânia e Uganda são alguns dos países que têm o
inglês como idioma oficial (foram colonizados por britânicos). Em Camarões, Senegal,
Costa do Marfim (colônias francesas) e República Democrática do Congo (colônia
belga), assim como em vários outros, o francês é língua oficial. Moçambique, Angola, Cabo
Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe falam português. Na Namíbia, a língua
oficial é o alemão; na Guiné Equatorial, o espanhol.
IDIOMA
• Outra língua de grande destaque é o árabe, idioma oficial de 12 países africanos (todos da
África do Norte).
• Já amárica (Etiópia) e tigrínia (Eritreia) são consideradas línguas de trabalho ou
nacionais, mas não são oficiais.
• A África do Sul conta com 11 idiomas oficiais, entre eles o inglês e o africâner (com
origem no holandês) e as línguas locais, como o zulu e o xhosa (as línguas mais faladas em
casa pelos sul-africanos).
INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO DO SUL
• O Sudão era o maior país africano, mas a sua porção sul se tornou independente em 2011. Assim,
o Sudão do Sul foi criado por um referendo (consulta popular) e é um dos países mais recentes
do mundo.
• O Sudão passou por duas guerras civis (1955-1972 e 1983-2005), ambas entre a porção norte do
território – de maioria árabe e islâmica – e o sul (atual Sudão do Sul) – de maioria negra e de
religiões cristã e tribais.
INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO DO SUL
• A Segunda Guerra Civil Sudanesa começou quando o governo do país tentou impor a
sharia (leis do país submetidas às leis islâmicas) em todo o território. A população do sul se
revoltou e iniciou um dos mais sangrentos conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. Esse
conflito terminou com o Tratado de Naivasha, que previa o referendo criador do Sudão do Sul.
• Desde 2013 (com um período de cessar-fogo entre 2015 a 2016), o Sudão do Sul vive uma
violenta guerra civil. Ela é motivada pela disputa de poder entre grupos políticos e
milícias de diferentes etnias (etnia dinka, do presidente, contra a etnia nuer, do seu ex-vice-
presidente). Tal conflito tem desestruturado a economia sul-sudanesa e gerado uma gravíssima
crise humanitária no país, intensificando as mazelas dos conflitos com o Sudão.
DARFUR
• Local: Sudão.
• Em 2003, grupos armados de maioria não árabe e não muçulmana atacaram postos do governo
sudanês. Esses grupos alegaram que o ataque era um protesto pelo descaso histórico do governo
central com a região. Desde então, o governo é acusado de apoiar e armar grupos árabes
e muçulmanos da região, chamados de janjawid, que perseguem grupos não árabes e
não muçulmanos.
PRIMAVERA ÁRABE
• Em 2010, uma série de manifestações causaram mudanças políticas em vários países
árabes. Alguns governantes (Ditadores) que estavam há décadas no poder foram
derrubados pela pressão popular, assim como houve muitas alterações nos regimes políticos
de vários países, entre eles, países da África do Norte. Esse conjunto de manifestações populares
e reformas ficou conhecido como Primavera Árabe.
PRIMAVERA ÁRABE
• A Primavera Árabe começou na Tunísia e se espalhou por vários outros países. Grande
parte dos manifestantes era jovem, e o principal canal de comunicação utilizado foram as
redes sociais.
• Os jovens reivindicavam maior liberdade e a instauração de regimes democráticos,
contrapondo-se ao autoritarismo, à truculência militar e à falta de liberdade de
expressão – características dos países em que houve manifestações.
TUNÍSIA
• A Tunísia foi o berço da Primavera Árabe, em dezembro de 2010, quando o nome do
movimento ainda era Revolução de Jasmin. À época, um vendedor ambulante, descontente
com o descaso do governo, ateou fogo ao próprio corpo. A morte dele gerou revolta na
população e escancarou os problemas da Tunísia, dando início aos protestos.
• Nos dias seguintes, manifestantes foram às ruas pedindo a deposição do presidente Zine
El Abidine Ben Ali, que já estava no poder há 23 anos. Em janeiro de 2011, o presidente
renunciou, o que gerou uma série de reformas políticas, com a convocação de eleições e a
formação de uma assembleia constituinte.
• Em 2014 um novo governo foi eleito e transformou a Tunísia em um Estado laico e
democrático. Além disso, o ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali foi condenado à prisão
perpétua pela morte de manifestantes na Revolução de Jasmin, em 2011.
EGITO
• No Egito, Hosni Mubarak mantinha-se no poder, há 29 anos, de forma autoritária. No
entanto, com o sucesso das manifestações da Tunísia, os egípcios foram às ruas exigir sua
deposição.
• Em 2011, o ditador renunciou, e o exército passou a governar provisoriamente o
Egito. Em 2012, Mohamed Morsi, vinculado ao grupo radical Irmandade Muçulmana,
venceu as eleições e modificou a constituição, que passou a ser fortemente baseada
no islamismo. Apesar de maioria islâmica, o Egito sempre foi um Estado laico e as
modificações impostas pelo novo presidente desagradaram a população, que voltou às ruas
em 2013.
EGITO
• Ainda em 2013, o exército seguiu o clamor popular e derrubou Morsi, possibilitando a
implantação de uma nova constituição desvinculada ao islamismo. Em 2014, as novas
eleições foram vencidas por Abdel Fatah el-Sisi, ex-Comandante Supremo das Forças
Armadas do Egito e um dos participantes do golpe de 2013.
• Em 2011, Mubarak foi condenado por corrupção e, em 2012, sentenciado à prisão
perpétua, mas foi solto no começo de 2017. Em 2015, Morsi foi condenado a 20 anos
pela tortura de manifestantes durante seu governo.
LÍBIA
• As manifestações, que começaram em fevereiro de 2011, exigiam a deposição de Muammar al-
Gaddafi, no poder desde 1969. Naquele mesmo mês, as forças de oposição ao ditador – que
continuava no poder – criaram o Conselho Nacional de Transição, que passou a ser reconhecido
como o governo oficial da Líbia por vários países.
• Gaddafi, que ainda liderava o exército, mandou os militares atacarem Bengazi, sede do novo
governo. Houve, então, intervenção de tropas da ONU e da OTAN (americanas e francesas).
Gaddafi foi morto por tropas líbias oposicionistas em 2011.
ARGÉLIA
• Na Argélia, a onda de protestos, que durou de 2011 a 2012, não derrubou o governo de Abdelaziz
Bouteflika, no poder desde 1999 (20 anos no poder |27/04/2019 - renuncia ao cargo de
Presidente da Argélia em meio a uma crise política, social e econômica que assola o
país) , mas acabou com o estado de emergência, que vigorava no país desde 1992. Agora,
algumas manifestações deixaram de ser ilegais, mas a liberdade de expressão ainda é muito
limitada.
Conflitos e terrorismo na África do Norte
e norte do Mali
• Outro conflito na região da África do Norte é a Insurgência Islâmica no Magrebe.
• Com origem na Argélia, em 2002, esse movimento tem se espalhado por outros países da
região, como Marrocos e Mauritânia.
• Trata-se de um conjunto de ações de grupos terroristas que tentam aumentar seu poder
e se opor aos governos nacionais.
• O principal grupo é a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQUIM).
MALI
• Desde 1962, os tuaregues – povo nômade – tentam formar um Estado independente do
Mali. Eles se concentram no norte do Mali, na região chamada Azauade, enquanto, no sul,
predominam etnias negras (os bambara são a maioria).
• Em 2012, os tuaregues, com apoio do grupo fundamentalista islâmico Ansar Dine, iniciaram uma
ofensiva armada contra o governo do Mali. Depois de conquistarem as três maiores cidades da
região e expulsarem o exército malinês, eles fundaram o Estado Independente do Azauade (não
reconhecido por grande parte da comunidade internacional).
• Em 2013, os grupos tuaregues e o governo do Mali assinaram um cessar-fogo.
• O país também tem passado por instabilidade política (o presidente chegou a ser deposto
pelos militares) e econômica, o que tem dificultado uma resolução para a questão.
SAARA OCIDENTAL
• O Saara Ocidental é um território na parte ocidental da África do Norte, colonizado pela
Espanha, que o abandonou em 1975. Desde então, aconteceram vários conflitos. Primeiro, a
Mauritânia conquistou o sul do Saara Ocidental e o Marrocos anexou o restante da área.
• Em 1976, a Frente Polisário, passou a reivindicar a independência do Saara Ocidental, fundando a
República Árabe Saarauí (RSAD). Iniciou-se, então, um conflito com o Marrocos, que alega que o
Saara Ocidental faz parte de seu território, enquanto o governo em exílio (quando os governantes não
vivem no país que supostamente governam) saarauí da RSAD busca reconhecimento internacional.
• Em 1991, houve um cessar-fogo entre Marrocos e RSAD e, desde então, planeja-se um plebiscito. No
entanto, os dois não chegam a um acordo de quem deveria participar da consulta popular.
Atualmente, a ONU considera o Saara Ocidental um território não autônomo.
• Assim como o EI (Estado Islâmico), também são um grupo radical, surge em 2002
na Nigéria. O grupo opõe-se a forma de viver não muçulmana, perseguindo os
ocidentais;
• Foi responsável pelo sequestro de 200 estudantes em 2014, por defenderem a não
escolarização das mulheres.
• Tenta implementar um califado, assim como o EI.
• Califado (governo islâmico que segue o alcorão e prega o fim das fronteiras nos
países).
BOKO HARAM
APARTHEID (Separação)
• Apesar de o apartheid ser um regime de segregação já superado, ele ainda produz consequências
na África do Sul. O regime, imposto pelo governo, funcionou oficialmente de 1948 a
1994. Apartheid significa separação e era justamente isso que o regime promovia: separação
da população negra (maioria da população, mas com menos poder econômico e
político) e de brancos (minoria, mas com o controle político e econômico do país).
• As pessoas deviam andar com identificação que atestava sua raça. Os negros eram proibidos
de frequentar locais destinados a brancos, como hospitais, escolas, praças, praias etc. Para os
negros, cidadãos considerados de segunda classe nesse regime, eram reservados locais mais
precários (escolas, hospitais etc.) ou, simplesmente, lhes eram negada qualquer assistência.
Brancos e negros não podiam se casar.
APARTHEID (Separação)
• Por sua política racista e segregacionista, o regime do apartheid foi amplamente combatido pela
comunidade internacional e por lideranças sul-africanas, como Nelson Mandela e o Bispo
Desmond Tutu. Por meio de resistência pacífica, sabotagem e manifestações populares, a maioria
negra tentava denunciar os problemas do apartheid, que submetia os negros a uma condição de
humilhação e pobreza.
• Devido às pressões internacionais (a África do Sul sofreu um boicote econômico chefiado pela
ONU) e à pressão interna, o regime do apartheid foi oficialmente abolido pelo governo sul-
africano em 1989. Mandela foi solto (ficou 26 anos preso) e venceu as eleições, sendo o primeiro
presidente negro da África do Sul.
GUERRA CIVIL DA REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA
• Os conflitos na República Centro-Africana, que duram até hoje, são complexos por reunir aspectos
religiosos, étnicos, políticos, econômicos, além de influência externa.
• A guerra civil começou em 2004, com um cessar-fogo em 2007. No entanto, o conflito voltou em 2012,
quando um novo grupo rebelde foi organizado: a coalizão Séléka. Esse grupo, formado por
muçulmanos, voltou a exigir a deposição do presidente Bozizé, tendo sido uma das razões a
substituição do primeiro-ministro, efetuada por Bozizé.
• Bozizé fugiu do país, e Michel Djotodia, um dos líderes da milícia muçulmana Séléka, se declarou
presidente.
• Mesmo com a saída de Djotodia do poder, os conflitos não cessaram. A França liderou uma missão de
paz de 2013 a 2016, e a ONU, presente no país desde 2014, tem alertado sobre um possível genocídio
na República Centro-Africana.
CONFLITOS NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA
DO CONGO
• A República Democrática do Congo foi palco da maior guerra no continente, considerada uma das
mais sangrentas desde a Segunda Guerra Mundial: a Grande Guerra da África ou Segunda Guerra
do Congo, que durou oficialmente de 1998 a 2003, mas apresenta consequências até a
atualidade. Essa guerra é um desdobramento da Primeira Guerra do Congo e da Guerra de
Ruanda.
• Os conflitos armados duraram oficialmente até 2003, quando os países assinaram um acordo para
a retirada das tropas estrangeiras. No entanto, grande parte das milícias não se retirou do país e
continua agindo até hoje, gerando enorme violência por praticamente todo o território.
GUERRA CIVIL DA SOMÁLIA
• A Guerra Civil da Somália acontece desde 1991, depois da deposição do ditador Mohamed Siad
Barre (pró-EUA) por grupos rebeldes. Houve, então, uma tentativa de contrarrevolução, e o país
vem passando por uma profunda crise política e uma gravíssima crise humanitária. Em 1993, a
ONU interveio no país, ajudando a formar um governo de coalização e realizando ajuda
humanitária. A intervenção, que durou até 1995, foi interpretada como uma tentativa americana
de acessar as reservas de petróleo somalianas.
SE CUIDEM.
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  • 1. UNI. 6 – CAP. 2 TENSÕES E CONFLITOS PROF. KELVIN SOUSA P. 244
  • 2. COLONIZAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO • O processo de colonização começou no século XIV, com a ação dos portugueses nas Ilhas Canárias, que hoje fazem parte do território espanhol. No século XVI, Portugal expandiu suas colônias em direção ao continente, especificamente no litoral, e o Império Turco- otomano ocupou o norte da África. Nesse século, também começou o tráfico negreiro para o Brasil e para outras colônias europeias. • Posteriormente, Espanha, França, Reino Unido, Países Baixos e Bélgica criaram colônias nas áreas litorâneas da África.
  • 3. COLONIZAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO • Com a Segunda Revolução Industrial e a demanda por matérias-primas e combustíveis fósseis, a colonização se intensificou e ganhou novas características. • Esse processo ficou conhecido como imperialismo, com destaque para as maiores potências europeias na época: Reino Unido e França, o que gerou uma série de disputas entre as potências coloniais europeias. • Potências emergentes, como Alemanha e Itália, contestavam a supremacia britânica e francesa.
  • 4. COLONIZAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO • Para tentar dar fim às contestações e criar regras para a colonização da África, as potências mundiais se reuniram, em 1884, na Conferência de Berlim. • Nesse encontro, foi realizada a partilha da África entre países europeus. Apenas Libéria e Etiópia permaneceram independentes. • Com exceção do Egito, que se tornou independente em 1922, depois da Primeira Guerra Mundial, todas as outras colônias só conseguiram independência após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945). Esta grande guerra marcou o fim da supremacia de Reino Unido e França, bem como o início da Guerra Fria.
  • 5. COLONIZAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO • Muitos dos conflitos internos do continente estão ligados ao processo de colonização e à partilha da África, que criou divisões políticas que desconsideraram as divisões étnicas. • Assim, alguns grupos étnicos foram separados em diferentes países e, na maior parte dos casos, grupos com rivalidades históricas passaram a integrar um mesmo território. Resultando em uma série de guerras civis, massacres e conflitos violentos. • Além da dependência econômica de muitos países africanos.
  • 6. ETNIAS, RELIGIÕES E CULTURAS • O continente é composto de mais de 2 000 etnias, muitas delas vivendo em um mesmo país. Em muitos dos casos, etnias diferentes em um mesmo país geram conflitos, como é o caso de árabes e etnias negras no Sudão, ou entre tutsis e hutus, ambas etnias negras, em Ruanda. • Alguns dos grupos étnicos mais numerosos no continente são: árabes, árabes-egípcios e berberes (no Norte da África); hauçás, iorubás, igbos, fulas e ijaws (predominantemente na África Ocidental); oromos (na África Oriental e Ocidental); somalis, amhara (Chifre Africano); xonas (África Central); e zulus (África Austral).
  • 7. ETNIAS, RELIGIÕES E CULTURAS • Há grande diversidade religiosa no continente africano. Apesar disso, mais de 85% da população da África é cristã ou islâmica (há certo equilíbrio entre o número de praticantes das duas religiões). • A maior parte dos outros 15% pratica religiões tradicionais (tribais) africanas ou outras, como o zoroastrismo, o druidismo e o rastafári. • É comum também o sincretismo religioso, ou seja, crenças e práticas que aliam duas ou mais religiões, como o cristianismo e as religiões tradicionais.
  • 8. ETNIAS, RELIGIÕES E CULTURAS • Nos países em que quase toda a população pratica a mesma religião, pode haver perseguições a grupos religiosos minoritários. • Nesses locais, também pode haver disputas de grupos religiosos por poder, como é o caso do Boko Haram, na Nigéria, e do Estado Islâmico da Afaria, na Etiópia.
  • 9. IDIOMA • A maioria dos países africanos tem como idioma oficial a língua de seus antigos colonizadores, além de outras línguas nativas. • Nigéria, África do Sul, Gana, Quênia, Tanzânia e Uganda são alguns dos países que têm o inglês como idioma oficial (foram colonizados por britânicos). Em Camarões, Senegal, Costa do Marfim (colônias francesas) e República Democrática do Congo (colônia belga), assim como em vários outros, o francês é língua oficial. Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe falam português. Na Namíbia, a língua oficial é o alemão; na Guiné Equatorial, o espanhol.
  • 10. IDIOMA • Outra língua de grande destaque é o árabe, idioma oficial de 12 países africanos (todos da África do Norte). • Já amárica (Etiópia) e tigrínia (Eritreia) são consideradas línguas de trabalho ou nacionais, mas não são oficiais. • A África do Sul conta com 11 idiomas oficiais, entre eles o inglês e o africâner (com origem no holandês) e as línguas locais, como o zulu e o xhosa (as línguas mais faladas em casa pelos sul-africanos).
  • 11. INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO DO SUL • O Sudão era o maior país africano, mas a sua porção sul se tornou independente em 2011. Assim, o Sudão do Sul foi criado por um referendo (consulta popular) e é um dos países mais recentes do mundo. • O Sudão passou por duas guerras civis (1955-1972 e 1983-2005), ambas entre a porção norte do território – de maioria árabe e islâmica – e o sul (atual Sudão do Sul) – de maioria negra e de religiões cristã e tribais.
  • 12. INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO DO SUL • A Segunda Guerra Civil Sudanesa começou quando o governo do país tentou impor a sharia (leis do país submetidas às leis islâmicas) em todo o território. A população do sul se revoltou e iniciou um dos mais sangrentos conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. Esse conflito terminou com o Tratado de Naivasha, que previa o referendo criador do Sudão do Sul. • Desde 2013 (com um período de cessar-fogo entre 2015 a 2016), o Sudão do Sul vive uma violenta guerra civil. Ela é motivada pela disputa de poder entre grupos políticos e milícias de diferentes etnias (etnia dinka, do presidente, contra a etnia nuer, do seu ex-vice- presidente). Tal conflito tem desestruturado a economia sul-sudanesa e gerado uma gravíssima crise humanitária no país, intensificando as mazelas dos conflitos com o Sudão.
  • 13. DARFUR • Local: Sudão. • Em 2003, grupos armados de maioria não árabe e não muçulmana atacaram postos do governo sudanês. Esses grupos alegaram que o ataque era um protesto pelo descaso histórico do governo central com a região. Desde então, o governo é acusado de apoiar e armar grupos árabes e muçulmanos da região, chamados de janjawid, que perseguem grupos não árabes e não muçulmanos.
  • 14. PRIMAVERA ÁRABE • Em 2010, uma série de manifestações causaram mudanças políticas em vários países árabes. Alguns governantes (Ditadores) que estavam há décadas no poder foram derrubados pela pressão popular, assim como houve muitas alterações nos regimes políticos de vários países, entre eles, países da África do Norte. Esse conjunto de manifestações populares e reformas ficou conhecido como Primavera Árabe.
  • 15. PRIMAVERA ÁRABE • A Primavera Árabe começou na Tunísia e se espalhou por vários outros países. Grande parte dos manifestantes era jovem, e o principal canal de comunicação utilizado foram as redes sociais. • Os jovens reivindicavam maior liberdade e a instauração de regimes democráticos, contrapondo-se ao autoritarismo, à truculência militar e à falta de liberdade de expressão – características dos países em que houve manifestações.
  • 16. TUNÍSIA • A Tunísia foi o berço da Primavera Árabe, em dezembro de 2010, quando o nome do movimento ainda era Revolução de Jasmin. À época, um vendedor ambulante, descontente com o descaso do governo, ateou fogo ao próprio corpo. A morte dele gerou revolta na população e escancarou os problemas da Tunísia, dando início aos protestos. • Nos dias seguintes, manifestantes foram às ruas pedindo a deposição do presidente Zine El Abidine Ben Ali, que já estava no poder há 23 anos. Em janeiro de 2011, o presidente renunciou, o que gerou uma série de reformas políticas, com a convocação de eleições e a formação de uma assembleia constituinte. • Em 2014 um novo governo foi eleito e transformou a Tunísia em um Estado laico e democrático. Além disso, o ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali foi condenado à prisão perpétua pela morte de manifestantes na Revolução de Jasmin, em 2011.
  • 17. EGITO • No Egito, Hosni Mubarak mantinha-se no poder, há 29 anos, de forma autoritária. No entanto, com o sucesso das manifestações da Tunísia, os egípcios foram às ruas exigir sua deposição. • Em 2011, o ditador renunciou, e o exército passou a governar provisoriamente o Egito. Em 2012, Mohamed Morsi, vinculado ao grupo radical Irmandade Muçulmana, venceu as eleições e modificou a constituição, que passou a ser fortemente baseada no islamismo. Apesar de maioria islâmica, o Egito sempre foi um Estado laico e as modificações impostas pelo novo presidente desagradaram a população, que voltou às ruas em 2013.
  • 18. EGITO • Ainda em 2013, o exército seguiu o clamor popular e derrubou Morsi, possibilitando a implantação de uma nova constituição desvinculada ao islamismo. Em 2014, as novas eleições foram vencidas por Abdel Fatah el-Sisi, ex-Comandante Supremo das Forças Armadas do Egito e um dos participantes do golpe de 2013. • Em 2011, Mubarak foi condenado por corrupção e, em 2012, sentenciado à prisão perpétua, mas foi solto no começo de 2017. Em 2015, Morsi foi condenado a 20 anos pela tortura de manifestantes durante seu governo.
  • 19. LÍBIA • As manifestações, que começaram em fevereiro de 2011, exigiam a deposição de Muammar al- Gaddafi, no poder desde 1969. Naquele mesmo mês, as forças de oposição ao ditador – que continuava no poder – criaram o Conselho Nacional de Transição, que passou a ser reconhecido como o governo oficial da Líbia por vários países. • Gaddafi, que ainda liderava o exército, mandou os militares atacarem Bengazi, sede do novo governo. Houve, então, intervenção de tropas da ONU e da OTAN (americanas e francesas). Gaddafi foi morto por tropas líbias oposicionistas em 2011.
  • 20. ARGÉLIA • Na Argélia, a onda de protestos, que durou de 2011 a 2012, não derrubou o governo de Abdelaziz Bouteflika, no poder desde 1999 (20 anos no poder |27/04/2019 - renuncia ao cargo de Presidente da Argélia em meio a uma crise política, social e econômica que assola o país) , mas acabou com o estado de emergência, que vigorava no país desde 1992. Agora, algumas manifestações deixaram de ser ilegais, mas a liberdade de expressão ainda é muito limitada.
  • 21. Conflitos e terrorismo na África do Norte e norte do Mali • Outro conflito na região da África do Norte é a Insurgência Islâmica no Magrebe. • Com origem na Argélia, em 2002, esse movimento tem se espalhado por outros países da região, como Marrocos e Mauritânia. • Trata-se de um conjunto de ações de grupos terroristas que tentam aumentar seu poder e se opor aos governos nacionais. • O principal grupo é a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQUIM).
  • 22. MALI • Desde 1962, os tuaregues – povo nômade – tentam formar um Estado independente do Mali. Eles se concentram no norte do Mali, na região chamada Azauade, enquanto, no sul, predominam etnias negras (os bambara são a maioria). • Em 2012, os tuaregues, com apoio do grupo fundamentalista islâmico Ansar Dine, iniciaram uma ofensiva armada contra o governo do Mali. Depois de conquistarem as três maiores cidades da região e expulsarem o exército malinês, eles fundaram o Estado Independente do Azauade (não reconhecido por grande parte da comunidade internacional). • Em 2013, os grupos tuaregues e o governo do Mali assinaram um cessar-fogo. • O país também tem passado por instabilidade política (o presidente chegou a ser deposto pelos militares) e econômica, o que tem dificultado uma resolução para a questão.
  • 23. SAARA OCIDENTAL • O Saara Ocidental é um território na parte ocidental da África do Norte, colonizado pela Espanha, que o abandonou em 1975. Desde então, aconteceram vários conflitos. Primeiro, a Mauritânia conquistou o sul do Saara Ocidental e o Marrocos anexou o restante da área. • Em 1976, a Frente Polisário, passou a reivindicar a independência do Saara Ocidental, fundando a República Árabe Saarauí (RSAD). Iniciou-se, então, um conflito com o Marrocos, que alega que o Saara Ocidental faz parte de seu território, enquanto o governo em exílio (quando os governantes não vivem no país que supostamente governam) saarauí da RSAD busca reconhecimento internacional. • Em 1991, houve um cessar-fogo entre Marrocos e RSAD e, desde então, planeja-se um plebiscito. No entanto, os dois não chegam a um acordo de quem deveria participar da consulta popular. Atualmente, a ONU considera o Saara Ocidental um território não autônomo.
  • 24. • Assim como o EI (Estado Islâmico), também são um grupo radical, surge em 2002 na Nigéria. O grupo opõe-se a forma de viver não muçulmana, perseguindo os ocidentais; • Foi responsável pelo sequestro de 200 estudantes em 2014, por defenderem a não escolarização das mulheres. • Tenta implementar um califado, assim como o EI. • Califado (governo islâmico que segue o alcorão e prega o fim das fronteiras nos países). BOKO HARAM
  • 25.
  • 26. APARTHEID (Separação) • Apesar de o apartheid ser um regime de segregação já superado, ele ainda produz consequências na África do Sul. O regime, imposto pelo governo, funcionou oficialmente de 1948 a 1994. Apartheid significa separação e era justamente isso que o regime promovia: separação da população negra (maioria da população, mas com menos poder econômico e político) e de brancos (minoria, mas com o controle político e econômico do país). • As pessoas deviam andar com identificação que atestava sua raça. Os negros eram proibidos de frequentar locais destinados a brancos, como hospitais, escolas, praças, praias etc. Para os negros, cidadãos considerados de segunda classe nesse regime, eram reservados locais mais precários (escolas, hospitais etc.) ou, simplesmente, lhes eram negada qualquer assistência. Brancos e negros não podiam se casar.
  • 27. APARTHEID (Separação) • Por sua política racista e segregacionista, o regime do apartheid foi amplamente combatido pela comunidade internacional e por lideranças sul-africanas, como Nelson Mandela e o Bispo Desmond Tutu. Por meio de resistência pacífica, sabotagem e manifestações populares, a maioria negra tentava denunciar os problemas do apartheid, que submetia os negros a uma condição de humilhação e pobreza. • Devido às pressões internacionais (a África do Sul sofreu um boicote econômico chefiado pela ONU) e à pressão interna, o regime do apartheid foi oficialmente abolido pelo governo sul- africano em 1989. Mandela foi solto (ficou 26 anos preso) e venceu as eleições, sendo o primeiro presidente negro da África do Sul.
  • 28. GUERRA CIVIL DA REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA • Os conflitos na República Centro-Africana, que duram até hoje, são complexos por reunir aspectos religiosos, étnicos, políticos, econômicos, além de influência externa. • A guerra civil começou em 2004, com um cessar-fogo em 2007. No entanto, o conflito voltou em 2012, quando um novo grupo rebelde foi organizado: a coalizão Séléka. Esse grupo, formado por muçulmanos, voltou a exigir a deposição do presidente Bozizé, tendo sido uma das razões a substituição do primeiro-ministro, efetuada por Bozizé. • Bozizé fugiu do país, e Michel Djotodia, um dos líderes da milícia muçulmana Séléka, se declarou presidente. • Mesmo com a saída de Djotodia do poder, os conflitos não cessaram. A França liderou uma missão de paz de 2013 a 2016, e a ONU, presente no país desde 2014, tem alertado sobre um possível genocídio na República Centro-Africana.
  • 29. CONFLITOS NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO • A República Democrática do Congo foi palco da maior guerra no continente, considerada uma das mais sangrentas desde a Segunda Guerra Mundial: a Grande Guerra da África ou Segunda Guerra do Congo, que durou oficialmente de 1998 a 2003, mas apresenta consequências até a atualidade. Essa guerra é um desdobramento da Primeira Guerra do Congo e da Guerra de Ruanda. • Os conflitos armados duraram oficialmente até 2003, quando os países assinaram um acordo para a retirada das tropas estrangeiras. No entanto, grande parte das milícias não se retirou do país e continua agindo até hoje, gerando enorme violência por praticamente todo o território.
  • 30. GUERRA CIVIL DA SOMÁLIA • A Guerra Civil da Somália acontece desde 1991, depois da deposição do ditador Mohamed Siad Barre (pró-EUA) por grupos rebeldes. Houve, então, uma tentativa de contrarrevolução, e o país vem passando por uma profunda crise política e uma gravíssima crise humanitária. Em 1993, a ONU interveio no país, ajudando a formar um governo de coalização e realizando ajuda humanitária. A intervenção, que durou até 1995, foi interpretada como uma tentativa americana de acessar as reservas de petróleo somalianas.