1. Reflexão Crítica sobre o 2º Período
No presente 2º período, e no decorrer das regências que no mesmo lecionei, senti
consideráveis alterações ao nível do meu desenvolvimento: enquanto pessoa e enquanto
professora estagiária. No decorrer de cada aula sentia-a um acréscimo no a vontade que se
traduziria mais tarde numa relação interpessoal que crescia e me causava um conforto que
antes, devido à ansiedade, me era mais difícil de sentir.
Neste período, que agora se encontra na reta final, considero ser aquele em que mais
crescemos a vários níveis, foi o mais exigente e, nesse sentido, o que mais me fez evoluir. As
nossas aulas foram maioritariamente de 100 minutos (50min. + 50min.), o que requeria uma
preparação tanto de materiais, como a nível pessoal de estudo e mesmo de carga emotiva
enorme, mas penso que aí residiu de facto este salto qualitativo e quantitativo que sentimos
com a lecionação de cada uma das aulas que este integrou.
Fazendo agora uma análise mais especifica e detalhada ao meu desempenho neste 2º
período, e mesmo essa análise, sendo difícil (como o é sempre que se trata de uma
autoavaliação, de uma olhar que tem de se focar no interior e se exteriorizar através de
palavras, ou até mesmo numa pauta de classificação representada em números – mas, é meu
desejo referir, que esta é extremamente necessária a todo este processo e mesmo a um nível
de desenvolvimento pessoal para a vida futura).
Posto isto, considero que progredi desde o 1º período, nervos sinto ainda alguns e
penso que irei sentir – acompanham a responsabilidade, o querer fazer bem; relativamente ao
rigor científico este também é mais consolidado, no entanto, sinto que ainda tenho um longo
caminho pela frente de leituras e pesquisas para que essa segurança cresça e me faça estar
mais confortável; a um nível relacional com os estudantes, esse sempre foi o meu maior
prazer por esta profissão que hoje sinto na pele e esse como me é natural, flui com facilidade
e penso dar frutos no que se refere à transposição e explicitação dos conteúdos.
Já no que se refere a um olhar global, tenho ganho a certeza deste processo iniciático
em que estamos inseridos, mesmo quando algum momento corre menos bem, há uma voz
(talvez a do coração) que mostra e chama pelo desejo de ser, e esse desejo de ser, traduz-se
no rosto de cada um dos estudantes, que pela primeira vez, têm rosto e nome em cada um de
nós professores estagiários, professores estagiários ainda carregados de muitos medos, mas
arrisco, que também de cada vez mais carregados de certezas do processo sobre o qual hoje
caminham.