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COLUNA ACALANTO
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FÁTIMA ARAÚJO
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Relembrando Rachel de Queiroz
Fátima Araújo
Relendo Rachel de Queiroz, esta semana, encontrei esta pérola
de pensamento: “Eu sou essa gente que se dói inteira, porque não vive
só na superfície das coisas”. Essa escritora maior nasceu em Fortaleza,
em 1910, e faleceu no Rio de Janeiro, a 4 de novembro de 2003. Ela foi a
primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras e escreveu
o antológico romance, O Quinze, com apenas 20 anos, (Prêmio Graça
Aranha), que abordou a seca com um realismo nunca antes visto. Foi um
dos mais brilhantes vultos do romance brasileiro (geração nordestina de
1930), sendo antecedida apenas pelo paraibano José Américo de
Almeida, com A Bagaceira, de 1928.
Ingressando no Jornalismo, muito jovem ainda, sua atividade
literária foi intensa: após o romance de estréia, deu à luz João Miguel,
em 1932; Caminho de Pedras, em 1937; As Três Marias, em 1939,
Lampião, em 1953 e A Beata Maria do Egito, em 1958. Com essa
produção, Rachel tornou-se cronista renomada, assinando a coluna
“Última Página”, da revista O Cruzeiro, de grande sucesso.
O desamparo dos retirantes, a fatalidade da miséria e a frieza do
poder que ela escancarou, como também os políticos que incomodou
com suas denúncias atestam a preocupação com o social e garantem
seu lugar definitivo na Literatura Brasileira.
Conheci de perto essa grande mulher de índole simples, avessa a
badalações, sua docilidade diante do próximo, tudo isso armazenado
num ser tão iluminado. Era a encarnação das grandes máximas da
simplicidade: “Elegância é o que não se vê. Talento é o que se pode
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Relembrando rachel de queiroz

  • 1. Jornal Correio da Paraíba, 11 de fevereiro de 2014. COLUNA ACALANTO Acalanto FÁTIMA ARAÚJO fatimaaraujo05@gmail.com Relembrando Rachel de Queiroz Fátima Araújo Relendo Rachel de Queiroz, esta semana, encontrei esta pérola de pensamento: “Eu sou essa gente que se dói inteira, porque não vive só na superfície das coisas”. Essa escritora maior nasceu em Fortaleza, em 1910, e faleceu no Rio de Janeiro, a 4 de novembro de 2003. Ela foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras e escreveu o antológico romance, O Quinze, com apenas 20 anos, (Prêmio Graça Aranha), que abordou a seca com um realismo nunca antes visto. Foi um dos mais brilhantes vultos do romance brasileiro (geração nordestina de 1930), sendo antecedida apenas pelo paraibano José Américo de Almeida, com A Bagaceira, de 1928. Ingressando no Jornalismo, muito jovem ainda, sua atividade literária foi intensa: após o romance de estréia, deu à luz João Miguel, em 1932; Caminho de Pedras, em 1937; As Três Marias, em 1939, Lampião, em 1953 e A Beata Maria do Egito, em 1958. Com essa produção, Rachel tornou-se cronista renomada, assinando a coluna “Última Página”, da revista O Cruzeiro, de grande sucesso. O desamparo dos retirantes, a fatalidade da miséria e a frieza do poder que ela escancarou, como também os políticos que incomodou com suas denúncias atestam a preocupação com o social e garantem seu lugar definitivo na Literatura Brasileira. Conheci de perto essa grande mulher de índole simples, avessa a badalações, sua docilidade diante do próximo, tudo isso armazenado num ser tão iluminado. Era a encarnação das grandes máximas da simplicidade: “Elegância é o que não se vê. Talento é o que se pode mostrar, sem exibição”.