2. Ficha técnica:
Autor do Livro: Margarete Axt
Livro: Informática na Educação
Ano:Setembro, 2000
Volume: 3
PP. (51-62)
Autores da apresentação da Ficha de Leitura:Galino Ildo e Feleciano Januário
3. O paradigma da complexidade: interdependência, auto-organização,
autocriação, dialogia.
Foi nos finais da década de quarenta e início da década de cinquenta que foi notada que as técnicas
utilizadas nesta época para resolução de problemas, tanto teóricos como práticos, sejam eles simples ou
complexos, começavam a apresentar dificuldades, pois não se adequavam a nova realidade das TIC’s,
desta forma era necessária criação de abordagens capazes de lidar com a nova realidade. Bertalanfty,
(1995) em seu parecer, afirmou que o problema que se enfrentava era o da complexidade organizada.
Em relação a noção de totalidade complexa, refere-se que o todo é determinado pelas suas partes
constituintes, porém o todo é qualitativamente diferente das partes que o compõem, mas se formos
olhar a estas partes, é notável queestas possuem emse o todo.
Baseando-se no estudo da cibernética compreendeu-se o feito de circularidade, que refere que em um
sistema as condições de uma acção são determinados pelos resultados dos elementos que a compõem.
Foram estes conceitos da cibernética, relativos a teoria de informação e a teoria geral dos sistemas que
deram origem a teorias de auto-criação (autopoiese) que se refere aos sistemas capazes de apresentar
uma forma de conhecimento e capacidade de análise de diversas situações.
4. Sobre as relações entre Ciência-Cultura-Educação-Tecnologia
Prigogine e Stengers, (1984), acreditaram que a Ciência está intrinsecamente
relacionada com a natureza onde a mesma afeta e está sendo afetada pela natureza do
ponto de vista explorador.
Por outro lado, o Morin, procura mostrar a ligação intrínseca entre a sociedade e o ser
como pessoa, quando refere-se que não existe ser sem sociedade ou uma sociedade
sem ser, levando a criação da arte, ciência, tecnologia e educação sendo produtos de
uma sociedade.
5. O que a Educação e a Escola podem fazer?
O desafio da escola frente à inserção da tecnologia da informação, passa por abandonar a ideia de deter
o monopólio do conhecimento e assumir mudanças nas acções educativas a partir de um trabalho
colectivo de todos os profissionais da escola, destacando-se dentre eles os professores, é o primeiro
desafio a ser enfrentado. Nessa perspectiva, analisa o papel do computador como um agente mediador
de relações e comunicações que traz, para o espaço da aprendizagem, a informação e o conhecimento
que agora estão disponíveis nas redes.
Não importa a professores e alunos apenas aprender a usar os novos meios tecnológicos na educação,
importa muito mais pensar as tecnologias para educação. Pensar as tecnologias para educação supõe
um deslocamento de perspectiva fundamental para operar uma mudança de sentido, ou ao inverso,
supõe uma mudança de sentido essencial para operar um deslocamentode perspectiva.
6. cont.A tecnologia, por permitir o compartilhamento das informações, torna a escola não
mais o local que detém o conhecimento. Este agora pode ser alcançado rapidamente
por meio de diversas tecnologias, que têm sido utilizadas nas escolas para
compartilhar informações entre alunos e professores, como o ensino a distância e as
simulações computadorizadas. Vamos evoluir muito nesse campo e, sim, precisamos ir
além dos livros digitais. Já podemos citar como próximos passos o uso de tecnologias
de realidade ampliada, técnica usada para unir o mundo real ao virtual por meio de
algum dispositivoelectrónico.
A influência da globalização no contexto educacional, apontando para a necessidade
de formação de profissionais comprometidos com sua realidade e competentes para
solucionar problemas criativamente. Para tanto, há que utilizar-se de recursos que
propiciem um ensino com muito mais flexibilidade, processos mais abertos de
pesquisa e de comunicaçãoe menos conteúdos fixos.
7. cont.A internet disponibilizou a tecnologia da informação a um grupo imenso de pessoas,
mas percebe-se, que embora possua um vasto potencial educativo, às vezes é
subutilizada, ignorando-se seu aspecto instrutivo. A abordar a tecnologia de
informação e comunicação que está transformando a configuração tradicional do
trabalho, ampliando seus horizontes e potencializando-os, como uma revolução
sociocultural. Faz-se necessário, portanto, favorecer a formação tecnológica do
professor, a criação de conteúdos educativos para a internet e a conexão de todos
centros educativos na rede com infra-estrutura mais avançada para assegurar o uso
dessa tecnologia.
8. cont.Em termos de desenvolvimento, pensar que podemos recuperar as distâncias que nos
separam dos países desenvolvidos, é uma ilusão, mesmo que fosse teoricamente
possível, a prática político-económico da globalização não abriria espaços para tal. No
entanto, precisa ter nas tecnologias digitais um apoio, e não o protagonista do
processo de aprendizagem. O uso dessas ferramentas ainda exige adaptações dos
sistemas de ensino. A principal delas passa pelo investimento na formação dos
professores. A mudança que a educação no mundo todo enfrenta é o resultado natural
da presença cada vez mais forte da tecnologia no cotidiano de todos, o educador
precisa saber gerenciar (a tecnologia ou novos recursos), principalmente porque a
autonomia dos alunos nesse assunto é enorme. Os profissionais são muitas vezes o
centro da problemática.
A tecnologia tem um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem, no
sentido de promover acções que contribuam para a solução das questões ligadas a
informação e conhecimento. Assim, a tecnologia pode fazer parte de todas as
disciplinasdo ensino, como recurso mediador de aprendizagens.
9. cont.A escola também não pode se omitir, ela precisa fazer uso das tecnologias digitais para
mostrar as possibilidades desses recursos e evitar que os estudantes sejam meros
consumidores ou façam uso equivocado desses instrumentos, que tem como ênfase o
uso de tecnologias na educação para a promoção de processos inclusivos. Fala-se
muito sobre o descompasso entre a escola e a sociedade contemporânea, sem,
entretanto, lembrar que, à sociedade em que vivemos, são intrínsecas diferentes
condições de desenvolvimento e conhecimento e que a escola deve lidar com muitas
delas, na maior parte dos casos instantaneamente.
O facto de navegar na internet, assistir diversos programas televisivos, ainda não é
construir ou produzir um conhecimento: no contexto das tecnologias de informação
para produzir conhecimento é preciso antes desconstruir a informação (sob visão
analítica), descobrindo-lhe as relações já instituídas, problematizar o facto, elevando-o
à instância do virtual para então reconstruir o acontecimento novamente em factos
mais contextualizado.
10. Relações entre comunicação e dialogia
Compreender é construir respostas próprias através de perguntas de forma a produzir
um sentido, ou por outra deduzir com a finalidade de produção de informação com
sentido. de forma a evitar uma informação com aura de valor absoluto, um valor de
verdade sacralizada acima de qualquer suspeita, evitar da interpretação autoritária já
estabelecida.
A exploração das tecnologias da informação e da comunicação em sala de aula é capaz
de mudar as relações entre os atores escolares (alunos, professores e
administradores), e deles com a informação, com a comunicação e com o
conhecimento, mas disso depende das escolhas que a escola fará, tendo em conta o
aspecto da multivocalidade, mas se de um modo especial, mas espera-se que a escolha
da relação de interação com estas tecnologias crie a possibilidade de construção de
conhecimento.
11. As relações entre ética e Educação: uma última palavra
Uma das marcas do nosso tempo nas mais diferentes áreas de conhecimento tem sido
a incerteza, a instabilidade, a dúvidas, estas marcas também se instauram no que diz
respeito as novas tecnologias de informação e da comunicação quanto a difusão e a
apropriação paraa educação.
A transição “velhas identidades” e ’’novas identidades’’, o indivíduo moderno é
fragmentado pelo processo mais amplo de mudança criando uma instabilidade do
indivíduono mundo social.
12. Relações entre comunicação e dialogia
‘’Comunicação não é nem compreensão, nem conhecimento,nem diálogo’’
Pensar nas novas tecnologias na educação,a sua relação baseia-se na comunicação
Compreender é construir respostas próprias através de perguntas de forma a produzir
um sentido, ou por outra deduzir com a finalidade de produção de informação com
sentido. de forma a evitar uma informação com aura de valor absoluto, um valor de
verdade sacralizada acima de qualquer suspeita, evitar dependência da interpretação
autoritária já estabelecida.
A exploração das TIC’s em sala de aula é capaz de mudar as relações entre os atores
escolares (alunos, professores e administradores), e deles com a informação, com a
comunicação e com o conhecimento, mas disso depende das escolhas que a escola
fará, tendo em conta o aspecto da multivocalidade, mas se de um modo especial, mas
espera-se que a escolha da relação de interação com estas tecnologias crie a
possibilidadede construção de conhecimento.
13. As relações entre ética e Educação: uma última palavra
Uma das marcas do nosso tempo nas mais diferentes áreas de conhecimento tem sido
a incerteza, a instabilidade, a dúvidas, estas marcas também se instauram no que diz
respeito às novas tecnologias de informação e da comunicação quanto a difusão e a
apropriação paraa educação
A transição “velhas identidades” e ‘’novas identidades’’, o indivíduo moderno é
fragmentado pelo processo mais amplo de mudança criando uma instabilidade do
indivíduono mundo social