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A PAC (Política Agrícola
        Comum)

Para além das condições estruturais (na
maioria negativas) e da política nacional,
a agricultura portuguesa tem sido
sobretudo condicionada (desde 1986)
pela PAC.



                                             1
A PAC (Política Agrícola
           Comum)
 A PAC foi a 1ª política sectorial da U.E. (e
  a única durante muitos anos)

 As despesas efetuadas com esta política
  consomem habitualmente uma parte
  significativa do orçamento da UE, embora
  tenham registado uma diminuição
  constante nos últimos anos. (44% em
  2005)

                                                 2
ANTECENDENTES DA PAC
 2ª Guerra Mundial (fim em 1945) que, para
  além da perda de vidas deixou as
  economias arruinadas
 Crises alimentares na Europa devido a
  atrasos tecnológicos neste sector
 Baixo nível de vida dos agricultores
 Forte dependência alimentar da Europa
 Criação da CEE(6) em 1957 com os
  grandes objectivos centrados na
  manutenção da paz e no desenvolvimento

                                          3
PORQUÊ UMA PAC ?

   Para solucionar alguns problemas * com
    que os países europeus se debatiam, foi
    concebida uma PAC, com a meta de
    garantir a autossubsistência alimentar da
    população dos estados-membros e melhorar
    o nível de vida dos agricultores

    * Problemas
   Carências alimentares
   Dependência externa
   Rendimento dos agricultores muito
    baixo
                                            4
A PAC- objetivos (Doc.1 pág. 35)

A PAC foi posta em prática em 1962 e, de acordo com o
   artigo 39 do tratado de Roma tinha como principais
   objetivos:

 Aumentar a produtividade e o rendimento através do
  progresso técnico e da utilização racional dos fatores
  de produção ( adubos, sementes selecionadas,
  especialização cultural, mecanização, mão-de-obra, etc.)

 Assegurar um nível de vida aos agricultores, justo e
  equitativo aos outros sectores;

 Estabilizar os mercados (segurança dos abastecimento e
  preços razoáveis para os consumidores)
 garantir os abastecimentos
 Assegurar preços razoáveis aos consumidores
                                                         5
A PAC- objetivos (Doc.1 pág. 35)


 Em suma, o que se pretendia era aumentar a
  produção de modo a tornar a Europa
  autossuficiente no domínio alimentar.

Para isso seguiu-se uma política fortemente
   incentivadora da produção, com um
   desenvolvimento extraordinário das técnicas
   agrícolas e da investigação agronómica,
   garantindo aos agricultores escoamento dos
   produtos, ao mesmo tempo que se protegiam
   da entrada de produtos estrangeiros (proteção
   aduaneira)

                                               6
A PAC – princípios em que assentava
                pág. 35
 Esta política assentou nos seguintes princípios
  ou PILARES
 Mercado único – liberdade de circulação dentro da
  comunidade e uniformização gradual dos preços e
  regras de concorrência, definidos pelas O.C.M´s
  criadas para cada um dos produtos mais
  importantes
 Preferência comunitária – preferência dos produtos
  internos, em detrimento dos externos que tinham de
  pagar taxas alfandegárias niveladoras dos preços – o
  que resguardava a produção comunitária da
  concorrência
 Solidariedade financeira – Mobilização de recursos
  financeiros para cobrir encargos com o funcionamento
  da PAC (criação do FEOGA- Fundo Europeu de
  Orientação e Garantia Agrícola
                                                     7
A PAC - princípios em que assentava–
                 pág.35
 A solidariedade financeira foi assegurada
  por um fundo financeiro, o:
FEOGA - Fundo europeu de orientação e
  garantia agrícola, que se dividia em dois ramos

 FEOGA Orientação Financiava as ações/projetos
  que visavam melhorar as estruturas
  agrícolas: (emparcelamento; caminhos
  rurais, poços …redes de comercialização, etc,.
  Financiava entre 25% e 65% das despesas, de
  acordo com a carência das regiões

                                               8
A PAC - princípios em que assentava

FEOGA Garantia Financia as despesas
  necessárias para garantir os preços:
  compra os excedentes ao preço mínimo
  garantido ou preço de intervenção;
  custos de armazenamento; ajudas à
  exportação ( compensação de modo a que
  o preço de exportação mais a compensação
  fosse igual ao preço interno. Foi a área
  mais privilegiada com despesas financiadas
  a 100%

                                           9
A PAC - princípios em que assentava


 Em 2005 o FEOGA foi substituído por
  dois novos fundos: (pág. 35)
   FEAGA – Fundo Europeu Agrícola de
    Garantia (antes o FEOGA Garantia)
   FEADER – Fundo Europeu Agrícola para
    o desenvolvimento rural (antes FEOGA
    orientação)




                                       10
Síntese do que a PAC
oferecia aos agricultores
 Esta política
-   Dava ajudas, em % elevada a fundo perdido,
    para melhorar as infraestruturas;
-   Dava apoio técnico aos agricultores;
-   Garantia aos agricultores a venda da produção
    a preços conhecidos antes da colheita;
-   Dava uma compensação financeira para a
    exportação, que se destinava a suportar a
    diferença entre o preço na comunidade (mais
    alto) e o preço internacional (mais baixo)

                                                11
ESTA POLÍTICA TROUXE RESULTADOS
    POSITIVOS MAS TAMBÉM NEGATIVOS
                 pág. 36

    Positivos:
   A produção aumentou muito – e durante a
    década de 70 a Comunidade não só passou a
    ser autossuficiente como a ter excedentes
   Aumentou a dimensão média das
    explorações
   Melhoraram os equipamentos - Mão-de-
    obra mais qualificada - Redução acentuada da
    mão-de-obra agrícola
   Aumentou a produtividade e o rendimento

                                             12
ESTA POLÍTICA TROUXE RESULTADOS
POSITIVOS MAS TAMBÉM NEGATIVOS
             pág. 36
  NEGATIVOS:
 Grandes excedentes em muitos produtos
    (carne, manteiga, leite, trigo, etc.) que trouxe
    desequilíbrios no mercado enquanto os preços se
    mantinham muito superiores aos preços mundiais.
- Aumentaram os custos de armazenamento mas 60% do
    orçamento continuava a destinar-se à garantia de preços
    aos agricultores e ao apoio à exportação (“guerra” com
    os EUA)
- sobreexploração e agressões ambientais graves
    devido a uma agricultura muito intensiva
- Diminuiu a segurança e a qualidade dos alimentos
- As desigualdades entre os países não diminuíram, pelo
    contrário
- Os encargos com a PAC comprometiam outras políticas

                                                        13
Aplicar conhecimentos
 Atividade – Ficha de trabalho – A
  1ª PAC




                                      14
EFEITOS DA PAC – pág. 37

 Os resultados foram tão grandes que a partir de 1984
  foi necessário começar a fazer algumas reformas
  isoladas:
 (sistema de quotas para alguns produtos; Fixação de
  quantidades máximas garantidas; incentivos à
  cessação da atividade, etc.; reduzir as terras
  aráveis – Set-aside); incentivos ao pousio …
Destinadas a reduzir os custos da PAC ; a corrigir os
  excedentes; a preservar o ambiente e a equilibrar
  o mercado
 que culminaram com a 1ª reestruturação da PAC
  (1992) e apareceu aquilo que na altura se chamou
  de Nova PAC ( entrou em vigor em 1993)

                                                  15
Objetivos da PAC (Reforma de
  1992) Pág.37
 Baixar os preços comunitários garantidos para os nivelar ao
  mercado mundial – preços mais baseados nas leis da
  oferta/procura e menos nos preços de intervenção.
 Medidas de Compensação - a baixa dos preços passou a ser
  compensada através de ajudas diretas aos produtores (o
  subsídio) calculadas em função da dimensão das
  explorações e do rendimento médio por hectare e não em
  função das quantidades produzidas (como na anterior)
  pretendia-se incentivar a qualidade e um equilíbrio entre
  a oferta e a procura.
 Controlo da produção através de medidas limitativas
  (Quotas, áreas de superfície, como por exemplo o set-
  aside que obriga a quem produzir mais de 92 toneladas de
  trigo a deixar em pousio 15% das terras por ano, recebendo
  por elas um subsídio igual ao que teriam se as cultivassem
 Ajudas à reflorestação de terras agrícolas;

                                                        16
Objetivos da PAC (Reforma de
1992) Pág.37
 Regime de reforma antecipada, para os
  agricultores com mais de 55 anos que cessem a
  sua atividade;
 Proteção ambiental - prevenção contra a poluição
  dos solos e das águas– financiamentos para a
  agricultura biológica;
 Incentivar a pluriatividade – para compensar as
  perdas de rendimento dos agricultores sem os
  obrigar a abandonar as terras, o que seria
  prejudicial para o equilíbrio do ambiente –
  encorajá-los a permanecer nas áreas rurais
 Incentivar a produção de novas culturas em
  que a União é deficitária
 Canalização dos apoios para as regiões mais
  carenciadas.
                                                17
Os Resultados da PAC de
1992
 Os agricultores europeus estiveram, e
  estão, na sua maioria, em desacordo com
  esta política, temendo a diminuição dos seus
  rendimentos e um retrocesso da economia das
  regiões, pois, o abandono de muitas
  explorações pode levar à extinção de muitas
  atividades complementares e a um número
  crescente de desempregados.

 Esta reforma teve alguns resultados mas
  mantiveram-se importantes problemas:
 os problemas ambientais intensificaram-se
 acentuaram-se as diferenças de rendimentos
  entre os agricultores.
                                               18
A PAC (1992)
 Em suma a reforma de 1992 visava
  diminuir os custos e incentivar a
  produção menos intensiva, de forma a
  que houvesse, por um lado, um decréscimo
  dos excedentes e, por outro, fossem
  criados benefícios para o ambiente.
 Ao contrário do sistema anterior , que se
  baseava na quantidade produzida, a PAC de
  1992 favorece os rendimentos obtidos e a
  lógica de pagar para não produzir

                                        19
Aplicar conhecimentos
 Atividade – Ficha de trabalho - A
  1ª reforma da PAC – A nova PAC




                                      20
MUDANÇAS MAIS RECENTES NA
PAC - depois de 1999
A evolução nos anos seguintes:

 Pedidos de adesão dos países da Europa
  Central e Oriental;
 A preparação para a moeda única;
 O aumento da competitividade dos produtos
  dos países terceiros,
 As negociações no âmbito da OMC ( Uruguai
  Round- início de liberalização do comércio
  agrícola – 1995)
Conduziu a uma nova adaptação da PAC

                                               21
As mudanças de 1999 (pág. 38
e 39)
 Em 1999 no âmbito da agenda
  2000 (Conjunto de questões que se
  colocam à U.E., relacionadas com o
  alargamento e com a revisão das
  várias políticas
  comuns), reforçaram-se as
  alterações de 1992 em que as
  prioridades foram:

                                       22
No âmbito da Agenda 2000, a política
agrícola passou a dar prioridade: após 1999
 Ao desenvolvimento rural,

 À segurança e qualidade alimentar (higiene
  nas explorações e na cadeia alimentar;
  certificação de origem ou processo de
  produção através da rotulagem …)

 Ao bem-estar animal;
 À melhoria do ambiente;
 A promoção de uma agricultura sustentável.23
Desenvolvimento rural após
reforma de 1999
 Reforçar os sectores agrícolas e silvícola, que são dois domínios
  fulcrais do meio rural;

   Melhorar a competitividade das zonas rurais, de maneira a
    garantir às suas populações emprego e qualidade de vida
    (incentivar a pluriatividade para segurar as pessoas)

   Preservar o ambiente, a paisagem e o património rural da
    Europa.

Em SUMA - criação de novas fontes de rendimento para os
  agricultores; cada vez mais encarados como tendo um
  papel importante na gestão dos recursos naturais e na
  salvaguarda da paisagem;                              24
A agricultura sustentável deve valorizar um modelo em que
       passou a assumir quatro funções essenciais:
                          pág. 38
 A função económica, pelo tradicional papel de produção
  e contribuição para o crescimento económico;

 A função de ordenamento do território, pois ocupa
  grande parte do território, constituindo a matriz de
  enquadramento dos restantes usos do solo;

 A função social, uma vez que constitui a forma de
  sobrevivência de numerosas comunidades;

 A função ambiental, pelo seu papel na conservação dos
  espaços, na proteção da biodiversidade e na
                                                   25
  salvaguarda da paisagem.
Síntese - Soluções – Após
          1999:
Adoção de medidas agroambientais –
Agenda 2000 -, que se integram nos
programas de desenvolvimento rural que
visam o desenvolvimento de uma
agricultura sustentável


                                     26
Resultados – mudanças de
              1999
 Apesar das virtudes das medidas
  implementadas a partir de 1999, não
  foram suficientes para resolver os
  problemas, tais como:
   - Dificuldades de competir no mercado
  mundial
   - Repartição dos apoios que têm
  beneficiado mais os ricos agricultores do
  Norte da Europa
  - As desigualdades entre as regiões
  continuam e as agressões ambientais
  também

                                              27
Aplicar conhecimentos
 Atividade




                        28
A última reforma (2003)
          pág. 39
Como os desafios não param de
aumentar, nomeadamente:
 Competitividade acrescida, dada a
  crescente globalização
 Mau ordenamento do espaço rural e
  práticas intensivas prejudiciais ao
  ambiente e segurança alimentar
 Alargamento a leste
A PAC tem que se ir renovando
                                        29
A última reforma (2003)
          pág. 39
Aprofunda as metas da agenda 2000 e reforça a
política de desenvolvimento rural
Principais elementos
 Pagamento único por exploração,
   independentemente da produção, dando aos
   agricultores a liberdade de se adaptarem ao
   mercado
 Foram criados instrumentos inovadores que no
   conjunto se designam por medidas
   agroambientais, visando promover o
   desenvolvimento de uma agricultura
   sustentável
                                             30
A última reforma (2003) –
Medidas agroambientais (pág.39)
O pagamento das ajudas diretas aos agricultores
obriga-os a compromissos em relação ao ambiente:
 A Condicionalidade – Obriga ao respeito de normas
   ambientais, de segurança alimentar, de sanidade
   animal… e de manter as explorações em boas condições
   ambientais.
 Modulação– Redução das ajudas diretas, superiores a
   5000 euros, e a sua canalização para o
   desenvolvimento rural
 Disciplina financeira – para assegurar o cumprimento
   do orçamento fixado até 2013 - Redução dos preços de
   muitos produtos (cereais, leite, vinho, azeite, frutos…)
                                                       31
Com esta nova reforma, os agricultores são encorajados a
respeitar o ambiente e a segurança alimentar. Para
tal, recebem ajudas desligadas da produção, nomeadamente:

 Novos incentivos à qualidade, incluindo a certificação e
  promoção dos produtos e à utilização de práticas da
  agricultura biológica. (princípio da condicionalidade)

 Apoios para o cumprimento das normas em matéria de
  ambiente, saúde pública e bem-estar animal;

 Diminuição dos preços de intervenção, compensada por
  um aumento de ajudas aos agricultores de modo a tornar
  os produtos comunitários mais competitivos nos
  mercados interno e mundial.                      32
Aplicar conhecimentos

 ACTIVIDADES
 Resolva a ficha 7 do caderno de
  atividades
Nota - Para responder à questão 5 tem que
  obrigatoriamente consultar as páginas 40 e
  41 do manual


Com base nessas páginas responda
  também :
                                               33
Questão 1 – Quais as razões por que foi concedido a
Portugal um período de transição (ou por etapas)?

Questão 2 – Quais foram os aspetos que causaram mais
dificuldades de integração à nossa agricultura?

Questão 3 – O que é o Quadro Comunitário de Apoio
QCA?

Questão 3.1. Que designação passou a ter a partir de
2007?

Questão 4- Os recursos financeiros comunitários, embora
nem sempre bem utilizados, facilitaram a modernização da
agricultura portuguesa. Em que aspetos é que mais se
sentiu essa modernização

                                                           34
A prática da agricultura biológica permite
atingir três grandes objetivos:

  evita a poluição causada pelos adubos e
   pesticidas;

  preserva os solos, pela sua correcta
   utilização e fertilização natural;

  consegue produtos de alta qualidade, quer
   em sabor, quer em valor nutritivo, e sem
   resíduos químicos.
                                             35
5% da
área
agrícola
nacional
já é
ocupada
com este
tipo de
produção
     36
Portugal está
em 9º lugar
com os seus
5% da área
  agrícola
 útil e que
corresponde a
 233 mil ha     37
Nº de Explorações com
Agricultura Biológica, em 1999

                             Regiões
                             Agrárias
                               com
                            maior nº
                                de
                            Exploraçõ
                                es




                                 38
Cultivos
 dominantes
  por Região
  Agrária, nº
       de
  operadores
    e área
   ocupada
Tipo de
Produções
Biológicas:
Cultivos



              39
Percentagem de Nº de Explorações agrícolas que recorrem
    a ajudas e a subsídios, por região agrária, em 1999


                                        Subsídios ao
                                        Total das
                                        explorações




                                                    40
Regras para a qualidade dos produtos

DENOMINAÇÃO DE ORIGEM PROTEGIDA (DOP)
        A DOP é o nome de um produto cuja
        produção, transformação e elaboração
        ocorrem numa área geográfica delimitada
        com um saber fazer reconhecido e
        verificado.
               Maçã Bravo de
               Esmolfe
               Denominação de Origem
               Protegida
               FELBA - CENTRO DE VALORIZAÇÃO DAS FRUTAS E LEGUMES DA
               BEIRA ALTA

                http://ec.europa.eu/agriculture/foodqual/quali1_pt.htm 41
Regras para a qualidade dos
produtos
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM PROTEGIDA (DOP)

 Carne Mirandesa       Carne Fresca (e
  vísceras) Bovino



 Agropema - Cooperativa agro-pecuária
 Mirandesa, Posto Zootécnico de Malhadas,
 Miranda do Douro
                                        42
Regras para a qualidade dos produtos

 INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PROTEGIDA (IGP)
          Na IGP, a relação com o meio
          geográfico subsiste pelo menos numa
          das fases da produção, transformação
          ou elaboração. Além disso, o produto
          pode beneficiar de uma boa reputação
          tradicional.

            Linguiça de
            Portalegre                     Alheira de
                                           Mirandela

Portugal, é um país cheio de tradições.
Os seus enchidos é uma delas.
E porque sabemos que só perduram as coisas boas, a qualidade
                                                          43
dos enchidos portugueses passará à história.
Regras para a qualidade dos produtos

  INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PROTEGIDA (IGP)

                         Presunto de
                         Barroso
                         IGP
O uso da Indicação Geográfica obriga a que a carne seja
produzida de acordo com as regras estipuladas no caderno
de especificações, o qual inclui, designadamente, a
identificação dos animais, o saneamento e a assistência
veterinária, o sistema de produção, a alimentação e as
condições a observar no abate, a forma de cura e o
tratamento para obtenção do presunto.

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Regras para a qualidade dos produtos

ESPECIALIDADE TRADICIONAL GARANTIDA (ETG)
           A ETG não faz referência a uma
           origem mas, tem por objecto
           distinguir uma composição tradicional
           do produto ou um modo de produção
           tradicional.

           Queijos
           Produtos à base de carne

           Carne fresca (e vísceras)
                                                                    45
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7 a pac 1_e a agricultura portuguesa

  • 1. A PAC (Política Agrícola Comum) Para além das condições estruturais (na maioria negativas) e da política nacional, a agricultura portuguesa tem sido sobretudo condicionada (desde 1986) pela PAC. 1
  • 2. A PAC (Política Agrícola Comum)  A PAC foi a 1ª política sectorial da U.E. (e a única durante muitos anos)  As despesas efetuadas com esta política consomem habitualmente uma parte significativa do orçamento da UE, embora tenham registado uma diminuição constante nos últimos anos. (44% em 2005) 2
  • 3. ANTECENDENTES DA PAC  2ª Guerra Mundial (fim em 1945) que, para além da perda de vidas deixou as economias arruinadas  Crises alimentares na Europa devido a atrasos tecnológicos neste sector  Baixo nível de vida dos agricultores  Forte dependência alimentar da Europa  Criação da CEE(6) em 1957 com os grandes objectivos centrados na manutenção da paz e no desenvolvimento 3
  • 4. PORQUÊ UMA PAC ?  Para solucionar alguns problemas * com que os países europeus se debatiam, foi concebida uma PAC, com a meta de garantir a autossubsistência alimentar da população dos estados-membros e melhorar o nível de vida dos agricultores * Problemas  Carências alimentares  Dependência externa  Rendimento dos agricultores muito baixo 4
  • 5. A PAC- objetivos (Doc.1 pág. 35) A PAC foi posta em prática em 1962 e, de acordo com o artigo 39 do tratado de Roma tinha como principais objetivos:  Aumentar a produtividade e o rendimento através do progresso técnico e da utilização racional dos fatores de produção ( adubos, sementes selecionadas, especialização cultural, mecanização, mão-de-obra, etc.)  Assegurar um nível de vida aos agricultores, justo e equitativo aos outros sectores;  Estabilizar os mercados (segurança dos abastecimento e preços razoáveis para os consumidores)  garantir os abastecimentos  Assegurar preços razoáveis aos consumidores 5
  • 6. A PAC- objetivos (Doc.1 pág. 35)  Em suma, o que se pretendia era aumentar a produção de modo a tornar a Europa autossuficiente no domínio alimentar. Para isso seguiu-se uma política fortemente incentivadora da produção, com um desenvolvimento extraordinário das técnicas agrícolas e da investigação agronómica, garantindo aos agricultores escoamento dos produtos, ao mesmo tempo que se protegiam da entrada de produtos estrangeiros (proteção aduaneira) 6
  • 7. A PAC – princípios em que assentava pág. 35  Esta política assentou nos seguintes princípios ou PILARES  Mercado único – liberdade de circulação dentro da comunidade e uniformização gradual dos preços e regras de concorrência, definidos pelas O.C.M´s criadas para cada um dos produtos mais importantes  Preferência comunitária – preferência dos produtos internos, em detrimento dos externos que tinham de pagar taxas alfandegárias niveladoras dos preços – o que resguardava a produção comunitária da concorrência  Solidariedade financeira – Mobilização de recursos financeiros para cobrir encargos com o funcionamento da PAC (criação do FEOGA- Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola 7
  • 8. A PAC - princípios em que assentava– pág.35  A solidariedade financeira foi assegurada por um fundo financeiro, o: FEOGA - Fundo europeu de orientação e garantia agrícola, que se dividia em dois ramos  FEOGA Orientação Financiava as ações/projetos que visavam melhorar as estruturas agrícolas: (emparcelamento; caminhos rurais, poços …redes de comercialização, etc,. Financiava entre 25% e 65% das despesas, de acordo com a carência das regiões 8
  • 9. A PAC - princípios em que assentava FEOGA Garantia Financia as despesas necessárias para garantir os preços: compra os excedentes ao preço mínimo garantido ou preço de intervenção; custos de armazenamento; ajudas à exportação ( compensação de modo a que o preço de exportação mais a compensação fosse igual ao preço interno. Foi a área mais privilegiada com despesas financiadas a 100% 9
  • 10. A PAC - princípios em que assentava  Em 2005 o FEOGA foi substituído por dois novos fundos: (pág. 35)  FEAGA – Fundo Europeu Agrícola de Garantia (antes o FEOGA Garantia)  FEADER – Fundo Europeu Agrícola para o desenvolvimento rural (antes FEOGA orientação) 10
  • 11. Síntese do que a PAC oferecia aos agricultores  Esta política - Dava ajudas, em % elevada a fundo perdido, para melhorar as infraestruturas; - Dava apoio técnico aos agricultores; - Garantia aos agricultores a venda da produção a preços conhecidos antes da colheita; - Dava uma compensação financeira para a exportação, que se destinava a suportar a diferença entre o preço na comunidade (mais alto) e o preço internacional (mais baixo) 11
  • 12. ESTA POLÍTICA TROUXE RESULTADOS POSITIVOS MAS TAMBÉM NEGATIVOS pág. 36 Positivos:  A produção aumentou muito – e durante a década de 70 a Comunidade não só passou a ser autossuficiente como a ter excedentes  Aumentou a dimensão média das explorações  Melhoraram os equipamentos - Mão-de- obra mais qualificada - Redução acentuada da mão-de-obra agrícola  Aumentou a produtividade e o rendimento 12
  • 13. ESTA POLÍTICA TROUXE RESULTADOS POSITIVOS MAS TAMBÉM NEGATIVOS pág. 36 NEGATIVOS:  Grandes excedentes em muitos produtos (carne, manteiga, leite, trigo, etc.) que trouxe desequilíbrios no mercado enquanto os preços se mantinham muito superiores aos preços mundiais. - Aumentaram os custos de armazenamento mas 60% do orçamento continuava a destinar-se à garantia de preços aos agricultores e ao apoio à exportação (“guerra” com os EUA) - sobreexploração e agressões ambientais graves devido a uma agricultura muito intensiva - Diminuiu a segurança e a qualidade dos alimentos - As desigualdades entre os países não diminuíram, pelo contrário - Os encargos com a PAC comprometiam outras políticas 13
  • 14. Aplicar conhecimentos  Atividade – Ficha de trabalho – A 1ª PAC 14
  • 15. EFEITOS DA PAC – pág. 37  Os resultados foram tão grandes que a partir de 1984 foi necessário começar a fazer algumas reformas isoladas:  (sistema de quotas para alguns produtos; Fixação de quantidades máximas garantidas; incentivos à cessação da atividade, etc.; reduzir as terras aráveis – Set-aside); incentivos ao pousio … Destinadas a reduzir os custos da PAC ; a corrigir os excedentes; a preservar o ambiente e a equilibrar o mercado  que culminaram com a 1ª reestruturação da PAC (1992) e apareceu aquilo que na altura se chamou de Nova PAC ( entrou em vigor em 1993) 15
  • 16. Objetivos da PAC (Reforma de 1992) Pág.37  Baixar os preços comunitários garantidos para os nivelar ao mercado mundial – preços mais baseados nas leis da oferta/procura e menos nos preços de intervenção.  Medidas de Compensação - a baixa dos preços passou a ser compensada através de ajudas diretas aos produtores (o subsídio) calculadas em função da dimensão das explorações e do rendimento médio por hectare e não em função das quantidades produzidas (como na anterior) pretendia-se incentivar a qualidade e um equilíbrio entre a oferta e a procura.  Controlo da produção através de medidas limitativas (Quotas, áreas de superfície, como por exemplo o set- aside que obriga a quem produzir mais de 92 toneladas de trigo a deixar em pousio 15% das terras por ano, recebendo por elas um subsídio igual ao que teriam se as cultivassem  Ajudas à reflorestação de terras agrícolas; 16
  • 17. Objetivos da PAC (Reforma de 1992) Pág.37  Regime de reforma antecipada, para os agricultores com mais de 55 anos que cessem a sua atividade;  Proteção ambiental - prevenção contra a poluição dos solos e das águas– financiamentos para a agricultura biológica;  Incentivar a pluriatividade – para compensar as perdas de rendimento dos agricultores sem os obrigar a abandonar as terras, o que seria prejudicial para o equilíbrio do ambiente – encorajá-los a permanecer nas áreas rurais  Incentivar a produção de novas culturas em que a União é deficitária  Canalização dos apoios para as regiões mais carenciadas. 17
  • 18. Os Resultados da PAC de 1992  Os agricultores europeus estiveram, e estão, na sua maioria, em desacordo com esta política, temendo a diminuição dos seus rendimentos e um retrocesso da economia das regiões, pois, o abandono de muitas explorações pode levar à extinção de muitas atividades complementares e a um número crescente de desempregados.  Esta reforma teve alguns resultados mas mantiveram-se importantes problemas:  os problemas ambientais intensificaram-se  acentuaram-se as diferenças de rendimentos entre os agricultores. 18
  • 19. A PAC (1992)  Em suma a reforma de 1992 visava diminuir os custos e incentivar a produção menos intensiva, de forma a que houvesse, por um lado, um decréscimo dos excedentes e, por outro, fossem criados benefícios para o ambiente.  Ao contrário do sistema anterior , que se baseava na quantidade produzida, a PAC de 1992 favorece os rendimentos obtidos e a lógica de pagar para não produzir 19
  • 20. Aplicar conhecimentos  Atividade – Ficha de trabalho - A 1ª reforma da PAC – A nova PAC 20
  • 21. MUDANÇAS MAIS RECENTES NA PAC - depois de 1999 A evolução nos anos seguintes:  Pedidos de adesão dos países da Europa Central e Oriental;  A preparação para a moeda única;  O aumento da competitividade dos produtos dos países terceiros,  As negociações no âmbito da OMC ( Uruguai Round- início de liberalização do comércio agrícola – 1995) Conduziu a uma nova adaptação da PAC 21
  • 22. As mudanças de 1999 (pág. 38 e 39)  Em 1999 no âmbito da agenda 2000 (Conjunto de questões que se colocam à U.E., relacionadas com o alargamento e com a revisão das várias políticas comuns), reforçaram-se as alterações de 1992 em que as prioridades foram: 22
  • 23. No âmbito da Agenda 2000, a política agrícola passou a dar prioridade: após 1999  Ao desenvolvimento rural,  À segurança e qualidade alimentar (higiene nas explorações e na cadeia alimentar; certificação de origem ou processo de produção através da rotulagem …)  Ao bem-estar animal;  À melhoria do ambiente;  A promoção de uma agricultura sustentável.23
  • 24. Desenvolvimento rural após reforma de 1999  Reforçar os sectores agrícolas e silvícola, que são dois domínios fulcrais do meio rural;  Melhorar a competitividade das zonas rurais, de maneira a garantir às suas populações emprego e qualidade de vida (incentivar a pluriatividade para segurar as pessoas)  Preservar o ambiente, a paisagem e o património rural da Europa. Em SUMA - criação de novas fontes de rendimento para os agricultores; cada vez mais encarados como tendo um papel importante na gestão dos recursos naturais e na salvaguarda da paisagem; 24
  • 25. A agricultura sustentável deve valorizar um modelo em que passou a assumir quatro funções essenciais: pág. 38  A função económica, pelo tradicional papel de produção e contribuição para o crescimento económico;  A função de ordenamento do território, pois ocupa grande parte do território, constituindo a matriz de enquadramento dos restantes usos do solo;  A função social, uma vez que constitui a forma de sobrevivência de numerosas comunidades;  A função ambiental, pelo seu papel na conservação dos espaços, na proteção da biodiversidade e na 25 salvaguarda da paisagem.
  • 26. Síntese - Soluções – Após 1999: Adoção de medidas agroambientais – Agenda 2000 -, que se integram nos programas de desenvolvimento rural que visam o desenvolvimento de uma agricultura sustentável 26
  • 27. Resultados – mudanças de 1999  Apesar das virtudes das medidas implementadas a partir de 1999, não foram suficientes para resolver os problemas, tais como: - Dificuldades de competir no mercado mundial - Repartição dos apoios que têm beneficiado mais os ricos agricultores do Norte da Europa - As desigualdades entre as regiões continuam e as agressões ambientais também 27
  • 29. A última reforma (2003) pág. 39 Como os desafios não param de aumentar, nomeadamente:  Competitividade acrescida, dada a crescente globalização  Mau ordenamento do espaço rural e práticas intensivas prejudiciais ao ambiente e segurança alimentar  Alargamento a leste A PAC tem que se ir renovando 29
  • 30. A última reforma (2003) pág. 39 Aprofunda as metas da agenda 2000 e reforça a política de desenvolvimento rural Principais elementos  Pagamento único por exploração, independentemente da produção, dando aos agricultores a liberdade de se adaptarem ao mercado  Foram criados instrumentos inovadores que no conjunto se designam por medidas agroambientais, visando promover o desenvolvimento de uma agricultura sustentável 30
  • 31. A última reforma (2003) – Medidas agroambientais (pág.39) O pagamento das ajudas diretas aos agricultores obriga-os a compromissos em relação ao ambiente:  A Condicionalidade – Obriga ao respeito de normas ambientais, de segurança alimentar, de sanidade animal… e de manter as explorações em boas condições ambientais.  Modulação– Redução das ajudas diretas, superiores a 5000 euros, e a sua canalização para o desenvolvimento rural  Disciplina financeira – para assegurar o cumprimento do orçamento fixado até 2013 - Redução dos preços de muitos produtos (cereais, leite, vinho, azeite, frutos…) 31
  • 32. Com esta nova reforma, os agricultores são encorajados a respeitar o ambiente e a segurança alimentar. Para tal, recebem ajudas desligadas da produção, nomeadamente:  Novos incentivos à qualidade, incluindo a certificação e promoção dos produtos e à utilização de práticas da agricultura biológica. (princípio da condicionalidade)  Apoios para o cumprimento das normas em matéria de ambiente, saúde pública e bem-estar animal;  Diminuição dos preços de intervenção, compensada por um aumento de ajudas aos agricultores de modo a tornar os produtos comunitários mais competitivos nos mercados interno e mundial. 32
  • 33. Aplicar conhecimentos  ACTIVIDADES  Resolva a ficha 7 do caderno de atividades Nota - Para responder à questão 5 tem que obrigatoriamente consultar as páginas 40 e 41 do manual Com base nessas páginas responda também : 33
  • 34. Questão 1 – Quais as razões por que foi concedido a Portugal um período de transição (ou por etapas)? Questão 2 – Quais foram os aspetos que causaram mais dificuldades de integração à nossa agricultura? Questão 3 – O que é o Quadro Comunitário de Apoio QCA? Questão 3.1. Que designação passou a ter a partir de 2007? Questão 4- Os recursos financeiros comunitários, embora nem sempre bem utilizados, facilitaram a modernização da agricultura portuguesa. Em que aspetos é que mais se sentiu essa modernização 34
  • 35. A prática da agricultura biológica permite atingir três grandes objetivos:  evita a poluição causada pelos adubos e pesticidas;  preserva os solos, pela sua correcta utilização e fertilização natural;  consegue produtos de alta qualidade, quer em sabor, quer em valor nutritivo, e sem resíduos químicos. 35
  • 37. Portugal está em 9º lugar com os seus 5% da área agrícola útil e que corresponde a 233 mil ha 37
  • 38. Nº de Explorações com Agricultura Biológica, em 1999 Regiões Agrárias com maior nº de Exploraçõ es 38
  • 39. Cultivos dominantes por Região Agrária, nº de operadores e área ocupada Tipo de Produções Biológicas: Cultivos 39
  • 40. Percentagem de Nº de Explorações agrícolas que recorrem a ajudas e a subsídios, por região agrária, em 1999 Subsídios ao Total das explorações 40
  • 41. Regras para a qualidade dos produtos DENOMINAÇÃO DE ORIGEM PROTEGIDA (DOP) A DOP é o nome de um produto cuja produção, transformação e elaboração ocorrem numa área geográfica delimitada com um saber fazer reconhecido e verificado. Maçã Bravo de Esmolfe Denominação de Origem Protegida FELBA - CENTRO DE VALORIZAÇÃO DAS FRUTAS E LEGUMES DA BEIRA ALTA http://ec.europa.eu/agriculture/foodqual/quali1_pt.htm 41
  • 42. Regras para a qualidade dos produtos DENOMINAÇÃO DE ORIGEM PROTEGIDA (DOP)  Carne Mirandesa Carne Fresca (e vísceras) Bovino Agropema - Cooperativa agro-pecuária Mirandesa, Posto Zootécnico de Malhadas, Miranda do Douro 42
  • 43. Regras para a qualidade dos produtos INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PROTEGIDA (IGP) Na IGP, a relação com o meio geográfico subsiste pelo menos numa das fases da produção, transformação ou elaboração. Além disso, o produto pode beneficiar de uma boa reputação tradicional. Linguiça de Portalegre Alheira de Mirandela Portugal, é um país cheio de tradições. Os seus enchidos é uma delas. E porque sabemos que só perduram as coisas boas, a qualidade 43 dos enchidos portugueses passará à história.
  • 44. Regras para a qualidade dos produtos INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PROTEGIDA (IGP) Presunto de Barroso IGP O uso da Indicação Geográfica obriga a que a carne seja produzida de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, a identificação dos animais, o saneamento e a assistência veterinária, o sistema de produção, a alimentação e as condições a observar no abate, a forma de cura e o tratamento para obtenção do presunto. 44 http://ec.europa.eu/agriculture/foodqual/quali1_pt.h
  • 45. Regras para a qualidade dos produtos ESPECIALIDADE TRADICIONAL GARANTIDA (ETG) A ETG não faz referência a uma origem mas, tem por objecto distinguir uma composição tradicional do produto ou um modo de produção tradicional. Queijos Produtos à base de carne Carne fresca (e vísceras) 45 http://ec.europa.eu/agriculture/foodqual/quali1_pt.htm