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A Politica Agrícola Comum




   A Agricultura Portuguesa
Desde 1986 ,que o sector agrário
nacional tem vindo a ser condicionado
 pela PAC ( Politica Agrícola Comum)
A insuficiência da produção agro
alimentar e a representatividade da
 agricultura no emprego e no PIB
   dos seis países fundadores da
   CEE tornou a agricultura uma
    prioridade na construção do
          mercado comum.
Ainda hoje se mantêm os principais objetivos gerais da PAC definidos
                       no tratado de Roma

Objectivos da PAC

1. Incrementar a produtividade da agricultura, fomentando o
   progresso técnico , assegurando o desenvolvimento racional da
   produção agrícola e a utilização óptima dos factores de produção


2. Assegurar um nível de vida equitativo à população agrícola
    através do aumento do rendimento individual dos que trabalham
    na agricultura.

3. Estabilizar os mercados

4. Garantir a segurança dos abastecimentos

5. Assegurar preços razoáveis nos fornecimentos aos consumidores
Os princípios que levaram à concretização destes
     objectivos constituem os pilares da PAC



Unicidade de                                        Solidariedade
mercado                     Preferência             financeira
Criação de uma
                            comunitária              Pressupõe que os
organização de
mercado – OMC -
                                                     custos de
                        Estabelece o preço           funcionamento da
para cada um dos        mínimo de custos nos         PAC sejam
produtos definindo      mercados dos Países –
preços institucionais                                suportados em
                        membros para as
e regras de             importações a par de         comum a partir do
concorrência                                         FEOGA – Fundo
                        subsidiar as exportações.
                                                     Europeu de
                                                     Orientação e
                                                     Garantia Agrícola.
Os primeiros anos da PAC




• A produção agrícola triplicou
• Aumentou a produtividade e o
  rendimento dos agricultores
• Reduziu-se a superfície e a mão
  –de – obra utilizada.
Problemas gerados pela aplicação da PAC



•   Criação de excedentes agrícolas,
    impossíveis de escoar nos mercados ,
    gerando custos elevados de
    armazenamento.
•   Desajustamento entre a produção e as
    necessidades do mercado
•   Peso muito elevado da PAC no
    orçamento comunitário.
•   Tensão entre os principais exportadores
    mundiais devido às medidas
    protecionistas e à politica de incentivo à
    exportação.
•   Graves problemas ambientais.
REFORMAS
O desajustamento da PAC face aos mercados e os custos de funcionamento
                 levaram a alterações sucessivas na PAC.


         1984             Foi instituído o sistema de quotas


                        Foram alargados a um maior                 Fixação das
                        número de setores os                       quantidades
        1988            estabilizadores agro orçamentais           máximas garantidas

                        Introduziram-se medidas
                        destinadas a reduzir as terras
                        cultivadas                                Sistema de
                                                                  retirada de terras
                                                                  aráveis set - aside


Reconversão dos sistemas de cultivo dos       Regime de incentivos à cessação da
produtos excedentários , baseada na           actividade agrícola ou reforma
concessão de prémios aos agricultores         antecipada
que reduzissem a produção.
Reforma de 1992
•  Principais         Procedeu-se:

   objetivos:         à diminuição dos preços
                      agrícolas garantidos

1. Reequilibrar a     E à criação de ajudas directas
                      aos produtores.
   oferta e a
   procura            Incentivos ao pousio
                      temporário
2. Promoção de        Reformas antecipadas

   um maior           Incentivos à agricultura
                      biológica
   respeito pelo      Incentivo à silvicultura
   ambiente           Incentivos à pluriactividade
                      Orientação para novas
                      produções industriais
Reforma de 1992
Apesar de alguns resultados positivos com a reforma da PAC
     de 1992 mantiveram-se alguns problemas de fundo



  Acentuou
  as                   Reforma da PAC           Ineficiência na
  diferenças                1992                aplicação dos
  de                                                apoios
  rendimento
  entre os
  agricultores

                 Intensificação dos problemas
                           ambientais
Reforma de 1999

No âmbito da Agenda 2000 foi feita em 1999
 uma nova reforma que reforça as alterações
 introduzidas em 1992

                       Ao desenvolvimento rural
       Foi dada
       prioridade      Segurança alimentar
                       Bem estar animal
                       Melhoria do ambiente
         Promoção de uma agricultura sustentável
A importância da agricultura
Económica
Contribui para o crescimento económico.

Ordenamento do território
Ocupa grande parte do território e é matriz de
enquadramento dos restantes usos do solo

Social
É forma de sobrevivência de muitas comunidades


Ambiental
Tem um importante papel na conservação da
paisagem, protecção da biodiversidade e
salvaguarda da paisagem
Desafios
1. Necessidade de aumentar a
   competitividade da agricultura
   europeia face às perspetivas de
   expansão do mercado agrícola
   mundial
Desafios
2 . Deficiente ordenamento do espaço rural




O despovoamento de certas regiões e o predomínio de
práticas intensivas e nocivas para o ambiente noutras.
Desafios
3. O alargamento da União em
  2004, a Estados em cujas
  economias o setor agrícola tem
  ainda importância.




4. A defesa da PAC nas
negociações internacionais no
quadro da OMC
Revisão da PAC 2003
• Os agricultores são encorajados a respeitar o
  ambiente e a segurança alimentar.
• Recebem ajudas desligadas da produção



•Novos incentivos à qualidade
•Apoios para o cumprimento das normas em matéria de ambiente, saúde
pública e bem – estar animal
•Cobertura dos custos no domínio do bem – estar animal
A agricultura portuguesa antes da adesão

           1.   Representava 17% no PIB e 30% no emprego.
           2.   A produtividade e o rendimento eram
                inferiores aos dos restantes países membros.
           3.   O investimento era reduzido e as técnicas
                pouco evoluídas.
           4.   As infra –estruturas agrícolas eram
                insuficientes e as características da estrutura
                fundiária dificultava o desenvolvimento do
                setor.
Dadas as fragilidades da agricultura
                   portuguesa…

                                                      A segunda etapa
Até 1990 ,                                            que deveria
Portugal                                              terminar em
não esteve                                            1995,foi marcada
sujeito ás    A integração foi feita em duas etapas   pela
regras de                                             concretização do
preços e                                              Mercado Único
mercados                                              que ao permitir a
da PAC                                                livre circulação de
                                                      produtos expôs
                                                      prematuramente
                                                      o mercado à
Beneficiou de um programa de incentivos financeiros   concorrência.
PEDAP que visava a modernização acelerada para nos
prepararmos para a abertura ao mercado europeu.
A agricultura portuguesa confrontou-se com grandes
dificuldades acrescidas da adaptação à reforma da PAC de
                           1992

 • Sofreu limitações à produção, na sequência
   de um excesso de produção para o qual não
   contribuiu.
 • Foi desfavorecida no sistema de repartição
   de apoios , feito em função da área de
   exploração e rendimento médio.
 • Os investimentos em projectos co-
   financiados por fundos comunitários levaram
   ao endividamento dos agricultores.
Portugal e a PAC
Os benefícios e apoios    No âmbito do QÇA III
da PAC não foram até      Quadro Comunitário
agora suficientes para
                          de Apoio –o Programa
resolver os principais
problemas estruturais     Operacional
da agricultura            Agricultura e
portuguesa torna-se       Desenvolvimento
imperativo proceder à     Rural – Programa
reestruturação do setor   AGRO- garante
melhorar a                oportunidades para a
produtividade e
                          modernização do
aumentar a
competitividade.          setor e sua adaptação
                          às novas realidades
                          do mercado global
Apoios comunitários
O programa AGRO engloba              Melhorar a
                                     competitividade agro –
mecanismos de apoio                  florestal e a
financeiro em torno de dois          sustentabilidade rural
eixos prioritários


Reforçar o potencial humano e os
serviços à agricultura e às áreas
rurais

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A PAC e a agricultura portuguesa

  • 1. A Politica Agrícola Comum A Agricultura Portuguesa
  • 2.
  • 3. Desde 1986 ,que o sector agrário nacional tem vindo a ser condicionado pela PAC ( Politica Agrícola Comum)
  • 4. A insuficiência da produção agro alimentar e a representatividade da agricultura no emprego e no PIB dos seis países fundadores da CEE tornou a agricultura uma prioridade na construção do mercado comum.
  • 5. Ainda hoje se mantêm os principais objetivos gerais da PAC definidos no tratado de Roma Objectivos da PAC 1. Incrementar a produtividade da agricultura, fomentando o progresso técnico , assegurando o desenvolvimento racional da produção agrícola e a utilização óptima dos factores de produção 2. Assegurar um nível de vida equitativo à população agrícola através do aumento do rendimento individual dos que trabalham na agricultura. 3. Estabilizar os mercados 4. Garantir a segurança dos abastecimentos 5. Assegurar preços razoáveis nos fornecimentos aos consumidores
  • 6. Os princípios que levaram à concretização destes objectivos constituem os pilares da PAC Unicidade de Solidariedade mercado Preferência financeira Criação de uma comunitária Pressupõe que os organização de mercado – OMC - custos de Estabelece o preço funcionamento da para cada um dos mínimo de custos nos PAC sejam produtos definindo mercados dos Países – preços institucionais suportados em membros para as e regras de importações a par de comum a partir do concorrência FEOGA – Fundo subsidiar as exportações. Europeu de Orientação e Garantia Agrícola.
  • 7. Os primeiros anos da PAC • A produção agrícola triplicou • Aumentou a produtividade e o rendimento dos agricultores • Reduziu-se a superfície e a mão –de – obra utilizada.
  • 8. Problemas gerados pela aplicação da PAC • Criação de excedentes agrícolas, impossíveis de escoar nos mercados , gerando custos elevados de armazenamento. • Desajustamento entre a produção e as necessidades do mercado • Peso muito elevado da PAC no orçamento comunitário. • Tensão entre os principais exportadores mundiais devido às medidas protecionistas e à politica de incentivo à exportação. • Graves problemas ambientais.
  • 9. REFORMAS O desajustamento da PAC face aos mercados e os custos de funcionamento levaram a alterações sucessivas na PAC. 1984 Foi instituído o sistema de quotas Foram alargados a um maior Fixação das número de setores os quantidades 1988 estabilizadores agro orçamentais máximas garantidas Introduziram-se medidas destinadas a reduzir as terras cultivadas Sistema de retirada de terras aráveis set - aside Reconversão dos sistemas de cultivo dos Regime de incentivos à cessação da produtos excedentários , baseada na actividade agrícola ou reforma concessão de prémios aos agricultores antecipada que reduzissem a produção.
  • 10. Reforma de 1992 • Principais Procedeu-se: objetivos: à diminuição dos preços agrícolas garantidos 1. Reequilibrar a E à criação de ajudas directas aos produtores. oferta e a procura Incentivos ao pousio temporário 2. Promoção de Reformas antecipadas um maior Incentivos à agricultura biológica respeito pelo Incentivo à silvicultura ambiente Incentivos à pluriactividade Orientação para novas produções industriais
  • 11. Reforma de 1992 Apesar de alguns resultados positivos com a reforma da PAC de 1992 mantiveram-se alguns problemas de fundo Acentuou as Reforma da PAC Ineficiência na diferenças 1992 aplicação dos de apoios rendimento entre os agricultores Intensificação dos problemas ambientais
  • 12. Reforma de 1999 No âmbito da Agenda 2000 foi feita em 1999 uma nova reforma que reforça as alterações introduzidas em 1992 Ao desenvolvimento rural Foi dada prioridade Segurança alimentar Bem estar animal Melhoria do ambiente Promoção de uma agricultura sustentável
  • 13. A importância da agricultura Económica Contribui para o crescimento económico. Ordenamento do território Ocupa grande parte do território e é matriz de enquadramento dos restantes usos do solo Social É forma de sobrevivência de muitas comunidades Ambiental Tem um importante papel na conservação da paisagem, protecção da biodiversidade e salvaguarda da paisagem
  • 14. Desafios 1. Necessidade de aumentar a competitividade da agricultura europeia face às perspetivas de expansão do mercado agrícola mundial
  • 15. Desafios 2 . Deficiente ordenamento do espaço rural O despovoamento de certas regiões e o predomínio de práticas intensivas e nocivas para o ambiente noutras.
  • 16. Desafios 3. O alargamento da União em 2004, a Estados em cujas economias o setor agrícola tem ainda importância. 4. A defesa da PAC nas negociações internacionais no quadro da OMC
  • 17. Revisão da PAC 2003 • Os agricultores são encorajados a respeitar o ambiente e a segurança alimentar. • Recebem ajudas desligadas da produção •Novos incentivos à qualidade •Apoios para o cumprimento das normas em matéria de ambiente, saúde pública e bem – estar animal •Cobertura dos custos no domínio do bem – estar animal
  • 18. A agricultura portuguesa antes da adesão 1. Representava 17% no PIB e 30% no emprego. 2. A produtividade e o rendimento eram inferiores aos dos restantes países membros. 3. O investimento era reduzido e as técnicas pouco evoluídas. 4. As infra –estruturas agrícolas eram insuficientes e as características da estrutura fundiária dificultava o desenvolvimento do setor.
  • 19. Dadas as fragilidades da agricultura portuguesa… A segunda etapa Até 1990 , que deveria Portugal terminar em não esteve 1995,foi marcada sujeito ás A integração foi feita em duas etapas pela regras de concretização do preços e Mercado Único mercados que ao permitir a da PAC livre circulação de produtos expôs prematuramente o mercado à Beneficiou de um programa de incentivos financeiros concorrência. PEDAP que visava a modernização acelerada para nos prepararmos para a abertura ao mercado europeu.
  • 20. A agricultura portuguesa confrontou-se com grandes dificuldades acrescidas da adaptação à reforma da PAC de 1992 • Sofreu limitações à produção, na sequência de um excesso de produção para o qual não contribuiu. • Foi desfavorecida no sistema de repartição de apoios , feito em função da área de exploração e rendimento médio. • Os investimentos em projectos co- financiados por fundos comunitários levaram ao endividamento dos agricultores.
  • 21. Portugal e a PAC Os benefícios e apoios No âmbito do QÇA III da PAC não foram até Quadro Comunitário agora suficientes para de Apoio –o Programa resolver os principais problemas estruturais Operacional da agricultura Agricultura e portuguesa torna-se Desenvolvimento imperativo proceder à Rural – Programa reestruturação do setor AGRO- garante melhorar a oportunidades para a produtividade e modernização do aumentar a competitividade. setor e sua adaptação às novas realidades do mercado global
  • 22. Apoios comunitários O programa AGRO engloba Melhorar a competitividade agro – mecanismos de apoio florestal e a financeiro em torno de dois sustentabilidade rural eixos prioritários Reforçar o potencial humano e os serviços à agricultura e às áreas rurais Os recursos financeiros provem dos Fundos Estruturais FEDER FSE FEOGA