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•Corrupto, oportunista e medroso.
•Símbolo de repressão e do autoritarismo pelo qual é comandado (ditadura).
• Não é forte sozinho; sem as ordens da ditadura, é fraco e acovarda-se diante
de Fabiano.
•Contrata Fabiano para trabalhar em sua fazenda.
•Desonesto, explorava seus empregados.
•Intolerante e explorador.
•Aparece somente por meio de evocações
•É tido como referência por Fabiano e Sinhá Vitória.
•Dono do bar. 3gomes@professor.sp.gov.br
Fabiano, o pai da família, é um vaqueiro com dificuldade
de se expressar. Não tem aspirações nem esperanças de
vida.
A história começa com a fuga de uma família nordestina
fugindo da seca do sertão.
4gomes@professor.sp.gov.br
Sinhá Vitória é a mãe, é mais "madura" do que
seu marido Fabiano, também não se conforma
com sua situação miserável, e sonha com uma
cama de ouro como a de Tomás da Bolandeira.
Os dois filhos e a cadela Baleia acabam por
concluir essa família.
5gomes@professor.sp.gov.br
O menino mais novo sonha ser como o pai, já
o mais velho desejava a presença de um
amigo, conformando-se assim com a presença
de sua cadela Baleia, a qual portava-se não
como um animal,
mas sim tratada
como um ente e
ajudava Fabiano
e sua família a
suportar as
péssimas condições.
6gomes@professor.sp.gov.br
A família fica sem a companhia do outro
animal da família, um papagaio, que fora
sacrificado na véspera a fim de aplacar a fome
que se abatia sobre aquelas pessoas. Na
verdade, era um papagaio estranho, que
pouco falava, talvez porque convivesse com
gente que também falava pouco.
7gomes@professor.sp.gov.br
Depois de muito caminhar a família chega a uma
fazenda abandonada, onde acabam ficando. Após de
um curto período de chuva o dono da fazenda
retorna e contrata Fabiano como seu vaqueiro.
8gomes@professor.sp.gov.br
Fabiano vai a venda comprar mantimentos e lá
começa a beber. Aparece um policial que
Fabiano chama de Soldado Amarelo, que o
convida para jogar baralho com os outros.
O jogo acontece e numa desavença com o
Soldado Amarelo, Fabiano é preso maltratado e
humilhado, aumentando assim sua insatisfação
com o mundo e com sua própria condição de
homem selvagem do campo.
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Fabiano é solto e continuando assim sua vida
na fazenda. Sinhá Vitória desconfia que o
patrão de Fabiano estaria roubando nas
contas do salário do marido.
A família participa da festa de Natal da cidade
onde se sentem humilhados por diversos
“patrões” e “Soldados Amarelos”.
10gomes@professor.sp.gov.br
Pêlos caídos, feridas na boca e inchaço nos beiços,
fizeram Fabiano achar que ela estivesse com raiva.
Resolveu sacrificá-la. Sinhá Vitória recolheu os meninos,
desconfiados, a fim de evitar-lhes a cena.
Baleia era considerada como um membro da família, por
isso os meninos protestaram, tentando impedir a trágica
atitude do pai. Sinhá Vitória lutava com os pequenos,
porque aquilo era necessário, lamentou o fato de que
ele não tivesse esperado mais para confirmar a doença
da cachorrinha.
11gomes@professor.sp.gov.br
Baleia sentia o fim próximo, tentava esconder-se e até
desejou morder Fabiano. Em meio à agonia, tinha raiva
de Fabiano, mas também o via como o companheiro de
muito tempo.
Ao primeiro tiro, que pegou o traseiro da cachorra e
inutilizou-lhe uma perna, as crianças começaram a chorar
desesperadamente.
12gomes@professor.sp.gov.br
Não satisfeito e sentindo-se prejudicado com o
patrão, Fabiano resolve conversar com ele, este
que ameaça despejar Fabiano da fazenda.
Fabiano tenta esquecer o assunto e acaba
ficando muito indignado.
Na volta da venda Fabiano encontra o Soldado
Amarelo perdido no mato. Fabiano pensa em
matar o Soldado Amarelo, porém sentindo-se
fraco e impossibilitado, acaba ajudando o
soldado a voltar para a cidade.
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A seca atinge a fazenda e faz com que toda a
família fuja novamente, só que desta vez,
todos vão para o Sul, em busca da cidade
grande, sem destino e sem esperança de vida.
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15gomes@professor.sp.gov.br
 Encontramos a narração em terceira pessoa, com
narrador onisciente.
 É o próprio narrador que revela o interior dos
personagens. O foco narrativo ganha destaque ao
converter em palavras os anseios e pensamentos das
personagens.
"... Aí, a cólera diminuiu e Fabiano teve pena". (Cap. 01)
16gomes@professor.sp.gov.br
 O tempo de narrativa é acerca de duas secas. A
primeira que traz a família para a fazenda e a
segunda que a leva para o Sul. Mesmo possuindo
algumas referências cronológicas na obra, o tempo é
psicológico e circular.
"... Sinhá Vitória é saudosista. Lembra-se de
acontecimentos antigos, até ser despertada pelo
grito da ave e ter a idéia de transformá-la em
alimento". (Cap. 01)
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O espaço é físico, refere-se ao sertão
nordestino, descrito com precisão pelo autor.
"... na lagoa seca, torrada, coberta de
caatingas e capões de mato". (Cap. 11)
18gomes@professor.sp.gov.br
Tipo de discurso: indireto livre
Foco narrativo: terceira pessoa
Adjetivos, figuras de linguagem:
Metáfora: " - você é um bicho, Fabiano".
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19gomes@professor.sp.gov.br
 Esse livro retrata fielmente a realidade brasileira, tanto da
época em que o livro foi escrito, quanto dos dias de hoje, tais
como injustiça social, miséria, fome, desigualdade e seca, o
que nos reflete a idéia de que o homem se animalizou sob
condições sub-humanas de sobrevivência.
20gomes@professor.sp.gov.br
21gomes@professor.sp.gov.br
A obra de Graciliano pode ser considerada um marco para a
literatura brasileira, em especial o Modernismo Brasileiro, visto
que há a implícita (e, em alguns casos, até explícita) crítica social
a toda pobreza no sertão nordestino, que atinge uma boa
parcela da população, e que, de fato, acaba por prejudicar todo
o país, impedindo maiores desenvolvimentos.
Há a tentativa, portanto, de se mostrar a desarticulação dessa
região com o resto do país (um Brasil pobre dentro de todo o
Brasil).
22gomes@professor.sp.gov.br
Além disso, denotativamente, o adjetivo "secas" se refere a
"vidas", e, dessa forma, teria o sentido de que a família sofre com
a seca. Por outro lado, conotativamente, pode-se relacionar
aquele adjetivo a uma vida privada, miserável.
O próprio título da obra, se analisado corretamente, nos dará
pistas importantes da mensagem que Graciliano quer passar:
"Vidas" se opõe a "Secas" pois a primeira tem sentido de
abundância, enquanto, a segunda, de vazio, de falta,
configurando um paradoxo (oposição de ideias resultando em
uma construção de sentido ilógico).
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  • 3. •Corrupto, oportunista e medroso. •Símbolo de repressão e do autoritarismo pelo qual é comandado (ditadura). • Não é forte sozinho; sem as ordens da ditadura, é fraco e acovarda-se diante de Fabiano. •Contrata Fabiano para trabalhar em sua fazenda. •Desonesto, explorava seus empregados. •Intolerante e explorador. •Aparece somente por meio de evocações •É tido como referência por Fabiano e Sinhá Vitória. •Dono do bar. 3gomes@professor.sp.gov.br
  • 4. Fabiano, o pai da família, é um vaqueiro com dificuldade de se expressar. Não tem aspirações nem esperanças de vida. A história começa com a fuga de uma família nordestina fugindo da seca do sertão. 4gomes@professor.sp.gov.br
  • 5. Sinhá Vitória é a mãe, é mais "madura" do que seu marido Fabiano, também não se conforma com sua situação miserável, e sonha com uma cama de ouro como a de Tomás da Bolandeira. Os dois filhos e a cadela Baleia acabam por concluir essa família. 5gomes@professor.sp.gov.br
  • 6. O menino mais novo sonha ser como o pai, já o mais velho desejava a presença de um amigo, conformando-se assim com a presença de sua cadela Baleia, a qual portava-se não como um animal, mas sim tratada como um ente e ajudava Fabiano e sua família a suportar as péssimas condições. 6gomes@professor.sp.gov.br
  • 7. A família fica sem a companhia do outro animal da família, um papagaio, que fora sacrificado na véspera a fim de aplacar a fome que se abatia sobre aquelas pessoas. Na verdade, era um papagaio estranho, que pouco falava, talvez porque convivesse com gente que também falava pouco. 7gomes@professor.sp.gov.br
  • 8. Depois de muito caminhar a família chega a uma fazenda abandonada, onde acabam ficando. Após de um curto período de chuva o dono da fazenda retorna e contrata Fabiano como seu vaqueiro. 8gomes@professor.sp.gov.br
  • 9. Fabiano vai a venda comprar mantimentos e lá começa a beber. Aparece um policial que Fabiano chama de Soldado Amarelo, que o convida para jogar baralho com os outros. O jogo acontece e numa desavença com o Soldado Amarelo, Fabiano é preso maltratado e humilhado, aumentando assim sua insatisfação com o mundo e com sua própria condição de homem selvagem do campo. 9gomes@professor.sp.gov.br
  • 10. Fabiano é solto e continuando assim sua vida na fazenda. Sinhá Vitória desconfia que o patrão de Fabiano estaria roubando nas contas do salário do marido. A família participa da festa de Natal da cidade onde se sentem humilhados por diversos “patrões” e “Soldados Amarelos”. 10gomes@professor.sp.gov.br
  • 11. Pêlos caídos, feridas na boca e inchaço nos beiços, fizeram Fabiano achar que ela estivesse com raiva. Resolveu sacrificá-la. Sinhá Vitória recolheu os meninos, desconfiados, a fim de evitar-lhes a cena. Baleia era considerada como um membro da família, por isso os meninos protestaram, tentando impedir a trágica atitude do pai. Sinhá Vitória lutava com os pequenos, porque aquilo era necessário, lamentou o fato de que ele não tivesse esperado mais para confirmar a doença da cachorrinha. 11gomes@professor.sp.gov.br
  • 12. Baleia sentia o fim próximo, tentava esconder-se e até desejou morder Fabiano. Em meio à agonia, tinha raiva de Fabiano, mas também o via como o companheiro de muito tempo. Ao primeiro tiro, que pegou o traseiro da cachorra e inutilizou-lhe uma perna, as crianças começaram a chorar desesperadamente. 12gomes@professor.sp.gov.br
  • 13. Não satisfeito e sentindo-se prejudicado com o patrão, Fabiano resolve conversar com ele, este que ameaça despejar Fabiano da fazenda. Fabiano tenta esquecer o assunto e acaba ficando muito indignado. Na volta da venda Fabiano encontra o Soldado Amarelo perdido no mato. Fabiano pensa em matar o Soldado Amarelo, porém sentindo-se fraco e impossibilitado, acaba ajudando o soldado a voltar para a cidade. 13gomes@professor.sp.gov.br
  • 14. A seca atinge a fazenda e faz com que toda a família fuja novamente, só que desta vez, todos vão para o Sul, em busca da cidade grande, sem destino e sem esperança de vida. 14gomes@professor.sp.gov.br
  • 16.  Encontramos a narração em terceira pessoa, com narrador onisciente.  É o próprio narrador que revela o interior dos personagens. O foco narrativo ganha destaque ao converter em palavras os anseios e pensamentos das personagens. "... Aí, a cólera diminuiu e Fabiano teve pena". (Cap. 01) 16gomes@professor.sp.gov.br
  • 17.  O tempo de narrativa é acerca de duas secas. A primeira que traz a família para a fazenda e a segunda que a leva para o Sul. Mesmo possuindo algumas referências cronológicas na obra, o tempo é psicológico e circular. "... Sinhá Vitória é saudosista. Lembra-se de acontecimentos antigos, até ser despertada pelo grito da ave e ter a idéia de transformá-la em alimento". (Cap. 01) 17gomes@professor.sp.gov.br
  • 18. O espaço é físico, refere-se ao sertão nordestino, descrito com precisão pelo autor. "... na lagoa seca, torrada, coberta de caatingas e capões de mato". (Cap. 11) 18gomes@professor.sp.gov.br
  • 19. Tipo de discurso: indireto livre Foco narrativo: terceira pessoa Adjetivos, figuras de linguagem: Metáfora: " - você é um bicho, Fabiano". Prosopopéia: compara Baleia como gente. 19gomes@professor.sp.gov.br
  • 20.  Esse livro retrata fielmente a realidade brasileira, tanto da época em que o livro foi escrito, quanto dos dias de hoje, tais como injustiça social, miséria, fome, desigualdade e seca, o que nos reflete a idéia de que o homem se animalizou sob condições sub-humanas de sobrevivência. 20gomes@professor.sp.gov.br
  • 22. A obra de Graciliano pode ser considerada um marco para a literatura brasileira, em especial o Modernismo Brasileiro, visto que há a implícita (e, em alguns casos, até explícita) crítica social a toda pobreza no sertão nordestino, que atinge uma boa parcela da população, e que, de fato, acaba por prejudicar todo o país, impedindo maiores desenvolvimentos. Há a tentativa, portanto, de se mostrar a desarticulação dessa região com o resto do país (um Brasil pobre dentro de todo o Brasil). 22gomes@professor.sp.gov.br
  • 23. Além disso, denotativamente, o adjetivo "secas" se refere a "vidas", e, dessa forma, teria o sentido de que a família sofre com a seca. Por outro lado, conotativamente, pode-se relacionar aquele adjetivo a uma vida privada, miserável. O próprio título da obra, se analisado corretamente, nos dará pistas importantes da mensagem que Graciliano quer passar: "Vidas" se opõe a "Secas" pois a primeira tem sentido de abundância, enquanto, a segunda, de vazio, de falta, configurando um paradoxo (oposição de ideias resultando em uma construção de sentido ilógico). 23gomes@professor.sp.gov.br