3. •Corrupto, oportunista e medroso.
•Símbolo de repressão e do autoritarismo pelo qual é comandado (ditadura).
• Não é forte sozinho; sem as ordens da ditadura, é fraco e acovarda-se diante
de Fabiano.
•Contrata Fabiano para trabalhar em sua fazenda.
•Desonesto, explorava seus empregados.
•Intolerante e explorador.
•Aparece somente por meio de evocações
•É tido como referência por Fabiano e Sinhá Vitória.
•Dono do bar. 3gomes@professor.sp.gov.br
4. Fabiano, o pai da família, é um vaqueiro com dificuldade
de se expressar. Não tem aspirações nem esperanças de
vida.
A história começa com a fuga de uma família nordestina
fugindo da seca do sertão.
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5. Sinhá Vitória é a mãe, é mais "madura" do que
seu marido Fabiano, também não se conforma
com sua situação miserável, e sonha com uma
cama de ouro como a de Tomás da Bolandeira.
Os dois filhos e a cadela Baleia acabam por
concluir essa família.
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6. O menino mais novo sonha ser como o pai, já
o mais velho desejava a presença de um
amigo, conformando-se assim com a presença
de sua cadela Baleia, a qual portava-se não
como um animal,
mas sim tratada
como um ente e
ajudava Fabiano
e sua família a
suportar as
péssimas condições.
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7. A família fica sem a companhia do outro
animal da família, um papagaio, que fora
sacrificado na véspera a fim de aplacar a fome
que se abatia sobre aquelas pessoas. Na
verdade, era um papagaio estranho, que
pouco falava, talvez porque convivesse com
gente que também falava pouco.
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8. Depois de muito caminhar a família chega a uma
fazenda abandonada, onde acabam ficando. Após de
um curto período de chuva o dono da fazenda
retorna e contrata Fabiano como seu vaqueiro.
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9. Fabiano vai a venda comprar mantimentos e lá
começa a beber. Aparece um policial que
Fabiano chama de Soldado Amarelo, que o
convida para jogar baralho com os outros.
O jogo acontece e numa desavença com o
Soldado Amarelo, Fabiano é preso maltratado e
humilhado, aumentando assim sua insatisfação
com o mundo e com sua própria condição de
homem selvagem do campo.
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10. Fabiano é solto e continuando assim sua vida
na fazenda. Sinhá Vitória desconfia que o
patrão de Fabiano estaria roubando nas
contas do salário do marido.
A família participa da festa de Natal da cidade
onde se sentem humilhados por diversos
“patrões” e “Soldados Amarelos”.
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11. Pêlos caídos, feridas na boca e inchaço nos beiços,
fizeram Fabiano achar que ela estivesse com raiva.
Resolveu sacrificá-la. Sinhá Vitória recolheu os meninos,
desconfiados, a fim de evitar-lhes a cena.
Baleia era considerada como um membro da família, por
isso os meninos protestaram, tentando impedir a trágica
atitude do pai. Sinhá Vitória lutava com os pequenos,
porque aquilo era necessário, lamentou o fato de que
ele não tivesse esperado mais para confirmar a doença
da cachorrinha.
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12. Baleia sentia o fim próximo, tentava esconder-se e até
desejou morder Fabiano. Em meio à agonia, tinha raiva
de Fabiano, mas também o via como o companheiro de
muito tempo.
Ao primeiro tiro, que pegou o traseiro da cachorra e
inutilizou-lhe uma perna, as crianças começaram a chorar
desesperadamente.
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13. Não satisfeito e sentindo-se prejudicado com o
patrão, Fabiano resolve conversar com ele, este
que ameaça despejar Fabiano da fazenda.
Fabiano tenta esquecer o assunto e acaba
ficando muito indignado.
Na volta da venda Fabiano encontra o Soldado
Amarelo perdido no mato. Fabiano pensa em
matar o Soldado Amarelo, porém sentindo-se
fraco e impossibilitado, acaba ajudando o
soldado a voltar para a cidade.
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14. A seca atinge a fazenda e faz com que toda a
família fuja novamente, só que desta vez,
todos vão para o Sul, em busca da cidade
grande, sem destino e sem esperança de vida.
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16. Encontramos a narração em terceira pessoa, com
narrador onisciente.
É o próprio narrador que revela o interior dos
personagens. O foco narrativo ganha destaque ao
converter em palavras os anseios e pensamentos das
personagens.
"... Aí, a cólera diminuiu e Fabiano teve pena". (Cap. 01)
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17. O tempo de narrativa é acerca de duas secas. A
primeira que traz a família para a fazenda e a
segunda que a leva para o Sul. Mesmo possuindo
algumas referências cronológicas na obra, o tempo é
psicológico e circular.
"... Sinhá Vitória é saudosista. Lembra-se de
acontecimentos antigos, até ser despertada pelo
grito da ave e ter a idéia de transformá-la em
alimento". (Cap. 01)
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18. O espaço é físico, refere-se ao sertão
nordestino, descrito com precisão pelo autor.
"... na lagoa seca, torrada, coberta de
caatingas e capões de mato". (Cap. 11)
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19. Tipo de discurso: indireto livre
Foco narrativo: terceira pessoa
Adjetivos, figuras de linguagem:
Metáfora: " - você é um bicho, Fabiano".
Prosopopéia: compara Baleia como gente.
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20. Esse livro retrata fielmente a realidade brasileira, tanto da
época em que o livro foi escrito, quanto dos dias de hoje, tais
como injustiça social, miséria, fome, desigualdade e seca, o
que nos reflete a idéia de que o homem se animalizou sob
condições sub-humanas de sobrevivência.
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22. A obra de Graciliano pode ser considerada um marco para a
literatura brasileira, em especial o Modernismo Brasileiro, visto
que há a implícita (e, em alguns casos, até explícita) crítica social
a toda pobreza no sertão nordestino, que atinge uma boa
parcela da população, e que, de fato, acaba por prejudicar todo
o país, impedindo maiores desenvolvimentos.
Há a tentativa, portanto, de se mostrar a desarticulação dessa
região com o resto do país (um Brasil pobre dentro de todo o
Brasil).
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23. Além disso, denotativamente, o adjetivo "secas" se refere a
"vidas", e, dessa forma, teria o sentido de que a família sofre com
a seca. Por outro lado, conotativamente, pode-se relacionar
aquele adjetivo a uma vida privada, miserável.
O próprio título da obra, se analisado corretamente, nos dará
pistas importantes da mensagem que Graciliano quer passar:
"Vidas" se opõe a "Secas" pois a primeira tem sentido de
abundância, enquanto, a segunda, de vazio, de falta,
configurando um paradoxo (oposição de ideias resultando em
uma construção de sentido ilógico).
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