Este documento descreve um projeto para levar alunos do ensino médio da Escola Estadual Professor Pedro Madóglio para assistirem ao filme "A Cabana" no cinema. O filme conta a história de um homem que enfrenta uma crise de fé após a filha desaparecer. O objetivo do projeto é integrar os alunos à cultura cinematográfica e promover o debate e a reflexão. O passeio ocorrerá no dia 22 de maio de 2017 no Cinemark Anchieta em São Bernardo
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Projeto cinema
1. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
DIRETORIA DE ENSINO DE DIADEMA
EE PROF. PEDRO MADÓGLIO
PROJETO: MINHA ESCOLA VAI AO CINEMA-2017
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Projeto: “Minha Escola vai ao cinema”
Filme: A Cabana
Local: Cinemark – Extra Anchieta – São Bernardo do Campo
Dia: 22/05/2017
Horário: 21h20, Sendo: Saída às 20h00 – Retorno: às 23h30
Professor responsável: Francisco Gomes de Lima
Sinopse do filme: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova,
cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e
assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia,
ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma
lição de vida.
Objetivo Geral:
Integrar o aluno(a) ao entretenimento, a cultura e ao conhecimento de produções
cinematográficas.
Objetivos Específicos:
Que o aluno(a) possa:
Conhecer a linguagem cinematográfica como mais um elemento constitutivo de
sua formação;
Analisar a produção cinematográfica, estabelecendo o diálogo entre a narrativa
do cinema, os conhecimentos adquiridos ao longo da escolaridade básica e dos
demais conhecimentos;
Incorporar a arte do cinema ao seu repertório cultural, ampliando, assim, sua
potencialidade no exercício de uma postura crítica e reflexiva na vida e no
trabalho.
Justificativa:
Na contemporaneidade, é importante que a Educação Escolar ofereça aos alunos
oportunidades de conhecer e aprender por meio de uma das principais
linguagens da atualidade: a linguagem cinematográfica. Seu uso, como prática
educativa, facilita significativamente o diálogo entre os conteúdos curriculares e
os conhecimentos mais gerais;
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Por intermédio da leitura e análise de imagens e de ferramentas utilizadas pelo
cinema, o trabalho com essa linguagem, entre outros aspectos, contribui para o
desenvolvimento da compreensão crítica do mundo e das novas tecnologias,
tendo em vista os benefícios que proporciona à formação do aluno. A cada
exibição cinematográfica, novos olhares, sensações e experiências se renovam e
se fortalecem e ainda podem gerar reflexões que se prolongam por toda a vida;
Por intermédio da leitura e análise de imagens e de ferramentas utilizadas pelo
cinema, o trabalho com essa linguagem, entre outros aspectos, contribui para o
desenvolvimento da compreensão crítica do mundo e das novas tecnologias,
tendo em vista os benefícios que proporciona à formação do aluno. A cada
exibição cinematográfica, novos olhares, sensações e experiências se renovam e
se fortalecem e ainda podem gerar reflexões que se prologam por toda a vida;
Os universos reais e fictícios projetados na tela simulam contextos e cenários
que retratam valores individuais e coletivos, que poderão ser discutidos e
ampliados por meio do debate com a comunidade escolar;
Com sua expressiva versatilidade, a linguagem cinematográfica compreende,
além de um corpo de conhecimento notável, mecanismo de interfaces com
outras linguagens, dialogando com várias expressões o teatro, a dança, a música
e as artes visuais;
Assim, pelo exposto, justifica-se a execução desse projeto na Escola Estadual
Professor Pedro Madóglio, para os alunos do Ensino Médio, criando-se também
nova oportunidade para uma concepção mais abrangente da intersecção
educação/cultura;
Especificamente o filme “A cabana”, possui uma leitura que sensibiliza o
espectador, a empatia, a fé e principalmente a auto avaliação de como viver em
sociedade.
Imagens do filme:
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Crítica:
Lançado em 2007, o livro A Cabana rapidamente se tornou um sucesso mundial,
tomando conta das mesas de cabeceiras de inúmeras pessoas, muitas das quais
passavam por crises de fé. No Brasil, estamos falando de uma época no qual tais obras
se destacaram no mercado, com um crescimento do espiritismo em famílias que sempre
foram católicas, não é por mero acaso que Nosso Lar estreou no mesmo período. É a
fase do New Age, com uma visão universalista da religião e William P. Young, autor do
romance original, explora esses pontos, embora se mantenha, em teoria, no catolicismo.
Agora, dez anos mais tarde, o livro, enfim, ganha sua adaptação cinematográfica, com o
mesmo nome.
A trama acompanha Mack Philips (Sam Worthington), que, quando criança, fora vítima
de violência por parte de seu pai, que batia nele e em sua mãe. Agora, anos mais tarde,
Mack é casado e tem duas filhas e um filho. Sua vida, contudo, é virada de cabeça para
baixo quando, durante um acampamento, sua filha mais nova desaparece, tendo apenas
suas roupas ensanguentadas encontradas posteriormente. Philips, então, entra em uma
crise de fé até receber uma estranha carta, o convidando para a cabana onde as roupas
de sua filha foram achadas. Lá ele se encontra com Deus, ou Papa (Octavia Spencer),
como é chamado, Jesus (Avraham Aviv Alush) e o Espírito Santo, ou Sarayu (Sumire
Matsubara) e deve aprender sobre o perdão antes que a culpa o consuma.
Cercado de polêmicas à época do lançamento do livro, A Cabana certamente conta com
bastante coragem ao representar a Santíssima Trindade como uma mulher negra, um
jovem de origem árabe e uma garota oriental, o que, por si só, já passa uma grande
mensagem de aceitação, pedindo para que, não só o protagonista, como o espectador, se
livre de seus preconceitos. Octavia Spencer, vencedora do Oscar de melhor atriz
coadjuvante por Histórias Cruzadas traz um imediato peso ao filme e, de fato, ela
consegue fazer para a narrativa o que o roteiro falha miseravelmente: manter o
espectador minimamente cativado. Infelizmente, seus esforços não sustentam uma
bagunça que perdura por cento e trinta e dois minutos de projeção.
Para começar, tudo o que vem antes da chegada de Mack à cabana soa como um
amontoado de desculpas para que o personagem entre em uma crise de fé. Não digo isso
pelos eventos em si, mas pela forma como são retratados e trabalhados ao longo da
obra. Embora a filha mais nova tenha sido dada como morta, aparentemente só o
protagonista sofre com isso, já que o texto não se preocupa em demonstrar o impacto
nos outros membros da família. Não existe uma preocupação sequer com os filhos
adolescentes, que estiveram no acampamento. Para piorar, as dores da infância do
personagem principal são ignoradas até certo momento da projeção e funcionam como
um elemento extra, que não dialoga diretamente com toda a problemática do filme.
Com a espiritualidade abalada, seria apenas natural que o protagonista passasse a
questionar sobre as coisas terríveis que Deus permite que aconteçam e, de fato, Philips
chega a fazer tais perguntas para Papa, mas as respostas que recebem parecem mais uma
forma de desviar da pergunta do que, de fato, respondê-la. Fica claro, portanto, que as
mensagens oferecidas por essa figura divina parecem mais tiradas de um livro de auto-
ajuda do que de algo com um maior teor filosófico ou teológico, caracterizando toda a
obra como aquela que tipicamente busca deixar seu público feliz, não almejando colocá-
lo em uma jornada de autodescobrimento ou afirmação. Dito isso, se ao invés da
santíssima trindade tivéssemos um padre ou algo assim, o efeito seria o mesmo, já que
nenhuma verdade fora da obviedade é oferecida.
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Ao lado de Spencer, Sam Worthington, não faz mais que desempenhar seu papel, mas o
roteiro oferece a ele apenas o óbvio, ao colocar o personagem em sofrimento do início
ao fim, tirando qualquer profundidade de sua personalidade, que se resume à sua
infância conturbada e ao incidente que tirara a vida de sua filha. No fim, toda essa sua
“aventura” soa como um gigantesco sermão sendo oferecido ao protagonista e, por
consequência, ao espectador. A trama, portanto, soa extremamente dilatada,
rapidamente prejudicando nossa imersão, enquanto rezamos para que o filme chegue ao
seu fim.
A Cabana, apesar da forma corajosa como trabalha alguns de seus personagens, não
consegue ser mais que um filme de auto-ajuda, desviando dos principais
questionamentos de alguém com a espiritualidade abalada, focando unicamente no
óbvio ao tentar passar mensagens que todos nós já escutamos. Por ser excessivamente
longo, a obra perde nossa atenção logo na sua primeira metade e o que vem a partir daí
não passa de uma jornada enfadonha e repetitiva, na qual a esperança de uma nova
abordagem à religiosidade jamais se concretiza.
A Cabana (The Shack) — EUA, 2017
Direção: Stuart Hazeldine
Roteiro: John Fusco, Andrew Lanham, Destin Daniel Cretton (baseado no livro de
William P. Young)
Elenco: Sam Worthington, Octavia Spencer, Tim McGraw, Radha Mitchell, Megan
Charpentier, Gage Munroe, Amélie Eve
Duração: 132 min.
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Requerimento de autorização
Eu, Francisco Gomes de Lima, professor da EE Prof. Pedro Madóglio, RG.:
14.265.829-7, CPF 052.299.398-26, venho respeitosamente solicitar a autorização da
Diretoria de Ensino de Diadema, para realização de uma atividade cultural extra-sala-
de-aula, conforme o projeto acima discriminado.
Informo ainda, que serão expedidas as devidas autorizações, para os respectivos
responsáveis pelos alunos do ensino médio, no que se refere: (Pai, Mãe ou responsável
legal).
Como esse filme está para sair de cartaz nos cinemas, solicito respeitosamente uma
apreciação mais rápida, por essa diretoria.
_________________________________________________
Francisco Gomes de Lima
Professor: História
RG.: 14265829-7
______________________________________
Prof. Fabio
Diretor
______________________________________
Prof.ª. Magda
Coordenadora Pedagógica