1. Criação, Mais Um Processo na Organização ?
Qual a diferença entre criar e repetir? Nenhuma. Ambos são processos, e como tal podem ser planejados, escritos
e conseqüentemente pode se criar a “repetição da criação”, de forma que a empresa esteja sempre criando.
Temos diversos exemplos de grandes empresas que investem em programas de idéias, círculos de controle de
qualidade e programas de solução de problemas. Todos estes são projetos voltados a tornar a criatividade mais
um processo da empresa. Não é à toa que empresas como a 3M e a Unilever lançam produtos como fazem
lançamentos contábeis.
Tudo começa quando a empresa identifica a necessidade de mudanças não-estratégicas e passa a enxergar o
óbvio: “precisamos que nossos colaboradores nos ajudem a mudar”. Normalmente isso vem atrelado a uma
necessidade de redução de custos atrelada a otimização de processos.
Mas como pedir pro funcionário que a vida toda martelou pregos de ½ polegada na parede com a mão direita
que seja criativo a ponto de não precisar nem de pregos nem de martelos? É necessário estabelecer um ponto de
partida, e se esse ponto de partida for atrelado a remuneração para o colaborador tudo fica mais fácil.
Uma empresa criou um projeto de sugestões o qual premiou as melhores idéias com um salário adicional para o
colaborador. Mais de cem idéias foram enviadas, dez aplicadas e três premiadas. O ideal é que nestes processos
o ganho esteja atrelado ao aumento de eficiência que a idéia traz.
Principalmente quando se utiliza a primeira vez deste tipo de recurso é muito importante um regulamento claro e
transparente, que cite os critérios estabelecidos e o que diferenciará as idéias premiadas das outras. Com o tempo
pode-se atrelar estes critérios à ferramentas da qualidade, diminuindo ainda mais a subjetividade do processo.
Uma vez feito com sucesso os colaboradores se sentirão mais a vontade para gerar idéias, aplicá-las e, quando
for o caso, sugerir para seus superiores e colegas novos meios de aplicação de idéias onde ele entende que “não
está ao seu alcance”; Neste ponto o maior esforço é de estimular a continuidade do s projetos, para que não se
perca o “momentum” o ideal é que vire um programa. Se não vira um programa não se repete, se não se
repete não se perpetua, se não se perpetua volta à estaca zero.
Com muito esforço e muitos esforços repetitivos para o estímulo da criatividade ela passa a fazer parte da cultura
da empresa e o nível de serviço tende a crescer, os colaboradores passam a ser tecnicamente melhores
qualificados e a mudança passa a ser uma constante na empresa e cada vez acontece de forma mais fácil e
natural, como um processo.
“Se você não consegue escrever o que você faz como um processo você não sabe o que faz” -Deming
Autor: Roni Stefanuto Rodrigues | Publicado em: 24/04/2011 | Site: Blog do Administrador Jr
Endereço eletrônico: http://www.blogdoadministradorjr.blogspot.com