2. VERDADE PRÁTICA
• O obreiro aprovado por Deus tem as marcas do Senhor Jesus
Cristo.
3. LEITURA DIÁRIA
Segunda — Tt 3.9-11
• Paulo ensina como tratar o homem herege
Terça — Mt 5.13
• O discípulo de Jesus é “sal da terra” e “luz do mundo”
Quarta — 1Tm 3.2
• O obreiro deve ter uma conduta irrepreensível
Quinta — Sl 119.63
• Companheiro dos que guardam os preceitos de Deus
Sexta — 1Tm 6.11
• De que o obreiro do Senhor deve fugir
Sábado — Mt 13.36-43
• A explicação da parábola do “trigo” e “joio”
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• I. Apresentar a pureza e a humildade do obreiro
aprovado por Deus.
• II. Explicar as expressões “vaso de honra” e “vaso de
desonra”.
• III. Propor uma postura ministerial equilibrada.
6. ESBOÇO DA LIÇÃO
I - OBREIROS APROVADOS POR DEUS
• Pregam e ensinam sem engano.
• Pregam com pureza.
• Não buscam a glória de homens.
II. DOIS TIPOS DE VASOS (2.20,21)
• Vasos de honra (2.20).
• 2.Vaso de desonra.
III. REJEITANDO AS DISSENSÕES E QUESTÕES LOUCAS
• 1.Rejeitando “questões loucas”.
• 2.Não entrando em contenda.
7. PONTO CENTRAL
O obreiro aprovado por Deus é equilibrado, vivendo em
pureza e humildade diante do Senhor e diante dos homens.
8. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 2.1-18.
1 — Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo
Jesus.
2 — E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-
o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem
os outros.
3 — Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de
Jesus Cristo.
4 — Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a
fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.
5 — E, se alguém também milita, não é coroado se não militar
legitimamente.
9. 6 — O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar
dos frutos.
7 — Considera o que digo, porque o Senhor te dará
entendimento em tudo.
8 — Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da
descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo
o meu evangelho;
9 — pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um
malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa.
10 — Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para
que também eles alcancem a salvação que está em
Cristo Jesus com glória eterna.
11 — Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele,
também com ele viveremos;
10. 12 — se sofrermos, também com ele reinaremos; se o
negarmos, também ele nos negará;
13 — se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode
negar-se a si mesmo.
14 — Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes
diante do Senhor que não tenham contendas de
palavras, que para nada aproveitam e são para
perversão dos ouvintes.
15 — Procura apresentar-te a Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja
bem a palavra da verdade.
16 — Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão
maior impiedade.
17 — E a palavra desses roerá como gangrena; entre os
quais são Himeneu e Fileto;
18 — os quais se desviaram da verdade, dizendo que a
ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.
11. TEXTO ÁUREO
“...Procura apresentar-te a Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a palavra da verdade...” (2Tm 2.15).
12. INTRODUÇÃO
• Na lição de hoje estudaremos alguns temas importantes
que são relatados no segundo capítulo da Segunda
Carta de Paulo a Timóteo.
• Paulo fala, além do que vimos na Leitura Bíblica em
Classe, a respeito do obreiro aprovado e dos vasos de
honra na Casa do Senhor (2Tm 2.19-21).
• Ele faz um contraste com os falsos mestres que tanto
prejudicavam a obra do Senhor em Éfeso.
• Que sejamos sempre vasos de honra, servindo ao
Senhor com amor e zelo, a fim de que muitas vidas
sejam ganhas para o seu Reino e que sua Igreja seja
edificada.
13. • Quando nos entregamos a Deus, assumimos um
compromisso de sermos fiéis a ele.
• Para cumprir a nossa obrigação de obedecer tudo
que Jesus tem nos ordenado (Mt 28.18-20),
precisamos estudar para conhecer bem a palavra
dele.
14. • Paulo exorta o jovem pastor Timóteo: “...Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que
não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade..." (2Tm 2.15).
15. • Pedro escreveu a discípulos espalhados em vários
lugares: "...santificai a Cristo, como Senhor, em
vosso coração, estando sempre preparados para
responder a todo aquele que vos pedir razão da
esperança que há em vós..." (1Pe 3.15).
16. • Ser preparado para falar a outros faz parte da nossa
devoção ao Senhor.
• O obreiro aprovado por Deus prega e ensina sem
engano, com pureza e humildemente, buscando
sempre a glória de Deus.
• Paulo usou uma linguagem que deve chamar a nossa
atenção quando disse a Timóteo:
• “...Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar
destes erros, será utensílio para honra, santificado e
útil ao seu possuidor, estando preparado para toda
boa obra..." (2Tm 2.21).
17. • Vamos considerar o significado de sermos utensílios
santificados e preparados para boas obras.
• No Antigo Testamento, achamos formas da palavra
"preparar" usadas mais de 50 vezes em relação a coisas
ou a pessoas dedicadas ao serviço do Senhor.
• A maioria dessas citações fala sobre sacrifícios, ofertas
e materiais usados no tabernáculo ou no templo para
adorar a Deus.
18. • Até as mínimas coisas foram cuidadosamente
purificadas e preparadas para o seu uso em honra do
Senhor.
• Assim cada um de nós deve ser preparado - purificado e
santificado - para honrar a Deus por meio de boas
obras.
• O servo de Deus precisa ser zeloso no estudo e na
aplicação da palavra do Senhor (2Tm 2.15).
19. • Durante o período em que permaneceu pregando o
evangelho em Atenas, o apóstolo Paulo foi afrontado por
alguns filósofos epicureus e estóicos, que começaram a
discutir com ele.
• "Alguns perguntavam: 'O que está tentando dizer
esse tagarela?' Outros diziam: 'Parece que ele está
anunciando deuses estrangeiros', pois Paulo estava
pregando as boas novas a respeito de Jesus e da
ressurreição" (At 17.18).
• Mas quem eram esses tais epicureus e estóicos?
Inicialmente cabe ressaltar que, embora citados lado a
lado, pertenciam a duas correntes filosóficas distintas,
dentre as tantas existentes na Grécia.
20. • Iniciemos pelos epicureus, escola fundada por
Epicuro (341-270 a.C.) no ano 300 a.C.,
aproximadamente.
• A filosofia por ele apregoada trazia em seu bojo o
ensinamento de que nosso objetivo precípuo deve ser
obter para a vida, através dos sentidos, o máximo
possível de satisfação afastando toda e qualquer forma
de sofrimento.
• Extremamente materialista, ensinava que o bem
supremo é o prazer.
• Demonstravam pouco interesse por política e pela
sociedade, e tinham como palavra de ordem “...viva
o agora...".
21. • No mesmo período e nação surge o estoicismo, fundado
por Zenão. Segundo os estóicos, as pessoas são parte
de uma mesma razão universal. Criam que os
processos naturais eram regidos pelas leis da natureza
e por isso o homem deveria aceitar deu destino. Se
mostravam insensíveis a tudo.
• Observando tais pensamentos, fica patente que a
sociedade em nossos dias tem "um quê" de epicurismo
e estoicismo.
• Como os epicureus, materialista ao extremo. O
homem vive como se não houvesse um porvir: importa o
aqui, o agora, o imediato. Busca o prazer a todo custo.
Hedonismo é a palavra-chave. (dedicação ao prazer
como estilo de vida).
22. I. OBREIROS APROVADOS POR DEUS
• Pregam e ensinam sem engano.
• Pregam com pureza.
• Não buscam a glória de homens.
23. • Paulo nunca usou de engano em suas pregações,
diferente de alguns falsos mestres de sua época que
pregavam e ensinavam com argumentos falsos e logro.
É preciso ter muito cuidado com os “lobos” vestidos
de ovelhas, que andam a enganar os crentes
incautos, sob a capa de “muito espirituais”. Paulo
exortava a igreja através da mensagem do evangelho,
mostrando-lhes as verdades desconhecidas. Para os
novos crentes ele tornou conhecido o “mistério de Deus”
— Cristo (Cl 2.2). Paulo era um líder zeloso que levava
a mensagem de modo claro, obedecendo à revelação
que recebera do Senhor. Aliás, era esse também o
cuidado dos demais apóstolos (1Jo 4.6; 2Pe 1.16).
1- Pregam e ensinam sem engano.
24. • Para progredir espiritualmente, temos de nos livrar da
maldade e das atitudes carnais que prendem os
pensamentos e os corações das pessoas do mundo (Tg
1.21-25).
• Exatamente! Reconheça o obreiro que não é
aprovado quando ele repetir, explicar e defender
regras de igrejas ou doutrinas decididas por grupos
de homens; isso não é ensinar a palavra de Deus.
25. • Note que boa parte das igrejas hoje tem seus próprios
livros ou manuais de doutrina.
• Em geral, pregadores e professores
obrigatoriamente seguem a linha doutrinária da
denominação, ou perdem seus cargos.
26. • O medo de expulsão tem contribuído a muitas
afirmações e ações erradas (leia Jo 9.22; 7.13; 12.42).
• Muitos pela ambição ministerial, tomam atitudes
desonestas em suas ações, pensam mais na “sua
carreira ministerial”, do que no bem estar da igreja;
É uma estrada de mão dupla, aonde, uma sobe quem
quer seguir a carreira ministerial, na outra, descem
os obreiro que na sua chamada primam pelo bem
estar da igreja. (Rev. Hernandes D. Lopes).
• Mas o discípulo fiel sabe que é melhor ser expulso pelos
homens do que ser rejeitado por Deus (Lc 6.22).
27. • Paulo pregava por amor a Cristo; Jesus era o seu alvo.
• Atualmente, há muitos falsos obreiros que só visam
lucro e bens financeiros.
• Estes se aproveitam da fé dos fiéis para obter ganhos.
• Na primeira carta a Timóteo, Paulo coloca como um
dos requisitos para aqueles que almejam o
ministério pastoral, não ser “cobiçoso de torpe
ganância” (1Tm 3.3).
2- Pregam com pureza.
28. • Pedro também exortou que o obreiro deve apascentar o
rebanho do Senhor “tendo cuidado dele, não por
força, mas voluntariamente; nem por torpe
ganância” (1Pe 5.2).
• O obreiro aprovado não visa lucro material, pois
sabe que a sua recompensa vem do Senhor.
29. • Nós que somos cristãos temos o privilégio de divulgar a
palavra salvadora.
• Negligência dessa incumbência contribuirá à morte de
pessoas carentes da verdade (Tg 3.1; Ez 3.16-27).
• Mas para cumprir essa missão, é preciso que nos
preparemos com o evangelho sadio e real (Ef 6.15).
30. • Jamais abandonemos a pura palavra de Deus.
• Os excessos das filosofias e palavras persuasivas
da sabedoria humana ou de sua espiritualidade não
salvam ninguém (1Co 2.1-5).
• Pregadores que incham suas ministrações de
psicologia, teses humanísticas, ou estórias, estão nos
dizendo subliminarmente, que são obreiros que não
pregam com pureza!
31. • “E, não buscamos glória dos homens (1Ts 2.6). Quando
Paulo estava com os tessalonicenses, ele afirmou
que não buscou o elogio deles. Infelizmente muitos
buscam glória para si. Estes são movidos a elogios
e bajulações. Isso é um perigo para o ministério
pastoral e para qualquer servo ou serva de Deus. Tem
pregadores e mestres que não aceitam convite para
falar para um pequeno auditório. Só se sentem bem se
estiverem diante de grandes platéias, pois querem ser
vistos pelos homens e não abençoar as pessoas. O
obreiro aprovado pelo Senhor busca apontar tão
somente o Senhor, e não ele mesmo.
3- Não buscam a glória de homens.
32. • Fazer as coisas buscando reconhecimento é algo
comum a nós, isso nos é passado desde a mais tenra
infância.
• Somos treinados a vida toda para sermos assim,
provas na escola, deveres de casa, o nosso
trabalho… enfim, tudo o que fazemos é justamente
buscando um reconhecimento, uma nota, um
aumento salarial, um cargo.
33. • Contudo, quando observamos as Escrituras, nos
deparamos com um novo padrão: fazemos as coisas
sem esperar nenhum reconhecimento, pelo
contrário, fazemos as coisas buscando que Cristo
seja exaltado, enquanto nós somos humilhados.
• O homem tem muitos outros propósitos nesta vida, mas
seu propósito mais importante deve ser glorificar a
Deus. Isso está de conformidade com o propósito para o
qual o homem foi criado.
34. • O Breve Catecismo de Westminster inicia com a
seguinte pergunta:
• PERGUNTA . Qual é o fim principal do homem?
• RESPOSTA.
• O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-
lo para sempre.
• Referências: Rm 11.36; 1Co 10.31; Sl 73.25-26; Is
43.7; Rm 14.7-8; Ef 1.5-6; Is 60.21; 61.3.
• É quando estamos alienados de Deus que temos em
vista a finalidade ou o propósito errado.
• Assim, entendemos que aquele que busca glória
para si está alienado de Deus!.
35. II – DOIS TIPOS DE VASOS (2.20,21)
1. Vasos de honra (2.20).
2. Vaso de desonra.
36. • Paulo estava preocupado com a situação confusa que
prevalecia na igreja em Éfeso.
• Ele então usa a analogia dos vasos para mostrar que na
igreja existem pessoas sinceras e obedientes aos
ensinos de Cristo (vasos de honra).
• Deus deseja usar este tipo de vaso, limpo e sem
contaminação. Tem você sido um vaso de honra na
Casa do Senhor? O crente deve ter uma vida
irrepreensível.
• Isso só é possível na vida do crente através do poder
redentor, libertador e purificador do sangue de Jesus
mediante a fé.
1. Vasos de honra (2.20).
37. • O apóstolo Paulo é enfático em especificar quem são os
vasos para honra: "Somos nós", ou seja, os vasos para
honra é a igreja (corpo) do Deus vivo! "Mas, se tardar,
para que saibas como convém andar na casa de
Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza
da verdade" (1Tm 3.15).
38. • Os vasos para honra também são designados "vasos
de misericórdia“.
• "... nos vasos de misericórdia, que para a glória já
dantes preparou, os quais somos nós, a quem chamou,
não só dentre os gentios?" ( Rm 9.22 -24).
39. • Quem são estes? Paulo estava se referindo aos falsos
mestres, Himeneu e Fileto (2.17).
• Himeneu também foi mencionado em 1 Timóteo 1.20.
• Podemos igualmente afirmar que são os crentes
infiéis, que causam problemas e escândalos na Casa
do Senhor.
• Os vasos de honra são “o trigo” e os “vasos para
desonra” são o “joio” a que se referiu Jesus (Mt
13.24-30).
2. Vaso de desonra.
40. • Os vasos para desonra também foram designados por
Paulo como "vasos da ira", e eles foram preparados
especificamente para a destruição.
• O apóstolo Paulo demonstra que Deus suportou os
vasos criados para desonra com muita paciência!
41. • "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória
de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua
graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.
• Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu
sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão
dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de
Deus;
• Para demonstração da sua justiça neste tempo
presente, para que ele seja justo e justificador
daquele que tem fé em Jesus" ( Rm 3.23 -26).
• Deus suportou com paciência os vasos da ira (desonra)
(Rm 9.22), e, concomitantemente, propôs através do
sangue de Cristo, propiciação pela fé a todos (vasos
para desonra) que cometiam pecado sob a paciência de
Deus ( Rm 3.25 ).
42. III – REJEITANDO AS DISSENSÕES E
QUESTÕES LOUCAS
1.Rejeitando “questões loucas”.
2.Não entrando em contenda.
43. • O que eram as “questões loucas”? Eram as questões
levantadas pelos falsos mestres, que traziam confusão e
não edificavam ninguém (1Tm 1.3,6,7). O obreiro deve
rejeitar questionamentos que não edificam (2Tm
2.23). Atualmente, muitos estão levantando
indagações que em nada vai edificar a fé dos irmãos.
Outros, ainda estão cometendo o terrível pecado de
adicionar, subtrair e modificar partes das Escrituras.
A Palavra de Deus é completa e infalível e não precisa
de quaisquer acréscimos ou revisões em seu conteúdo
e mensagem.
• Há, em nossos dias, diversas “novas teologias” que
precisam ser combatidas pela liderança, pois
agridem diretamente a mensagem bíblica.
1- Rejeitando “questões loucas”.
44. • Paulo outra vez está atacando o ensino dos sectários,
em linguagem idêntica àquela que usou em 1Tm 6.20.
• O substantivo sublinha sua futilidade, ao passo que o
adjetivo sugere que é materialista na sua tendência, e
que substitui a revelação divina pela especulação
humana.
45. • Não admira que os que deles usam estejam
condenados a passar a impiedade ainda maior.
• A construção é desajeitada no original, porque não
há nenhum sujeito para a terceira pessoa no plural,
passarão.
• O contexto, no entanto, especialmente deles no v.
17, estabelece que a referência é aos mestres do
erro.
• Evidentemente, alegavam ser “avançados,” isto é,
progressistas e intelectualmente vivos como
cristãos (para o verbo prokoptein= “avançar” no
sentido de fazer progresso, cf. Rm 13.12; Gl 1.14;
também 1Tm 4.15 para o substantivo correlato
prokopê).
46. • “E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim,
ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor”
(2Tm 2.24).
• Paulo exorta a Timóteo a fim de que ele não
contendesse com os falsos mestres, pois brigas e
discussões são obras da carne e envergonham a Igreja
do Senhor.
• Uma pessoa espiritualmente cega não pode ser
convencida de seus erros pela força. Pregamos e
ensinamos, mas só o Espírito Santo podem convencê-
las dos seus erros.
2. Não entrando em contenda.
47. • No versículo 17, temos que igualmente desastrosa
será sua influência sobre outros membros da igreja,
porque a linguagem deles corrói (lit. “terá sua
pastagem”) como câncer.
• Embora a tradução câncer às vezes tenha sido
preferida, gangrena se adapta melhor tanto ao Grego
(gaggraina) quanto ao sentido da passagem.
48. • Não são apenas os perigos do falso ensino aos
aderentes deste que preocupam Paulo, como também
sua tendência insidiosa de espalhar-se e infeccionar
outras pessoas, assim como a gangrena se espalha e
devora os tecidos próximos.
• Dois dos falsos mestres agora são mencionados pelo
nome.
• Não se ouve falar noutro lugar de Fileto, mas Himeneu é
referido em 1Tm 1.20, onde somos informados que
Paulo o excomungara.
• A despeito disto, parece ter continuado suas atividades
com êxito, visto que aparece aqui como um dos líderes
dos mestres do erro.
• Alguns têm achado surpreendente este fato, e tiraram a
conclusão de que 2 Timóteo deva ter sido escrita antes
de 1 Timóteo.
49. • A inferência, no entanto, é totalmente desnecessária;
não podemos tomar por certo que a interdição de Paulo
fosse instantaneamente eficaz em silenciar um herege,
e, de fato, só porque Himeneu aparentemente podia
desconsiderá-la é uma ilustração da situação difícil na
igreja em Éfeso.
• O erro deles, continua ele, consiste em asseverar que a
ressurreição já se realizou.
• Esta é uma indicação muito valiosa, a única que é
realmente precisa e concreta nestas cartas, às crenças
teológicas propriamente ditas dos separatistas.
50. • Embora muita coisa fique obscura, a interpretação
mais provável é que escolheram identificar a
ressurreição, não com o levantamento do corpo no
último dia, mas, sim, com o morrer e ressurgir
místicos que o cristão experimenta a sua iniciação
batismal.
51. • Que esta é a explicação correta do ensino deles, que
assim, com efeito, negava a ressurreição do corpo, é
corroborado pelo relato de Irineu (Haer. 1. 23. 5) do que
o gnóstico samaritano Menandro, que era discípúlo de
Simão Mago (At 8:9 ss.), ensinava seus seguidores que,
como resultado de terem sido batizados por ele mesmo,
já haviam passado pela ressurreição e nunca
envelheceriam nem morreriam.
• A crença de que o corpo físico ressuscitará do
túmulo era, naturalmente, integrante do cristianismo
desde o início.
• Lado a lado com ela havia a crença, que não temos
motivo para supor ter sido confinada a Paulo (para sua
versão dela, cf. Rm 6:1-11; Ef 2:6; 5:14; Cl 2:13; 3:1-4),
que o cristão passa por uma morte e ressurreição
mística com Cristo no batismo.
52. • A mentalidade grega, no entanto, com seu conceito da
alma como sendo imortal, e da soltura do corpo, que é a
prisão dela, como sendo sua verdadeira felicidade,
sentia uma repugnância instintiva pela idéia da
ressurreição física. (Helenismo e sincretismo).
53. • Pode-se dizer que a comunicação entre os homens e
seres divinos estava presente na sociedade grega por
intermédio das pitonisas, porém esse tipo de
conhecimento relacionava-se à magia e aos seus
mistérios.
• Era importante para os filósofos gregos uma
experiência individual para a confirmação dessas
crenças (abaixo o Oráculo de Delfos).
54. • Isso é muito claro nos casos de Pitágoras e
Empédocles.
• Sobre Pitágoras não se conservaram textos específicos,
mas há testemunhos antigos de que ele se apresentava
como alguém em contato com os deuses e com uma
capacidade de se recordar de vidas passadas e
reconhecer almas, parecido com a figura de um
sacerdote (figura abaixo).
55. • Pode-se considerar o orfismo e o pitagorismo como
escolas que abraçavam a imortalidade e a
transmigração da alma em suas crenças e que
influenciaram muitos pensadores, tais como
Empédocles, Parmênides, Sócrates e Platão.
• Supõe-se que Ferécides tenha sido o mestre de
Pitágoras.
56. • Destarte, nos círculos helenísticos, Paulo desde
cedo achou necessário (cf. 1 Co 15; At 17:32)
combater o ceticismo completo acerca dela.
• É compreensível que pessoas com esta maneira de
pensar achassem a idéia da ressurreição sacramental
no batismo muito mais apropriada, e que confinassem a
ela o seu ensino acerca da ressurreição.
• Tendências como estas tinham um atrativo especial
sempre que o gnosticismo se estabelecia, e a presente
passagem é evidência das tendências gnósticas dos
sectários.
• Paulo declara que, ao ensinarem tais distorções, estão
pervertendo a fé a alguns.
57. • É inevitável esse resultado, visto que a crença na
ressurreição do corpo é a pedra angular do cristianismo;
sem ela, conforme já asseverara aos coríntios (1 Co
15:17), “É vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos
vossos pecados.”
• O perigo era tanto maior onde (conforme quase
certamente ocorria no presente caso).
• Negação tinha sua origem numa depreciação do corpo,
que abria a porta, de um lado, para a idéia da salvação-
própria por meio de práticas ascéticas (cf. 1 Tm 4:3), e,
do outro lado, para a indiferença moral (cf. 1 Co 6:12
ss.)