3. Nas sociedades tribais primitivas a
contação de histórias tinha um caráter
funcional decisivo, pois os contadores de
histórias eram os que conservavam e
transmitiam a história e conhecimento
acumulado pelas gerações preservados
pela comunidade. Durante séculos, foi
através da realidade que a cultura popular
se manteve, sem pergaminhos, mas
memória viva. Efetivamente, deve ser esta
a primeira manifestação artística surgida
depois da linguagem articulada.
4. PORQUE CONTAMOS
HISTÓRIAS?
Porque proporciona momentos mágicos de
encantamento e significado permeados por muito
prazer. Busatto ( 2003, p. 45) diz:
(...) conto histórias para formar leitores; para fazer da
diversidade cultural um fato; valorizar as etnias,
manter a História viva; para se sentir vivo; para
encantar e sensibilizar o ouvinte; para estimular o
imaginário; articular o sensível; tocar o coração;
alimentar o espírito; resgatar significados para nossa
existência e reativar o sagrado.
5. Segundo Meireles (1979, p. 42), “
Conta-se e ouve-se para satisfazer essa
íntima sede de conhecimento e instrução
que é própria da natureza humana.
Enquanto se vai contando passa o tempo
do inverno, passa as doenças e as
catástrofes (...)”.
6. Na Grécia Clássica, haviam os aedes,
lugar que narravam histórias épicas, mas
mesmo sem eles ainda encontramos
verdadeiros narradores que fazem com que
essas histórias se mantenham presentes até
os dias atuais. Hoje essa imaginação criadora
está ameaçada
pela quantidade de imagens que os veículos
de comunicação oferecem. A falta de tempo
para conversar é um problema constante
entre as pessoas, o convívio mais próximo
perdeu o valor e, principalmente no lar, as
histórias são cada vez menos contadas.
7. TÉCNICAS DE ESTUDO:
O PODER DA RECOMPENSA
Existem artifícios para melhorar a
memória, um deles consiste em terminar o
que se propôs a fazer, pois a memória
funciona com gatilhos (códigos de memória),
que criam uma verdadeira reação em cadeia,
até que o assunto a ser evocado surja em
sua mente. Ao distrair-se, a reação em
cadeia é interrompida e a memorização volta
mais uma vez ao início. O ideal é deixar a
recompensa para o final do estudo.
8. O QUE É MEMÓRIA?
Segundo Aurélio Buarque Holanda
Ferreira, memória “é a faculdade de reter
as ideias sensações e conhecimentos
adquiridos anteriormente”.
9. O contador de histórias ao se dispor a
preparar um texto para contá-lo, passa
por estas três fases. Ele faz a leitura do
texto e guarda por alguns instante.
É recomendável utilizar-se da repetição
para passar da memória de curta duração
para a intermediária até alcançar a
memória de longa duração, estando assim
preparado para apresentá-la ao público.
10. TIPOS DE MEMÓRIA
Memória de curta duração: quando o
cérebro armazena informações que
ocorreram a poucos segundos atrás.
Memória intermediária: quando o cérebro
armazena informações que ocorreram há
horas ou dias atrás.
Memória de longa duração: permanece
por meses anos ou por toda a vida. Para
ativá-la é necessário estímulos e repetições.
11. O contador de histórias ao se dispor a
preparar um texto para contá-lo, passa
por estas três fases. Ele faz a leitura do
texto e guarda por alguns instante.
É recomendável utilizar-se da repetição
para passar da memória de curta duração
para a intermediária até alcançar a
memória de longa duração, estando assim
preparado para apresentá-la ao público.
12. MÉTODO PARA MEMORIZAR
HISTÓRIA
Memória auditiva: ler o texto em voz alta,
repetida vezes.
Memória motora: escrever o texto a ser
memorizado inúmeras vezes.
Memória visual: ler o texto inúmeras vezes
associando às imagens das ilustrações do
texto.
Memória da imaginação: criar imagens de
cada cena lida.
13. AEE- Contação de
história
Melhora a noção de sequência de fatos;
Incentiva a capacidade imaginativa e
desperta o senso crítico;
Enriquece o vocabulário;
Melhora o foco de atenção;
Facilita a contextualização do mundo
imaginário com o mundo real
desenvolvendo assim a capacidade das
funções mentais superiores;
14. O PÚBLICO
Pré – escolares
Idade realista onde os
contos devem ser
curtos, conter muita
ação e pouca
descrição.
Até 3 anos:
Fase pré mágica
• Histórias de
bichinhos;]
• Brinquedos, objetos,
seres da natureza,
(humanizados);
• Histórias de crianças.
3 a 6 anos:
Fase mágica
• Histórias de
repetições e
acumulativas ( Dona
Baratinha; a
Formiguinha e a neve;
etc.
15. Escolares
O interesse maior e
pelo fantástico,
valoriza- se a
presença de seres
mágicos, heróicos e
cavaleiros valentes.
7 anos • Histórias de crianças; animais
e encantamento;
• Aventuras no ambiente
próximo: família, comunidade;
• Histórias de fadas.
8 anos • Histórias de fadas com
enredo mais elaborado;
• Histórias humorísticas.
9 anos • Histórias de fadas;
•Histórias vinculadas a
realidade.
10 anos • Aventuras, narrativas de
viagem, explorações,
invenções;
• Fábulas, mitos e lendas.
Público
juvenil
• Histórias de romance,
aventura, ficção, humor e
tragédia.
16. PARALISIA CEREBRAL /
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
•Histórias com poucos personagens.
•Utilização da voz e recursos de apoio.
•Repertório educativo
DEFICIENTE VISUAL • Deve-se organizar elementos ou
personagens da história para exploração
tátil.
•Livros sensoriais
•Utilização de objetos concretos
referentes a história para que o aluno
D.V. possa tocar e compreendê-lo.
DEFICIENTE AUDITIVO • É importante utilizar recursos visuais
demonstrando sentimentos dos
personagens (medo, admiração).
• Ao contar histórias lidas, observar se o
livro está sendo visto pelo D.A.
•Procurar dar vida – cor, cheiro, textura e
gosto – a história.
•Contar a história na língua de sinais e
mostrar as imagens.
17. Que contribuições podem trazer a contação
de história em sala de aula?
Incentivo ao hábito da leitura e este deve ser
dado desde os primeiros anos de vida;
Por meio da história podemos propiciar a
aprendizagem significativa abordando assuntos
acadêmicos e também temas transversais como
ética, cidadania,etc, com uma comunicação
mais facilitada e interessante;
A partir das histórias as crianças começam a
reconhecer e interpretar suas experiências da
vida real, entre outras...
18. Algumas dicas para contação de história
para alunos DI
Utilize linguagem simplificada e descritiva;
Observe o tempo de concentração dos alunos para
que a você possa escolher a história ou mesmo
poder encurtá-la conforme a necessidade da
turma;
Prepare o ambiente para que o foco de atenção
seja dado ao contador;
Utilize-se de recursos como fantoches, modulação
vocal, gravuras para que possa voltar a atenção
sempre para o contador, entre outros;
Contextualize a história com situações vividas;
19. Algumas dicas para contação de
história para alunos DV
Explore recursos táteis,
Cuidado para não utilizar expressões que
necessite exclusivamente da visão;
Module a voz de acordo com o personagem;
Faça a contação de história utilizando a audio-
descrição;
Não tenha medo de preparar o ambiente para
torná-lo mais lúdico e explore isso com todas as
crianças, inclusive com a criança DV;
Utilize recursos como audio-livros, ou livros de
escrita Braille.
20. Algumas dicas para
contação de história
para alunos DA
Prepare com antecedência a contação
juntamente com intérprete para que haja
tempo de pesquisar os sinais desconhecidos;
Se necessário encurte a história para obter
maior atenção do surdo;
Utiliza-se de recursos visuais de apoio como
fantoches, figuras etc...
Prepare o ambiente para torná-lo mais
lúdico.
21. Algumas técnicas
poderosas para a
contação de história
Conheça bem seu público para escolher uma
história que lhe chame a atenção;
Conhecer previamente a história que irá contar;
Ao perceber a dispersão das crianças peça a elas
que repita parte da história ou que faça gesto ou
som do personagem;
Aguçar a curiosidade perguntando elas o que
acham que vai acontecer em determinado
momento da história;
Modular a voz de acordo com o personagem;
22. Preparar o ambiente (isso pode ser com
recursos adicionais ou mesmo organizado as
mesas do alunos de modo a prestarem mais
atenção em você);
Lembrar-se que em sua sala pode haver
diferentes públicos, por isso fique atento às
adaptações necessárias;
Permita que as crianças possam interagir
com você na história;
Explore os gestos e emoção, pois há
diferença entre LER e CONTAR uma história;
23. Esperamos que nos enquanto
professores, sejamos anunciadores de
historias,
Para que entremos no mundo da fantasia,
que possibilita o sonhar, o imaginar das
nossas crianças
26. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRUNO, Marilda Moraes Garcia. Educação Infantil: saberes e práticas de
inclusão: dificuldades de comunicação sinalização: deficiência visual.
4ª ed. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
Educaja.com.br/2008/08/iincentivo_a_leitura_a_criancas_portadoras_de_necessid
ades_especiais.html
GWAYA Contadores de histórias – UFG. Curso: Contar Histórias, Uma Arte
Milenar. Goiânia, 2009.
MARRA, Silvia Cristina. Contando histórias para crianças com deficiências:
uma possibilidade de atuação fonoaudiológica na estimulação da
linguagem – Dissertação (Mestrado em Distúrbios do
Desenvolvimento) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo,
2006. In: www.andreluiz.org.br/pdf/dissertação_completa_silvia.pdf