Características da Comunidade Sociologia Ensino Médio

Ciências Humanas e suas
Tecnologias - Sociologia
Ensino Médio, 2º Ano
Características da Comunidade

Imagem:TarsiladoAmaral/OMamoeiro,1925/
http://www.wikipaintings.org/en/tarsila-do-amaral/o-mamoeiro-1925#close
Estudo da comunidade
Elemento da Sociologia
Comunidade constitui, no
século XIX, um elemento
significativo para o estudo
da Sociologia.
Comunidade é um elemento de
estudo de vários cientistas
sociais e, portanto, apresentará
aspectos sociais diferenciados
no transcorrer do processo
histórico.
SOCIOLOGIA, 2º Ano do Ensino Médio
2

Imagem: Jonathan McIntosh / Creative Commons Attribution 2.0 Generic
O QUE É UMA COMUNIDADE ?
GRUPO SOCIAIS UNIDOS
POR LAÇOS AFETIVOS
3

APROXIMIDADE FÍSICA ENTRE AS PESSOAS.
VÍNCULOS MAIS SIGNIFICATIVOS ENTRE ELAS.
4
Imagem:Paolaperalta/CreativeCommonsAttribution-ShareAlike
3.0Unported

Sentimento de solidariedade
Um forte sentimento de
solidariedade fez com que hoje
(04/08), um grupo de pessoas
abrisse mão de algumas horas
de suas vidas, bem como de
seus cobertores e o chocolate
quente, em suas casas, e
arregaçassem as mangas para
ajudar aos menos favorecidos.
http://saojoaquimonline.com.br/04/08/200/
frio-aquecido-com-solidariedade/
5
Imagem:User:Yanachka/PublicDomain

Aspectos sociológicos para identificar uma
comunidade
Limites territoriais Contato social primário
6
Imagem:
Yesenia603 / Creative Commons Attribution 3.0 Unported
Imagem:
Felipe Menegaz / GNU Free Documentation License

Características da comunidade
Nitidez Limites territoriais Limites do ponto de vista
espacial.
Pequenez
Unidade de pequenas
dimensões
Homogeneidade
Relações pessoais
Limitando-se quase
sempre a uma aldeia ou
conjunto de aldeias.
Conjunto de
atividades
Desenvolvidas por pessoas
do mesmo sexo e faixa de
idade.
Relacionam por vínculos
pessoais e diretos
Caráter afetivo e
emocional.
7

Comunidade para Max Weber
Comunidade só existe, propriamente, quando,
sobre a base desse sentimento [da situação
comum], a ação está reciprocamente referida –
não bastando a ação de todos e de cada um deles
frente à mesma circunstância – e na medida em
que esta referência traduz o sentimento de formar
um todo (WEBER, 1973, 142).
http://www.espm.br/ConhecaAESPM/Mestrado/Documents/COLOQUIO%20BXM/S1/cecilia%20krohling%20e
%20marcelo%20volpato.pdf
A situação comum
Refere-se ao sentimento presente
que forma um todo.
A comunidade
8

Comunidade para o sociólogo alemão
Ferdinand Tönnies
Comunidad
e
Gemeinschaf
t
Comunidade (Gemeinschaft, em alemão)
Ato de “viver junto, de modo íntimo, privado e exclusivo”.
9

Comunidade para o sociólogo alemão
Ferdinand Tönnies
Elaborou seu conceito a partir da observação das sociedades
camponesas europeias pré-modernas.
Comunidades por uma rede de relações pessoais baseadas em laços de
parentescos e no contato social direto.
As normas de convivência, nessas comunidades, não eram escritas,
os indivíduos estavam ligados numa teia de completa interdependência.
10

Exemplos de comunidades segundo Ferdinand Tönnies
11
GemeinschaftFamília
vizinhança
Aldeia camponesa
Imagens:SnapshotsOfThe
Past/CreativeCommons
Attribution-ShareAlike2.0
Generic
Imagem:Leonard/GNUFree
DocumentationLicense
Grupos de parentescos Imagem:FelipeMicaroniLalli/
CreativeCommonsAttribution-
ShareAlike2.5Generic
Imagem:
Yesenia603/CreativeCommons
Attribution3.0Unported

Aspectos conceituais do pensamento de Max
Weber e Ferdinand Tönnies
Para Max Weber e Ferdinand Tönnies a
maioria das relações sociais participa
em parte da comunidade e em parte da
sociedade.¹
Para Max Weber a comunidade é um conceito
amplo que abrange situações heterogêneas,
mas que, ao mesmo tempo, apoia-se em
fundamentos afetivos, emotivos e tradicionais. 1
Ferdinand Tönnies relaciona comunidade
a uma vontade comum, à compreensão,
ao direito natural, à língua e à concórdia. ¹
12

Comunidade de acordo com o pensamento
de
Robert A. Nisbet
O termo abrange todas as formas de
relacionamento caracterizado por um
elevado grau de intimidade pessoal,
profundeza emocional, engajamento
moral, coesão social e continuidade no
tempo.
13

Visão da humanidade no contexto da História
Moderna e o seu perfil dentro da comunidade
O ser humano moderno ocupa o centro da
cena da história e passa a ser a matriz das
concepções contemporâneas que se
formularam nos séculos XIX e XX.
Encontra seu fundamento na relação entre as
pessoas.
Ser Humano
Comunidade
14

Imagem: Lauren / Creative Commons Attribution 2.0 Generic
As pessoas na comunidade motivam-se na realização
de fusão de vontades individuais.
Sentimentos
Pensamentos
Tradição
Ligaçõesintencionais
Participação
Aspirações
15

Comunidade
Agrupamento
humano
Elevado
grau de
intimidade
Elevado grau
de coesão
Contato
social
primário
Família papel
fundamental
Importantes características da comunidade
16

Uma visão diferenciada
de “Comunidade” dentro da realidade e das
leis brasileiras.
17

Brasil, um país plural e multiétnico.
O Decreto nº 6.040, de 07 de
fevereiro de 2007, conceitua as
comunidades e povos tradicionais
como grupos culturalmente
diferenciados e que se reconhecem
como tais.
http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1737&Itemid=251
Quais as comunidades brasileiras?
18

Imagem: Deyvid Setti e Eloy Olindo Setti / Domínio Público
Algumas comunidades tradicionais brasileiras
Povos indígenasQuilombolas
Ciganos
Populações ribeirinhas Povos de terreiros
19

Como as comunidades primitivas brasileiras se
organizam?
Formas
próprias
Organização
social
Uso de
territórios
tradicionais
Recursos
naturais
Reprodução
cultural Social religiosaancestral econômica
As formas de conhecimentos, inovações e práticas são geradas e
transmitidas pela tradição.
20

COMUNIDADES TRADICIONAIS
BRASILEIRAS
Segundo o Censo 2010, dos 315 mil
indígenas que residem nas áreas
urbanas, a maior participação (33,7%)
foi encontrada na região Nordeste –
superando o Sudeste, que era líder de
participação indígena urbana nos
Censos de 1991 e 2000 – e entre os 502
mil residentes das áreas rurais, a região
Norte manteve a maior concentração
(48,6%).
Indígenas
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?
id_noticia=2119&id_pagina=1
21
Imagem:http://veton.picq.fr/GNUFreeDocumentationLicense

Imagem:AntônioCruz-Abr/
CreativeCommonsAttribution3.0
Brazil
Imagem: Ministério da Cultura / Creative Commons
Attribution 2.0 Generic
COMUNIDADES TRADICIONAIS BRASILEIRAS
Localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro,
Pará, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Bahia, Sergipe, Goiás e
Amapá, essas comunidades detêm os Direitos
Culturais Históricos, assegurados pelos
artigos 215 e 216 da Constituição Federal que
tratam das questões relativas à preservação
dos valores culturais da população negra.
Quilombolas
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/consciencianegra/quilombos.html
O terreiro é espaço sagrado,
um lugar de congregação dos
membros das comunidades
que se reconhecem como
afrodescendentes.
Comunidade de terreiro
22

Imagem:FranciscoChaves/Creative
CommonsAtribuição2.0Genérica
Imagem:NikolajAlexandrowitsch
Jaroschenko/PublicDomain
290 municípios já reconhecem
acampamentos ciganos em
seu território.
Fonte: IBGE- Censo 2010
Ciganos
Populações ribeirinhas
Em 2010, o país possuía 6.329
aglomerados subnormais
(assentamentos irregulares
conhecidos como favelas, invasões,
grotas, baixadas, comunidades, vilas,
ressacas, mocambos, palafitas, entre
outros) em 323 dos 5.565 municípios
brasileiros.
23

Comunidade diante de uma sociedade mais
complexa
“As pessoas resistem ao processo de
individualização e atomização, tendendo a
agrupar-se em organizações comunitárias que,
ao longo do tempo, geram um sentimento de
pertença e, em última análise, em muitos
casos, uma identidade cultural, comunal.”
Segundo Manuel Castells:
http://www.espm.br/ConhecaAESPM/Mestrado/Documents/COLOQUIO
%20BXM/S1/cecilia%20krohling%20e%20marcelo%20volpato.pdf
Processo de globalização
24

Esta visão de organização comunitária pressupõe que
por meio de um processo de mobilização social, as
pessoas participem de agrupamentos urbanos e grupos
que defendem interesses em comum.
Organizações comunitárias
Sentimento de pertença
Identidade cultural, comunal
25

As mudanças no conceito de comunidade
O avanço industrial e tecnológico, ou seja, o próprio processo de
globalização desenvolveu outros tipos de formação de comunidades.
Tribos urbanas surgiram
nas grande cidades,
sobretudo nas periferias
O objetivos dos membros
é o de estarem juntos.
Tribalismo
Punks Surfistas
Rappers
As gangues de
periferias
26

As comunidades virtuais?
O surgimento de outros modelos de comunidades
Comunidade não seria
um termo apropriado
Grupos formados pelo
contato virtual
Formadas por redes
de computadores como
Internet
27

Comunidades Virtuais
Nas “comunidades” virtuais ocorre o processo inverso de laços de afinidade
do mundo real, as relações são impessoais e a comunicação eletrônica.
28
Imagem: Facebook / Public Domain Imagem: Pablodiego15 / Public Domain
Imagem: Original uploader was GageSkidmore / Public Domain

Comunidades virtuais
As tribos eletrônicas estão formadas
no ciberespaço e fazem parte da
pós-modernidade.
Ciber cultura é um fenômeno sem
limites, a partir de uma comunicação
a distância, e a presença física deixa
de ser fundamental.
29
Imagem: David Fine / Public Domain

As formas de comunidade tradicionais vão sendo suplantadas
nos grandes centros urbanos obrigando as pessoas a criar
novas formas de relacionamento, novas associações e um outro
tipo de organização social mais complexa.
A sociedade contemporânea, que nas relações sociais
predomina a vontade artificial, deliberada, proposital.
30
Imagem:LuxTonnerre/CreativeCommons
Attribution2.0Generic

Referência Bibliográfica
NISBET, Robert A. Comunidade. In: FORACCHI, Marialice Mencarini. MARTINS, José de Souza.
Sociologia e Sociedade (Leituras de introdução à Sociologia). Rio de Janeiro, Livros Técnicos e
Científicos. 1977. Capítulo V. 255 – 263 p.
OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à Sociologia: Série Brasil. 25º ed. São Paulo: Editora Ática.
2007. Ensino Médio / Volume único.
D’ ABADIA, Joacir Soares. Homem na Filosofia Ocidental. LIMA VAZ, Henrique C., Antropologia
Filosófica, Vol. I e II, Edições Loyola, São Paulo 2004. Disponível <
http://www2.ifrn.edu.br/ppi/lib/exe/fetch.php?media=textos:cap02:01_homem_silosofia_ocidental.
pdf > Acesso em 04/07/2012.
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO. Comunidades Tradicionais. Disponível em <
http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1737&Itemid=251
> acesso em 05/06/2012.
PERUZZO, Cicilia M. Krohling. VOLPATO, Marcelo de Oliveira. Conceitos de comunidade, local e
região: inter-relações e diferenças. II Colóquio Binacional Brasil – México de Ciências da
Comunicação 01 a 03 de abril de 2009 – São Paulo – Brasil . Disponível
<http://www.espm.br/ConhecaAESPM/Mestrado/Documents/COLOQUIO%20BXM/S1/
cecilia%20krohling%20e%20marcelo%20volpato.pdf > Acesso em 06/07/2012.
31

32
n° do
slide
direito da imagem como está ao lado da
foto
link do site onde se consegiu a informação Data do
Acesso
2 Tarsila do Amaral / O Mamoeiro, 1925 /
http://www.wikipaintings.org/en/tarsila-do-
amaral/o-mamoeiro-1925#close
http://www.wikipaintings.org/en/tarsila-do-
amaral/o-mamoeiro-1925#close
21/08/2012
3 Jonathan McIntosh / Creative Commons
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4 Paola peralta / Creative Commons
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5 User:Yanachka / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Blanket.j
pg
21/08/2012
6a Felipe Menegaz / GNU Free Documentation
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ank_Map.svg?uselang=pt-br
21/08/2012
6b, 11aYesenia603 / Creative Commons Attribution
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_777.jpg
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11b Leonard / GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cidade_
Norte.JPG
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11c Felipe Micaroni Lalli / Creative Commons
Attribution-Share Alike 2.5 Generic
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Lalli.jpg
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11d Snapshots Of The Past / Creative Commons
Attribution-Share Alike 2.0 Generic
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_dancing_Bosnia_Austro-Hungary.jpg
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15 Lauren / Creative Commons Attribution 2.0
Generic
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me_wanna_jump.jpg
21/08/2012
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foto
Acesso
19 Deyvid Setti e Eloy Olindo Setti / Domínio
Público
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_do_Brasil.JPG?uselang=pt-br
21/08/2012
21 http://veton.picq.fr / GNU Free
Documentation License
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1333a.JPG
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22a Antônio Cruz - Abr / Creative Commons
Attribution 3.0 Brazil
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olas.jpg
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22b Ministério da Cultura / Creative Commons
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_Minist%C3%A9rio_da_Cultura_-
_Terreiro_de_Xang%C3%B4.jpg
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23a Nikolaj Alexandrowitsch Jaroschenko /
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23b Francisco Chaves / Creative Commons
Atribuição 2.0 Genérica
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28a Facebook / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Faceboo
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28b Pablodiego15 / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Logo_OR
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28c Original uploader was GageSkidmore /
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29 David Fine / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:FEMA_-
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