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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP
   CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
    CAMPUS UNIVERSITARIO DE SANTANA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA
       ARQUITETURA E DO URBANISMO
  DOCENTE: MARCOS EDUARDO T. MONTEIRO


 APREENSÃO DOS CONCEITOS BÁSICOS DAS
     CIÊNCIAS SOCIAIS E AMBIENTAIS

   PEDRO EUCLIDES BARBOSA DE ALMEIDA


             SANTANA-AP
                2012
 Denominação     da Disciplina: Fundamentos
    Sociológicos da Arquitetura e do Urbanismo
 Objetivos da disciplina:
 Capacitar o aluno a conhecer e aplicar os princípios básicos
  das Ciências Sociais, no intuito de levá-lo a compreender a
  realidade e o contexto no qual se realiza a profissão de
  arquiteto-urbanista.
 Estudo etimológico da denominação da disciplina:

 Fundamentos - seg. o Dic. Aurélio: O conjunto dos princípios
  básicos de um ramo de conhecimento, de uma técnica, de uma
  atividade, etc.
 Sociológico – seg. o Dic. Aurélio: Referente a sociologia.

 Sociologia: Estudo objetivo das relações que se estabelecem,
  consciente ou inconscientemente, entre pessoas que vivem
  numa comunidade ou num grupo social, ou entre grupos
  sociais diferentes que vivem no seio de uma sociedade mais
  ampla.
 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: APREENSÃO DOS CONCEITOS
    BÁSICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E AMBIENTAIS
 Estudo etimológico da nomenclatura dos conteúdos:
 Apreensão, seg. o Dic. Aurélio: Ato ou efeito de apreender.
  (assimilar mentalmente; entender, compreender)
 Conceitos, seg. o Dic. Aurélio: Ação de formular uma idéia
  por meio de palavras; definição, caracterização.
 Básicos, seg. o Dic. Aurélio: Fundamental, principal,
  essencial.
 Ciências, seg. o Dic. Aurélio: A soma dos conhecimentos
  humanos considerados em conjunto.
 Sociais, seg. o Dic. Aurélio: Da sociedade ou relativo a ela.

 Ambientais, seg. o Dic. Aurélio: Que cerca ou envolve os
  seres vivos ou as coisas, por todos os lados; envolvente.
1 – INTRODUÇÃO
Este trabalho se constitui em um texto explicativo sobre a
compreensão de conceitos básicos de Ciências Sociais e
Ambientais, cujo tema é a relação existente entre sociedade,
natureza, cultura e espaço, em um sentido mais amplo e, a
formação da sociedade e espaço brasileiro, mais
especificamente. Isso tudo dentro de um contexto atual o
que deve contribuir para melhor entendimento do assunto.
Do exposto no estudo etimológico da nomenclatura da
disciplina e da titulação dos conteúdos programáticos, nos
leva a desenvolver a temática de acordo com o pensamento
dos estudiosos sobre o assunto, já que nas nossas fontes de
consulta não encontramos dados suficientes que nos
induzissem a usar o desenvolvimento histórico da Arquitetura
como fundamento para a execução da construção do
trabalho.
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA,
CULTURA E ESPAÇO
2.1. SOCIEDADE
É o agrupamento de indivíduos entre os quais se estabelecem
relações econômicas, políticas e culturais. Numa sociedade
existe unidade de língua e cultura e seus membros obedecem
a leis, costumes e tradições comuns, unidos por objetivos que
interessam ao conjunto, ou às classes que nele predominam.




       Sociedade Moderna Fonte: radardanet.com
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.1. SOCIEDADE

Toda a humanidade
pode ser considerada
como uma única
sociedade, mas em
sentido sociológico
fala-se de sociedade
como um sistema
funcional abstrato, sem
identificação com um
país ou cultura
determinado, ou então
de forma plural no
tempo e no espaço.        Sociedade democrática
                          Fonte: subirquadrado.blogspot.com
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.1. SOCIEDADE
No interior das
sociedades se
observa a
formação de
grupos de
pessoas cujos
interesses
coincidem em
certa medida,
como as famílias,
os clãs, as
                    Homem Primitivo
comunidades e as Fonte: alcymartins.blogspot.com.br
associações.
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.1. SOCIEDADE
Entre os modelos modernos
de associação estão os
partidos políticos e os
sindicatos, que tem a
finalidade de defender
interesses específicos de
determinadas classes
sociais e de categorias
profissionais. Outro exemplo
de associação é o estado,
que tem a função básica de
presenciar a segurança e o
bem-estar dos grupos
sociais que vivem sob seu      Partidos Políticos
domínio.                       Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.1.1. TIPOS DE SOCIEDADE
Não existe acordo entre os especialistas sobre os elementos
essenciais que possam servir de base para uma classificação
consistente das sociedades, com valor e alcance universais....
Parsons buscou a diferenciação das sociedades na
capacidade de adaptação de sua organização social, de tal
modo que à maior capacidade de adaptação generalizada
corresponde uma complexidade crescente.
Classificou as sociedades em três tipos fundamentais: as
sociedades primitivas, com raro grau de diferenciação e
forte muita religiosidade; as sociedades intermediárias,
identificadas pelo emprego da escrita e por sua estrutura de
classes; e as sociedades modernas, que se distinguem pela
preponderância do direito
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.1.1. TIPOS DE SOCIEDADE

  Sociedades
  primitivas,
  com escasso
  grau de
  diferenciação e
  forte
  componente
  religioso




                    A mãe          Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.1.1. TIPOS DE SOCIEDADE
 Sociedades intermediárias, identificadas pelo emprego da
 escrita e por sua estrutura de classes.
A Pirâmide Social no
Antigo Egito:
- Faraó;
- Vizir;
- Clero e Nobres;
- Religiosos, Engenheiros
e Doutores;
- Escribas;
- Artesãos;
- Soldados, Camponeses
e Construtores de
Tumbas                       Pirâmide Social Egípcia Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.1.1. TIPOS DE SOCIEDADE
Sociedades
modernas, que
se distinguem
pela
preponderância
do direito,
inspirado no que
Max Weber
chamou de
"racionalidade
formal".

              Sociedade Moderna Fonte: radardanet.com
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.1.2. EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE
Quaisquer que sejam os fundamentos em que os cientistas
sociais se baseiam, todos estão de acordo em que a
sociedade sofreu um processo gradual de transformação ao
longo do tempo.




 Transformações Sociais              Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.1.3. CARACTERÍSTICA DA SOCIEDADE URBANA
TECNOLÓGICA MODERNA

Na sociedade
tecnológica, o ser
humano não vive
mais num meio
natural e sim num
meio técnico, que
interpõe entre o
homem e a
natureza uma
rede de máquinas
e técnicas           Parque Industrial Norte; Divisa de Município
apuradas....         Arapongas/Apucarana
                     Fonte: skyscrapercity.com
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.1.4. ORGANIZAÇÃO SOCIAL
...A organização social depende basicamente da conservação
das funções sociais e da divisão social do trabalho. A
conservação das funções sociais refere-se à permanência e à
continuidade da vida social: a sociedade deve manter íntegras
suas instituições, ao longo das gerações que se sucedem,
embora adote modificações naturais introduzidas de modo
gradual pelos novos integrantes. A divisão social do trabalho
garante que todas as funções necessárias ao funcionamento
da sociedade sejam preenchidas.
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
  NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
  2.2. NATUREZA
Natureza é o conjunto dos seres naturais, isto é, não criados
pela mão do homem. O natural, portanto, se opõe ao artificial,
criado pelo ser humano. No entanto, o próprio homem, como
ser vivo, está sujeito às leis naturais e é resultado da
conjunção dessas leis, ao mesmo tempo em que está imerso
na natureza.

                                         v




 Cachoeira   Fonte: Google   Esquilo da Coréia   Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.2.1. ORIGEM DA FILOSOFIA NATURAL
O instinto de sobrevivência e a curiosidade impeliram o ser
humano a estudar o meio que o cercava e a resolver a seu
modo as questões e a inquietação que o enigmático e
ameaçador mundo natural lhe suscitavam. Assim surgiram
os mitos, as artes e o conhecimento empírico dos
acontecimentos e fenômenos naturais.




Descobertas do Homem Primitivo            Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.2.2. LEIS NATURAIS E O MÉTODO CIENTÍFICO
O domínio da natureza ocorreu paralelamente ao conhecimento
das leis naturais. Com o Renascimento, a especulação filosófica e
a concepção de mundo dos gregos antigos ganharam vigoroso
impulso, o que estimulou o desejo de saber e de experimentar e
devolveu ao homem a confiança na capacidade para buscar e
descobrir por si mesmo a verdade e superar as afirmações
sustentadas por tradições ou dogmas...




 Homem Vitruviano Fonte: Google   Grécia Antiga   Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.2.2. LEIS NATURAIS E O MÉTODO CIENTÍFICO
Progressivamente, o homem substituiu seu meio natural
por outro, produto de seu trabalho e de sua inteligência.
Esse mundo artificial em alguns casos o afastou de tal
maneira do mundo natural que fez com que o homem
perdesse o sentido de seu verdadeiro lugar na natureza.




  Ferrovias   Fonte: Google   Usina Hidrelétrica Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
  NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
  2.3. CULTURA
"Cultura... é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos,
crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões
e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade“.
(Edward Burnett Tylor, Primitive Culture 1871)...




    Mitos e Lendas           Ritos religiosos, comidas típicas, etc...
    Fonte: Google            Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
   NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
   2.3.1. CONCEITUAÇÃO
 ...A cultura é uma herança que o homem recebe ao nascer.
 Desde o momento em que é posta no mundo, a criança
 começa a receber uma série de influências do grupo em que
 nasceu: as maneiras de alimentar-se, o vestuário, a cama
 ou a rede para dormir, a língua falada, a identificação de um
 pai e de uma mãe, e assim por diante.




Comidas do Centro Oeste   Vestuário     Mobiliário   Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
   NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
   2.3.1. CONCEITUAÇÃO
 A herança cultural não se confunde, porém, com a herança
 biológica. O homem ao nascer recebe essas duas heranças: a
 herança cultural lhe transmite hábitos e costumes, ao passo
 que a herança biológica lhe transmite as características físicas
 ou genéticas de seu grupo humano.




Hábitos    Fonte: Google              Família   Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.3.1. CONCEITUAÇÃO
Além desses hábitos e costumes que recebe de seu
grupo, o homem vai ampliando seus horizontes e passa a
ter novos contatos: contatos com grupos diferentes em
hábitos, costumes ou língua, os quais farão com que
adquira alguns desses hábitos, ou costumes, ou modos de
agir.




 Povos   Fonte: Google       Hambúrguer Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA
Assim, dentro do conceito geral de cultura, é possível falar
de culturas e, por isso, se identificam sentidos específicos
segundo os quais a cultura é antropologicamente
considerada. São quatro, a saber:
1 - A cultura entendida como modos de vida comuns a
toda a humanidade;
2 - A cultura entendida como modos de vida peculiares a
um grupo de sociedades com maior ou menor grau de
interação;
3 - A cultura entendida como padrões de comportamento
peculiares a uma dada sociedade;
4 - A cultura entendida como modos especiais de
comportamento de segmentos de uma sociedade
complexa.
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA
1 - A cultura entendida como modos de vida comuns a
toda a humanidade;




Cidade Medieval Fonte: Google   Tomar Banho   Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA
2 - A cultura entendida como modos de vida peculiares
a um grupo de sociedades com maior ou menor grau
de interação;




Casas Rikbaktsa             Habitação Zulu, em KwaZulu-Natal
Fonte:Google                Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA
 3 - A cultura entendida como padrões de comportamento
 peculiares a uma dada sociedade;




Jeitinho Brasileiro      Jeitinho Brasileiro
Fonte: Google              Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA
4 - A cultura entendida como modos especiais de
comportamento de segmentos de uma sociedade complexa.




Marabaixo                 Ritual de candomble
Fonte: Google             Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
   NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
   2.3.3. CLASSIFICAÇÃO DA CULTURA
Apesar de formar uma unidade devidamente estruturada, cumulativa
e contínua, a cultura pode ser dividida. É o que se chama de
classificação de cultura, isto é, a divisão dos valores culturais
exclusivamente por necessidade metodológica, ou para fins
pedagógicos ou didáticos. Os elementos que integram uma cultura
não dominam uns aos outros; unem-se e ajudam a compreender a
cultura e seu funcionamento. A classificação da cultura é apenas
uma necessidade que têm os estudiosos para melhor apreciar os
diferentes aspectos dessa cultura.
A mais antiga classificação se deve ao sociólogo americano William
Fielding Ogburn (1922; Mudança social: referida à cultura e natureza
original) dividiu a cultura em material e não-material ou espiritual.
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.3.3. CLASSIFICAÇÃO DA CULTURA
Cultura material compreende todos os elementos capazes
de uma representação objetiva, em um objeto ou fato.




   Ferramentas usadas na construção civil   Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
2.3.3. CLASSIFICAÇÃO DA CULTURA
Cultura não-material ou espiritual compreende tudo o que é
criado pelo homem, como concepção ou idéia, nem sempre
traduzido em objetos ou fatos.




   Divindades gregas                   Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
  NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
  2.4. ESPAÇO
  2.4.1. GEOGRAFIA FÍSICA E ESPAÇO GEOGRÁFICO
Para a geografia física o espaço geográfico é o espaço concreto
ou físico inserido na interface "litosfera-hidrosfera-atmosfera". É
o espaço de todos os seres vivos, não só o espaço do homem.
O espaço geográfico foi formado a 4,5 bilhões de anos quando a
Terra foi formada.




 A terra vista do espaço
 Fonte: Google                Superfície terrestre   Fonte: Google
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
   NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
   2.4.2. GEOGRAFIA HUMANA E ESPAÇO GEOGRÁFICO
A geografia humana define a geografia como a ciência que estuda a
organização espacial, ou seja, a lógica que estabelece os padrões
de distribuição espacial dos fenômenos e as relações que conectam
pontos diferentes do espaço. Nesse sentido, a geografia precisa
entender a lógica do comportamento dos agentes sociais para poder
explicar a localização das atividades humanas e os fluxos de
pessoas, mercadorias e informações que conectam os lugares.
A geografia crítica a partir de meados dos anos 1970 em diante,
redefiniu o conceito de espaço. Essa corrente afirma que, assim
como a cultura, a política e a economia são instâncias da sociedade,
o mesmo ocorre com o espaço, que, como produto social, reflete os
processos e conflitos sociais, ao mesmo tempo em que influi neles.
Para a maior parte dos geógrafos críticos o objeto de estudo da
geografia é o espaço, concebido de forma humanizada e politizada
como uma instância social.
2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE,
 NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO
 2.4.3. PROBLEMATIZAÇÃO
 Como suprir nossas necessidades materiais? O espaço
 geográfico é construído num processo que não termina. A
 natureza do lugar não acabou. Foi transformada,
 humanizada. Passa a fazer parte da cultura humana.




Nova York   Fonte: Google
                            Irradiação solar   Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
   3.1. BRASIL
"País do futuro", "terra dos contrastes", "nação da cordialidade" e
"gigante adormecido", são alguns dos qualificativos com que se
tenta resumidamente explicar a complexa e multifacetada
realidade brasileira, onde a abundancia de terras férteis convive
com multidões de desempregados, prodigiosos recursos
naturais não conseguem impedir bolsões de miséria e se vêem
cidades tão modernas quanto às do primeiro mundo ou tribos
indígenas que vivem ainda como seus antepassados de 1500,
ao tempo do descobrimento.




Condomínio de luxo Brasília    Favela em Brasília   Fonte: Google
Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
   3.2. POPULAÇÃO BRASILEIRA
As três raças básicas formadoras da população brasileira são o
negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis de
mestiçagem e pureza. É difícil afirmar até que ponto cada
elemento étnico era ou não previamente mestiçado. Os
portugueses trouxeram um complicado caldeamento de
lusitanos, romanos, árabes e negros, que habitaram em
Portugal. Os demais grupos, vindos em grande número para o
Brasil em diversas épocas - italianos, espanhóis, alemães,
eslavos, sírios - também tiveram mestiçagem semelhante. O
Brasil é o país de maior população branca do mundo tropical.




 Raças que formaram o povo brasileiro         Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
3.3. SOCIEDADE BRASILEIRA
As bases da moderna sociedade brasileira remontam à
revolução de 1930, marco referencial a partir do qual
emerge e implanta-se o processo de modernização.
Durante a República Velha (ou primeira república), o
Brasil era ainda o país essencialmente agrícola, em que
predominava a monocultura. O processo de
industrialização apenas começava, e o setor de
serviços era muito restrito. A chamada "aristocracia
rural", formada pelos senhores de terras, estava unida à
classe dos grandes comerciantes. Como a urbanização
era limitada e a industrialização, incipiente, a classe
operária tinha pouca importância na caracterização da
estrutura social.
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
  3.3. SOCIEDADE BRASILEIRA




                              Sede da fazenda Boa Vista
Aristocracia Rural            Fonte: Google
Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
    3.3. SOCIEDADE BRASILEIRA
No plano político, o controle estatal ficava nas mãos da
oligarquia rural e comercial, que decidia a sucessão presidencial
na base de acordos de interesses regionais. A grande maioria do
povo tinha uma participação insignificante no processo eleitoral
e político. A essa estrutura social e política correspondia uma
estrutura governamental extremamente descentralizada, típica
do modelo de domínio oligárquico.




Voto de cabresto                      Coronel determinando o voto
http://portaldoprofessor.mec.gov.br   Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
   3.3. SOCIEDADE BRASILEIRA
Durante a década de 1930 esse quadro foi sendo substituído por
um modelo centralizador, cujo controle ficava inteiramente nas
mãos do presidente da república. Tão logo assumiu o poder,
Getúlio Vargas, baixou um decreto que lhe dava amplos poderes
governamentais e até mesmo legislativos, o que abolia a função
do Congresso e das assembléias e câmaras municipais.




                              Manifestação a favor do Estado Novo
 Estado Novo Fonte: Google    Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
   3.4. SOCIEDADE BRASILEIRA MODERNA
O processo de modernização iniciou-se de forma mais
significativa a partir da década de 1950. Os antecedentes
centralizadores e populistas condicionaram uma modernização
pouco espontânea, marcadamente tutelada pelo estado. No
espaço de três décadas, a fisionomia social brasileira mudou
radicalmente.




                                 Em 1990, uma mudança radical 75,5%
                                 da população passa a viver nas cidade.
 Litografia de Rugendas Fonte:   A industrialização e o crescimento do
 Google                          comércio induziram o crescente fluxo
 Em 1950, cerca de 55% dos       migratório do campo para a cidade e do
 brasileiros viviam no campo     norte para o sul.
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
  3.4. SOCIEDADE BRASILEIRA MODERNA
Ao aproximar-se o final do século XX, a sociedade brasileira
apresentava um quadro agudo de contrastes e disparidades,
que alimentavam fortes tensões.




    Desigualdades sociais               Fonte: Google
O longo ciclo inflacionário, agravado pela recessão e pela
ineficiência e corrupção do aparelho estatal, aprofundou as
desigualdades sociais, o que provocou um substancial aumento
do número de miseráveis e gerou uma escalada sem
precedentes da violência urbana e, do crime organizado.
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
    3.5. CULTURA BRASILEIRA
Vista de uma perspectiva histórica, a vida cultural brasileira
nasce da confluência de três culturas: a portuguesa, a africana e
a indígena.




                                 Habitação Banto     Fonte: Google




Arquitetura Portuguesa. Icó-CE
Fonte: Google

                                 Casa Tikuna       Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
  3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA
O Brasil possui uma riquíssima cultura popular, nascida da
contribuição de quatro fontes principais: as culturas negra,
portuguesa e índia e a contribuição posterior do imigrante.
A cultura negra teve dois focos principais de gestação: a
Bahia e o Rio de Janeiro, embora também presente no
restante do Nordeste e em Minas Gerais, sobretudo na
música, na dança, na religião popular e na cozinha.
A cultura indígena foi a que deixou traços menos visíveis,
devido principalmente ao pouco desenvolvimento que
alcançara ao entrar em contato com culturas mais fortes. É
visível ainda na cozinha, na música e em manifestações
isoladas e em extinção, como os caboclinhos do Nordeste.
A cultura portuguesa manteve-se principalmente no sul do
país, onde as levas de imigrantes continuaram a suceder-se no
século XX. A presença da herança portuguesa na cozinha
brasileira e definitiva.
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA
As festas folclóricas brasileiras agrupam-se em torno de
quatro datas principais: Natal, comemorado de maneira
mais ou menos igual em todo o país; Carnaval, com
manifestações próprias no Rio de Janeiro (escolas de
samba e bandas), Bahia (frevo, trio elétrico e blocos de
afoxé) e Pernambuco (frevo e maracatu). O restante do país
ora segue a moda carioca dos desfiles de escolas de
samba, ora assemelha-se ao carnaval baiano e
pernambucano; São João, comemorado sobretudo no
Nordeste, com a realização de quadrilhas, fogueiras e a
tradicional cozinha típica, com base no milho: canjica,
pamonha e milho assado; e o Divino Espírito Santo, festa
mais restrita à área de Minas Gerais e Goiás, de natureza
religioso-profana.
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
   3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA
 De todas as modalidades esportivas praticadas
 tradicionalmente pelo povo brasileiro, nenhuma alcançou a
 unanimidade do futebol. Desde as "peladas" nas praias ou
 em qualquer terreno mais ou menos plano e espaçoso, até
 os campeonatos e as partidas clássicas disputadas em
 grandes estádios, o futebol congrega milhares de equipes e
 seleções e milhões de torcedores, em torcidas organizadas
 ou espontâneas.




Imagens de partidas de futebol            Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
   3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA
A rigor não existe uma, mas várias cozinhas brasileiras, tal a
diversidade de pratos, sabores e ingredientes. Talvez a cozinha
mais tipicamente brasileira seja baiana com seus pratos de
origem africana, como o vatapá, acarajé, bobó, abará etc.,
sempre com a presença do molho de dendê.




              Comidas típicas baianas   Fonte:Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
   3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA
A cozinha do Nordeste abriga desde os vários pratos de peixe do
litoral, dos quais o mais famoso é a moqueca, até a carne de sol
com feijão verde e manteiga de garrafa, do sertão. No extremo
Norte predominam iguarias como os "bichos de casco"
(tartaruga, muçuã, tracajá), os peixes (pira-rucu, tucunaré,
dourado) e os doces de açaí, buriti e cupuaçu.




Carne de sol   Fonte: Gogle
                              Maniçoba e tacacá   Fonte: Google
3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
   3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA
No Centro-Oeste, há a cozinha mineira, com o leitão a pururuca e
o tutu; e a goiana, com o empadão goiano e a galinhada, em que
entra o sabor especial do pequi. No Sul, o prato típico é o
churrasco de carne bovina, muitas vezes acompanhado do
chimarrão.




Leitão à pururuca Fonte: Google

                                  Churrasco gaucho Fonte: Google
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
4.1. GEOGRAFIA FÍSICA BRASILEIRA
4.1.1. GEOLOGIA
O território brasileiro
juntamente com o das
Guianas, distingue-se
nitidamente do resto da
América do Sul. Seu
embasamento abriga as
maiores áreas de afloramento
de rochas pré-cambrianas, os
chamados escudos: o escudo
ou complexo Brasileiro,
também designado como
embasamento Cristalino, ou
simplesmente Cristalino; e o
escudo das Guianas. Os
terrenos mais antigos,       Formação do solo brasileiro
constituídos de rochas de    Fonte: Google
intenso metamorfismo, formam
o complexo Brasileiro.
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
  4.1. GEOGRAFIA FÍSICA BRASILEIRA
  4.1.2. RELEVO
O Brasil e um país de relevo modesto: seus picos mais altos
elevam-se a cotas da ordem dos três mil metros. Em grandes
números, o relevo brasileiro se reparte em menos de quarenta
por cento de planícies Guarapuava-PR e no extremo oeste
baiano (os gerais). Têm solos geralmente pobres, salvo na
campanha, onde se enquadram no tipo prairie degradado.




Serra do Mar   Fonte: Google   Planície amazônica Fonte: Google
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
    4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL
 A concentração populacional na área litorânea vem desde a
 época colonial e liga-se por meio da dependência econômica
 em relação aos centros mundiais do capitalismo. Comparando o
 território atual com a área de colonização portuguesa no século
 XVI, delimitado pelo Tratado de Tordesilhas, percebe-se que
 aquela área praticamente triplicou.




                                        Tratado de Tordesilhas Fonte:
                                        Google
Capitanias Hereditárias Fonte: Google
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
    4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL
    4.2.1. A COLONIZAÇÃO E SEUS TRAÇOS
A colonização do continente americano, a partir do século XVI,
foi uma importante etapa na expansão comercial européia e no
desenvolvimento capitalista. O traço marcante da colonização
de todo o continente americano e, por extensão, do Brasil, com
exceção apenas de partes da América foi a dependência em
relação às metrópoles, nações européias. Isso acarretou
algumas marcas na economia e na sociedade brasileira que, em
alguns casos, permanecem até hoje com:

    Povoamento
    mais intenso
    na fachada
    atlântica
    (onde se
    localizam os
    portos);
                                              Brasil Colonial
                                              Fonte: Google
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
  4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL
  4.2.1. A COLONIZAÇÃO E SEUS TRAÇOS
Utilização dos melhores solos    Dependência econômica
para a produção de gêneros       em relação aos centros
de exportação e não de           mundiais do capitalismo;
alimentos para a população;




Cortadores de cana Fonte: Google
                                   Família Real no Brasil
                                   Fonte: Google
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
  4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL
  4.2.1. A COLONIZAÇÃO E SEUS TRAÇOS
Formação de uma
sociedade
constituída
principalmente em
prol de uma minoria
de altíssima renda
(que mantém
ligações
econômicas com o
exterior) e uma
maioria com baixa
renda, que serve
como força de
trabalho barata.      Diferenças sociais no Brasil Colônia
                      Fonte: Google
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
    4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL
    4.2.2. O POVOAMENTO NO SÉCULO XVI
Durante todo o
século XVI, a
ocupação
portuguesa no Brasil
colônia teve caráter
periférico, litorâneo.
As poucas cidades e
vilas do período,
assim como todas as
áreas agrícolas,
estão nas
proximidades do
oceano Atlântico, a
via de comunicação
com a metrópole.

                       Ocupação Séc. XVI   Fonte: Google
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
   4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL
   4.2.3. EXPANSÃO TERRITORIAL

Tratado de Tordesilhas
Em 07 de junho de 1494,
Isabel de Castela e seu
marido, Fernando de
Castela assinaram na
cidade de Tordesilhas, o
tratado que delimitava as
terras espanholas e
portuguesas. Portugal
tomou posse das terras a
370 léguas da Ilha de Cabo
Verde - o que incluía o
litoral brasileiro - e a
Espanha, as que
estivessem além dessa      Mapa do Tratado de Tordesilhas
linha imaginária.          Fonte: Google
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL
 4.2.3. EXPANSÃO TERRITORIAL
Tratado de Madri
O Tratado de Madrid foi firmado
na capital espanhola entre D.
João V de Portugal e D.
Fernando VI de Espanha, a 13
de Janeiro de 1750, para definir
os limites entre as respectivas
colônias sul-americanas, pondo
fim assim às disputas. O objetivo
do tratado era substituir o de
Tordesilhas, o qual já não era
mais respeitado na prática. As
negociações basearam-se no
chamado Mapa das Cortes,
privilegiando a utilização de rios   Mapa do Tratado de Madri
e montanhas para demarcação          Fonte: Google
dos limites.
4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
   4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL
   4.2.3. EXPANSÃO TERRITORIAL
Tratado de Santo Ildefonso
Tratado assinado entre os
soberanos de Portugal e
Espanha a 01 de Outubro de
1777, em Santo Ildefonso, que
de certa maneira reafirmava os
pontos constantes do Tratado
de Madrid. Os dois países
acordaram no estabelecimento
dos limites das suas colônias na
América do Sul. Portugal cedeu
a colônia do Sacramento, as
missões da margem esquerda
do Rio Uruguai e a soberania
sobre o Rio da Prata. A Portugal Mapa do Tratado de Stº. Ildefonso
foi restituído a Ilha de Santa   Fonte: Google
Catarina (Brasil).
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
A humanidade vive um momento histórico marcado por
problemas que variam desde a disseminação de doenças
infectocontagiosas até a degradação ininterrupta dos recursos
naturais. Os fatores geradores de tais problemas são muito
variados, pois englobam problemas que vão desde aspectos
relacionados à economia de uma nação até as questões éticas,
morais e culturais que permeiam a sociedade.




Crise econômica mundial
Fonte: Google
                             Aquecimento Global   Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
 Nesse sentido, o Brasil, ainda considerado como um país
 emergente, não foge a essa regra.




Queimadas na Amazônia          Cubatão          Fonte: Google
Fonte: Google

Desde meados do século XVI até os dias atuais, as classes
dominantes internacionais e posteriormente nacionais vêm
atuando social, política e economicamente de modo significativo
no Brasil, impondo dessa forma as suas vontades e aspirações.
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
Deve-se, entretanto, voltar os olhos para a questão de que os
laços de dependência econômica em relação aos chamados
países desenvolvidos vêm aumentando a cada ano por inúmeras
razões, sendo que a principal delas é o processo de
globalização econômica. Como conseqüência, as desigualdades
socioeconômicas no âmbito do território brasileiro vêm se
intensificando.

                     Catadores de lixo
                     Fonte: Google




                                         Protesto por educação
                                         Fonte: Google

Blocos Econômicos
Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
  As evidências podem ser percebidas por meio de dados
  periodicamente publicados, principalmente em jornais, revistas e
  sites oficiais de instituições governamentais, que demonstram o
  aumento da criminalidade e o aumento no número de pessoas
  situadas nos empregos informais, por exemplo.

                           Criminalidade
                           Fonte: Google




Violência em estádios                        Combate à criminalidade
Fonte: Google                                Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E
     EDUCACIONAL DO BRASIL
Há indicativos que apontam para o fato de que, mais do que
subdesenvolvido, o Brasil é um país socialmente desequilibrado
em relação à socioeconomia, e desse desequilíbrio é que
decorre seu subdesenvolvimento.




Diferenças sociais.   Fonte: Google


                                      Desequilíbrio econômico. Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E
      EDUCACIONAL DO BRASIL
 Segundo estudos realizados, as economias nacionais vêm
 sendo corroídas ou colocadas em questão pelas principais
 transformações no âmbito da divisão internacional do trabalho,
 cujas unidades básicas são organizações de diversos
 tamanhos, multinacionais e transnacionais, e pelo
 desenvolvimento correspondente dos centros internacionais e
 redes de transformações econômicas que estão, para fins
 práticos, fora do controle dos governos dos Estados.




Divisão internacional
do trabalho
Fonte: Google
                        Empresas multinacionais   Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E
      EDUCACIONAL DO BRASIL
 Atualmente, o Brasil vive num contexto marcado pelo
 produtivismo e pelo consumismo, que é a característica básica
 da moderna sociedade capitalista.
 Disso decorrem a ampliação do desemprego, o abandono da
 educação e o desapreço à saúde.




Sociedade consumista Fonte: Google   Lixo eletrônico   Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E
     EDUCACIONAL DO BRASIL
Na visão das classes dominantes, é necessário evitar que o
homem pense ou que a juventude reflita, porque só assim é
possível impedir mutações sociais. Nesse contexto, a
educação é peça fundamental e os veículos de
comunicação são poderosos instrumentos na formação de
opinião pública. É imprescindível educar de acordo com as
conveniências ou não educar e controlar os instrumentos
formadores de opinião pública.




Analfabetismo       Programas alienantes   Formação de opinião
Fonte: Google       Fonte: Google          Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E
      EDUCACIONAL DO BRASIL
As condições básicas para a sobrevivência, como saúde,
alimentação e emprego dos seres humanos, estão cada dia
mais distantes de níveis satisfatórios, em termos qualitativos.
Isso se deve basicamente às políticas econômicas implantadas
no país, à má vontade e à perversidade de políticos, aos
interesses internacionais e até mesmo ao estilo acomodado do
cidadão brasileiro




Saúde pública no Brasil Fonte: Google   Brasil oculto   Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
  5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E
       EDUCACIONAL DO BRASIL
No âmbito da educação brasileira, o arcabouço legal estimula,
de modo mascarado, a formação de cidadãos pouco capazes
em refletir sobre sua situação social, econômica e cultural e
como é a qualidade do ambiente que os cerca. As médias
necessárias para aprovação, os índices de reprovação e a
própria qualidade no ensino público são os principais fatores
deflagradores dessa formação inadequada dos estudantes.
Existe uma tendência em separar os objetos de seu contexto,
ou seja, da realidade que cerca as pessoas.




Prof. detém conhecimento   Aprendizagem igual a todos   Alunos passivos
Fonte: Google              Fonte: Google                Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO
   AMBIENTAL
Foram somente entre as décadas de 1960 e 1970 que se
tornaram mais evidentes e generalizados os indicadores de
uma crise socioambiental de amplas proporções. Mesmo
assim, a humanidade continuou trilhando seu caminho
chegando até a atualidade, quando diversos problemas afligem
a mesma, de diferentes formas e intensidades.
 Aspectos que envolvem a crise ambiental




                                            ORSI, 2006
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
 5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO
     AMBIENTAL
As técnicas atualmente atreladas ao conhecimento científico
contribuem de modo eficiente no que se refere à aplicabilidade
do conhecimento no dia-a-dia do mundo capitalista. Dessa
forma, as técnicas são empregadas no meio produtivo visando o
lucro e assim acarretam mudanças no meio natural.




 Tsunami do Japão Fonte: Google   Efeito estufa Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
 5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO
     AMBIENTAL
Embora exista desde o ano de 1965
o Código Florestal Brasileiro e desde
1981 a Política Nacional do Meio
Ambiente, no caso do Brasil, foi
somente com o advento da
promulgação da Constituição
Federal, no ano de 1988, que a
questão ambiental passou a ter
destaque . Desse período em diante,
ressalta-se a 2ª Conferência das
Nações Unidas sobre Meio
Ambiente, conhecida como ECO-92,
realizada no Rio de Janeiro, na qual
houve discussões entre
representantes de diversos países
do mundo com pessoas
componentes dos diferentes              Árvore da vida Eco-92
segmentos da sociedade.                 Fonte: Veja
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
  5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO
      AMBIENTAL
 Nesse contexto, surge uma possibilidade de minimização para
 os problemas socioambientais: o desenvolvimento sustentável.
 Com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico,
 social, político, cultural e ambiental é que emerge a idéia de
 desenvolvimento sustentável.




Energia renovável Fonte: Google
                                  Triple Bottom Line - Desenvolvimento
                                  Sustentável
                                  Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
   5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO
       AMBIENTAL
O desenvolvimento sustentável prevê a educação ambiental
como instrumento de melhoria da qualidade de vida, por meio da
formação de cidadãos conscientes de sua participação local no
contexto da conservação ambiental global.




 Educação Ambiental
 Fonte: Google              Educação Ambiental   Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
    5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO
        AMBIENTAL
Nesse sentido, cabe a cada cidadão cumprir seu papel perante
os diferentes problemas de caráter socioambiental que afligem a
sociedade, mas para isso os mesmos devem possuir padrões
mínimos de conscientização ambiental.




Esgoto no rio                          Madeira explorada ilegalmente
Fonte: Google                          Fonte: Google

                       Lixo no rio
                       Fonte: Google
5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS
   5.3. ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE CONTEXTUALIZAÇÃO
       SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL
A dinâmica do espaço urbano, tensa – pelos múltiplos conflitos de
interesses existentes – e densa – pelo volume de informações e
acontecimentos simultâneos – muitas vezes não nos permite
assimilar ou perceber transformações importantes nas cidades ou
prever cenários e controlar situações. Assim, buscar a
sustentabilidade urbana, ou melhor, a sustentabilidade de um
estilo de vida que se desenvolve nas cidades implica olhar as
estruturas da cidade em seu conjunto. Ao mesmo tempo em que
as cidades fazem parte de um todo interconectado, ela apresenta
características que a singularizam, seja pelo seu processo de
formação ou da região em que ela encontra-se. Planejar,
portanto, constitui-se em uma atividade ampla, a qual deve
estruturar as cidades para uma melhor qualidade de vida da
população como um todo, o que só pode acontecer se houver
justiça social e respeito aos limites da capacidade de suporte dos
sistemas naturais.
PARA REFLETIR:
 Feliz
      daquele que desfruta agradavelmente
 da sociedade! Mais feliz é quem não faz caso
 dela e a evita! (Voltaire)
A educação desenvolve as faculdades, mas
 não as cria. (Voltaire)
6. Bibliografia
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre a origem das
       mudanças culturais. São Paulo: Loyola, 1998.
DINIZ, Luis Lopes Filho. Fundamentos epistemológicos da geografia. Curitiba:
       IBPEX, 2009.
SANTOS, M. Do meio natural ao meio técnico-científico-informacional.
       In:_____. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São
       Paulo: Hucitec, 1996.
Enciclopédia Barsa/ ©Encyclopedia Britannica do Brasil Publicações Ltda
http://www.colegioweb.com.br/geografia/evolucao-da-sociedade.html
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp
http://www.brasilcultura.com.br/cultura/cultura-28/
http://www.facesdobrasil.org.br/contexto-atual.html
http://www.oocities.org/br/neygeo/Brasil.htm
http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/os-povos-no-brasil-miscigenacao
http://csm7anoa.pbworks.com
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/raega/article/ - Artigo: Considerações
       Acerca do Atual Contexto Socioeconômico e Educacional do Brasil e sua
       Repercussão no Pensamento de Conservação Ambiental.
http://annanuskiy.blogspot.com.br/
Obrigado, por sua atenção
e por seu precioso tempo!!!

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO CAMPUS UNIVERSITARIO DE SANTANA DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA ARQUITETURA E DO URBANISMO DOCENTE: MARCOS EDUARDO T. MONTEIRO APREENSÃO DOS CONCEITOS BÁSICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E AMBIENTAIS PEDRO EUCLIDES BARBOSA DE ALMEIDA SANTANA-AP 2012
  • 2.  Denominação da Disciplina: Fundamentos Sociológicos da Arquitetura e do Urbanismo  Objetivos da disciplina:  Capacitar o aluno a conhecer e aplicar os princípios básicos das Ciências Sociais, no intuito de levá-lo a compreender a realidade e o contexto no qual se realiza a profissão de arquiteto-urbanista.  Estudo etimológico da denominação da disciplina:  Fundamentos - seg. o Dic. Aurélio: O conjunto dos princípios básicos de um ramo de conhecimento, de uma técnica, de uma atividade, etc.  Sociológico – seg. o Dic. Aurélio: Referente a sociologia.  Sociologia: Estudo objetivo das relações que se estabelecem, consciente ou inconscientemente, entre pessoas que vivem numa comunidade ou num grupo social, ou entre grupos sociais diferentes que vivem no seio de uma sociedade mais ampla.
  • 3.  CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: APREENSÃO DOS CONCEITOS BÁSICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E AMBIENTAIS  Estudo etimológico da nomenclatura dos conteúdos:  Apreensão, seg. o Dic. Aurélio: Ato ou efeito de apreender. (assimilar mentalmente; entender, compreender)  Conceitos, seg. o Dic. Aurélio: Ação de formular uma idéia por meio de palavras; definição, caracterização.  Básicos, seg. o Dic. Aurélio: Fundamental, principal, essencial.  Ciências, seg. o Dic. Aurélio: A soma dos conhecimentos humanos considerados em conjunto.  Sociais, seg. o Dic. Aurélio: Da sociedade ou relativo a ela.  Ambientais, seg. o Dic. Aurélio: Que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas, por todos os lados; envolvente.
  • 4. 1 – INTRODUÇÃO Este trabalho se constitui em um texto explicativo sobre a compreensão de conceitos básicos de Ciências Sociais e Ambientais, cujo tema é a relação existente entre sociedade, natureza, cultura e espaço, em um sentido mais amplo e, a formação da sociedade e espaço brasileiro, mais especificamente. Isso tudo dentro de um contexto atual o que deve contribuir para melhor entendimento do assunto. Do exposto no estudo etimológico da nomenclatura da disciplina e da titulação dos conteúdos programáticos, nos leva a desenvolver a temática de acordo com o pensamento dos estudiosos sobre o assunto, já que nas nossas fontes de consulta não encontramos dados suficientes que nos induzissem a usar o desenvolvimento histórico da Arquitetura como fundamento para a execução da construção do trabalho.
  • 5. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1. SOCIEDADE É o agrupamento de indivíduos entre os quais se estabelecem relações econômicas, políticas e culturais. Numa sociedade existe unidade de língua e cultura e seus membros obedecem a leis, costumes e tradições comuns, unidos por objetivos que interessam ao conjunto, ou às classes que nele predominam. Sociedade Moderna Fonte: radardanet.com
  • 6. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1. SOCIEDADE Toda a humanidade pode ser considerada como uma única sociedade, mas em sentido sociológico fala-se de sociedade como um sistema funcional abstrato, sem identificação com um país ou cultura determinado, ou então de forma plural no tempo e no espaço. Sociedade democrática Fonte: subirquadrado.blogspot.com
  • 7. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1. SOCIEDADE No interior das sociedades se observa a formação de grupos de pessoas cujos interesses coincidem em certa medida, como as famílias, os clãs, as Homem Primitivo comunidades e as Fonte: alcymartins.blogspot.com.br associações.
  • 8. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1. SOCIEDADE Entre os modelos modernos de associação estão os partidos políticos e os sindicatos, que tem a finalidade de defender interesses específicos de determinadas classes sociais e de categorias profissionais. Outro exemplo de associação é o estado, que tem a função básica de presenciar a segurança e o bem-estar dos grupos sociais que vivem sob seu Partidos Políticos domínio. Fonte: Google
  • 9. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1.1. TIPOS DE SOCIEDADE Não existe acordo entre os especialistas sobre os elementos essenciais que possam servir de base para uma classificação consistente das sociedades, com valor e alcance universais.... Parsons buscou a diferenciação das sociedades na capacidade de adaptação de sua organização social, de tal modo que à maior capacidade de adaptação generalizada corresponde uma complexidade crescente. Classificou as sociedades em três tipos fundamentais: as sociedades primitivas, com raro grau de diferenciação e forte muita religiosidade; as sociedades intermediárias, identificadas pelo emprego da escrita e por sua estrutura de classes; e as sociedades modernas, que se distinguem pela preponderância do direito
  • 10. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1.1. TIPOS DE SOCIEDADE Sociedades primitivas, com escasso grau de diferenciação e forte componente religioso A mãe Fonte: Google
  • 11. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1.1. TIPOS DE SOCIEDADE Sociedades intermediárias, identificadas pelo emprego da escrita e por sua estrutura de classes. A Pirâmide Social no Antigo Egito: - Faraó; - Vizir; - Clero e Nobres; - Religiosos, Engenheiros e Doutores; - Escribas; - Artesãos; - Soldados, Camponeses e Construtores de Tumbas Pirâmide Social Egípcia Fonte: Google
  • 12. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1.1. TIPOS DE SOCIEDADE Sociedades modernas, que se distinguem pela preponderância do direito, inspirado no que Max Weber chamou de "racionalidade formal". Sociedade Moderna Fonte: radardanet.com
  • 13. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1.2. EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE Quaisquer que sejam os fundamentos em que os cientistas sociais se baseiam, todos estão de acordo em que a sociedade sofreu um processo gradual de transformação ao longo do tempo. Transformações Sociais Fonte: Google
  • 14. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1.3. CARACTERÍSTICA DA SOCIEDADE URBANA TECNOLÓGICA MODERNA Na sociedade tecnológica, o ser humano não vive mais num meio natural e sim num meio técnico, que interpõe entre o homem e a natureza uma rede de máquinas e técnicas Parque Industrial Norte; Divisa de Município apuradas.... Arapongas/Apucarana Fonte: skyscrapercity.com
  • 15. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.1.4. ORGANIZAÇÃO SOCIAL ...A organização social depende basicamente da conservação das funções sociais e da divisão social do trabalho. A conservação das funções sociais refere-se à permanência e à continuidade da vida social: a sociedade deve manter íntegras suas instituições, ao longo das gerações que se sucedem, embora adote modificações naturais introduzidas de modo gradual pelos novos integrantes. A divisão social do trabalho garante que todas as funções necessárias ao funcionamento da sociedade sejam preenchidas.
  • 16. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.2. NATUREZA Natureza é o conjunto dos seres naturais, isto é, não criados pela mão do homem. O natural, portanto, se opõe ao artificial, criado pelo ser humano. No entanto, o próprio homem, como ser vivo, está sujeito às leis naturais e é resultado da conjunção dessas leis, ao mesmo tempo em que está imerso na natureza.  v Cachoeira Fonte: Google Esquilo da Coréia Fonte: Google
  • 17. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.2.1. ORIGEM DA FILOSOFIA NATURAL O instinto de sobrevivência e a curiosidade impeliram o ser humano a estudar o meio que o cercava e a resolver a seu modo as questões e a inquietação que o enigmático e ameaçador mundo natural lhe suscitavam. Assim surgiram os mitos, as artes e o conhecimento empírico dos acontecimentos e fenômenos naturais. Descobertas do Homem Primitivo Fonte: Google
  • 18. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.2.2. LEIS NATURAIS E O MÉTODO CIENTÍFICO O domínio da natureza ocorreu paralelamente ao conhecimento das leis naturais. Com o Renascimento, a especulação filosófica e a concepção de mundo dos gregos antigos ganharam vigoroso impulso, o que estimulou o desejo de saber e de experimentar e devolveu ao homem a confiança na capacidade para buscar e descobrir por si mesmo a verdade e superar as afirmações sustentadas por tradições ou dogmas... Homem Vitruviano Fonte: Google Grécia Antiga Fonte: Google
  • 19. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.2.2. LEIS NATURAIS E O MÉTODO CIENTÍFICO Progressivamente, o homem substituiu seu meio natural por outro, produto de seu trabalho e de sua inteligência. Esse mundo artificial em alguns casos o afastou de tal maneira do mundo natural que fez com que o homem perdesse o sentido de seu verdadeiro lugar na natureza. Ferrovias Fonte: Google Usina Hidrelétrica Fonte: Google
  • 20. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3. CULTURA "Cultura... é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade“. (Edward Burnett Tylor, Primitive Culture 1871)... Mitos e Lendas Ritos religiosos, comidas típicas, etc... Fonte: Google Fonte: Google
  • 21. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.1. CONCEITUAÇÃO ...A cultura é uma herança que o homem recebe ao nascer. Desde o momento em que é posta no mundo, a criança começa a receber uma série de influências do grupo em que nasceu: as maneiras de alimentar-se, o vestuário, a cama ou a rede para dormir, a língua falada, a identificação de um pai e de uma mãe, e assim por diante. Comidas do Centro Oeste Vestuário Mobiliário Fonte: Google
  • 22. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.1. CONCEITUAÇÃO A herança cultural não se confunde, porém, com a herança biológica. O homem ao nascer recebe essas duas heranças: a herança cultural lhe transmite hábitos e costumes, ao passo que a herança biológica lhe transmite as características físicas ou genéticas de seu grupo humano. Hábitos Fonte: Google Família Fonte: Google
  • 23. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.1. CONCEITUAÇÃO Além desses hábitos e costumes que recebe de seu grupo, o homem vai ampliando seus horizontes e passa a ter novos contatos: contatos com grupos diferentes em hábitos, costumes ou língua, os quais farão com que adquira alguns desses hábitos, ou costumes, ou modos de agir. Povos Fonte: Google Hambúrguer Fonte: Google
  • 24. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA Assim, dentro do conceito geral de cultura, é possível falar de culturas e, por isso, se identificam sentidos específicos segundo os quais a cultura é antropologicamente considerada. São quatro, a saber: 1 - A cultura entendida como modos de vida comuns a toda a humanidade; 2 - A cultura entendida como modos de vida peculiares a um grupo de sociedades com maior ou menor grau de interação; 3 - A cultura entendida como padrões de comportamento peculiares a uma dada sociedade; 4 - A cultura entendida como modos especiais de comportamento de segmentos de uma sociedade complexa.
  • 25. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA 1 - A cultura entendida como modos de vida comuns a toda a humanidade; Cidade Medieval Fonte: Google Tomar Banho Fonte: Google
  • 26. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA 2 - A cultura entendida como modos de vida peculiares a um grupo de sociedades com maior ou menor grau de interação; Casas Rikbaktsa Habitação Zulu, em KwaZulu-Natal Fonte:Google Fonte: Google
  • 27. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA 3 - A cultura entendida como padrões de comportamento peculiares a uma dada sociedade; Jeitinho Brasileiro Jeitinho Brasileiro Fonte: Google Fonte: Google
  • 28. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.2. SENTIDOS DE CULTURA 4 - A cultura entendida como modos especiais de comportamento de segmentos de uma sociedade complexa. Marabaixo Ritual de candomble Fonte: Google Fonte: Google
  • 29. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.3. CLASSIFICAÇÃO DA CULTURA Apesar de formar uma unidade devidamente estruturada, cumulativa e contínua, a cultura pode ser dividida. É o que se chama de classificação de cultura, isto é, a divisão dos valores culturais exclusivamente por necessidade metodológica, ou para fins pedagógicos ou didáticos. Os elementos que integram uma cultura não dominam uns aos outros; unem-se e ajudam a compreender a cultura e seu funcionamento. A classificação da cultura é apenas uma necessidade que têm os estudiosos para melhor apreciar os diferentes aspectos dessa cultura. A mais antiga classificação se deve ao sociólogo americano William Fielding Ogburn (1922; Mudança social: referida à cultura e natureza original) dividiu a cultura em material e não-material ou espiritual.
  • 30. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.3. CLASSIFICAÇÃO DA CULTURA Cultura material compreende todos os elementos capazes de uma representação objetiva, em um objeto ou fato. Ferramentas usadas na construção civil Fonte: Google
  • 31. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.3.3. CLASSIFICAÇÃO DA CULTURA Cultura não-material ou espiritual compreende tudo o que é criado pelo homem, como concepção ou idéia, nem sempre traduzido em objetos ou fatos. Divindades gregas Fonte: Google
  • 32. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.4. ESPAÇO 2.4.1. GEOGRAFIA FÍSICA E ESPAÇO GEOGRÁFICO Para a geografia física o espaço geográfico é o espaço concreto ou físico inserido na interface "litosfera-hidrosfera-atmosfera". É o espaço de todos os seres vivos, não só o espaço do homem. O espaço geográfico foi formado a 4,5 bilhões de anos quando a Terra foi formada. A terra vista do espaço Fonte: Google Superfície terrestre Fonte: Google
  • 33. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.4.2. GEOGRAFIA HUMANA E ESPAÇO GEOGRÁFICO A geografia humana define a geografia como a ciência que estuda a organização espacial, ou seja, a lógica que estabelece os padrões de distribuição espacial dos fenômenos e as relações que conectam pontos diferentes do espaço. Nesse sentido, a geografia precisa entender a lógica do comportamento dos agentes sociais para poder explicar a localização das atividades humanas e os fluxos de pessoas, mercadorias e informações que conectam os lugares. A geografia crítica a partir de meados dos anos 1970 em diante, redefiniu o conceito de espaço. Essa corrente afirma que, assim como a cultura, a política e a economia são instâncias da sociedade, o mesmo ocorre com o espaço, que, como produto social, reflete os processos e conflitos sociais, ao mesmo tempo em que influi neles. Para a maior parte dos geógrafos críticos o objeto de estudo da geografia é o espaço, concebido de forma humanizada e politizada como uma instância social.
  • 34. 2. ANÁLISE DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE, NATUREZA, CULTURA E ESPAÇO 2.4.3. PROBLEMATIZAÇÃO Como suprir nossas necessidades materiais? O espaço geográfico é construído num processo que não termina. A natureza do lugar não acabou. Foi transformada, humanizada. Passa a fazer parte da cultura humana. Nova York Fonte: Google Irradiação solar Fonte: Google
  • 35. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.1. BRASIL "País do futuro", "terra dos contrastes", "nação da cordialidade" e "gigante adormecido", são alguns dos qualificativos com que se tenta resumidamente explicar a complexa e multifacetada realidade brasileira, onde a abundancia de terras férteis convive com multidões de desempregados, prodigiosos recursos naturais não conseguem impedir bolsões de miséria e se vêem cidades tão modernas quanto às do primeiro mundo ou tribos indígenas que vivem ainda como seus antepassados de 1500, ao tempo do descobrimento. Condomínio de luxo Brasília Favela em Brasília Fonte: Google Fonte: Google
  • 36. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.2. POPULAÇÃO BRASILEIRA As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis de mestiçagem e pureza. É difícil afirmar até que ponto cada elemento étnico era ou não previamente mestiçado. Os portugueses trouxeram um complicado caldeamento de lusitanos, romanos, árabes e negros, que habitaram em Portugal. Os demais grupos, vindos em grande número para o Brasil em diversas épocas - italianos, espanhóis, alemães, eslavos, sírios - também tiveram mestiçagem semelhante. O Brasil é o país de maior população branca do mundo tropical. Raças que formaram o povo brasileiro Fonte: Google
  • 37. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.3. SOCIEDADE BRASILEIRA As bases da moderna sociedade brasileira remontam à revolução de 1930, marco referencial a partir do qual emerge e implanta-se o processo de modernização. Durante a República Velha (ou primeira república), o Brasil era ainda o país essencialmente agrícola, em que predominava a monocultura. O processo de industrialização apenas começava, e o setor de serviços era muito restrito. A chamada "aristocracia rural", formada pelos senhores de terras, estava unida à classe dos grandes comerciantes. Como a urbanização era limitada e a industrialização, incipiente, a classe operária tinha pouca importância na caracterização da estrutura social.
  • 38. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.3. SOCIEDADE BRASILEIRA Sede da fazenda Boa Vista Aristocracia Rural Fonte: Google Fonte: Google
  • 39. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.3. SOCIEDADE BRASILEIRA No plano político, o controle estatal ficava nas mãos da oligarquia rural e comercial, que decidia a sucessão presidencial na base de acordos de interesses regionais. A grande maioria do povo tinha uma participação insignificante no processo eleitoral e político. A essa estrutura social e política correspondia uma estrutura governamental extremamente descentralizada, típica do modelo de domínio oligárquico. Voto de cabresto Coronel determinando o voto http://portaldoprofessor.mec.gov.br Fonte: Google
  • 40. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.3. SOCIEDADE BRASILEIRA Durante a década de 1930 esse quadro foi sendo substituído por um modelo centralizador, cujo controle ficava inteiramente nas mãos do presidente da república. Tão logo assumiu o poder, Getúlio Vargas, baixou um decreto que lhe dava amplos poderes governamentais e até mesmo legislativos, o que abolia a função do Congresso e das assembléias e câmaras municipais. Manifestação a favor do Estado Novo Estado Novo Fonte: Google Fonte: Google
  • 41. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.4. SOCIEDADE BRASILEIRA MODERNA O processo de modernização iniciou-se de forma mais significativa a partir da década de 1950. Os antecedentes centralizadores e populistas condicionaram uma modernização pouco espontânea, marcadamente tutelada pelo estado. No espaço de três décadas, a fisionomia social brasileira mudou radicalmente. Em 1990, uma mudança radical 75,5% da população passa a viver nas cidade. Litografia de Rugendas Fonte: A industrialização e o crescimento do Google comércio induziram o crescente fluxo Em 1950, cerca de 55% dos migratório do campo para a cidade e do brasileiros viviam no campo norte para o sul.
  • 42. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.4. SOCIEDADE BRASILEIRA MODERNA Ao aproximar-se o final do século XX, a sociedade brasileira apresentava um quadro agudo de contrastes e disparidades, que alimentavam fortes tensões. Desigualdades sociais Fonte: Google O longo ciclo inflacionário, agravado pela recessão e pela ineficiência e corrupção do aparelho estatal, aprofundou as desigualdades sociais, o que provocou um substancial aumento do número de miseráveis e gerou uma escalada sem precedentes da violência urbana e, do crime organizado.
  • 43. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.5. CULTURA BRASILEIRA Vista de uma perspectiva histórica, a vida cultural brasileira nasce da confluência de três culturas: a portuguesa, a africana e a indígena. Habitação Banto Fonte: Google Arquitetura Portuguesa. Icó-CE Fonte: Google Casa Tikuna Fonte: Google
  • 44. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA O Brasil possui uma riquíssima cultura popular, nascida da contribuição de quatro fontes principais: as culturas negra, portuguesa e índia e a contribuição posterior do imigrante. A cultura negra teve dois focos principais de gestação: a Bahia e o Rio de Janeiro, embora também presente no restante do Nordeste e em Minas Gerais, sobretudo na música, na dança, na religião popular e na cozinha. A cultura indígena foi a que deixou traços menos visíveis, devido principalmente ao pouco desenvolvimento que alcançara ao entrar em contato com culturas mais fortes. É visível ainda na cozinha, na música e em manifestações isoladas e em extinção, como os caboclinhos do Nordeste. A cultura portuguesa manteve-se principalmente no sul do país, onde as levas de imigrantes continuaram a suceder-se no século XX. A presença da herança portuguesa na cozinha brasileira e definitiva.
  • 45. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA As festas folclóricas brasileiras agrupam-se em torno de quatro datas principais: Natal, comemorado de maneira mais ou menos igual em todo o país; Carnaval, com manifestações próprias no Rio de Janeiro (escolas de samba e bandas), Bahia (frevo, trio elétrico e blocos de afoxé) e Pernambuco (frevo e maracatu). O restante do país ora segue a moda carioca dos desfiles de escolas de samba, ora assemelha-se ao carnaval baiano e pernambucano; São João, comemorado sobretudo no Nordeste, com a realização de quadrilhas, fogueiras e a tradicional cozinha típica, com base no milho: canjica, pamonha e milho assado; e o Divino Espírito Santo, festa mais restrita à área de Minas Gerais e Goiás, de natureza religioso-profana.
  • 46. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA De todas as modalidades esportivas praticadas tradicionalmente pelo povo brasileiro, nenhuma alcançou a unanimidade do futebol. Desde as "peladas" nas praias ou em qualquer terreno mais ou menos plano e espaçoso, até os campeonatos e as partidas clássicas disputadas em grandes estádios, o futebol congrega milhares de equipes e seleções e milhões de torcedores, em torcidas organizadas ou espontâneas. Imagens de partidas de futebol Fonte: Google
  • 47. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA A rigor não existe uma, mas várias cozinhas brasileiras, tal a diversidade de pratos, sabores e ingredientes. Talvez a cozinha mais tipicamente brasileira seja baiana com seus pratos de origem africana, como o vatapá, acarajé, bobó, abará etc., sempre com a presença do molho de dendê. Comidas típicas baianas Fonte:Google
  • 48. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA A cozinha do Nordeste abriga desde os vários pratos de peixe do litoral, dos quais o mais famoso é a moqueca, até a carne de sol com feijão verde e manteiga de garrafa, do sertão. No extremo Norte predominam iguarias como os "bichos de casco" (tartaruga, muçuã, tracajá), os peixes (pira-rucu, tucunaré, dourado) e os doces de açaí, buriti e cupuaçu. Carne de sol Fonte: Gogle Maniçoba e tacacá Fonte: Google
  • 49. 3. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 3.6. CULTURA POPULAR BRASILEIRA No Centro-Oeste, há a cozinha mineira, com o leitão a pururuca e o tutu; e a goiana, com o empadão goiano e a galinhada, em que entra o sabor especial do pequi. No Sul, o prato típico é o churrasco de carne bovina, muitas vezes acompanhado do chimarrão. Leitão à pururuca Fonte: Google Churrasco gaucho Fonte: Google
  • 50. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.1. GEOGRAFIA FÍSICA BRASILEIRA 4.1.1. GEOLOGIA O território brasileiro juntamente com o das Guianas, distingue-se nitidamente do resto da América do Sul. Seu embasamento abriga as maiores áreas de afloramento de rochas pré-cambrianas, os chamados escudos: o escudo ou complexo Brasileiro, também designado como embasamento Cristalino, ou simplesmente Cristalino; e o escudo das Guianas. Os terrenos mais antigos, Formação do solo brasileiro constituídos de rochas de Fonte: Google intenso metamorfismo, formam o complexo Brasileiro.
  • 51. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.1. GEOGRAFIA FÍSICA BRASILEIRA 4.1.2. RELEVO O Brasil e um país de relevo modesto: seus picos mais altos elevam-se a cotas da ordem dos três mil metros. Em grandes números, o relevo brasileiro se reparte em menos de quarenta por cento de planícies Guarapuava-PR e no extremo oeste baiano (os gerais). Têm solos geralmente pobres, salvo na campanha, onde se enquadram no tipo prairie degradado. Serra do Mar Fonte: Google Planície amazônica Fonte: Google
  • 52. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL A concentração populacional na área litorânea vem desde a época colonial e liga-se por meio da dependência econômica em relação aos centros mundiais do capitalismo. Comparando o território atual com a área de colonização portuguesa no século XVI, delimitado pelo Tratado de Tordesilhas, percebe-se que aquela área praticamente triplicou. Tratado de Tordesilhas Fonte: Google Capitanias Hereditárias Fonte: Google
  • 53. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL 4.2.1. A COLONIZAÇÃO E SEUS TRAÇOS A colonização do continente americano, a partir do século XVI, foi uma importante etapa na expansão comercial européia e no desenvolvimento capitalista. O traço marcante da colonização de todo o continente americano e, por extensão, do Brasil, com exceção apenas de partes da América foi a dependência em relação às metrópoles, nações européias. Isso acarretou algumas marcas na economia e na sociedade brasileira que, em alguns casos, permanecem até hoje com: Povoamento mais intenso na fachada atlântica (onde se localizam os portos); Brasil Colonial Fonte: Google
  • 54. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL 4.2.1. A COLONIZAÇÃO E SEUS TRAÇOS Utilização dos melhores solos Dependência econômica para a produção de gêneros em relação aos centros de exportação e não de mundiais do capitalismo; alimentos para a população; Cortadores de cana Fonte: Google Família Real no Brasil Fonte: Google
  • 55. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL 4.2.1. A COLONIZAÇÃO E SEUS TRAÇOS Formação de uma sociedade constituída principalmente em prol de uma minoria de altíssima renda (que mantém ligações econômicas com o exterior) e uma maioria com baixa renda, que serve como força de trabalho barata. Diferenças sociais no Brasil Colônia Fonte: Google
  • 56. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL 4.2.2. O POVOAMENTO NO SÉCULO XVI Durante todo o século XVI, a ocupação portuguesa no Brasil colônia teve caráter periférico, litorâneo. As poucas cidades e vilas do período, assim como todas as áreas agrícolas, estão nas proximidades do oceano Atlântico, a via de comunicação com a metrópole. Ocupação Séc. XVI Fonte: Google
  • 57. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL 4.2.3. EXPANSÃO TERRITORIAL Tratado de Tordesilhas Em 07 de junho de 1494, Isabel de Castela e seu marido, Fernando de Castela assinaram na cidade de Tordesilhas, o tratado que delimitava as terras espanholas e portuguesas. Portugal tomou posse das terras a 370 léguas da Ilha de Cabo Verde - o que incluía o litoral brasileiro - e a Espanha, as que estivessem além dessa Mapa do Tratado de Tordesilhas linha imaginária. Fonte: Google
  • 58. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL 4.2.3. EXPANSÃO TERRITORIAL Tratado de Madri O Tratado de Madrid foi firmado na capital espanhola entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Espanha, a 13 de Janeiro de 1750, para definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas, pondo fim assim às disputas. O objetivo do tratado era substituir o de Tordesilhas, o qual já não era mais respeitado na prática. As negociações basearam-se no chamado Mapa das Cortes, privilegiando a utilização de rios Mapa do Tratado de Madri e montanhas para demarcação Fonte: Google dos limites.
  • 59. 4. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 4.2. POVOAMENTO E EXPANSÃO TERRITORIAL 4.2.3. EXPANSÃO TERRITORIAL Tratado de Santo Ildefonso Tratado assinado entre os soberanos de Portugal e Espanha a 01 de Outubro de 1777, em Santo Ildefonso, que de certa maneira reafirmava os pontos constantes do Tratado de Madrid. Os dois países acordaram no estabelecimento dos limites das suas colônias na América do Sul. Portugal cedeu a colônia do Sacramento, as missões da margem esquerda do Rio Uruguai e a soberania sobre o Rio da Prata. A Portugal Mapa do Tratado de Stº. Ildefonso foi restituído a Ilha de Santa Fonte: Google Catarina (Brasil).
  • 60. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS A humanidade vive um momento histórico marcado por problemas que variam desde a disseminação de doenças infectocontagiosas até a degradação ininterrupta dos recursos naturais. Os fatores geradores de tais problemas são muito variados, pois englobam problemas que vão desde aspectos relacionados à economia de uma nação até as questões éticas, morais e culturais que permeiam a sociedade. Crise econômica mundial Fonte: Google Aquecimento Global Fonte: Google
  • 61. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS Nesse sentido, o Brasil, ainda considerado como um país emergente, não foge a essa regra. Queimadas na Amazônia Cubatão Fonte: Google Fonte: Google Desde meados do século XVI até os dias atuais, as classes dominantes internacionais e posteriormente nacionais vêm atuando social, política e economicamente de modo significativo no Brasil, impondo dessa forma as suas vontades e aspirações.
  • 62. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS Deve-se, entretanto, voltar os olhos para a questão de que os laços de dependência econômica em relação aos chamados países desenvolvidos vêm aumentando a cada ano por inúmeras razões, sendo que a principal delas é o processo de globalização econômica. Como conseqüência, as desigualdades socioeconômicas no âmbito do território brasileiro vêm se intensificando. Catadores de lixo Fonte: Google Protesto por educação Fonte: Google Blocos Econômicos Fonte: Google
  • 63. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS As evidências podem ser percebidas por meio de dados periodicamente publicados, principalmente em jornais, revistas e sites oficiais de instituições governamentais, que demonstram o aumento da criminalidade e o aumento no número de pessoas situadas nos empregos informais, por exemplo. Criminalidade Fonte: Google Violência em estádios Combate à criminalidade Fonte: Google Fonte: Google
  • 64. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO BRASIL Há indicativos que apontam para o fato de que, mais do que subdesenvolvido, o Brasil é um país socialmente desequilibrado em relação à socioeconomia, e desse desequilíbrio é que decorre seu subdesenvolvimento. Diferenças sociais. Fonte: Google Desequilíbrio econômico. Fonte: Google
  • 65. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO BRASIL Segundo estudos realizados, as economias nacionais vêm sendo corroídas ou colocadas em questão pelas principais transformações no âmbito da divisão internacional do trabalho, cujas unidades básicas são organizações de diversos tamanhos, multinacionais e transnacionais, e pelo desenvolvimento correspondente dos centros internacionais e redes de transformações econômicas que estão, para fins práticos, fora do controle dos governos dos Estados. Divisão internacional do trabalho Fonte: Google Empresas multinacionais Fonte: Google
  • 66. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO BRASIL Atualmente, o Brasil vive num contexto marcado pelo produtivismo e pelo consumismo, que é a característica básica da moderna sociedade capitalista. Disso decorrem a ampliação do desemprego, o abandono da educação e o desapreço à saúde. Sociedade consumista Fonte: Google Lixo eletrônico Fonte: Google
  • 67. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO BRASIL Na visão das classes dominantes, é necessário evitar que o homem pense ou que a juventude reflita, porque só assim é possível impedir mutações sociais. Nesse contexto, a educação é peça fundamental e os veículos de comunicação são poderosos instrumentos na formação de opinião pública. É imprescindível educar de acordo com as conveniências ou não educar e controlar os instrumentos formadores de opinião pública. Analfabetismo Programas alienantes Formação de opinião Fonte: Google Fonte: Google Fonte: Google
  • 68. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO BRASIL As condições básicas para a sobrevivência, como saúde, alimentação e emprego dos seres humanos, estão cada dia mais distantes de níveis satisfatórios, em termos qualitativos. Isso se deve basicamente às políticas econômicas implantadas no país, à má vontade e à perversidade de políticos, aos interesses internacionais e até mesmo ao estilo acomodado do cidadão brasileiro Saúde pública no Brasil Fonte: Google Brasil oculto Fonte: Google
  • 69. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO BRASIL No âmbito da educação brasileira, o arcabouço legal estimula, de modo mascarado, a formação de cidadãos pouco capazes em refletir sobre sua situação social, econômica e cultural e como é a qualidade do ambiente que os cerca. As médias necessárias para aprovação, os índices de reprovação e a própria qualidade no ensino público são os principais fatores deflagradores dessa formação inadequada dos estudantes. Existe uma tendência em separar os objetos de seu contexto, ou seja, da realidade que cerca as pessoas. Prof. detém conhecimento Aprendizagem igual a todos Alunos passivos Fonte: Google Fonte: Google Fonte: Google
  • 70. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL Foram somente entre as décadas de 1960 e 1970 que se tornaram mais evidentes e generalizados os indicadores de uma crise socioambiental de amplas proporções. Mesmo assim, a humanidade continuou trilhando seu caminho chegando até a atualidade, quando diversos problemas afligem a mesma, de diferentes formas e intensidades. Aspectos que envolvem a crise ambiental ORSI, 2006
  • 71. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL As técnicas atualmente atreladas ao conhecimento científico contribuem de modo eficiente no que se refere à aplicabilidade do conhecimento no dia-a-dia do mundo capitalista. Dessa forma, as técnicas são empregadas no meio produtivo visando o lucro e assim acarretam mudanças no meio natural. Tsunami do Japão Fonte: Google Efeito estufa Fonte: Google
  • 72. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL Embora exista desde o ano de 1965 o Código Florestal Brasileiro e desde 1981 a Política Nacional do Meio Ambiente, no caso do Brasil, foi somente com o advento da promulgação da Constituição Federal, no ano de 1988, que a questão ambiental passou a ter destaque . Desse período em diante, ressalta-se a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, conhecida como ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, na qual houve discussões entre representantes de diversos países do mundo com pessoas componentes dos diferentes Árvore da vida Eco-92 segmentos da sociedade. Fonte: Veja
  • 73. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL Nesse contexto, surge uma possibilidade de minimização para os problemas socioambientais: o desenvolvimento sustentável. Com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico, social, político, cultural e ambiental é que emerge a idéia de desenvolvimento sustentável. Energia renovável Fonte: Google Triple Bottom Line - Desenvolvimento Sustentável Fonte: Google
  • 74. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL O desenvolvimento sustentável prevê a educação ambiental como instrumento de melhoria da qualidade de vida, por meio da formação de cidadãos conscientes de sua participação local no contexto da conservação ambiental global. Educação Ambiental Fonte: Google Educação Ambiental Fonte: Google
  • 75. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.2. A QUESTÃO AMBIENTAL E A IDÉIA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL Nesse sentido, cabe a cada cidadão cumprir seu papel perante os diferentes problemas de caráter socioambiental que afligem a sociedade, mas para isso os mesmos devem possuir padrões mínimos de conscientização ambiental. Esgoto no rio Madeira explorada ilegalmente Fonte: Google Fonte: Google Lixo no rio Fonte: Google
  • 76. 5. O BRASIL, CONTEXTO SOCIAL E AMBIENTAL ATUAIS 5.3. ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL A dinâmica do espaço urbano, tensa – pelos múltiplos conflitos de interesses existentes – e densa – pelo volume de informações e acontecimentos simultâneos – muitas vezes não nos permite assimilar ou perceber transformações importantes nas cidades ou prever cenários e controlar situações. Assim, buscar a sustentabilidade urbana, ou melhor, a sustentabilidade de um estilo de vida que se desenvolve nas cidades implica olhar as estruturas da cidade em seu conjunto. Ao mesmo tempo em que as cidades fazem parte de um todo interconectado, ela apresenta características que a singularizam, seja pelo seu processo de formação ou da região em que ela encontra-se. Planejar, portanto, constitui-se em uma atividade ampla, a qual deve estruturar as cidades para uma melhor qualidade de vida da população como um todo, o que só pode acontecer se houver justiça social e respeito aos limites da capacidade de suporte dos sistemas naturais.
  • 77. PARA REFLETIR:  Feliz daquele que desfruta agradavelmente da sociedade! Mais feliz é quem não faz caso dela e a evita! (Voltaire) A educação desenvolve as faculdades, mas não as cria. (Voltaire)
  • 78. 6. Bibliografia HARVEY, David. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre a origem das mudanças culturais. São Paulo: Loyola, 1998. DINIZ, Luis Lopes Filho. Fundamentos epistemológicos da geografia. Curitiba: IBPEX, 2009. SANTOS, M. Do meio natural ao meio técnico-científico-informacional. In:_____. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. Enciclopédia Barsa/ ©Encyclopedia Britannica do Brasil Publicações Ltda http://www.colegioweb.com.br/geografia/evolucao-da-sociedade.html http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp http://www.brasilcultura.com.br/cultura/cultura-28/ http://www.facesdobrasil.org.br/contexto-atual.html http://www.oocities.org/br/neygeo/Brasil.htm http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/os-povos-no-brasil-miscigenacao http://csm7anoa.pbworks.com http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/raega/article/ - Artigo: Considerações Acerca do Atual Contexto Socioeconômico e Educacional do Brasil e sua Repercussão no Pensamento de Conservação Ambiental. http://annanuskiy.blogspot.com.br/
  • 79. Obrigado, por sua atenção e por seu precioso tempo!!!