2. MEMÓRIA
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade
3. Essa lembrança que nos vem às vezes...
folha súbita
que tomba
abrindo na memória a flor silenciosa
de mil e uma pétalas concêntricas...
Essa lembrança...mas de onde? de quem?
Essa lembrança talvez nem seja nossa,
mas de alguém que, pensando em nós, só possa
mandar um eco do seu pensamento
nessa mensagem pelos céus perdida...
Ai! Tão perdida
que nem se possa saber mais de quem!
Mario Quintana
4. MEMÓRIA, MEMÓRIAS... SIGNIFICADOS
Subst. f.
1. faculdade de poder lembrar-se: ter boa /má memória; perder a
memória; memória visual
2. lembrança, recordação: ter boas memórias do passado
3. parte do computador que registra os dados: a memória central
do computador
em memória de
em recordação de: uma cerimônia em memória das vítimas.
de memória
de cor: recitar de memória.
memórias
relato de acontecimentos passados: escrever as suas memórias.
5. MEMÓRIA ENQUANTO....
Recurso para uma auto-avaliação do
processo pedagógico e intelectual
vivenciado durante um determinado
período de vida.
E POR ONDE COMEÇAR????
7. A palavra observar provém do latim observare,
e quer dizer olhar ou examinar com minúcia e
atenção. A ação de observar implica considerar
atentamente os fatos para os conhecer bem.
8.
9. A observação e o registro são
alimentadores da memória, pois são os
passos iniciais da leitura da prática, que
trazemos indicativos a serem refletidos
10. A observação e sistematização da
prática, constitui-se em um processo
reflexivo que contribui para a
qualificação da ação do coordenador
formador e, consequentemente, para a
transformação do universo do trabalho
docente.
12. O processo reflexivo no movimento de
sistematização da escrita (memória),
contribui para a qualificação da ação do
sujeito e, consequentemente, para a
transformação dos universos de trabalho
docente.
13. A desmemória/1
Estou lendo um romance de Louise Erdrich. A certa altura, um
bisavô
encontra seu bisneto. O bisavô está completamente lelé (seus
pensamentos têm a
cor da água) e sorri com o mesmo beatífico sorriso de seu bisneto
recém-nascido. O
bisavô é feliz porque perdeu a memória que tinha. O bisneto é feliz
porque não tem,
ainda, nenhuma memória.
Eis aqui, penso, a felicidade perfeita. Não a quero.
Eduardo Galeano, 1989
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENINCÁ, Elli. A memória como elemento educativo.
In: Usos de memórias. (org. João Paulo Tedesco).
Passo Fundo:UPF, 2002.
ZABALZA, Miguel A. Diários de Aula: um instrumento de
pesquisa e desenvolvimento profissional.Porto
Alegre:Artmed, 2004.
Slide Professora Josimara Miranda – Pacto Estadual
com os Municipios.