3. Novo estudo sobre impactos da Revolução
Cognitiva Digital nas áreas de Negócio.
Vou começar pelas mais atingidas no
curto prazo e depois ir caminhando para
as demais.
4. Podemos dizer que existem diferentes
tipos de impactos da atual Revolução
Cognitiva.
A área de ensino sofre o impacto de nível
2:
com processo mais gradual e em maior
tempo.
5. As áreas de negócio de educação
conseguem ver os efeitos incrementais de
curto prazo (introdução de novas
tecnologias em sala de aula), mas têm
tido dificuldade para perceber os efeitos
mais disruptivos de médio e longo prazo
que vão mudar radicalmente o modelo de
negócio do ensino.
Muitas empresas de educação ficarão
pelo caminho.
6. Um dos setores de negócios que vem
sendo mais atingido nessa primeira etapa
da Revolução Cognitiva Digital é o do
Intangíveis, também o da educação.
7. O setor de negócios da educação é um dos
mais atingido no médio prazo, pois uma
Revolução Cognitiva altera os canais de
distribuição e formas de armazenamento
do conhecimento, além de iniciar uma
mudança cultural profunda na forma de
validação do conteúdo.
8. A Revolução Cognitiva Digital promove
uma mudança cultural de escassez para
um ambiente de abundância de
informação e comunicação.
9. A Revolução Cognitiva Digital promove
uma mudança cultural de hegemonia de
uma comunicação e informação vertical
para um modelo mais horizontalizado.
10. A Revolução Cognitiva Digital promove
uma mudança cultural em direção à
horizontalização das relações.
11. É vem provável, é preciso comprovações
mais científicas, que haja uma mudança
na plástica cerebral da nova geração em
função do uso intenso de novas
tecnologias cognitivas.
12. O que era escasso e só a escola poderia
fornecer, passa a ser abundante, o que
reduz o valor da escola como repassadora
de conteúdo.
13. Revoluções Cognitivas atingem o setor da
venda de educação no médio prazo, pois
há um novo meio de distribuição de
conhecimento (muito em vídeo),
reduzindo o valor da escola.
14. Revoluções Cognitivas Disruptivas
atingem o setor da venda de educação no
médio e longo prazo, pois há uma nova
forma de validação de conhecimento.
O conhecimento não é mais produzido
apenas por um centro reconhecido.
15. O novo modelo de ensino tem as seguintes
características:
Gestor de ensino Curador de ensino
Aluno-passivo Aluno ativo
Foco em assuntos Foco em problemas
Cuida do
aprendizado
diretamente
ANTES AGORA
Cuida da relação do
aprendizado
indiretamente
16. O novo modelo de ensino tem as seguintes
características:
Tem um local Qualquer lugar
Tem horário Não tem horário
Por idade Por interesse
Desenvolve a
memória
ANTES AGORA
Desenvolve a
criatividade
17. Revoluções Cognitivas no passado, como
a do papel impresso, em 1450, alteraram
de forma de ensino, criando a escola
moderna, que deixou de ser uma escola
doméstica e passou a uma mais industrial,
de massa.
18. Revoluções Cognitivas no passado, como
a do papel impresso, em 1450, alteraram
de forma de ensino, pois introduziram a
escrita como um dos elementos de
multiplicação de conhecimento, em
detrimento de apenas a oralidade.
19. A Revolução Cognitiva Digital não é igual a
do papel Impresso, considerada
Incremental, pois não há apenas uma
mudança de distribuição de conteúdo e
aumento de armazenamento, mas
também uma mudança no modelo de
produção do conhecimento, pois muda-se
a forma de validação de conteúdo, a partir
das novas possibilidades tecnológicas.
20. A forma de Validação do Conteúdo passa
a ser horizontal e não mais de um centro,
de forma massificada.
Cada cidadão passa a ser não só um
consumidor de conhecimento, mas de
alguma forma um produtor e um editor
do mesmo.
21. Cada cidadão passa a ter que ser capaz de
avaliar e decidir muito mais do que as
gerações pré-Revolução Cognitiva Digital.
Tal mudança obriga a formação de um
novo perfil de cidadão, com mais
capacidade de discernimento e decisão.
22. O aumento do poder de decisão não só
atinge o cidadão como consumidor de
conhecimento, mas também com
profissional, cada vez mais independente
e menos dependente de um chefe
controlador.
23. A descentralização da informação e
comunicação provoca, como vimos no
passado, longos ciclos de inovação, o que
pede cidadãos mais criativos e mais
pró-ativos.
24. A atual escola forma cidadãos para uma
sociedade que vivia sobre a égide de um
ambiente cultura cognitivo que começa a
entrar em obsolescência.
25. Não é, assim, nas novas tecnologias
digitais que vão entrar na escola, mas o
contrário.
Mas estamos criando uma nova
sociedade, sob a égide digital, na qual a
nova está escola vai se inserir.
26. O novo modelo de ensino elimina a
necessidade de um professor ou uma
escola centralizada e apenas baseada em
humanos.
27. O novo modelo de ensino abre a
possibilidade de um curador de uma
escola descentralizada com o apoio de
inumanos (algoritmos).
28. O novo aluno, futuro cidadão, tanto pode
colocar um conteúdo próprio, como pode
alterar o conteúdo dos demais, bem como
ser um editor, classificando-o, a partir de
seus critérios, tendo como apoio o
curador de ensino.
O foco do aprendizado gira em torno de
problemas.
29. O algoritmo, programado pelo curador de
ensino, procura tornar relevante o
trabalho dos alunos, com o objetivo de
reduzir fraudes e vandalismos e aumentar
a relevância das soluções apresentadas
para os problemas.
30. Quanto mais alunos houverem e quanto
mais o algoritmo gerar relevância
(personalização) com pouco ruído
(fraudes e vandalismos) mais a Plataforma
Digital de Ensino gerará valor.
31. O novo modelo de validação de ensino faz
com que o antigo professor perca a
função.
32. O novo modelo de validação de ensino
reduz o custo e aumenta o benefício, o
que a torna atraente para o consumo.
33. Toda vez que há na sociedade uma
percepção de uma relação melhor de
custo/benefício há uma atração tanto do
consumidor como de novos
empreendedores em direção a essa
tendência.
34. O novo modelo tende de sair de periférico
para hegemônico e o atual modelo de
hegemônico para periférico.
35. Se imaginarmos o futuro uma organização
de ensino será muito mais parecida com o
Wikipédia do que com a atual escola.
36. A principal mudança na área de negócios
de ensino é que o professor deixa de ser
realizar a gestão do aprendizado e passa a
curadoria do aprendizado.
Ele não é mais o responsável direto pelo
aprendizado, mas pelo ambiente em que
o aprendizado irá ocorrer.
37. O antigo gestor de ensino avaliava o
material que ia ser disponibilizado para o
ensino.
38. O novo negócio de ensino permite que
tudo seja acessado e fornece um
ambiente para que os alunos apontem o
que deve ser privilegiado, a partir do
problema que tem pela frente.
39. Por que temos uma mudança tão radical
na área de negócios de ensino?
40. O aumento demográfico de 1 para 7
bilhões nos últimos 200 anos tornou as
atividade de conteúdo cada vez mais
complexa.
Houve um aumento da demanda, mas
uma incapacidade da oferta.
41. A sociedade mais populosa e, portanto,
mais complexa exigiu um ambiente
cognitivo cultural mais sofisticado e este
um novo modelo de ensino mais
sofisticado.
43. O livro de Carlos Nepomuceno
propõe interessante análise
para os líderes
contemporâneos. Quem quer
compreender
a internet para reinventar
o processo de tomada de
decisão encontrará aqui as
respostas. Pierre Levy.
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