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OP 1 Território e territorialidade
Porque ensinar
Demarcações de poder, legal e ilegal, nos espaços cotidianos. Entender territórios como propriedade
coletiva, pública, além da idéia de posse, assim como a noção de limites, fronteiras, vizinhança, acesso,
convergência, territorialidade. A noção de territorialidade ainda deve ser explorada na lógica da ocupação
e demarcação de poder legal e ilegal, compreensão e posicionamento dos laços e relações que mantêm
tais estruturas dimensionando uma qualidade de vida conflituosa e insegura em grande parte de situações,
bairros, favelas, auto-estradas.
Condições para ensinar
É importante que os alunos compreendam o que é limite, o que é fronteira, e o que define o limite de poder
de instituições, grupos sociais, gangs, estados, regiões e países. Tais noções são básicas para se
organizar um conhecimento sistemático sobre o território e sobre as situações que territorializam lugares,
ruas, estradas. Conceito de povo e de nação. Cotidiano do lazer. Vale também relacionar as questões da
rede ilegal com situações urbanas complicadas e perigosas em diferentes países.
O que ensinar
1. As mudanças ocorridas na produção do espaço urbano do lazer em diferentes escalas e tempos.
2. As relações de poder implícitas na produção do espaço urbano, em especial no tocante ao lazer.
3. As noções de território e territorialidade em situações que produzem a qualidade de vida na cidade: os
territórios de poder, os territórios das instituições, os territórios públicos, os territórios fora da lei.
4. Os processos de preservação e depredação do território expressos na paisagem: os territórios das
Igrejas, a ciclovia como território do lazer, as Vias Públicas(em algumas cidades em certos horários
fechadas) para a caminhada.
.Como ensinar
Atividade:
• Propor duas trilhas: uma pela cidade em que os alunos moram e outra detalhada por alguma situação
especial que pode ser o poder paralelo, o poder religioso, o poder de um país sobre outro país. As duas
trilhas devem ser iniciadas com a análise de diferentes situações urbanas que propiciam a leitura e
observação de territórios. Os materiais relacionados abaixo são boas alternativas de recursos.
• Organizar com os alunos o que se quer ver para ordenar a trilha: por onde passar, com quais formas de
deslocamento, definindo registros que podem ajudar no mapeamento posterior.
• Na sala de aula organizar os dados priorizando aspectos relacionados à preservação, depredação, em
diferentes situações de poder no espaço. Tais aspectos devem ser mapeados e a definição de como
organizar uma melhor alternativa para o ambiente deve ser proposta pelos alunos como instrumento de
avaliação.
• Fazer sínteses dirigindo o olhar dos alunos sobre: a quem cabe definir os territórios? Qual é o papel do
povo e do governo em diferentes cidades e países? Pesquisa nos materiais citados com síntese
argumentada adequadamente produzida em grupos. Uma análise da trilha proposta.
Como avaliar
1. Produção de uma trilha dos territórios da cidade em que os alunos residem com comentários das
situações pesquisadas.
2.Power point sobre o Estatuto da Cidade e a noção de território e territorialidade.
3. Seqüência de imagens ou fotos das diferenças na paisagem religiosa de uma cidade (um bom exemplo
é Belo Horizonte). Realçar o que muda e o que permanece na produção do espaço religioso.
5. O território do esporte: definir como o jogo de poder se processa nos campos de futebol, voleibol, nos
trajetos dos jogos entre as torcidas, nos ônibus, na violência.
Por fim analisar com os alunos a partir das seguintes reflexões como auto-avaliação: o que aprendi, como
aprendi, como estou entendendo as relações de poder nos cotidianos estudados?
RA-4 Território e territorialidade
Objetivos:
- Reconhecer em imagens e fotos de tempos diferentes as mudanças ocorridas na produção do espaço urbano do
lazer em diferentes escalas sabendo explicar a sua temporalidade e as relações de poder nelas implícitas.
 Desdobramentos da habilidade:
 - Conhecer e identificar na paisagem urbana as territorialidades construídas em diferentes temporalidades no centro
das metrópoles como as gangues, mendigos, crianças de rua e outros sujeitos excluídos do processo de produção.
- Conhecer os territórios urbanos preservados e os depredados , identificando o papel das políticas públicas na
revitalização ou abandono.
- Ler nas pichações , na mendicância, na violência do trânsito e no comércio informal das vias de circulação a
territorialidades das classes sociais excluídas.
- Perceber o fluxo cotidiano de pessoas na temporalidade diurna e noturna das ruas e avenidas que geram
diferentes territorialidades em função da apropriação dos serviços e comércio urbanos.
-Identificar os processos de preservação e de depredação do território expressos na paisagem.
-Compreender no cotidiano a noção de território e territorialidade, aplicando-a na análise das situações que
produzem a vida na cidade em forma de postal.
- Criar postais que revelam a identidade recuperada dos patrimônios abandonados.
- Avaliar o papel das políticas públicas nas ações sociais destinadas aos desterritorializados.
Pré-requisitos:
- Identificar na paisagem urbana os territórios demarcados por faixas etárias e classe social em diferentes bairros,
ruas, avenidas e periferias.
- Ter noção da paisagem cultural urbana, identificando seus elementos.
-Reconhecer na espacialidade da cidade diferentes grupos sociais e sua territorialidade.
- Identificar na paisagem urbana os espaços de lazer da juventude e dos velhos.
- Interpretar fotos para compreender o real.
Saber usar máquina fotográfica e tomar fotos relacionadas ao trabalho.
Descrição dos procedimentos:
 Dos temas que retratam a cidade e as contradições no uso do território este é um dos mais
contextualizados, polêmicos e complexos. Essa discussão faz parte do cotidiano dos alunos na vivência,
na escuta televisiva e na leitura de periódicos como jornais, revistas e boletins eletrônicos. Para que você,
professor, possa entender como os moradores da cidade se tornam desterritorializados e se
territorializam, sugerimos a leitura da Orientação Pedagógica sobre o tópico território, para em seguida,
trabalhar as seqüências didáticas propostas.
Atividade 1 – Leitura de texto e problematização:
Texto – As contradições no uso do território
A sociedade demarca novas e antigas paisagens caracterizadas, pelo desenraizamento e pela exclusão.
Seus atores são os sem teto, os refugiados, os camelôs, as gangues, as prostitutas, os doentes, os
loucos, os pivetes, os mafiosos, os criminosos, os ladrões, representando os desterritorializados.
  Esses grupos que sobrevivem nas fronteiras da marginalidade e articulam-se com os lugares, criam
territorialidades clandestinas denominadas de reterritorialização. Eles se espacializam nos guetos, na
rua, nos becos, nos asilos, nos hospitais, nos presídios, nos clubes, nas sarjetas, praças numa relação
conflitante com os outros usuários/incluídos no espaço.
  A paisagem excluída ganha visibilidade na desterritorialização dos acampamentos dos Sem Terra, no
Brasil, dos refugiados balcânicos na Itália, dos desempregados africanos, na Espanha, nos acampamentos
provisórios dos ruandeses na Tanzânia; dos palestinos, no Líbano; de curdos na Lituânia; dos refugiados
sudaneses no Quênia.
1-Análise do texto:
1-       Explicar o entendimento de território e seu desdobramento em territorialidade, desterritorialidade e
reteritorialidade. Exemplificar.
2-       Inferir da leitura do texto a relação entre os excluídos na cidade e no campo.
3-       Explicar como se dá a exclusão na cidade. Quais as conseqüências dessa segregação no
patrimônio arquitetônico, no planejamento urbano e distribuição dos bens sociais públicos.
4- Atividade de Problematização
 Considerando a segregação que ocorre no espaço urbano, questione porquê os moradores
empobrecidos das favelas e dos bairros populares metropolitanos estão presentes mais freqüentemente
5- Atividade de Educação patrimonial e ambiental.
- Selecionar um espaço da cidade ocupado por mendigos, crianças de rua e caracterizado por abandono
público que foi revitalizada. Discutir o local com os alunos.
- Apresentar exemplos pelo Brasil e o mundo onde houve revitalização e os moradores de rua foram
expulsos, eliminando-se a violência e gerando outras relações produtivas no local. . EX: Pelourinho (BA),
centro histórico do Rio de Janeiro, SP, BH, Recife e outros.
6- Problematizar:
   os tipos de inclusão e exclusão/ Avaliar a relação de uso do espaço urbano para os
desterritorializados. O que perdem ou ganham com a revitalização?
  o significado de área revitalizada e o reuso do patrimônio.
7- Montar o mural com os postais criados, fotos, textos, músicas, e outros materiais coletados. Divulgar a
montagem na escola e na comunidade.
Glossário:
Territorialidade: Correlação de forças espacialmente delimitada e operando sobre uma área geográfica
específica. Constituem-se em diversas formas de apropriação do território por grupos sociais que vão de
vendedores ambulantes num determinado espaço urbano a territórios de contravenção como o tráfico de
drogas.
  Fronteiras: limite territorial de um Estado e do exercício do poder territorial. Na representação simbólica
do território pode estar significando as delimitações espaciais da segregação/discriminação, das
resistências, dos valores, das identidades.
Desterritorializados: trata-se grupos sociais ou indivíduos que se encontram marginalizados do processo
socioecoômico/cultural/político. Estão desenraizados no lugar em que vivem, sem pátria, sem terra, sem
casa. Isto não significa ausência de luta e conquistas. Veja o exemplo do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terras.
Reterritorializados:são os grupos sociais ou indivíduos que tentam, lutam, buscam desesperadamente
conquistar e dominar um espaço/lugar onde possam recriar sua identidade. Isso acontece quando se
conquista um território ocorrendo a organização social, econômica, cultural e política dos indivíduos ou
grupos que exercem seu domínio.

OP2 Patrimônio e ambiente
Por que ensinar
O patrimônio cultural brasileiro, de acordo com o artigo 216 da Constituição Federal de 1988, se constitui
de “bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos
quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações
científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”
O patrimônio cultural brasileiro é uma das fontes insubstituíveis de informação sobre o modo de vida de
uma sociedade num determinado tempo e da dinâmica da natureza. São bens não renováveis e precisam
ser cuidados, preservados. As cidades, em seu dia-a-dia, sofrem todo tipo de impactos ambientais, tanto
os resultantes da atividade industrial e queima de combustíveis fósseis de veículos automotores que
poluem o ar e provocam chuva ácida danificando o patrimônio, quanto os gerados pela intensa
transformação da natureza pela crescente urbanização. A gestão da cidade, incluindo o seu patrimônio,
exige um planejamento de longo prazo, buscando: a reabilitação através do restauro de edifícios e
espaços públicos; o fechamento de ruas e construção de boulevares;o restabelecimento das condições
ambientais para usufruto adequado dos lugares; a promoção da melhoria da qualidade de vida da
comunidade levando-se em conta os novos estilos de vida urbanos. Enfim, o desenvolvimento sustentável
integrado na cidade, tornando os lugares da memória patrimonial fontes de experiências emocionais, de
lazer cultural em que todos sejam beneficiados pela sua preservação e utilização. É nesses termos que se
coloca a relevância do desenvolvimento deste tópico, pois é importante que as comunidades e prefeituras
estejam engajadas na proteção ao patrimônio, incorporando os benefícios de sua preservação ao
cotidiano da comunidade.
Condições para ensinar
Fazer com que os alunos se apropriem da valorização do patrimônio: Mas o que é patrimônio? A palavra
tem significado amplo, podendo referir-se a “herança paterna; bens de família; riqueza (patrimônio moral,
intelectual cultural); complexo de bens, materiais ou não, direitos, ações posse e tudo o mais que pertence
a uma pessoa, posse e tudo o mais que pertença a uma pessoa ou empresa e seja suscetível de
apreciação econômica; a parte jurídica e material da azienda”.(Aurélio) No contexto tratado neste tópico,
patrimônio significa riqueza cultural. A dimensão cultural se refere ao histórico (material e imaterial) e ao
ecológico. De quais saberes e fazeres a turma é portadora, no ponto de partida do trabalho pedagógico
com este tópico? O que ela entende por patrimônio?O que é considerado como patrimônio cultural? O que
significa preservar? Por que é importante a preservação do patrimônio? Quais são os benefícios de sua
preservação? O que é reconhecido como patrimônio cultural no espaço de vivência? Onde se localizam?
Como tem sido a relação da comunidade do espaço de vivência com o seu patrimônio cultural? Que tipos
de impactos ambientais existem no espaço de vivência que trazem prejuízo à preservação do patrimônio
cultural e à qualidade de vida da população? Quem cuida da proteção ao patrimônio cultural? Quem
decide, e com qual critério, o que deve ser preservado como patrimônio cultural? Por se tratar de uma
avaliação diagnóstica e inicial é aconselhável que a turma participe da elaboração de um registro coletivo
de seus saberes e fazeres, fazendo um cartaz, mural ou um texto. Ele será tomado como referência
essencial ao longo do processo das aprendizagens.
O que ensinar:
• as construções patrimoniais e seu valor cultural associado à preservação do espaço urbano.
•os impactos ambientais produzidos pela relação sociedade e natureza nos cotidianos urbanos.
•os impactos advindos das transformações no uso do patrimônio, propondo soluções para os problemas
ambientais urbanos.
Como ensinar
Seqüência didática para o desenvolvimento das atividades:
Debate: quem decide, e com qual critério, o que deve ser preservado como patrimônio cultural?
Primeira parte: leitura dos textos indicados no banco de dados e elaboração de uma síntese conclusiva
para participação no debate.
Banco de dados
Texto 1: “(...) Não é simples a tarefa de especificar o que deve ou não ser preservado (...) tudo que nos
rodeia – em todo o espaço geográfico mundial - é obra cultural ou ecológica (...) Em 1930, Mário de
Andrade propôs (...) que algumas favelas existentes em morros do Rio de Janeiro, assim como exemplos
de mocambos em Recife, fossem tombados, preservados pelo Estado, considerados como patrimônios da
cultura popular (...) tal sugestão não foi seguida (...) Porque mocambos ou favelas não merecem o status
de patrimônios culturais ao passo que Ouro Preto e Versalhes merecem?” (Vesentini, 1989)


Texto 2: (...) Outra visita obrigatória em Buenos Aires é o bairro da Boca, local onde nasceu e cresceu o
maior orgulho do futebol argentino, Armando Diego Maradona (...) Dieguito nasceu pobre como o bairro (...)
Reduto de criminalidade, o bairro da Boca é, para todo o mundo, um exemplo de maquiagem (ou seria
revitalização?!) com ajuda do governo (...) a característica principal são as casas construídas com lata. São
cortiços, na verdade, feitos com pedaços de navios em que chegaram os italianos no passado, como reza
a história. (Marcelo Bartolomei -Turismo Online)



Texto3: Os conceitos são construções sociais e, como tais, expressam o modo de pensar da sociedade de
cada época. Há uma tendência atualmente de se considerar como bens culturais o que resulta da
transformação, pelo homem, das coisas naturais e/ou aqueles que garantem ao ser humano a qualidade
de seu habitat. Portanto, “as coisas naturais que não passaram por processos de transformação também
podem ser bens culturais, uma vez que compõem o habitat do ser humano. O conjunto de bens culturais
das diversas naturezas constitui o patrimônio cultural”. (RANGEL, Marília Machado. Educação patrimonial:
conceitos sobre patrimônio cultural. In: MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Reflexões e
contribuições para a educação patrimonial. Grupo Gestor (org.) – Belo Horizonte: SEE/MG, 2002, p.24).
Segunda parte: Debate
Terceira Parte: Elaboração coletiva de um texto contendo a argumentação apresentada pela turma.
• Leitura e crítica da Lei Orgânica do município na parte referente à preservação do patrimônio.
• Exercício do olhar local: leitura da paisagem patrimonial do espaço de vivência
Primeira parte - Trilha no espaço de vivência para coleta de dados sobre seus patrimônios culturais:
identificando-os; localizando-os no espaço; descrevendo-os; levantando perguntas curiosas, incluindo sua
contextualização histórica; avaliando seu estado de preservação e os impactos que os ameaça. Fazer
registros valendo-se de mapeamentos, fotografias, filmagens, anotação de dados.
Segunda parte - Tratamento dos dados coletados: apresentação; análises; discussão das perguntas
curiosas e seleção daquelas que indicam a necessidade de uma investigação apurada; análise das
imagens coletadas; elaboração de mapeamentos; síntese final do estado de conservação dos patrimônios
urbanos e seu uso/consumo pela comunidade local, turistas e recreacionistas (visitantes de um dia sem
pernoite); possíveis critérios que informam a transformação do bem em patrimônio; proposição de medidas
de proteção para a defesa dos bens patrimoniais em situação de risco; elaboração de um texto coletivo
contendo as conclusões provisórias da turma.
Terceira parte Levantamento dos bens ecológicos e culturais do espaço de vivência que necessitam ser
protegidos/preservados. Fotografá-los e mapeá-los.
• Entrevista: Secretaria Municipal da Cultura
Planejamento: comunicação fazendo a solicitação da entrevista;elaboração de perguntas para o
entrevistado, entre elas, as duas que seguem:
1. Quem definiu, e a partir de que critérios, o que deve ser preservado como patrimônio no espaço de
vivência?
2. Sabe-se, que embora essencial, não é só Plano Diretor que resolverá os problemas dos impactos
ambientais e a defesa e proteção do patrimônio, pois é preciso contar com equipes competentes que
mantenham um diálogo permanente com a comunidade, o setor privado, as ONGs e as instâncias públicas
que cuidam do patrimônio (IPHAN e IEPHA), além da Unesco. Como tem sido operacionalizada a política
patrimonial do município?
Leitura de quadrinho




a) Discussão - Grafiteiros e pixadores: qual é a diferença entre eles?
b) Há pixadores no espaço de vivência? O que a turma pensa sobre essa forma de vandalismo? Que
ações a turma sugere para superar o problema? Como operacionalizar suas sugestões?
c) Existem grafiteiros? Avaliação da arte grafiteira do espaço de vivência.
d) O §4.º- Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.Indique as medidas
em defesa de um bem cultural e ambiental operacionalizadas pela administração municipal.
Como avaliar
• Instrumentos para o professor: observação dos alunos na realização dos exercícios, dificuldades,
questões, explicações aos colegas. Registros dessas observações para análise com o resultado dos
testes do banco de itens.
• Proposição de bens culturais (históricos e ecológicos) que necessitam ser protegidos/preservados e
criação de formas de mobilização da comunidade local para que seja efetivado.
Elaboração de uma cartilha de educação ambiental e patrimonial destinada aos alunos da educação
infantil e séries iniciais do ensino fundamental.
RA-2 Patrimônio e ambiente
Objetivos:
-Identificar no espaço urbano as construções patrimoniais, explicando seu valor cultural, associado à
preservação.
- Analisar os impactos ambientais produzidos pela relação sociedade natureza nos cotidianos urbanos.
- Analisar os impactos advindos das transformações no uso do patrimônio, propondo soluções para os
problemas ambientais urbanos.
Desdobramentos:
- Identificar na espacialidade complexa da cidade os patrimônios urbanos e suas revitalições.
- Identificar nas políticas de planejamento urbano o papel relevante do Orçamento Participativo
na qualidade de vida e justiça social dos moradores.
- Reconhecer a importância da sustentabilidade urbana na qualidade de vida dos habitantes.
- Analisar as políticas públicas urbanas no desenvolvimento da cidadania dos sujeitos urbanos.
- Compreender as construções patrimoniais e seu valor cultural associado à preservação do espaço
urbano.
Pré-requisitos:
-Noção de cidade, patrimônio e revitalização do espaço urbano.
- Conhecer os elementos que compõem o arranjo da cidade e sua organização em bairros, centro,
periferia, distritos, regionais.
- Conhecer o papel das políticas públicas no planejamento urbano.
-Saber problematizar sobre os direitos e deveres do cidadão.
- Conhecer a organização de uma cidade: bairros, centro, periferia, áreas de serviço, de comércio, de
preservação do meio ambiente;
- Conhecer a importância da sustentabilidade relacionada ao patrimônio.
Descrição dos procedimentos:
1- Problematização:
-O que a turma entende por patrimônio?
- O que é considerado patrimônio cultural?
- O que significa preservar? Por que é importante a preservação do patrimônio?
- Quais são os benefícios de sua preservação?
- O que é reconhecido como patrimônio cultural no espaço de vivência?
 - Onde se localizam?
- Como tem sido a relação da comunidade do espaço de vivência com o seu patrimônio cultural?
- Que tipos de impactos ambientais existem no espaço de vivência que trazem prejuízo à preservação do
patrimônio cultural e à qualidade de vida da população?
- Quem cuida da proteção do patrimônio cultural? Quem decide, e com qual critério, o que deve ser
preservado como patrimônio cultural?
 2- Registro coletivo dos saberes da turma em cartaz, mural ou texto. Esse registro é a referência
essencial para a continuidade do trabalho.
 3-Trilha urbana para reconhecimento do arranjo patrimonial ao centro da cidade.
 Lembre-se:
     Embora essencial, não é só o Plano Diretor que resolverá os problemas dos impactos ambientais e a
defesa e proteção do patrimônio, pois é preciso contar com equipes competentes que mantenham um
diálogo permanente com a comunidade, o setor privado, as ONGs e as instâncias públicas que cuidam do
patrimônio (IPHAN e IEPHA), além da Unesco.
      É preciso prestar atenção aos bens patrimoniais do espaço vivido. Aprender a valorizar o legado
cultural e histórico deixado de herança por nossos antepassados. É preciso conhecer para valorizar e
valorizar para proteger. Esse é o melhor caminho para aprender a gostar e conservar a cidade. Solicitar
parceria das disciplinas de História e Artes.
Glossário:
Patrimônio: O significado é amplo, podendo referir-se a “herança paterna; bens de família; riqueza
(patrimônio moral, intelectual cultural); complexo de bens, materiais ou não, direitos, ações posse e tudo o
mais que pertence a uma pessoa ou empresa e seja suscetível de apreciação econômica; a parte jurídica
e material da azienda”.(Aurélio) No contexto tratado neste tópico, patrimônio significa riqueza cultural. A
dimensão cultural se refere ao patrimônio histórico (material e imaterial) e ao ecológico.
Impactos ambientais na cidade: Resultam da atividade industrial e da queima de combustíveis fósseis por
meio de veículos automotores que poluem o ar e provocam chuva ácida danificando o patrimônio. Há,
também, os gerados pela intensa transformação da natureza.
IEPHA: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico: Criado em 1971, em MG. Ligado ao Ministério da
Cultura tem como função o registro, preservação e proteção do patrimônio cultural do estado.
IPHAN: Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – organização institucional com instrumentos legais para
preservação do patrimônio. Criado em 1932, existe em cada estado da federação.

OP 3 Paisagens do cotidiano
Por que ensinar
As paisagens são a forma visível de como o espaço encontra-se produzido: paisagens do cotidiano são,
portanto, focos de situações visíveis do espaço de vida de diferentes lugares, através dos quais, se pode
depreender o que se faz tanto na política, quanto na apropriação do espaço pela sociedade civil. Escolher
as paisagens do cotidiano priorizando o lazer é uma forma de tematizar porque o lazer tomou a dimensão
atual em cotidianos urbanos. Eles produzem certas paisagens que tanto podem ser parques e praças,
quanto as discotecas, bares, teatros, definindo atividades econômicas próprias de sua manutenção.
Assim, as paisagens de trabalho que fomenta a economia estão, em várias paisagens, definidas por
territórios de economia informal, outro rico objeto de estudo para a compreensão do cotidiano através da
paisagem. Muitas delas evidenciam o espaço de encontro do migrante, do cidadão desprovido de recursos
financeiros para que usufruam apenas de paisagens representantes do mundo do consumo. A análise de
todas essas situações, lidas nas situações explícitas da vida cotidiana, trarão a possibilidade de
compreensão maior dos conceitos de espacialidade e territorialidade, de cidadania, de transformação do
lazer em direito, ou em produto.
Condições para ensinar
Rever com os alunos, procurando diagnosticar como está o conhecimento deles sobre:os serviços que
produzem diferentes cotidianos; países com qualidade de vida diferente e pessoas com cotidianos
diferentes e desiguais que se manifestam nas cidades e na vida rural através de diferentes paisagens,
sabendo explicá-las; noções de trabalho, emprego e desemprego; espaços de lazer em diferentes
cotidianos; noções de público e privado; espaços públicos e espaços privados. É importante que os alunos
saibam explicar que o visível do espaço é a paisagem e quais indicadores desse visível evidenciam os
cotidianos de lazer, principalmente como e para quem estão direcionados.
O que ensinar
• Paisagens urbanas que evidenciam as diferentes formas de trabalho no espaço.
• Paisagens urbanas que evidenciam diferentes formas de lazer.
• As paisagens do cotidiano e as relações homem e natureza.
• O trabalho e o lazer nas paisagens de diferentes tempos e espaços.
• Relações entre cultura e trabalho na identidade de um lugar.
• Serviços de infra-estrutura, oportunidades de trabalho, de lazer e direitos à cidadania.
Como ensinar
• Propor, depois de um diagnóstico e sistematização dos conhecimentos prévios, que os alunos analisem
imagens de cidades, identificando seus elementos e suas funções destacando nelas as relacionadas ao
lazer e ao trabalho.
• Utilizar textos e imagens de paisagens cotidianas para que os alunos explorem, com roteiro sugerido pelo
professor, os aspectos que devem ser objeto de construção conceitual.
• Propor que façam paralelo com a construção de Brasília e Belo Horizonte, e a evolução de São Paulo.
Tal paralelo deve ser registrado em novas imagens produzidas pelos alunos, de preferência comparando
também com o cotidiano do município de localização da escola. Tal produção pode ser um rico
instrumento de avaliação.
• Além do registro é importante trabalhar com aspectos de favelas, paisagens que demonstram paisagens
de cotidianos, muitas vezes em que o lazer não se encontra tão visível. Veja Reportagem: o cerco da
periferia. De posse do material lido e problematizado, sugere-se a realização de um debate com propostas
de alternativas para novas paisagens. E uma exposição das paisagens sugeridas pelos alunos.
• Outra sugestão de atividades importantes poderá ser roteirada a partir de textos que evidenciam a vida
nas cidades brasileiras. O roteiro deve propiciar aos alunos que percebam a importância do lazer e do
trabalho na produção de cotidianos com mais qualidade de vida. E relacionar tais paisagens como
expressão de conquistas de cidadania.
Como avaliar
1. Propor ao aluno uma análise do material que ele produzir na comparação da construção de Brasília e
Belo Horizonte e na evolução de São Paulo. Será um instrumento de avaliação conceitual que pode ser
acrescido de uma questão de auto-avaliação; o que o aluno aprendeu sobre a situação estudada.
2. Usar as questões relacionadas ao tópico no Banco de Itens do CRV como um instrumento de teste
paralelo aos outros utilizados.
3. Selecionar um mapa temático sobre o assunto no link indicado e solicitar aos alunos uma leitura de
paisagens urbanas e rurais. Solicitar aos alunos uma produção sobre o seguinte tema: Paisagens do
cotidiano e valorização do patrimônio. Pode ser produção de imagens, de power point, de texto verbal.
RA-1 Paisagens do cotidiano
Objetivos:
-Interpretar as paisagens urbanas em suas oportunidades de trabalho e lazer, valendo-se de
imagens/fotos de tempos diferentes.
- Reconhecer nos cotidianos da paisagem urbana o que a cultura e o trabalho conferiram como identidade
de um lugar.
 Desdobramentos da habilidade:
- Identificar como as pessoas têm acesso aos serviços de infra-estrutura, opotunidades de trabalho, de
lazer associando-os aos direitos à cidadania.
- Reconstruir conceitos referentes ao setor terciário e aos serviços na composição do arranjo da cidade.
- Planejar os elementos básicos de uma observação do real.
- Identificar os tipos de serviço dando ênfase aos “serviços inteligentes”.
- identificar os conceitos trabalhados em sala no espaço visitado: espacialidade dos serviços, relações de
trabalho nos serviços.
- Envolver-se no debate sabendo argumentar e dialogar com as observações e análises coletadas na trilha
urbana.
- Manifestar opinião a partir de dados coletados em registro oral e escrito.
- Capacidade para tratar os dados com objetividade, responsabilidade e crítica.
 Pré-requisitos:
- Conhecer a espacialidade da cidade e a distribuição do trabalho nos serviços.
- Conhecer as noções básicas referentes ao setor terciário como: localização, produção tecnologias,
consumo etc
- Identificar os tipos de serviços e saber localizá-los no mapa.
- Diferenciar os serviços de acordo com suas tipologias.
- Identificar os tipos de trabalho no setor terciário e as mudanças em suas relações.
- Diferenciar indústria e serviços dentro do setor terciário.
- Noções de cartografia para mapear o local visitado.
- Noções de uso de foto para saber ler e legendar.
- Interpretar textos relacionados ao comércio e serviço.
- Trabalhar de forma cooperativa e solidária na produção de texto síntese.
Descrição dos procedimentos:
Sugerimos um roteiro para que os alunos tenham maior visibilidade das novas formas espaciais e
    territoriais da globalização na paisagem urbana, tecida no cotidiano. Por um lado esse novo olhar global
    cria novas oportunidades de lazer e revitaliza a cultura , por outro transforma tudo em espaço de consumo.
    Cria novos serviços e comércio, mas encolhe o trabalho. Moderniza os transportes, vias de circulação,
    infra-estrutura urbana, serviços de cultura, mas exclui os pobres. Gera os “Sem moradia” “Sem
    transporte”, Sem escolaridade”, “Sem trabalho” “Sem saúde”, etc.
              Que questões problematizadoras poderão ser feitas aos transeuntes, aos trabalhadores, aos
    usuários da cidade na perspectivas de fazê-los participar, opinando sobre os serviços na paisagem?
    Planeje com seu aluno o estudo dos serviços no lugar de vivência comparando-o com outras escalas
    nacional e global .
         Roteiro - Os serviços no processo de globalização
    Primeiro momento - Atividade de diagnóstico
     -Identificar os serviços usados pelos alunos no espaço de vivência: lazer, educação, saúde, cultura,
    comunicação, bancário, infra-estrutura-urbana, transporte etc.
    - Classificar os serviços mais e menos usados no cotidiano.
    - Organizá-los, segundo as necessidades básicas e complementares.
    - Mapeá-los na planta da cidade. ( Verificar se a prefeitura tem mapa monográfico do IGA)
    - Analisar sua localização e centralidade na cidade.
    - Trabalhar com a memória da cidade: fotos de acervos de jornais/ instituições sobre os serviços mais
    antigos. Compará-los buscando as diferenças no tempo.
    - Produzir um texto coletivo da sala sobre o uso e consumo de serviços na cidade.
     Segundo momento – Ampliação das informações sobre os serviços na cidade
     DEBATE : A cultura e o trabalho conferiram uma identidade à cidade ou ela se perdeu com o processo de
    globalização mundial?
               A população tem lutado por seus direitos à qualidade de vida na cidade?
     Refletir sobre os avanços: a expansão do turismo; a diversificação e consumo do lazer; o conforto
    advindo com as telecomunicações; o papel da TV e da mídia; a facilidade e velocidade dos meios de
    transporte, na vida das pessoas; a diversificação dos serviços e oferta de emprego nas cidades; a
    superação da indústria;
          E, as contradições impostas ao espaço da cidade: desemprego, ausência de qualidade de vida para
    todos, ampliação dos excluídos dos serviços.
     ·     Organizar um texto geográfico utilizando as questões debatidas. Questionar a globalização dos
    serviços relacionando-a com a qualidade de vida dos povos da Terra.
     §       Trilha urbana ( selecionar um dos lugares sugeridos para a trilha urbana) - Agência de Turismo,
    teatro, museu, cinema, lan house, ciber café, clubes, espaços de cultura organizados por bancos e outras
    empresas privadas ou prefeitura local) considerare lugares de serviços de cultura e lazer significativos na
    cidade.
    §        Organizar combinados com alunos: local, saída e retorno, comportamento no local.
    §        Planejar o percurso e a visita: registro de fotos, desenho do croqui e elaboração da entrevista.
 Glossário:
Globalização: Fenômeno que consiste em múltiplas e rápidas interações entre indivíduos e empresas, ONG e
Estados, facilitado pelas novas tecnologias,gerando novas realidades e alterando o curso do processo civilizatório
mundial.Processo típico do final do século XX que mudou a vida social e cultural nos diversos países do mundo,
sendo cada vez mais afetado pelas influências internacionais políticas e econômicas.
Infra-estrutura urbana: sistemas necessários à urbanização, tais como energia elétrica, saneamento básico,
sistema viário, serviços sociais.
Massificação: influência exercida pelos meios de comunicação de massa (rádio, TV, cinema, jornais, revistas,
outdors, propagandas), com a finalidade de impor hábitos, comportamento e condutas às pessoas.
Paisagem urbana: é um recorte visível da cidade, percebido através dos sentidos. A partir dela compreende-se a
complexidade da vida social contida em seus elementos socioculturais, sociopolíticos, socioeconômicos e
socioambientais, enfim, naquilo que a anima e lhe dá vida pela força dos símbolos, das imagens e do imaginário.
Serviços inteligentes:são mais rápidos e eficientes usando alta tecnologia e novos materiais resultantes dos
avanços da Revolução técnico-científico-informacional.

   OP 4 Lazer
   Porque ensinar
   A cidade ou o campo, a vida se traduz como espacialidade no mundo globalizado, com isso atribuem
   outros significados ao lazer: um lazer que produz bastante da maneira que as pessoas consomem o seu
   cotidiano. Um aspecto desse lazer, é na vida 24 horas para muitas cidades, produzindo tempos desiguais
   e atividades diferenciadas por aqueles que usufruem o lazer, e os que o produzem. Vinculado ao lazer, à
sua espacialidade e territorialidade estão relacionados o turismo e a arte- exposições, eventos, teatro,
balé, shows- e alguns poucos movimentos populares de ONGs vinculadas a projetos educativos. O lazer,
nesse caso, abre um mercado e um espaço que pode ser de convivência, de encontro, de contribuição
para a construção da identidade de uma cidade, de um grupo rural, de um grupo social. Pela importância
econômica e cultural se justifica o estudo desse tópico.
Condições para ensinar
Historicamente não se vincula o lazer ao estudo de Geografia. As primeiras abordagens estão
relacionadas à Geografia Cultural. Com tal abordagem as questões religiosas e as festividades são os
primeiros destaques: o que se festeja e a importância do ato de festejar, de compartilhar coletivamente,
como uma importante dimensão de humanização, de se reconhecer parte de um grupo. Algo tão
importante que as pessoas querem repetir como parte de sua identidade. Os conceitos de identidade
regional, nacional, regionalidade e cultura devem ser priorizados.
Posteriormente a vida globalizada impõe outra dimensão para a espacialidade do lazer: a evidência de um
mercado. A arte, as bandas para os jovens, com os ritmos reconhecidos, o hap e o hip hop, o rock, ou o
teatro e as exposições, os espaços culturais como feiras típicas, abrindo possibilidades de convivência e
conhecimento de culturas em sua pluralidade. Tais eventos apresentam uma espacialidade e
territorialidade, para os quais os alunos devem reconhecer aspectos culturais, respeitar a pluralidade da
manifestação cultural, relacionar cultura e povo, nação, etnia e dimensionar o aspecto econômico
relacionado a cada evento.
O que ensinar
•Os fatores que explicam a distribuição, localização e freqüência das atividades que evidenciam a vida 24
horas relacionadas ao lazer: teatros, shows, bares, discotecas, cinemas, espaços culturais diversificados.
•O lazer relacionado à saúde- os parques, as caminhadas, as quadras, o esporte.
•Os espaços públicos de lazer por idade: parquinhos e praças com espaços para idosos.
•O lazer privado relacionado ao novo mercado: a terceira idade.
•O lazer relacionado ao turismo- com todos os desdobramentos que se coloca na transformação de
natureza ou patrimônio histórico, festas, em produtos turísticos- a festa de São João, por exemplo.
•A dimensão econômica do lazer na sociedade atual tendo como referência a mundialização de
fenômenos econômicos, tecnológicos e culturais, em especial jogos virtuais.
•A espacialidade e territorialidade do lazer: quadras, parques, cinemas, casas de show e diferentes
espetáculos, sem desconsiderar a produção pública do lazer através dos espetáculos promovidos em
praças com patrocínio, muitas vezes, do setor privado.
Como ensinar
Após relacionar o objetivo específico da turma e ano de trabalho com os conhecimentos prévios que os
alunos devem ter, realizar uma avaliação inicial sobre o que os alunos fazem como lazer, suas famílias,
familiares dos funcionários da escola, conhecidos. Diferenciar as atividades de lazer por idade e
categorizá-las com eles como eventos e atividades públicas ou privadas. Mapear as atividades de lazer
relacionadas a uma das idades ou a todas elas comparando a sua freqüência e formas que disponibiliza
ao público sua fruição. Promover um debate com os alunos sobre as possibilidades de diminuir a violência
urbana com um incentivo ao lazer através de projetos e espaços públicos. Relacionar os diferentes tempos
urbanos e rurais com o movimento da globalização. Produzir atividades integradas com os profissionais de
arte, buscando registros e idéias para democratizar o lazer na cidade e no campo.Uma boa atividade pode
ser a exibição e análise do filme Billy Elliot.
Identificar projetos nos quais prefeituras e ONGs usam a arte como forma de integração á vida social pode ser outra
atividade de reconhecimento da importância da cultura e do lazer como produtores de inclusão social.
RA-8 Produção de texto: o lazer no cotidiano do município e em outros lugares
 Objetivos:
- Explicar o lazer na sociedade atual tendo como referência a mundialização de fenômenos econômicos,
tecnológicos e culturais.
- Conceituar lazer na cidade e no campo
- Ler textos buscando informações que ampliam e aprofundam o significado de lazer.
Pré-requisitos:
- Noções de serviços na cidade que representam o lazer.
- Noção da espacialidade do lazer na cidade e no campo.
- Identificar o lazer que gera dinheiro e o lazer que provoca entretenimento.
- Conhecer e expressar o gosto e a importância do lazer
- Ter hábito de registrar as leituras combinadas em sala e extra-classe, sabendo dialogar sobre elas em
diferentes situações de aprendizagem.
- Ler, interpretar e analisar textos, documentos, vídeos relacionado-os com outras linguagens e
disciplinas.
Observa-se, a segregação do lazer, ou seja, a melhor forma de uso do tempo livre.
        Os alunos devem estudar o lazer no seu município, no Brasil e no mundo para compreender como se
      dão as relações dos sujeitos com o espaço de lazer e convivência na cidade. Propomos a seguinte
      sequência didática:
       Atividade 1- Diagnosticar os saberes dos alunos sobre o lazer:
       1-      O que você entende por lazer? Ele se relaciona ao tempo livre ou ao tempo de trabalho? Como as
      pessoas podem utilizar esse tempo de lazer?
      2-      Sua cidade ou região conta com espaços de lazer: cultural (museu, observatório, galerias de arte,
      centros de cultura), contemplativo ( redes de TV, cinemas, teatro) e de entretenimento ( parques, praças,
      feiras livres, torneios, espaços de alimentação, de turismo, de jogos, enfim, de convivência)?
      3-      Você concorda com a lei que garante o direito de lazer a todo trabalhador no seu tempo livre?
      4-      O lazer é um direito do cidadão e deve atender às diferentes faixas etárias. Assim, deve fazer parte
      das políticas sociais e culturais do município. Isso acorre no seu município?
       Atividade 2 – Investigar o espaço de lazer no município
              Investigar sobre os espaços de lazer no município: lazer cultural, lazer contemplativo e lazer de
      entretenimento.
              Entrevistar moradores antigos, indagando como era o lazer de antigamente.
              Coletar fotos antigas e recentes de lazer no município.
              Organizar-se em grupos para selecionar e interpretar os dados coletados.
              Montar um painel sobre o lazer no município: como os habitantes usavam o espaço para o
      lazer antigamente e Como usam o lazer hoje (quais as mudanças?).
      Atividade 3 – Conhecendo um pouco mais sobre o lazer
              Cada grupo deve selecionar um fragmento de texto para discutir e apresentar as idéias no coletivo,
      dando-lhe um título.
Texto 1 ________________________________________________________
     “Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após a ditadura
militar (que perseguiu e colocou no mesmo balaio liberais, comunistas e cristãos progressistas), apesar de termos
80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se
uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40%
por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir
todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc. A luta de hoje, como a
luta de sempre, por parte dos trabalhadores, reside em manter todos os direitos constitucionais adquiridos e buscar
mais avanços na direção da felicidade do ser humano”. http://www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho.htm
Texto 2 ___________________________________________________________________________
“Objetivo é afastar bares e boates de áreas residenciais, levando-os para pontos onde poderiam funcionar por 24
horas, colaborando, inclusive, para o cumprimento das leis em vigor. Existe a possibilidade de os empresários
contarem com incentivos fiscais. O projeto, aprovado em segunda votação, vai agora para sanção do prefeito.
Segundo o vereador (paulista), o pólo de lazer e comércio intermitente deverá abrigar somente serviços
destinados a entretenimento, com exceção aos proibidos por lei ou contrários à moral e aos bons costumes, como
as boates de prostituição. O projeto prevê ainda que esses pólos sejam instalados, de preferência, em grandes
avenidas ou regiões que concentram prédios de antigas indústrias. "Já existem locais com esse perfil na cidade.
Os bairros da Mooca ou a região central da Capital são bons exemplos disso, mas existem muitos outros que
deverão ser analisados pela Prefeitura", diz. http://www.dcomercio.com.br/especiais/camara/091105.htm
Texto 3 _________________________________________________________________________
 Ponto de encontro de curitibanos e turistas. Criada em 1992, é a primeira rua do país projetada em espaço
fechado, onde as lojas não fecham nunca. Nos 120 metros de comprimento, com estrutura metálica em arcos e
cobertura de vidro, os turistas e curitibanos se divertem e fazem compras nas 42 lojas. O grande relógio na entrada
mostra que não existe hora para um bom bate-papo regado a chope bem gelado. Localização: Rua Coronel Menna
Barreto s/nº. É a síntese da cidade do futuro,que não dorme. Tem 120 metros de extensão, com estrutura metálica
em arcos e cobertura de vidro. Inaugurada em 1991, transformou-se num dos principais pontos de encontro de
curitibanos e turistas, com lojas diversas, supermercado, banco, cafés,bares e restaurantes. É visinha de grnde
parte dos hotéis situados no centro da cidade. http://www.guiacuritiba.com.br/turismo/roteirosVer.php?id=34htt
Texto 4 _____________________________________________________________________
O lazer é uma conquista dos trabalhadores que lutaram para reduzir o tempo de trabalho em função do descanso e
recomposição do equilíbrio. O lazer tem valor em si mesmo, pelas possibilidades que abre na dinâmica social.
Contudo, para além da polêmica que ronda a discussão conceitual, a tendência dos estudiosos é considerar o
lazer como um campo peculiar da cultura, constituído pela vivência lúdica de manifestações culturais num
tempo/espaço conquistado pelos indivíduos. O lazer compreende muitas práticas culturais, como o jogo, a
brincadeira, a festa, o passeio, a viagem, o esporte e as variadas formas de arte (pintura, escultura, literatura,
dança, teatro, música, cinema) e – por que não? – o ócio.
Texto 5 _____________________________________________________________________
“A possibilidade de lazer hoje está intimamente relacionada ao espaço. Realmente não é necessário a existência
do quintal, o poder aquisitivo para freqüentar as casas noturnas ou deslocar-se até o parque. A natureza social
dos homens tem também uma característica lúdica muito forte, mas existe limite quanto à liberdade de ação, para
que a criatividade, imaginação, espairecimento e descontração surjam nesse momento específico do dia.
 O surgimento de espaços de lazer decorre assim de uma necessidade presente nos indivíduos de se desligarem
do lugar de produção ou da moradia para usufruir do tempo livre. Atualmente, o local de residência (casa, bairro)
proporcionam cada vez menos oportunidades de lazer, devido ao adensamento populacional, degradação social e
ambiental das periferias e a intensificação das formas de lazer passivas onde destacam-se a TV, jogos
eletrônicos, etc.No entanto, uma metrópole como São Paulo cujo número de pobres é grande e crescente, as
opções por forma de lazer mais ativas e/ou participativas são restritas. Observa-se assim, a segregação dos
lazeres, ou melhor, das formas de uso do tempo livre.” MENDES, Ricardo.Globalização, urbanização e lazer.” IN:
Experimental, anoI, nº1, jul.1996, SP:F.F.L.C.H, p.75.
         Apresentação das leituras; E, finalmente, os alunos devem produzir um texto explicando o lazer na
     sociedade atual, tendo como referência o comércio e os serviços de entretenimento, no processo da
     globalização ou mundialização e os avanços tecnológicos.
     Glossário:
     Lazer produtivo: quando envolve entretenimento e produção. Por ex: produzir cultura, arte sem intenção
     de ganhar dinheiro.
     Lazer contemplativo: é aquele que tem a função de entreter sem compromisso, por ex: turismo de
     excursão, cinema, teatro, show, exposições, galerias de arte, festas populares, etc.
     Geografia do entretenimento: trabalha com a categoria lazer e seus desdobramentos que envolvem
     serviços específicos de lazer e consumo: diversão, tempo livre e tempo de aprendizagem de cultura,
     cultura de massa da mídia, jogos, etc.

    OP- 5 Segregação espacial
    Por que ensinar
    A expansão periférica decorrente do crescimento urbano evidencia uma tendência à organização do
    espaço em zonas de forte homogeneidade social entre elas. Essa organização é resultado de uma
    estratégia de segregação socioespacial que impede a comunicação entre as diferenças. Percebe-se uma
    estratégia de produção de espaços homogêneos: uma tendência de segregação socioespacial da
    população pobre e uma auto-segregação da população rica. Se por uma lado a segregação evidencia as
    ocupações do espaço sem planejamento- as favelas, por outro lado a auto-segregação passa por uma
    grande ordem de planejamento invertendo as noções de público e provado e revisitando o conceito de
    urbanidade, de convivência social. A segregação precisa ser estudada por explicar a formação de lugares
    separados, descontínuos, com uma precariedade de localização, habitação, dificuldade de transporte e
    ausência de infra-estrutura urbana. Na lógica dessa segregação socioespacial deve-se levar em conta
    aspectos próprios da fragmentação da cidade na sociedade moderna.
    Condições para ensinar
    Historicamente a segregação socioespacial era parte de alguns estudos da fragmentação da metrópole.
    Atualmente essa questão se evidencia em vários centros urbanos, possibilitando aos alunos entenderem
    como a cidadania pode ser exercitada na reivindicação de espaços com planejamento urbano, infra-
    estrutura urbana, relação distância/meios de transporte públicos/ ruas bem pavimentadas, iluminação.
    Outra questão importante para se entender a segregação e o que ela causa na vida urbana é a dificuldade
    de existência e manutenção de espaços públicos voltados para o lazer nas áreas segregadas
    espacialmente. Assim, estudar o que significa segregar no espaço e segregar socialmente é a melhor
    condição de se entender esse fenômenos e os processos nele relacionados. Entre as condições
    importantes para se construir esse conceito e com ele compreender melhor o fenômeno de urbanização
    estão: identificar os serviços e equipamentos públicos como escolas, postos de saúde e a distribuição de
    energia, coleta de lixo, rede de água, evitando, na análise das condições mínimas de uma vida urbana,
    que se represente que o acesso a esses serviços deve ser clandestino ou em qualquer aspecto ilegal.
    O que ensinar
    •Planejamento urbano e necessidades locais da população: a distribuição dos serviços, loteamentos,
    equipamentos públicos, praças, parques.
    •Loteamentos periféricos: aspectos de infra-estrutura urbana e serviços relacionados do local ao centro
    urbano.
    •Condomínios fechados, guetos e favelas.
    •As territorialidades e os grupos sociais marginalizados socialmente.
•Os enfoques citados relacionados com o conceito demandam que os alunos percebam para além de suas
representações sobre a produção do espaço. Isso significa a necessidade de um diagnóstico sobre os
serviços e equipamentos públicos, a noção de direitos sociais e deveres do governo em relação aos
serviços equipamentos, discussão sobre o uso e consumo dos espaços públicos com a ordem de respeito
a leis e ao meio ambiente e sobretudo, uma grande reflexão sobre a finalidade da vida urbana e da
sociabilidade.
Como ensinar
1. Problematizar, a partir de imagens de bailes funks, forrós, restaurantes, shoppings, condomínios
fechados, favelas, as diferentes formas de segregação espacial que as imagens evidenciam.Pode-se usar
também texto para o mesmo objetivo.
2. Identificar com os alunos, em listas e montagens de imagens, os serviços e equipamentos públicos
importantes na vida urbana. Sistematizar com um texto coletivo porque são importantes relacionando com
a idéia de convivência social.
3. Fazer um roteiro de trabalho de campo por um site ou pela cidade na qual a escola está localizada,
procurando identificar os arranjos relacionados à segregação socioespacial e os equipamentos e bairros
que propiciam uma vida cidadã. Fotografar/anotar/filmar. Caso se fotografe legendar as fotos de acordo
com as constatações e locais.
4. Trabalhar com um texto do Aprendiz do futuro que traz informações sobre projetos comunitários como o
do Projeto Axé na BA e roqueiros da Paz em SP.
5. Propor seminário sobre os movimentos juvenis brasileiros e as práticas socioespaciais decorrentes
desses movimentos.
6. Assistir ao filme Cidade de deus e traçar as linhas gerais do que é específico da segregação
socioespacial (debate/registro).
7. Outra possibilidade é de uma análise do filme Pixote com a mesma finalidade. A variedade de películas
e enfoques deve ser relacionada com a idade dos adolescentes. Sugestão: O Pixote para adolescentes
mais velhos.
RA-5 Leitura cinematográfica: Hotel Ruanda
Objetivos:
-Identificar as questões que envolvem a segregação espacial do lazer em imagens, textos e na
observação da vida cotidiana.
 -Explicar os tipos de relações sociais existentes no território relacionando-os com os lugares, suas
estratégias de segregação e exclusão das populações marginalizadas.
 -Reconhecer a cidade na sua territorialidade de bandos, gangues, identificando as demarcações no seu
espaço de vivência e relacionando-os com a singularidade ou generalidade de outros cotidianos.
Pré-requisitos:
- Possuir informações sobre discriminação, segregação praticadas no espaço.
- Diferenciar grupos ou classes sociais de acordo com a cor, crença religiosa, língua, relações políticas.
- Dominar práticas de investigação, sabendo decodificar as informações para transformá-las em conceitos.
- Saber mapear informações no mapa-múndi e do Brasil.
Descrição dos procedimentos:
        Professor/a, esse tópico propõe 3 habilidades complexas sobre os conceitos de segregação
espacial, exclusão, marginalização, cotidiano e território. Para trabalhar com imagens e textos do
cotidiano selecionamos a leitura do filme - Hotel Ruanda. As cenas chocantes do cotidiano de terror
revelam a segregação e exclusão de povos da mesma nacionalidade, separados pelos colonizadores, que
escolheram os tutsis para os representar no poder local. Essa escolha gera um movimento separatista
entre as etnias: hutus ( 85% da população) e tutsis. O filme revela o separatismo, o nacionalismo e o ódio
instaurados nas relações sociais, num território comum, mas marcado por estratégias de segregação. A
leitura do filme possibilita ver na cidade a territorialidade dos bandos de tutsis , com seus facões,
praticando o genocídio. Nesse cotidiano africano ressalta-se o hotel Mille Colines, multinacional belga,
comandado por um gerente tutsi.
     As questões conceituais possibilitam refletir sobre cotidianos de conflito no mundo, com olhar no
continente africano e sua exclusão no processo de globalização mundial; permite problematizar a questão
da raça negra e sua história de discriminação e segregação no mundo dos brancos; o conflito gerado pela
colonização européia na África e a permanência do terror e do genocídio entre tribos de mesma
nacionalidade; a migração forçada para os campos de refugiados. Tudo isso, pode ser visualizado no
filme de Terry George, numa história verídica.
     O estudo da segregação espacial no filme levará o aluno a compreender as relações sociais existentes
no território africano, espacializadas na região de Ruanda, onde as duas tribos tutsis e hutus
reterritorializam o espaço de exclusão da cidade, demarcando-o com a violência e o terror dos conflitos
étnicos. Então vamos à sessão!
Atividade 1 – Leitura do filme: Hotel Ruanda
“Em 1994 um conflito político em Ruanda levou à morte de quase um milhão de pessoas em apenas cem
dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses tiveram que buscar saídas em seu próprio cotidiano
para sobreviver. Uma delas foi oferecida por Paul Rusesabagina (Don Cheadle), que era gerente do hotel
Milles Collines, localizado na capital do país. Contando apenas com sua coragem, Paul abrigou no hotel
mais de 1200 pessoas durante o conflito,” è interessante discutir a ausência de discriminação do gerente e
seu caráter humanitário.
Atividade cartográfica:
Localizar no mapa-múndi (Atlas), o espaço que foi cenário do filme – Kigali, capital de Ruanda.
Localizar no mapa-múndi , com legenda criativa, esse lugar de conflito.
Leitura do texto para subsidiar a interpretação do filme
O demônios estão todos em Ruanda.
 Kigali, a capital de Ruanda, tinha 350 mil habitantes em meados de abril de 1994. Um mês depois, não
havia mais que 250 mil pessoas vivendo na cidade. Pelo menos 60 mil foram assassinadas. Mais de 20%
dos 8 milhões de ruandenses abandonaram suas casas, em pânico, para se refugiar no interir ou países
vizinhos.
          Em um único dia, 250 mil pessoas cruzaram a fronteira com a Tanzânia por uma ponte estreita –
o maior e mais rápido êxodo já visto por funcionários da ONU e Cruz Vermelha. Em menos de 4 semanas,
houve uma chacina de proporções assombrosas: mais de 200 mil mortos, 500 mil trucidados ( homens,
mulheres, crianças, velhos). Um missionário que se encontrava em Ruanda disse à revista Time: ‘Não
sobraram demônios no inferno. Eles estão todos em Ruanda’. A tragédia é mais uma etapa da guerra civil
que despedaça Ruanda desde 1990 e mais um round na histórica briga entre as duas etnias que povoam
a região desde o século XV – os hutus e os tutsis (ou watusis). O ódio entre esses dois povos é um
legado do colonialismo.
Os hutus, de estatura mais baixa e de cor negra mais acentuada, formam hoje 85% da população. Falam
a mesma língua e conviveram em paz com os tutsis, mais altos e de pele mais clara, até a chegada dos
europeus, em 1885. Primeiro foram os alemães, que colonizaram a região até a Primeira Guerra Mundial,
e depois os belgas, que ficaram até 1961, um ano antes da independência de Ruanda.
       Os colonizadores escolheram os tutsis como testas de ferro de seu domínio. Concederam a eles os
cargos na burocracia governamental, as vagas nas escolas, os postos mais importantes no exército e
facilidades para se instalarem no comércio.
      Na década de 50 ocorrem os primeiros conflitos entre as duas etnias. Com o crescimento do
sentimento de nacionalidade em toda a África, os hutus lançam um movimento separatista, mas seus
líderes são assassinados pela elite tutsi. Em 1959 os hutusfinalmente derrubam a monarquia tutsi,
instalam um governo provisório no ano seguinte conseguem a independência, em 1962. Em 1963, um
movimento guerrilheiro tutsi invade Ruanda procedente do vizinho Burundi, mas é derrotado e perde 12
mil homens. Dez anos mais tarde um golpe militar põe no poder um hutu
      A atual guerra civil começou em 1990, quando guerrilheiros tutsis invadem Ruanda procedentes de
Uganda. Intermináveis negociações de paz foram conduzidas pela ONU, por países africanos, França e
Bélgica.
     Em abril de 1994, o avião em que viajava o presidente Habyarimana (hutu), foi derrubado por míssil
quando retornava de uma rodada de negociação da paz na Tanzânia. Os <;B>hutus responsabilizaram
os tutsis pelo assassinato, mas suspeita-se que líderes radicaishutus é que tenham disparado o míssil a
fim de criar pretexto para massacrar os tutsis.
     Milícias que atuam como braços armados de partidos políticos hutus saíram à caça de seus
adversários em todo país. A chacina foi monstruosa. Invadiram a universidade de Kigali e mataram, com
tiros e golpes de facão, todos os estudantes que estavam no campus. Os milicianos tinham listas com
nomes de pessoas a serem mortas e as perseguiam até atingir os objetivos. Aldeias inteiras foram
dizimadas. Moradores de países vizinhos e observadores internacionais presenciaram cenas horripilantes,
que demonstravam um método macabro de extermínio: primeiro apareciam boiando nas correntezas dos
rios os corpos chacinados de homens e jovens, que morreram lutando para defender suas famílias;
depois apareciam os corpos das mulheres e velhos, também trucidados; por fim os corpos intactos de
crianças e bebês, que foram jogados nos rios para se afogarem. Fonte: Revista Nova Escola.Agosto:
1994, p.42/43.
Atividade de interpretação do texto e do filme
1 - Construir um argumento geopolítico para explicar a relação entre o processo histórico de colonização
e o desenvolvimento do conflito. Basear-se no conflito étnico: hutus e tutsis.
 2 - Explicar o significado de etnia e genocídio revelados nas cenas do filme e no texto acima.
3 - Problematizar: O genocídio de Ruanda seria uma versão africana da limpeza étnica que ocorre em
alguns países europeus? Em quais lugares do mundo essa prática ainda ocorre? Por quê?
 4 - O hotel Mille Colines representa uma segregação espacial contraditória: a) antes do conflito só recebe
turistas estrangeiros; durante o conflito abriga a população local e retira os turistas. Como você analisa
essa contradição e conceitua a segregação espacial no filme?
 6 - Um conceito significativo abordado no filme: fronteira política do território de Ruanda. Ele é mostrado
nas cenas finais dos refugiados, procurando desesperadamente sair do pais. Apresente argumentos
sobre a barbárie hutu, respomdendo: É possível reorganizar esse território? Como? Quais suas sugestões
para retirar esses povos do caos étnico e político?

Glossário:
Fronteiras: limite do território de um Estado e do exercício do poder territorial. Na representação simbólica
do território pode estar significando as delimitações espaciais da segregação/discriminação, das
resistências, dos valores, das identidades.
 Identidade: a fonte de significado e experiência de um povo, envolvendo representações simbólicas e a
relação com o outro, com a alteridade. Como identidade cultural representa os costumes, as tradições, a
língua, as formas de conviver e de viver, compartilhadas e construídas simbolicamente que dão coesão e
força simbólica aos indivíduos ou grupo. Como identidade nacional representa movimentos que partem
das bases: atributos lingüísticos, territoriais, étnicos, religiosos e políticos-históricos compartilhados. Como
. identidade territorial entende-se-“conjunto concatenado de representações socioespaciais que atribuem
ou reconhecem uma certa homogeneidade em relação ao espaço ao qual se referem, dando coesão e
força (simbólica) ao grupo que ali vive e com ele se identifica.”(HAESBAERT,1997)
 Etnia é uma comunidade humana em suas afinidades lingüísticas, culturais, tribais, religiosos, nacionais
e genéticas, compartilhando uma espacialidade social e política no território. Não pode ser confundida
com raça que representa um grupo menos. A etnia justifica laços históricos reais ou imaginários.
 Genocídio : extermínio físico de um grupo nacional étnico ou religioso.

OP- 6 Cidadania e direitos sociais
Por que ensinar
O conhecimento do que sejam direitos sociais ajuda no dimensionamento do ato de ser em um lugar, de
ser deste lugar, sob a ótica da nacionalidade, regionalidade, localidade. Quando a pessoa começa a
raciocinar e agir sob a lógica dos direitos a cidadania começa a se processar. O aprendiz começa a
compreender que existem deveres importantes vinculados à sua estrutura política, além da cultural.
Desloca-se do pensar sobre a cidadania para o ato de exercitá-la. Sendo assim, é fundamental estudar o
cotidiano compreendendo esses conceitos e o que eles significam na construção da cidadania. Não é
possível que um povo, uma nação se constitua sem a compreensão desses direitos. A Geografia, junto
com a História, a Sociologia e a Antropologia trabalham com esses tópicos pela sua importância na
formação Humana.
Na Geografia a compreensão dos direitos sociais e da cidadania estão relacionados à compreensão de
movimentos sociais, territorialidades e ao reconhecimento de como tais direitos se expressam na produção
do espaço.
Condições para ensinar
Cientificamente a compreensão de direitos demanda que as pessoas se percebam humanas, parte de
grupos sociais, com tradições e deveres específicos da mesma. Não se constitui uma identidade humana
sem que esclareça o que cada povo tem e precisa para crescer, se desenvolver. Essa explicação,
centrada nas escalas local e regional atualmente é acrescida das necessidades trazidas pela escala
planetária. A cidadania também é desenvolvida como direitos humanos, INTERNACIONAIS, que não
dispensam o direito à moradia e ao trabalho, ou à saúde e educação que vão ser diferenciados de lugar
para lugar com alguns aspectos básicos comuns. O adolescente já pode conhecer situações de vida
cotidiana ligadas aos direitos que são conhecidas por ele sem a reflexão articulada ao conceito citado. Não
basta que ele estude o trabalho, mas o direito a ele numa sociedade capitalista. A necessidade dele assim
como do lazer para a saúde do ser humano.
É preciso que o adolescente supere representações inicias próprias do conhecimento construído na
observação e na vivência para uma outra maneira de entender porque criança tem direito de estudar e não
de trabalhar. E todas as crianças e não apenas algumas com família estruturada, começando a entender o
que é público na garantia dos direitos. É preciso que ele desenvolva idéias prévias para a construção
conceitual. Idéias como:
•os serviços que produzem diferentes cotidianos;
•países com qualidade de vida diferente e pessoas com cotidianos diferentes e desiguais que se
manifestam nas cidades e na vida rural;
•noções de trabalho, emprego e desemprego;
•espaços de lazer em diferentes cotidianos;
•noções de público e privado;
•diferenças sociais e econômicas nas formas de moradia, nos diferentes bairros, cidades, países.
O que ensinar
•Os movimentos sociais que se manifestam em cotidianos urbanos: ligados à moradia, a identidades
étnicas e de gênero ou mesmo movimentos relacionados a reivindicações básicas para a conquista da
cidadania.
•As conferências temáticas sobre a cidade.
•A paisagem urbana e rural: quais seriam as características da cultura e do trabalho como identidade de
um lugar e direitos à cidadania: aspectos de cada região, de diferentes povos.
• Os avanços dos direitos sociais no Brasil e no mundo.
Como ensinar
•A seleção das atividades não pode perder de vista os objetivos que se tem com a aprendizagem. Esses
objetivos estão formulados como habilidades que os alunos precisam desenvolver. Por causa disso a
relação de sugestões que podem ser encontradas em livros e sites citados nas Referências Bibliográficas.
•Outra atenção deve estar na importância da participação do aluno.Ele é protagonista: de sua
aprendizagem e de atividades que propiciarão o desenvolvimento da cidadania como se pretende no
tópico. As melhores atividades estão submetidas ao conhecimento dos direitos sociais e à prática da
cidadania. Deve-se trabalhar muito com a problematização do cotidiano sob a lógica dos direitos sociais à
luz do que significa ser cidadão.
•As partes que não podem faltar em todos os planejamentos são: avaliação inicial, organização de
possibilidades interativas, banco de dados organizado para o trabalho com pesquisa, formas diferenciadas
de organização do conhecimento geográfico desenvolvido- diferentes possibilidades de registros.
•É recomendável que as questões dos alunos possam dar origem a problematizações que gerarão
projetos de trabalho com a possibilidade de desenvolverem também habilidades de pesquisa como o uso
da internet, um suporte que agiliza o desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação.
Os projetos devem ser planejados com os alunos.
•Além disso, caso as novas questões dos alunos cheguem a resultados inovadores, as conclusões,
produções de alunos nesses trabalhos serão novos registros a serem publicados, apresentados,
divulgados em suportes diferentes.
Como avaliar
Para realizar a avaliação inicial podem ser distribuídas uma série de imagens para os alunos identificarem
nelas os direitos sociais, fazendo uma descrição de como eles aparecem nas paisagens. Tal atividade
deve ser acrescida de questões relacionadas ao que estiver faltando de direitos em muitas das imagens.
As observações dos alunos precisam ser registradas e datadas.Ao longo do trabalho deve-se solicitar aos
alunos que façam listas do que estão aprendendo, e que analisem o que acrescentaram ao primeiro
registro, buscando o desenvolvimento das habilidades metacognitivas.
RA-6 Painel e mesa redonda: nos bastidores da vida urbana, as novas territorialidades dos jovens
Objetivos:
-Reconhecer na paisagem urbana e rural, a cultura, o trabalho e o lazer como identidade de um lugar e
direitos à cidadania.
 Desdobramentos da habilidade
- Identificar manifestações de segregação espacial nas periferias: falta de praças, lazer para
crianças, dificuldade de transportes, moradias em lugares de risco, falta de saneamento básico
evidenciadas na falta de infra-estrutura urbana.
- Relacionar as ações de solidariedade com o espaço de todos, usando essa noção na compreensão do
conceito de cidadania como participação no espaço social.
 -Questionar a segregação espacial.
- Comparar situações semelhantes tematizando o movimento social e a defesa à dignidade humana na
perspectiva espacial.
 N - Propor alternativas possíveis para combater a exclusão social no Brasil e no mundo, sabendo
referenciar-se em modelos de desenvolvimento e direitos sociais.
- Empregar em exposições orais e registros, situações que expressam a compreensão do conceito de
cidadania.
 - Demonstrar referências conceituais ao propor intervenções de natureza educativa no espaço social.
 - Reconhecer a dimensão espacial da existência propondo ações no sentido de garantir os direitos a ela
envolvidos no cotidiano.
-Identificar os movimentos sociais que se manifestam em cotidianos urbanos, sabendo categorizá-los e
interpretá-los.
- Reconhecer na paisagem urbana, a cultura e o trabalho como identidades de um lugar e de direito à
cidadania.
Ler e interpretar em mapas, dados e tabelas os avanços dos direitos sociais no Brasil e no mundo.
Pré-requisitos:
- Identificar ações de solidariedade no espaço de vivência.
- Reconhecer as ações de solidariedade como responsáveis pela construção do espaço de todos.
- Demonstrar noção da compreensão do conceito de cidadania associando-o à participação no espaço
social.
-Conhecer as diferenciações entre os diversos segmentos da população diferenciando-os por faixa etária,
classe social, raça.
-Reconhecer a segregação sociocultural que se manifesta na rua e em outros lugares do espaço urbano.
- Conhecer os direitos e deveres do cidadão.
-Compreender que os direitos civis estão na base da concepção de cidadania, entendido na sua forma
contemporânea, enquanto direitos civis, políticos e sociais.
-Reconhecer que não tem sido possível, no Brasil, a junção dos dois lados da concepção de cidadania:
convivência igualitária e solidária e afirmação autônoma dos interesses ou objetivos de qualquer natureza.
Descrição dos procedimentos:
        Este tópico deve traduzir o movimento de luta contra o processo excludente da globalização. Sua
característica principal é a solidariedade e a cooperação numa perspectiva humanizadora. Sendo assim, a
construção desse conceito é um exercício de uma nova existência entre as pessoas com os lugares. Essa
outra forma de existir implica o redimensionamento de valores e hábitos cotidianos, pela busca de uma
sociedade mais justa, capaz de restaurar a dignidade dos homens numa versão mais ética,
compromissada e responsável com o planeta e os seres humanos.
      Esta abordagem implica uma discussão formativa com a faixa etária em que se encontram os jovens
na escola. As questões problematizadas devem possibilitar maior reflexão sobre hábitos, costumes e
mudança dos jovens e proporcionar maior compromisso com um projeto de vida.
Sugerimos a leitura da Orientação Pedagógica referente a esse tópico antes de iniciar as atividades
propostas. Para discutir algumas questões fundamentais nessa faixa de idade propomos:
   Atividade1 - -Problematização:
 Como evitar que a globalização reforce as tendências de homogeneização e fragmentação institucional na
vida dos jovens?
Possíveis discussões:
- Acompanhar os conhecimentos prévios dos alunos sobre as noções de jovens em relação à faixa etária,
desejos, problemas, contradições, sonhos, identidade e valores.
- Chamar atenção para a segregação urbana relacionada aos migrantes, jovens, mendigos e etnias
diferenciadas levando-os a questionar o porquê de os moradores empobrecidos das favelas e dos bairros
populares metropolitanos serem discriminados.
- Conduzir o questionamento para a violência urbana presente mais freqüentemente nas
manifestações do movimento hip hop, das galeras, das gangues que recriam o espaço, territorializando-o
nas festas, nos rituais, no ócio, na exaltação do lazer, da vagabundagem como formas de transgredir no
campo do trabalho.
- Repensar a violência para os trabalhadores infanto-juvenis, no campo e na cidade que são violentados
nos seus direitos sociais e humanos.
- enfim, dimensionar com os alunos o papel da juventude em sua organização e desorganização territorial
no mundo capitalista, revisitando as escalas local, brasileira e mundial.
 2 – Investigação e tratamento da informação
Após a problematização, solicitar a investigação em grupos.
Grupo1
- investigar a quantidade de jovens, em números, faixa etária, trabalho, escolarização. Consultar
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/populacao_jovem_brasil/comentario1.pdf)
Grupo 2
Entrevistar jovens entre 12 e 18 anos para coletar informações sobre suas relações
familiares, participação em movimentos sociais, religiosos, ambientais, políticos e culturais e associações
de bairro, ONGs.
Grupo 3
Coletar depoimentos de jovens na faixa entre 14-18 anos sobre o trabalho, o lazer e a participação sindical
Grupo 4
Coletar material em fontes diversas da mídia sobre a cultura, hábitos, costumes, religião, trabalho, lazer,
associações comunitárias de base residencial e religiosas, partidos políticos, ONGs, a violência e a
formação de grupos, os protestos, as diferenças de grupos dark, funk, punk, carecas dos subúrbios,
skinheads, etc. (Consultar livro: DIÓGENES, Glória. Cartografias da cultura e da violência: gangues,
galeras e o movimento hip hop. SP:Ananablume,1998)
 O tratamento das informações coletadas:
1- Seleção e organização do material nos grupos: tabelas, gráficos, legendas de fotos, textos recortados
de autores diversos em livros, jornais, revistas, frases, entrevistas, depoimentos.
2- Organizações de sínteses sobre as informações: selecionadas, lidas, interpretadas e criticadas.
3- Apresentação das sínteses em painéis com fotos, entrevistas, textos, colagens, gráficos, tabelas,
frases, músicas, etc.
4- Intervenções coletivas por meio de debate, questionamentos e proposições sobre:
- as diferenças, a rebeldia, os sentimentos e a corporeidade dos jovens.: gangues, galeras, movimento Hip
hop, Funk, carecas,etc
 -Os jovens e a sociedade de consumo.
- A violência entre os jovens.
_ Entre as drogas e os conflitos o mundo da cultura, das músicas, do lazer.
- A busca do mundo do trabalho
- A construção da cidadania participativa: movimentos políticos, ONGs, Grêmios, esporte, etc.
Glossário:
Galeras – movimentos culturais que têm a dança , a música, o esporte, ou as artes gráficas como campo
de manifestação, mais marcante.
Gangues – grupos que se expressam de forma mais restrita, através de práticas coletivas de violência.
Funk – inicia com turma de jovens que encenam dramaturgias diversas nos vários agitos da cidade. A
partir de 1980 eles se tornam mais visíveis e os bailes funk ganham destaque nos clubes de periferia da
cidade. Os bailes funk motivaram a formação de turma de jovens , autodenominados galeras, que dentro
dos agitos dos bailes faziam transbordar a violência , represada e fragmentada nos vários espaços da
cidade.
 carecas dos subúrbios – agrupamentos juvenis que se instituem como gangue e enfrentam a polícia
como marca diferencial em relação às galeras como um todo.Como característica comportamental são
mais agressivos e viris, adestrando-se através do Box, judô e lutas marciais.
 skinheads – diferenciam-se dos neonazistas pelo fato de pertencerem a uma "subcultura que os coloca
na margem da sociedade. Um comportamento marcial, uma música agressiva e um consumo excessivo
de álcool são as manifestações mais características de seu comportamento". As músicas de uma centena
de grupos, cujas letras são impregnadas de ódio, desempenham um papel ativo na difusão de suas
idéias, beneficiando com freqüência cada vez maior dos recursos oferecidos pela Internet.
Movimento Hip hop - surge nos EUA na década de 70 sob a influência da cultura negra e caribenha.
Quer dizer saltar( hip) mexendo os quadris (hop). Este movimento inspira o surgimento de grupos no
Brasil, especialmente nas grandes metrópoles, cujo eixo central é a manifestação cultural e apenas torna-
se movimento quando unifica três matrizes de manifestação cultural: a dança, a música e o grafite.

OP- 7 Espacialidade
Por que ensinar
O cotidiano expressa, de forma mais visível, em diferentes paisagens, a espacialidade, ou seja, mostra
para o estudante as situações que compreendidas podem lhe explicar a compreensão do papel do espaço
nas práticas sociais e destas na configuração espacial. Os alunos vivem uma espacialidade complexa,
uma vez que extrapola o lugar de convívio imediato, no movimento de mundialização da sociedade
demarcado pelas transformações do meio-técnico-científico-informacional. A vivência cidadã de práticas
sociais não compreendidas em sua especificidade e complexidade, dificultam que o ser humano, com seus
gestos, trabalhos, ações sociais, transformem o espaço com vistas à justiça social e ambiental, e mesmo à
construção de uma sociedade sustentável. Fortalecer o desenvolvimento do raciocínio geográfico e das
noções que propiciarão ao aluno uma melhor apropriação social de suas práticas individuais e grupais é
mais do que justificativa para fortalecer, no ensino do cotidiano, a espacialidade.
Condições para ensinar
A leitura de mundo do ponto de vista da espacialidade demanda dos alunos a apropriação de instrumentos
conceituais de interpretação e de questionamento da realidade socioespacial. Para tal empreitada o aluno
precisará ter mais definidas as noções de: lugar, paisagem, sociedade e natureza, território, noções que
formam a estrutura conceitual básica do raciocínio geográfico.Ainda se reitera que o conceito de
espacialidade precisa ser compreendido como um dos estruturantes da Geografia, da prática cidadã, pois
mostra a atmosfera moderna como portadora não apenas de todo um conjunto de novas expectativas e
práticas sociais, mas também de transformações decisivas na espacialidade urbana, que destruíram
velhas urbanidades e as substituíram por novos formatos. O movimento de substituição de práticas sociais
é resultante de ações com dimensões políticas e culturais, subjetivas e objetivas, tomando vida, dimensão,
espacial, nos cotidianos. É muito importante que o aluno reconheça, conceitualmente, o que são práticas
sociais, o que elas representam na produção da vida e na produção do espaço.
O que ensinar
• As práticas sociais dos cotidianos dos alunos e de outros adolescentes em diferentes tempos e lugares: o
estudo de uma paisagem e o funcionamento de um lugar e suas articulações com o mundo circundante
em determinado período
• As permanências e mudanças expressas em diferentes práticas espaciais de vários tempos e lugares.
• Os arranjos espaciais dos cotidianos urbanos.
• As novas urbanidades expressas nos espaços públicos.
• As práticas espaciais relacionadas aos espaços privados de uso público.
Como ensinar
Primeira parte: levantando dados com imagens e mapas e ordenando os dados para interpretá-los e
discutir as espacialidades.
Iniciar o trabalho com uma boa seleção de fotos sobre diferentes tempos e lugares. Seria muito importante
levantar com os alunos, e estes com os moradores da cidade, fotos dos cotidianos urbanos locais de
diferentes tempos. Após o levantamento das fotos seria muito importante fazer um roteiro de leitura das
mesmas: uma orientação das espacialidades nelas apenas referidas para posterior estudo.
Procurar nas cidades informações sobre camelódromos e na comunidade fazer uma pesquisa sobre as
profissões dos pais dos alunos.
RA-7 Construção de maquete sobre a espacialidade do lazer urbano
Objetivos:
Identificar os arranjos espaciais de lazer que se manifestam em cotidianos urbanos, sabendo categorizá-
los e interpretá-los.
 Desdobramentos da habilidade:
-Identificar e diferenciar os lugares de consumo , de lazer, de cultura na dimensão estética, afetiva, de
estranhamento, de exclusão e inclusão.
-Avaliar o significado do que é público e privado nos equipamentos de lazer da cidade.
- Sistematizar os conceitos apreendidos na construção de uma maquete.
-Explicar a espacialidade do lazer representada na maquete e as possíveis ações para a qualidade de vida
das populações no espaço urbano.
- Experimentar com a ajuda de um modelo o funcionamento de áreas de lazer na cidade.
- Entender na experimentação o conceito prévio de espacialização do lazer na sua dinâmica de centros de
serviço para lazer e cultura que atendam a população em geral.
- Representar um lugar imaginário em volume utilizando uma simplificação da realidade com mudança de
escala.
Pré-requisitos:
- Possuir conhecimento de senso comum sobre a cidade, o lazer e a qualidade de vida urbana.
- Mostrar capacidade para representar um lugar imaginário, utilizando materiais alternativos.
- Utilizar modelos para compreender o real.
- Ampliar as habilidades manuais necessárias à construção de um modelo.
- Conhecer a organização de uma cidade: bairros, centro, periferia, áreas de serviço, de comércio, de
preservação do meio ambiente.
- Discernir a proporção equivalente à escala vertical e horizontal na medida dos objetos espacializados.
-Problematizar a importância do lazer urbano, percebendo suas implicações na vida dos habitantes da
cidade.
- Avaliar a importância do lazer na cidade relacionando-o à qualidade de vida das pessoas.
1-      Problematização
Como deve ser equipada a cidade na perspectiva do lazer, visando a melhorar a qualidade de vida de
seus habitantes?
2-      Captar os conhecimentos prévios dos alunos sobre a espacialidade urbana e os equipamentos de
lazer, avaliando as possibilidades de inclusão de todos os segmentos sociais no seu uso e consumo com
qualidade de vida e justiça social.
Glossário:
Espacialidade urbana – arranjo dos objetos e equipamentos urbanos na cidade como edificações para
moradia, serviços, comércio, indústria e ações que corresponde ao fluxo e movimento dos transportes ,
idéias, pessoas nesse espaço.
Inclusão urbana – capacidade de organização das políticas públicas para reverter o quadro da miséria
urbana por meio da justiça social e melhoria da qualidade de vida na cidade.
Equipamentos urbanos de lazer e cultura: equipamentos públicos e privados como clubes, cinema,
quadras, teatros, praças, shopping, parques, Zoológico, bibliotecas, circo , planetário, museu, casa de
espetáculos, biblioteca, centros culturais, feiras de artesanato e cultura, etc.
CEU - Centro Educacional Unificado é um espaço que visa promover o desenvolvimento integral de
crianças, jovens e adultos, por meio de experiências educacionais inovadoras e atividades educativas
diversificadas.

OP- 8 Redes e circulação

Por que ensinar
Diversos lugares da superfície da Terra estão conectados às redes técnicas que são o suporte das
comunicações e dos transportes. Elas ultrapassam as fronteiras, reduzem as distâncias e transformam os
cotidianos culturais de crianças, adolescentes, adultos, velhos em todo o planeta.
No mundo contemporâneo os fluxos ou redes revolucionam os meios de transporte e comunicação
intensificando o comércio internacional, ampliando a velocidade das informações e promovendo as
interações entre culturas, povos, cidades, países. Torna-se necessário compreender como os jovens se
sentem neste ritmo intenso de informação e trocas que permeiam seu cotidiano e mudam suas relações
socioespaciais/culturais com o espaço.Todos eles usufruem dessas modernidades que vem das imagens
de TV, dos jogos, sites, blogs, do mundo informatizado? Seus hábitos, costumes, tradições foram
plugados? O que sabem sobre a tecnologia empregada nas comunicações desde o telégrafo aos satélites
artificiais? E do transporte lento dos navios ao trem bala, aviões supersônicos? Que relações estabelecem
com essas temporalidades? São capazes de avaliar esses fenômenos da modernidade com o olhar crítico
aos desequilíbrios ambientais? Observam no cotidiano as contradições do uso e consumo dessas redes
técnicas?O estudo do movimento nos lugares deve contribuir na compreensão da geografia das redes
técnicas contextualizadas ao uso cotidiano dos transportes, ao consumo da mídia e sua ideologia, à
sedução da informatização que redefine as relações de poder no planeta.
Condições para ensinar
Na rede de informação planetária o conhecimento científico que gera a sociedade da informação é
interdisciplinar e atinge em escala global, os sujeitos capazes de navegar em infovias, sabendo selecionar,
ordenar e interpretar a complexidade de dados que circulam no espaço cibernético mundial ou infoespaço.
Na Geografia deve-se enfocar como a constituição do meio técnico-científico-informacional vem renovando
a infra-estrutura de irrigação, barragens, portos, aeroportos, hidrovias, rodovias, ferrovias, refinarias,dutos
e as telecomunicações no território, em escala local, nacional e global. Essa materialidade confere poder
ao espaço e precisa ser compreendida, na sua distribuição desigual dos fluxos de pessoas, produtos,
renda e domínio das técnicas no espaço geográfico, impondo a necessidade d construção de um mundo
mais solidário e participativo.
No cotidiano do espaço de vivência as infovias e o transporte são usados significativamente em projetos
individuais em detrimento do uso coletivo que geraria a cidadania digital e a inclusão no trânsito. Por isso,
é preciso que os adolescentes reflitam sobre o uso/consumo ético e sustentável dos equipamentos que
dão suporte à modernização do território, problematizando o espaço social em seus avanços técnicos-
científicos na saúde, na educação, relacionando-os à exclusão em que permanecem parte significativa da
população brasileira e mundial.
Os alunos precisam superar as representações inicias construídas na vivência para ampliar seus
conhecimentos sobre as redes técnicas que dão suporte aos transportes e telecomunicações e podem
garantir a qualidade de vida e os direitos sociais a todos habitantes do planeta. Para tanto devem
desenvolver as noções conhecidas para ampliar os conceitos sobre telecomunicações, fluxos
aéreos/ferroviários/rodoviários/aquaviários, meio técnico-científico, era da informação, mundo digital,
globalização, fluxo financeiro, circulação de mercadorias, fluxo comercial, fluxo de pessoas.
O que ensinar
•O papel dos transportes e comunicações no passado e no presente.
• O Brasil e o mundo conectado em redes.
• Da globalização eletrônica às gerações cibernéticas.
• O espaço e a cultura da interatividade na era digital.
• A geografia e o trânsito: do caos aos movimentos solidários.
• Os serviços inteligentes inovando os transportes e as comunicações
• A inclusão digital contribuindo na formação da cidadania e redução da violência.
Como ensinar
A seleção das atividades deve contemplar a aprendizagem e as habilidades que os alunos precisam
desenvolver. Para a organização dos conteúdos conceituais sugerimos a organização de um banco de
dados que contemple além de textos da mídia (jornais, revistas, boletins eletrônicos),
# Entrevistas guardas de trânsito e motoristas:
• Os tipos de usuário do trânsito e sua faixa etária.
• Os números e tipos de acidente no trânsito.
• A relação dos usuários do trânsito com a legislação.
• Os tipos de veículos que transitam no espaço urbano (coletivo/ individual/carga de produtos/de passeio)
• As políticas de revitalização das vias públicas de circulação em função do aumento de veículos, da
inclusão e exclusão no trânsito.
RA-3 Redes e circulação
Objetivos:
- Reconhecer as redes que possibilitam a circulação de informações, mercadorias e pessoas.
 Desdobramento da habilidade:
-Avaliar a circulação de pessoas, mercadorias, informações, no espaço organizado em redes.
- Diferenciar a rede técnica das telecomunicações das redes ilegais da sociedade.
- Ler texto interpretando as noções de redes e preparando-se para o debate.
- Investigar sobre os tipos de redes, diferenciando-as e explicando sua importância no mundo
globalizado . - Avaliar, no estudo da rede, os avanços no processo de inclusão digital e dos
transportes para a construção de novas relações com a sociedade globalizada.
- Ser solidário e cooperativo no trabalho em grupos.
Pré-requisitos:
- Noções de redes e suas diferenciações no espaço geográfico.
- Noções de meios de comunicação e transporte e sua importância na vida do homem moderno.
- Conhecer as transformações mundiais no movimento/circulação das idéias, pessoas, produtos.
- Saber pesquisar em diversas fontes de informação tendo habilidades relacionadas à leitura, seleção da
informação, interpretação e síntese.
- Interagir com a informatização, sabendo usá-la no processo de investigação e organização dos textos de
síntese.
 - Ter hábito de registrar as leituras combinadas em sala e extra-classe, sabendo dialogar sobre elas em
diferentes situações de aprendizagem.
- Ler, interpretar e analisar textos, documentos, vídeos relacionado-os com outras linguagens e
disciplinas.
Descrição dos procedimentos:
        Entre os temas que retratam a globalização e mundialização, a rede e o território, estão entre os
que revelam maior polêmica e complexidade, devido à natureza dessa espacialidade. Essas redes podem
ser técnicas e representar o capital por meio do desenvolvimento tecnológico. São as redes de circulação
de pessoas ( transportes), de mercadorias ( transporte e comunicação) e de idéias ( comunicação). Elas
podem ser legais se seu fluxo respeita os códigos legais e morais entre os países. Elas, também, podem
ser ilegais quando promovem a clandestinidade de circulação de idéias terroristas, de tráfico humano de
órgãos, de crianças e de mulheres para a prostituição, de armamentos, da biopirataria e pirataria comercial
em geral. Essa discussão faz parte do cotidiano da mídia e os alunos convivem com ela na internet, na
escuta televisiva e na leitura de periódicos como jornais, revistas e no rádio; enfim, na rede da informação.
      Para maior esclarecimento desse tópico leia a Orientação Pedagógica e suas orientações.
     Atividade de leitura e interpretação do texto
Dê um título ao texto _________________________________________________________
     Vivemos num mundo conectado em redes. Informações viajam virtual e instantaneamente de um
canto a outro, produzindo reflexos quase imediatos em diferentes lugares do globo. Se uma empresa
multinacional quebra num país emergente da Ásia, no mesmo dia, a Bolsa de Valores de São Paulo entra
em crise econômica. A Guerra no Iraque foi toda planejada na rede virtual. Hoje podemos acompanhar as
consequências das guerras, da Tsunami, dos terremotos, das enchentes, sentados numa poltrona
confortável, em nossa casa. Somos consumidores de milhares de informações em rede mundial.
As mercadorias, por sua vez, são jogadas num circuito cada vez mais amplo de fluxo de comércio e
serviços. As frutas de mesa colhidas em Pirapora, no interior mineiro, em curto tempo estão à venda nos
supermercados europeus. O dinheiro transformou-se em cartão que se retira no sistema informatizado,on
line, em inúmeros países do mundo, por turísticas que consomem freneticamente. E as pessoas nunca
viajaram tanto, como turistas. Outros para trabalhar, estudar e, até mesmo, para se protegerem, como no
caso dos refugiados de países em conflito. Assim, o turismo tornou-se a primeira indústria mundial em
volume de negócios e o número de trabalhadores sem nacionalidade cresce assustadoramente. O mundo
move em redes, num fluxo constante de mercadorias, pessoas, dinheiro, informações.
O deslocamento sempre esteve presente na história humana. Os homens interagem com outras culturas,
levando e trazendo produtos; as leituras de Marco Pólo nos ensinam que integrar culturas é fundamental
para novas aprendizagens. A diferença é que hoje tudo ocorre com muita velocidade e intensidade,
mudando a organização sociocultural e ambiental das paisagens.
Roteiro com matéria e textos de geo ef
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Roteiro com matéria e textos de geo ef

  • 1. OP 1 Território e territorialidade Porque ensinar Demarcações de poder, legal e ilegal, nos espaços cotidianos. Entender territórios como propriedade coletiva, pública, além da idéia de posse, assim como a noção de limites, fronteiras, vizinhança, acesso, convergência, territorialidade. A noção de territorialidade ainda deve ser explorada na lógica da ocupação e demarcação de poder legal e ilegal, compreensão e posicionamento dos laços e relações que mantêm tais estruturas dimensionando uma qualidade de vida conflituosa e insegura em grande parte de situações, bairros, favelas, auto-estradas. Condições para ensinar É importante que os alunos compreendam o que é limite, o que é fronteira, e o que define o limite de poder de instituições, grupos sociais, gangs, estados, regiões e países. Tais noções são básicas para se organizar um conhecimento sistemático sobre o território e sobre as situações que territorializam lugares, ruas, estradas. Conceito de povo e de nação. Cotidiano do lazer. Vale também relacionar as questões da rede ilegal com situações urbanas complicadas e perigosas em diferentes países. O que ensinar 1. As mudanças ocorridas na produção do espaço urbano do lazer em diferentes escalas e tempos. 2. As relações de poder implícitas na produção do espaço urbano, em especial no tocante ao lazer. 3. As noções de território e territorialidade em situações que produzem a qualidade de vida na cidade: os territórios de poder, os territórios das instituições, os territórios públicos, os territórios fora da lei. 4. Os processos de preservação e depredação do território expressos na paisagem: os territórios das Igrejas, a ciclovia como território do lazer, as Vias Públicas(em algumas cidades em certos horários fechadas) para a caminhada. .Como ensinar Atividade: • Propor duas trilhas: uma pela cidade em que os alunos moram e outra detalhada por alguma situação especial que pode ser o poder paralelo, o poder religioso, o poder de um país sobre outro país. As duas trilhas devem ser iniciadas com a análise de diferentes situações urbanas que propiciam a leitura e observação de territórios. Os materiais relacionados abaixo são boas alternativas de recursos. • Organizar com os alunos o que se quer ver para ordenar a trilha: por onde passar, com quais formas de deslocamento, definindo registros que podem ajudar no mapeamento posterior. • Na sala de aula organizar os dados priorizando aspectos relacionados à preservação, depredação, em diferentes situações de poder no espaço. Tais aspectos devem ser mapeados e a definição de como organizar uma melhor alternativa para o ambiente deve ser proposta pelos alunos como instrumento de avaliação. • Fazer sínteses dirigindo o olhar dos alunos sobre: a quem cabe definir os territórios? Qual é o papel do povo e do governo em diferentes cidades e países? Pesquisa nos materiais citados com síntese argumentada adequadamente produzida em grupos. Uma análise da trilha proposta. Como avaliar 1. Produção de uma trilha dos territórios da cidade em que os alunos residem com comentários das situações pesquisadas. 2.Power point sobre o Estatuto da Cidade e a noção de território e territorialidade. 3. Seqüência de imagens ou fotos das diferenças na paisagem religiosa de uma cidade (um bom exemplo é Belo Horizonte). Realçar o que muda e o que permanece na produção do espaço religioso. 5. O território do esporte: definir como o jogo de poder se processa nos campos de futebol, voleibol, nos trajetos dos jogos entre as torcidas, nos ônibus, na violência. Por fim analisar com os alunos a partir das seguintes reflexões como auto-avaliação: o que aprendi, como aprendi, como estou entendendo as relações de poder nos cotidianos estudados? RA-4 Território e territorialidade Objetivos: - Reconhecer em imagens e fotos de tempos diferentes as mudanças ocorridas na produção do espaço urbano do lazer em diferentes escalas sabendo explicar a sua temporalidade e as relações de poder nelas implícitas. Desdobramentos da habilidade: - Conhecer e identificar na paisagem urbana as territorialidades construídas em diferentes temporalidades no centro das metrópoles como as gangues, mendigos, crianças de rua e outros sujeitos excluídos do processo de produção. - Conhecer os territórios urbanos preservados e os depredados , identificando o papel das políticas públicas na revitalização ou abandono. - Ler nas pichações , na mendicância, na violência do trânsito e no comércio informal das vias de circulação a territorialidades das classes sociais excluídas. - Perceber o fluxo cotidiano de pessoas na temporalidade diurna e noturna das ruas e avenidas que geram diferentes territorialidades em função da apropriação dos serviços e comércio urbanos. -Identificar os processos de preservação e de depredação do território expressos na paisagem.
  • 2. -Compreender no cotidiano a noção de território e territorialidade, aplicando-a na análise das situações que produzem a vida na cidade em forma de postal. - Criar postais que revelam a identidade recuperada dos patrimônios abandonados. - Avaliar o papel das políticas públicas nas ações sociais destinadas aos desterritorializados. Pré-requisitos: - Identificar na paisagem urbana os territórios demarcados por faixas etárias e classe social em diferentes bairros, ruas, avenidas e periferias. - Ter noção da paisagem cultural urbana, identificando seus elementos. -Reconhecer na espacialidade da cidade diferentes grupos sociais e sua territorialidade. - Identificar na paisagem urbana os espaços de lazer da juventude e dos velhos. - Interpretar fotos para compreender o real. Saber usar máquina fotográfica e tomar fotos relacionadas ao trabalho. Descrição dos procedimentos: Dos temas que retratam a cidade e as contradições no uso do território este é um dos mais contextualizados, polêmicos e complexos. Essa discussão faz parte do cotidiano dos alunos na vivência, na escuta televisiva e na leitura de periódicos como jornais, revistas e boletins eletrônicos. Para que você, professor, possa entender como os moradores da cidade se tornam desterritorializados e se territorializam, sugerimos a leitura da Orientação Pedagógica sobre o tópico território, para em seguida, trabalhar as seqüências didáticas propostas. Atividade 1 – Leitura de texto e problematização: Texto – As contradições no uso do território A sociedade demarca novas e antigas paisagens caracterizadas, pelo desenraizamento e pela exclusão. Seus atores são os sem teto, os refugiados, os camelôs, as gangues, as prostitutas, os doentes, os loucos, os pivetes, os mafiosos, os criminosos, os ladrões, representando os desterritorializados. Esses grupos que sobrevivem nas fronteiras da marginalidade e articulam-se com os lugares, criam territorialidades clandestinas denominadas de reterritorialização. Eles se espacializam nos guetos, na rua, nos becos, nos asilos, nos hospitais, nos presídios, nos clubes, nas sarjetas, praças numa relação conflitante com os outros usuários/incluídos no espaço. A paisagem excluída ganha visibilidade na desterritorialização dos acampamentos dos Sem Terra, no Brasil, dos refugiados balcânicos na Itália, dos desempregados africanos, na Espanha, nos acampamentos provisórios dos ruandeses na Tanzânia; dos palestinos, no Líbano; de curdos na Lituânia; dos refugiados sudaneses no Quênia. 1-Análise do texto: 1- Explicar o entendimento de território e seu desdobramento em territorialidade, desterritorialidade e reteritorialidade. Exemplificar. 2- Inferir da leitura do texto a relação entre os excluídos na cidade e no campo. 3- Explicar como se dá a exclusão na cidade. Quais as conseqüências dessa segregação no patrimônio arquitetônico, no planejamento urbano e distribuição dos bens sociais públicos. 4- Atividade de Problematização Considerando a segregação que ocorre no espaço urbano, questione porquê os moradores empobrecidos das favelas e dos bairros populares metropolitanos estão presentes mais freqüentemente 5- Atividade de Educação patrimonial e ambiental. - Selecionar um espaço da cidade ocupado por mendigos, crianças de rua e caracterizado por abandono público que foi revitalizada. Discutir o local com os alunos. - Apresentar exemplos pelo Brasil e o mundo onde houve revitalização e os moradores de rua foram expulsos, eliminando-se a violência e gerando outras relações produtivas no local. . EX: Pelourinho (BA), centro histórico do Rio de Janeiro, SP, BH, Recife e outros. 6- Problematizar: os tipos de inclusão e exclusão/ Avaliar a relação de uso do espaço urbano para os desterritorializados. O que perdem ou ganham com a revitalização? o significado de área revitalizada e o reuso do patrimônio. 7- Montar o mural com os postais criados, fotos, textos, músicas, e outros materiais coletados. Divulgar a montagem na escola e na comunidade. Glossário: Territorialidade: Correlação de forças espacialmente delimitada e operando sobre uma área geográfica específica. Constituem-se em diversas formas de apropriação do território por grupos sociais que vão de vendedores ambulantes num determinado espaço urbano a territórios de contravenção como o tráfico de drogas. Fronteiras: limite territorial de um Estado e do exercício do poder territorial. Na representação simbólica do território pode estar significando as delimitações espaciais da segregação/discriminação, das resistências, dos valores, das identidades.
  • 3. Desterritorializados: trata-se grupos sociais ou indivíduos que se encontram marginalizados do processo socioecoômico/cultural/político. Estão desenraizados no lugar em que vivem, sem pátria, sem terra, sem casa. Isto não significa ausência de luta e conquistas. Veja o exemplo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras. Reterritorializados:são os grupos sociais ou indivíduos que tentam, lutam, buscam desesperadamente conquistar e dominar um espaço/lugar onde possam recriar sua identidade. Isso acontece quando se conquista um território ocorrendo a organização social, econômica, cultural e política dos indivíduos ou grupos que exercem seu domínio. OP2 Patrimônio e ambiente Por que ensinar O patrimônio cultural brasileiro, de acordo com o artigo 216 da Constituição Federal de 1988, se constitui de “bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” O patrimônio cultural brasileiro é uma das fontes insubstituíveis de informação sobre o modo de vida de uma sociedade num determinado tempo e da dinâmica da natureza. São bens não renováveis e precisam ser cuidados, preservados. As cidades, em seu dia-a-dia, sofrem todo tipo de impactos ambientais, tanto os resultantes da atividade industrial e queima de combustíveis fósseis de veículos automotores que poluem o ar e provocam chuva ácida danificando o patrimônio, quanto os gerados pela intensa transformação da natureza pela crescente urbanização. A gestão da cidade, incluindo o seu patrimônio, exige um planejamento de longo prazo, buscando: a reabilitação através do restauro de edifícios e espaços públicos; o fechamento de ruas e construção de boulevares;o restabelecimento das condições ambientais para usufruto adequado dos lugares; a promoção da melhoria da qualidade de vida da comunidade levando-se em conta os novos estilos de vida urbanos. Enfim, o desenvolvimento sustentável integrado na cidade, tornando os lugares da memória patrimonial fontes de experiências emocionais, de lazer cultural em que todos sejam beneficiados pela sua preservação e utilização. É nesses termos que se coloca a relevância do desenvolvimento deste tópico, pois é importante que as comunidades e prefeituras estejam engajadas na proteção ao patrimônio, incorporando os benefícios de sua preservação ao cotidiano da comunidade. Condições para ensinar Fazer com que os alunos se apropriem da valorização do patrimônio: Mas o que é patrimônio? A palavra tem significado amplo, podendo referir-se a “herança paterna; bens de família; riqueza (patrimônio moral, intelectual cultural); complexo de bens, materiais ou não, direitos, ações posse e tudo o mais que pertence a uma pessoa, posse e tudo o mais que pertença a uma pessoa ou empresa e seja suscetível de apreciação econômica; a parte jurídica e material da azienda”.(Aurélio) No contexto tratado neste tópico, patrimônio significa riqueza cultural. A dimensão cultural se refere ao histórico (material e imaterial) e ao ecológico. De quais saberes e fazeres a turma é portadora, no ponto de partida do trabalho pedagógico com este tópico? O que ela entende por patrimônio?O que é considerado como patrimônio cultural? O que significa preservar? Por que é importante a preservação do patrimônio? Quais são os benefícios de sua preservação? O que é reconhecido como patrimônio cultural no espaço de vivência? Onde se localizam? Como tem sido a relação da comunidade do espaço de vivência com o seu patrimônio cultural? Que tipos de impactos ambientais existem no espaço de vivência que trazem prejuízo à preservação do patrimônio cultural e à qualidade de vida da população? Quem cuida da proteção ao patrimônio cultural? Quem decide, e com qual critério, o que deve ser preservado como patrimônio cultural? Por se tratar de uma avaliação diagnóstica e inicial é aconselhável que a turma participe da elaboração de um registro coletivo de seus saberes e fazeres, fazendo um cartaz, mural ou um texto. Ele será tomado como referência essencial ao longo do processo das aprendizagens. O que ensinar: • as construções patrimoniais e seu valor cultural associado à preservação do espaço urbano. •os impactos ambientais produzidos pela relação sociedade e natureza nos cotidianos urbanos. •os impactos advindos das transformações no uso do patrimônio, propondo soluções para os problemas ambientais urbanos. Como ensinar Seqüência didática para o desenvolvimento das atividades: Debate: quem decide, e com qual critério, o que deve ser preservado como patrimônio cultural?
  • 4. Primeira parte: leitura dos textos indicados no banco de dados e elaboração de uma síntese conclusiva para participação no debate. Banco de dados Texto 1: “(...) Não é simples a tarefa de especificar o que deve ou não ser preservado (...) tudo que nos rodeia – em todo o espaço geográfico mundial - é obra cultural ou ecológica (...) Em 1930, Mário de Andrade propôs (...) que algumas favelas existentes em morros do Rio de Janeiro, assim como exemplos de mocambos em Recife, fossem tombados, preservados pelo Estado, considerados como patrimônios da cultura popular (...) tal sugestão não foi seguida (...) Porque mocambos ou favelas não merecem o status de patrimônios culturais ao passo que Ouro Preto e Versalhes merecem?” (Vesentini, 1989) Texto 2: (...) Outra visita obrigatória em Buenos Aires é o bairro da Boca, local onde nasceu e cresceu o maior orgulho do futebol argentino, Armando Diego Maradona (...) Dieguito nasceu pobre como o bairro (...) Reduto de criminalidade, o bairro da Boca é, para todo o mundo, um exemplo de maquiagem (ou seria revitalização?!) com ajuda do governo (...) a característica principal são as casas construídas com lata. São cortiços, na verdade, feitos com pedaços de navios em que chegaram os italianos no passado, como reza a história. (Marcelo Bartolomei -Turismo Online) Texto3: Os conceitos são construções sociais e, como tais, expressam o modo de pensar da sociedade de cada época. Há uma tendência atualmente de se considerar como bens culturais o que resulta da transformação, pelo homem, das coisas naturais e/ou aqueles que garantem ao ser humano a qualidade de seu habitat. Portanto, “as coisas naturais que não passaram por processos de transformação também podem ser bens culturais, uma vez que compõem o habitat do ser humano. O conjunto de bens culturais das diversas naturezas constitui o patrimônio cultural”. (RANGEL, Marília Machado. Educação patrimonial: conceitos sobre patrimônio cultural. In: MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Reflexões e contribuições para a educação patrimonial. Grupo Gestor (org.) – Belo Horizonte: SEE/MG, 2002, p.24). Segunda parte: Debate Terceira Parte: Elaboração coletiva de um texto contendo a argumentação apresentada pela turma. • Leitura e crítica da Lei Orgânica do município na parte referente à preservação do patrimônio. • Exercício do olhar local: leitura da paisagem patrimonial do espaço de vivência Primeira parte - Trilha no espaço de vivência para coleta de dados sobre seus patrimônios culturais: identificando-os; localizando-os no espaço; descrevendo-os; levantando perguntas curiosas, incluindo sua contextualização histórica; avaliando seu estado de preservação e os impactos que os ameaça. Fazer registros valendo-se de mapeamentos, fotografias, filmagens, anotação de dados. Segunda parte - Tratamento dos dados coletados: apresentação; análises; discussão das perguntas curiosas e seleção daquelas que indicam a necessidade de uma investigação apurada; análise das imagens coletadas; elaboração de mapeamentos; síntese final do estado de conservação dos patrimônios urbanos e seu uso/consumo pela comunidade local, turistas e recreacionistas (visitantes de um dia sem pernoite); possíveis critérios que informam a transformação do bem em patrimônio; proposição de medidas de proteção para a defesa dos bens patrimoniais em situação de risco; elaboração de um texto coletivo contendo as conclusões provisórias da turma. Terceira parte Levantamento dos bens ecológicos e culturais do espaço de vivência que necessitam ser protegidos/preservados. Fotografá-los e mapeá-los. • Entrevista: Secretaria Municipal da Cultura Planejamento: comunicação fazendo a solicitação da entrevista;elaboração de perguntas para o entrevistado, entre elas, as duas que seguem: 1. Quem definiu, e a partir de que critérios, o que deve ser preservado como patrimônio no espaço de vivência? 2. Sabe-se, que embora essencial, não é só Plano Diretor que resolverá os problemas dos impactos ambientais e a defesa e proteção do patrimônio, pois é preciso contar com equipes competentes que mantenham um diálogo permanente com a comunidade, o setor privado, as ONGs e as instâncias públicas que cuidam do patrimônio (IPHAN e IEPHA), além da Unesco. Como tem sido operacionalizada a política patrimonial do município?
  • 5. Leitura de quadrinho a) Discussão - Grafiteiros e pixadores: qual é a diferença entre eles? b) Há pixadores no espaço de vivência? O que a turma pensa sobre essa forma de vandalismo? Que ações a turma sugere para superar o problema? Como operacionalizar suas sugestões? c) Existem grafiteiros? Avaliação da arte grafiteira do espaço de vivência. d) O §4.º- Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.Indique as medidas em defesa de um bem cultural e ambiental operacionalizadas pela administração municipal. Como avaliar • Instrumentos para o professor: observação dos alunos na realização dos exercícios, dificuldades, questões, explicações aos colegas. Registros dessas observações para análise com o resultado dos testes do banco de itens. • Proposição de bens culturais (históricos e ecológicos) que necessitam ser protegidos/preservados e criação de formas de mobilização da comunidade local para que seja efetivado. Elaboração de uma cartilha de educação ambiental e patrimonial destinada aos alunos da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental. RA-2 Patrimônio e ambiente Objetivos: -Identificar no espaço urbano as construções patrimoniais, explicando seu valor cultural, associado à preservação. - Analisar os impactos ambientais produzidos pela relação sociedade natureza nos cotidianos urbanos. - Analisar os impactos advindos das transformações no uso do patrimônio, propondo soluções para os problemas ambientais urbanos. Desdobramentos: - Identificar na espacialidade complexa da cidade os patrimônios urbanos e suas revitalições. - Identificar nas políticas de planejamento urbano o papel relevante do Orçamento Participativo na qualidade de vida e justiça social dos moradores. - Reconhecer a importância da sustentabilidade urbana na qualidade de vida dos habitantes. - Analisar as políticas públicas urbanas no desenvolvimento da cidadania dos sujeitos urbanos. - Compreender as construções patrimoniais e seu valor cultural associado à preservação do espaço urbano. Pré-requisitos: -Noção de cidade, patrimônio e revitalização do espaço urbano. - Conhecer os elementos que compõem o arranjo da cidade e sua organização em bairros, centro, periferia, distritos, regionais. - Conhecer o papel das políticas públicas no planejamento urbano. -Saber problematizar sobre os direitos e deveres do cidadão. - Conhecer a organização de uma cidade: bairros, centro, periferia, áreas de serviço, de comércio, de preservação do meio ambiente; - Conhecer a importância da sustentabilidade relacionada ao patrimônio. Descrição dos procedimentos: 1- Problematização: -O que a turma entende por patrimônio? - O que é considerado patrimônio cultural? - O que significa preservar? Por que é importante a preservação do patrimônio? - Quais são os benefícios de sua preservação? - O que é reconhecido como patrimônio cultural no espaço de vivência? - Onde se localizam?
  • 6. - Como tem sido a relação da comunidade do espaço de vivência com o seu patrimônio cultural? - Que tipos de impactos ambientais existem no espaço de vivência que trazem prejuízo à preservação do patrimônio cultural e à qualidade de vida da população? - Quem cuida da proteção do patrimônio cultural? Quem decide, e com qual critério, o que deve ser preservado como patrimônio cultural? 2- Registro coletivo dos saberes da turma em cartaz, mural ou texto. Esse registro é a referência essencial para a continuidade do trabalho. 3-Trilha urbana para reconhecimento do arranjo patrimonial ao centro da cidade. Lembre-se: Embora essencial, não é só o Plano Diretor que resolverá os problemas dos impactos ambientais e a defesa e proteção do patrimônio, pois é preciso contar com equipes competentes que mantenham um diálogo permanente com a comunidade, o setor privado, as ONGs e as instâncias públicas que cuidam do patrimônio (IPHAN e IEPHA), além da Unesco. É preciso prestar atenção aos bens patrimoniais do espaço vivido. Aprender a valorizar o legado cultural e histórico deixado de herança por nossos antepassados. É preciso conhecer para valorizar e valorizar para proteger. Esse é o melhor caminho para aprender a gostar e conservar a cidade. Solicitar parceria das disciplinas de História e Artes. Glossário: Patrimônio: O significado é amplo, podendo referir-se a “herança paterna; bens de família; riqueza (patrimônio moral, intelectual cultural); complexo de bens, materiais ou não, direitos, ações posse e tudo o mais que pertence a uma pessoa ou empresa e seja suscetível de apreciação econômica; a parte jurídica e material da azienda”.(Aurélio) No contexto tratado neste tópico, patrimônio significa riqueza cultural. A dimensão cultural se refere ao patrimônio histórico (material e imaterial) e ao ecológico. Impactos ambientais na cidade: Resultam da atividade industrial e da queima de combustíveis fósseis por meio de veículos automotores que poluem o ar e provocam chuva ácida danificando o patrimônio. Há, também, os gerados pela intensa transformação da natureza. IEPHA: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico: Criado em 1971, em MG. Ligado ao Ministério da Cultura tem como função o registro, preservação e proteção do patrimônio cultural do estado. IPHAN: Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – organização institucional com instrumentos legais para preservação do patrimônio. Criado em 1932, existe em cada estado da federação. OP 3 Paisagens do cotidiano Por que ensinar As paisagens são a forma visível de como o espaço encontra-se produzido: paisagens do cotidiano são, portanto, focos de situações visíveis do espaço de vida de diferentes lugares, através dos quais, se pode depreender o que se faz tanto na política, quanto na apropriação do espaço pela sociedade civil. Escolher as paisagens do cotidiano priorizando o lazer é uma forma de tematizar porque o lazer tomou a dimensão atual em cotidianos urbanos. Eles produzem certas paisagens que tanto podem ser parques e praças, quanto as discotecas, bares, teatros, definindo atividades econômicas próprias de sua manutenção. Assim, as paisagens de trabalho que fomenta a economia estão, em várias paisagens, definidas por territórios de economia informal, outro rico objeto de estudo para a compreensão do cotidiano através da paisagem. Muitas delas evidenciam o espaço de encontro do migrante, do cidadão desprovido de recursos financeiros para que usufruam apenas de paisagens representantes do mundo do consumo. A análise de todas essas situações, lidas nas situações explícitas da vida cotidiana, trarão a possibilidade de compreensão maior dos conceitos de espacialidade e territorialidade, de cidadania, de transformação do lazer em direito, ou em produto. Condições para ensinar Rever com os alunos, procurando diagnosticar como está o conhecimento deles sobre:os serviços que produzem diferentes cotidianos; países com qualidade de vida diferente e pessoas com cotidianos diferentes e desiguais que se manifestam nas cidades e na vida rural através de diferentes paisagens, sabendo explicá-las; noções de trabalho, emprego e desemprego; espaços de lazer em diferentes cotidianos; noções de público e privado; espaços públicos e espaços privados. É importante que os alunos saibam explicar que o visível do espaço é a paisagem e quais indicadores desse visível evidenciam os cotidianos de lazer, principalmente como e para quem estão direcionados. O que ensinar • Paisagens urbanas que evidenciam as diferentes formas de trabalho no espaço. • Paisagens urbanas que evidenciam diferentes formas de lazer. • As paisagens do cotidiano e as relações homem e natureza. • O trabalho e o lazer nas paisagens de diferentes tempos e espaços. • Relações entre cultura e trabalho na identidade de um lugar.
  • 7. • Serviços de infra-estrutura, oportunidades de trabalho, de lazer e direitos à cidadania. Como ensinar • Propor, depois de um diagnóstico e sistematização dos conhecimentos prévios, que os alunos analisem imagens de cidades, identificando seus elementos e suas funções destacando nelas as relacionadas ao lazer e ao trabalho. • Utilizar textos e imagens de paisagens cotidianas para que os alunos explorem, com roteiro sugerido pelo professor, os aspectos que devem ser objeto de construção conceitual. • Propor que façam paralelo com a construção de Brasília e Belo Horizonte, e a evolução de São Paulo. Tal paralelo deve ser registrado em novas imagens produzidas pelos alunos, de preferência comparando também com o cotidiano do município de localização da escola. Tal produção pode ser um rico instrumento de avaliação. • Além do registro é importante trabalhar com aspectos de favelas, paisagens que demonstram paisagens de cotidianos, muitas vezes em que o lazer não se encontra tão visível. Veja Reportagem: o cerco da periferia. De posse do material lido e problematizado, sugere-se a realização de um debate com propostas de alternativas para novas paisagens. E uma exposição das paisagens sugeridas pelos alunos. • Outra sugestão de atividades importantes poderá ser roteirada a partir de textos que evidenciam a vida nas cidades brasileiras. O roteiro deve propiciar aos alunos que percebam a importância do lazer e do trabalho na produção de cotidianos com mais qualidade de vida. E relacionar tais paisagens como expressão de conquistas de cidadania. Como avaliar 1. Propor ao aluno uma análise do material que ele produzir na comparação da construção de Brasília e Belo Horizonte e na evolução de São Paulo. Será um instrumento de avaliação conceitual que pode ser acrescido de uma questão de auto-avaliação; o que o aluno aprendeu sobre a situação estudada. 2. Usar as questões relacionadas ao tópico no Banco de Itens do CRV como um instrumento de teste paralelo aos outros utilizados. 3. Selecionar um mapa temático sobre o assunto no link indicado e solicitar aos alunos uma leitura de paisagens urbanas e rurais. Solicitar aos alunos uma produção sobre o seguinte tema: Paisagens do cotidiano e valorização do patrimônio. Pode ser produção de imagens, de power point, de texto verbal. RA-1 Paisagens do cotidiano Objetivos: -Interpretar as paisagens urbanas em suas oportunidades de trabalho e lazer, valendo-se de imagens/fotos de tempos diferentes. - Reconhecer nos cotidianos da paisagem urbana o que a cultura e o trabalho conferiram como identidade de um lugar. Desdobramentos da habilidade: - Identificar como as pessoas têm acesso aos serviços de infra-estrutura, opotunidades de trabalho, de lazer associando-os aos direitos à cidadania. - Reconstruir conceitos referentes ao setor terciário e aos serviços na composição do arranjo da cidade. - Planejar os elementos básicos de uma observação do real. - Identificar os tipos de serviço dando ênfase aos “serviços inteligentes”. - identificar os conceitos trabalhados em sala no espaço visitado: espacialidade dos serviços, relações de trabalho nos serviços. - Envolver-se no debate sabendo argumentar e dialogar com as observações e análises coletadas na trilha urbana. - Manifestar opinião a partir de dados coletados em registro oral e escrito. - Capacidade para tratar os dados com objetividade, responsabilidade e crítica. Pré-requisitos: - Conhecer a espacialidade da cidade e a distribuição do trabalho nos serviços. - Conhecer as noções básicas referentes ao setor terciário como: localização, produção tecnologias, consumo etc - Identificar os tipos de serviços e saber localizá-los no mapa. - Diferenciar os serviços de acordo com suas tipologias. - Identificar os tipos de trabalho no setor terciário e as mudanças em suas relações. - Diferenciar indústria e serviços dentro do setor terciário. - Noções de cartografia para mapear o local visitado. - Noções de uso de foto para saber ler e legendar. - Interpretar textos relacionados ao comércio e serviço. - Trabalhar de forma cooperativa e solidária na produção de texto síntese. Descrição dos procedimentos:
  • 8. Sugerimos um roteiro para que os alunos tenham maior visibilidade das novas formas espaciais e territoriais da globalização na paisagem urbana, tecida no cotidiano. Por um lado esse novo olhar global cria novas oportunidades de lazer e revitaliza a cultura , por outro transforma tudo em espaço de consumo. Cria novos serviços e comércio, mas encolhe o trabalho. Moderniza os transportes, vias de circulação, infra-estrutura urbana, serviços de cultura, mas exclui os pobres. Gera os “Sem moradia” “Sem transporte”, Sem escolaridade”, “Sem trabalho” “Sem saúde”, etc. Que questões problematizadoras poderão ser feitas aos transeuntes, aos trabalhadores, aos usuários da cidade na perspectivas de fazê-los participar, opinando sobre os serviços na paisagem? Planeje com seu aluno o estudo dos serviços no lugar de vivência comparando-o com outras escalas nacional e global . Roteiro - Os serviços no processo de globalização Primeiro momento - Atividade de diagnóstico -Identificar os serviços usados pelos alunos no espaço de vivência: lazer, educação, saúde, cultura, comunicação, bancário, infra-estrutura-urbana, transporte etc. - Classificar os serviços mais e menos usados no cotidiano. - Organizá-los, segundo as necessidades básicas e complementares. - Mapeá-los na planta da cidade. ( Verificar se a prefeitura tem mapa monográfico do IGA) - Analisar sua localização e centralidade na cidade. - Trabalhar com a memória da cidade: fotos de acervos de jornais/ instituições sobre os serviços mais antigos. Compará-los buscando as diferenças no tempo. - Produzir um texto coletivo da sala sobre o uso e consumo de serviços na cidade. Segundo momento – Ampliação das informações sobre os serviços na cidade DEBATE : A cultura e o trabalho conferiram uma identidade à cidade ou ela se perdeu com o processo de globalização mundial? A população tem lutado por seus direitos à qualidade de vida na cidade? Refletir sobre os avanços: a expansão do turismo; a diversificação e consumo do lazer; o conforto advindo com as telecomunicações; o papel da TV e da mídia; a facilidade e velocidade dos meios de transporte, na vida das pessoas; a diversificação dos serviços e oferta de emprego nas cidades; a superação da indústria; E, as contradições impostas ao espaço da cidade: desemprego, ausência de qualidade de vida para todos, ampliação dos excluídos dos serviços. · Organizar um texto geográfico utilizando as questões debatidas. Questionar a globalização dos serviços relacionando-a com a qualidade de vida dos povos da Terra. § Trilha urbana ( selecionar um dos lugares sugeridos para a trilha urbana) - Agência de Turismo, teatro, museu, cinema, lan house, ciber café, clubes, espaços de cultura organizados por bancos e outras empresas privadas ou prefeitura local) considerare lugares de serviços de cultura e lazer significativos na cidade. § Organizar combinados com alunos: local, saída e retorno, comportamento no local. § Planejar o percurso e a visita: registro de fotos, desenho do croqui e elaboração da entrevista. Glossário: Globalização: Fenômeno que consiste em múltiplas e rápidas interações entre indivíduos e empresas, ONG e Estados, facilitado pelas novas tecnologias,gerando novas realidades e alterando o curso do processo civilizatório mundial.Processo típico do final do século XX que mudou a vida social e cultural nos diversos países do mundo, sendo cada vez mais afetado pelas influências internacionais políticas e econômicas. Infra-estrutura urbana: sistemas necessários à urbanização, tais como energia elétrica, saneamento básico, sistema viário, serviços sociais. Massificação: influência exercida pelos meios de comunicação de massa (rádio, TV, cinema, jornais, revistas, outdors, propagandas), com a finalidade de impor hábitos, comportamento e condutas às pessoas. Paisagem urbana: é um recorte visível da cidade, percebido através dos sentidos. A partir dela compreende-se a complexidade da vida social contida em seus elementos socioculturais, sociopolíticos, socioeconômicos e socioambientais, enfim, naquilo que a anima e lhe dá vida pela força dos símbolos, das imagens e do imaginário. Serviços inteligentes:são mais rápidos e eficientes usando alta tecnologia e novos materiais resultantes dos avanços da Revolução técnico-científico-informacional. OP 4 Lazer Porque ensinar A cidade ou o campo, a vida se traduz como espacialidade no mundo globalizado, com isso atribuem outros significados ao lazer: um lazer que produz bastante da maneira que as pessoas consomem o seu cotidiano. Um aspecto desse lazer, é na vida 24 horas para muitas cidades, produzindo tempos desiguais e atividades diferenciadas por aqueles que usufruem o lazer, e os que o produzem. Vinculado ao lazer, à
  • 9. sua espacialidade e territorialidade estão relacionados o turismo e a arte- exposições, eventos, teatro, balé, shows- e alguns poucos movimentos populares de ONGs vinculadas a projetos educativos. O lazer, nesse caso, abre um mercado e um espaço que pode ser de convivência, de encontro, de contribuição para a construção da identidade de uma cidade, de um grupo rural, de um grupo social. Pela importância econômica e cultural se justifica o estudo desse tópico. Condições para ensinar Historicamente não se vincula o lazer ao estudo de Geografia. As primeiras abordagens estão relacionadas à Geografia Cultural. Com tal abordagem as questões religiosas e as festividades são os primeiros destaques: o que se festeja e a importância do ato de festejar, de compartilhar coletivamente, como uma importante dimensão de humanização, de se reconhecer parte de um grupo. Algo tão importante que as pessoas querem repetir como parte de sua identidade. Os conceitos de identidade regional, nacional, regionalidade e cultura devem ser priorizados. Posteriormente a vida globalizada impõe outra dimensão para a espacialidade do lazer: a evidência de um mercado. A arte, as bandas para os jovens, com os ritmos reconhecidos, o hap e o hip hop, o rock, ou o teatro e as exposições, os espaços culturais como feiras típicas, abrindo possibilidades de convivência e conhecimento de culturas em sua pluralidade. Tais eventos apresentam uma espacialidade e territorialidade, para os quais os alunos devem reconhecer aspectos culturais, respeitar a pluralidade da manifestação cultural, relacionar cultura e povo, nação, etnia e dimensionar o aspecto econômico relacionado a cada evento. O que ensinar •Os fatores que explicam a distribuição, localização e freqüência das atividades que evidenciam a vida 24 horas relacionadas ao lazer: teatros, shows, bares, discotecas, cinemas, espaços culturais diversificados. •O lazer relacionado à saúde- os parques, as caminhadas, as quadras, o esporte. •Os espaços públicos de lazer por idade: parquinhos e praças com espaços para idosos. •O lazer privado relacionado ao novo mercado: a terceira idade. •O lazer relacionado ao turismo- com todos os desdobramentos que se coloca na transformação de natureza ou patrimônio histórico, festas, em produtos turísticos- a festa de São João, por exemplo. •A dimensão econômica do lazer na sociedade atual tendo como referência a mundialização de fenômenos econômicos, tecnológicos e culturais, em especial jogos virtuais. •A espacialidade e territorialidade do lazer: quadras, parques, cinemas, casas de show e diferentes espetáculos, sem desconsiderar a produção pública do lazer através dos espetáculos promovidos em praças com patrocínio, muitas vezes, do setor privado. Como ensinar Após relacionar o objetivo específico da turma e ano de trabalho com os conhecimentos prévios que os alunos devem ter, realizar uma avaliação inicial sobre o que os alunos fazem como lazer, suas famílias, familiares dos funcionários da escola, conhecidos. Diferenciar as atividades de lazer por idade e categorizá-las com eles como eventos e atividades públicas ou privadas. Mapear as atividades de lazer relacionadas a uma das idades ou a todas elas comparando a sua freqüência e formas que disponibiliza ao público sua fruição. Promover um debate com os alunos sobre as possibilidades de diminuir a violência urbana com um incentivo ao lazer através de projetos e espaços públicos. Relacionar os diferentes tempos urbanos e rurais com o movimento da globalização. Produzir atividades integradas com os profissionais de arte, buscando registros e idéias para democratizar o lazer na cidade e no campo.Uma boa atividade pode ser a exibição e análise do filme Billy Elliot. Identificar projetos nos quais prefeituras e ONGs usam a arte como forma de integração á vida social pode ser outra atividade de reconhecimento da importância da cultura e do lazer como produtores de inclusão social. RA-8 Produção de texto: o lazer no cotidiano do município e em outros lugares Objetivos: - Explicar o lazer na sociedade atual tendo como referência a mundialização de fenômenos econômicos, tecnológicos e culturais. - Conceituar lazer na cidade e no campo - Ler textos buscando informações que ampliam e aprofundam o significado de lazer. Pré-requisitos: - Noções de serviços na cidade que representam o lazer. - Noção da espacialidade do lazer na cidade e no campo. - Identificar o lazer que gera dinheiro e o lazer que provoca entretenimento. - Conhecer e expressar o gosto e a importância do lazer - Ter hábito de registrar as leituras combinadas em sala e extra-classe, sabendo dialogar sobre elas em diferentes situações de aprendizagem. - Ler, interpretar e analisar textos, documentos, vídeos relacionado-os com outras linguagens e disciplinas.
  • 10. Observa-se, a segregação do lazer, ou seja, a melhor forma de uso do tempo livre. Os alunos devem estudar o lazer no seu município, no Brasil e no mundo para compreender como se dão as relações dos sujeitos com o espaço de lazer e convivência na cidade. Propomos a seguinte sequência didática: Atividade 1- Diagnosticar os saberes dos alunos sobre o lazer: 1- O que você entende por lazer? Ele se relaciona ao tempo livre ou ao tempo de trabalho? Como as pessoas podem utilizar esse tempo de lazer? 2- Sua cidade ou região conta com espaços de lazer: cultural (museu, observatório, galerias de arte, centros de cultura), contemplativo ( redes de TV, cinemas, teatro) e de entretenimento ( parques, praças, feiras livres, torneios, espaços de alimentação, de turismo, de jogos, enfim, de convivência)? 3- Você concorda com a lei que garante o direito de lazer a todo trabalhador no seu tempo livre? 4- O lazer é um direito do cidadão e deve atender às diferentes faixas etárias. Assim, deve fazer parte das políticas sociais e culturais do município. Isso acorre no seu município? Atividade 2 – Investigar o espaço de lazer no município  Investigar sobre os espaços de lazer no município: lazer cultural, lazer contemplativo e lazer de entretenimento.  Entrevistar moradores antigos, indagando como era o lazer de antigamente.  Coletar fotos antigas e recentes de lazer no município.  Organizar-se em grupos para selecionar e interpretar os dados coletados.  Montar um painel sobre o lazer no município: como os habitantes usavam o espaço para o lazer antigamente e Como usam o lazer hoje (quais as mudanças?). Atividade 3 – Conhecendo um pouco mais sobre o lazer  Cada grupo deve selecionar um fragmento de texto para discutir e apresentar as idéias no coletivo, dando-lhe um título. Texto 1 ________________________________________________________ “Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após a ditadura militar (que perseguiu e colocou no mesmo balaio liberais, comunistas e cristãos progressistas), apesar de termos 80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc. A luta de hoje, como a luta de sempre, por parte dos trabalhadores, reside em manter todos os direitos constitucionais adquiridos e buscar mais avanços na direção da felicidade do ser humano”. http://www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho.htm Texto 2 ___________________________________________________________________________ “Objetivo é afastar bares e boates de áreas residenciais, levando-os para pontos onde poderiam funcionar por 24 horas, colaborando, inclusive, para o cumprimento das leis em vigor. Existe a possibilidade de os empresários contarem com incentivos fiscais. O projeto, aprovado em segunda votação, vai agora para sanção do prefeito. Segundo o vereador (paulista), o pólo de lazer e comércio intermitente deverá abrigar somente serviços destinados a entretenimento, com exceção aos proibidos por lei ou contrários à moral e aos bons costumes, como as boates de prostituição. O projeto prevê ainda que esses pólos sejam instalados, de preferência, em grandes avenidas ou regiões que concentram prédios de antigas indústrias. "Já existem locais com esse perfil na cidade. Os bairros da Mooca ou a região central da Capital são bons exemplos disso, mas existem muitos outros que deverão ser analisados pela Prefeitura", diz. http://www.dcomercio.com.br/especiais/camara/091105.htm Texto 3 _________________________________________________________________________ Ponto de encontro de curitibanos e turistas. Criada em 1992, é a primeira rua do pa&iacute;s projetada em espaço fechado, onde as lojas não fecham nunca. Nos 120 metros de comprimento, com estrutura metálica em arcos e cobertura de vidro, os turistas e curitibanos se divertem e fazem compras nas 42 lojas. O grande relógio na entrada mostra que não existe hora para um bom bate-papo regado a chope bem gelado. Localização: Rua Coronel Menna Barreto s/nº. É a síntese da cidade do futuro,que não dorme. Tem 120 metros de extensão, com estrutura metálica em arcos e cobertura de vidro. Inaugurada em 1991, transformou-se num dos principais pontos de encontro de curitibanos e turistas, com lojas diversas, supermercado, banco, cafés,bares e restaurantes. É visinha de grnde parte dos hotéis situados no centro da cidade. http://www.guiacuritiba.com.br/turismo/roteirosVer.php?id=34htt Texto 4 _____________________________________________________________________ O lazer é uma conquista dos trabalhadores que lutaram para reduzir o tempo de trabalho em função do descanso e recomposição do equilíbrio. O lazer tem valor em si mesmo, pelas possibilidades que abre na dinâmica social. Contudo, para além da polêmica que ronda a discussão conceitual, a tendência dos estudiosos é considerar o lazer como um campo peculiar da cultura, constituído pela vivência lúdica de manifestações culturais num tempo/espaço conquistado pelos indivíduos. O lazer compreende muitas práticas culturais, como o jogo, a brincadeira, a festa, o passeio, a viagem, o esporte e as variadas formas de arte (pintura, escultura, literatura, dança, teatro, música, cinema) e – por que não? – o ócio.
  • 11. Texto 5 _____________________________________________________________________ “A possibilidade de lazer hoje está intimamente relacionada ao espaço. Realmente não é necessário a existência do quintal, o poder aquisitivo para freqüentar as casas noturnas ou deslocar-se até o parque. A natureza social dos homens tem também uma característica lúdica muito forte, mas existe limite quanto à liberdade de ação, para que a criatividade, imaginação, espairecimento e descontração surjam nesse momento específico do dia. O surgimento de espaços de lazer decorre assim de uma necessidade presente nos indivíduos de se desligarem do lugar de produção ou da moradia para usufruir do tempo livre. Atualmente, o local de residência (casa, bairro) proporcionam cada vez menos oportunidades de lazer, devido ao adensamento populacional, degradação social e ambiental das periferias e a intensificação das formas de lazer passivas onde destacam-se a TV, jogos eletrônicos, etc.No entanto, uma metrópole como São Paulo cujo número de pobres é grande e crescente, as opções por forma de lazer mais ativas e/ou participativas são restritas. Observa-se assim, a segregação dos lazeres, ou melhor, das formas de uso do tempo livre.” MENDES, Ricardo.Globalização, urbanização e lazer.” IN: Experimental, anoI, nº1, jul.1996, SP:F.F.L.C.H, p.75. Apresentação das leituras; E, finalmente, os alunos devem produzir um texto explicando o lazer na sociedade atual, tendo como referência o comércio e os serviços de entretenimento, no processo da globalização ou mundialização e os avanços tecnológicos. Glossário: Lazer produtivo: quando envolve entretenimento e produção. Por ex: produzir cultura, arte sem intenção de ganhar dinheiro. Lazer contemplativo: é aquele que tem a função de entreter sem compromisso, por ex: turismo de excursão, cinema, teatro, show, exposições, galerias de arte, festas populares, etc. Geografia do entretenimento: trabalha com a categoria lazer e seus desdobramentos que envolvem serviços específicos de lazer e consumo: diversão, tempo livre e tempo de aprendizagem de cultura, cultura de massa da mídia, jogos, etc. OP- 5 Segregação espacial Por que ensinar A expansão periférica decorrente do crescimento urbano evidencia uma tendência à organização do espaço em zonas de forte homogeneidade social entre elas. Essa organização é resultado de uma estratégia de segregação socioespacial que impede a comunicação entre as diferenças. Percebe-se uma estratégia de produção de espaços homogêneos: uma tendência de segregação socioespacial da população pobre e uma auto-segregação da população rica. Se por uma lado a segregação evidencia as ocupações do espaço sem planejamento- as favelas, por outro lado a auto-segregação passa por uma grande ordem de planejamento invertendo as noções de público e provado e revisitando o conceito de urbanidade, de convivência social. A segregação precisa ser estudada por explicar a formação de lugares separados, descontínuos, com uma precariedade de localização, habitação, dificuldade de transporte e ausência de infra-estrutura urbana. Na lógica dessa segregação socioespacial deve-se levar em conta aspectos próprios da fragmentação da cidade na sociedade moderna. Condições para ensinar Historicamente a segregação socioespacial era parte de alguns estudos da fragmentação da metrópole. Atualmente essa questão se evidencia em vários centros urbanos, possibilitando aos alunos entenderem como a cidadania pode ser exercitada na reivindicação de espaços com planejamento urbano, infra- estrutura urbana, relação distância/meios de transporte públicos/ ruas bem pavimentadas, iluminação. Outra questão importante para se entender a segregação e o que ela causa na vida urbana é a dificuldade de existência e manutenção de espaços públicos voltados para o lazer nas áreas segregadas espacialmente. Assim, estudar o que significa segregar no espaço e segregar socialmente é a melhor condição de se entender esse fenômenos e os processos nele relacionados. Entre as condições importantes para se construir esse conceito e com ele compreender melhor o fenômeno de urbanização estão: identificar os serviços e equipamentos públicos como escolas, postos de saúde e a distribuição de energia, coleta de lixo, rede de água, evitando, na análise das condições mínimas de uma vida urbana, que se represente que o acesso a esses serviços deve ser clandestino ou em qualquer aspecto ilegal. O que ensinar •Planejamento urbano e necessidades locais da população: a distribuição dos serviços, loteamentos, equipamentos públicos, praças, parques. •Loteamentos periféricos: aspectos de infra-estrutura urbana e serviços relacionados do local ao centro urbano. •Condomínios fechados, guetos e favelas. •As territorialidades e os grupos sociais marginalizados socialmente.
  • 12. •Os enfoques citados relacionados com o conceito demandam que os alunos percebam para além de suas representações sobre a produção do espaço. Isso significa a necessidade de um diagnóstico sobre os serviços e equipamentos públicos, a noção de direitos sociais e deveres do governo em relação aos serviços equipamentos, discussão sobre o uso e consumo dos espaços públicos com a ordem de respeito a leis e ao meio ambiente e sobretudo, uma grande reflexão sobre a finalidade da vida urbana e da sociabilidade. Como ensinar 1. Problematizar, a partir de imagens de bailes funks, forrós, restaurantes, shoppings, condomínios fechados, favelas, as diferentes formas de segregação espacial que as imagens evidenciam.Pode-se usar também texto para o mesmo objetivo. 2. Identificar com os alunos, em listas e montagens de imagens, os serviços e equipamentos públicos importantes na vida urbana. Sistematizar com um texto coletivo porque são importantes relacionando com a idéia de convivência social. 3. Fazer um roteiro de trabalho de campo por um site ou pela cidade na qual a escola está localizada, procurando identificar os arranjos relacionados à segregação socioespacial e os equipamentos e bairros que propiciam uma vida cidadã. Fotografar/anotar/filmar. Caso se fotografe legendar as fotos de acordo com as constatações e locais. 4. Trabalhar com um texto do Aprendiz do futuro que traz informações sobre projetos comunitários como o do Projeto Axé na BA e roqueiros da Paz em SP. 5. Propor seminário sobre os movimentos juvenis brasileiros e as práticas socioespaciais decorrentes desses movimentos. 6. Assistir ao filme Cidade de deus e traçar as linhas gerais do que é específico da segregação socioespacial (debate/registro). 7. Outra possibilidade é de uma análise do filme Pixote com a mesma finalidade. A variedade de películas e enfoques deve ser relacionada com a idade dos adolescentes. Sugestão: O Pixote para adolescentes mais velhos. RA-5 Leitura cinematográfica: Hotel Ruanda Objetivos: -Identificar as questões que envolvem a segregação espacial do lazer em imagens, textos e na observação da vida cotidiana. -Explicar os tipos de relações sociais existentes no território relacionando-os com os lugares, suas estratégias de segregação e exclusão das populações marginalizadas. -Reconhecer a cidade na sua territorialidade de bandos, gangues, identificando as demarcações no seu espaço de vivência e relacionando-os com a singularidade ou generalidade de outros cotidianos. Pré-requisitos: - Possuir informações sobre discriminação, segregação praticadas no espaço. - Diferenciar grupos ou classes sociais de acordo com a cor, crença religiosa, língua, relações políticas. - Dominar práticas de investigação, sabendo decodificar as informações para transformá-las em conceitos. - Saber mapear informações no mapa-múndi e do Brasil. Descrição dos procedimentos: Professor/a, esse tópico propõe 3 habilidades complexas sobre os conceitos de segregação espacial, exclusão, marginalização, cotidiano e território. Para trabalhar com imagens e textos do cotidiano selecionamos a leitura do filme - Hotel Ruanda. As cenas chocantes do cotidiano de terror revelam a segregação e exclusão de povos da mesma nacionalidade, separados pelos colonizadores, que escolheram os tutsis para os representar no poder local. Essa escolha gera um movimento separatista entre as etnias: hutus ( 85% da população) e tutsis. O filme revela o separatismo, o nacionalismo e o ódio instaurados nas relações sociais, num território comum, mas marcado por estratégias de segregação. A leitura do filme possibilita ver na cidade a territorialidade dos bandos de tutsis , com seus facões, praticando o genocídio. Nesse cotidiano africano ressalta-se o hotel Mille Colines, multinacional belga, comandado por um gerente tutsi. As questões conceituais possibilitam refletir sobre cotidianos de conflito no mundo, com olhar no continente africano e sua exclusão no processo de globalização mundial; permite problematizar a questão da raça negra e sua história de discriminação e segregação no mundo dos brancos; o conflito gerado pela colonização européia na África e a permanência do terror e do genocídio entre tribos de mesma nacionalidade; a migração forçada para os campos de refugiados. Tudo isso, pode ser visualizado no filme de Terry George, numa história verídica. O estudo da segregação espacial no filme levará o aluno a compreender as relações sociais existentes no território africano, espacializadas na região de Ruanda, onde as duas tribos tutsis e hutus reterritorializam o espaço de exclusão da cidade, demarcando-o com a violência e o terror dos conflitos étnicos. Então vamos à sessão!
  • 13. Atividade 1 – Leitura do filme: Hotel Ruanda “Em 1994 um conflito político em Ruanda levou à morte de quase um milhão de pessoas em apenas cem dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses tiveram que buscar saídas em seu próprio cotidiano para sobreviver. Uma delas foi oferecida por Paul Rusesabagina (Don Cheadle), que era gerente do hotel Milles Collines, localizado na capital do país. Contando apenas com sua coragem, Paul abrigou no hotel mais de 1200 pessoas durante o conflito,” è interessante discutir a ausência de discriminação do gerente e seu caráter humanitário. Atividade cartográfica: Localizar no mapa-múndi (Atlas), o espaço que foi cenário do filme – Kigali, capital de Ruanda. Localizar no mapa-múndi , com legenda criativa, esse lugar de conflito. Leitura do texto para subsidiar a interpretação do filme O demônios estão todos em Ruanda. Kigali, a capital de Ruanda, tinha 350 mil habitantes em meados de abril de 1994. Um mês depois, não havia mais que 250 mil pessoas vivendo na cidade. Pelo menos 60 mil foram assassinadas. Mais de 20% dos 8 milhões de ruandenses abandonaram suas casas, em pânico, para se refugiar no interir ou países vizinhos. Em um único dia, 250 mil pessoas cruzaram a fronteira com a Tanzânia por uma ponte estreita – o maior e mais rápido êxodo já visto por funcionários da ONU e Cruz Vermelha. Em menos de 4 semanas, houve uma chacina de proporções assombrosas: mais de 200 mil mortos, 500 mil trucidados ( homens, mulheres, crianças, velhos). Um missionário que se encontrava em Ruanda disse à revista Time: ‘Não sobraram demônios no inferno. Eles estão todos em Ruanda’. A tragédia é mais uma etapa da guerra civil que despedaça Ruanda desde 1990 e mais um round na histórica briga entre as duas etnias que povoam a região desde o século XV – os hutus e os tutsis (ou watusis). O ódio entre esses dois povos é um legado do colonialismo. Os hutus, de estatura mais baixa e de cor negra mais acentuada, formam hoje 85% da população. Falam a mesma língua e conviveram em paz com os tutsis, mais altos e de pele mais clara, até a chegada dos europeus, em 1885. Primeiro foram os alemães, que colonizaram a região até a Primeira Guerra Mundial, e depois os belgas, que ficaram até 1961, um ano antes da independência de Ruanda. Os colonizadores escolheram os tutsis como testas de ferro de seu domínio. Concederam a eles os cargos na burocracia governamental, as vagas nas escolas, os postos mais importantes no exército e facilidades para se instalarem no comércio. Na década de 50 ocorrem os primeiros conflitos entre as duas etnias. Com o crescimento do sentimento de nacionalidade em toda a África, os hutus lançam um movimento separatista, mas seus líderes são assassinados pela elite tutsi. Em 1959 os hutusfinalmente derrubam a monarquia tutsi, instalam um governo provisório no ano seguinte conseguem a independência, em 1962. Em 1963, um movimento guerrilheiro tutsi invade Ruanda procedente do vizinho Burundi, mas é derrotado e perde 12 mil homens. Dez anos mais tarde um golpe militar põe no poder um hutu A atual guerra civil começou em 1990, quando guerrilheiros tutsis invadem Ruanda procedentes de Uganda. Intermináveis negociações de paz foram conduzidas pela ONU, por países africanos, França e Bélgica. Em abril de 1994, o avião em que viajava o presidente Habyarimana (hutu), foi derrubado por míssil quando retornava de uma rodada de negociação da paz na Tanzânia. Os <;B>hutus responsabilizaram os tutsis pelo assassinato, mas suspeita-se que líderes radicaishutus é que tenham disparado o míssil a fim de criar pretexto para massacrar os tutsis. Milícias que atuam como braços armados de partidos políticos hutus saíram à caça de seus adversários em todo país. A chacina foi monstruosa. Invadiram a universidade de Kigali e mataram, com tiros e golpes de facão, todos os estudantes que estavam no campus. Os milicianos tinham listas com nomes de pessoas a serem mortas e as perseguiam até atingir os objetivos. Aldeias inteiras foram dizimadas. Moradores de países vizinhos e observadores internacionais presenciaram cenas horripilantes, que demonstravam um método macabro de extermínio: primeiro apareciam boiando nas correntezas dos rios os corpos chacinados de homens e jovens, que morreram lutando para defender suas famílias; depois apareciam os corpos das mulheres e velhos, também trucidados; por fim os corpos intactos de crianças e bebês, que foram jogados nos rios para se afogarem. Fonte: Revista Nova Escola.Agosto: 1994, p.42/43. Atividade de interpretação do texto e do filme 1 - Construir um argumento geopolítico para explicar a relação entre o processo histórico de colonização e o desenvolvimento do conflito. Basear-se no conflito étnico: hutus e tutsis. 2 - Explicar o significado de etnia e genocídio revelados nas cenas do filme e no texto acima.
  • 14. 3 - Problematizar: O genocídio de Ruanda seria uma versão africana da limpeza étnica que ocorre em alguns países europeus? Em quais lugares do mundo essa prática ainda ocorre? Por quê? 4 - O hotel Mille Colines representa uma segregação espacial contraditória: a) antes do conflito só recebe turistas estrangeiros; durante o conflito abriga a população local e retira os turistas. Como você analisa essa contradição e conceitua a segregação espacial no filme? 6 - Um conceito significativo abordado no filme: fronteira política do território de Ruanda. Ele é mostrado nas cenas finais dos refugiados, procurando desesperadamente sair do pais. Apresente argumentos sobre a barbárie hutu, respomdendo: É possível reorganizar esse território? Como? Quais suas sugestões para retirar esses povos do caos étnico e político? Glossário: Fronteiras: limite do território de um Estado e do exercício do poder territorial. Na representação simbólica do território pode estar significando as delimitações espaciais da segregação/discriminação, das resistências, dos valores, das identidades. Identidade: a fonte de significado e experiência de um povo, envolvendo representações simbólicas e a relação com o outro, com a alteridade. Como identidade cultural representa os costumes, as tradições, a língua, as formas de conviver e de viver, compartilhadas e construídas simbolicamente que dão coesão e força simbólica aos indivíduos ou grupo. Como identidade nacional representa movimentos que partem das bases: atributos lingüísticos, territoriais, étnicos, religiosos e políticos-históricos compartilhados. Como . identidade territorial entende-se-“conjunto concatenado de representações socioespaciais que atribuem ou reconhecem uma certa homogeneidade em relação ao espaço ao qual se referem, dando coesão e força (simbólica) ao grupo que ali vive e com ele se identifica.”(HAESBAERT,1997) Etnia é uma comunidade humana em suas afinidades lingüísticas, culturais, tribais, religiosos, nacionais e genéticas, compartilhando uma espacialidade social e política no território. Não pode ser confundida com raça que representa um grupo menos. A etnia justifica laços históricos reais ou imaginários. Genocídio : extermínio físico de um grupo nacional étnico ou religioso. OP- 6 Cidadania e direitos sociais Por que ensinar O conhecimento do que sejam direitos sociais ajuda no dimensionamento do ato de ser em um lugar, de ser deste lugar, sob a ótica da nacionalidade, regionalidade, localidade. Quando a pessoa começa a raciocinar e agir sob a lógica dos direitos a cidadania começa a se processar. O aprendiz começa a compreender que existem deveres importantes vinculados à sua estrutura política, além da cultural. Desloca-se do pensar sobre a cidadania para o ato de exercitá-la. Sendo assim, é fundamental estudar o cotidiano compreendendo esses conceitos e o que eles significam na construção da cidadania. Não é possível que um povo, uma nação se constitua sem a compreensão desses direitos. A Geografia, junto com a História, a Sociologia e a Antropologia trabalham com esses tópicos pela sua importância na formação Humana. Na Geografia a compreensão dos direitos sociais e da cidadania estão relacionados à compreensão de movimentos sociais, territorialidades e ao reconhecimento de como tais direitos se expressam na produção do espaço. Condições para ensinar Cientificamente a compreensão de direitos demanda que as pessoas se percebam humanas, parte de grupos sociais, com tradições e deveres específicos da mesma. Não se constitui uma identidade humana sem que esclareça o que cada povo tem e precisa para crescer, se desenvolver. Essa explicação, centrada nas escalas local e regional atualmente é acrescida das necessidades trazidas pela escala planetária. A cidadania também é desenvolvida como direitos humanos, INTERNACIONAIS, que não dispensam o direito à moradia e ao trabalho, ou à saúde e educação que vão ser diferenciados de lugar para lugar com alguns aspectos básicos comuns. O adolescente já pode conhecer situações de vida cotidiana ligadas aos direitos que são conhecidas por ele sem a reflexão articulada ao conceito citado. Não basta que ele estude o trabalho, mas o direito a ele numa sociedade capitalista. A necessidade dele assim como do lazer para a saúde do ser humano. É preciso que o adolescente supere representações inicias próprias do conhecimento construído na observação e na vivência para uma outra maneira de entender porque criança tem direito de estudar e não de trabalhar. E todas as crianças e não apenas algumas com família estruturada, começando a entender o que é público na garantia dos direitos. É preciso que ele desenvolva idéias prévias para a construção conceitual. Idéias como: •os serviços que produzem diferentes cotidianos; •países com qualidade de vida diferente e pessoas com cotidianos diferentes e desiguais que se manifestam nas cidades e na vida rural;
  • 15. •noções de trabalho, emprego e desemprego; •espaços de lazer em diferentes cotidianos; •noções de público e privado; •diferenças sociais e econômicas nas formas de moradia, nos diferentes bairros, cidades, países. O que ensinar •Os movimentos sociais que se manifestam em cotidianos urbanos: ligados à moradia, a identidades étnicas e de gênero ou mesmo movimentos relacionados a reivindicações básicas para a conquista da cidadania. •As conferências temáticas sobre a cidade. •A paisagem urbana e rural: quais seriam as características da cultura e do trabalho como identidade de um lugar e direitos à cidadania: aspectos de cada região, de diferentes povos. • Os avanços dos direitos sociais no Brasil e no mundo. Como ensinar •A seleção das atividades não pode perder de vista os objetivos que se tem com a aprendizagem. Esses objetivos estão formulados como habilidades que os alunos precisam desenvolver. Por causa disso a relação de sugestões que podem ser encontradas em livros e sites citados nas Referências Bibliográficas. •Outra atenção deve estar na importância da participação do aluno.Ele é protagonista: de sua aprendizagem e de atividades que propiciarão o desenvolvimento da cidadania como se pretende no tópico. As melhores atividades estão submetidas ao conhecimento dos direitos sociais e à prática da cidadania. Deve-se trabalhar muito com a problematização do cotidiano sob a lógica dos direitos sociais à luz do que significa ser cidadão. •As partes que não podem faltar em todos os planejamentos são: avaliação inicial, organização de possibilidades interativas, banco de dados organizado para o trabalho com pesquisa, formas diferenciadas de organização do conhecimento geográfico desenvolvido- diferentes possibilidades de registros. •É recomendável que as questões dos alunos possam dar origem a problematizações que gerarão projetos de trabalho com a possibilidade de desenvolverem também habilidades de pesquisa como o uso da internet, um suporte que agiliza o desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação. Os projetos devem ser planejados com os alunos. •Além disso, caso as novas questões dos alunos cheguem a resultados inovadores, as conclusões, produções de alunos nesses trabalhos serão novos registros a serem publicados, apresentados, divulgados em suportes diferentes. Como avaliar Para realizar a avaliação inicial podem ser distribuídas uma série de imagens para os alunos identificarem nelas os direitos sociais, fazendo uma descrição de como eles aparecem nas paisagens. Tal atividade deve ser acrescida de questões relacionadas ao que estiver faltando de direitos em muitas das imagens. As observações dos alunos precisam ser registradas e datadas.Ao longo do trabalho deve-se solicitar aos alunos que façam listas do que estão aprendendo, e que analisem o que acrescentaram ao primeiro registro, buscando o desenvolvimento das habilidades metacognitivas. RA-6 Painel e mesa redonda: nos bastidores da vida urbana, as novas territorialidades dos jovens Objetivos: -Reconhecer na paisagem urbana e rural, a cultura, o trabalho e o lazer como identidade de um lugar e direitos à cidadania. Desdobramentos da habilidade - Identificar manifestações de segregação espacial nas periferias: falta de praças, lazer para crianças, dificuldade de transportes, moradias em lugares de risco, falta de saneamento básico evidenciadas na falta de infra-estrutura urbana. - Relacionar as ações de solidariedade com o espaço de todos, usando essa noção na compreensão do conceito de cidadania como participação no espaço social. -Questionar a segregação espacial. - Comparar situações semelhantes tematizando o movimento social e a defesa à dignidade humana na perspectiva espacial. N - Propor alternativas possíveis para combater a exclusão social no Brasil e no mundo, sabendo referenciar-se em modelos de desenvolvimento e direitos sociais. - Empregar em exposições orais e registros, situações que expressam a compreensão do conceito de cidadania. - Demonstrar referências conceituais ao propor intervenções de natureza educativa no espaço social. - Reconhecer a dimensão espacial da existência propondo ações no sentido de garantir os direitos a ela envolvidos no cotidiano. -Identificar os movimentos sociais que se manifestam em cotidianos urbanos, sabendo categorizá-los e interpretá-los.
  • 16. - Reconhecer na paisagem urbana, a cultura e o trabalho como identidades de um lugar e de direito à cidadania. Ler e interpretar em mapas, dados e tabelas os avanços dos direitos sociais no Brasil e no mundo. Pré-requisitos: - Identificar ações de solidariedade no espaço de vivência. - Reconhecer as ações de solidariedade como responsáveis pela construção do espaço de todos. - Demonstrar noção da compreensão do conceito de cidadania associando-o à participação no espaço social. -Conhecer as diferenciações entre os diversos segmentos da população diferenciando-os por faixa etária, classe social, raça. -Reconhecer a segregação sociocultural que se manifesta na rua e em outros lugares do espaço urbano. - Conhecer os direitos e deveres do cidadão. -Compreender que os direitos civis estão na base da concepção de cidadania, entendido na sua forma contemporânea, enquanto direitos civis, políticos e sociais. -Reconhecer que não tem sido possível, no Brasil, a junção dos dois lados da concepção de cidadania: convivência igualitária e solidária e afirmação autônoma dos interesses ou objetivos de qualquer natureza. Descrição dos procedimentos: Este tópico deve traduzir o movimento de luta contra o processo excludente da globalização. Sua característica principal é a solidariedade e a cooperação numa perspectiva humanizadora. Sendo assim, a construção desse conceito é um exercício de uma nova existência entre as pessoas com os lugares. Essa outra forma de existir implica o redimensionamento de valores e hábitos cotidianos, pela busca de uma sociedade mais justa, capaz de restaurar a dignidade dos homens numa versão mais ética, compromissada e responsável com o planeta e os seres humanos. Esta abordagem implica uma discussão formativa com a faixa etária em que se encontram os jovens na escola. As questões problematizadas devem possibilitar maior reflexão sobre hábitos, costumes e mudança dos jovens e proporcionar maior compromisso com um projeto de vida. Sugerimos a leitura da Orientação Pedagógica referente a esse tópico antes de iniciar as atividades propostas. Para discutir algumas questões fundamentais nessa faixa de idade propomos: Atividade1 - -Problematização: Como evitar que a globalização reforce as tendências de homogeneização e fragmentação institucional na vida dos jovens? Possíveis discussões: - Acompanhar os conhecimentos prévios dos alunos sobre as noções de jovens em relação à faixa etária, desejos, problemas, contradições, sonhos, identidade e valores. - Chamar atenção para a segregação urbana relacionada aos migrantes, jovens, mendigos e etnias diferenciadas levando-os a questionar o porquê de os moradores empobrecidos das favelas e dos bairros populares metropolitanos serem discriminados. - Conduzir o questionamento para a violência urbana presente mais freqüentemente nas manifestações do movimento hip hop, das galeras, das gangues que recriam o espaço, territorializando-o nas festas, nos rituais, no ócio, na exaltação do lazer, da vagabundagem como formas de transgredir no campo do trabalho. - Repensar a violência para os trabalhadores infanto-juvenis, no campo e na cidade que são violentados nos seus direitos sociais e humanos. - enfim, dimensionar com os alunos o papel da juventude em sua organização e desorganização territorial no mundo capitalista, revisitando as escalas local, brasileira e mundial. 2 – Investigação e tratamento da informação Após a problematização, solicitar a investigação em grupos. Grupo1 - investigar a quantidade de jovens, em números, faixa etária, trabalho, escolarização. Consultar http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/populacao_jovem_brasil/comentario1.pdf) Grupo 2 Entrevistar jovens entre 12 e 18 anos para coletar informações sobre suas relações familiares, participação em movimentos sociais, religiosos, ambientais, políticos e culturais e associações de bairro, ONGs. Grupo 3 Coletar depoimentos de jovens na faixa entre 14-18 anos sobre o trabalho, o lazer e a participação sindical Grupo 4 Coletar material em fontes diversas da mídia sobre a cultura, hábitos, costumes, religião, trabalho, lazer, associações comunitárias de base residencial e religiosas, partidos políticos, ONGs, a violência e a formação de grupos, os protestos, as diferenças de grupos dark, funk, punk, carecas dos subúrbios,
  • 17. skinheads, etc. (Consultar livro: DIÓGENES, Glória. Cartografias da cultura e da violência: gangues, galeras e o movimento hip hop. SP:Ananablume,1998) O tratamento das informações coletadas: 1- Seleção e organização do material nos grupos: tabelas, gráficos, legendas de fotos, textos recortados de autores diversos em livros, jornais, revistas, frases, entrevistas, depoimentos. 2- Organizações de sínteses sobre as informações: selecionadas, lidas, interpretadas e criticadas. 3- Apresentação das sínteses em painéis com fotos, entrevistas, textos, colagens, gráficos, tabelas, frases, músicas, etc. 4- Intervenções coletivas por meio de debate, questionamentos e proposições sobre: - as diferenças, a rebeldia, os sentimentos e a corporeidade dos jovens.: gangues, galeras, movimento Hip hop, Funk, carecas,etc -Os jovens e a sociedade de consumo. - A violência entre os jovens. _ Entre as drogas e os conflitos o mundo da cultura, das músicas, do lazer. - A busca do mundo do trabalho - A construção da cidadania participativa: movimentos políticos, ONGs, Grêmios, esporte, etc. Glossário: Galeras – movimentos culturais que têm a dança , a música, o esporte, ou as artes gráficas como campo de manifestação, mais marcante. Gangues – grupos que se expressam de forma mais restrita, através de práticas coletivas de violência. Funk – inicia com turma de jovens que encenam dramaturgias diversas nos vários agitos da cidade. A partir de 1980 eles se tornam mais visíveis e os bailes funk ganham destaque nos clubes de periferia da cidade. Os bailes funk motivaram a formação de turma de jovens , autodenominados galeras, que dentro dos agitos dos bailes faziam transbordar a violência , represada e fragmentada nos vários espaços da cidade. carecas dos subúrbios – agrupamentos juvenis que se instituem como gangue e enfrentam a polícia como marca diferencial em relação às galeras como um todo.Como característica comportamental são mais agressivos e viris, adestrando-se através do Box, judô e lutas marciais. skinheads – diferenciam-se dos neonazistas pelo fato de pertencerem a uma "subcultura que os coloca na margem da sociedade. Um comportamento marcial, uma música agressiva e um consumo excessivo de álcool são as manifestações mais características de seu comportamento". As músicas de uma centena de grupos, cujas letras são impregnadas de ódio, desempenham um papel ativo na difusão de suas idéias, beneficiando com freqüência cada vez maior dos recursos oferecidos pela Internet. Movimento Hip hop - surge nos EUA na década de 70 sob a influência da cultura negra e caribenha. Quer dizer saltar( hip) mexendo os quadris (hop). Este movimento inspira o surgimento de grupos no Brasil, especialmente nas grandes metrópoles, cujo eixo central é a manifestação cultural e apenas torna- se movimento quando unifica três matrizes de manifestação cultural: a dança, a música e o grafite. OP- 7 Espacialidade Por que ensinar O cotidiano expressa, de forma mais visível, em diferentes paisagens, a espacialidade, ou seja, mostra para o estudante as situações que compreendidas podem lhe explicar a compreensão do papel do espaço nas práticas sociais e destas na configuração espacial. Os alunos vivem uma espacialidade complexa, uma vez que extrapola o lugar de convívio imediato, no movimento de mundialização da sociedade demarcado pelas transformações do meio-técnico-científico-informacional. A vivência cidadã de práticas sociais não compreendidas em sua especificidade e complexidade, dificultam que o ser humano, com seus gestos, trabalhos, ações sociais, transformem o espaço com vistas à justiça social e ambiental, e mesmo à construção de uma sociedade sustentável. Fortalecer o desenvolvimento do raciocínio geográfico e das noções que propiciarão ao aluno uma melhor apropriação social de suas práticas individuais e grupais é mais do que justificativa para fortalecer, no ensino do cotidiano, a espacialidade. Condições para ensinar A leitura de mundo do ponto de vista da espacialidade demanda dos alunos a apropriação de instrumentos conceituais de interpretação e de questionamento da realidade socioespacial. Para tal empreitada o aluno precisará ter mais definidas as noções de: lugar, paisagem, sociedade e natureza, território, noções que formam a estrutura conceitual básica do raciocínio geográfico.Ainda se reitera que o conceito de espacialidade precisa ser compreendido como um dos estruturantes da Geografia, da prática cidadã, pois mostra a atmosfera moderna como portadora não apenas de todo um conjunto de novas expectativas e práticas sociais, mas também de transformações decisivas na espacialidade urbana, que destruíram velhas urbanidades e as substituíram por novos formatos. O movimento de substituição de práticas sociais é resultante de ações com dimensões políticas e culturais, subjetivas e objetivas, tomando vida, dimensão,
  • 18. espacial, nos cotidianos. É muito importante que o aluno reconheça, conceitualmente, o que são práticas sociais, o que elas representam na produção da vida e na produção do espaço. O que ensinar • As práticas sociais dos cotidianos dos alunos e de outros adolescentes em diferentes tempos e lugares: o estudo de uma paisagem e o funcionamento de um lugar e suas articulações com o mundo circundante em determinado período • As permanências e mudanças expressas em diferentes práticas espaciais de vários tempos e lugares. • Os arranjos espaciais dos cotidianos urbanos. • As novas urbanidades expressas nos espaços públicos. • As práticas espaciais relacionadas aos espaços privados de uso público. Como ensinar Primeira parte: levantando dados com imagens e mapas e ordenando os dados para interpretá-los e discutir as espacialidades. Iniciar o trabalho com uma boa seleção de fotos sobre diferentes tempos e lugares. Seria muito importante levantar com os alunos, e estes com os moradores da cidade, fotos dos cotidianos urbanos locais de diferentes tempos. Após o levantamento das fotos seria muito importante fazer um roteiro de leitura das mesmas: uma orientação das espacialidades nelas apenas referidas para posterior estudo. Procurar nas cidades informações sobre camelódromos e na comunidade fazer uma pesquisa sobre as profissões dos pais dos alunos. RA-7 Construção de maquete sobre a espacialidade do lazer urbano Objetivos: Identificar os arranjos espaciais de lazer que se manifestam em cotidianos urbanos, sabendo categorizá- los e interpretá-los. Desdobramentos da habilidade: -Identificar e diferenciar os lugares de consumo , de lazer, de cultura na dimensão estética, afetiva, de estranhamento, de exclusão e inclusão. -Avaliar o significado do que é público e privado nos equipamentos de lazer da cidade. - Sistematizar os conceitos apreendidos na construção de uma maquete. -Explicar a espacialidade do lazer representada na maquete e as possíveis ações para a qualidade de vida das populações no espaço urbano. - Experimentar com a ajuda de um modelo o funcionamento de áreas de lazer na cidade. - Entender na experimentação o conceito prévio de espacialização do lazer na sua dinâmica de centros de serviço para lazer e cultura que atendam a população em geral. - Representar um lugar imaginário em volume utilizando uma simplificação da realidade com mudança de escala. Pré-requisitos: - Possuir conhecimento de senso comum sobre a cidade, o lazer e a qualidade de vida urbana. - Mostrar capacidade para representar um lugar imaginário, utilizando materiais alternativos. - Utilizar modelos para compreender o real. - Ampliar as habilidades manuais necessárias à construção de um modelo. - Conhecer a organização de uma cidade: bairros, centro, periferia, áreas de serviço, de comércio, de preservação do meio ambiente. - Discernir a proporção equivalente à escala vertical e horizontal na medida dos objetos espacializados. -Problematizar a importância do lazer urbano, percebendo suas implicações na vida dos habitantes da cidade. - Avaliar a importância do lazer na cidade relacionando-o à qualidade de vida das pessoas. 1- Problematização Como deve ser equipada a cidade na perspectiva do lazer, visando a melhorar a qualidade de vida de seus habitantes? 2- Captar os conhecimentos prévios dos alunos sobre a espacialidade urbana e os equipamentos de lazer, avaliando as possibilidades de inclusão de todos os segmentos sociais no seu uso e consumo com qualidade de vida e justiça social. Glossário: Espacialidade urbana – arranjo dos objetos e equipamentos urbanos na cidade como edificações para moradia, serviços, comércio, indústria e ações que corresponde ao fluxo e movimento dos transportes , idéias, pessoas nesse espaço. Inclusão urbana – capacidade de organização das políticas públicas para reverter o quadro da miséria urbana por meio da justiça social e melhoria da qualidade de vida na cidade. Equipamentos urbanos de lazer e cultura: equipamentos públicos e privados como clubes, cinema, quadras, teatros, praças, shopping, parques, Zoológico, bibliotecas, circo , planetário, museu, casa de
  • 19. espetáculos, biblioteca, centros culturais, feiras de artesanato e cultura, etc. CEU - Centro Educacional Unificado é um espaço que visa promover o desenvolvimento integral de crianças, jovens e adultos, por meio de experiências educacionais inovadoras e atividades educativas diversificadas. OP- 8 Redes e circulação Por que ensinar Diversos lugares da superfície da Terra estão conectados às redes técnicas que são o suporte das comunicações e dos transportes. Elas ultrapassam as fronteiras, reduzem as distâncias e transformam os cotidianos culturais de crianças, adolescentes, adultos, velhos em todo o planeta. No mundo contemporâneo os fluxos ou redes revolucionam os meios de transporte e comunicação intensificando o comércio internacional, ampliando a velocidade das informações e promovendo as interações entre culturas, povos, cidades, países. Torna-se necessário compreender como os jovens se sentem neste ritmo intenso de informação e trocas que permeiam seu cotidiano e mudam suas relações socioespaciais/culturais com o espaço.Todos eles usufruem dessas modernidades que vem das imagens de TV, dos jogos, sites, blogs, do mundo informatizado? Seus hábitos, costumes, tradições foram plugados? O que sabem sobre a tecnologia empregada nas comunicações desde o telégrafo aos satélites artificiais? E do transporte lento dos navios ao trem bala, aviões supersônicos? Que relações estabelecem com essas temporalidades? São capazes de avaliar esses fenômenos da modernidade com o olhar crítico aos desequilíbrios ambientais? Observam no cotidiano as contradições do uso e consumo dessas redes técnicas?O estudo do movimento nos lugares deve contribuir na compreensão da geografia das redes técnicas contextualizadas ao uso cotidiano dos transportes, ao consumo da mídia e sua ideologia, à sedução da informatização que redefine as relações de poder no planeta. Condições para ensinar Na rede de informação planetária o conhecimento científico que gera a sociedade da informação é interdisciplinar e atinge em escala global, os sujeitos capazes de navegar em infovias, sabendo selecionar, ordenar e interpretar a complexidade de dados que circulam no espaço cibernético mundial ou infoespaço. Na Geografia deve-se enfocar como a constituição do meio técnico-científico-informacional vem renovando a infra-estrutura de irrigação, barragens, portos, aeroportos, hidrovias, rodovias, ferrovias, refinarias,dutos e as telecomunicações no território, em escala local, nacional e global. Essa materialidade confere poder ao espaço e precisa ser compreendida, na sua distribuição desigual dos fluxos de pessoas, produtos, renda e domínio das técnicas no espaço geográfico, impondo a necessidade d construção de um mundo mais solidário e participativo. No cotidiano do espaço de vivência as infovias e o transporte são usados significativamente em projetos individuais em detrimento do uso coletivo que geraria a cidadania digital e a inclusão no trânsito. Por isso, é preciso que os adolescentes reflitam sobre o uso/consumo ético e sustentável dos equipamentos que dão suporte à modernização do território, problematizando o espaço social em seus avanços técnicos- científicos na saúde, na educação, relacionando-os à exclusão em que permanecem parte significativa da população brasileira e mundial. Os alunos precisam superar as representações inicias construídas na vivência para ampliar seus conhecimentos sobre as redes técnicas que dão suporte aos transportes e telecomunicações e podem garantir a qualidade de vida e os direitos sociais a todos habitantes do planeta. Para tanto devem desenvolver as noções conhecidas para ampliar os conceitos sobre telecomunicações, fluxos aéreos/ferroviários/rodoviários/aquaviários, meio técnico-científico, era da informação, mundo digital, globalização, fluxo financeiro, circulação de mercadorias, fluxo comercial, fluxo de pessoas. O que ensinar •O papel dos transportes e comunicações no passado e no presente. • O Brasil e o mundo conectado em redes. • Da globalização eletrônica às gerações cibernéticas. • O espaço e a cultura da interatividade na era digital. • A geografia e o trânsito: do caos aos movimentos solidários. • Os serviços inteligentes inovando os transportes e as comunicações • A inclusão digital contribuindo na formação da cidadania e redução da violência. Como ensinar A seleção das atividades deve contemplar a aprendizagem e as habilidades que os alunos precisam desenvolver. Para a organização dos conteúdos conceituais sugerimos a organização de um banco de dados que contemple além de textos da mídia (jornais, revistas, boletins eletrônicos), # Entrevistas guardas de trânsito e motoristas:
  • 20. • Os tipos de usuário do trânsito e sua faixa etária. • Os números e tipos de acidente no trânsito. • A relação dos usuários do trânsito com a legislação. • Os tipos de veículos que transitam no espaço urbano (coletivo/ individual/carga de produtos/de passeio) • As políticas de revitalização das vias públicas de circulação em função do aumento de veículos, da inclusão e exclusão no trânsito. RA-3 Redes e circulação Objetivos: - Reconhecer as redes que possibilitam a circulação de informações, mercadorias e pessoas. Desdobramento da habilidade: -Avaliar a circulação de pessoas, mercadorias, informações, no espaço organizado em redes. - Diferenciar a rede técnica das telecomunicações das redes ilegais da sociedade. - Ler texto interpretando as noções de redes e preparando-se para o debate. - Investigar sobre os tipos de redes, diferenciando-as e explicando sua importância no mundo globalizado . - Avaliar, no estudo da rede, os avanços no processo de inclusão digital e dos transportes para a construção de novas relações com a sociedade globalizada. - Ser solidário e cooperativo no trabalho em grupos. Pré-requisitos: - Noções de redes e suas diferenciações no espaço geográfico. - Noções de meios de comunicação e transporte e sua importância na vida do homem moderno. - Conhecer as transformações mundiais no movimento/circulação das idéias, pessoas, produtos. - Saber pesquisar em diversas fontes de informação tendo habilidades relacionadas à leitura, seleção da informação, interpretação e síntese. - Interagir com a informatização, sabendo usá-la no processo de investigação e organização dos textos de síntese. - Ter hábito de registrar as leituras combinadas em sala e extra-classe, sabendo dialogar sobre elas em diferentes situações de aprendizagem. - Ler, interpretar e analisar textos, documentos, vídeos relacionado-os com outras linguagens e disciplinas. Descrição dos procedimentos: Entre os temas que retratam a globalização e mundialização, a rede e o território, estão entre os que revelam maior polêmica e complexidade, devido à natureza dessa espacialidade. Essas redes podem ser técnicas e representar o capital por meio do desenvolvimento tecnológico. São as redes de circulação de pessoas ( transportes), de mercadorias ( transporte e comunicação) e de idéias ( comunicação). Elas podem ser legais se seu fluxo respeita os códigos legais e morais entre os países. Elas, também, podem ser ilegais quando promovem a clandestinidade de circulação de idéias terroristas, de tráfico humano de órgãos, de crianças e de mulheres para a prostituição, de armamentos, da biopirataria e pirataria comercial em geral. Essa discussão faz parte do cotidiano da mídia e os alunos convivem com ela na internet, na escuta televisiva e na leitura de periódicos como jornais, revistas e no rádio; enfim, na rede da informação. Para maior esclarecimento desse tópico leia a Orientação Pedagógica e suas orientações. Atividade de leitura e interpretação do texto Dê um título ao texto _________________________________________________________ Vivemos num mundo conectado em redes. Informações viajam virtual e instantaneamente de um canto a outro, produzindo reflexos quase imediatos em diferentes lugares do globo. Se uma empresa multinacional quebra num país emergente da Ásia, no mesmo dia, a Bolsa de Valores de São Paulo entra em crise econômica. A Guerra no Iraque foi toda planejada na rede virtual. Hoje podemos acompanhar as consequências das guerras, da Tsunami, dos terremotos, das enchentes, sentados numa poltrona confortável, em nossa casa. Somos consumidores de milhares de informações em rede mundial. As mercadorias, por sua vez, são jogadas num circuito cada vez mais amplo de fluxo de comércio e serviços. As frutas de mesa colhidas em Pirapora, no interior mineiro, em curto tempo estão à venda nos supermercados europeus. O dinheiro transformou-se em cartão que se retira no sistema informatizado,on line, em inúmeros países do mundo, por turísticas que consomem freneticamente. E as pessoas nunca viajaram tanto, como turistas. Outros para trabalhar, estudar e, até mesmo, para se protegerem, como no caso dos refugiados de países em conflito. Assim, o turismo tornou-se a primeira indústria mundial em volume de negócios e o número de trabalhadores sem nacionalidade cresce assustadoramente. O mundo move em redes, num fluxo constante de mercadorias, pessoas, dinheiro, informações. O deslocamento sempre esteve presente na história humana. Os homens interagem com outras culturas, levando e trazendo produtos; as leituras de Marco Pólo nos ensinam que integrar culturas é fundamental para novas aprendizagens. A diferença é que hoje tudo ocorre com muita velocidade e intensidade, mudando a organização sociocultural e ambiental das paisagens.