Este documento discute a importância da disciplina na educação de crianças. Ele explica que disciplina não é sinônimo de punição ou autoritarismo, mas sim de amor e respeito mútuo. Além disso, destaca a necessidade de estabelecer poucas regras claras em conjunto com as crianças, ser consistente na aplicação delas e dar feedback positivo quando as regras são seguidas.
2. O que é disciplinar?
Não é prisão
Não é autoritarismo
É amor
É respeito mútuo
3. Para que serve disciplina?
Todos os locais que
frequentamos, seja na vida
adulta ou na infância possuem
suas regras. Seja a nossa casa,
a escola, o hospital ou a igreja.
Em cada ambiente existe a
forma adequada de se portar,
quando nos comportamos da
forma adequada somos aceitos,
mas quando quebramos as
normas sofremos punições.
4. O que leva crianças a
indisciplina?
Necessidade de chamar a
atenção
Tédio ou ociosidade
Fazer-se de vítima
Obter poder
5. Como estabelecer limites com
meus filhos?
É fundamental que antes que se estabelecer normas de conduta
com crianças e adolescentes, os pais, professores ou
responsáveis reflitam profundamente sobre as normas que
querem criar:
Elas são necessárias?
Quantas regras eu devo impor?
É realmente possível cumpri-las?
Elas são realmente úteis?
São justas?
O que as crianças/adolescentes pesam delas?
6. Crie as regras junto com o
seus filhos
Esse é processo conhecido da educação
infantil, é chamado “criação de
combinados”, são chamados de combinados
por que se combina com as crianças, o que
se pode e não se pode fazer e quais as
possíveis sanções ou penas que os
“infratores” terão. Tive a oportunidade de
participar desse processo muitas vezes
quando trabalhei na educação infantil, e é
nítido o fato de que as crianças obedecem
com muito mais facilidade as regras que
elas ajudaram a criar
7. Crie poucas regras
Se você criar inúmeras regras existe a grande possibilidade
da criança se esquecer ou se confundir com elas:
Não brigue com sua irmã!
Não brigue com o amiguinho!
Não pague as coisas da sua irmã!
Não mexa coisas do seu pai...
Estas e tantas outras regras podem ser agrupadas em
regras mais simples e mais abrangentes:
Espere a sua vez.
Peça permissão ao dono antes de pegar algo.
Não faça aos outros, aquilo que você não quer que façam
com você.
Dessa forma é mais fácil de guardar todas as orientações,
e a criança vai poder adaptá-las quando ela estiver em
situações semelhantes. Educar é tornar independente e
preparar para o mundo e essa atitude torna isso mais fácil.
8. Não se contradiga
Pais e professores têm o
péssimo hábito de impor
certas regras quando estão
nervosos e se esquecerem
delas ou fazer vistas
grossas quando estão
calmos ou cansados demais
para dar bronca.
9. Seja firme, mas não autoritário
Ser firme significa falar com convicção, ter certeza
do que você está falando e fazendo é melhor para a
criança/adolescente. Ser firme é não ceder por
chantagem emocional da criança ou por medo do
que os outros vão pensar. Ser autoritário é impor a sua
vontade de forma arbitrária sobre o outro, através da
força ou coerção de qualquer tipo, não se
preocupando se elas são justas ou não.
Assim como as pessoas tendem a se rebelar contra
um regime autoritário, sacrificando tudo o que for
possível para desobedece-lo, crianças e
adolescentes fazem o mesmo com pais ditadores.
10. Amor e bom exemplo
Com crianças e
adolescentes o axioma
hipócrita “faça o que eu digo
e não faça o que eu faço”
não funciona. Suas atitudes
devem condizer com suas
ações ou nada feito. Você
não quer que seus filhos
falem palavrão? Então não
fale palavrão! Não quer que
seus alunos sentem-se sobre
a mesa? Então não se sente
na sua mesa!
11. Demonstre sua aprovação
e reprovação
Quando a criança ou adolescente quebrou alguma regra
é necessário que você demostre claramente que
desaprovou tal ato, o olhar de desaprovação ou
desapontamento pode ser muito uteis, mas as vezes não
são claros, por isso fale! Diga que está decepcionado
(a), que não gostou de tal atitude etc.
Por outro lado se a criança/adolescente fez algo de
positivo é fundamental que você aponte. Elogie, fale
sobre o feito para outras pessoas na frente dele: “olha
pai! O fulaninho fez uma coisa muito legal hoje”.
Essas atitudes aumentam muito a probabilidade do
jovem evitar fazer a ação indesejada e fazer mais vezes
o que se espera dele.