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Leitura e Escrita Mediadas
por Tecnologias Digitais
Leitura e Escrita Mediadas
por Tecnologias Digitais
Universidade Federal de Santa Catarina
Campus Florianópolis – SC
Curso de Biblioteconomia
Disciplina de Leitura e Produção de Texto
Professor: Rodrigo Acosta Pereira
Ana Júlia Fernandes
Caroline Sônego
Franciele Severo
Vitória Fernandes
Introdução
A leitura e a escrita passaram por várias
transformações ao longo do tempo, saíram de suas formas
básicas do papel e estão ocupando cada vez mais espaço
dentre as mídias digitais.
A inserção das mídias digitais na vida cotidiana tem
gerado grandes e rápidas mudanças nas formas de
interação e comunicação das pessoas.
Houve adaptações nas práticas de leitura e escrita
pela nova pluralidade de textos encontrados nas mídias,
exigindo novas habilidades cognitivas e modo de aprender.
Objetivo
• Explicar o termo letramento digital e suas principais
características;
• Mostrar a importância da caligrafia na era digital,
mostrando informações sobre esse assunto em diferentes
países, como a Finlândia e Japão;
• Apresentar a influência dos e-books na modernização
da leitura;
• Expor formas de incluir os jogos eletrônicos nos meios
educativos.
O Letramento Digital
Letramento
• Final do século XX;
• Ampliação do conceito de alfabetização;
• Alfabetização ≠ Letramento;
• Alfabetização e letramento são indissociáveis;
• É o uso que se faz da alfabetização;
• Ler além do código;
• Ana Elisa Ribeiro – agencias de letramento;
• Angela B. Kleiman - prática de leitura e escrita;
• Magda Soares – ultrapassa o ato de ler;
• Distintos níveis de letramento de acordo com a
necessidade e demanda;
• “Letramentos”.
Letramento Digital
• Saber usar os recursos para aplica-los no cotidiano;
• Usar e entender informações vindas de vários suportes
digitais;
• Habilidade de usar a tecnologia proporcionando uma
melhor qualidade de vida;
• Exige apropriação das tecnologias.
• Modificações nos modos de ler e escrever os códigos e
sinais verbais e não verbais;
• Leitura de interface;
• Inclusão Digital – inserção no mundo virtual;
• Atitude menos solitária e mais colaborativa;
• Novos acessos à informação;
• Conhecer e dominar recursos para o desenvolvimento
pleno;
• Novos processos cognitivos.
Ser letrado hoje não é garantia de
que seremos letrados amanhã,
uma vez que as novas tecnologias
se renovam em várias mídias.
(ZACHARIAS, 2016, P.17)
ZACHARIAS V. R. de C. Letramento Digital. In.: COSCARELLI C. V. Tecnologias para aprender. São Paulo: Parábola Editora, abr.
2016. p. 17.
O Futuro Da Caligrafia
Na Era Digital
Finlândia
Mas escrever à mão
é coisa do passado?
Isabelle Montésinos-Gelet, professora na Universidade de Montreal: “É
verdade que cada vez mais pessoas fazem anotações no computador,
mas existem estudos que mostraram que a retenção de informação se faz
de melhor forma quando anotamos coisas. Existe desde logo uma
pequena vantagem, ao fazer a lista de compras, por isso consideramos
que a escrita à mão ainda tem futuro.”
Enrique Dans, professor na IE Business School (Madrid): “A utilidade da
escrita com a caneta e lápis como a conhecemos atualmente é muito
escassa. Resume-se a uma assinatura de tempo a tempo, que na
verdade é um modo de autenticação muito fraco, facilmente falsificável.
Caminhamos para uma utilidade cada vez mais restrita.”
Japão e China
Hiraku Sato: “Mesmo escrevendo com um teclado esquece-
se a maneira de escrever o caracter. Os caracteres
aprendem-se com o corpo: movimentos acima, abaixo, à
esquerda, à direita. Como o exercício. Aprende-se com o
corpo e quanto menos se praticar mais se esquece.”
Itsuki Nagasawa: “Apesar das pessoas terem perdido a
capacidade de escrever kanjis, ou ideogramas, à mão, graças
ao computador podem agora usar caracteres que antes não
usavam. Não só no dia a dia mas também em jornais,
documentos académicos ou dissertações. O caracteres que
antes não podiam escrever à mão podem agora ser escritos.”
Opinião das professoras de
português do colégio Energia
 “A partir do momento em que você também muda a
fonte do Office, você já está mostrando a sua
personalidade, uns preferem uma letra mais robusta,
outros uma letra mais pequena.”
 “Digitar você digita rápido, escrever é devagar.”
 “A questão da acentuação gráfica, eles não acentuam
mais palavra nenhuma, porque o computador acentua.
Então, a partir do momento em que a gente abolir a
questão da caligrafia, eu penso que outros formatos vão
ter que aparecer. A própria questão das regras
gramaticais vão ter que mudar.”
 “Sem contar que a utilização do computador e do celular
faz com que eles tenham uma letra muito relaxada, o
punho parece que não ter firmeza ao escrever.”
 “Pra que produção de texto que o professor ter que ficar
decifrando letras se ele pode digitar.”
 “O grande problema é de que o aluno que não tem uma
consciência, ele copia daqui, cola dali. Então a minha
maior resistência é que o aluno do ensino médio não
sabe ainda usar, de fato, as ferramentas com paciência.”
 “Dentro da pedagogia a gente aprende que umas das
memórias é a cinestésica, a memória da escrita, ela é
fundamental para algumas pessoas, para outras ela é
apenas necessária.”
 “Nós estamos no processo de adaptação para a era
digital, eles não, eles já nasceram na era digital, tanto é
que para eles não é necessário pegar o livro para ler.”
 “Mas, considerando que cada indivíduo tem uma forma
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preparados para abrir mão desse tipo de método. A
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 Mas a pergunta é: abolir a caligrafia? Todas
responderam que não.
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 Abreviação de eletronic book;
 Baixo custo;
 Lido exclusivamente em dispositivos eletrônicos;
 Eco-friendly.
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em e-book
”Encorajar a criação e distribuição de livros eletrônicos”.
Michael Hart, fundador do Project Gutenberg
https://people.well.com/user/jmalloy/uncleroger/unclerog.html
Leitura e Escrita
• Mais de 2 milhões de livros publicados no mundo em 2017.
Fonte: Worldometers
2013 2014 2015 2016
Produzidos 467,835,900 501,371,513 446,848,572 427,188,093
Vendidos 479,470,310 435,690,157 389,274,495 385,095,807
350
400
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500
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Livros Produzidos e Vendidos no Brasil
Fonte: Snel
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“Não importa se o livro é físico ou digital, o importante
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Maria Regina Maluf, pesquisadora da PUC-SP
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Aprendizagem
• Necessidade do ser humano;
• Friedman (2009) diz que brincar é uma experiência de
cultura, importante não apenas nos primeiros anos da
infância, mas durante todo o percurso da vida humana;
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• Utilizar a as tecnologias de forma construtiva. Como?
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• Muitas instituições estão tentando inserir em seus ambientes
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• Criamos ambientes de aprendizagem mais dinâmicos e
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• Amante (2007) “Constata-se a importância de as crianças
utilizarem as tecnologias para desenvolverem a sua aprendizagem
na área da leitura e da escrita”
• Roger Tavares diz que um bom jogo educativo não declara sua
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• Transtorno específico de aprendizagem;
• Dificuldade na fluência da palavra, no reconhecimento e
decodificação dos vocábulos;
• Criação de jogos para estimular a leitura e compreensão
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leitura com jogos
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• Exercita condição de letrado para navegar e interagir;
• Com os jogos podemos aprender cultura de outros países,
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• Os usuários nas maiorias dos jogos têm de criar
estratégias em tempo real;
• São importantes instrumentos de mediação na
aprendizagem de línguas.
A Leitura e a Escrita com os
Jogos Digitais Online
• No ambiente digital o processamento da leitura não se
difere muito do impresso;
• Requer habilidades de decodificação e percepção da
multimodalidade para construção de sentido;
• Promovem e ampliam também o letramento;
• Empregam habilidades envolvidas no processo de
aquisição da escrita.
Os jogos contribuem com a formação de habilidades
distintas e específicas enquanto divertem
estimulando, levam à construção de conhecimento de
forma prazerosa e lúdica.
Conclusão
As mídias estão presentes no nosso dia-a-dia como
uma porta de entrada para tudo. O que você precisa saber
você encontra na internet. Até para coisas corriqueiras,
como uma simples lista de compras, usamos o smartphone
para fazê-la. Mas tecnologias devem ser usadas com
moderação, como ferramenta auxiliar, não como principal
fonte de interação. Devemos usá-las de maneira crítica,
autônoma e cidadã.
Devemos ter o controle do uso das mídias antes
que elas tomem conta do planeta e fazer com que elas
influenciem de maneira positivamente nossas práticas de
escrita e leitura.
Leitura e Escrita Mediadas
por Tecnologias Digitais
Ana Júlia Fernandes
[ana.fernandes248@hotmail.com]
Caroline Sônego
[carolsonego21@gmail.com]
Franciele Severo
[fsevero2101@gmail.com]
Vitória Fernandes
[vitifernandes@hotmail.com]

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Leitura e escrita mediadas por tecnologias digitais

  • 1. Leitura e Escrita Mediadas por Tecnologias Digitais
  • 2. Leitura e Escrita Mediadas por Tecnologias Digitais Universidade Federal de Santa Catarina Campus Florianópolis – SC Curso de Biblioteconomia Disciplina de Leitura e Produção de Texto Professor: Rodrigo Acosta Pereira Ana Júlia Fernandes Caroline Sônego Franciele Severo Vitória Fernandes
  • 3. Introdução A leitura e a escrita passaram por várias transformações ao longo do tempo, saíram de suas formas básicas do papel e estão ocupando cada vez mais espaço dentre as mídias digitais. A inserção das mídias digitais na vida cotidiana tem gerado grandes e rápidas mudanças nas formas de interação e comunicação das pessoas. Houve adaptações nas práticas de leitura e escrita pela nova pluralidade de textos encontrados nas mídias, exigindo novas habilidades cognitivas e modo de aprender.
  • 4. Objetivo • Explicar o termo letramento digital e suas principais características; • Mostrar a importância da caligrafia na era digital, mostrando informações sobre esse assunto em diferentes países, como a Finlândia e Japão; • Apresentar a influência dos e-books na modernização da leitura; • Expor formas de incluir os jogos eletrônicos nos meios educativos.
  • 6. Letramento • Final do século XX; • Ampliação do conceito de alfabetização; • Alfabetização ≠ Letramento; • Alfabetização e letramento são indissociáveis; • É o uso que se faz da alfabetização; • Ler além do código; • Ana Elisa Ribeiro – agencias de letramento; • Angela B. Kleiman - prática de leitura e escrita; • Magda Soares – ultrapassa o ato de ler; • Distintos níveis de letramento de acordo com a necessidade e demanda; • “Letramentos”.
  • 7.
  • 8. Letramento Digital • Saber usar os recursos para aplica-los no cotidiano; • Usar e entender informações vindas de vários suportes digitais; • Habilidade de usar a tecnologia proporcionando uma melhor qualidade de vida; • Exige apropriação das tecnologias.
  • 9. • Modificações nos modos de ler e escrever os códigos e sinais verbais e não verbais; • Leitura de interface; • Inclusão Digital – inserção no mundo virtual; • Atitude menos solitária e mais colaborativa; • Novos acessos à informação; • Conhecer e dominar recursos para o desenvolvimento pleno; • Novos processos cognitivos.
  • 10.
  • 11. Ser letrado hoje não é garantia de que seremos letrados amanhã, uma vez que as novas tecnologias se renovam em várias mídias. (ZACHARIAS, 2016, P.17) ZACHARIAS V. R. de C. Letramento Digital. In.: COSCARELLI C. V. Tecnologias para aprender. São Paulo: Parábola Editora, abr. 2016. p. 17.
  • 12. O Futuro Da Caligrafia Na Era Digital
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 17. Mas escrever à mão é coisa do passado? Isabelle Montésinos-Gelet, professora na Universidade de Montreal: “É verdade que cada vez mais pessoas fazem anotações no computador, mas existem estudos que mostraram que a retenção de informação se faz de melhor forma quando anotamos coisas. Existe desde logo uma pequena vantagem, ao fazer a lista de compras, por isso consideramos que a escrita à mão ainda tem futuro.” Enrique Dans, professor na IE Business School (Madrid): “A utilidade da escrita com a caneta e lápis como a conhecemos atualmente é muito escassa. Resume-se a uma assinatura de tempo a tempo, que na verdade é um modo de autenticação muito fraco, facilmente falsificável. Caminhamos para uma utilidade cada vez mais restrita.”
  • 19. Hiraku Sato: “Mesmo escrevendo com um teclado esquece- se a maneira de escrever o caracter. Os caracteres aprendem-se com o corpo: movimentos acima, abaixo, à esquerda, à direita. Como o exercício. Aprende-se com o corpo e quanto menos se praticar mais se esquece.” Itsuki Nagasawa: “Apesar das pessoas terem perdido a capacidade de escrever kanjis, ou ideogramas, à mão, graças ao computador podem agora usar caracteres que antes não usavam. Não só no dia a dia mas também em jornais, documentos académicos ou dissertações. O caracteres que antes não podiam escrever à mão podem agora ser escritos.”
  • 20. Opinião das professoras de português do colégio Energia  “A partir do momento em que você também muda a fonte do Office, você já está mostrando a sua personalidade, uns preferem uma letra mais robusta, outros uma letra mais pequena.”  “Digitar você digita rápido, escrever é devagar.”  “A questão da acentuação gráfica, eles não acentuam mais palavra nenhuma, porque o computador acentua. Então, a partir do momento em que a gente abolir a questão da caligrafia, eu penso que outros formatos vão ter que aparecer. A própria questão das regras gramaticais vão ter que mudar.”
  • 21.  “Sem contar que a utilização do computador e do celular faz com que eles tenham uma letra muito relaxada, o punho parece que não ter firmeza ao escrever.”  “Pra que produção de texto que o professor ter que ficar decifrando letras se ele pode digitar.”  “O grande problema é de que o aluno que não tem uma consciência, ele copia daqui, cola dali. Então a minha maior resistência é que o aluno do ensino médio não sabe ainda usar, de fato, as ferramentas com paciência.”  “Dentro da pedagogia a gente aprende que umas das memórias é a cinestésica, a memória da escrita, ela é fundamental para algumas pessoas, para outras ela é apenas necessária.”
  • 22.  “Nós estamos no processo de adaptação para a era digital, eles não, eles já nasceram na era digital, tanto é que para eles não é necessário pegar o livro para ler.”  “Mas, considerando que cada indivíduo tem uma forma de aprender, a gente não pode abolir, nós não estamos preparados para abrir mão desse tipo de método. A educação brasileira está longe disso”  Mas a pergunta é: abolir a caligrafia? Todas responderam que não.
  • 23.
  • 24. A Influência do e-book na Modernização da Leitura
  • 25. O que é e-book?  Abreviação de eletronic book;  Baixo custo;  Lido exclusivamente em dispositivos eletrônicos;  Eco-friendly.
  • 27. ”Encorajar a criação e distribuição de livros eletrônicos”. Michael Hart, fundador do Project Gutenberg
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32. Leitura e Escrita • Mais de 2 milhões de livros publicados no mundo em 2017. Fonte: Worldometers
  • 33.
  • 34. 2013 2014 2015 2016 Produzidos 467,835,900 501,371,513 446,848,572 427,188,093 Vendidos 479,470,310 435,690,157 389,274,495 385,095,807 350 400 450 500 550 Millions Livros Produzidos e Vendidos no Brasil Fonte: Snel
  • 35.
  • 37. e-book X livro físico Custo menor Cada vez mais caro Facilidade de compra Ir até a livraria ou comprar na Internet e esperar Erros reparáveis Pequenos erros podem se tornar grandes dores de cabeça Vários livros em um único dispositivo Ocupa lugar na estante E-reader fácil de carregar Difícil de manusear dependendo do lugar Cabe em qualquer lugar Pesa na mala
  • 38. E-reader à prova d’água Acumula poeira Controle de luminosidade Só pode ser lido em ambientes claros Dá pra mudar a fonte Tamanho padrão Avança página com um toque Sente o número de páginas acabando na mão direita Edição normal Edições especiais Pessoal e não dá para emprestar Dar de presente Não tem cheiro Tem cheiro e-book X livro físico
  • 39. “Não importa se o livro é físico ou digital, o importante mesmo é criar o costume de carregar livros por onde quer que vá.” Maria Regina Maluf, pesquisadora da PUC-SP
  • 40. Jogos Eletrônicos Como Meio de Aprendizagem
  • 41. • Necessidade do ser humano; • Friedman (2009) diz que brincar é uma experiência de cultura, importante não apenas nos primeiros anos da infância, mas durante todo o percurso da vida humana; • Encontra-se em constante evolução; • Utilizar a as tecnologias de forma construtiva. Como? Brincar
  • 42. • Muitas instituições estão tentando inserir em seus ambientes como recursos para fins educativos; • Criamos ambientes de aprendizagem mais dinâmicos e democráticos; • Amante (2007) “Constata-se a importância de as crianças utilizarem as tecnologias para desenvolverem a sua aprendizagem na área da leitura e da escrita” • Roger Tavares diz que um bom jogo educativo não declara sua proposta educacional de imediato.
  • 43. • Transtorno específico de aprendizagem; • Dificuldade na fluência da palavra, no reconhecimento e decodificação dos vocábulos; • Criação de jogos para estimular a leitura e compreensão de palavras. Dislexia: Como estimular a leitura com jogos
  • 45. • Exercita condição de letrado para navegar e interagir; • Com os jogos podemos aprender cultura de outros países, mitologias, etc.; • Os usuários nas maiorias dos jogos têm de criar estratégias em tempo real; • São importantes instrumentos de mediação na aprendizagem de línguas.
  • 46. A Leitura e a Escrita com os Jogos Digitais Online • No ambiente digital o processamento da leitura não se difere muito do impresso; • Requer habilidades de decodificação e percepção da multimodalidade para construção de sentido; • Promovem e ampliam também o letramento; • Empregam habilidades envolvidas no processo de aquisição da escrita.
  • 47.
  • 48.
  • 49. Os jogos contribuem com a formação de habilidades distintas e específicas enquanto divertem estimulando, levam à construção de conhecimento de forma prazerosa e lúdica.
  • 50. Conclusão As mídias estão presentes no nosso dia-a-dia como uma porta de entrada para tudo. O que você precisa saber você encontra na internet. Até para coisas corriqueiras, como uma simples lista de compras, usamos o smartphone para fazê-la. Mas tecnologias devem ser usadas com moderação, como ferramenta auxiliar, não como principal fonte de interação. Devemos usá-las de maneira crítica, autônoma e cidadã. Devemos ter o controle do uso das mídias antes que elas tomem conta do planeta e fazer com que elas influenciem de maneira positivamente nossas práticas de escrita e leitura.
  • 51. Leitura e Escrita Mediadas por Tecnologias Digitais Ana Júlia Fernandes [ana.fernandes248@hotmail.com] Caroline Sônego [carolsonego21@gmail.com] Franciele Severo [fsevero2101@gmail.com] Vitória Fernandes [vitifernandes@hotmail.com]