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UTILIZAÇÃO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS EM SLIDE COMO RECURSO
DE ENSINO/APRENDIZAGEM NAS AULAS DE MATEMÁTICA

Cales Alves da Costa Júnior
Universidade Estadual de Feira de Santana
calesajr@gmail.com

Resumo: Apresenta-se neste trabalho uma experiência educacional desenvolvida em uma
turma do 6o ano do Ensino Fundamental, durante as atividades de regência referentes ao
componente curricular Estágio Curricular Supervisionado de Matemática II. Este trabalho
tem como objetivo fazer com que o conhecimento matemático seja construído e aprendido
pelos alunos de maneira que seja estabelecido significado ao que se aprende. Para tanto foi
desenvolvido e aplicado o trabalho com a história em quadrinhos em slide. Conduziu-se o
aluno a interagir com a história em quadrinhos, buscando resolver os desafios apresentados
com o intuito de ser um sujeito ativo na construção do próprio conhecimento. Foi possível
observar em pouco tempo de trabalho, avanços significativos na concentração, na leitura,
na análise, na compreensão da linguagem Matemática, nas operações adição, subtração,
multiplicação, divisão e nos conteúdos referentes à porcentagem e proporção.
Palavras-chave: história em quadrinhos; slide; ensino/aprendizagem; Matemática; recursos
tecnológicos.
Introdução

Este trabalho é resultado de uma experiência educacional que vivenciei ao
desenvolver as atividades da disciplina Estágio Supervisionado em Matemática II,
pertencente ao curso de Licenciatura em Matemática, em uma turma de 6º ano no Colégio
Estadual Juiz Jorge Farias Góes, localizado na cidade de Feira de Santana, no Estado da
Bahia, Brasil, no 2o semestre de 2010.
Através das atividades desenvolvidas com a referida turma, observaram-se alguns
problemas. Dentre eles, a dificuldade por parte dos alunos em resolverem problemas
relacionados aos conteúdos matemáticos ministrados em sala. A partir daí, tentou-se
montar estratégias com o objetivo de fazer com que o conhecimento matemático se
tornasse significativo para os alunos. Para tanto, foi construído e desenvolvido o projeto
“Um Olhar para o Mundo Matemático”, no qual foram inseridos jogos e brincadeiras com
o intuito de proporcionar uma aprendizagem escolar na área de Matemática, bem como foi
desenvolvido e aplicado o trabalho com história em quadrinhos em slide.
O que me propus a desenvolver na turma escolhida do 6o ano teve a pretensão,
tomando como referência o que defende Zabala (1997), de que os alunos adquirissem
conhecimentos através de aulas pautadas no alcance de objetivos específicos conceituais,
procedimentais e atitudinais.
Sendo assim, neste trabalho os conceituais englobaram conhecer os conceitos e
definições relacionados às quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão
juntamente com os de porcentagem e proporção. Os procedimentais estão relacionados à
resolução de situações-problema desencadeados na história e que podem ser
contextualizados com o dia-a-dia dos alunos, proporcionando debates, diálogos e trabalhos
em grupo. As mesmas provocaram conflitos de tipos diferentes que permitiram a
intervenção em sua resolução, fomentando comportamentos atitudinais como respeito,
revezamento da palavra e cooperação. Ainda em relação aos atitudinais, a história
apresentada nos quadrinhos fomenta questões relacionadas ao cuidado ao meio ambiente
através da reciclagem e do bom uso dos materiais como latinhas, papéis, plásticos e outros.
A história em quadrinhos em slide foi um dos recursos desenvolvidos para
favorecer a aprendizagem dos alunos, pois apresenta juntamente com os recursos
tecnológicos uma função lúdica que, segundo Ramos (2000), proporciona prazer, diversão
e “envolvimento intenso” na atividade que está sendo proposta.
Portanto, acredita-se que este seja um recurso de grande importância por entender
que o mesmo proporciona um processo de construção. Esse processo, de acordo com Pozo
(2002), gera mudanças na probabilidade e no significado de respostas gerando novas
soluções que devem surgir da própria necessidade interna do aluno de reestruturar os
conhecimentos ou de corrigir os desequilíbrios, ou seja, não é uma mudança mecânica, e
sim que exige um envolvimento ativo com base na reflexão e na tomada de consciência por
parte do aprendiz.
Apesar das limitações de recursos tecnológicos nas escolas, é possível expandir o
trabalho para outros conteúdos matemáticos e outras instituições fazendo com que o
conhecimento seja significativo para os alunos. À medida que as escolas constatem a
importância de trabalhos dessa natureza para melhorar o processo de ensino/aprendizagem
nas aulas de Matemática, elas próprias se empenharão para aquisição de novos recursos
tecnológicos e sua efetiva utilização.
Referencial Teórico

No que diz respeito à aprendizagem, segundo Becker (1994), o que o aluno
aprendeu e construiu em sua vida servirá de alicerce para ampliá-la e de âncora para os
próximos conhecimentos.
Portanto, entende-se que com o saber construído e organizado do professor é
possível também que o mesmo aprenda com as situações apresentadas pelos alunos,
possibilitando uma reconstrução de conhecimento em sala de aula, fazendo com que ocorra
uma troca mútua entre os mesmos. Nessa relação aluno e professor é concedido ao
docente, a cada momento, o avanço da sua docência; e ao estudante, o avanço da sua
discência, traçando-se novos objetos de estudo, relações sociais, realidades e
conhecimentos.
A partir deste entendimento, delimitam-se os objetivos a serem alcançados no
âmbito conceitual, procedimental e atitudinal que, segundo Zabala (1997), referem-se aos
conceitos, procedimentos e atitudes que o aluno deve construir frente aos novos
conhecimentos.
Conforme o mesmo autor, os conceitos dificilmente limitam-se a uma definição
fechada; necessitam de estratégias didáticas que coloquem o aluno diante de “situações que
induzam ou potencializem essa atividade” e que possibilitam dar continuação à melhoria
da mesma. Dada à complexidade de trabalhar os conteúdos, requer uma boa compreensão,
atenção e uma intensa atividade do aluno para dar subsídio às relações significantes entre
esses novos conteúdos e os elementos já estabelecidos no sujeito.
Associado a estes, estão os conteúdos de característica procedimental, podendo ser
definidos como um “conjunto de ações ordenadas destinadas à consecução de um fim”,
como desenhar uma figura geométrica. É um processo dinâmico por estar configurado em
ações, ou seja,
As atividades de aprendizagem serão fundamentalmente de repetição de ações, o
que não implica desconhecimento, e reflexão sobre as razões e o sentido que
têm, já que esse conhecimento permitirá melhorar sua aprendizagem, e dotá-la de
significatividade. O domínio do algoritmo da adição comportará a realização de
múltiplos algoritmos, desenhar um mapa, realizar inúmeras representações
gráficas do espaço, medir com precisão grande quantidade de objetos; e para que
tudo isso seja feito de forma significativa será necessário e imprescindível o
conhecimento dos conteúdos conceituais associados a esses procedimentos. Mas
em qualquer um dos casos, o domínio de um procedimento, em um sentido
estrito, exigirá basicamente estratégias de aprendizagem que consistam na
execução compreensiva e nas repetições – significativas e contextualizadas, isto
é, não mecânicas – das ações que configuram cada um dos distintos
procedimentos (ZABALA, 1997, P.169).

Por fim, o autor considera que os conceitos de valores, das normas e das atitudes
que cada um desenvolve ao longo da vida são adquiridos nas atividades que ampliam
experiências que ao mesmo tempo estabelecem vínculos afetivos. Semelhantemente, na
escola, as regras elaboradas e assumidas pelo grupo e pelo professor nas atividades em sala
de aula contribuem para a construção de relações afetivas e para construção de valores,
normas e atitudes para a vida.
É necessário ficar claro que as atividades em sala de aula devem estar relacionadas
com o objetivo que se pretende alcançar, devendo o professor estar sempre atento para
existir coerência entre o que se diz e se faz para que a educação escolar possa alcançar o
seu papel social de formação do cidadão.
Juntamente com estas questões, os recursos tecnológicos surgem como mais uma
possibilidade à educação. Neste sentido, Mercado (2002) apresenta a escola como um
espaço privilegiado de interações sociais, e tende a interligar-se e a integrar-se aos demais
espaços de conhecimento hoje existentes que incorporam esses recursos. Assim sendo,
utilizando a metodologia adequada para aplicá-los, poderá inserir os recursos nas aulas de
Matemática.
Conforme Serpa e Alencar (1998), a história em quadrinhos une duas riquíssimas
formas de expressão cultural: a literatura e as artes plásticas. Os alunos se sentem mais
entusiasmados nas aulas quando é utilizada a história em quadrinhos, pois conseguem
simplificar o significado da história através das imagens que dão suporte e referência para
a leitura, e isso causa um aspecto positivo no sentido de torná-los bons leitores.
O aspecto importante a considerar neste trabalho é que, ao associar a história em
quadrinhos aos recursos tecnológicos, tenta-se construir uma atividade lúdica, sendo esta
para Ramos (2000) algo que envolve o aluno intensamente, promovendo maior
concentração e atenção, de maneira a permitir que o mesmo reelabore e transforme os
dados, reconstruindo o conhecimento.
Dessa forma, acredita-se que temos um potente recurso pedagógico para trabalhar
os conteúdos.
Metodologia

Inicialmente, buscaram-se histórias em quadrinhos nos livros didáticos e
paradidáticos que abordassem os conteúdos matemáticos. Para este trabalho, foi
selecionado um livro paradidático intitulado “Matemática em mil e uma histórias, uma
idéia cem por cento” da editora FTD.
Após a escolha do material a ser trabalhado, foi necessário transformar o
documento impresso em documento digital para fazer as alterações. Para realizar esse
passo, utilizou-se um scanner que transferiu os dados coletados para o computador.
Depois, foi o momento de ajustar a imagem, recortá-la, girá-la para alinhar na margem
horizontal e vertical e apagar as falas com um programa chamado Corel Photo-Paint que
tem recursos que possibilita as modificações desejadas como mostra a Figura 1.

Figura 1 - Desenvolvimento do trabalho no Corel Photo-Paint

Com a coleta e alterações prontas, colocaram-se as imagens no Power Point e
organizou-se o tamanho das mesmas. Depois, foram colocadas as falas utilizando as
próprias ferramentas deste programa, com o intuito de dinamizar as seqüências e
velocidade destas com a narração como mostra a Figura 2.
Figura 2 - Desenvolvimento do trabalho no Power Point

Houve também acréscimos de alguns sons, como de briga, espirros, risos para
deixar a história mais próxima da realidade e de maneira divertida. As vozes tinham uma
proximidade com as características de cada personagem. Foi utilizado um microfone e um
programa de gravador de som do próprio Windows que é fácil de manusear e acessível,
pois faz parte do pacote de acessórios deste programa, para captar os sons. Para finalizar,
foi personalizada a animação individualmente e na ordem que os personagens se
comunicam. Daí a história aconteceu.
Com o auxílio de recursos audiovisuais como o computador, data-show e autofalantes foi utilizada essa história em quadrinhos em slide nas práticas pedagógicas do
laboratório de informática da escola, na turma do 6o ano, na qual foi desenvolvida a
disciplina estágio curricular supervisionado, no período de tempo de duas horas/aulas. Essa
vivência pode ser aplicada, também, na sala da biblioteca, na sala de aula ou em qualquer
espaço que tenha condições de acomodar o número de alunos da turma e tenha um local
para projeção da imagem, como mostra a Figura 3. Ao projetar a história, os alunos
perceberam que a mesma se apresentava em slides de uma forma dinâmica, ou seja, havia
presença de voz nos personagens e movimento das falas.
Figura 3 - Exposição da história em quadrinho na sala de aula

A história se passa com um grupo de crianças que descobre que lata de refrigerante,
papel e garrafas de vidro, que aparentemente parecem lixo, são verdadeiros tesouros, pois
podem ser reciclados e transformados em outros produtos. A partir daí, um pirata surge na
história querendo esses tesouros. As crianças falam que os tesouros eram todos os
materiais presentes no momento da conversa, mas ele não acreditou e as levou para o navio
pirata para forçá-las a falar onde se encontravam os verdadeiros tesouros. Como as mesmas
não tinham como escapar, criaram um mapa para achar os tais tesouros e dispersarem o
pirata. Nesse mapa tem enigmas que as crianças desenvolveram envolvendo os conteúdos
matemáticos para que, quem tivesse acesso ao mesmo, resolvesse os enigmas para poder
encontrar os tesouros, como mostra a Figura 4.

Figura 4 - Mapa desenvolvido pelas crianças da história para distrair o capitão Pancho.
Este mapa foi impresso em papel e entregue aos alunos da turma para trabalharem a
resolução de situações-problema envolvendo adição, subtração, multiplicação, divisão,
proporção e porcentagem.
A turma foi dividida em duplas com o intuito de propiciar o debate das inquietações
surgidas no momento da realização das atividades. Nesse momento houve a necessidade da
mediação nas discussões sobre as ações e soluções apresentadas pelos alunos, trabalhando
com as suas dificuldades e curiosidades. Após todos resolverem os problemas do mapa e
discutirem as soluções, continuou-se com a história, a partir de demonstrações de signos
referentes ao assunto matemático trabalhado (porcentagem) dentro do próprio contexto da
história, que ainda trouxe as soluções das situações, além de relacionar os conteúdos
matemáticos com assuntos interdisciplinares como a reciclagem, os atuais destinos do lixo
produzido pelo homem e a destruição das florestas, como mostra a Figura 5.

Figura 5 - Parte da historinha referente a reciclagem

Mediante essa atividade, os alunos se envolveram com as pronúncias da linguagem
materna e com a linguagem Matemática. A própria história desenvolvia as explicações dos
símbolos matemáticos e dos conteúdos envolvidos e apresentava as possibilidades de
encontrar as respostas do mapa, fazendo assim uma confirmação das ações e soluções
desenvolvidas pelos alunos, como mostra a Figura 6.
Figura 6 - Parte da historinha respondendo os enigmas.

Resultados e discussão

Através desse trabalho foi possível proporcionar um ambiente de ludicidade, o qual
aumentou a concentração e a motivação que refletiram na melhora do aprendizado dos
alunos.
O roteiro da história é desenvolvido a partir de um problema envolvendo um dos
personagens, o vilão, que cria uma situação em que vai ser necessário que os alunos
interajam para solucionar o problema. No caminhar da proposta, foram construídas
situações que representassem o cotidiano para aplicar os conteúdos matemáticos, como a
derrubada de árvores para a obtenção de papel, a necessidade urgente de reciclar este
material, além de se fazer necessária uma coleta seletiva de materiais como vidros,
plásticos, latinhas, etc., com o intuito de proteger a natureza.
Foi possível observar com pouco tempo de trabalho avanços significativos na
leitura, análise e compreensão da linguagem Matemática, bem como no uso das operações
adição, subtração, multiplicação, divisão, porcentagem e proporção. Também houve uma
melhora na concentração por parte dos alunos no momento das atividades realizadas com a
história em quadrinhos em slide e na proposta da mesma.
Considerações finais

O presente trabalho demonstrou que a história em quadrinhos em slide é uma boa
ferramenta lúdica para fazer com que os conhecimentos matemáticos se tornem
significativos para os alunos, pois as histórias em quadrinhos unidas aos recursos
tecnológicos motivam os estudantes a participarem ativamente das aulas, facilitando a
compreensão dos conteúdos ministrados em sala.
Infelizmente, este recurso didático enfrenta algumas limitações em sua aplicação,
entre elas, a falta de equipamentos de projeção de imagens e computadores em algumas
escolas da rede pública, fazendo com que haja empréstimos e deslocamentos dos
equipamentos de outros setores públicos ou do próprio professor.
Apesar disso, acredita-se na possibilidade de expandir o trabalho para outras
instituições com diferentes conteúdos matemáticos e histórias também diversas, para assim
estimular a aquisição de equipamentos nas escolas e melhorar o processo de
ensino/aprendizagem nas aulas de Matemática.

Referências

BECKER, Fernando. Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos. Revista
Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 19, n.1, jan./jun. 1994.

MERCADO, Luis Paulo Leopoldo. Novas Tecnologias na Educação: Reflexões sobre a
prática. Maceió: EDUFAL, 2002. p. 13-14.

POZO, Juan Ignácio. As Teorias da Aprendizagem: da Associação à Construção. In:
Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002. p.
50.
RAMOS, Rosemary Lacerda. Por uma Educação Lúdica. In: Ludopedagogia – Ensaio 1:
Educação e Ludicidade. Salvador: UFBA/FACED/Programa de Pós-graduação em
educação. V. 1. 2000. P. 48.
SERPA, Dagmar; ALENCAR, Marcelo. As boas lições que aparecem nos gibis. Revista
Nova Escola, Ano XIII, n. 111, p. 10-19, 1998.

TEIXEIRA, Martins Rodrigues. Matemática em mil e uma histórias: uma ideia cem por
cento. São Paulo: FTD, 1999. P. 1-30.

ZABALA, Antoni. Os enfoques didáticos. In: O construtivismo na sala de aula. 3ª ed.
São Paulo: Editora Ática, 1997. P.153 -196.

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  • 1. UTILIZAÇÃO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS EM SLIDE COMO RECURSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM NAS AULAS DE MATEMÁTICA Cales Alves da Costa Júnior Universidade Estadual de Feira de Santana calesajr@gmail.com Resumo: Apresenta-se neste trabalho uma experiência educacional desenvolvida em uma turma do 6o ano do Ensino Fundamental, durante as atividades de regência referentes ao componente curricular Estágio Curricular Supervisionado de Matemática II. Este trabalho tem como objetivo fazer com que o conhecimento matemático seja construído e aprendido pelos alunos de maneira que seja estabelecido significado ao que se aprende. Para tanto foi desenvolvido e aplicado o trabalho com a história em quadrinhos em slide. Conduziu-se o aluno a interagir com a história em quadrinhos, buscando resolver os desafios apresentados com o intuito de ser um sujeito ativo na construção do próprio conhecimento. Foi possível observar em pouco tempo de trabalho, avanços significativos na concentração, na leitura, na análise, na compreensão da linguagem Matemática, nas operações adição, subtração, multiplicação, divisão e nos conteúdos referentes à porcentagem e proporção. Palavras-chave: história em quadrinhos; slide; ensino/aprendizagem; Matemática; recursos tecnológicos. Introdução Este trabalho é resultado de uma experiência educacional que vivenciei ao desenvolver as atividades da disciplina Estágio Supervisionado em Matemática II, pertencente ao curso de Licenciatura em Matemática, em uma turma de 6º ano no Colégio Estadual Juiz Jorge Farias Góes, localizado na cidade de Feira de Santana, no Estado da Bahia, Brasil, no 2o semestre de 2010. Através das atividades desenvolvidas com a referida turma, observaram-se alguns problemas. Dentre eles, a dificuldade por parte dos alunos em resolverem problemas relacionados aos conteúdos matemáticos ministrados em sala. A partir daí, tentou-se montar estratégias com o objetivo de fazer com que o conhecimento matemático se tornasse significativo para os alunos. Para tanto, foi construído e desenvolvido o projeto “Um Olhar para o Mundo Matemático”, no qual foram inseridos jogos e brincadeiras com o intuito de proporcionar uma aprendizagem escolar na área de Matemática, bem como foi desenvolvido e aplicado o trabalho com história em quadrinhos em slide.
  • 2. O que me propus a desenvolver na turma escolhida do 6o ano teve a pretensão, tomando como referência o que defende Zabala (1997), de que os alunos adquirissem conhecimentos através de aulas pautadas no alcance de objetivos específicos conceituais, procedimentais e atitudinais. Sendo assim, neste trabalho os conceituais englobaram conhecer os conceitos e definições relacionados às quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão juntamente com os de porcentagem e proporção. Os procedimentais estão relacionados à resolução de situações-problema desencadeados na história e que podem ser contextualizados com o dia-a-dia dos alunos, proporcionando debates, diálogos e trabalhos em grupo. As mesmas provocaram conflitos de tipos diferentes que permitiram a intervenção em sua resolução, fomentando comportamentos atitudinais como respeito, revezamento da palavra e cooperação. Ainda em relação aos atitudinais, a história apresentada nos quadrinhos fomenta questões relacionadas ao cuidado ao meio ambiente através da reciclagem e do bom uso dos materiais como latinhas, papéis, plásticos e outros. A história em quadrinhos em slide foi um dos recursos desenvolvidos para favorecer a aprendizagem dos alunos, pois apresenta juntamente com os recursos tecnológicos uma função lúdica que, segundo Ramos (2000), proporciona prazer, diversão e “envolvimento intenso” na atividade que está sendo proposta. Portanto, acredita-se que este seja um recurso de grande importância por entender que o mesmo proporciona um processo de construção. Esse processo, de acordo com Pozo (2002), gera mudanças na probabilidade e no significado de respostas gerando novas soluções que devem surgir da própria necessidade interna do aluno de reestruturar os conhecimentos ou de corrigir os desequilíbrios, ou seja, não é uma mudança mecânica, e sim que exige um envolvimento ativo com base na reflexão e na tomada de consciência por parte do aprendiz. Apesar das limitações de recursos tecnológicos nas escolas, é possível expandir o trabalho para outros conteúdos matemáticos e outras instituições fazendo com que o conhecimento seja significativo para os alunos. À medida que as escolas constatem a importância de trabalhos dessa natureza para melhorar o processo de ensino/aprendizagem nas aulas de Matemática, elas próprias se empenharão para aquisição de novos recursos tecnológicos e sua efetiva utilização.
  • 3. Referencial Teórico No que diz respeito à aprendizagem, segundo Becker (1994), o que o aluno aprendeu e construiu em sua vida servirá de alicerce para ampliá-la e de âncora para os próximos conhecimentos. Portanto, entende-se que com o saber construído e organizado do professor é possível também que o mesmo aprenda com as situações apresentadas pelos alunos, possibilitando uma reconstrução de conhecimento em sala de aula, fazendo com que ocorra uma troca mútua entre os mesmos. Nessa relação aluno e professor é concedido ao docente, a cada momento, o avanço da sua docência; e ao estudante, o avanço da sua discência, traçando-se novos objetos de estudo, relações sociais, realidades e conhecimentos. A partir deste entendimento, delimitam-se os objetivos a serem alcançados no âmbito conceitual, procedimental e atitudinal que, segundo Zabala (1997), referem-se aos conceitos, procedimentos e atitudes que o aluno deve construir frente aos novos conhecimentos. Conforme o mesmo autor, os conceitos dificilmente limitam-se a uma definição fechada; necessitam de estratégias didáticas que coloquem o aluno diante de “situações que induzam ou potencializem essa atividade” e que possibilitam dar continuação à melhoria da mesma. Dada à complexidade de trabalhar os conteúdos, requer uma boa compreensão, atenção e uma intensa atividade do aluno para dar subsídio às relações significantes entre esses novos conteúdos e os elementos já estabelecidos no sujeito. Associado a estes, estão os conteúdos de característica procedimental, podendo ser definidos como um “conjunto de ações ordenadas destinadas à consecução de um fim”, como desenhar uma figura geométrica. É um processo dinâmico por estar configurado em ações, ou seja, As atividades de aprendizagem serão fundamentalmente de repetição de ações, o que não implica desconhecimento, e reflexão sobre as razões e o sentido que têm, já que esse conhecimento permitirá melhorar sua aprendizagem, e dotá-la de significatividade. O domínio do algoritmo da adição comportará a realização de múltiplos algoritmos, desenhar um mapa, realizar inúmeras representações gráficas do espaço, medir com precisão grande quantidade de objetos; e para que tudo isso seja feito de forma significativa será necessário e imprescindível o conhecimento dos conteúdos conceituais associados a esses procedimentos. Mas em qualquer um dos casos, o domínio de um procedimento, em um sentido
  • 4. estrito, exigirá basicamente estratégias de aprendizagem que consistam na execução compreensiva e nas repetições – significativas e contextualizadas, isto é, não mecânicas – das ações que configuram cada um dos distintos procedimentos (ZABALA, 1997, P.169). Por fim, o autor considera que os conceitos de valores, das normas e das atitudes que cada um desenvolve ao longo da vida são adquiridos nas atividades que ampliam experiências que ao mesmo tempo estabelecem vínculos afetivos. Semelhantemente, na escola, as regras elaboradas e assumidas pelo grupo e pelo professor nas atividades em sala de aula contribuem para a construção de relações afetivas e para construção de valores, normas e atitudes para a vida. É necessário ficar claro que as atividades em sala de aula devem estar relacionadas com o objetivo que se pretende alcançar, devendo o professor estar sempre atento para existir coerência entre o que se diz e se faz para que a educação escolar possa alcançar o seu papel social de formação do cidadão. Juntamente com estas questões, os recursos tecnológicos surgem como mais uma possibilidade à educação. Neste sentido, Mercado (2002) apresenta a escola como um espaço privilegiado de interações sociais, e tende a interligar-se e a integrar-se aos demais espaços de conhecimento hoje existentes que incorporam esses recursos. Assim sendo, utilizando a metodologia adequada para aplicá-los, poderá inserir os recursos nas aulas de Matemática. Conforme Serpa e Alencar (1998), a história em quadrinhos une duas riquíssimas formas de expressão cultural: a literatura e as artes plásticas. Os alunos se sentem mais entusiasmados nas aulas quando é utilizada a história em quadrinhos, pois conseguem simplificar o significado da história através das imagens que dão suporte e referência para a leitura, e isso causa um aspecto positivo no sentido de torná-los bons leitores. O aspecto importante a considerar neste trabalho é que, ao associar a história em quadrinhos aos recursos tecnológicos, tenta-se construir uma atividade lúdica, sendo esta para Ramos (2000) algo que envolve o aluno intensamente, promovendo maior concentração e atenção, de maneira a permitir que o mesmo reelabore e transforme os dados, reconstruindo o conhecimento. Dessa forma, acredita-se que temos um potente recurso pedagógico para trabalhar os conteúdos.
  • 5. Metodologia Inicialmente, buscaram-se histórias em quadrinhos nos livros didáticos e paradidáticos que abordassem os conteúdos matemáticos. Para este trabalho, foi selecionado um livro paradidático intitulado “Matemática em mil e uma histórias, uma idéia cem por cento” da editora FTD. Após a escolha do material a ser trabalhado, foi necessário transformar o documento impresso em documento digital para fazer as alterações. Para realizar esse passo, utilizou-se um scanner que transferiu os dados coletados para o computador. Depois, foi o momento de ajustar a imagem, recortá-la, girá-la para alinhar na margem horizontal e vertical e apagar as falas com um programa chamado Corel Photo-Paint que tem recursos que possibilita as modificações desejadas como mostra a Figura 1. Figura 1 - Desenvolvimento do trabalho no Corel Photo-Paint Com a coleta e alterações prontas, colocaram-se as imagens no Power Point e organizou-se o tamanho das mesmas. Depois, foram colocadas as falas utilizando as próprias ferramentas deste programa, com o intuito de dinamizar as seqüências e velocidade destas com a narração como mostra a Figura 2.
  • 6. Figura 2 - Desenvolvimento do trabalho no Power Point Houve também acréscimos de alguns sons, como de briga, espirros, risos para deixar a história mais próxima da realidade e de maneira divertida. As vozes tinham uma proximidade com as características de cada personagem. Foi utilizado um microfone e um programa de gravador de som do próprio Windows que é fácil de manusear e acessível, pois faz parte do pacote de acessórios deste programa, para captar os sons. Para finalizar, foi personalizada a animação individualmente e na ordem que os personagens se comunicam. Daí a história aconteceu. Com o auxílio de recursos audiovisuais como o computador, data-show e autofalantes foi utilizada essa história em quadrinhos em slide nas práticas pedagógicas do laboratório de informática da escola, na turma do 6o ano, na qual foi desenvolvida a disciplina estágio curricular supervisionado, no período de tempo de duas horas/aulas. Essa vivência pode ser aplicada, também, na sala da biblioteca, na sala de aula ou em qualquer espaço que tenha condições de acomodar o número de alunos da turma e tenha um local para projeção da imagem, como mostra a Figura 3. Ao projetar a história, os alunos perceberam que a mesma se apresentava em slides de uma forma dinâmica, ou seja, havia presença de voz nos personagens e movimento das falas.
  • 7. Figura 3 - Exposição da história em quadrinho na sala de aula A história se passa com um grupo de crianças que descobre que lata de refrigerante, papel e garrafas de vidro, que aparentemente parecem lixo, são verdadeiros tesouros, pois podem ser reciclados e transformados em outros produtos. A partir daí, um pirata surge na história querendo esses tesouros. As crianças falam que os tesouros eram todos os materiais presentes no momento da conversa, mas ele não acreditou e as levou para o navio pirata para forçá-las a falar onde se encontravam os verdadeiros tesouros. Como as mesmas não tinham como escapar, criaram um mapa para achar os tais tesouros e dispersarem o pirata. Nesse mapa tem enigmas que as crianças desenvolveram envolvendo os conteúdos matemáticos para que, quem tivesse acesso ao mesmo, resolvesse os enigmas para poder encontrar os tesouros, como mostra a Figura 4. Figura 4 - Mapa desenvolvido pelas crianças da história para distrair o capitão Pancho.
  • 8. Este mapa foi impresso em papel e entregue aos alunos da turma para trabalharem a resolução de situações-problema envolvendo adição, subtração, multiplicação, divisão, proporção e porcentagem. A turma foi dividida em duplas com o intuito de propiciar o debate das inquietações surgidas no momento da realização das atividades. Nesse momento houve a necessidade da mediação nas discussões sobre as ações e soluções apresentadas pelos alunos, trabalhando com as suas dificuldades e curiosidades. Após todos resolverem os problemas do mapa e discutirem as soluções, continuou-se com a história, a partir de demonstrações de signos referentes ao assunto matemático trabalhado (porcentagem) dentro do próprio contexto da história, que ainda trouxe as soluções das situações, além de relacionar os conteúdos matemáticos com assuntos interdisciplinares como a reciclagem, os atuais destinos do lixo produzido pelo homem e a destruição das florestas, como mostra a Figura 5. Figura 5 - Parte da historinha referente a reciclagem Mediante essa atividade, os alunos se envolveram com as pronúncias da linguagem materna e com a linguagem Matemática. A própria história desenvolvia as explicações dos símbolos matemáticos e dos conteúdos envolvidos e apresentava as possibilidades de encontrar as respostas do mapa, fazendo assim uma confirmação das ações e soluções desenvolvidas pelos alunos, como mostra a Figura 6.
  • 9. Figura 6 - Parte da historinha respondendo os enigmas. Resultados e discussão Através desse trabalho foi possível proporcionar um ambiente de ludicidade, o qual aumentou a concentração e a motivação que refletiram na melhora do aprendizado dos alunos. O roteiro da história é desenvolvido a partir de um problema envolvendo um dos personagens, o vilão, que cria uma situação em que vai ser necessário que os alunos interajam para solucionar o problema. No caminhar da proposta, foram construídas situações que representassem o cotidiano para aplicar os conteúdos matemáticos, como a derrubada de árvores para a obtenção de papel, a necessidade urgente de reciclar este material, além de se fazer necessária uma coleta seletiva de materiais como vidros, plásticos, latinhas, etc., com o intuito de proteger a natureza. Foi possível observar com pouco tempo de trabalho avanços significativos na leitura, análise e compreensão da linguagem Matemática, bem como no uso das operações adição, subtração, multiplicação, divisão, porcentagem e proporção. Também houve uma melhora na concentração por parte dos alunos no momento das atividades realizadas com a história em quadrinhos em slide e na proposta da mesma.
  • 10. Considerações finais O presente trabalho demonstrou que a história em quadrinhos em slide é uma boa ferramenta lúdica para fazer com que os conhecimentos matemáticos se tornem significativos para os alunos, pois as histórias em quadrinhos unidas aos recursos tecnológicos motivam os estudantes a participarem ativamente das aulas, facilitando a compreensão dos conteúdos ministrados em sala. Infelizmente, este recurso didático enfrenta algumas limitações em sua aplicação, entre elas, a falta de equipamentos de projeção de imagens e computadores em algumas escolas da rede pública, fazendo com que haja empréstimos e deslocamentos dos equipamentos de outros setores públicos ou do próprio professor. Apesar disso, acredita-se na possibilidade de expandir o trabalho para outras instituições com diferentes conteúdos matemáticos e histórias também diversas, para assim estimular a aquisição de equipamentos nas escolas e melhorar o processo de ensino/aprendizagem nas aulas de Matemática. Referências BECKER, Fernando. Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 19, n.1, jan./jun. 1994. MERCADO, Luis Paulo Leopoldo. Novas Tecnologias na Educação: Reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 2002. p. 13-14. POZO, Juan Ignácio. As Teorias da Aprendizagem: da Associação à Construção. In: Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 50. RAMOS, Rosemary Lacerda. Por uma Educação Lúdica. In: Ludopedagogia – Ensaio 1: Educação e Ludicidade. Salvador: UFBA/FACED/Programa de Pós-graduação em educação. V. 1. 2000. P. 48.
  • 11. SERPA, Dagmar; ALENCAR, Marcelo. As boas lições que aparecem nos gibis. Revista Nova Escola, Ano XIII, n. 111, p. 10-19, 1998. TEIXEIRA, Martins Rodrigues. Matemática em mil e uma histórias: uma ideia cem por cento. São Paulo: FTD, 1999. P. 1-30. ZABALA, Antoni. Os enfoques didáticos. In: O construtivismo na sala de aula. 3ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1997. P.153 -196.