2. MICROBIOTA NORMAL
• MICROBIOTA: conjunto de microrganismos presente em um
ambiente específico.
• Conjunto de microrganismos presente na superfície da pele e de
algumas mucosas que se instala no indivíduo ao nascimento
permanecendo até sua morte.
• Mucosa “com microbiota”: conjuntiva; do trato respiratório superior
(cavidade nasal, nasofaringe, orofaringe, laringe); oral; do intestino
grosso; da vagina; uretra distal; ...
• Mucosa estéril: brônquica; alveolar; uterina; da bexiga; ...
3.
4. • Microbiota Transitória
oPresente Temporariamente no Sítio Anatômico
oFacilmente Removida pelos Procedimentos de Limpeza
oFacilmente Eliminada pelos Procedimentos de Antissepsia
• Microbiota Residente
oComposta por Microrganismos “Saprófitas”
oComposição Típica de Cada Sítio Anatômico
oNão é Removida Totalmente pelos Procedimentos de Limpeza
oNão é Eliminada Totalmente pelos Procedimentos de
oAntissepsia
oComposição Influenciada por Hábitos e Condições do
oHospedeiro
5. • EFEITOS FAVORÁVEIS DA MICROBIOTA RESIDENTE:
A microbiota normal não nos faz nenhum mal, podendo ser em alguns casos ser
benéfica.
Por exemplo:
•Algumas microbiotas normais nos protegem contra as doenças por prevenirem o
crescimento de micro-organismos nocivos, e outras produzem substâncias úteis
como vitamina K e algumas vitaminas do complexo B
8. OS MICRÓBIOS E AS DOENÇAS HUMANA
1. Todas as pessoas possuem micro-organismos na superfície e
dentro do corpo. Eles constituem a microbiota ou flora
normal.
2. A capacidade de uma determinada espécie de micróbio de causar
doença e a resistência do organismo hospedeiro serão fatores
importantes para determinar se uma pessoa contrairá ou não uma
doença.
3. As comunidades bacterianas que formam as camadas limosas
sobre superfícies são chamadas de biofilmes.
11. MORFOLOGIA - TAMANHO
• A maioria das bactérias
apresentam tamanho
entre 0,2 a 2,0 μm de
diâmetro e de 2 a 8 μm de
comprimento.
12. MORFOLOGIA - TAMANHO
• Bactérias redondas: são os
cocos;
• Bactérias alongadas: são os
bacilos;
• Bactérias espiraladas: são os
espirilos;
• Bactérias espirais em forma
de vírgula: são os vibrões.
16. EXTRUTURAS EXTRAS A PAREDE CELULAR
GLICOCÁLICE:
mecânicas e
• Significa revestimento de açúcar
• Ajuda a proteger a superfície celular contra lesões
químicas
• Conjunto substâncias envolvem a célula
• Também chamado de cápsula ou camada viscosa
• Associadas a virulência, fagocitose, biofilmes.
• As cápsulas, frequentemente, protegem as bactérias patogênicas da
fagocitose pelas células do hospedeiro.
17. EXTRUTURAS EXTRAS A PAREDE CELULAR
FLAGELOS:
• Significa chicote
• Apêndices filamentosos que serve para locomoção;
• Poucas e longas flagelo
• Numerosas e curtas cílios
• Taxia (movimentação celular)
• Bactérias patogênicas flageladas são mais virulentas que as não
flageladas
18. EXTRUTURAS EXTRAS A PAREDE CELULAR
FÍMBRIAS E PILI:
• Apêndices semelhantes a pelos mais curtos, mais eretos e mais finos
que os flagelos
• Usados para fixação;
• Gram-negativas
• Fímbrias: envolvimento em adesão, virulências e biofilmes;
ex: Neisseria gonorhoeae
• Pili: mais longos e em menor número (transferência de DNA ou
motilidade).
19. PAREDE CELULAR
• Estrutura complexa
• Semi-rígida
• Confere formato a célula
• Externa a membrana plasmática
• Previne rupturas
• Barreira para algumas
substâncias
• Essencial para crescimento e divisão
celular
• Pontos ancoragem flagelos
• Papel virulência
• Alvo alguns antibióticos
21. ESTRUTURAS INTERNAS A PAREDE CELULAR
MEMBRANA PLASMÁTICA
• Dupla camada (mosaico fluido)
• Funções: Barreira seletiva, digestão nutrientes e produção de
energia.
• Sítio de ação de vírus, toxinas, desinfetantes e antibióticos.
22. ESTRUTURAS INTERNAS A PAREDE CELULAR
CITOPLASMA
• Água
• Proteínas, carboidratos, lipídeos, íons inorgânicos e moléculas baixo
peso molecular
• Ribossomos, DNA e depósitos de reserva.
23. ESTRUTURAS INTERNAS A PAREDE CELULAR
NUCLEOIDE
• Geralmente: molécula única de DNA circular (cromossomo
bacteriano)
• DNA fixado a membrana plasmática
24. ESTRUTURAS INTERNAS A PAREDE CELULAR
RIBOSSOMOS
• Síntese proteica
• Procariotos vs. Eucariotos
• rRNA
• A célula microbiana pode ser morta pelo antibiótico, enquanto a
célula do hospedeiro eucariótico permanece intacta.
25. ESTRUTURAS INTERNAS A PAREDE CELULAR
ENDOSPOROS
• Exclusivo de bactérias
• Forma-se dentro da célula
• Gram-positivas
• Células modificadas(desidratadas altamente duráveis)
• Forma de defesa.
• Resistência química, temperatura, radiação e dessecação;
26. COLORAÇÃO DIFERENCIAL DE GRAM
• Christian Gram, que
desenvolveu o procedimento
em 1884, a coloração de
Gram classifica as bactérias
em Gram-positivas ou Gram-
negativas
• Diferenças na composição da
parede celular
27. COLORAÇÃO DIFERENCIAL DE GRAM
• Gram-positivas tendem a ser
mortas por penicilina e
detergentes
• Gram negativas são mais
resistentes a antibióticos
28. CRESCIMENTO MICROBIANO
• Crescimento
aumento do
microbiano =
número de
células e não ao tamanho das
células
• Formam colônias grupos de
células que podem ser
de
de
visualizadas sem a utilização
um microscópio (milhares
células ou populações)
29. REPRODUÇÃO E CRESCIMENTO BACTERIANO
FATORES QUE INFLUENCIAM:
• Podem ser divididos em duas categorias:
• Fatores FÍSICOS:
• Temperatura,
• pH
• pressão osmótica.
• Fatores QUÍMICOS:
• água ,fontes de Carbono, Nitrogênio, enxofre, fosforo e minerais,
• Oxigênio
• Fatores orgânicos de crescimento.
30. TEMPERATURA
• Classificados em três principais grupos:
• Psicrófilos (crescem em baixas temperaturas)
• Mesófilos (crescem em temperaturas moderadas)
• Termófilos (crescem em altas temperaturas)
Apresentam faixa ideal de crescimento
32. TEMPERATURA
• Mesófilos
• Maioria dos microrganismos que degradam alimentos
temperatura ótima 25 a 40°C
• Maioria dos microrganismos patogênicos bom crescimento em 37
ºC
34. PH
• Maioria das bactérias crescem melhor em faixas de pH próximas a
neutralidade pH 6,5 a 7,5
• Fungos e leveduras 5,0 a 6,0
• Bactérias acidófilas resistentes à acidez
• Diferença de pH: microbiota vaginal, microbiota oral...
36. TEMPO E GERAÇÃO
• É o tempo necessário para uma célula se dividir e sua geração dobrar
de tamanho.
• Varia de acordo com o micro-organismo e as condições
ambientais. Ex.: temperatura
• Maioria tem tempo de geração de 1 a 3 horas.
37. TEMPO E GERAÇÃO
Exemplo: Uma célula com tempo de geração de 20 minutos, em
condições ideais, aumentará seu número após 20 gerações, para
aproximadamente 1 milhão de células em 7 horas e após 10 horas (30
gerações) para um número contendo 21 zeros.
• 1 Célula 20 min
• 7 horas ~20 gerações
• 10 horas número com 21 zeros
39. TUBERCULOSE
• Agente etiológico - M. tuberculosis, também conhecido como bacilo de
Koch (BK).
• Transmissão: Contato; principalmente através do ar. Atinge sobretudo os
pulmões, mas também pode atingir outros órgãos e partes do corpo.
• Sintomas: Tosse crônica; Febre; Suores noturnos; Dores no tórax;
Perda de peso lenta e progressiva; Falta de apetite..
• Tratamento: Regime ambulatorial, supervisionado no serviço de saúde
mais próximo a residência do doente.
• Notificação - Doença de notificação compulsória e investigação
obrigatória.
• Prevenção: Controle de contatos, imunização (BCG).
40. GONORREIA
• É uma doença infecciosa do trato genital de transmissão sexual, que pode
determinar desde infecção assintomática até doença manifesta, com alta morbidade.
Cerca de 70 a 80% dos casos femininos, a doença é assintomática (Significa que uma
pessoa tem uma doença ou infecção, mas não apresenta os sintomas típicos dela).
• Sintomas:
– Homens: sensação de prurido, ardência miccional (disúria), seguida por corrimento
purulento. Em alguns pacientes, pode haver febre e outras manifestações de
infecção aguda sistêmica.
– Mulheres: Corrimento vaginal, dispareunia ou disúria
– Agente etiológico - Neisseria gonorrhoeae, diplococo gram- negativo.
• Tratamento: Ciprofloxacina ; Ofloxacina, Ceftriaxona.
• Prevenção: Aconselhamento; Promoção de uso de preservativos
41. TERMINOLOGIA RELACIONADA AO CONTROLE
DO CRESCIMENTO MICROBIANO
• Esterilização: Destruição de todas as formas de vida microbiana,
incluindo os endosporos, possivelmente com exceção dos príons
• Desinfecção: Destruição de patógenos na forma vegetativa
• Antissepsia: Destruição de patógenos na forma vegetativa em tecidos
vivos.
• Sanitarização: Tratamento destinado a reduzir as contagens
microbianas nos utensílios alimentares a níveis seguros de saúde
pública.
42. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 12. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2017.
• CARVALHO, I. T.Microbiologia básica / Irineide Teixeira de Carvalho. – Recife:
EDUFRPE, 2010.
• LEVINSON, Warren. Microbiologia médica e imunologia. 13. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2016.
• BRASIL, Ministério de Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.Departamento
de Vigilência Epidemiológica. Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de
Bolso. 8.ed. Ministério da Saúde, 2010 Capítulo 4 TRABULSI