Férias de verão e avaliação do trabalho das bibliotecas escolares
1. Está prestes a terminar mais um ano leti-
vo. Este é, nas escolas, um momento es-
pecial de reflexão sobre o trabalho desen-
volvido e de preparação de um novo ano
que não tardará a chegar. Nas bibliotecas
promove-se a leitura domiciliária para as
férias de verão, altura em que os alunos
estão mais disponíveis, e avalia-se todo o
trabalho realizado no âmbito dos diferen-
tes domínios previstos no Modelo de Ava-
liação da Biblioteca Escolar, nomeada-
mente Currículo, literacias e aprendiza-
gem; Leitura e literacia; Projetos e parceri-
as e Gestão da biblioteca escolar.
Por outro lado, esboçam-se já as primei-
ras atividades para o próximo ano letivo,
à luz daquelas que são as orientações da
Rede de Bibliotecas Escolares (RBE),
cumprindo objetivos essenciais presentes
em documentos referenciais, como é o ca-
do do Manifesto da Biblioteca Escolar
(IFLA/UNESCO) ou das Diretrizes da
IFLA para as Bibliotecas Escolares.
Como sublinhou a coordenadora da RBE,
Dr.ª Manuela Pargana, na mensagem que
emitiu aquando da comemoração do Mês
Internacional da Biblioteca Escolar 2018,
as bibliotecas devem «atender aos diferen-
tes perfis dos nossos alunos com respostas
adequadas às suas necessidades individu-
ais», devendo estreitar o «trabalho colabo-
rativo entre a biblioteca e os docentes das
diferentes áreas curriculares, contribuin-
do para a flexibilidade das aprendiza-
gens». Porque, como sublinha «a multipli-
cidade de saberes e competências e o ca-
rácter mais humanista da formação do
aluno, previsto no Perfil dos alunos no
final da escolaridade obrigatória têm, na
biblioteca, um suporte e um apoio indis-
pensáveis. […]. A biblioteca escolar deve,
cada vez mais ser um espaço aber-
to, itinerante na comunidade, que crie es-
tratégias concertadas para que o gosto pela
leitura se torne central para os alunos, tan-
to na sua vida académica como nas suas
atividades de lazer, levando-os a ler, escre-
ver e criar produtos com valor nos vários
ambientes em que vivem».
Para além da promoção da leitura e da for-
mação de leitores competentes, «primeiro e
último desígnio do trabalho nas bibliote-
cas», estas estruturas educativas centrais
ao processo de aprendizagem têm outros
objetivos a cumprir, nomeadamente no que
respeita ao desenvolvimento de outras lite-
racias e à formação de cidadãos do mundo.
Porque, acrescenta a Dr.ª Manuela Parga-
na, sendo «Lugar de interseção entre pesso-
as, conhecimentos e valores, a biblioteca
escolar pode e deve favorecer exercícios de
cidadania que apetrechem os alunos com
ferramentas que lhes permitam uma maior
consciência de si próprios, do seu lugar no
mundo e da sua relação com o outro».
Nas bibliotecas do nosso agrupamento pro-
movemos o respeito pelo Outro e pela sua
cultura, a formação para a cidadania global,
o respeito pelos direitos humanos funda-
mentais. Desta maneira, como sublinhou a
Diretora-Geral da UNESCO, Audrey
Azoulay, na mensagem enviada aquando do
Dia Mundial para a Diversidade Cultural
para o Diálogo e o Desenvolvimento celebra-
do no passado dia 21 de maio, «todos esta-
rão incluídos e ninguém ficará para trás».
Desejamos a todos boas férias e…
BOAS LEITURAS!
Maria da Conceição Tomé
Isabel Martins
EDITORIAL
B I B L I O T E C A S D O
A G R U P A M E N T O D E
E S C O L A S I N F A N T E
D . H E N R I Q U E
CONTACTO
A N O 1 9 * E D I Ç Ã O X X I * J U N H O D E 2 0 1 9
SUMÁRIO
Saiba que
Conhecer…
Aquisições
recentes
Aconteceu nas
bibliotecas
Ficha Técnica|
Título Contacto | Edição 21.ª | Data 3º Período
Responsáveis Equipa das Bibliotecas Escolares do Agrupamento
Telefone 232 424 591 | Email bibliotecasvs@gmail.com
2. P Á G I N A 2
Ler é preciso...
Conhecer… Maria Alberta Menéres
Saiba que …
- Jokha Alharthi, autora
de «Celestial Bodies», foi a
vencedora do Man Booker In-
ternational 2019, prémio cria-
do para incentivar a publica-
ção e leitura de ficção de quali-
dade traduzida para língua
inglesa. Esta é a primeira vez
que um livro escrito em língua
árabe vence o galardão.
Alharthi é a primeira escritora
originária do Sultanato de
Omã a ser traduzida para in-
glês.
- O músico e escritor Chico
Buarque foi o vencedor do Pré-
mio Camões 2019. Chico Buar-
que fora já distinguido duas
vezes com o prémio Jabuti, o
mais importante prémio lite-
rário no Brasil, pelo romance
«Leite Derramado», em 2010,
obra com que também venceu
o antigo Prémio Portugal Tele-
com de Literatura, e por
«Budapeste», em 2006.
- A Direção-Geral do Patrimó-
nio Cultural (DGPC) vai
propor à secretária de
Estado da Cultura a clas-
sificação da Casa-Museu
Miguel Torga, em Coim-
bra, como monumento de
interesse público. Depois
de algumas obras de
adaptação, a Casa-Museu
abriu ao público em 2007,
mantendo a disposição da
habitação original do es-
critor.
- Mais de duas dezenas de
escritores de 11 países já
têm presença confirmada
na 5.ª edição do Festival
Literário Internacional de
Óbidos, que acontecerá de
10 a 20 de outubro. O fes-
tival, que decorre este ano
em torno do tema “O Tem-
po e o Medo”, conta com
escritores como Hélia Cor-
reia, Prémio Camões, e o
brasileiro Geovani Mar-
tins, o francês Mathias
Énard, autor do romance
«Bússola», Prémio Gon-
court 2015, e Frédéric
Martel, que escreveu «No
Armário do Vaticano».
- O professor da Universi-
dade de Coimbra, Carlos
Reis, foi o vencedor da 15.ª
edição do prémio Eduardo
Lourenço. O júri decidiu
por consenso atribuir o
galardão a Carlos Reis,
considerado um
“reputadíssimo professor
da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra”
e um “notabilíssimo espe-
cialista em Literatura Por-
tuguesa”.
- A escritora Agustina Bes-
sa-Luís foi homenageada
na Feira do Livro de Lis-
boa, com leituras da sua
obra por autores como Hé-
lia Correia e Alexandre
Andrade. Para além des-
tes participantes, estive-
ram presentes nesta ho-
menagem Lourença Balda-
que, Maria Filomena Mol-
der, Pedro Mexia, João
Miguel Fernandes Jorge e
António Barreto.
Enquanto poetisa, Maria Alberta Menéres
está representada em várias antologias nacio-
nais e estrangeiras (Itália, Estados Unidos da
América, Bélgica), das quais se destacam
«Líricas Portuguesas», «Antologia do conto
Fantástico português» e «Vinte anos de poe-
sia».
Fez ainda traduções e/ou adaptações de nume-
rosas obras para a infância, das quais se des-
tacam as fábulas de Jean de La Fontaine e os
contos de Charles Perrault. Outra dimensão
da sua atividade prende-se com a coautoria de
diversos manuais escolares e de outros livros
didáticos, alguns dos quais (designadamente
para o ensino da leitura e da escrita no 1º.
ciclo do Ensino Básico) se distinguem pelo seu
caráter inovador e pela aposta na educação
literária desde as primeiras idades.
Com uma sólida obra de poesia adulta com 15
livros publicados, ficou mais conhecida como
autora de literatura infantojuvenil, escreveu
mais de 100 livros infantis e juvenis, sendo a
obra «Ulisses», que conta já com 45 edições e
mais de um milhão de exemplares vendidos,
considerada por muitos a sua magnum opus.
Em 2010, foi agraciada com a Condecoração
da Ordem de Mérito Civil no grau de Comen-
dador.
Mãe de duas filhas, Alberta Melo e Castro e
Eugénia Melo e Castro, avó de Mariana Melo
e bisavó de Mia, Maria Alberta Menéres fale-
ceu em Lisboa, a 15 de abril de 2019, com 88
anos de idade.
C O N T A C T O
Maria Alberta Rovisco Garcia Menéres de
Melo e Castro nasceu a 25 de agosto de 1930,
em Vila Nova de Gaia. Repartiu a sua infân-
cia entre Vila Nova de Gaia e o Ribatejo.
Licenciou-se em Ciências Histórico-
Filosóficas na Faculdade de Letras da Uni-
versidade de Lisboa durante os anos 50. De
1965 a 1973, Maria Alberta Menéres foi pro-
fessora do Ensino Técnico, Preparatório e
Secundário, das disciplinas de Língua Portu-
guesa e História.
A publicação da sua primeira obra intitulada
«Intervalo» acontece em 1952. Começou com
poesia e pela poesia viria a receber, oito anos
mais tarde, o Prémio Internacional de Poesia
“Giacomo Leopardi”, com o livro «Água-
Memória».
Foi autora, tradutora e produtora de progra-
mas televisivos para crianças e jovens, tendo
sido, de 1975 a 1986, Diretora do Departa-
mento de Programas Infantis e Juvenis da
Radiotelevisão Portuguesa. Integrou a Dire-
ção da Associação Portuguesa de Escritores
de 1973 a 1975 e foi membro de júris de pré-
mios literários.
Durante a década de 80, a sua obra é distin-
guida com o Grande Prémio Calouste Gul-
benkian de Literatura para Crianças e Jo-
vens, pela “manutenção de um alto nível de
qualidade". Continuou a atividade literária,
nesta altura, um pouco mais desligada da
poesia e próxima da prosa e da literatura
infantil, tendo colaborado em várias publica-
ções periódicas.
Maria Alberta
Menéres
1930- 2019
3. Aquisições recentes
P Á G I N A 3A N O 1 9 * E D I Ç Ã O X X I
Livro recomendado para a
Educação Pré-Escolar, desti-
nado a leitura em voz alta.
“É entrar, minha gente, é en-
trar! Apanhámos um lobo fe-
roz! Consigo pô-lo em cima de
um banco! Enfeitá-lo com um
laçarote... Montá-lo como um
cavalo, que o lobo não morde! “
Ele conhece-a há uma eterni-
dade e, contudo, ela nunca o
viu. É como se fosse invisível
para a mulher que ama. Mas
ele vê-a a ela: o cabelo; a boca;
o rosto pequeno e pálido; o ca-
saco vermelho-vivo na neblina
matinal, como algo saído de um
conto de fadas. Até agora, ele
nunca se apaixonou. Assusta-o
um pouco: a intensidade dessa emoção, a maneira
como o rosto dela se intromete nos seus pensa-
mentos, a maneira como os seus dedos traçam o
nome dela, a maneira como tudo, de algum modo,
conspira para que ela nunca lhe saia da cabeça…
Para os + crescidos...
Para os + velhos...
Título: O rapaz de olhos azuis
Autor: Joanne Harris
Editora: Asa
Para os + novos...
Quando a história começa, as personagens
principais, Meg Merry e o seu irmão mais
novo, Charles Wallace, vivem com a mãe e os
irmãos, Sandy e Dennys. Meg tem dificulda-
de em adaptar-se à escola e sente a falta do
pai, um cientista, que desapareceu há mais
de um ano enquanto efetuava uma experiên-
cia que envolvia viajar no tempo.
Título: Clarinha
Autor: António Mota
Editora: Gailivro
Clarinha era uma princesa que vivia num palácio e adorava passear. Todas as tar-
des, chovesse, nevasse, caísse granizo, ou houvesse sol, a Clarinha saía do palácio e
dava grandes passeios a pé no jardim. Se havia sol e o céu estava azul, montava o
seu cavalo branco e galopava pelos caminhos estreitos do bosque enorme, tão grande,
tão extenso que até parecia ter fim.
Título: Um atalho no
tempo
Autor: Madeleine L'En-
gle
Editora: Oficina do Livro
Título: Escuta a minha voz
Autor: Susanna Tamaro
Editora: Editorial Presença
Ao longo deste romance, a autora ressus-
cita as personagens de Vai Onde Te Leva
o Coração, dando-nos
conta da importância
que as raízes familia-
res têm para a for-
mação do ser huma-
no bem como para o
seu crescimento. Um
surpreendente e emo-
cionante regresso de
uma das autoras
mais aguardadas
pelos leitores do mundo inteiro.
Título: A terra de Ana
Autor: Jostein Gaarder
Editora: Editorial Presença
Título: O monstro das cores
Autor: Anna Llenas
Editora: Nuvem de Letras
As emoções explicadas às crianças
através das cores. A personagem
principal é um monstro que muda
de cor consoante o que está a sen-
tir. Ele não percebe porque muda
de cor e a sua amiga, a menina,
explica-lhe o que significa estar
triste, estar alegre, ter medo, estar
calmo e sentir raiva.
Título: O lobo não
morde!
Autor: Emily
Gravett
Editora: Livros
Horizonte
Depois de receber um presente misterioso no
seu décimo sexto aniversário, sempre que ador-
mece, Ana é transportada da sua cabana idílica
nas montanhas da Noruega para o mundo de-
solado da sua bisneta Nova, em 2082. As plan-
tas e animais praticamente desapareceram e
Ana percebe que tem de fazer algo para evitar
este futuro apocalíptico.
Se toda a obra
de Pearl S.
Buck é animada
por um optimis-
mo construtivo,
capaz de retirar
da experiência
humana a ener-
gia necessária
para recomeçar
permanentemente o itinerário
da vida, neste livro pode dizer-se
que é essa mensagem o núcleo
central.
Título: Há sempre um amanhã
Autor: Pearl S. Buck
Editora: Livros do Brasil
(in www.wook.pt )
Filipe, Gustavo e Domingos - três gerações, a mes-
ma perda. Num momento em que a vida parece
deixar de fazer sentido, e a saudade se torna quase
insuportável, filho, pai e avô começam a recons-
truir o que pensavam já não ser possível após a
morte de Rosarinho: os dias.
Título: Reconstruir os Dias
Autor: Margarida Fonseca San-
tos
Editora: Booksmile
4. P Á G I N A 4
Aconteceu… nas bibliotecas do Agrupamento
FASE INTERMUNICIPAL DO CONCURSO NACIONAL DE
LEITURA
Decorreu no dia 26 de abril, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de
Viseu, a Final Intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura. Lara Correia, da turma G do
6.º ano, uma das três representantes do concelho de Viseu na categoria 2.º ciclo, ficou em
terceiro lugar nesta prova que envolveu alunos dos quinze concelhos que constituem a
comunidade intermunicipal Dão Lafões.
SEMANA DA INTERCULTURALIDADE
De 20 a 24 de maio, na biblioteca D.
Luís de Loureiro, realizaram-se
sessões sobre a diversidade cultural,
a história e cultura ciganas e
um quiz (Kahoot) sobre questões
relacionadas com esta temática.
CELEBRAR A DIVERSIDADE CULTURAL
A partir da biblioteca, alunos da EB1 Aquilino Ribeiro exploraram as
tradições da Páscoa dos diversos países de onde são oriundos os discen-
tes desta escola. Realizaram-se trabalhos de pesquisa sobre as tradições,
de modo particular sobre as tradições dos ovos da Páscoa em Portugal e
na Ucrânia (pêssanka).
Princípio de verão, de Sophia de Mello Brey-
ner
Largos longos doces horizontes
A desdobrada luz ao fim da tarde
Um ar de praia nas ruas da cidade
Secreto sabor a rosa e nardo arde
Sophia de Mello Breyner Andresen |
"Ilhas", pág. 42 | Texto Editora, 1989
1.º PRÉMIO - OLIMPÍADAS DA CULTU-
RA CLÁSSICA
As alunas Matilde Lopes, Mafalda Lopes, Lara Correia, Matilde
Lourenço e Marta Cortez, do 6.º G (Escola D. Luís de Loureiro) fo-
foram distinguidas com o Primeiro Prémio, na categoria Artes/
multimédia - escalão A, pelo trabalho «Canto das Sereias», um
blogue de divulgação .
SESSÕES «INTERNET SEGURA»
Em abril, na Escola Básica Infante D. Henrique,
deu-se continuidade à dinamização de sessões
sobre a temática "Naveg@s em Segurança?",
dirigidas aos alunos do 7.º ano. Foram dinamiza-
das pela Dr.ª Teresa Teixeira, do IPDJ.
Saiba mais sobre estas e outras atividades em http://bibliotecasvs.blogspot.pt
ATIVIDADES DE ANIMAÇÃO PARA A LEITURA NAS
BIBLIOTECAS DO 1.º CICLO
Nas Bibliotecas da EB Aquilino Ribeiro, EB do Loureiro, EB de Jugueiros , EB de S.
João de Lourosa e EB do Loureiro,
realizaram-se diversas atividades: Hora
do conto, celebração de efemérides,
entre outras.
CLÁSSICOS EM REDE
Na biblioteca da Escola Básica Infante D. Henrique
e na Biblioteca D. Luís de Loureiro, realizaram-se
sessões de formação destinadas aos alunos do 8.º e
9.º anos, sobre os temas respetivamente, “Presença
da Cultura Clássica na sociedade atual” e “História
e Cultura da Antiguidade Clássica". As sessões de formação foram
dinamizadas pela Dr.ª Ana Pinheiro .
ALER+ A MÃE
No âmbito do projeto aLeR+, realizaram-se diferentes atividades sobre a temática
da Mãe, nas bibliotecas do Infante e D. Luís de Loureiro em articulação com as
disciplinas de Português, Educação Tecnológica e Educação EMRC . Foram realiza-
das várias atividades com as turmas do 6.º C, 6.º D, 6.º E, 6.º F, 6.º G e 6.º H:
leitura, oficina de escrita criativa, podcasts, trabalhos de expressão plástica...
ALER+ A MÚSICA E O AMBIENTE
Com alunos do 5.º e 6.º ano, realizaram-se várias atividade em
articulação com as disciplinas de Ciências Naturais, Português e
Ed. Musical: leituras, realização de podcasts, oficinas de escrita,
trabalhos de investigação, quizz (Kahoot)…
HORA DO CONTO NA BIBLIOTECA DO INFANTE
A docente aposentada Isabel Moura realizou a hora do conto na escola Infante D. Henrique.
Bem haja pela generosidade!