Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888. Mudou-se para a África do Sul com sua mãe em 1895, onde estudou e se tornou fluente em inglês. Retornou a Portugal em 1905 e começou a desenvolver vários heterônimos, personalidades literárias distintas. Publicou a revista Orpheu em 1915, que introduziu o modernismo em Portugal. Faleceu em Lisboa em 1935, deixando uma vasta obra literária inédita.
3. A família...
• Os seus pais foram Maria Magdalena
Pinheiro Nogueira , uma açoriana de 26
anos; e Joaquim de Seabra Pessoa , um
lisbonense de 38 anos que trabalhava
como funcionário público no Ministério da
Justiça e como crítico musical no jornal
“Diário de Notícias
4. • Em Junho de 1893 o pai morre com
43 anos vítima de tuberculose.
Fernando Pessoa tinha cinco anos;
• A família leiloa parte da mobília e
muda-se para uma casa mais
modesta.
• No ano seguinte morre o irmão do
Fernando, o Jorge;
• O Fernando começa a povoar o seu
universo com amigos imaginários,
em nome dos quais escreve cartas
a si próprio para superar a solidão.
5. Durban (1896-1905)
• Em Dezembro de 1895 a sua mãe casa-se
por procuração com o comandante João
Miguel Rosa, cônsul de Portugal em
Durban (África do Sul).
7. Durban (1896-1905)
Lê obras de
Shakespeare, Edgar
Allan Poe e Lord
Byron entre outros.
Domina
perfeitamente o novo
idioma e torna-se um
dos melhores alunos.
8. Durban (1896-1905)
• Em 1903 obtém o prestigioso “Queen
Victoria Memorial Prize” pelo ensaio
apresentado no exame de admissão à
Universidade do Cabo da Boa Esperança.
• Escreve poesia e prosa em inglês com
vários heterónimos: Charles Robert...
9. Regresso a Portugal
• Em 1905 regressa sozinho a Lisboa para
viver em casa da sua tia Anica.
• Em 1906 matricula-se no Curso Superior de
Letras, que abandona sem sequer
completar o primeiro ano.
• Tenta montar uma pequena tipografia com
a herança da avó Dionísia em 1907.
10. O início da atividade literária
• A partir de 1908 dedica-se à tradução
de correspondência comercial. Nessa
profissão trabalha a vida toda, tendo
uma modesta vida pública.
• Lê intensamente os clássicos
portugueses. Aproxima-se do
movimento místico da “Renascença
Portuguesa” e publica uma série de
artigos sobre a nova poesia
portuguesa na revista “A Águia”
11. A revista “Orpheu”
• Pessoa com este grupo de intelectuais
funda em 1915 a revista “Orpheu”,
porta-voz das novas tendências literárias
das vanguardas históricas europeias
(Cubismo, Futurismo,…).
• A revista foi efémera mas inaugurou
uma nova estética profundamente
moderna no século XX.
12. O começo dos heterónimos
• A partir de Março de 1914 Pessoa tem
experimentado a formação doutras
personalidades chamadas “heterónimos”.
• Os heterónimos são personalidades diferentes
e até independentes do seu criador que se
exprimem em literatura. Cada heterónimo
escreve por conta própria e com os seus
próprios cânones literários.
• O primeiro heterónimo é Alberto Caeiro, um
poeta bucólico que escreve o conjunto de
poemas “O guardador de poemas”.
13. Ophélia Queiroz
• Num dos escritórios onde Pessoa trabalha
é que conhece Ophélia Queiroz, uma
rapariga de 19 anos com quem tem uma
relação sentimental. É um namoro à
antiga, com passeios a pé e troca de cartas
e bilhetinhos.
• Ela criou um heterónimo engraçado para
Pessoa: Ferdinand Personne. “Personne”
significa “ninguém”, sendo um trocadilho
pelo facto do Fernando, por criar outras
personalidades, não ter um eu definido.
14. Entre o
amor e a
sua
obra literári
a
• Entre uma vida familiar normal e a
obra a escrever que reclama espaço e
tempo, Pessoa escolhe romper com
decisão o namoro em Novembro de
1920.
• Definitivamente solitário, sem
amizades nem amores, mas com a sua
mãe doente de regresso da África do
Sul, Pessoa dedica-se completamente
à sua obra literária.
15. A publicação do seu primeiro livro
«Mensagem»
• A sua obra poética, espalhada nas revistas,
reflete os grandes temas da literatura de
todos os tempos: a angústia do
conhecimento, a metafísica do real, etc.
• Em 1934 publica “Mensagem”, o seu único
volume de versos portugueses que se
publicou enquanto foi vivo.
• São poemas esotérico-místicos sobre a
História de Portugal.
16. A sua morte
• No ano seguinte, a 30 de Novembro de 1935,
depois duma breve doença morre no Hospital
de São Luís dos Franceses, em Lisboa.
• Morre de problemas hepáticos, provocados
pelo óbvio excesso de álcool ao longo da sua
vida.
• Morre aos 47 anos na mesma cidade onde
nascera, tendo sua última frase sido escrita em
inglês: “I know not what tomorrow will
bring…”.