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Desenvolvimento Emocional
O modelo Psicanalítico
Profa. Mª Eliza P. Finazzi, Ph.D.
Faculdade de Filosofia São Bento
Curso de Filosofia
Disciplina Psicologia da Educação
1ª série - 2º sem. matutino
Agosto - 2010
Desenvolvimento
Afetivo/Emocional
Desenvolvimento
pressupõem
Amadurecimento...
Social
Cognitivo
Afetivo
Emocional
Físico
Desenvolvimento
Afetivo/Emocional
“O coração tem razões que a própria razão desconhece” (Pascal opondo o
método afetivo ao geométrico)
“Não existe pensamento sem afeto , e não existe afeto sem uma imagem
, uma idéia...Afeto e pensamento estão sempre juntos” (Bock et al, 2009)
A VIDA AFETIVA é um dos aspectos integrantes da subjetividade humana
• Estudo da razão tem sido privilegiado (principalmente pela ciência)
• Afetos seriam deformadores do conhecimento objetivo
Desenvolvimento
Afetivo/Emocional
 Vida Afetiva ou afeto: estados pertencentes à gama de
prazer-desprazer,
 Ex: angústia – dor, luto, aniquilamento, afanisia
Diferença entre Emoções e
Sentimentos
 EMOÇÕES: estados interiores caracterizados por pensamentos,
sensações, reações fisiológicas e comportamento expressivo específico
que não podem ser observados ou medidos diretamente; surgem de
forma súbita, são incontroláveis; não determinariam o
comportamento, mas aumentam o o incitamento, a reatividade ou a
irritabilidade; componentes fisiológicos, subjetivos e comportamentais
(Davidoff,2001)
 SENTIMENTOS: estados mais atenuados e duradouros , não vêem
acompanhados de reações orgânicas intensas; manifestação de afetos
básicos como ódio e amor (ex:enamoramento, ternura, amizade,
gratidão, antipatia etc) (Bock et all, 2009)
São aspectos importantes que alimentam nossa vida
psíquica; dão cor e sabor à vida ;auxiliam na tomada de
decisão
A Psicanálise como uma teoria do
Desenvolvimento Emocional
Desenvolvimento Emocional
Sigmund Freud
Desenvolvimento Emocional
Sigmund Freud
 Psicanálise: um dos marcos do século XX
 Criador: Sigmund Freud
 Nascido em Freiberg, Morávia, em 1856
 Formou-se médico em Viena aos 25 anos
 Teve como grande colaborador Josef Breuer
 Através do Dep. de Dermatologia interessa-se pelas conexões
entre a sífilis e várias moléstias do sistema nervoso
 Entre 1880 e 1890 fixa-se como neurologista
 Introduz explicações funcionais correlacionando áreas motoras,
acústicas e visuais do cérebro.
Surgimento da Psicanálise
Sigmund Freud: professores e colegas
 Estuda a histeria em Paris com Charcot
 Charcot: através da hipnose elimina-se temporariamente
os sintomas histéricos
 Fenômenos histéricos e hipnose constituem um mesmo
processo
 Trabalhos sobre sugestão pós-hipnótica (Liebaut e
Bernheim): existem processos inconscientes, subjacentes e
determinantes sobre a conciência
 Tem como colaborador o médico vienense Joseph Breuer
Charcot e Joseph Breuer
Surgimento da Psicanálise
Sigmund Freud: professores e colegas
 Breuer pesquisava o tratamento da histeria com hipnose
na Áustria
 Sua paciente Ana O: através do sonambulismo hipnótico
provocado para acalmar, a paciente episódios passados
traumáticos, não conscientes para ela e nem sabidos pelo
médico
 Seus sintomas histéricos desapareciam quando passava a
saber sobre os fatos por ela narrados
Surgimento da Psicanálise
Sigmund Freud: professores e colegas
 Método Catártico : eliminar sintomas com a recordação
dos episódios traumáticos passados
 “A cura pela fala” – Ana O
 A troca profissional entre Breuer e Freud se intensifica, e
publicam juntos
 A ruptura ocorreu quando Freud escreve sobre a
sexualidade infantil
Psicanálise
Importantes obras de Freud
 Os Estudos sobre a Histeria (1893-1895; juntamente com Breuer)
 A Interpretação dos Sonhos (1900)
 Psicopatologia da Vida Cotidiana (1901)
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 O Pequeno Hanz ; O Homem dos Ratos; O caso Schreber (1909-1911; casos
clínicos)
 O Instinto e seus Destinos (1915)
 Luto e Melancolia (1917)
 Mais Além do Princípio do Prazer (1920)
 O Ego e o Id (1923)
 Inibição Sintoma e Angústia (1926)
Conceitos Psicanalíticos- Consciente e Inconsciente
O modelo Topológico
 1916 – Conferência Introdutória em Psicanálise
Três grandes feridas narcísicas:
1- Copérnico – tira a terra do centro do universo;
2- Darwin – em A origem das espécies na luta pela vida” ser
humano resultante de evolução e não da criação;
3- Freud – descoberta do inconsciente pois tira do homem o
domínio sobre sua própria vontade
Conceitos Psicanalíticos
Consciente e Inconsciente – O Modelo Topológico
 Sugestão pós-hipnótica de Bernheim: existência de dois
processos psíquicos paralelos, um consciente e outro
inconsciente (ex:hipnotizado paciente recebe uma
sugestão que será realizada após aordar e sem saber
exatamente o por quê)
 O inconsciente determina as ações do sujeito sem que este
perceba
Conceitos Psicanalíticos
Consciente e Inconsciente – O Modelo Topológico
 Atendimento clínico de Breuer: Ana O
 Apresentava sintomas histéricos e estados de alterações
psíquicas (estados de “absence”) no qual dizia coisas
fragmentadas;
 Foi usada a hipnose como processo de apaziguamento das
tensões;
 Repetição das palavras ditas em “absence” durante
hipnose + associação = relato da morte do pai;
 Desperta deixa de apresentar sintomas de paralisia.
Conceitos Psicanalíticos
Consciente e Inconsciente – O Modelo Topológico
 “O evento traumático reprimido, que não faz parte da percepção
consciente e que ao ser recordado traz junto a vivência de toda a
emoção anteriormente reprimida” (Rappaport et al, 1985)
 Traumas sofridos não poderiam ser percebidos pela consciência,
passando direto para o inconsciente, onde permaneceriam
enquistados e sem elaboração;
 Sintoma seria a reação do organismo ao trauma;
 Passividade do doente sem poder raagir ou elaborar o trauma;
 Através da hipnose seriam criadas condições para que o trauma
ressurgisse à consciência, sendo experienciado com toda a carga
afetiva que não fora vivida na hora do trauma.
 Depois Freud abandona o método e a hipnose.
Conceitos Psicanalíticos
Consciente e Inconsciente – O Modelo Topológico
 Depois Freud abandona o método Catártico e a hipnose
 Inicia a técnica sugestiva: afirma ao paciente que ele
poderá se lembrar do acontecimento traumático sofrido,
que ele conscientemente não sabe, mas estaria guardado
no inconsciente
 Sugestão de quando pusesse a mão sobre a cabeça do
paciente ele se recordaria
 Obteve bons resultados com a colaboração do paciente
Conceitos Psicanalíticos
Resistência e Repressão
 Observou uma força que se opunha à percepção
consciente
 Chamou-a de RESISTÊNCIA
 As recordações traumáticas não estariam imobilizadas no
inconsciente
 Quanto mais doloroso o evento reprimido maior a força
necessária para tornar-se consciente = REPRESSÃO
Conceitos Psicanalíticos
Resistência e Repressão
• Força mobilizada para que o indivíduo não entre em
contato com conteúdos contrários às suas normas, tirando
da consciência a percepção de acontecimentos cuja dor o
indivíduo não pode suportar.
 RESISTÊNCIA E REPRESSÃO : passagem do modelo estático
para o dinâmico
 Dinâmica do afastamento da angústia (luta interena que
consome as energias
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Conceitos Básicos da Psicanálise
Importância dos primeiros anos de vida para o
desenvolvimento de uma estrutura de personalidade
normal ou patológica e, portanto, fundamentais para a
adaptação eficaz ao meio ambiente na vida adulta
Processos psicológicos ocorrem sempre paralelamente aos
processos biológicos de base
Consciente e inconsciente (ex. ato falho, sonho)
Repressão (retira da consciência um evento)
Resistência (mantém um evento inconsciente)
Sintoma (representantes do reprimido)
(compromisso entre o desejo e a proibição)
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Conceitos Básicos da Psicanálise
 Aparelho psíquico
Id Ego Superego
•Mais primitivo
•Reservatório das
pulsões
•Princípio do prazer
•Processo primário
desejo  objeto
alucinado
•Atemporal
•Não verbal
(imagem)
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•Princípio da realidade
•Processo secundário
desejo  caminhos
p/ objeto real
•Temporal
•Processos cognitivos
•Mediador entre os
impulsos do Id e as
restrições do superego,
ambos com a realidade
•Estrutura interna
de valores morais
•Ego Ideal: ideais
do grupo a serem
seguidos
•Consciência
moral:
internalização
das proibições
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Conceitos Básicos da Psicanálise
 A energia afetiva original (libido) organiza-se em fases de
desenvolvimento emocional suportada por uma organização
biológica emergente (fases psicossexuais)
Fase Z.erógena Modelo relação Características
Oral
(0-24m)
Boca Incorporação
(amamentação)
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(seio) para totais (mãe)
Anal
(2-3a)
Anal Projeção (mal)
Controle (bom)
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Sentimento adequação
Fálica
(3-4a)
Genital Modelos de
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Período de Latência
(até adolescência)
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intelectual e social (sublimação)
Genital
(Adulto)
Genital Papel sexual
discriminado
Pleno desenvolvimento
Freud: “amar e trabalhar”
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Fase Oral (0 – 24 meses)
 Contato com o mundo para satisfazer necessidades é
através da boca e amamentação no seio da mãe
 Movimentos reflexos (sugar o seio)
 A modalidade é incorporativa porque a criança apreende
o mundo em si através da boca:
 Mundo interno de fantasias é vivido como realidade
 Realidade objetiva externa é apreendida apenas
parcialmente, em fragmentos
 Portanto, não há noção “eu” – “outro”
 Os dentes concretizam a agressividade
 Desenvolvimento normal: amor é o sentimento básico
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agressividade e destrutividade prevalecerão
(esquizofrenia ou psicose maníaco depressiva)
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Fase Anal (2 – 3 anos)
 O controle muscular é desenvolvido: preensão de objetos,
andar, falar, controle esfíncteres
 Movimentos finos e coordenados
 Noção que possui coisas boas, as quais pode ofertar ou negar
ao mundo (ex. anda quando quer)
 Cada realização é uma vitória
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 Produtos reconhecidos como bons: sente-se boa
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 Início da socialização (jogo paralelo)
 Desenvolvimento normal: sentimento geral de adequação
 Angústia intensa: paranóia (projeção - do mal)
neurose obsessiva (controle - do que e
para quem)
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Fase Fálica (3 – 4 anos)
 Da diferenciação “eu”-“outro” para “menino-menina”
 Preocupação com diferenças sexuais em termos de
presença ou ausência de pênis (fálico)
 Organização de modelos de relação entre homem e
mulher
 Primeira figura do sexo oposto amada pela criança:
progenitor (Complexo de Édipo)
 Tabu do incesto: lei mínima da organização humana
(Superego)
 Desenvolvimento normal: organização preliminar da
sexualidade
 Angústia intensa: histeria, fobias
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Período de Latência – Idade escolar
 Repressão da energia sexual até adolescência
 Canalização da energia para outras finalidades:
 Desenvolvimento intelectual / dificuldades
 Socialização / isolamento
 Primeiras relações sociais:
 Grupos de meninos e meninas – atividades próprias do
sexo (brincadeira de casinha - bola)
 Grupo com características comuns (amigos da rua)
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adulta (liderança, força, até crueldade)
 Função de progressivo afastamento da família, mas os
valores são os dos pais: para identidade
 Apelidos (bons ou ruins): pertinência ao grupo
Adolescência
 Momento ambíguo: aquisições e perdas
 Necessário adequado desenvolvimento emocional
anterior para que as perdas – próprias da fase – sejam
elaboradas no plano simbólico, sem ameaça real
 Elaboração do luto pela perda do corpo infantil, recém
dominado, substituído pelo corpo adolescente que
cresce rapidamente, fica desproporcional e desajeitado
 estranho no próprio corpo
 Internalização da infância valorizada ou apego ao passado
e às atitudes infantis (surtos neuróticos e psicóticos)
 Construção de uma identidade sexual
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Adolescência
 Erikson (in Rappaport, 1981-82): definição das
identidades na adolescência
 Identidade sexual: das identificações com os outros
passa para a identidade, a fim de buscar uma
relação com o outro sem contaminações
 Profissional: capacidade de sentir-se membro ativo
e produtivo dentro do grupo social
 Ideológica: como regenerador vital no processo de
evolução social, fornecendo lealdade e energias
para sua conservação ou modificação
(ideologia política, religiosa)
Fase Genital (Vida Adulta)
 Freud: homem normal é aquele que é capaz de “amar e
trabalhar”
 Elaboração do mundo objetivo, possível pela adaptação
biológica e psicológica que lhe permite:
 Discriminar seu papel como pessoa
 Desenvolver a inteligência e a sociabilidade
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Fase Genital (Vida Adulta)
 Isto o torna capaz de sublimar, ou seja, de canalizar seus
desejos afetivos em atividades socialmente produtivas:
 Obras sociais
 Profissão
 Ideologia (política, religiosa)
Vida saudável é possível graças a um desenvolvimento
saudável, porém crises fazem parte da vida
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Vida Adulta
 Crise (Caplan): reações de uma pessoa a eventos
traumáticos (morte de pessoa querida, nascimento
prematuro de um filho, perda de emprego, doença)
 As crises ocorrem por mudanças internas ou externas
e enfraquecem temporariamente a estrutura do ego
 A solução para uma crise pode ser saudável ou doentia, já
que deve ocorrer uma resolução / mudança de ação
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Desenvolvimento emocional 09 2010

  • 1. Desenvolvimento Emocional O modelo Psicanalítico Profa. Mª Eliza P. Finazzi, Ph.D. Faculdade de Filosofia São Bento Curso de Filosofia Disciplina Psicologia da Educação 1ª série - 2º sem. matutino Agosto - 2010
  • 3. Desenvolvimento Afetivo/Emocional “O coração tem razões que a própria razão desconhece” (Pascal opondo o método afetivo ao geométrico) “Não existe pensamento sem afeto , e não existe afeto sem uma imagem , uma idéia...Afeto e pensamento estão sempre juntos” (Bock et al, 2009) A VIDA AFETIVA é um dos aspectos integrantes da subjetividade humana • Estudo da razão tem sido privilegiado (principalmente pela ciência) • Afetos seriam deformadores do conhecimento objetivo
  • 4. Desenvolvimento Afetivo/Emocional  Vida Afetiva ou afeto: estados pertencentes à gama de prazer-desprazer,  Ex: angústia – dor, luto, aniquilamento, afanisia
  • 5. Diferença entre Emoções e Sentimentos  EMOÇÕES: estados interiores caracterizados por pensamentos, sensações, reações fisiológicas e comportamento expressivo específico que não podem ser observados ou medidos diretamente; surgem de forma súbita, são incontroláveis; não determinariam o comportamento, mas aumentam o o incitamento, a reatividade ou a irritabilidade; componentes fisiológicos, subjetivos e comportamentais (Davidoff,2001)  SENTIMENTOS: estados mais atenuados e duradouros , não vêem acompanhados de reações orgânicas intensas; manifestação de afetos básicos como ódio e amor (ex:enamoramento, ternura, amizade, gratidão, antipatia etc) (Bock et all, 2009) São aspectos importantes que alimentam nossa vida psíquica; dão cor e sabor à vida ;auxiliam na tomada de decisão
  • 6. A Psicanálise como uma teoria do Desenvolvimento Emocional
  • 8. Desenvolvimento Emocional Sigmund Freud  Psicanálise: um dos marcos do século XX  Criador: Sigmund Freud  Nascido em Freiberg, Morávia, em 1856  Formou-se médico em Viena aos 25 anos  Teve como grande colaborador Josef Breuer  Através do Dep. de Dermatologia interessa-se pelas conexões entre a sífilis e várias moléstias do sistema nervoso  Entre 1880 e 1890 fixa-se como neurologista  Introduz explicações funcionais correlacionando áreas motoras, acústicas e visuais do cérebro.
  • 9. Surgimento da Psicanálise Sigmund Freud: professores e colegas  Estuda a histeria em Paris com Charcot  Charcot: através da hipnose elimina-se temporariamente os sintomas histéricos  Fenômenos histéricos e hipnose constituem um mesmo processo  Trabalhos sobre sugestão pós-hipnótica (Liebaut e Bernheim): existem processos inconscientes, subjacentes e determinantes sobre a conciência  Tem como colaborador o médico vienense Joseph Breuer
  • 11. Surgimento da Psicanálise Sigmund Freud: professores e colegas  Breuer pesquisava o tratamento da histeria com hipnose na Áustria  Sua paciente Ana O: através do sonambulismo hipnótico provocado para acalmar, a paciente episódios passados traumáticos, não conscientes para ela e nem sabidos pelo médico  Seus sintomas histéricos desapareciam quando passava a saber sobre os fatos por ela narrados
  • 12. Surgimento da Psicanálise Sigmund Freud: professores e colegas  Método Catártico : eliminar sintomas com a recordação dos episódios traumáticos passados  “A cura pela fala” – Ana O  A troca profissional entre Breuer e Freud se intensifica, e publicam juntos  A ruptura ocorreu quando Freud escreve sobre a sexualidade infantil
  • 13. Psicanálise Importantes obras de Freud  Os Estudos sobre a Histeria (1893-1895; juntamente com Breuer)  A Interpretação dos Sonhos (1900)  Psicopatologia da Vida Cotidiana (1901)  Três Ensaios sobre uma teoria Sexual (1905)  O Pequeno Hanz ; O Homem dos Ratos; O caso Schreber (1909-1911; casos clínicos)  O Instinto e seus Destinos (1915)  Luto e Melancolia (1917)  Mais Além do Princípio do Prazer (1920)  O Ego e o Id (1923)  Inibição Sintoma e Angústia (1926)
  • 14. Conceitos Psicanalíticos- Consciente e Inconsciente O modelo Topológico  1916 – Conferência Introdutória em Psicanálise Três grandes feridas narcísicas: 1- Copérnico – tira a terra do centro do universo; 2- Darwin – em A origem das espécies na luta pela vida” ser humano resultante de evolução e não da criação; 3- Freud – descoberta do inconsciente pois tira do homem o domínio sobre sua própria vontade
  • 15. Conceitos Psicanalíticos Consciente e Inconsciente – O Modelo Topológico  Sugestão pós-hipnótica de Bernheim: existência de dois processos psíquicos paralelos, um consciente e outro inconsciente (ex:hipnotizado paciente recebe uma sugestão que será realizada após aordar e sem saber exatamente o por quê)  O inconsciente determina as ações do sujeito sem que este perceba
  • 16. Conceitos Psicanalíticos Consciente e Inconsciente – O Modelo Topológico  Atendimento clínico de Breuer: Ana O  Apresentava sintomas histéricos e estados de alterações psíquicas (estados de “absence”) no qual dizia coisas fragmentadas;  Foi usada a hipnose como processo de apaziguamento das tensões;  Repetição das palavras ditas em “absence” durante hipnose + associação = relato da morte do pai;  Desperta deixa de apresentar sintomas de paralisia.
  • 17. Conceitos Psicanalíticos Consciente e Inconsciente – O Modelo Topológico  “O evento traumático reprimido, que não faz parte da percepção consciente e que ao ser recordado traz junto a vivência de toda a emoção anteriormente reprimida” (Rappaport et al, 1985)  Traumas sofridos não poderiam ser percebidos pela consciência, passando direto para o inconsciente, onde permaneceriam enquistados e sem elaboração;  Sintoma seria a reação do organismo ao trauma;  Passividade do doente sem poder raagir ou elaborar o trauma;  Através da hipnose seriam criadas condições para que o trauma ressurgisse à consciência, sendo experienciado com toda a carga afetiva que não fora vivida na hora do trauma.  Depois Freud abandona o método e a hipnose.
  • 18. Conceitos Psicanalíticos Consciente e Inconsciente – O Modelo Topológico  Depois Freud abandona o método Catártico e a hipnose  Inicia a técnica sugestiva: afirma ao paciente que ele poderá se lembrar do acontecimento traumático sofrido, que ele conscientemente não sabe, mas estaria guardado no inconsciente  Sugestão de quando pusesse a mão sobre a cabeça do paciente ele se recordaria  Obteve bons resultados com a colaboração do paciente
  • 19. Conceitos Psicanalíticos Resistência e Repressão  Observou uma força que se opunha à percepção consciente  Chamou-a de RESISTÊNCIA  As recordações traumáticas não estariam imobilizadas no inconsciente  Quanto mais doloroso o evento reprimido maior a força necessária para tornar-se consciente = REPRESSÃO
  • 20. Conceitos Psicanalíticos Resistência e Repressão • Força mobilizada para que o indivíduo não entre em contato com conteúdos contrários às suas normas, tirando da consciência a percepção de acontecimentos cuja dor o indivíduo não pode suportar.  RESISTÊNCIA E REPRESSÃO : passagem do modelo estático para o dinâmico  Dinâmica do afastamento da angústia (luta interena que consome as energias
  • 21. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Conceitos Básicos da Psicanálise Importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento de uma estrutura de personalidade normal ou patológica e, portanto, fundamentais para a adaptação eficaz ao meio ambiente na vida adulta Processos psicológicos ocorrem sempre paralelamente aos processos biológicos de base Consciente e inconsciente (ex. ato falho, sonho) Repressão (retira da consciência um evento) Resistência (mantém um evento inconsciente) Sintoma (representantes do reprimido) (compromisso entre o desejo e a proibição) (linguagem simbólica)
  • 22. Conceitos Básicos da Psicanálise  Aparelho psíquico Id Ego Superego •Mais primitivo •Reservatório das pulsões •Princípio do prazer •Processo primário desejo  objeto alucinado •Atemporal •Não verbal (imagem) •Mais estruturado •Princípio da realidade •Processo secundário desejo  caminhos p/ objeto real •Temporal •Processos cognitivos •Mediador entre os impulsos do Id e as restrições do superego, ambos com a realidade •Estrutura interna de valores morais •Ego Ideal: ideais do grupo a serem seguidos •Consciência moral: internalização das proibições DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
  • 23. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Conceitos Básicos da Psicanálise  A energia afetiva original (libido) organiza-se em fases de desenvolvimento emocional suportada por uma organização biológica emergente (fases psicossexuais) Fase Z.erógena Modelo relação Características Oral (0-24m) Boca Incorporação (amamentação) Relações objetais parciais (seio) para totais (mãe) Anal (2-3a) Anal Projeção (mal) Controle (bom) Organização psicomotora Sentimento adequação Fálica (3-4a) Genital Modelos de homem e mulher Fantasia fálica (pênis) Complexo de Édipo Período de Latência (até adolescência) Sexualidade reprimida  desenvolvimento intelectual e social (sublimação) Genital (Adulto) Genital Papel sexual discriminado Pleno desenvolvimento Freud: “amar e trabalhar”
  • 24. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Fase Oral (0 – 24 meses)  Contato com o mundo para satisfazer necessidades é através da boca e amamentação no seio da mãe  Movimentos reflexos (sugar o seio)  A modalidade é incorporativa porque a criança apreende o mundo em si através da boca:  Mundo interno de fantasias é vivido como realidade  Realidade objetiva externa é apreendida apenas parcialmente, em fragmentos  Portanto, não há noção “eu” – “outro”  Os dentes concretizam a agressividade  Desenvolvimento normal: amor é o sentimento básico  Desenvolvimento com muita angústia: agressividade e destrutividade prevalecerão (esquizofrenia ou psicose maníaco depressiva)
  • 25. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Fase Anal (2 – 3 anos)  O controle muscular é desenvolvido: preensão de objetos, andar, falar, controle esfíncteres  Movimentos finos e coordenados  Noção que possui coisas boas, as quais pode ofertar ou negar ao mundo (ex. anda quando quer)  Cada realização é uma vitória  Cada fracasso é incompreendido  Produtos reconhecidos como bons: sente-se boa  Produtos reconhecidos como ruins: sente-se má  Início da socialização (jogo paralelo)  Desenvolvimento normal: sentimento geral de adequação  Angústia intensa: paranóia (projeção - do mal) neurose obsessiva (controle - do que e para quem)
  • 26. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Fase Fálica (3 – 4 anos)  Da diferenciação “eu”-“outro” para “menino-menina”  Preocupação com diferenças sexuais em termos de presença ou ausência de pênis (fálico)  Organização de modelos de relação entre homem e mulher  Primeira figura do sexo oposto amada pela criança: progenitor (Complexo de Édipo)  Tabu do incesto: lei mínima da organização humana (Superego)  Desenvolvimento normal: organização preliminar da sexualidade  Angústia intensa: histeria, fobias
  • 27. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Período de Latência – Idade escolar  Repressão da energia sexual até adolescência  Canalização da energia para outras finalidades:  Desenvolvimento intelectual / dificuldades  Socialização / isolamento  Primeiras relações sociais:  Grupos de meninos e meninas – atividades próprias do sexo (brincadeira de casinha - bola)  Grupo com características comuns (amigos da rua)  Estes grupos possuem regras rudimentares da socialização adulta (liderança, força, até crueldade)  Função de progressivo afastamento da família, mas os valores são os dos pais: para identidade  Apelidos (bons ou ruins): pertinência ao grupo
  • 28. Adolescência  Momento ambíguo: aquisições e perdas  Necessário adequado desenvolvimento emocional anterior para que as perdas – próprias da fase – sejam elaboradas no plano simbólico, sem ameaça real  Elaboração do luto pela perda do corpo infantil, recém dominado, substituído pelo corpo adolescente que cresce rapidamente, fica desproporcional e desajeitado  estranho no próprio corpo  Internalização da infância valorizada ou apego ao passado e às atitudes infantis (surtos neuróticos e psicóticos)  Construção de uma identidade sexual DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
  • 29. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Adolescência  Erikson (in Rappaport, 1981-82): definição das identidades na adolescência  Identidade sexual: das identificações com os outros passa para a identidade, a fim de buscar uma relação com o outro sem contaminações  Profissional: capacidade de sentir-se membro ativo e produtivo dentro do grupo social  Ideológica: como regenerador vital no processo de evolução social, fornecendo lealdade e energias para sua conservação ou modificação (ideologia política, religiosa)
  • 30. Fase Genital (Vida Adulta)  Freud: homem normal é aquele que é capaz de “amar e trabalhar”  Elaboração do mundo objetivo, possível pela adaptação biológica e psicológica que lhe permite:  Discriminar seu papel como pessoa  Desenvolver a inteligência e a sociabilidade DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
  • 31. Fase Genital (Vida Adulta)  Isto o torna capaz de sublimar, ou seja, de canalizar seus desejos afetivos em atividades socialmente produtivas:  Obras sociais  Profissão  Ideologia (política, religiosa) Vida saudável é possível graças a um desenvolvimento saudável, porém crises fazem parte da vida DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
  • 32. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Vida Adulta  Crise (Caplan): reações de uma pessoa a eventos traumáticos (morte de pessoa querida, nascimento prematuro de um filho, perda de emprego, doença)  As crises ocorrem por mudanças internas ou externas e enfraquecem temporariamente a estrutura do ego  A solução para uma crise pode ser saudável ou doentia, já que deve ocorrer uma resolução / mudança de ação  A intervenção eficiente (profissional ou não) é mais prontamente aceita porque o sujeito está vulnerável