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Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
O moderno Estado de Rondônia, cuja capital é Porto
Velho, surgiu da cisão de terras que, no passado, pertenciam
aos seguintes Estados: Mato Grosso e Amazonas. Ao ser
criado, em 1943, foi denominado de “território de Guaporé”.
Em 17 de fevereiro de 1956, passou a ser chamado de
Rondônia, mas só foi integrado à Federação em 1981. Seu
nome é uma homenagem ao explorador dos sertões do
Amazonas e do Mato Grosso, Cândido Mariano da Silva
Rondon, o conhecido marechal Rondon.
Em busca de novas terras e riquezas, franceses, ingleses,
portugueses, holandeses e espanhóis entraram no Estado
do Amazonas, por volta do século 17, período em que teve
início a ocupação européia em terras amazonenses. Mas
essa invasão passou a ser controlada, especialmente, pelo
Tratado de Tordesilhas (importante documento que regulou
a expansão e descobertas de Portugal e Espanha por meio
de medidas limítrofes) e pelo Tratado de Madri (documento
que gerou novas definições de limites, concedendo a Portugal
o direito de proteger e de se apropriar definitivamente da
região).
Seu povoamento foi efetivado com a exploração dos
seringais, no século 19, por ocasião da etapa do ciclo da
borracha. Nesse período, a construção da Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré (EFMM) foi importantíssima.
Bacias hidrográficas
As três bacias principais:
Bacia do Rio Madeira
O principal rio dessa bacia se chama Madeira. É muito
importante, pois converge do rioAmazonas (margem direita),
juntamente com seus afluentes. As expedições estrangeiras
navegaram muito por suas águas e os jesuítas estabeleceram
uma base missionária em sua foz.
As proporções do rio Madeira são interessantes. Sua
profundidade pode ir além dos 13 metros e sua largura
varia entre 440 e 9.900 metros. Por causa disso, é natural
que grandes navios naveguem por suas águas. Segundo a
Enciclopédia Britânica, o rio Madeira, apesar de ser extenso:
3.370 km, só pode ser navegado num percurso total de
1.500 km. Devido ao seu tamanho, percorre os Estados do
Amazonas e Rondônia.
Bacia dos rios Guaporé e Mamoré
O rio Guaporé está situado entre o Brasil e a Bolívia. Seu
percurso total é de 1.716 km. Nasce a 1.800 m de altitude na
Chapada dos Parecis, em Mato Grosso. Ao entrar em área
rondoniense, encontra-se com o rio Mamoré, cuja largura
varia entre 150 e 710 metros, com cerca de 2 a 10 metros de
profundidade.
O rio Guaporé “presenciou” grandes lutas, travadas entre
os portugueses e os espanhóis.
O rio Mamoré, por sua vez, é proveniente da Cordilheira
dos Andes (na Bolívia), onde é conhecido pelo nome de
Grande de La Plata. Ao receber as águas do rio Guaporé,
que se unem ao rio Beni (também na Bolívia), passa a ser
designado de Mamoré, formando a nascente do rio Madeira.
Bacia do rio Ji-Paraná
O rio Ji-Paraná é o mais destacado afluente do rio
Madeira, em Rondônia, devido à longa extensão do seu
curso, que cruza todo o Estado no sentido Sudeste/Nordeste.
Sua complexidade hidrográfica atinge uma superfície de
92.500 km², aproximadamente.
Os principais rios que formam estas Bacias
hidrográficas:
Rio Guaporé Nasce na serra dos Parecis, região de Mato
Grosso. Ao alcançar a cidade de Vila Bela, toma a direção
norte-oeste entrando em terras rondonienses na cidade de
Pimenteiras do Oeste, passando por Cabixi, Cerejeiras, São
Miguel do Guaporé até Costa Marques. A 12o de latitude
sul recebe as águas do rio Mamoré. Seu trecho navegável
é de 1.500 quilômetros e se constitui em fronteira natural
entre o Brasil e a Bolívia. Seus afluentes brasileiros são os
rios Cabixi, Corumbiara, Mequéns, Colorado, São Miguel,
Cautário e Cautarinho, todos com nascentes na Chapada
dos Parecis; Rio Mamoré Nasce na Cordilheira dos Andes,
em território boliviano com o nome Grande de La Plata,
passando a ser designado Mamoré quando alcança a Serra
dos Pacaás Novos, região de Guajará-Mirim. Constituindo-
se em fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia, recebe
as águas do rio Guaporé e, ao juntar-se ao Beni, outro rio
boliviano, recebe a designação Mamoré e passa a formar
a nascente do rio Madeira. Seu curso possui uma extensão
de 1.100 quilômetros e é totalmente navegável. Tem como
principais afluentes brasileiros os rios Sotério, pacaás Novos,
Bananeiras e Ribeirão ou Lajes. Seus acidentes hidrográficos
são as corredeiras Lages, Bananeiras, Guajará-Acu e Guajará-
Mirim; Rio Ji-Paraná ou Machado Nasce da junção dos rios
Barão de Melgaço, também chamado de Comemoração
de Floriano, e Apediá, chamado de Pimenta Bueno, na
chapada dos Parecis. Seu curso tem uma extensão de 800
quilômetros, atravessando a região central do Estado até
desembocar no rio Madeira, região de Calama, no município
de Porto Velho. Tem como afluentes pela margem direita os
rios Riozinho, Lourdes, São João e Tarumã. Pela margem
esquerda os afluentes são os rios Luiz deAlbuquerque, Rolim
2
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
de Moura, Ricardo Franco, Preto, Jaru, Boa Vista, Urupá e
Machadinho. Seu principal acidente hidrográfico, dentre os
vários existentes e que dificultam a navegação, é a cachoeira
02 de Novembro, localizada no município de Machadinho do
Oeste. Rio Madeira ou Caiary Nasce na junção dos rios Beni
e Mamoré, sendo o maior afluente do rio Amazonas pela
margem direita. Sua extensão é de 3.240 quilômetros, sendo
1.700 em território brasileiro. Mas, devido aos diversos
acidentes hidrográficos, seu curso navegável é de 1.116
quilômetros, a partir da cachoeira de SantoAntonio, em Porto
Velho até Itacoatiara,AM. Seus afluentes pela margem direita
são os rios Ribeirão, Mutum-Paraná, Jacy-Paraná, Jamari e
Machado. Pela margem esquerda os afluentes são os rios
Abunã, Ferreiros, José Alves, São Simão e o igarapé Cuniã.
- Os acidentes hidrográficos existentes no rio Madeira são os
seguintes: (trecho Porto Velho/Guajará-Mirim) Corredeiras:
Periquitos, Três Irmãos, Macaco, Morrinhos, Pederneiras,
Chocolatal, Araras e Lages. Guajará-Açu e Guajará-Mirim;
Cachoeiras: Santo Antonio, Caldeirão do Inferno, Paredão,
Misericórdia, Madeira, Pau Grande e Bananeiras; Saltos:
Teotônio, Girau e Ribeirão. As principais Ilhas do Estado:
No Rio Madeira, Santana, Jacy-Paraná, Três Irmãos, 7 de
Setembro, Misericórdia, 15 de Novembro, Marina e Anús ou
da Confluência: No Rrio Mamoré, Soares e Saldanha: No Rio
Guaporé, Comprida.
PLANÍCIE AMAZÔNICA (vale do Madeira), serra
dos Parecis e serra dos Pacaás Novos (vale do Guaporé).
Nesta serra localiza-se o ponto mais elevado de Rondônia, o
Pico do Tracuá. Principais rios Rios Machado ou Ji-Paraná;
Guaporé, Mamoré, Madeira, Jacy-Paraná, Mutum-Paraná,
Aripuanã ou Roosevelt, e Jamary.
A planície Amazônica situada nos estados de Rondônia,
apresenta a altitude de 90 a 200 metros acima do nível do
mar, estende-se desde o extremo norte nos limites deste
com o Estado do Amazonas, se prolongando nas direções
sul e sudeste até encontrar as primeiras ramificações da
chapada dos Parecis e da Encosta Setentrional.Esta Planície
se constitui em sua superfície aplainada morfoclimática
típica de floresta, resultante das oscilações climáticas do
período quaternário com climas mais secos sucedidos
por climas mais úmidos, atuando para o seu aplainamento
e compartimentação da superfície revestida por seixos,
laterito, sedimentos areno-argilosos nas áreas de terra firme,
de acumulação areno-argilosos recentes nas áreas de várzea e
de constituição argilo-ferruginosa nos barrancos.
ENCOSTA SETENTRIONAL DO PLANALTO
BRASILEIRO
Este acidente do relevo do Estado é correspondente a
uma faixa de terreno arqueano, constituída de restos de uma
superfície de aplainamento rebaixada pelas sucessivas fases
erosivas, subdivididas em patamares de altitude entre mais
de 100 metros e menos de 600 metros formando detritos
residuais espersas, colinas de topos plainados, colinas com
inselbergs, pontões, afilamentos de granitos, lateritos e
matacões de tamanhos variados, morros isolados e esporões
de cristas agudas.
Sobre as superfícies plainadas surgem rochas
sedimentares (pleistocenas) e depósitos em conseqüência
da erosão provocada por violentas enxurradas, ocorridas em
períodos remotos, em decorrência do clima mais seco e por
falta da cobertura florestal.
CHAPADA DOS PARECIS - PACAÁS NOVOS
A chapada dos Parecis-Pacaás Novos constitui a
superfície cimeira do Estado, desenvolvendo-se na direção
Noroeste - Sudeste é pertencente ao sistema mato-grossense
do Maciço Central Brasileiro com altitude acima de 300, e
entre 600 a 900 metros, com pontos culminantes acima de
1.000 m.
A Chapada é originária de uma antiga área de deposição,
soerguida e entalhada pela erosão por intenso processo de
movimentos diastróficos de caráter epirogenético, originando
falhamento e diaclasamento do relevo, como: superfície
cimeira entalhada de rochas correspondentes às partes mais
elevadas; restos de antigas superfícies deformadas por
desdobramentos de grandes raios de curvaturas bastante
dissecada e delimitadas por falhas; e patamares de erosão
antiga glacial escalonadas.
Vários rios nascem em suas encostas Sul e Oeste
descendo na direção do rio Guaporé. A Chapada serve de
divisória de águas entre as bacias do rio Jaci - Paraná e dos
rios Guaporé - Mamoré, do rio Jí-Paraná e do Roosevelt.
VALE DO GUAPORÉ-MAMORÉ
Vale do Guaporé-Mamoré é uma vasta planície
dissimétrica de forma tabular, formada por terrenos
sedimentares recentes, cuja altitude média fica entre 100
a 200 metros. Estende-se desde o sopé das chapadas dos
Parecis e Pacaás Novos no Estado de Rondônia, até atingir os
primeiros contrafortes dos Andes, na República da Bolívia;
na direção Sudeste se prolonga pelo Estado de Mato Grosso.
A porção pertencente ao Estado é restrita, fica limitada na
direção Leste - Oeste entre a Chapada dos Parecis e rios
Guaporé e Mamoré, ambos linhas de limite entre o Brasil e a
Bolívia; na direção Norte - Sul, entre a Encosta Setentrional e
rio Cabixi, nos limites com o Estado de Mato Grosso.
Esta região é constituída por terrenos alagadiços,
associados a platôs mais elevados. É drenada pelas águas dos
rios Guaporé, Mamoré e pelos baixos cursos de seus afluentes.
As enchentes dos rios inundam dezenas de quilômetros das
áreas mais baixas, formando lagos temporários e amplos
meandros divagantes de escoamento bastante complexo.
3
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
Área Geográfica: 238.512,8 km2, representando 6,19%
da região Norte e 2,80% do País. Rondônia é 3º Estado em
extensão territorial da região Norte. No contexto nacional,
constitui-se o 15º em extensão territorial e o 23º em termos
populacionais. Limites: ao Norte e Nordeste, estado do
Amazonas; ao Sul e Oeste, República da Bolívia; a Leste e
Sudeste, estado de Mato Grosso; a Noroeste, os estados do
Acre e do Amazonas. A extensão da fronteira do Estado de
Rondônia com a república da Bolívia é de 1.342 quilômetros.
Setor Primário do Estado –
Agricultura, pecuária, piscicultura, apicultura,
extrativismo vegetal e mineral. - O extrativismo mineral
destaca-se pela ocorrência de ouro, cassiterita, diamante,
nióbio, quartzo, granito e água mineral. - O extrativismo
vegetal destaca-se pela produção de cacau, madeira em
toras, castanha-do-pará e borracha silvestre. - O setor
agrícola destaca-se nacionalmente por produzir cereais,
café, soja, milho, banana, mandioca e algodão, além de
hortifrutigranjeiros. - O efetivo pecuário é composto,
principalmente, de rebanhos bovinos de corte e de leite, com
mais de cinco milhões de cabeças e uma Bacia leiteira em
franca expansão, notadamente nas regiões de Porto Velho,
Jaru e Ouro Preto do Oeste.
Setor secundário
Prevalece a agroindústria, notadamente na produção
de laticínios, na região central do Estado. Mas crescem as
indústrias de transformação destinadas aos setores moveleiro,
de confecções, couro e calçados.
Setor terciário
Envolve comércio e serviços, é o que mais cresce no
Estado, tendo em vista a evolução urbana, a exemplo de
municípios como Vilhena, Pimenta Bueno, Rolim de Moura,
Cacoal, Ji-Paraná, Jaru, Ouro Preto e Ariquemes.
Principais grupos indígenas existentes –
Suruí, Gavião, Cinta Larga, Karipuna, Pakaas Nova,
Arara, Kaxarari, Eu-Uru-Uau-Uau, Nhanbiquara e Karitiana.
Clima Predominante: - Equatorial quente-úmido ou
tropical úmido, variando de acordo com a altitude, com a
temperatura variando entre 18o e 33o centígrados. A variação
mínima ocorre no município de Vilhena e região, e a máxima
no de Porto Velho e região. A estação chuvosa vai de outubro
a março e o período de seca, de maio a setembro. Localização
Geográfica: Região Norte, ao sul da Amazônia Ocidental.
A região amazônica abrange os seguintes países: Bolívia,
Colômbia, Equador, Guiana, Suriname, Peru, Venezuela e
Brasil. No Brasil, onde fica localizada a Amazônia Ocidental,
a Amazônia corresponde a 50% do território nacional e
abrange os estados do Pará, Amazonas, Acre, Amapá,
Roraima, Rondônia, Tocantins, parte do Maranhão e do Mato
Grosso.
Poder Político A representação política do Estado de
Rondônia é constituída por três senadores e oito deputados
federaisqueatuamnoCongressoNacional.Emnívelestadual,
a Assembléia Legislativa é composta por 24 deputados
estaduais. No plano municipal, existem 537 vereadores, 52
prefeitos e 52 vice-prefeitos. O Poder Executivo Estadual
é exercido pelo governador e, nos seus impedimentos, pelo
vice-governador.
Formação Étnica É semelhante ao restante do país,
formada por brancos, negros e índios. Mas em virtude das
fases de atração imigratória e migratória ocorrentes durante
os ciclos de produção econômica, diversos povos dessas raças
deram sua contribuição para o elemento humano rondoniense,
cuja identidade regional ainda está em formação.
Ocupação humana O processo de povoamento do
espaço físico que constitui o estado de Rondônia começa no
século XVIII, durante o ciclo do Ouro, quando mineradores,
comercializadores, militares e padres jesuítas fundam os
primeiros arraiais e vilas nos vales Guaporé-Madeira. A
decadência desse ciclo de produção aurífera causa a involução
populacional desses arraiais, vilas e cidades surgidas no
auge do ciclo do Ouro, com o êxodo dos portugueses e
paulistas que formavam o topo da sociedade da época. Mas
ficam os negros remanescentes do escravismo, os mulatos
e os índios já aculturados. No século XIX, o primeiro ciclo
da Borracha, em sua fase primária, atraiu basicamente
nordestinos e bolivianos para o trabalho nos seringais, mas
não gerou núcleos de povoamento nesse espaço geográfico
tendo em vista o conceito econômico, que não produzia
riquezas locais, por tratar-se de uma economia de exportação,
cujos principais núcleos localizavam-se Manaus e Belém.
No entanto, os sub-ciclos gerados em decorrência da
construção e funcionamento da Ferrovia Madeira-Mamoré,
o Ferroviário, e das Estações Telegráficas da Comissão
Rondon, o do Telégrafo, atraíram povoadores para as terras
rondonienses originários de várias regiões brasileiras e de
outros países, que se fixaram e formaram núcleos urbanos.
As estações telegráficas da Comissão Rondon atraíram,
principalmente, matogrossenses, paulistas e nordestinos,
que trabalhavam nos serviços de telegrafia, e acomodavam-
se em suas cercanias gerando pequenos núcleos urbanos,
como Ariquemes, Presidente Pena ou Urupá, Pimenta Bueno
e Vilhena. A Madeira-Mamoré atraiu vários contingentes
imigratórios destinados ao trabalho nas obras da ferrovia,
nos setores técnicos e administrativos da empresa com
seus diversos ramos de exploração, comercialização e
serviços, e ao comércio que se formava ao redor. Nesta
fase de imigrações instalaram-se em terras rondonienses,
notadamente nos núcleos urbanos de Porto Velho, Jacy-
Paraná, Mutum-Paraná, Abunã, Guajará-Mirim e Costa
Marques, imigrantes turcos, sírios, judeus, gregos, libaneses,
italianos, bolivianos, indianos, cubanos, panamenhos, porto-
4
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
riquenhos, italianos, barbadianos, tobaguenses, jamaicanos e
bolivianos. A migração ocorreu com a fixação de nordestinos
procedentes dos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande
do Norte e Paraíba, além de amazonenses, paraenses e
matogrossenses. O segundo ciclo da Borracha, iniciado em
1942, funcionou completamente diferenciado do primeiro
e encontrou a região com sua infra-estrutura em fase de
consolidação. Os povoadores dos seringais eram nordestinos,
mas divididos em duas categorias, os seringueiros civis e os
soldados da borracha, estes, incorporados ao Batalhão da
Borracha. Os núcleos urbanos desenvolveram-se. O sistema
de saúde pública melhorou consideravelmente e as ações de
governo estenderam-se para o interior. A geopolítica regional
passa por total transformação tendo em vista a criação do
Território Federal do Guaporé em terras desmembradas dos
estados de Mato Grosso e do Amazonas. Nesse período, as
estações telegráficas da Comissão Rondon funcionavam
como receptores de uma ocupação humana rural-rural,
procedente do Mato Grosso, destinada á pecuária, formando
grandes latifúndios onde funcionavam antigos seringais.
O ciclo do Diamante promoveu mudanças substanciais
na ocupação humana e desenvolvimento dos povoados de
Rondônia (hoje Ji-Paraná) e Pimenta Bueno, enquanto o
ciclo da Cassiterita expandiu a ocupação humana no espaço
físico que compreende as microrregiões de Porto Velho e
Ariquemes. O ciclo da Agricultura, cuja atração migratória
começou desordenadamente em 1964, fixou em Rondônia
contingentes migratórios procedentes do Mato Grosso,
Goiás, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Amazonas, Pará, Acre e do Nordeste,
destacando-se os estados do Ceará, Bahia, Piauí, Paraíba
e Sergipe. As microrregiões formadas pelos municípios
de Vilhena, Pimenta Bueno e Rolim de Moura, receberam
migrantes mato-grossenses, gaúchos e paranaenses, em sua
maioria. As microrregiões formadas pelos municípios de
Cacoal, Presidente Médice e Ji-Paraná, recebem gaúchos,
paranaenses, paulistas, e nordestinos, em sua maioria.
Migrantes capixabas, paranaenses, mineiros e baianos
formam a maioria dos que se fixaram nas microrregiões de
Ouro Preto, Jaru e Ariquemes. As regiões de Porto Velho e
Guajará-Mirim receberam povoadores, mas em menor escala
e de categorias diferentes, considerando-se que o ciclo da
Agricultura atraiu, em princípio, uma migração rural-rural,
para, em seguida, fixarem-se migrantes de características
rural-urbana
- Os municípios rondonienses localizados na faixa
da fronteira boliviana são: Guajará-Mirim, Nova Mamoré,
Costa Marques, Alta Floresta do Oeste, São Francisco do
Guaporé, Alto Alegre dos Parecis, , Pimenteiras do Oeste e
Cabixi.
Divisão geopolítica: o estado de Rondônia é formado
por 52 municípios e 57 distritos.
Municípios Rondonienses Guajará-Mirim, Nova
Mamoré, Porto Velho, Candeias do Jamary, Itapuã do
Oeste, Alto Paraíso, Monte Negro, Buritis, Campo Novo de
Rondônia, Rio Crespo, Cujubim, Ariquemes, Cacaulândia,
Machadinho do Oeste, Vale do Anari, Theobroma,
Governador Jorge Teixeira, Jaru, Vale do Paraíso, Nova
União, Mirante da Serra, Teixeirópolis, Ouro Preto do Oeste,
Ji-Paraná, Presidente Médice, Urupá,Alvorada do Oeste, São
Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé,
Costa Marques, Nova Brasilândia do Oeste, Novo Horizonte
do Oeste, Castanheiras, Alta Floresta do Oeste, Alto Alegre
dos Parecis, Santa Luzia do Oeste, Rolim de Moura,
Ministro Andreazza, Cacoal, Espigão do Oeste, Primavera
de Rondônia, São Felipe d’Oeste, Parecis, Pimenta Bueno,
Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Cerejeiras,
Pimenteiras do Oeste, Cabixi e Vilhena.
Dois municípios rondonienses estão entre os 15
municípios brasileiros que obtiveram as maiores taxas
nacionais de médias de crescimento populacional. Buritis,
com 29,09% e Campo Novo de Rondônia com 23,20%.
CRIAÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA E
PROCESSOS DE POVOAMENTO. NÚCLEOS DE
POVOAMENTO
Entre as fases de desenvolvimento do estado de Rondônia
podemos destacar a descoberta de ouro no rio Corumbiara,
no século XVIII; a conquista e o povoamento dos vales do
Guaporé, Mamoré e Madeira; a construção do Real Forte
do Príncipe da Beira, no período colonial; o Primeiro e
o Segundo Ciclos da Extração de Látex; a construção da
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a descoberta de minério
de estanho (cassiterita) em 1952. O período mais expressivo
do desenvolvimento regional ocorreu a partir da abertura da
BR 364, e com implantação de projetos de colonização, pelo
Governo Federal, através do INCRA.
Buscamos, de forma simples, apresentar como ocorreu a
ocupação do espaço regional, que tem início no século XVIII,
com a fundação da aldeia de Santo Antônio, pelo padre
jesuíta João Sampaio, na primeira cachoeira do rio Madeira,
sentido foz-nascente. Posteriormente as descobertas de ouro
nos afluentes da margem direita do rio Guaporé despertaram
interesses na Coroa Portuguesa pela posse da terra, portanto,
em 1748, funda a capitania de Mato Grosso, cujos limites
abrangiam a maior parte das terras do atual estado de
Rondônia.
Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, considerado o
primeiro governador da capitania de Mato Grosso (1751-
1764), iniciou uma política de povoamento e fundação de
feitorias ao longo dos rios Guaporé e Madeira e construiu
o Forte de Conceição que foi substituído pelo Real Forte
do Príncipe da Beira. Nesse mesmo período, iniciou-se a
exploração fluvial do rio Madeira e seus afluentes Mamoré e
Guaporé, pela Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará
e Maranhão, que utilizava essa rota fluvial com exclusividade
para o abastecimento das minas de ouro dos afluentes do rio
Guaporé e da capital da capitania de Mato Grosso (Vila Bela
da Santíssima Trindade).
5
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
Com a decadência da mineração, no vale guaporeano,
no final do século XVIII, a região foi abandonada por um
período aproximado de 100 anos. A partir de 1877, com o
desenvolvimento da indústria de produtos derivados de látex
o vale do Madeira e seus afluentes foram ocupados pelos
seringueiros que, na sua maioria, eram retirantes que fugiam
da seca que assolava o nordeste Brasileiro.
A construção da Ferrovia Madeira Mamoré marcou
um mportante ponto nas relações diplomáticas entre Brasil
e Bolívia. Constitui-se também num elemento definidor
da ação Imperialista de potências estrangeiras na região
amazônica. A Madeira Mamoré representa um dos marcos
da modernidade capitalista liberal nos confins da selva do
Madeira.
A construção da EFMM objetivava atender as
necessidades de transporte de mercadorias e cargas pelo
trecho encachoeirado do Madeira e Mamoré. Deveria facilitar
o escoamento da produção de borracha e das exportações
bolivianas. A construção da ferrovia atende também ao
que foi previsto pelo Tratado de Petrópolis e constituiu-se
em um dos elementos decisivos para o impulso do recente
processo de migração para a região desencadeada a partir do
século XX. Ao longo da ferrovia surgiram diversos núcleos
de povoamento e dois munícipios; Porto Velho e Guaiará-
Mirim.
‘Trabalharam em suas obras mais de 20.000 operários de
diversas nacionalidades. Calcula-se que 6.500 trabalhadores
tenham morrido vitimas das doenças tropicais. A obra custou
o equivalente a vinte e oito toneladas de ouro pelo câmbio
de 1912.
A construção da ferrovia deu a Companhia Madeira
Mamoré o ireito de exploração das terras que lhe eram
adjacentes. Com a crise da borracha e a retração da economia
amazônica EFMM entrou em decadência. Foi nacionalizada
em 1931 e desativada pelo 5° BEC por ordem do Ministério
do Interior, em 10 de julho de 1972.Alguns pequenos trechos,
no entanto, foram reativados no início da década de 80 para
fins turísticos em Porto Velho e Guajará-Mirim durante o
governo do Coronel Jorge Teixeira.
1861: Quentin Quevedo a serviço do governo boliviano
faz estudos sobre a viabilização. de transportes nos trechos
encachoeirados do Madeira e do Mamoré, a Bolívia precisava
criar condições satisfatórias para a exportação através
do Atlântico, das mercadorias produzidas no Altiplano e
nas áreas da Planicie Amazônica. O governo do Amazonas
envia João Marfins da Silva Coutinho para efetuar estudos
semelhantes na região. Ambos os relatórios apresentam
conclusões semelhantes apontando-se para a necessidade de
construção de uma ferrovia na região encachoeirada.
Entre 1877 e 1915, surgiram os povoados de Urupá
(origem da atual cidade de Ji-Paraná), Pimenta Bueno, Jaru,
Papagaios (atual cidade de Ariquemes) e diversos outros
que surgiram e desapareceram como Santo Antônio do
Rio Madeira, que chegou a ser uma cidade e o povoado de
Samuel, no rio Jamari.
Com a desvalorização do preço do látex no mercado
internacional a região ficou estagnada, a partir de 1912, por
um período de aproximadamente 30 anos, e ocorreu o retorno
de seringueiros a suas regiões de origem.
Em 13 de setembro de 1943, no auge do Segundo Ciclo
da Borracha, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto-
Lei 5.812, criando o Território Federal do Guaporé, com áreas
desmembradas dos estados de Mato Grosso e Amazonas.
Em 1956, o Território passa a ser denominado de Território
Federal de Rondônia.
Desta época data a última grande leva de migrantes para
a região, composta quase que exclusivamente de nordestinos
vinculados á exploração de seringueira, e denominados
“Soldados da Borracha”. Neste mesmo ano, o Presidente
Getúlio Vargas criou os territórios federais, entre eles o
Território Federal do Guaporé, posteriormente Território
de Rondônia, desmembrado de terras do Amazonas e Mato
Grosso.
Em 1945 foram criados os municípios de Guajará-
Mirim, que ocupava toda a região do Vale do Guaporé, e,
Porto Velho, abrangendo toda a região de influências da atual
BR - 364. Contudo, apesar do desaquecimento do mercado
internacional da borracha, a região não se despovoou como
no Primeiro Ciclo, mantendo alguns seringais ativos e
prosseguindo o extrativismo da castanha e de algumas outras
essências para atender o mercado europeu. Parte dos ex-
soldados da borracha deixaram os seringais e fixaram-se na
Colônia Agrícola IATA, em Guajará- Mirim, criada em 1945,
e na Colônia Agrícola do Candeias, em Porto Velho, criada
em 1948. Tanto assim que os primeiros dados demográficos
disponíveis registram no final da década de 40 uma população
de 36.935 habitantes em Rondônia, sendo 13.816 na área
urbana e 23.119 na área rural, tendo a cidade de Porto Velho
cerca de 60% da população total da época. Além disso, o
traçado telegráfico estabelecido por Rondon deu início, a
partir de 1943, os primeiros passos para a construção da BR-
29, posteriormente denominada BR-364.
Na década de 50 do século XX é descoberta a existência
do minério de estanho (cassiterita), na região de Ariquemes.
No início dos anos de 1960, foi aberta a BR 364, e partir de
1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
- INCRA deu início à implantação de projetos integrados de
colonização, gerando um intenso fluxo migratório de colo-
nos, procedentes, principalmente, das regiões Sul e Sudeste
do país.
O fruto do processo de colonização foi o desenvolvimento
das vilas e povoados remanescentes do período dos
seringueiros e o surgimento de todas as cidades do estado
de Rondônia, exceto Porto Velho e Guajará-Mirim. Porém,
o desmatamento para fixar o homem no campo gerou o
desaparecimento de várias espécies vegetais, principalmente
de madeiras nobres, além da destruição da fauna.
6
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
Pela Lei Complementar n° 41, de 22 de dezembro
de 1981, sancionada pelo presidente João Baptista de
Figueiredo, foi criado o estado de Rondônia, e, no dia 4 de
janeiro de 1982, ocorreu a cerimônia de sua instalação.
Na década de setenta e início da década de oitenta
do século XX o fluxo migratório era intenso e os órgãos
governamentais, na época, pouco se preocupavam com a
preservação do meio ambiente, gerando como conseqüência
um desmatamento desordenado.
Durante as últimas décadas, a ação humana transformou
as condições naturais da região e modernizou a economia
regional, sem observar as questões ambientais e as
disparidades regionais dos vales e da região ao longo da
BR 364, onde ocorreu a maior transformação regional.
Assim como a alteração da qualidade de vida da população
ribeirinha que vive às margens dos rios e sobrevive da
extração vegetal. Atualmente essas contradições, cada vez
mais evidentes, fazem parte do espaço rondoniense e devem
ser observadas. Os órgãos públicos a partir da implantação
do Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia, iniciado em
1988, no governo de Jerônimo Santana, tem se preocupado
com as questões ambientais.
Através do PLANAFLORO ocorreu um delineamento
efetivado pelo Zoneamento Socioeconômico e Ecológico,
foi envolvido pela crença de que a divulgação de um estudo
sério viesse contribuir para uma mudança de cultura das
nossas futuras gerações.
Conteúdo de História de Rondônia no livro História
Desenvolvimento e Colonização do Estado de Rondônia,
obra do escritor Ovídio Amélio de Oliveira.
ASPECTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E
SOCIAIS, AGRICULTURA E PECUÁRIA
Turismo - Rondônia tem um grande potencial turístico
pouco explorado. Com 1,7 mil km de extensão, o rio Madeira
é o maior afluente da margem direita do Amazonas e margeia
Porto Velho. Passear por suas águas significa navegar no
meio da floresta Amazônica, observando árvores centenárias,
aves exóticas e trechos de corredeiras. É também pelo rio
Madeira que se chega ao lago do Cuniã, a 120 km da capital,
uma reserva biológica com criadouro natural de peixes de
água doce, sobre a qual há freqüentes revoadas de pássaros.
Para atrair turistas, o governo criou uma zona de livre
comércio em Guajará-Mirim, município localizado a 333 km
dePortoVelho,àbeiradorioMadeira,nadivisacomaBolívia.
Cada visitante pode comprar até 2 mil reais em produtos
importados, entre os quais se destacam os eletroeletrônicos.
Do outro lado do rio, na cidade boliviana de Guayaramerín, a
cota é de apenas 150 dólares e a oferta de produtos limita-se
a roupas e calçados.
CULTURA
O Estado é apenas um mosaico de diversas culturas,
sem ter ainda uma cultura própria, devido ao grande
número de imigrantes, oriundos principalmente de São
Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bolívia
e Japão(japoneses em Rondônia, no entanto, na maioria
das vezes são adolescentes e jovens que migraram para o
Brasil ainda crianças, e que por isso a maioria das pessoas
pensa que são apenas descendentes, pela falta de sotaque e
pelo claro “jeitinho brasileiro”) . Na culinária, são bastante
consumidos os peixes amazônicos, o pão-de-queijo e a
farinha mineira, a polenta paranaense, o churrasco gaúcho.
Do Rio Grande do Sul também veio o chimarrão. Quanto ao
vocabulário, as influências também são diversas: em algumas
cidades é bastante comum o uso do “guri” sulista, e em outras
o “piá” nordestino. Na zona rural, entre os mais velhos, é
bem usado o “tchê” gaúcho. Nas cidades, entre os jovens, até
poucos anos era usado o “piseiro”, gíria local com o sentido
de festa, bagunça. Ainda hoje, os jovens usam o termo local
“pocar”, que na maioria das vezes passou de pai para filho, e
que pode ter dois sentidos: sair, ir embora (“amanhã eu vou
pocar para o Amazonas”) ou, quando dito “pocado”, pode
significar quebrado (“o carro já está todo pocado). Esse uso é
mais incomum, e “pocar” não pode significar quebrar; apenas
“pocado” é quebrado.
Outra palavra local é “data”, no sentido de terreno.
No dicionário, essa palavra tem como um dos seus vário
significados“umterrenodoadopeloGoverno”.EmRondônia,
no entanto, “data” se refere a todos os terrenos. Há também
o “caçar”, que quer dizer procurar (“eu estava caçando você
ontem”, “ele estava mesmo caçando encrenca”).
ECONOMIA
A composição econômica e a participação nacional no
processo produtivo.
Participação na formação do PIB (Produto Interno Bruto)
nacional: 0,6%.
Composição do PIB estadual:
- Atividade agropecuária: 15,3%.
- Atividade industrial: 30,6%.
- Prestação de serviços: 54,1%.
- PIB per capita: 6.468 reais.
- Volume de exportação: 202,7 milhões de dólares.
Principais produtos de exportação com seus respectivos
percentuais:
- Madeira: 83,6%.
- Café em grão: 8,7%.
- Granito: 3,2%.
- Carne congelada: 3,1%.
7
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
Na década de 90 dois importantes acontecimentos
estruturais favoreceram o crescimento econômico de
Rondônia. Em 1995 ocorreu a construção de um Porto
Graneleiro, em Porto Velho, e dois anos depois houve a
abertura da hidrovia do rio Madeira.
Esse desenvolvimento no transporte provocou um
aumento nos lucros, pois houve uma diminuição nos custos
com transporte. Rondônia fornece à Região Nordeste feijão e
milho, além de ocupar um lugar de destaque na produção de
cacau, café, arroz e soja.
Nas décadas de 60, 70 e 80 o Governo Federal realizou
um programa de povoamento, esse visava à distribuição de
terras para atrair pessoas dispostas a se instalar e a contribuir
para o controle administrativo e desenvolvimento sócio-
econômico do território, fato que provocou a entrada de
vários imigrantes vindo da Região Sul do Brasil.
Rondônia é caracterizada pela atividade extrativista,
principalmente vegetal, mais especificamente, na retirada de
madeira e borracha. O Estado possui uma das maiores jazidas
de cassiterita do mundo, e responde por 40% da produção
nacional.
NoseguimentoindustrialoEstadocaminhaparalelamente
com as atividades agrícolas e a extração mineral, se instalando
nas proximidades das fontes de matéria-prima.
Com a construção da Usina Hidrelétrica de Samuel,
que ocorreu nos anos 80, houve um incremento nos
setores madeireiro, indústria alimentícia, construção civil e
mineração.
Educação
De acordo com o PISA, a educação pública de Rondônia
é a 10ª melhor do país, a frente do estado de São Paulo, mas
atrás de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina, por
exemplo. O estado está entre Goiás (nona melhor) e Paraíba
(11ª melhor) na lista. No ENEM, Rondônia tem a 15ª maior
nota na prova objetiva (empatado com a Bahia) e a 19ª maior
nota na redação. A cidade que teve a maior média do ENEM
em 2007 do Estado foi Vilhena, com nota 54,17. O melhor
colégio público foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental
e Médio Tiradentes, localizada em Porto Velho, com nota
56,19. O melhor colégio particular foi o Centro de Educação
Integrada Ltda., em Vilhena, com média 70,20.
O nível de alfabetização no estado melhorou muito na
última década, de acordo com dados divulgados pelo IBGE.
Em 2001, o estado era o 13º na lista de estados brasileiros
pelo índice de pessoas com 15 anos ou mais alfabetizadas,
com 13% de sua população analfabeta.[7]
Em 2008, o estado
permaneceu na mesma posição, mas agora apenas 9,7%
dos indivíduos de 15 anos ou mais são analfabetos, o que
representa uma queda de 3,3% em menos de oito anos. Entre
os analfabetos funcionais, encontra-se 25% da população do
estado nessa faixa etária.
Resultados no ENEM
Ano Português Redação
2006
Média
32,68 (20º)
36,90
49,18 (20º)
52,08
2007
Média
46,22 (17º)
51,52
52,45 (25º)
55,99
2008
Média
37,44 (15º)
41,69
56,47 (24º)
59,35
AGRICULTURA E PECUÁRIA
Agroecologia em Rondônia
Em Rondônia, a ocupação desordenada aliada às práticas
inadequadas de manejo dos solos e associada a uma política
equivocada de utilização da terra estimulou o desmatamento.
Essa situação gerou ao estado de Rondônia uma posição de
destaque no cenário nacional com alta taxa de desmatamento
e alto percentual desmatado entre os estados da região
Amazônica. Esse processo gerou enormes áreas degradadas,
tornando as pequenas propriedades onde se pratica a
agricultura familiar inviáveis do ponto de vista econômico,
social e ambiental.
Os pequenos agricultores familiares representam uma
importante parcela do meio rural no estado de Rondônia.
Entretanto, estes agricultores têm encontrado inúmeras
dificuldades para se manterem em suas terras, produzindo os
cultivos alimentares que abastecem a maioria da população.
Essas dificuldades passam por problemas na infra-estrutura,
como estradas deficientes e inexistência de centrais de
abastecimento, bem como pela perda da capacidade produtiva
dos solos ocasionada pela não observância de estratégias
adequadas de manejo dos recursos naturais e, pelos altos
custos dos insumos e equipamentos recomendados para a
prática do cultivo agrícola visando o agronegócio.
Observa-se que atividades como a exploração madeireira
sem manejo florestal, a pecuária extensiva, a agricultura
mecanizada em grande escala e a própria sucessão familiar
têm configurado um quadro não só de concentração fundiária,
mas também de escassez e elevação do preço da terra, que
impõem riscos à produção familiar, havendo a necessidade de
se pensar em mudanças qualitativas, baseadas em formas mais
adequadas de uso e manejo de recursos naturais, obedecendo
a uma alternativa de aproveitamento social e econômico
da terra com baixos riscos de degradação ambiental. Uma
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Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
vez que a principal conseqüência da aplicação do modelo
produtivista nas pequenas propriedades rurais tem sido o
empobrecimento das famílias, que acabam cedendo suas
terras aos grandes fazendeiros da região ou, ainda pior, sendo
executados pelas instituições financeiras por inadimplência.
Embora haja uma forte pressão econômica contrária,
muitos agricultores familiares convencionais estão preferindo
fazer a transição para as práticas que são mais consistentes
ambientalmente e têm o potencial de contribuir com a
sustentabilidade da agricultura em longo prazo. A opção pela
agricultura sustentável configura-se como uma alternativa
viável para o pequeno agricultor, em virtude dos produtos
obtidos possuírem atributos de qualidade que são valorizados
pelos consumidores, como ausência de resíduos químicos e
de externalidades negativas ao meio ambiente decorrentes do
processo produtivo. Outro aspecto positivo a ser destacado é
que este sistema de cultivo se adapta bem às características da
agricultura familiar, uma vez que valoriza os saberes locais
herdados por gerações, fruto da vivência e experimentação
das próprias famílias de agricultores.
Pecuária
Rondônia é um dos principais Estados da região norte do
Brasil. O Estado se destaca pela força da sua economia, parte
dela proveniente da atividade pecuária.
Essa atividade é desenvolvida sobre um pano de fundo
natural, representado com toda a sua intensidade pelas
belezas naturais manifestadas pela fauna e flora.
Núcleo de Produção Animal
O Núcleo de Produção Animal reúne essencialmente
profissionais das áreas de medicina veterinária e zootecnia.
São realizadas atividades de pesquisa voltadas à sanidade
animal, com foco em bovinos e bubalinos, como controle e
erradicação de brucelose, tuberculose, mosca-dos-chifres e
outros ectoparasitos e endoparasitos. Na área de pastagens
são realizados experimentos com espécies forrageiras
adaptadas às condições edafoclimáticas do Estado de
Rondônia, avaliações nutricionais e modelos silvipastoris,
com destaque para a integração Lavoura-Pecuária-Floresta
e a recomendação de espécies nativas para arborização.
Importante atividade econômica para o Estado, a pecuária
leiteira também recebe tratamento especial, com tecnologias
e ações com foco na qualidade do leite e na produtividade,
tanto do gado bovino quanto bubalino.
Núcleo de Produção Vegetal
Núcleo que abrange uma variada quantidade de pesquisas
e culturas estudadas. Deste núcleo fazem parte pesquisadores
que trabalham com avaliação de cultivares e melhoramento
genético de arroz, feijão, milho, cenoura, algodão, girassol,
mandioca, frutas e flores tropicais, entre outros. A Embrapa
Rondônia desenvolve também um trabalho de domesticação
e determinação do potencial do pinhão-manso, uma espécie
oleaginosa, para a produção de biocombustível. Alternativas
agroecológicas, modelos de integração Lavoura-Pecuária-
Floresta, plantio direto e fitossanidade também são temas de
pesquisas do Núcleo de Produção Vegetal.
Núcleo de Café
Devido à grande importância do café, principal cultura
agrícola do Estado, a Embrapa Rondônia organizou um
núcleo de pesquisa exclusivo para o tema. Pesquisadores
da área há mais de trinta anos estudam o comportamento de
diferentes materiais genéticos de café em função do solo, do
clima e de tratos culturais. Resultados desse esforço podem
ser vistos no Campo Experimental de Ouro Preto do Oeste,
localizado em uma importante região cafeeira do Estado, e
que reúne os principais trabalhos de melhoramento genético
e tecnologia de manejo. Lá podem ser encontradas matrizes
superiores de alta produtividade, com potencial para a criação
de cultivares comerciais. Também são estudadas, em outras
partes do Estado, cultivo de café em consórcio com espécies
florestais e desenvolvidas pesquisas para controle de pragas e
doenças, com destaque para controle biológico da broca-do-
café e uso de óleos essenciais de plantas nativas para controle
da ferrugem do cafeeiro e do bicho mineiro.
Núcleo de Floresta
Pesquisadores do Núcleo de Floresta trabalham
essencialmente com florestas nativas, silvicultura e sistemas
agroflorestais. Localizado inteiramente na Amazônia Legal,
o Estado de Rondônia enfrenta atualmente novos desafios
relacionados à sustentabilidade das atividades econômicas,
principalmente no que diz respeito à conservação da floresta
amazônica. Neste contexto, a Embrapa Rondônia avalia o
desempenho de espécies nativas para recuperação ambiental
e para a recomposição da cobertura florestal. Uso sustentável
de recursos florestais não-madeireiros e manejo florestal
também fazem parte dos estudos ligados às florestas nativas.
Em silvicultura, merecem destaque os trabalhos com a espécie
nativa conhecida por bandarra (Schizolobium parahyba
var. amazonicum) e a exótica conhecida por teca (Tectona
grandis), como tecnologias para quebra de dormência das
sementes e de manejo de florestas plantadas.
ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMORÉ
(A ferrovia do Diabo)
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma ferrovia
construída entre 1907 e 1912 para ligar Porto Velho a
Guajará-Mirim, no atual estado de Rondônia.
Ficou conhecida à época como a “Ferrovia do Diabo”
devido às milhares de mortes de trabalhadores ocorridas
durante a sua construção devido às doenças tropicais,
complementar à lenda de que sob cada um de seus dormentes
existia um cadáver.
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Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
HISTORIA
A primeira tentativa de construção de uma ferrovia na
região foi datada em 1872, sem sucesso devido às grandes
dificuldades da execução da obra civil, como várias mortes
por doenças tropicais, principalmente a malária, endêmica na
região.
A Madeira-Mamoré Railway Co.
Posteriormente, no contexto do ciclo da borracha e da
Questão do Acre, por efeito da assinatura do Tratado de
Petrópolis (1903), com a Bolívia, que conferiu ao Brasil a
posse deste último, iniciou-se a implantação da Madeira-
Mamoré Railway. O seu objetivo principal era vencer o trecho
encachoeirado do rio Madeira para facilitar o escoamento da
borracha boliviana e brasileira, além de outras mercadorias,
para um trecho onde a mesma pudesse ser embarcada para
exportação, no caso em Porto Velho, de onde as mercadorias
seguiam por via fluvial até ao rio Amazonas. Anteriormente,
esses produtos eram transportados com precariedade em
canoas indígenas, sendo obrigatória a transposição das
cachoeiras no percurso.
Em agosto de 1907 a ferrovia em construção foi
encampada pelo magnata estadunidense Percival Farquhar.
A história desta ferrovia faz parte do Patrimônio
Histórico Nacional Brasileiro e é também a História
e Patrimônio dos construtores Americanos, Ingleses,
Chineses, Espanhóis, Dinamarqueses, Caribenhos, Italianos
e Alemães entre outras nacionalidades. Aproximadamente
6.000 destes trabalhadores morreram de forma trágica nas
frentes de trabalhos da Madeira-Mamoré: naufrágios, mortes
por flechadas de índios, afogamentos, picadas de animais
silvestres, e outras doenças como: malaria, febre amarela,
febre tifóide, tuberculose, beribéri, e outras que ocasionaram
estas perdas.
A Madeira-Mamoré representa também a memória
viva para esses trabalhadores e seus descendentes que
ainda residem principalmente nas cidades de Porto Velho e
Guajará-Mirim no Estado de Rondônia.
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma das últimas
linhas de trem a vapor no Brasil e a única na Amazônia.
O último trecho da ferrovia foi finalmente inaugurado em
30 de abril de 1912, ocasião em que se registrou a chegada
da primeira composição à cidade de Guajará-Mirim, fundada
nessa mesma data.
O SÉCULO XX: DECADÊNCIA E CRISE
Na década de 1930, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
foi parcialmente desativada, voltando a operar plenamente
alguns anos depois, vindo a ser devolvida ao Governo
Federal. Em 1957, quando ainda registrava um intenso
tráfego de passageiros e cargas, a ferrovia integrava as
dezoito empresas constituintes da Rede Ferroviária Federal.
Em 1966, depois de 54 anos de atividades, praticamente
acumulando prejuízos durante todo esse tempo, o Presidente
da República, Humberto de Alencar Castelo Branco, em 25
de maio de 1966, determina a erradicação da Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré que seria substituída por uma rodovia,
atual rodovia BR-364 que liga Porto Velho à Guajará-Mirim.
Em 1972 a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi desativada
até que em 10 de julho de 1972, as máquinas apitaram pela
última vez e, a partir daí, o abandono foi total até, que em
1979, o acervo começou a ser vendido como sucata para uma
siderúrgica de Mogi das Cruzes, em São Paulo.
Voltou a operar em 1981 num trecho de apenas 7
quilômetros dos 366 km do percurso original, apenas para
fins turísticos, sendo novamente paralisada por completo
em 2000. Atualmente está totalmente abandonada pelos
poderes constituídos, sendo que ultimamente serve de abrigo
a pedintes
CICLO DA BORRACHA (1ª FASE E 2ª FASE)
O Ciclo da borracha constituiu uma parte importante da
história econômica e social do Brasil, estando relacionado
com a extração e comercialização da borracha. Este ciclo
teve o seu centro na região amazônica, proporcionando
grande expansão na colonização, atraindo riqueza e causando
transformações culturais e sociais, além de dar grande
impulso à cidade de Manaus, até hoje maior centro e capital
do Estado do Amazonas. O ciclo da borracha viveu seu
auge entre 1879 a 1912, tendo depois experimentado uma
sobrevida entre 1942 a 1945.
O PRIMEIRO CICLO DA BORRACHA - 1879/1912
Durante os primeiros quatro séculos e meio do
descobrimento, como não foram encontradas riquezas de
ouro ou minerais preciosos na Amazônia, as populações da
hiléia brasileira viviam praticamente em isolamento, porque
nem a coroa portuguesa e, posteriormente, nem o império
brasileiro demonstraram interesse em desenvolver ações
governamentais que incentivassem o progresso na região.
Vivendo do extrativismo vegetal, a economia regional
se desenvolveu por ciclos, acompanhando o interesse do
mercado nos diversos recursos naturais da região.
BORRACHA: LUCRO CERTO
O desenvolvimento tecnológico e a revolução industrial,
na Europa, foram o estopim que fizeram da borracha natural,
até então um produto exclusivo da Amazônia, um produto de
muita procura, valorizado e de preço elevado, gerando lucros
e dividendos a quem quer que se aventurasse neste comércio.
Desde o início da segunda metade do século XIX, a
borracha passou a exercer forte atração sobre empreendedores
visionários. A atividade extrativista do látex na Amazônia
revelou-se de imediato muito lucrativa. A borracha natural
logo conquistou um lugar de destaque nas indústrias da
Europa e da América do Norte, alcançando elevado preço.
Isto fez com que diversas pessoas viessem ao Brasil na
intenção de conhecer a seringueira e os métodos e processos
de extração, a fim de tentar também lucrar de alguma forma
com esta riqueza.
10
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
Através da extração da borracha, surgiram as cidades
de Manaus, Belém e outros povoados, depois também
transformados em cidades.
Projetos de uma ferrovia para escoar a produção da
borracha
A idéia de construir uma ferrovia nas margens dos
rios Madeira e Mamoré surgiu na Bolívia, em 1846. Como
o país não tinha como escoar a produção de borracha por
seu território, era necessário criar alguma alternativa
que possibilitasse exportar a borracha através do Oceano
Atlântico.
A idéia inicial optava pela via da navegação fluvial,
subindo o rio Mamoré em território boliviano e depois pelo
rio Madeira, no Brasil. Mas percurso fluvial tinha grandes
obstáculos: vinte cachoeiras impediam a navegação. E foi
aí que cogitou-se a construção de uma estrada de ferro que
cobrisse por terra o trecho problemático.
Em 1867, no Brasil, também visando encontrar algum
meio que favorecesse o transporte da borracha, os engenheiros
José e Francisco Keller organizaram uma grande expedição,
explorando a região das cachoeiras do Rio Madeira para
delimitar o melhor traçado, visando também a instalação de
uma ferrovia.
Embora a idéia da navegação fluvial fosse complicada,
em 1869, o engenheiro norte-americano George Earl Church
obteve do governo da Bolívia a concessão para criar e
explorar uma empresa de navegação que ligasse os rios
Mamoré e Madeira. Mas, não muito tempo depois, vendo
as dificuldades reais desta empreitada, os planos foram
definitivamente mudados para a construção de uma ferrovia.
As negociações avançam e, ainda em 1870, o mesmo
Church recebe do governo brasileiro a permissão para
construir então uma ferrovia ao longo das cachoeiras do Rio
Madeira.
A Questão do Acre
Mas o exagero do extrativismo descontrolado da borracha
estava em vias de provocar um conflito internacional.
Os trabalhadores brasileiros cada vez mais adentravam
nas florestas do território da Bolívia em busca de novas
seringueiras para extrair o precioso látex, gerando conflitos
e lutas por questões fronteiriças no final do século XIX, que
exigiram inclusive a presença do exército, liderado pelo
militar Plácido de Castro.
A república brasileira, recém proclamada, tirava o
máximo proveito das riquezas obtidas com a venda da
borracha, mas a Questão do Acre (como estavam sendo
conhecidos os conflitos fronteiriços por conta do extrativismo
da borracha) preocupava.
Foi então a providencial e inteligente intervenção do
diplomata Barão do Rio Branco e do embaixador Assis
Brasil, em parte financiados pelos barões da borracha, que
culminou na assinatura do Tratado de Petrópolis, assinado 17
de novembro de 1903 no governo do presidente Rodrigues
Alves. Este tratado pôs fim à contenda com a Bolívia,
garantindo o efetivo controle e a posse das terras e florestas
do Acre por parte do Brasil.
O Brasil recebeu a posse definitiva da região em troca
de terras de Mato Grosso, do pagamento de 2 milhões de
libras esterlinas e do compromisso de construir uma ferrovia
que superasse o trecho encachoeirado do rio Madeira e que
possibilitasse o acesso das mercadorias bolivianas (sendo
a borracha o principal), aos portos brasileiros do Atlântico
(inicialmente Belém do Pará, na foz do rio Amazonas).
Devido a este episódio histórico, resolvido pacificamente,
a capital do Acre recebeu o nome de Rio Branco e dois
municípios deste Estado receberam nomes de outras duas
importantes personagens: Assis Brasil e Plácido de Castro.
Madeira-Mamoré, finalmente pronta. Mas para quê?
A ferrovia Madeira-Mamoré, também conhecida como
Ferrovia do Diabo por ter causado a morte de cerca de seis
mil trabalhadores (comenta a lenda que foi um trabalhador
morto para cada dormente fixado nos trilhos), foi encampada
pelo megaempresário estadunidense Percival Farquhar. A
construção da ferrovia iniciou-se em 1907 durante o governo
de Affonso Penna e foi um dos episódios mais significativos
da história da ocupação da Amazônia, revelando a clara
tentativa de integrá-la ao mercado mundial através da
comercialização da borracha.
Em 30 de abril de 1912 foi inaugurado o último trecho
da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Tal ocasião registra a
chegada do primeiro comboio à cidade de Guajará-Mirim,
fundada nessa mesma data.
Mas o destino da ferrovia que foi construída com o
propósito principal de escoar a borracha e outros produtos
da região amazônica, tanto da Bolívia quanto do Brasil, para
os portos do Atlântico, e que dizimara milhares de vidas foi
o pior possível.
Primeiro, porque o preço do látex caiu vertiginosamente
no mercado mundial, inviabilizando o comércio da borracha
da Amazônia. Depois, devido ao fato de que o transporte de
outros produtos que poderia ser feito pela Madeira-Mamoré
foi deslocado para outras duas estradas de ferro (uma delas
construída no Chile e outra na Argentina) e para o Canal do
Panamá, que entrou em atividade em 15 de Agosto de 1914.
Alie-se a esta conjuntura o fator natureza: a própria
floresta amazônica, com seu alto índice de precipitação
pluviométrica, se encarregou de destruir trechos inteiros dos
trilhos, aterros e pontes, tomando de volta para si grande
parte do trajeto que o homem insistira em abrir para construir
a Madeira-Mamoré.
A ferrovia foi desativada parcialmente na década de
1930 e totalmente em 1972, ano em que foi inaugurada a
Rodovia Transamazônica (BR-230). Atualmente, de um total
de 364 quilômetros de extensão, restam apenas 7 quilômetros
ativos, que são utilizados para fins turísticos.
11
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
Apogeu, requinte e luxo
Manaus, capital do Estado do Amazonas, era na época
considerada a cidade brasileira mais desenvolvida e uma das
mais prósperas do mundo. Única cidade do país a possuir
luz elétrica e sistema de água encanada e esgotos, Manaus
viveu seu apogeu entre 1890 e 1920, gozando de tecnologias
que outras cidades do sul do Brasil ainda não possuíam, tais
como bondes elétricos, avenidas construídas sobre pântanos
aterrados, além de edifícios imponentes e luxuosos, como
o requintado Teatro Amazonas, o Palácio do Governo, o
Mercado Municipal e o prédio da Alfândega.
A influência européia logo se fez notar em Manaus, na
arquitetura da construções, no modo de viver, fazendo do
século XIX a melhor fase econômica vivida pela cidade.
A Amazônia era responsável, nesta época, por quase 40%
de toda a exportação brasileira. Os novos ricos de Manaus
tornaram a cidade a capital mundial da venda de diamantes.
Graças à borracha, a renda per capita de Manaus era duas
vezes superior à da região produtora de café (São Paulo, Rio
de Janeiro e Espírito Santo).
O fim do monopólio amazônico da borracha
Mas a ferrovia Madeira-Mamoré, terminada em
1912, já chegava tarde. A Amazônia já estava perdendo
a primazia do monopólio de produção da borracha porque
os seringais plantados pelos ingleses na Malásia, no Ceilão
e na África tropical, com sementes oriundas da própria
Amazônia, passaram a produzir látex com maior eficiência
e produtividade. Conseqüentemente, com custos menores
e preço final menor, o que os fez assumir o controle do
comércio mundial do produto.
A borracha natural da Amazônia passou a ter um preço
proibitivo no mercado mundial, tendo como reflexo imediato
a estagnação da economia regional. A crise da borracha
tornou-se ainda maior porque a falta de visão empresarial
e governamental resultou na ausência de alternativas que
possibilitassem o desenvolvimento regional, tendo como
conseqüência imediata a estagnação também das cidades.
A falta não pode ser atribuída apenas aos empresários tidos
como barões da borracha e à classe dominante em geral,
mas também ao governo e políticos que não incentivaram
a criação de projetos administrativos que gerassem um
planejamento e um desenvolvimento sustentado da atividade
de extração do látex.
Embora restando a ferrovia Madeira-Mamoré e as
cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim como herança
deste apogeu, a crise econômica provocada pelo término
do ciclo da borracha deixou marcas profundas em toda a
região amazônica: queda na receita dos Estados, alto índice
de desemprego, êxodo rural e urbano, sobrados e mansões
completamente abandonados, e, principalmente, completa
falta de expectativas em relação ao futuro para os que
insistiram em permanecer na região.
Os trabalhadores dos seringais, agora desprovidos
da renda da extração, fixaram-se na periferia de Manaus
em busca de melhores condições de vida. Aí, por falta de
habitação, iniciaram, a partir de 1920, a contrução da cidade
flutuante, gênero de moradia que se consolidaria na década
de 1960.
O governo central do Brasil até criou um órgão com o
objetivo de contornar a crise, chamado Superintendência de
Defesa da Borracha, mas esta superintendência foi ineficiente
e não conseguiu garantir ganhos reais, sendo, por esta razão,
desativada não muito tempo depois de sua criação.
Nos anos 1930, Henry Ford, o pioneiro da indústria
americana de automóveis, empreendeu o cultivo de seringais
na Amazônia, com técnicas de cultivo e cuidados especiais,
mas a iniciativa não logrou êxito já que a plantação foi
atacada por uma praga na folhagem.
O SEGUNDO CICLO DA BORRACHA - 1942/1945
AAmazônia viveria outra vez o ciclo da borracha durante
a Segunda Guerra Mundial, embora por pouco tempo. Como
forças japonesas dominaram militarmente o Pacífico Sul nos
primeiros meses de 1942 e invadiram também a Malásia, o
controle dos seringais passou a estar nas mãos dos nipônicos,
o que culminou na queda de 97% da produção da borracha
asiática.
A batalha da borracha
Na ânsia de encontrar um caminho que resolvesse
esse impasse e, mesmo, para suprir as Forças Aliadas da
borracha então necessária para o material bélico, o governo
brasileiro fez um acordo com o governo americano (Acordo
de Washington), que desencadeou uma operação em larga
escala de extração de látex na Amazônia - operação que ficou
conhecida como a Batalha da Borracha.
Como os seringais estavam abandonados e não mais
de 35 mil trabalhadores permaneciam na região, o grande
desafio de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, era
aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil
toneladas, como previa o acordo. Para isso seria necessária a
força braçal de 100 mil homens.
O alistamento de quem tivesse interesse em trabalhar
nos seringais em 1943 era feito pelo Serviço Especial de
Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA),
com sede no nordeste, em Fortaleza, criado pelo então
Estado Novo. A escolha do nordeste como sede deveu-se
essencialmente como resposta a uma seca devastadora na
região e à crise sem precedentes que os camponeses da região
enfrentavam.
Além do SEMTA, foram criados pelo governo nesta
época, visando a dar suporte à Batalha da borracha, a
Superintendência para oAbastecimento do Vale daAmazônia
(Sava), o Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) e o
Serviço de Navegação da Amazônia e de Administração do
Porto do Pará (Snapp). Criou-se ainda a instituição chamada
Banco de Crédito da Borracha, que seria transformada, em
1950, no Banco de Crédito da Amazônia.
12
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
O órgão internacional Rubber Development Corporation
(RDC), financiado com capital dos industriais americanos,
custeava as despesas do deslocamento dos migrantes
(conhecidos à época como brabos). O governo dos Estados
Unidos pagava ao governo brasileiro cem dólares por cada
trabalhador entregue na Amazônia.
Milhares de trabalhadores de várias regiões do Brasil
atenderam ao apelo do presidente e lançaram-se na extração
do cobiçado látex. Só do nordeste foram para a Amazônia
54 mil trabalhadores, sendo a maioria do Ceará. Dos 800
mil habitantes do Ceará 120 mil rumaram ao Rio Amazonas,
porém metade morreu no caminho da fome e doenças da
selva. Os nordestinos receberam, por consequência, a alcunha
de “soldados da borracha”.
Manaus tinha em 1849, 5 mil habitantes em meio século
cresceu para 70 mil. Novamente a região experimentou a
sensação de riqueza e de pujança. O dinheiro voltou a circular
em Manaus, em Belém, em cidades e povoados vizinhos e a
economia regional fortaleceu-se.
Entretanto, para muitos trabalhadores, este foi um
caminho sem volta. Cerca de 30 mil seringueiros morreram
abandonados na Amazônia, depois de terem exaurido suas
forças extraindo o ouro branco. Morriam de malária, febre
amarela, hepatite e atacados por animais como onças,
serpentes e escorpiões. O governo brasileiro também não
cumpriu a promessa de reconduzir os soldados da borracha de
volta à sua terra no final da guerra, reconhecidos como heróis
e com aposentadoria equiparada à dos militares. Calcula-se
que conseguiram voltar ao seu local de origem (a duras penas
e por seus próprios meios) cerca de seis mil homens.
Apontamentos finais
Os finais abruptos do primeiro e do segundo ciclo da
borracha demonstraram a incapacidade empresarial e falta
de visão da classe dominante e dos políticos da região. O
final da guerra conduziu, pela segunda vez, à perda da chance
de fazer vingar esta atividade económica. Não se fomentou
qualquer plano de efetivo desenvolvimento sustentado na
região, o que gerou reflexos imediatos: assim que terminou
a segunda guerra mundial, tanto as economias de vencedores
como de vencidos se reorganizaram na Europa e na Ásia,
fazendo cessar novamente as atividades nos velhos e
ineficientes seringais da Amazônia.
Fonte: pt.wikipedia.org
CIDADES DE RONDÔNIA
PORTO VELHO
Capital de RONDÔNIA
Habitante: porto-velhense.
Pop.: 334.661 (2000).
Malha pavimentada: 30% (1999).
Vias urbanas iluminadas: 60% (1999).
Área geográfica: 34.068,50 km² (2000)
Lei de criação: Ato de criação nº 757, de 02. 10. 1914
Zoneamento socioeconômico e ecológico
A demanda de recursos naturais, as restrições e ofertas
ambientais e as ações antrópicas encerram um grande
desafio: materializar o processo de compatibilização entre
desenvolvimento, conservação e preservação do meio
ambiente, como forma de propiciar o desenvolvimento
sustentável na região Amazônica, a partir dos Estados
que a integram. O eixo central dessa nova estratégia é o
zoneamento.
O Brasil já avançou consideravelmente na área do
zoneamento. A região Amazônica, pela sua projeção
internacional, foi uma espécie de campo de provas para
a evolução do processo, uma vez que, em passado não
muito remoto, apresentava certa ambigüidade e visões
parciais. Em uma delas, havia uma concepção biofísica de
zoneamento, entendido como instrumento para transformar a
Amazônia num santuário; em outra, liberava áreas para uso
descontrolado; numa terceira, conferia excessiva ênfase no
zoneamento agrícola.
Modernamente, o zoneamento constitui instrumento
político e técnico de planejamento, cuja finalidade última é
otimizar o uso do espaço e orientar as políticas públicas.
Esta otimização é alcançada pelas vantagens que ele
oferece, sendo, simultaneamente, um instrumento:
a) técnico de informação sobre o território, necessário ao
planejamento de sua ocupação racional e ao uso sustentável
dos recursos naturais, fornecendo informações integradas em
uma base cartográfica e classificando o território segundo
suas potencialidades e vulnerabilidades;
b) político de regulação do uso do território, permitindo
integrar as políticas públicas em uma base geográfica,
descartando o tradicional tratamento setorial de modo a
aumentar a eficácia das decisões políticas.
Permite, também, acelerar o tempo de execução e ampliar
a escala de abrangência das ações, isto é, aumentando a
eficácia da intervenção pública da gestão do território.
Ademais, constitui instrumento de negociação entre as
várias esferas de governo e, entre estas, o setor privado e a
sociedade civil, ou seja, um instrumento para construção de
parcerias; e
c) de planejamento e gestão territorial para o
desenvolvimento regional sustentável, significando que
não deve ser entendido como instrumento de cunho
apenas corretivo, mas também ativo e estimulador do
desenvolvimento.
Em síntese, o zoneamento é um instrumento técnico
e político do planejamento das diferenças, segundo
critérios de sustentabilidade, de absorção de conflitos, e de
temporalidade, que lhe atribui caráter de processo dinâmico,
que deve ser periodicamente revisto e atualizado, capaz de
agilizar a passagem para o novo padrão de desenvolvimento.
O zoneamento, portanto, não é um fim em si, nem mera
divisão física, e tampouco visa criar zonas homogêneas e
estáticas cristalizadas em mapas.
13
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
Para se analisar de forma adequada esse instrumento, é
necessário fazer um breve histórico do processo de ocupação
de Rondônia, examinar aspectos fitogeográficos e sua
estrutura fundiária e caracterizar o processo de ordenamento
territorial do Estado. O exame, ainda que sumário, das
reservas indígenas, unidades de conservação e de fiscalização
do IBAMA em Rondônia são também importantes para uma
abordagem mais abrangente da matéria.
ARIQUEMES
O vale do Jamari onde localiza-se hoje, o Município
de Ariquemes era conhecido desde o século XVIII, pela
abundância de cacaueiros nativos de suas florestas. Em 1749
o sargento-Mor Luiz Fagundes Machado auxiliado pelo
piloto Antônio Nunes de Souza e o sertanista João de Souza
Azevedo, chefiando uma expedição de cento e cinqüenta
homens, explorou a bacia do rio Jamari, por ordem do
governador da Capitania do Grão Pará.
No início do Séc. XX quando a Comissão de Linhas
Telegráfica Mato Grosso/Amazonas, chefiada pelo Tenente
Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, alcançou o rio
Jamari no local onde localiza-seAriquemes, encontrou a sede
do seringal Papagaios de propriedade do Coronel Borges S.
do Carmo, aí instalou um posto telegráfico, denominando-o
Ariquemes, em homenagem à nação indígena dos Ahopôvo
a qual os Urupás seus inimigos apelidavam de Arikemes. O
nome da estação telegráfico “Ariquemes” estendeu-se a toda
localidade.
Criado em 1943, o Território Federal do Guaporé passou
a fazer parte do município de Porto Velho, como distrito de
Ariquemes.
O progresso e o desenvolvimento de Ariquemes
ocorreu a partir de 1958 com a descoberta a exploração da
cassiterita (minério de estanho, e da implantação dos Projetos
Integrados de Colonização do INCRA em 1970), atraindo
para sua área o fluxo migratório de colonos oriundos das
regiões Centro-Sul do País, dedicando-se à agricultura e à
pecuária. Sua expansão induziu o Prefeito Municipal de
Porto Velho, Antônio Carlos Cabral Carpintero, a determinar
a mudança da sede do Distrito, da antiga vila para outro local,
onde iniciou a instalação de uma cidade planejada dividida
em quatro setores, o institucional, o comercial, o industrial
e residencial, surgindo a Nova Ariquemes que passou a ser
sede do Município de Ariquemes, criado pela Lei n.º 6448 de
11 de outubro de 1977.
MACHADINHO DO OESTE
A cidade de Machadinho, sede do Município do mesmo,
surgiu de um dos Projetos de Colonização do INCRA
no Município de Ariquemes, do qual foi desmembrado.
Situava-se no vale do rio Ji-Paraná, tendo todo o seu
território atravessado de Sul para o Norte pelo rio Ji-Paraná,
tendo todo o seu território atravessado de Sul para o Norte
pelo rio Ji-Paraná. Seu rápido crescimento populacional
e desenvolvimento econômico decorrente das atividades
agrícolas, exigiu a sua autonomia política e administrativa.
A área do Projeto Integrado de Colonização Machadinho,
foi elevado a categoria de Município, com sede no povoado
do mesmo nome com status de cidade. O seu nome é em
homenagem do rio Machadinho, afluente da margem
esquerda do rio Ji-Paraná.
JARÚ
A cidade de Jeru, sede do Município do mesmo nome,
situada no vale do rio Jarú, surgiu em torno de um dos
postos telegráficos instalado em 1912 pela Comissão da
Linha Telegráfica Estratégica Mato Grosso/Amazonas,
chefiada pelo então Cel. Cândido Mariano da Silva Rondon.
Porém o vale do rio Jaru era ocupado pelos pelos seringais
e seringueiros desde o século XIX, apesar da resistência
imposta pela nação dos Jarus, que a tinham sob seu domínio,
ocupando uma extensa área que se estendia desde o rio Jaru
afluente da margem esquerda do rio Ji-Paraná, até às margens
do alto curso do rio Madeira. Em 1950 a Comissão Rondon
procedeu a exploração de estudos do rio Madeira. Em 1915
a Comissão Rondon procedeu a exploração de estudos
do rio Jaru, mantendo este nome em homenagem aos seus
primitivos habitantes os Jarus.
A ocupação atual do vale do Jaru, ocorreu a partir de
1975, com a instalação do Projeto Integrado de Colonização
“Padre Adolpho Rohl” pelo INCRA, para assentamentos
de colonos oriundos principalmente das regiões Centro Sul
do País. O seu esenvolvimento demográfico e econômico,
resultou na elevação da área do Projeto, a categoria de
Município tendo a localidade de Jaru, como sede municipal
elevada e categoria de cidade.
O município criado pela Lei n.º 6.921, de 16 de junho
de 1981, recebeu o nome de Jaru, em homenagem ao rio e à
nação indígena dos Jarus.
OURO PRETO DO OESTE
Ouro Preto do Oeste, teve origem do primeiro Projeto
Integrado de Colonização, implantado em 1970, pelo
INCRA para assentamento de colonos migrados das regiões
Centro-Sudestes-Sul, do País. Porém desde o século XIX
os seringueiros do rio Urupá extraiam borracha e colhiam
castanha em suas florestas BR 364, distante 40 Km da Vila
de Rondônia, hoje cidade de Ji-Paraná, sendo denominada
Ouro Preto, em
homenagem a serra e seringal com esse nome, situados
na área delimitada pelo Projeto de Colonização.
O núcleo inicial e suas adjacências desenvolveramse
rapidamente, aumentando a sua população, a produção
agropastoril, o comércio e a indústria, atingindo expressiva
importância social e econômica, sendo elevada a categoria
de município pela Lei n.º 6.921, de 16 de julho de 1981,
desmembrado do município de Ji-Paraná.
14
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
JI-PARANÁ
Localizado no vale do rio Ji-Paraná, sua sede a cidade do
mesmo nome situada na confluência do citado rio com o rio
Urupá. A área hoje limitada pelo município começou a ser
ocupada pelos nordestinos transmudados em seringueiros, a
partir do século XIX. Que enfrentando a oposição aguerrida
dos Muras (Parintins), Urupás e Jarus penetraram no rio
Ji-Paraná a partir de sua foz no rio Madeira, em Calama,
na exploração e produção de borracha, alcançaram os
seus médio e alto curso, estabelecendo-se em seringais.
Ao lugarejo em torno dos barracões sede dos seringais do
Vale do Urupá, o denominaram com este nome, pelo qual
ficou conhecido nas transações comercias dos centros
abastecedores (casas aviadoras) desses seringais, em Manaus
e Belém. Em 1909 a Comissão Rondon ao atingir a foz do rio
urupá, no lugarejo existente, o Tenente Coronel Mariano da
Silva Rondon, instalou um posto telegráfico, denominando-o
Presidente Afonso Pena em homenagem ao então Presidente
da República Afonso Augusto Moreira Pena. Nome que
gradativamente se impõe, substituindo o de Urupá.
O estágio de desenvolvimento atingido pela Vila e sua
área de influência e fez ser elevada a categoria de Município,
através da Lei n.º 6.448, de 11 de outubro de 1977 com a
denominação de Ji-Paraná, em homenagem ao caudaloso
rio Ji-Paraná que atravessa toda sua área de Sul para o
Norte dividindo a cidade de Ji-Paraná sua sede político-
administrativa em dois setores urbanos.
PRESIDENTE MÉDICI
A cidade de Presidente Médici e o município de igual
denominação do qual é sede político-administrativa, foi dada
pelos migrantes oriundos das regiões Centro-Sul do país,
que aí se estabeleceram a partir de 1970, contra a vontade
do senhor Milton de Andrade Rios que os tinha como
grileiros, invasores das terras que considerava serem de sua
propriedade, visto tê-las adquiridas do senhor Luiz Mário
Pereira de Almeida, como parte integrante do Sr. Presidente
Hermes, situados entre os igarapés Preto e Leitão denominado
Fazenda Presidente Hermes, pelo seu novo proprietário.
Os primeiros colonos chegaram ao local na margem da
Asede do Projeto foi localizada a margem da rodovia BR
364, na década de sessenta, instalaram-se em apenas quatro
barracas no meio do lamaçal, dando-lhe o nome de Trinta
e Três, por distar 33 Km da Vila de Rondônia, atual cidade
de Ji-Paraná. Seus moradores todos agricultores, socorriam
de alguma forma os motoristas e passageiros das viaturas
que ficavam retidas em um imenso atoleiro conhecido por
Muqui, nas proximidades do rio com este nome. O lugarejo
crescia em número de habitantes e casas com a chegada de
novos colonos que nele se estabeleciam a apesar da situação
litigiosa. No primeiro semestre de 1972, sua população atingia
mais de 800 habitantes e os ônibus que ligavam Cuiabá-MT a
Porto Velho-RO, faziam ponto de parada no local, agora com
aspecto de Vila e com dois nomes Nova Jerusalém e Nova
Canaã, ostentados em placas distintas colocadas pelos líderes
de cada grupo de agricultores em frente de suas respectivas
casas.
Ainda nesse ano, os colonos realizaram eleição para
escolher a um único nome para localidade, sendo posta em
votação os dois supracitados e mais Getúlio Vargas, Fátima
do Norte, Cruzeiro do Sul e Presidente Médici, havendo sido
escolhido esse último. O qual foi oficializado em 1973, ao
ser o local elevado a categoria de Sub-Distrito, pelo Coronel
do Exército Theotorico Gauva, na época governador de
Rondônia.
Emdecorrênciadeseudesenvolvimentosócioeconômico,
foi o Distrito de Presidente Médici, elevado a município em
1981, mantendo este nome, em homenagem ao Presidente da
República Emílio Garrastuzu Médici.
CACOAL
O nome Cacoal originou-se dessa denominação dada ao
local pelo senhor Anísio Serrão de Carvalho, guarda fios da
Comissão Rondon, que acatando as recomendações de seu
chefe, o Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon,
ali se instalou em 1912, construindo uma casa e requerendo
de Mato Grosso, as terras adjacentes para sua posse. A
denominação data a localidade, deveuse à abundância de
cacaueiros nativos existentes em sua floresta.
Por este nome ficou conhecido o local pelos seringueiros
que ali moravam e pelos garimpeiros de diamante que por eles
passam, rumo aos Rios Comemoração de Floriano e Apidiá
(Pimenta Bueno), tendo sido oficializado ao ser a localidade
elevada a categoria de município, pela Lei n.º 6448 de 11 de
outubro de 1977, com a denominação de Cacoal
ROLIM DE MOURA
Originou-se do Projeto de Colonização Rolim de Moura
implantado na área pelo INCRA, destinado ao assentamento
de colonos excedentes do Projeto Ji-Paraná,
O nome do Projeto, derivou-se do nome do rio Rolim
de Moura, denominação dada pelo Tenente Coronel Cândido
Mariano da Silva Rondon, chefe da Comissão das Linhas
Telegráficas. Mato Grosso/Amazonas, ao descobri-lo em
1909, em homenagem ao Visconde de Azambuja Dom
Antônio Rolim de Moura Tavares, Capitão General, primeiro
Governador da Capitania de Mato Grosso, no período de
1748 à 1763. Entre seus feitos, destacam-se a construção
de Vila Bela da Santíssima Trindade, sede da Capitania
(1ª cidade artificial, planejada do Brasil) construção do
fortim de conceição do rio Guaporé, nas proximidades das
atuais ruínas do Real Forte Príncipe da Beira, destruição da
povoação espanhola de São Miguel, na margem esquerda
do rio Guaporé e expulsão de sua guarnição militar para o
interior da Bolívia, então Vice-Reino do Peru.
Nome mantido ao ser a região elevada a categoria de
Município, através do Decreto Lei Estadual n.º 071, de 05 de
agosto de 1983.
15
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
NOVA BRASILÂNDIA
Cidade e município do mesmo nome, surgiu da expansão
das frentes migratórias das regiões Centro-Sul do País,
expandindo-se de Presidente Médici, no eixo da rodovia BR
364, na direção do oeste, rumo ao vale do Guaporé, em busca
de terras férteis propícias à agricultura.
Seu nome é em homenagem à Brasília, cidade também
pioneira interiorizada no Planalto Central Brasileiro, da
mesma forma que Nova Brasilândia, Núcleo Populacional
Urbano, interiorizado na Chapada dos Parecis, implantado
pela coragem e trabalho dos novos pioneiros, desbravadores
da Amazônia Ocidental.
O rápido desenvolvimento sócio-econômico alcançado
pelo núcleo populacional resultou em sua elevação a categoria
de município.
ALVORADA DO OESTE
Alvorada do Oeste surgiu da interiorização dos colonos
dos municípios de Ouro Preto do Oeste e Presidente Médici,
expandindo-se na direção do Oeste, em busca de terras
agricultáveis, localizando se- na Chapada dos Parecis. O
núcleo urbano surgido teve rápido crescimento econômico
e populacional, sendo por tal, elevado a categoria de
município.
PIMENTA BUENO
A cidade de Pimenta Bueno, sede do município do
mesmo nome, originou-se do aglomerado de barracas de
seringueiros construídas em torno do posto telegráfico,
instalado em 1909, pelo Tenente Coronel Cândido Mariano
da Silva Rondon, na confluência dos rios Comemoração
de Floriano e Pimenta Bueno (este último, o Apidiá dos
indígenas), ambos descobertos por esse sertanista, chefe da
Comissão das Linhas Telegráficas Estratégicas Mato Grosso-
Amazonas. O nome de Pimenta Bueno dado ao rio Apidiá
por Rondon, foi em homenagem a José Antônio Pimenta
Bueno, Visconde e Marquês de São Vicente.
O insignificante povoado perdido na floreste, teve um
surto de progresso na década de cinqüenta, quando ali os
garimpeiros instalaram um arraial de apoio a garimpagem
de diamante nos rios Comemoração, Pimenta Bueno e seus
afluentes. Sendo construído campo de pouso para pequenos
aviões escolas e instaladas casas comerciais.
Porém seu desenvolvimento ocorre a partir da construção
darodoviaBR364,tendoumrápidocrescimentodemográfico,
econômico e urbano sendo a região elevada a categoria do
Município, mantendo o nome de Pimenta Bueno.
ESPIGÃO DO OESTE
Surgiu na década de setenta, no Projeto de Colonização
organizado pelos paulistas irmãos Melhorança, dividido em
lotes rurais distribuídos aos colonos por eles recrutados nas
regiões Sul-Sudeste do País.Asede administrativa da empresa
colonizadora, denominava-se inicialmente, Itaporanga,
passou posteriormente a chamar-se Espigão do Oeste,
certamente em alusão ao avanço dos migrantes centro-sulista
da direção da Amazônia Ocidental. A população de Espigão
do Oeste, Núcleo pioneiro, afastado do eixo da rodovia BR
364, sofreu toda espécie de pressão, até violência policial,
com o propósito de forçá-la a se retirar da região considerada
como reserva dos Índios Suruís. Resistiu mantendo-se em
suas glebas, transformando-se em centros de produção
agrícola e pecuária e o incipiente aglomerado populacional
em progressista e importante núcleo urbano, sendo elevado a
categoria de município em 1981.
SANTA LUZIA DO OESTE
Cidade sedo do município do mesmo nome, surgiu da
expansão de colonos de Rolim de Moura em direção ao Vale
do Guaporé. O povoado teve rápido crescimento demográfico
e econômico, transformando em importante centro de
produção agrícola, sendo elevado a categoria de Município
em 1986.
VILHENA
A área hoje delimitada pelo município de Vilhena,
foi alcançado pelo Tenente Coronel Cândido Mariano
da Silva Rondon, Chefe da Comissão de Construção da
Linha Telegráfica de Mato Grosso-Amazonas, em 1909,
comandando uma expedição de quarenta e duas pessoas.
Estabeleceu acompanhamento na região para estudar
seu ecossistema e seus habitantes indígenas. Implantou
uma estação telegráfica, às margens do rio Piraculino, por
ele descoberto e assim denominado, distante uns 5 Km da
atual cidade de Vilhena. Os campos Gerais ou Chapadão do
Reino dos Parecis, como lhe denominava os bandeirantes,
como Antônio Pires, Paz de Barro e outros que desde 1718,
o perlustraram na cata ouro e preando índios, passou a ser
conhecido como ilhena, o nome dado a estação telegráfica,
por Rondon, em homenagem a Álvaro Coutinho de Melo
Vilhena, maranhense que em 1890 foi nomeado engenheiro
chefe da organização da Carta Telegráfica da República. E
em 1900, Diretor Geral dos Telégrafos, cargo no qual se
aposentou em 1902. Faleceu em 1904, na cidade de Fortaleza,
Capital do Ceará.
A estação telegráfica foi transferida em 12 de outubro de
1910, para novas instalações, na casa atualmente conhecida
por “Casa de Rondon”.
O pequeno povoado que começou a se formar a partir dos
primeiros anos da década de sessenta, nas proximidades do
igarapé Pires de Sá, em decorrência da construção da rodovia
BR 29, atual BR 364 e de um campo de aviação com pista
asfáltica, para receber o Presidente da República Juscelino
Kubitschek de Oliveira, quando pessoalmente veio ao local
inaugurar a rodovia Brasília- Acre (em 29.09.1960).
Em Vilhena o campo de aviação construída pela empresa
Camargo Correia uma das empreiteiras da construção da
rodovia, além de servir aos seus aviões, tornou-se ponto
de apoio aos aviões do Correio Aéreo Nacional, da Viação
Aérea São Paulo/VASP e do Cruzeiro do Sul. Passou a sediar
16
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
um destacamente da Força Aérea Brasileira e o Governo
do Território construiu na localidade um hospital. Vilhena
passou a se desenvolver rapidamente transformando-se em
importante polo comercial e industrial, sendo elevado a
categoria de município em 1977.
ALTA FLORESTA DO OESTE
Município com sede na cidade do mesmo nome, foi
criada em 1986. Sua origem foi em conseqüência do avanço
da frente migratória rumo ao Oeste em demanda ao Vale do
Guaporé.
O pequeno núcleo populacional evoluiu rapidamente
transformando-se em importante polo agrícola e comercial
exigindo uma organização político-administrativa, sendo
atendida com a elevação da região a categoria de Município.
COLORADO DO OESTE
A cidade de Colorado do Oeste, teve origem da sede do
Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, nome
dado a este, em memória ao piloto de helicóptero morto em
acidente aéreo, em serviço no Vale de Colorado.
Este Projeto de Colonização implantado pelo INCRA
tinha por finalidade assentar os migrantes que chegavam à
Vilhena.
A sede administrativa do Projeto transformou se
em polo comercial com grande raio de influência e
importância econômica, sendo o centro de comercialização
e abastecimento das propriedades agropastoris de uma vasta
área rural.
Pelo desenvolvimento sócio-econômico alcançado,
foi elevado a região, em 1981 a categoria de município,
com a denominação de Colorado do oeste, tendo por sede
administrativa a cidade do mesmo nome. Denominação dada
a cidade e ao município em homenagem ao rio Colorado, no
vale do qual ficam suas bases geográficas.
CEREJEIRAS
O município e cidade do mesmo nome tiveram origem
do Distrito de Cerejeiras, que por seu desenvolvimento
econômico, crescimento demográfico e social, foi elevado
a categoria de município, desmembrando-se de Colorado
do Oeste, em 1983.
O se nome é em homenagem a essa importante espécie
vegetal de alto valor comercial, abundante nas florestas da
área do Município.
CABIXI
O município de Cabixi teve origem ao distrito do mesmo
nome desmembrado do município de Colorado do Oeste,
em 1988, pela importância social e econômica, alcançada
pela área por ele limitada. Sua base demográfica integra os
vales dos rios Cabixi e Guaporé. Seus primitivos habitantes
os índios Cabixis, foram ali encontrados pelos bandeirantes
paulistas no século XVII e pela Comissão Rondon em 1909.
O nome da cidade de Cabixi e do município do qual é
sede, é em homenagem aos primitivos habitantes, dos quais o
rio emprestou o nome SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
Surgiu do povoado assentado nas proximidades do
rio São Miguel, por colonos vindo principalmente dos
municípios de Rolim de Moura e Presidente Médici.
O núcleo populacional desenvolveu-se rapidamente
como polo agrícola e pecuário, localizado na chapada dos
Parecis entre as áreas de influência da BR 364 e do vale do
Guaporé. Por seu crescimento demográfico e econômico, foi
em 1988, elevado a categoria de município, desmembrando-
se do município de Costa Marques, com o nome de São
Miguel. Denominado assim, em homenagem ao rio São
Miguel o mais importante na área fisiográfica do município.
COSTA MARQUES
Surgiu da elevação do distrito de Costa Marques a
categoria de município em 1981, desmembrando-se do
município de Guajará-Mirim. Sua base geográfica fica no
vale do rio Guaporé, sendo sua sede administrativa a cidade
mais importante na margem desse rio. A região limitada pelo
município começou a ser ocupada a partir do fim do século
XVII, intensificando-se no século XVIII, inicialmente nela
se estabeleceram os espanhóis fundando as missões de São
Simão, na foz do rio Corumbiara, e de São Miguel na foz
desse rio e de Santa Rosa, a uns 4 Km abaixo da atual cidade
de Costa marques.
A denominação de Costa Marques à localidade, foi dada
pelo Governador do Estado de Mato Grosso, em homenagem
ao homem público Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques,
sexto presidente desse Estado no período de 1911 à 1915.
Ao ser elevado o distrito de Costa Marques a município,
manteve esta denominação.
GUAJARÁ-MIRIM
O nome do município de Guajará-Mirim é de origem
indígena significando Cachoeira (Guajará) pequena (Mirim),
assim já era conhecida o local desde o século XVIII, como
um dos pontos de referência geográfica na rota Santa Maria
Belém-do Pará/Vila Bela da Santíssima Trindade em Mato
Grosso. No início do século XX tornou se mais conhecida
ao ser o local escolhido para o ponto terminal da Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré. (Concluída em 30 de abril de 1912
e inaugurada oficialmente em 1 de agosto deste mesmo ano).
No dia 12 de junho de 1928, o povoado de Guajará-
Mirim era elevado a categoria de cidade, passando a ser a
sede do município do mesmo nome, através da Lei n.º 991,
do Governo do Estado do mato Grosso. A instalação do
município ocorreu em 10 de abril de 1929.
Em 1943, passou a constituir-se parte integrante do
Território Federal do Guaporé (Rondônia), nas condições
de Município, ostentando o seu nome original de Guajará-
Mirim.
17
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
NOVA MAMORÉ
O município de Nova Mamoré, seu nome teve origem
do fato circunstancial dos moradores de Vila Murtinho,
por necessidade de fugir do isolamento a que foram
relegados com a desativação da ferrovia Madeira- Mamoré,
mudaram-se para outro local a margem a rodovia BR 425
(Guajará-Mirim/Abunã), o qual denominaram de Vila Nova,
provavelmente em alusão a vida nova que iniciavam no local
escolhido para fazerem ressurgir a antiga morada que por
circunstâncias adversas foram induzidos a abandoná-la.
O povoado expandiu-se rapidamente, tornando-se
distrito do Município de Guajará-Mirim, para em seguida
ser elevado a categoria de Município, mantendo o nome de
Vila Nova acrescido da localização geográfica, ficando sua
denominação oficial, Vila Nova do Mamoré.
ALTO PARAÍSO
Originou-se do NUAR (Núcleo Urbano de Apoio Rural)
Marechal Dutra um dos projetos de assentamento de colonos
do INCRA. O nomeAlto Paraíso deve-se ao deslumbramento
dos colonos ante a beleza da pujante floresta descortinada do
topo de uma elevação de relevo do terreno, associando essa
paisagem à idéia do que teria sido o Edem dos primórdios
da humanidade. Denominando o núcleo ali surgido de Alto
Paraíso, e com o qual foi criado o município pela Lei n.º 375,
de 13 de fevereiro de 1992.
NOVO HORIZONTE
Criado pela Lei n.º 365, de 13 de fevereiro de 1992,
originou o NUAR dessa mesma denominação, integrante
do projeto de colonização Rolim de Moura. O pequeno
núcleo inicial teve rápido desenvolvimento sócioeconômico
graças a dedicação ao trabalho na agricultura e pecuária
principalmente, pelos pioneiros seus fundadores.
O destaque alcançado como centro de alta produtividade
de agropecuário, foi fator decisivo para sua transformação
em município.
CACAULÂNDIA
Teve sua origem do NUAR (Núcleo Urbano de Apoio
Rural) com essa denominação, integrante do projeto Marechal
Rondon de assentamento de colonos do INCRA. Situado na
zona cacaueira o núcleo desenvolveu-se rapidamente tendo
por sustentação exonômica a produção
e comercialização de cacau. Foi elevado a município
com o nome de Cacaulândia, pela Lei n.º 374, de 13 de
fevereiro de 1992.
CAMPO NOVO DE RONDÔNIA
Surgiu de um núcleo de garimpagem, no qual foi
construído um campo de pouso para pequenos aviões. O
lugar passou a ter como referencial a nova pista de pouso,
as pessoas denominavam o lugar para eles se dirigirem ao
enviar correspondência, com o nome de “Campo Novo”.
Por sua evolução sócio-econômico foi transformado em
município pela Lei n.º 379 de 13 de fevereiro de 1992, com a
denominação de Campo Novo de Rondônia.
CANDEIAS DO JAMARI
Temsuaorigemoficialaserinstaladonolocalpertencente
ao município de Alto Madeira com sede em Santo Antônio,
pelo Governo do Estado de mato Grosso, um Distrito Policial
criado pelo Ato n.º 2.213, de 14 de novembro de 1939. O
insignificante lugarejo à margem direita do rio Candeias
servia de ponto de estacionamento de quem se dirija para
os seringais do alto rio Candeias, bem como de depósito de
borracha que desciam o rio, pois o lugarejo fica no ponto
de cruzamento da rodovia mato Grosso-Amazonas nesse rio,
facilitando o transporte de produção para Porto Velho ou para
Cachoeira de Samuel onde aportavam as gaiolas e as outras
embarcações de menor porte vindos de Manaus e para onde
retornavam.
Somente no final da década de setenta, foi que o Candeias
começou a expandir o seu núcleo urbano, a agricultura,
o comércio e o turismo que proporcionam as praias do rio
Candeias. O seu rápido desenvolvimento permitiu a sua
elevação a município pela Lei n.º 363, de 13 de fevereiro de
1992.
CASTANHEIRAS
Surgiu do NUAR União da Vitória integrante do Projeto
de colonização Rolim de Moura. Que tornou-se destacado
pela agropecuária, sendo elevada a município pela Lei n.º
366, de 13 de fevereiro de 1992, com o nome de Castanheiras,
escolhido pelo Deputado Amizael Gomes da silva, relator
da constituição do Estado, por ser o espaço demográfico do
município abundante dessas belas e importantes árvores da
Hilea Amazônica.
CORUMBIARA
Originou do NUAR Nova Esperança, integrante do
Projeto de Colonização Paulo Assis Ribeiro/ INCRA.
Tornando-se destacado núcleo agropecuária, com
expressivo desenvolvimento sócio-econômico, foi elevado
a município pela Lei n.º 377, de 13 de fevereiro de 1992,
com a denominação de Corumbiara em homenagem a esse
importante rio afluente da margem direita do rio Guaporé.
GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA
Criado pela Lei n.º 373, de 13 de fevereiro de 1992, com
este nome em homenagem ao Governador Jorge Teixeira
de Oliveira, criador do Estado de Rondônia e seu primeiro
governante. O município surgiu do NUAR Pela Branca
integrante do Projeto de Colonização Padre Adolfo Rohl. É
importante centro econômico agropecuário.
JAMARI
Surgiu de um povoado a margem da rodovia BR 364,
a 105 Km de Porto Velho, denominado Itapoã do Oeste.
O lugarejo teve rápido progresso econômico e social,
proporcionando-lhe as condições de ser elevado a município,
o que ocorreu através da Lei n.º 364, de 13 de fevereiro de
1992, com a denominação de Jamari, em homenagem a esse
18
Didatismo e Conhecimento
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA
importante rio afluente da margem direita do rio Madeira,
o qual atravessa o referido município. Nome sugerido pelo
Deputado Amizael Gomes da Silva, justificando a sua
sugestão com a premissa de que os municípios a serem
criados devem ostentarem nomes que se identifique com a
história, a geografia e a cultura de Rondônia.
MINISTRO ANDREAZZA
Criado pela Lei n.º 372, de 13 de fevereiro de 1992, com
este nome em homenagem ao Ministro Mário Andreazza
em reconhecimento a sua direta participação na elevação
de Rondônia a categoria de Estado. O município surgiu do
NUAR Nova Brasília integrante do Projeto de Colonização
Gy-Paraná/INCRA. É destacado pela agropecuária.
MIRANTE DA SERRA
Surgiu do NUAR Mirante da Serra, integrante do Projeto
de Colonização Ouro Preto/INCRA. Tornando-se importante
centro produtor agrícola, atingindo relevante destaque social
e econômico, foi transformado em município pela, Lei n.º
369, de 13 de fevereiro de 1992.
Seu nome é em homenagem a serra do Mirante, acidente
do relevo do seu território.
MONTE NEGRO
Teve origem do NUAR Boa Vista integrante do
Projeto de Colonização Marechal Dutra/INCRA. O seu
desenvolvimento sócio-econômico proporcionou-lhe as
condições de ser transformado em município pela Lei n.º
378, de 13 de fevereiro de 1992, com denominação de Monte
Negro, em homenagem a um acidente do relevo do seu
território com esse nome.
RIO CRESPO
Criado pela Lei n.º 376, de 13 de fevereiro de 1992, com
este nome em homenagem ao rio Preto do Crespo. Surgiu
do NUAR Cafelândia, integrante do Projeto de Colonização
Mal. Deodoro/INCRA. É importante polo agrícola e pecuário.
SERINGUEIRAS
Criada pela lei n.º 370, de 13 de fevereiro de 1992,
seu nome é uma homenagem à Hévea Brasiliense cuja
exploração consolidou a posse da Amazônia e sua integração
ao Território Nacional. E sendo a bacia do rio São Miguel
no espaço geográfico do município uma área rica em
seringueiras explorada desde o século XIX, nada mais justa
a homenagem prestada. O município surgiu do NUAR Bom
Princípio, integrante do Projeto de Colonização do mesmo
nome. É importante pela agropecuária.
THEOBROMA
Surgiu do NUAR Theobroma, integrante do Projeto de
Colonização Padre Adolfo Rohl. O seu desenvolvimento
econômico como polo cacaueiro proporcionou-lhe as
condições de ser transformado em município pela Lei n.º
371, de 13 fevereiro de 1992. O seu nome é em homenagem
ao cacau, cuja denominação científica é Theobroma.
URUPÁ
Foi criado pela Lei n.º 368, de 13 de fevereiro de 1992, o
seu nome é em homenagem ao rio Urupá, importante afluente
do rio Ji-Paraná. Sua origem é do NUAR Urupá integrante
do Projeto de Colonização Ouro Preto/INCRA. É destacado
polo agrícola e pecuário.
VALE DO PARAÍSO
Surgiu do NUAR Vale do Paraíso, integrante do Projeto
de Colonização Ouro Preto/NUAR. O seu nome é originado
do Igarapé Paraíso em cujo vale fica localizada a cidade sede
do novo município pela Lei n.º 367, de 13 de fevereiro de
1992.
ALTO ALEGRE DOS PARECIS
Criado pela Lei n.º 570, de 22 de junho de 1.994, fica
situado na região sul, originou-se de um núcleo agropecuário,
na Chapada dos Parecis, o seu nome deriva-se da beleza
natural do local que entusiasmou seus fundadores dando-lhe
essa denominação.
CUJUBIM
Criado pela Lei n.º 568, de 22 de junho de 1994,
originou-se de um núcleo agropecuário de cassiterita na área
de influência de Ariquemes. O seu nome é em homenagem
a uma ave da fauna amazônica, muito comum nas selvas de
Rondônia.
NOVA UNIÃO
Criado pela Lei n.º 566, de 20 de junho de 1994, situado na
região central do Estado, surgiu de um Núcleo agropecuário,
sua denominação é um alusão ao esforço a união de seus
fundadores em prol do seu desenvolvimento.
PARECIS
Criado pela Lei n.º 573, de 22 de junho de 1994, situado
na região sul na Chapada dos Parecis, surgiu de um núcleo
agropecuário. Seu nome é em homenagem a nação indígena
com essa denominação.
PRIMAVERA DE RONDÔNIA
Criado pela Lei n.º 569, de 22 de junho de 1994, situado
na região Centro-Sul do Estado, originou-se de um núcleo
agropecuário denominado por seus fundadores com o nome
de Primavera.
TEIXEIRÓPOLIS
Criado pela Lei n.º 571, de 22 de junho de 1994, surgiu de
um núcleo agropecuário, situado na região central do Estado.
O seu nome é uma homenagem ao Coronel Jorge Teixeira de
Oliveira, primeiro Governador do Estado de Rondônia.
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  • 1. 1 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA O moderno Estado de Rondônia, cuja capital é Porto Velho, surgiu da cisão de terras que, no passado, pertenciam aos seguintes Estados: Mato Grosso e Amazonas. Ao ser criado, em 1943, foi denominado de “território de Guaporé”. Em 17 de fevereiro de 1956, passou a ser chamado de Rondônia, mas só foi integrado à Federação em 1981. Seu nome é uma homenagem ao explorador dos sertões do Amazonas e do Mato Grosso, Cândido Mariano da Silva Rondon, o conhecido marechal Rondon. Em busca de novas terras e riquezas, franceses, ingleses, portugueses, holandeses e espanhóis entraram no Estado do Amazonas, por volta do século 17, período em que teve início a ocupação européia em terras amazonenses. Mas essa invasão passou a ser controlada, especialmente, pelo Tratado de Tordesilhas (importante documento que regulou a expansão e descobertas de Portugal e Espanha por meio de medidas limítrofes) e pelo Tratado de Madri (documento que gerou novas definições de limites, concedendo a Portugal o direito de proteger e de se apropriar definitivamente da região). Seu povoamento foi efetivado com a exploração dos seringais, no século 19, por ocasião da etapa do ciclo da borracha. Nesse período, a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) foi importantíssima. Bacias hidrográficas As três bacias principais: Bacia do Rio Madeira O principal rio dessa bacia se chama Madeira. É muito importante, pois converge do rioAmazonas (margem direita), juntamente com seus afluentes. As expedições estrangeiras navegaram muito por suas águas e os jesuítas estabeleceram uma base missionária em sua foz. As proporções do rio Madeira são interessantes. Sua profundidade pode ir além dos 13 metros e sua largura varia entre 440 e 9.900 metros. Por causa disso, é natural que grandes navios naveguem por suas águas. Segundo a Enciclopédia Britânica, o rio Madeira, apesar de ser extenso: 3.370 km, só pode ser navegado num percurso total de 1.500 km. Devido ao seu tamanho, percorre os Estados do Amazonas e Rondônia. Bacia dos rios Guaporé e Mamoré O rio Guaporé está situado entre o Brasil e a Bolívia. Seu percurso total é de 1.716 km. Nasce a 1.800 m de altitude na Chapada dos Parecis, em Mato Grosso. Ao entrar em área rondoniense, encontra-se com o rio Mamoré, cuja largura varia entre 150 e 710 metros, com cerca de 2 a 10 metros de profundidade. O rio Guaporé “presenciou” grandes lutas, travadas entre os portugueses e os espanhóis. O rio Mamoré, por sua vez, é proveniente da Cordilheira dos Andes (na Bolívia), onde é conhecido pelo nome de Grande de La Plata. Ao receber as águas do rio Guaporé, que se unem ao rio Beni (também na Bolívia), passa a ser designado de Mamoré, formando a nascente do rio Madeira. Bacia do rio Ji-Paraná O rio Ji-Paraná é o mais destacado afluente do rio Madeira, em Rondônia, devido à longa extensão do seu curso, que cruza todo o Estado no sentido Sudeste/Nordeste. Sua complexidade hidrográfica atinge uma superfície de 92.500 km², aproximadamente. Os principais rios que formam estas Bacias hidrográficas: Rio Guaporé Nasce na serra dos Parecis, região de Mato Grosso. Ao alcançar a cidade de Vila Bela, toma a direção norte-oeste entrando em terras rondonienses na cidade de Pimenteiras do Oeste, passando por Cabixi, Cerejeiras, São Miguel do Guaporé até Costa Marques. A 12o de latitude sul recebe as águas do rio Mamoré. Seu trecho navegável é de 1.500 quilômetros e se constitui em fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia. Seus afluentes brasileiros são os rios Cabixi, Corumbiara, Mequéns, Colorado, São Miguel, Cautário e Cautarinho, todos com nascentes na Chapada dos Parecis; Rio Mamoré Nasce na Cordilheira dos Andes, em território boliviano com o nome Grande de La Plata, passando a ser designado Mamoré quando alcança a Serra dos Pacaás Novos, região de Guajará-Mirim. Constituindo- se em fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia, recebe as águas do rio Guaporé e, ao juntar-se ao Beni, outro rio boliviano, recebe a designação Mamoré e passa a formar a nascente do rio Madeira. Seu curso possui uma extensão de 1.100 quilômetros e é totalmente navegável. Tem como principais afluentes brasileiros os rios Sotério, pacaás Novos, Bananeiras e Ribeirão ou Lajes. Seus acidentes hidrográficos são as corredeiras Lages, Bananeiras, Guajará-Acu e Guajará- Mirim; Rio Ji-Paraná ou Machado Nasce da junção dos rios Barão de Melgaço, também chamado de Comemoração de Floriano, e Apediá, chamado de Pimenta Bueno, na chapada dos Parecis. Seu curso tem uma extensão de 800 quilômetros, atravessando a região central do Estado até desembocar no rio Madeira, região de Calama, no município de Porto Velho. Tem como afluentes pela margem direita os rios Riozinho, Lourdes, São João e Tarumã. Pela margem esquerda os afluentes são os rios Luiz deAlbuquerque, Rolim
  • 2. 2 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA de Moura, Ricardo Franco, Preto, Jaru, Boa Vista, Urupá e Machadinho. Seu principal acidente hidrográfico, dentre os vários existentes e que dificultam a navegação, é a cachoeira 02 de Novembro, localizada no município de Machadinho do Oeste. Rio Madeira ou Caiary Nasce na junção dos rios Beni e Mamoré, sendo o maior afluente do rio Amazonas pela margem direita. Sua extensão é de 3.240 quilômetros, sendo 1.700 em território brasileiro. Mas, devido aos diversos acidentes hidrográficos, seu curso navegável é de 1.116 quilômetros, a partir da cachoeira de SantoAntonio, em Porto Velho até Itacoatiara,AM. Seus afluentes pela margem direita são os rios Ribeirão, Mutum-Paraná, Jacy-Paraná, Jamari e Machado. Pela margem esquerda os afluentes são os rios Abunã, Ferreiros, José Alves, São Simão e o igarapé Cuniã. - Os acidentes hidrográficos existentes no rio Madeira são os seguintes: (trecho Porto Velho/Guajará-Mirim) Corredeiras: Periquitos, Três Irmãos, Macaco, Morrinhos, Pederneiras, Chocolatal, Araras e Lages. Guajará-Açu e Guajará-Mirim; Cachoeiras: Santo Antonio, Caldeirão do Inferno, Paredão, Misericórdia, Madeira, Pau Grande e Bananeiras; Saltos: Teotônio, Girau e Ribeirão. As principais Ilhas do Estado: No Rio Madeira, Santana, Jacy-Paraná, Três Irmãos, 7 de Setembro, Misericórdia, 15 de Novembro, Marina e Anús ou da Confluência: No Rrio Mamoré, Soares e Saldanha: No Rio Guaporé, Comprida. PLANÍCIE AMAZÔNICA (vale do Madeira), serra dos Parecis e serra dos Pacaás Novos (vale do Guaporé). Nesta serra localiza-se o ponto mais elevado de Rondônia, o Pico do Tracuá. Principais rios Rios Machado ou Ji-Paraná; Guaporé, Mamoré, Madeira, Jacy-Paraná, Mutum-Paraná, Aripuanã ou Roosevelt, e Jamary. A planície Amazônica situada nos estados de Rondônia, apresenta a altitude de 90 a 200 metros acima do nível do mar, estende-se desde o extremo norte nos limites deste com o Estado do Amazonas, se prolongando nas direções sul e sudeste até encontrar as primeiras ramificações da chapada dos Parecis e da Encosta Setentrional.Esta Planície se constitui em sua superfície aplainada morfoclimática típica de floresta, resultante das oscilações climáticas do período quaternário com climas mais secos sucedidos por climas mais úmidos, atuando para o seu aplainamento e compartimentação da superfície revestida por seixos, laterito, sedimentos areno-argilosos nas áreas de terra firme, de acumulação areno-argilosos recentes nas áreas de várzea e de constituição argilo-ferruginosa nos barrancos. ENCOSTA SETENTRIONAL DO PLANALTO BRASILEIRO Este acidente do relevo do Estado é correspondente a uma faixa de terreno arqueano, constituída de restos de uma superfície de aplainamento rebaixada pelas sucessivas fases erosivas, subdivididas em patamares de altitude entre mais de 100 metros e menos de 600 metros formando detritos residuais espersas, colinas de topos plainados, colinas com inselbergs, pontões, afilamentos de granitos, lateritos e matacões de tamanhos variados, morros isolados e esporões de cristas agudas. Sobre as superfícies plainadas surgem rochas sedimentares (pleistocenas) e depósitos em conseqüência da erosão provocada por violentas enxurradas, ocorridas em períodos remotos, em decorrência do clima mais seco e por falta da cobertura florestal. CHAPADA DOS PARECIS - PACAÁS NOVOS A chapada dos Parecis-Pacaás Novos constitui a superfície cimeira do Estado, desenvolvendo-se na direção Noroeste - Sudeste é pertencente ao sistema mato-grossense do Maciço Central Brasileiro com altitude acima de 300, e entre 600 a 900 metros, com pontos culminantes acima de 1.000 m. A Chapada é originária de uma antiga área de deposição, soerguida e entalhada pela erosão por intenso processo de movimentos diastróficos de caráter epirogenético, originando falhamento e diaclasamento do relevo, como: superfície cimeira entalhada de rochas correspondentes às partes mais elevadas; restos de antigas superfícies deformadas por desdobramentos de grandes raios de curvaturas bastante dissecada e delimitadas por falhas; e patamares de erosão antiga glacial escalonadas. Vários rios nascem em suas encostas Sul e Oeste descendo na direção do rio Guaporé. A Chapada serve de divisória de águas entre as bacias do rio Jaci - Paraná e dos rios Guaporé - Mamoré, do rio Jí-Paraná e do Roosevelt. VALE DO GUAPORÉ-MAMORÉ Vale do Guaporé-Mamoré é uma vasta planície dissimétrica de forma tabular, formada por terrenos sedimentares recentes, cuja altitude média fica entre 100 a 200 metros. Estende-se desde o sopé das chapadas dos Parecis e Pacaás Novos no Estado de Rondônia, até atingir os primeiros contrafortes dos Andes, na República da Bolívia; na direção Sudeste se prolonga pelo Estado de Mato Grosso. A porção pertencente ao Estado é restrita, fica limitada na direção Leste - Oeste entre a Chapada dos Parecis e rios Guaporé e Mamoré, ambos linhas de limite entre o Brasil e a Bolívia; na direção Norte - Sul, entre a Encosta Setentrional e rio Cabixi, nos limites com o Estado de Mato Grosso. Esta região é constituída por terrenos alagadiços, associados a platôs mais elevados. É drenada pelas águas dos rios Guaporé, Mamoré e pelos baixos cursos de seus afluentes. As enchentes dos rios inundam dezenas de quilômetros das áreas mais baixas, formando lagos temporários e amplos meandros divagantes de escoamento bastante complexo.
  • 3. 3 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA ASPECTOS GEOGRÁFICOS Área Geográfica: 238.512,8 km2, representando 6,19% da região Norte e 2,80% do País. Rondônia é 3º Estado em extensão territorial da região Norte. No contexto nacional, constitui-se o 15º em extensão territorial e o 23º em termos populacionais. Limites: ao Norte e Nordeste, estado do Amazonas; ao Sul e Oeste, República da Bolívia; a Leste e Sudeste, estado de Mato Grosso; a Noroeste, os estados do Acre e do Amazonas. A extensão da fronteira do Estado de Rondônia com a república da Bolívia é de 1.342 quilômetros. Setor Primário do Estado – Agricultura, pecuária, piscicultura, apicultura, extrativismo vegetal e mineral. - O extrativismo mineral destaca-se pela ocorrência de ouro, cassiterita, diamante, nióbio, quartzo, granito e água mineral. - O extrativismo vegetal destaca-se pela produção de cacau, madeira em toras, castanha-do-pará e borracha silvestre. - O setor agrícola destaca-se nacionalmente por produzir cereais, café, soja, milho, banana, mandioca e algodão, além de hortifrutigranjeiros. - O efetivo pecuário é composto, principalmente, de rebanhos bovinos de corte e de leite, com mais de cinco milhões de cabeças e uma Bacia leiteira em franca expansão, notadamente nas regiões de Porto Velho, Jaru e Ouro Preto do Oeste. Setor secundário Prevalece a agroindústria, notadamente na produção de laticínios, na região central do Estado. Mas crescem as indústrias de transformação destinadas aos setores moveleiro, de confecções, couro e calçados. Setor terciário Envolve comércio e serviços, é o que mais cresce no Estado, tendo em vista a evolução urbana, a exemplo de municípios como Vilhena, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Cacoal, Ji-Paraná, Jaru, Ouro Preto e Ariquemes. Principais grupos indígenas existentes – Suruí, Gavião, Cinta Larga, Karipuna, Pakaas Nova, Arara, Kaxarari, Eu-Uru-Uau-Uau, Nhanbiquara e Karitiana. Clima Predominante: - Equatorial quente-úmido ou tropical úmido, variando de acordo com a altitude, com a temperatura variando entre 18o e 33o centígrados. A variação mínima ocorre no município de Vilhena e região, e a máxima no de Porto Velho e região. A estação chuvosa vai de outubro a março e o período de seca, de maio a setembro. Localização Geográfica: Região Norte, ao sul da Amazônia Ocidental. A região amazônica abrange os seguintes países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname, Peru, Venezuela e Brasil. No Brasil, onde fica localizada a Amazônia Ocidental, a Amazônia corresponde a 50% do território nacional e abrange os estados do Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins, parte do Maranhão e do Mato Grosso. Poder Político A representação política do Estado de Rondônia é constituída por três senadores e oito deputados federaisqueatuamnoCongressoNacional.Emnívelestadual, a Assembléia Legislativa é composta por 24 deputados estaduais. No plano municipal, existem 537 vereadores, 52 prefeitos e 52 vice-prefeitos. O Poder Executivo Estadual é exercido pelo governador e, nos seus impedimentos, pelo vice-governador. Formação Étnica É semelhante ao restante do país, formada por brancos, negros e índios. Mas em virtude das fases de atração imigratória e migratória ocorrentes durante os ciclos de produção econômica, diversos povos dessas raças deram sua contribuição para o elemento humano rondoniense, cuja identidade regional ainda está em formação. Ocupação humana O processo de povoamento do espaço físico que constitui o estado de Rondônia começa no século XVIII, durante o ciclo do Ouro, quando mineradores, comercializadores, militares e padres jesuítas fundam os primeiros arraiais e vilas nos vales Guaporé-Madeira. A decadência desse ciclo de produção aurífera causa a involução populacional desses arraiais, vilas e cidades surgidas no auge do ciclo do Ouro, com o êxodo dos portugueses e paulistas que formavam o topo da sociedade da época. Mas ficam os negros remanescentes do escravismo, os mulatos e os índios já aculturados. No século XIX, o primeiro ciclo da Borracha, em sua fase primária, atraiu basicamente nordestinos e bolivianos para o trabalho nos seringais, mas não gerou núcleos de povoamento nesse espaço geográfico tendo em vista o conceito econômico, que não produzia riquezas locais, por tratar-se de uma economia de exportação, cujos principais núcleos localizavam-se Manaus e Belém. No entanto, os sub-ciclos gerados em decorrência da construção e funcionamento da Ferrovia Madeira-Mamoré, o Ferroviário, e das Estações Telegráficas da Comissão Rondon, o do Telégrafo, atraíram povoadores para as terras rondonienses originários de várias regiões brasileiras e de outros países, que se fixaram e formaram núcleos urbanos. As estações telegráficas da Comissão Rondon atraíram, principalmente, matogrossenses, paulistas e nordestinos, que trabalhavam nos serviços de telegrafia, e acomodavam- se em suas cercanias gerando pequenos núcleos urbanos, como Ariquemes, Presidente Pena ou Urupá, Pimenta Bueno e Vilhena. A Madeira-Mamoré atraiu vários contingentes imigratórios destinados ao trabalho nas obras da ferrovia, nos setores técnicos e administrativos da empresa com seus diversos ramos de exploração, comercialização e serviços, e ao comércio que se formava ao redor. Nesta fase de imigrações instalaram-se em terras rondonienses, notadamente nos núcleos urbanos de Porto Velho, Jacy- Paraná, Mutum-Paraná, Abunã, Guajará-Mirim e Costa Marques, imigrantes turcos, sírios, judeus, gregos, libaneses, italianos, bolivianos, indianos, cubanos, panamenhos, porto-
  • 4. 4 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA riquenhos, italianos, barbadianos, tobaguenses, jamaicanos e bolivianos. A migração ocorreu com a fixação de nordestinos procedentes dos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba, além de amazonenses, paraenses e matogrossenses. O segundo ciclo da Borracha, iniciado em 1942, funcionou completamente diferenciado do primeiro e encontrou a região com sua infra-estrutura em fase de consolidação. Os povoadores dos seringais eram nordestinos, mas divididos em duas categorias, os seringueiros civis e os soldados da borracha, estes, incorporados ao Batalhão da Borracha. Os núcleos urbanos desenvolveram-se. O sistema de saúde pública melhorou consideravelmente e as ações de governo estenderam-se para o interior. A geopolítica regional passa por total transformação tendo em vista a criação do Território Federal do Guaporé em terras desmembradas dos estados de Mato Grosso e do Amazonas. Nesse período, as estações telegráficas da Comissão Rondon funcionavam como receptores de uma ocupação humana rural-rural, procedente do Mato Grosso, destinada á pecuária, formando grandes latifúndios onde funcionavam antigos seringais. O ciclo do Diamante promoveu mudanças substanciais na ocupação humana e desenvolvimento dos povoados de Rondônia (hoje Ji-Paraná) e Pimenta Bueno, enquanto o ciclo da Cassiterita expandiu a ocupação humana no espaço físico que compreende as microrregiões de Porto Velho e Ariquemes. O ciclo da Agricultura, cuja atração migratória começou desordenadamente em 1964, fixou em Rondônia contingentes migratórios procedentes do Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Amazonas, Pará, Acre e do Nordeste, destacando-se os estados do Ceará, Bahia, Piauí, Paraíba e Sergipe. As microrregiões formadas pelos municípios de Vilhena, Pimenta Bueno e Rolim de Moura, receberam migrantes mato-grossenses, gaúchos e paranaenses, em sua maioria. As microrregiões formadas pelos municípios de Cacoal, Presidente Médice e Ji-Paraná, recebem gaúchos, paranaenses, paulistas, e nordestinos, em sua maioria. Migrantes capixabas, paranaenses, mineiros e baianos formam a maioria dos que se fixaram nas microrregiões de Ouro Preto, Jaru e Ariquemes. As regiões de Porto Velho e Guajará-Mirim receberam povoadores, mas em menor escala e de categorias diferentes, considerando-se que o ciclo da Agricultura atraiu, em princípio, uma migração rural-rural, para, em seguida, fixarem-se migrantes de características rural-urbana - Os municípios rondonienses localizados na faixa da fronteira boliviana são: Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Costa Marques, Alta Floresta do Oeste, São Francisco do Guaporé, Alto Alegre dos Parecis, , Pimenteiras do Oeste e Cabixi. Divisão geopolítica: o estado de Rondônia é formado por 52 municípios e 57 distritos. Municípios Rondonienses Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias do Jamary, Itapuã do Oeste, Alto Paraíso, Monte Negro, Buritis, Campo Novo de Rondônia, Rio Crespo, Cujubim, Ariquemes, Cacaulândia, Machadinho do Oeste, Vale do Anari, Theobroma, Governador Jorge Teixeira, Jaru, Vale do Paraíso, Nova União, Mirante da Serra, Teixeirópolis, Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médice, Urupá,Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Nova Brasilândia do Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Castanheiras, Alta Floresta do Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Santa Luzia do Oeste, Rolim de Moura, Ministro Andreazza, Cacoal, Espigão do Oeste, Primavera de Rondônia, São Felipe d’Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste, Cabixi e Vilhena. Dois municípios rondonienses estão entre os 15 municípios brasileiros que obtiveram as maiores taxas nacionais de médias de crescimento populacional. Buritis, com 29,09% e Campo Novo de Rondônia com 23,20%. CRIAÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA E PROCESSOS DE POVOAMENTO. NÚCLEOS DE POVOAMENTO Entre as fases de desenvolvimento do estado de Rondônia podemos destacar a descoberta de ouro no rio Corumbiara, no século XVIII; a conquista e o povoamento dos vales do Guaporé, Mamoré e Madeira; a construção do Real Forte do Príncipe da Beira, no período colonial; o Primeiro e o Segundo Ciclos da Extração de Látex; a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a descoberta de minério de estanho (cassiterita) em 1952. O período mais expressivo do desenvolvimento regional ocorreu a partir da abertura da BR 364, e com implantação de projetos de colonização, pelo Governo Federal, através do INCRA. Buscamos, de forma simples, apresentar como ocorreu a ocupação do espaço regional, que tem início no século XVIII, com a fundação da aldeia de Santo Antônio, pelo padre jesuíta João Sampaio, na primeira cachoeira do rio Madeira, sentido foz-nascente. Posteriormente as descobertas de ouro nos afluentes da margem direita do rio Guaporé despertaram interesses na Coroa Portuguesa pela posse da terra, portanto, em 1748, funda a capitania de Mato Grosso, cujos limites abrangiam a maior parte das terras do atual estado de Rondônia. Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, considerado o primeiro governador da capitania de Mato Grosso (1751- 1764), iniciou uma política de povoamento e fundação de feitorias ao longo dos rios Guaporé e Madeira e construiu o Forte de Conceição que foi substituído pelo Real Forte do Príncipe da Beira. Nesse mesmo período, iniciou-se a exploração fluvial do rio Madeira e seus afluentes Mamoré e Guaporé, pela Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, que utilizava essa rota fluvial com exclusividade para o abastecimento das minas de ouro dos afluentes do rio Guaporé e da capital da capitania de Mato Grosso (Vila Bela da Santíssima Trindade).
  • 5. 5 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA Com a decadência da mineração, no vale guaporeano, no final do século XVIII, a região foi abandonada por um período aproximado de 100 anos. A partir de 1877, com o desenvolvimento da indústria de produtos derivados de látex o vale do Madeira e seus afluentes foram ocupados pelos seringueiros que, na sua maioria, eram retirantes que fugiam da seca que assolava o nordeste Brasileiro. A construção da Ferrovia Madeira Mamoré marcou um mportante ponto nas relações diplomáticas entre Brasil e Bolívia. Constitui-se também num elemento definidor da ação Imperialista de potências estrangeiras na região amazônica. A Madeira Mamoré representa um dos marcos da modernidade capitalista liberal nos confins da selva do Madeira. A construção da EFMM objetivava atender as necessidades de transporte de mercadorias e cargas pelo trecho encachoeirado do Madeira e Mamoré. Deveria facilitar o escoamento da produção de borracha e das exportações bolivianas. A construção da ferrovia atende também ao que foi previsto pelo Tratado de Petrópolis e constituiu-se em um dos elementos decisivos para o impulso do recente processo de migração para a região desencadeada a partir do século XX. Ao longo da ferrovia surgiram diversos núcleos de povoamento e dois munícipios; Porto Velho e Guaiará- Mirim. ‘Trabalharam em suas obras mais de 20.000 operários de diversas nacionalidades. Calcula-se que 6.500 trabalhadores tenham morrido vitimas das doenças tropicais. A obra custou o equivalente a vinte e oito toneladas de ouro pelo câmbio de 1912. A construção da ferrovia deu a Companhia Madeira Mamoré o ireito de exploração das terras que lhe eram adjacentes. Com a crise da borracha e a retração da economia amazônica EFMM entrou em decadência. Foi nacionalizada em 1931 e desativada pelo 5° BEC por ordem do Ministério do Interior, em 10 de julho de 1972.Alguns pequenos trechos, no entanto, foram reativados no início da década de 80 para fins turísticos em Porto Velho e Guajará-Mirim durante o governo do Coronel Jorge Teixeira. 1861: Quentin Quevedo a serviço do governo boliviano faz estudos sobre a viabilização. de transportes nos trechos encachoeirados do Madeira e do Mamoré, a Bolívia precisava criar condições satisfatórias para a exportação através do Atlântico, das mercadorias produzidas no Altiplano e nas áreas da Planicie Amazônica. O governo do Amazonas envia João Marfins da Silva Coutinho para efetuar estudos semelhantes na região. Ambos os relatórios apresentam conclusões semelhantes apontando-se para a necessidade de construção de uma ferrovia na região encachoeirada. Entre 1877 e 1915, surgiram os povoados de Urupá (origem da atual cidade de Ji-Paraná), Pimenta Bueno, Jaru, Papagaios (atual cidade de Ariquemes) e diversos outros que surgiram e desapareceram como Santo Antônio do Rio Madeira, que chegou a ser uma cidade e o povoado de Samuel, no rio Jamari. Com a desvalorização do preço do látex no mercado internacional a região ficou estagnada, a partir de 1912, por um período de aproximadamente 30 anos, e ocorreu o retorno de seringueiros a suas regiões de origem. Em 13 de setembro de 1943, no auge do Segundo Ciclo da Borracha, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto- Lei 5.812, criando o Território Federal do Guaporé, com áreas desmembradas dos estados de Mato Grosso e Amazonas. Em 1956, o Território passa a ser denominado de Território Federal de Rondônia. Desta época data a última grande leva de migrantes para a região, composta quase que exclusivamente de nordestinos vinculados á exploração de seringueira, e denominados “Soldados da Borracha”. Neste mesmo ano, o Presidente Getúlio Vargas criou os territórios federais, entre eles o Território Federal do Guaporé, posteriormente Território de Rondônia, desmembrado de terras do Amazonas e Mato Grosso. Em 1945 foram criados os municípios de Guajará- Mirim, que ocupava toda a região do Vale do Guaporé, e, Porto Velho, abrangendo toda a região de influências da atual BR - 364. Contudo, apesar do desaquecimento do mercado internacional da borracha, a região não se despovoou como no Primeiro Ciclo, mantendo alguns seringais ativos e prosseguindo o extrativismo da castanha e de algumas outras essências para atender o mercado europeu. Parte dos ex- soldados da borracha deixaram os seringais e fixaram-se na Colônia Agrícola IATA, em Guajará- Mirim, criada em 1945, e na Colônia Agrícola do Candeias, em Porto Velho, criada em 1948. Tanto assim que os primeiros dados demográficos disponíveis registram no final da década de 40 uma população de 36.935 habitantes em Rondônia, sendo 13.816 na área urbana e 23.119 na área rural, tendo a cidade de Porto Velho cerca de 60% da população total da época. Além disso, o traçado telegráfico estabelecido por Rondon deu início, a partir de 1943, os primeiros passos para a construção da BR- 29, posteriormente denominada BR-364. Na década de 50 do século XX é descoberta a existência do minério de estanho (cassiterita), na região de Ariquemes. No início dos anos de 1960, foi aberta a BR 364, e partir de 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA deu início à implantação de projetos integrados de colonização, gerando um intenso fluxo migratório de colo- nos, procedentes, principalmente, das regiões Sul e Sudeste do país. O fruto do processo de colonização foi o desenvolvimento das vilas e povoados remanescentes do período dos seringueiros e o surgimento de todas as cidades do estado de Rondônia, exceto Porto Velho e Guajará-Mirim. Porém, o desmatamento para fixar o homem no campo gerou o desaparecimento de várias espécies vegetais, principalmente de madeiras nobres, além da destruição da fauna.
  • 6. 6 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA Pela Lei Complementar n° 41, de 22 de dezembro de 1981, sancionada pelo presidente João Baptista de Figueiredo, foi criado o estado de Rondônia, e, no dia 4 de janeiro de 1982, ocorreu a cerimônia de sua instalação. Na década de setenta e início da década de oitenta do século XX o fluxo migratório era intenso e os órgãos governamentais, na época, pouco se preocupavam com a preservação do meio ambiente, gerando como conseqüência um desmatamento desordenado. Durante as últimas décadas, a ação humana transformou as condições naturais da região e modernizou a economia regional, sem observar as questões ambientais e as disparidades regionais dos vales e da região ao longo da BR 364, onde ocorreu a maior transformação regional. Assim como a alteração da qualidade de vida da população ribeirinha que vive às margens dos rios e sobrevive da extração vegetal. Atualmente essas contradições, cada vez mais evidentes, fazem parte do espaço rondoniense e devem ser observadas. Os órgãos públicos a partir da implantação do Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia, iniciado em 1988, no governo de Jerônimo Santana, tem se preocupado com as questões ambientais. Através do PLANAFLORO ocorreu um delineamento efetivado pelo Zoneamento Socioeconômico e Ecológico, foi envolvido pela crença de que a divulgação de um estudo sério viesse contribuir para uma mudança de cultura das nossas futuras gerações. Conteúdo de História de Rondônia no livro História Desenvolvimento e Colonização do Estado de Rondônia, obra do escritor Ovídio Amélio de Oliveira. ASPECTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS, AGRICULTURA E PECUÁRIA Turismo - Rondônia tem um grande potencial turístico pouco explorado. Com 1,7 mil km de extensão, o rio Madeira é o maior afluente da margem direita do Amazonas e margeia Porto Velho. Passear por suas águas significa navegar no meio da floresta Amazônica, observando árvores centenárias, aves exóticas e trechos de corredeiras. É também pelo rio Madeira que se chega ao lago do Cuniã, a 120 km da capital, uma reserva biológica com criadouro natural de peixes de água doce, sobre a qual há freqüentes revoadas de pássaros. Para atrair turistas, o governo criou uma zona de livre comércio em Guajará-Mirim, município localizado a 333 km dePortoVelho,àbeiradorioMadeira,nadivisacomaBolívia. Cada visitante pode comprar até 2 mil reais em produtos importados, entre os quais se destacam os eletroeletrônicos. Do outro lado do rio, na cidade boliviana de Guayaramerín, a cota é de apenas 150 dólares e a oferta de produtos limita-se a roupas e calçados. CULTURA O Estado é apenas um mosaico de diversas culturas, sem ter ainda uma cultura própria, devido ao grande número de imigrantes, oriundos principalmente de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bolívia e Japão(japoneses em Rondônia, no entanto, na maioria das vezes são adolescentes e jovens que migraram para o Brasil ainda crianças, e que por isso a maioria das pessoas pensa que são apenas descendentes, pela falta de sotaque e pelo claro “jeitinho brasileiro”) . Na culinária, são bastante consumidos os peixes amazônicos, o pão-de-queijo e a farinha mineira, a polenta paranaense, o churrasco gaúcho. Do Rio Grande do Sul também veio o chimarrão. Quanto ao vocabulário, as influências também são diversas: em algumas cidades é bastante comum o uso do “guri” sulista, e em outras o “piá” nordestino. Na zona rural, entre os mais velhos, é bem usado o “tchê” gaúcho. Nas cidades, entre os jovens, até poucos anos era usado o “piseiro”, gíria local com o sentido de festa, bagunça. Ainda hoje, os jovens usam o termo local “pocar”, que na maioria das vezes passou de pai para filho, e que pode ter dois sentidos: sair, ir embora (“amanhã eu vou pocar para o Amazonas”) ou, quando dito “pocado”, pode significar quebrado (“o carro já está todo pocado). Esse uso é mais incomum, e “pocar” não pode significar quebrar; apenas “pocado” é quebrado. Outra palavra local é “data”, no sentido de terreno. No dicionário, essa palavra tem como um dos seus vário significados“umterrenodoadopeloGoverno”.EmRondônia, no entanto, “data” se refere a todos os terrenos. Há também o “caçar”, que quer dizer procurar (“eu estava caçando você ontem”, “ele estava mesmo caçando encrenca”). ECONOMIA A composição econômica e a participação nacional no processo produtivo. Participação na formação do PIB (Produto Interno Bruto) nacional: 0,6%. Composição do PIB estadual: - Atividade agropecuária: 15,3%. - Atividade industrial: 30,6%. - Prestação de serviços: 54,1%. - PIB per capita: 6.468 reais. - Volume de exportação: 202,7 milhões de dólares. Principais produtos de exportação com seus respectivos percentuais: - Madeira: 83,6%. - Café em grão: 8,7%. - Granito: 3,2%. - Carne congelada: 3,1%.
  • 7. 7 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA Na década de 90 dois importantes acontecimentos estruturais favoreceram o crescimento econômico de Rondônia. Em 1995 ocorreu a construção de um Porto Graneleiro, em Porto Velho, e dois anos depois houve a abertura da hidrovia do rio Madeira. Esse desenvolvimento no transporte provocou um aumento nos lucros, pois houve uma diminuição nos custos com transporte. Rondônia fornece à Região Nordeste feijão e milho, além de ocupar um lugar de destaque na produção de cacau, café, arroz e soja. Nas décadas de 60, 70 e 80 o Governo Federal realizou um programa de povoamento, esse visava à distribuição de terras para atrair pessoas dispostas a se instalar e a contribuir para o controle administrativo e desenvolvimento sócio- econômico do território, fato que provocou a entrada de vários imigrantes vindo da Região Sul do Brasil. Rondônia é caracterizada pela atividade extrativista, principalmente vegetal, mais especificamente, na retirada de madeira e borracha. O Estado possui uma das maiores jazidas de cassiterita do mundo, e responde por 40% da produção nacional. NoseguimentoindustrialoEstadocaminhaparalelamente com as atividades agrícolas e a extração mineral, se instalando nas proximidades das fontes de matéria-prima. Com a construção da Usina Hidrelétrica de Samuel, que ocorreu nos anos 80, houve um incremento nos setores madeireiro, indústria alimentícia, construção civil e mineração. Educação De acordo com o PISA, a educação pública de Rondônia é a 10ª melhor do país, a frente do estado de São Paulo, mas atrás de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina, por exemplo. O estado está entre Goiás (nona melhor) e Paraíba (11ª melhor) na lista. No ENEM, Rondônia tem a 15ª maior nota na prova objetiva (empatado com a Bahia) e a 19ª maior nota na redação. A cidade que teve a maior média do ENEM em 2007 do Estado foi Vilhena, com nota 54,17. O melhor colégio público foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Tiradentes, localizada em Porto Velho, com nota 56,19. O melhor colégio particular foi o Centro de Educação Integrada Ltda., em Vilhena, com média 70,20. O nível de alfabetização no estado melhorou muito na última década, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. Em 2001, o estado era o 13º na lista de estados brasileiros pelo índice de pessoas com 15 anos ou mais alfabetizadas, com 13% de sua população analfabeta.[7] Em 2008, o estado permaneceu na mesma posição, mas agora apenas 9,7% dos indivíduos de 15 anos ou mais são analfabetos, o que representa uma queda de 3,3% em menos de oito anos. Entre os analfabetos funcionais, encontra-se 25% da população do estado nessa faixa etária. Resultados no ENEM Ano Português Redação 2006 Média 32,68 (20º) 36,90 49,18 (20º) 52,08 2007 Média 46,22 (17º) 51,52 52,45 (25º) 55,99 2008 Média 37,44 (15º) 41,69 56,47 (24º) 59,35 AGRICULTURA E PECUÁRIA Agroecologia em Rondônia Em Rondônia, a ocupação desordenada aliada às práticas inadequadas de manejo dos solos e associada a uma política equivocada de utilização da terra estimulou o desmatamento. Essa situação gerou ao estado de Rondônia uma posição de destaque no cenário nacional com alta taxa de desmatamento e alto percentual desmatado entre os estados da região Amazônica. Esse processo gerou enormes áreas degradadas, tornando as pequenas propriedades onde se pratica a agricultura familiar inviáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental. Os pequenos agricultores familiares representam uma importante parcela do meio rural no estado de Rondônia. Entretanto, estes agricultores têm encontrado inúmeras dificuldades para se manterem em suas terras, produzindo os cultivos alimentares que abastecem a maioria da população. Essas dificuldades passam por problemas na infra-estrutura, como estradas deficientes e inexistência de centrais de abastecimento, bem como pela perda da capacidade produtiva dos solos ocasionada pela não observância de estratégias adequadas de manejo dos recursos naturais e, pelos altos custos dos insumos e equipamentos recomendados para a prática do cultivo agrícola visando o agronegócio. Observa-se que atividades como a exploração madeireira sem manejo florestal, a pecuária extensiva, a agricultura mecanizada em grande escala e a própria sucessão familiar têm configurado um quadro não só de concentração fundiária, mas também de escassez e elevação do preço da terra, que impõem riscos à produção familiar, havendo a necessidade de se pensar em mudanças qualitativas, baseadas em formas mais adequadas de uso e manejo de recursos naturais, obedecendo a uma alternativa de aproveitamento social e econômico da terra com baixos riscos de degradação ambiental. Uma
  • 8. 8 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA vez que a principal conseqüência da aplicação do modelo produtivista nas pequenas propriedades rurais tem sido o empobrecimento das famílias, que acabam cedendo suas terras aos grandes fazendeiros da região ou, ainda pior, sendo executados pelas instituições financeiras por inadimplência. Embora haja uma forte pressão econômica contrária, muitos agricultores familiares convencionais estão preferindo fazer a transição para as práticas que são mais consistentes ambientalmente e têm o potencial de contribuir com a sustentabilidade da agricultura em longo prazo. A opção pela agricultura sustentável configura-se como uma alternativa viável para o pequeno agricultor, em virtude dos produtos obtidos possuírem atributos de qualidade que são valorizados pelos consumidores, como ausência de resíduos químicos e de externalidades negativas ao meio ambiente decorrentes do processo produtivo. Outro aspecto positivo a ser destacado é que este sistema de cultivo se adapta bem às características da agricultura familiar, uma vez que valoriza os saberes locais herdados por gerações, fruto da vivência e experimentação das próprias famílias de agricultores. Pecuária Rondônia é um dos principais Estados da região norte do Brasil. O Estado se destaca pela força da sua economia, parte dela proveniente da atividade pecuária. Essa atividade é desenvolvida sobre um pano de fundo natural, representado com toda a sua intensidade pelas belezas naturais manifestadas pela fauna e flora. Núcleo de Produção Animal O Núcleo de Produção Animal reúne essencialmente profissionais das áreas de medicina veterinária e zootecnia. São realizadas atividades de pesquisa voltadas à sanidade animal, com foco em bovinos e bubalinos, como controle e erradicação de brucelose, tuberculose, mosca-dos-chifres e outros ectoparasitos e endoparasitos. Na área de pastagens são realizados experimentos com espécies forrageiras adaptadas às condições edafoclimáticas do Estado de Rondônia, avaliações nutricionais e modelos silvipastoris, com destaque para a integração Lavoura-Pecuária-Floresta e a recomendação de espécies nativas para arborização. Importante atividade econômica para o Estado, a pecuária leiteira também recebe tratamento especial, com tecnologias e ações com foco na qualidade do leite e na produtividade, tanto do gado bovino quanto bubalino. Núcleo de Produção Vegetal Núcleo que abrange uma variada quantidade de pesquisas e culturas estudadas. Deste núcleo fazem parte pesquisadores que trabalham com avaliação de cultivares e melhoramento genético de arroz, feijão, milho, cenoura, algodão, girassol, mandioca, frutas e flores tropicais, entre outros. A Embrapa Rondônia desenvolve também um trabalho de domesticação e determinação do potencial do pinhão-manso, uma espécie oleaginosa, para a produção de biocombustível. Alternativas agroecológicas, modelos de integração Lavoura-Pecuária- Floresta, plantio direto e fitossanidade também são temas de pesquisas do Núcleo de Produção Vegetal. Núcleo de Café Devido à grande importância do café, principal cultura agrícola do Estado, a Embrapa Rondônia organizou um núcleo de pesquisa exclusivo para o tema. Pesquisadores da área há mais de trinta anos estudam o comportamento de diferentes materiais genéticos de café em função do solo, do clima e de tratos culturais. Resultados desse esforço podem ser vistos no Campo Experimental de Ouro Preto do Oeste, localizado em uma importante região cafeeira do Estado, e que reúne os principais trabalhos de melhoramento genético e tecnologia de manejo. Lá podem ser encontradas matrizes superiores de alta produtividade, com potencial para a criação de cultivares comerciais. Também são estudadas, em outras partes do Estado, cultivo de café em consórcio com espécies florestais e desenvolvidas pesquisas para controle de pragas e doenças, com destaque para controle biológico da broca-do- café e uso de óleos essenciais de plantas nativas para controle da ferrugem do cafeeiro e do bicho mineiro. Núcleo de Floresta Pesquisadores do Núcleo de Floresta trabalham essencialmente com florestas nativas, silvicultura e sistemas agroflorestais. Localizado inteiramente na Amazônia Legal, o Estado de Rondônia enfrenta atualmente novos desafios relacionados à sustentabilidade das atividades econômicas, principalmente no que diz respeito à conservação da floresta amazônica. Neste contexto, a Embrapa Rondônia avalia o desempenho de espécies nativas para recuperação ambiental e para a recomposição da cobertura florestal. Uso sustentável de recursos florestais não-madeireiros e manejo florestal também fazem parte dos estudos ligados às florestas nativas. Em silvicultura, merecem destaque os trabalhos com a espécie nativa conhecida por bandarra (Schizolobium parahyba var. amazonicum) e a exótica conhecida por teca (Tectona grandis), como tecnologias para quebra de dormência das sementes e de manejo de florestas plantadas. ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMORÉ (A ferrovia do Diabo) A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma ferrovia construída entre 1907 e 1912 para ligar Porto Velho a Guajará-Mirim, no atual estado de Rondônia. Ficou conhecida à época como a “Ferrovia do Diabo” devido às milhares de mortes de trabalhadores ocorridas durante a sua construção devido às doenças tropicais, complementar à lenda de que sob cada um de seus dormentes existia um cadáver.
  • 9. 9 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA HISTORIA A primeira tentativa de construção de uma ferrovia na região foi datada em 1872, sem sucesso devido às grandes dificuldades da execução da obra civil, como várias mortes por doenças tropicais, principalmente a malária, endêmica na região. A Madeira-Mamoré Railway Co. Posteriormente, no contexto do ciclo da borracha e da Questão do Acre, por efeito da assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), com a Bolívia, que conferiu ao Brasil a posse deste último, iniciou-se a implantação da Madeira- Mamoré Railway. O seu objetivo principal era vencer o trecho encachoeirado do rio Madeira para facilitar o escoamento da borracha boliviana e brasileira, além de outras mercadorias, para um trecho onde a mesma pudesse ser embarcada para exportação, no caso em Porto Velho, de onde as mercadorias seguiam por via fluvial até ao rio Amazonas. Anteriormente, esses produtos eram transportados com precariedade em canoas indígenas, sendo obrigatória a transposição das cachoeiras no percurso. Em agosto de 1907 a ferrovia em construção foi encampada pelo magnata estadunidense Percival Farquhar. A história desta ferrovia faz parte do Patrimônio Histórico Nacional Brasileiro e é também a História e Patrimônio dos construtores Americanos, Ingleses, Chineses, Espanhóis, Dinamarqueses, Caribenhos, Italianos e Alemães entre outras nacionalidades. Aproximadamente 6.000 destes trabalhadores morreram de forma trágica nas frentes de trabalhos da Madeira-Mamoré: naufrágios, mortes por flechadas de índios, afogamentos, picadas de animais silvestres, e outras doenças como: malaria, febre amarela, febre tifóide, tuberculose, beribéri, e outras que ocasionaram estas perdas. A Madeira-Mamoré representa também a memória viva para esses trabalhadores e seus descendentes que ainda residem principalmente nas cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim no Estado de Rondônia. A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma das últimas linhas de trem a vapor no Brasil e a única na Amazônia. O último trecho da ferrovia foi finalmente inaugurado em 30 de abril de 1912, ocasião em que se registrou a chegada da primeira composição à cidade de Guajará-Mirim, fundada nessa mesma data. O SÉCULO XX: DECADÊNCIA E CRISE Na década de 1930, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi parcialmente desativada, voltando a operar plenamente alguns anos depois, vindo a ser devolvida ao Governo Federal. Em 1957, quando ainda registrava um intenso tráfego de passageiros e cargas, a ferrovia integrava as dezoito empresas constituintes da Rede Ferroviária Federal. Em 1966, depois de 54 anos de atividades, praticamente acumulando prejuízos durante todo esse tempo, o Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco, em 25 de maio de 1966, determina a erradicação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que seria substituída por uma rodovia, atual rodovia BR-364 que liga Porto Velho à Guajará-Mirim. Em 1972 a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi desativada até que em 10 de julho de 1972, as máquinas apitaram pela última vez e, a partir daí, o abandono foi total até, que em 1979, o acervo começou a ser vendido como sucata para uma siderúrgica de Mogi das Cruzes, em São Paulo. Voltou a operar em 1981 num trecho de apenas 7 quilômetros dos 366 km do percurso original, apenas para fins turísticos, sendo novamente paralisada por completo em 2000. Atualmente está totalmente abandonada pelos poderes constituídos, sendo que ultimamente serve de abrigo a pedintes CICLO DA BORRACHA (1ª FASE E 2ª FASE) O Ciclo da borracha constituiu uma parte importante da história econômica e social do Brasil, estando relacionado com a extração e comercialização da borracha. Este ciclo teve o seu centro na região amazônica, proporcionando grande expansão na colonização, atraindo riqueza e causando transformações culturais e sociais, além de dar grande impulso à cidade de Manaus, até hoje maior centro e capital do Estado do Amazonas. O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 a 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida entre 1942 a 1945. O PRIMEIRO CICLO DA BORRACHA - 1879/1912 Durante os primeiros quatro séculos e meio do descobrimento, como não foram encontradas riquezas de ouro ou minerais preciosos na Amazônia, as populações da hiléia brasileira viviam praticamente em isolamento, porque nem a coroa portuguesa e, posteriormente, nem o império brasileiro demonstraram interesse em desenvolver ações governamentais que incentivassem o progresso na região. Vivendo do extrativismo vegetal, a economia regional se desenvolveu por ciclos, acompanhando o interesse do mercado nos diversos recursos naturais da região. BORRACHA: LUCRO CERTO O desenvolvimento tecnológico e a revolução industrial, na Europa, foram o estopim que fizeram da borracha natural, até então um produto exclusivo da Amazônia, um produto de muita procura, valorizado e de preço elevado, gerando lucros e dividendos a quem quer que se aventurasse neste comércio. Desde o início da segunda metade do século XIX, a borracha passou a exercer forte atração sobre empreendedores visionários. A atividade extrativista do látex na Amazônia revelou-se de imediato muito lucrativa. A borracha natural logo conquistou um lugar de destaque nas indústrias da Europa e da América do Norte, alcançando elevado preço. Isto fez com que diversas pessoas viessem ao Brasil na intenção de conhecer a seringueira e os métodos e processos de extração, a fim de tentar também lucrar de alguma forma com esta riqueza.
  • 10. 10 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA Através da extração da borracha, surgiram as cidades de Manaus, Belém e outros povoados, depois também transformados em cidades. Projetos de uma ferrovia para escoar a produção da borracha A idéia de construir uma ferrovia nas margens dos rios Madeira e Mamoré surgiu na Bolívia, em 1846. Como o país não tinha como escoar a produção de borracha por seu território, era necessário criar alguma alternativa que possibilitasse exportar a borracha através do Oceano Atlântico. A idéia inicial optava pela via da navegação fluvial, subindo o rio Mamoré em território boliviano e depois pelo rio Madeira, no Brasil. Mas percurso fluvial tinha grandes obstáculos: vinte cachoeiras impediam a navegação. E foi aí que cogitou-se a construção de uma estrada de ferro que cobrisse por terra o trecho problemático. Em 1867, no Brasil, também visando encontrar algum meio que favorecesse o transporte da borracha, os engenheiros José e Francisco Keller organizaram uma grande expedição, explorando a região das cachoeiras do Rio Madeira para delimitar o melhor traçado, visando também a instalação de uma ferrovia. Embora a idéia da navegação fluvial fosse complicada, em 1869, o engenheiro norte-americano George Earl Church obteve do governo da Bolívia a concessão para criar e explorar uma empresa de navegação que ligasse os rios Mamoré e Madeira. Mas, não muito tempo depois, vendo as dificuldades reais desta empreitada, os planos foram definitivamente mudados para a construção de uma ferrovia. As negociações avançam e, ainda em 1870, o mesmo Church recebe do governo brasileiro a permissão para construir então uma ferrovia ao longo das cachoeiras do Rio Madeira. A Questão do Acre Mas o exagero do extrativismo descontrolado da borracha estava em vias de provocar um conflito internacional. Os trabalhadores brasileiros cada vez mais adentravam nas florestas do território da Bolívia em busca de novas seringueiras para extrair o precioso látex, gerando conflitos e lutas por questões fronteiriças no final do século XIX, que exigiram inclusive a presença do exército, liderado pelo militar Plácido de Castro. A república brasileira, recém proclamada, tirava o máximo proveito das riquezas obtidas com a venda da borracha, mas a Questão do Acre (como estavam sendo conhecidos os conflitos fronteiriços por conta do extrativismo da borracha) preocupava. Foi então a providencial e inteligente intervenção do diplomata Barão do Rio Branco e do embaixador Assis Brasil, em parte financiados pelos barões da borracha, que culminou na assinatura do Tratado de Petrópolis, assinado 17 de novembro de 1903 no governo do presidente Rodrigues Alves. Este tratado pôs fim à contenda com a Bolívia, garantindo o efetivo controle e a posse das terras e florestas do Acre por parte do Brasil. O Brasil recebeu a posse definitiva da região em troca de terras de Mato Grosso, do pagamento de 2 milhões de libras esterlinas e do compromisso de construir uma ferrovia que superasse o trecho encachoeirado do rio Madeira e que possibilitasse o acesso das mercadorias bolivianas (sendo a borracha o principal), aos portos brasileiros do Atlântico (inicialmente Belém do Pará, na foz do rio Amazonas). Devido a este episódio histórico, resolvido pacificamente, a capital do Acre recebeu o nome de Rio Branco e dois municípios deste Estado receberam nomes de outras duas importantes personagens: Assis Brasil e Plácido de Castro. Madeira-Mamoré, finalmente pronta. Mas para quê? A ferrovia Madeira-Mamoré, também conhecida como Ferrovia do Diabo por ter causado a morte de cerca de seis mil trabalhadores (comenta a lenda que foi um trabalhador morto para cada dormente fixado nos trilhos), foi encampada pelo megaempresário estadunidense Percival Farquhar. A construção da ferrovia iniciou-se em 1907 durante o governo de Affonso Penna e foi um dos episódios mais significativos da história da ocupação da Amazônia, revelando a clara tentativa de integrá-la ao mercado mundial através da comercialização da borracha. Em 30 de abril de 1912 foi inaugurado o último trecho da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Tal ocasião registra a chegada do primeiro comboio à cidade de Guajará-Mirim, fundada nessa mesma data. Mas o destino da ferrovia que foi construída com o propósito principal de escoar a borracha e outros produtos da região amazônica, tanto da Bolívia quanto do Brasil, para os portos do Atlântico, e que dizimara milhares de vidas foi o pior possível. Primeiro, porque o preço do látex caiu vertiginosamente no mercado mundial, inviabilizando o comércio da borracha da Amazônia. Depois, devido ao fato de que o transporte de outros produtos que poderia ser feito pela Madeira-Mamoré foi deslocado para outras duas estradas de ferro (uma delas construída no Chile e outra na Argentina) e para o Canal do Panamá, que entrou em atividade em 15 de Agosto de 1914. Alie-se a esta conjuntura o fator natureza: a própria floresta amazônica, com seu alto índice de precipitação pluviométrica, se encarregou de destruir trechos inteiros dos trilhos, aterros e pontes, tomando de volta para si grande parte do trajeto que o homem insistira em abrir para construir a Madeira-Mamoré. A ferrovia foi desativada parcialmente na década de 1930 e totalmente em 1972, ano em que foi inaugurada a Rodovia Transamazônica (BR-230). Atualmente, de um total de 364 quilômetros de extensão, restam apenas 7 quilômetros ativos, que são utilizados para fins turísticos.
  • 11. 11 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA Apogeu, requinte e luxo Manaus, capital do Estado do Amazonas, era na época considerada a cidade brasileira mais desenvolvida e uma das mais prósperas do mundo. Única cidade do país a possuir luz elétrica e sistema de água encanada e esgotos, Manaus viveu seu apogeu entre 1890 e 1920, gozando de tecnologias que outras cidades do sul do Brasil ainda não possuíam, tais como bondes elétricos, avenidas construídas sobre pântanos aterrados, além de edifícios imponentes e luxuosos, como o requintado Teatro Amazonas, o Palácio do Governo, o Mercado Municipal e o prédio da Alfândega. A influência européia logo se fez notar em Manaus, na arquitetura da construções, no modo de viver, fazendo do século XIX a melhor fase econômica vivida pela cidade. A Amazônia era responsável, nesta época, por quase 40% de toda a exportação brasileira. Os novos ricos de Manaus tornaram a cidade a capital mundial da venda de diamantes. Graças à borracha, a renda per capita de Manaus era duas vezes superior à da região produtora de café (São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo). O fim do monopólio amazônico da borracha Mas a ferrovia Madeira-Mamoré, terminada em 1912, já chegava tarde. A Amazônia já estava perdendo a primazia do monopólio de produção da borracha porque os seringais plantados pelos ingleses na Malásia, no Ceilão e na África tropical, com sementes oriundas da própria Amazônia, passaram a produzir látex com maior eficiência e produtividade. Conseqüentemente, com custos menores e preço final menor, o que os fez assumir o controle do comércio mundial do produto. A borracha natural da Amazônia passou a ter um preço proibitivo no mercado mundial, tendo como reflexo imediato a estagnação da economia regional. A crise da borracha tornou-se ainda maior porque a falta de visão empresarial e governamental resultou na ausência de alternativas que possibilitassem o desenvolvimento regional, tendo como conseqüência imediata a estagnação também das cidades. A falta não pode ser atribuída apenas aos empresários tidos como barões da borracha e à classe dominante em geral, mas também ao governo e políticos que não incentivaram a criação de projetos administrativos que gerassem um planejamento e um desenvolvimento sustentado da atividade de extração do látex. Embora restando a ferrovia Madeira-Mamoré e as cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim como herança deste apogeu, a crise econômica provocada pelo término do ciclo da borracha deixou marcas profundas em toda a região amazônica: queda na receita dos Estados, alto índice de desemprego, êxodo rural e urbano, sobrados e mansões completamente abandonados, e, principalmente, completa falta de expectativas em relação ao futuro para os que insistiram em permanecer na região. Os trabalhadores dos seringais, agora desprovidos da renda da extração, fixaram-se na periferia de Manaus em busca de melhores condições de vida. Aí, por falta de habitação, iniciaram, a partir de 1920, a contrução da cidade flutuante, gênero de moradia que se consolidaria na década de 1960. O governo central do Brasil até criou um órgão com o objetivo de contornar a crise, chamado Superintendência de Defesa da Borracha, mas esta superintendência foi ineficiente e não conseguiu garantir ganhos reais, sendo, por esta razão, desativada não muito tempo depois de sua criação. Nos anos 1930, Henry Ford, o pioneiro da indústria americana de automóveis, empreendeu o cultivo de seringais na Amazônia, com técnicas de cultivo e cuidados especiais, mas a iniciativa não logrou êxito já que a plantação foi atacada por uma praga na folhagem. O SEGUNDO CICLO DA BORRACHA - 1942/1945 AAmazônia viveria outra vez o ciclo da borracha durante a Segunda Guerra Mundial, embora por pouco tempo. Como forças japonesas dominaram militarmente o Pacífico Sul nos primeiros meses de 1942 e invadiram também a Malásia, o controle dos seringais passou a estar nas mãos dos nipônicos, o que culminou na queda de 97% da produção da borracha asiática. A batalha da borracha Na ânsia de encontrar um caminho que resolvesse esse impasse e, mesmo, para suprir as Forças Aliadas da borracha então necessária para o material bélico, o governo brasileiro fez um acordo com o governo americano (Acordo de Washington), que desencadeou uma operação em larga escala de extração de látex na Amazônia - operação que ficou conhecida como a Batalha da Borracha. Como os seringais estavam abandonados e não mais de 35 mil trabalhadores permaneciam na região, o grande desafio de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, era aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil toneladas, como previa o acordo. Para isso seria necessária a força braçal de 100 mil homens. O alistamento de quem tivesse interesse em trabalhar nos seringais em 1943 era feito pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA), com sede no nordeste, em Fortaleza, criado pelo então Estado Novo. A escolha do nordeste como sede deveu-se essencialmente como resposta a uma seca devastadora na região e à crise sem precedentes que os camponeses da região enfrentavam. Além do SEMTA, foram criados pelo governo nesta época, visando a dar suporte à Batalha da borracha, a Superintendência para oAbastecimento do Vale daAmazônia (Sava), o Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) e o Serviço de Navegação da Amazônia e de Administração do Porto do Pará (Snapp). Criou-se ainda a instituição chamada Banco de Crédito da Borracha, que seria transformada, em 1950, no Banco de Crédito da Amazônia.
  • 12. 12 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA O órgão internacional Rubber Development Corporation (RDC), financiado com capital dos industriais americanos, custeava as despesas do deslocamento dos migrantes (conhecidos à época como brabos). O governo dos Estados Unidos pagava ao governo brasileiro cem dólares por cada trabalhador entregue na Amazônia. Milhares de trabalhadores de várias regiões do Brasil atenderam ao apelo do presidente e lançaram-se na extração do cobiçado látex. Só do nordeste foram para a Amazônia 54 mil trabalhadores, sendo a maioria do Ceará. Dos 800 mil habitantes do Ceará 120 mil rumaram ao Rio Amazonas, porém metade morreu no caminho da fome e doenças da selva. Os nordestinos receberam, por consequência, a alcunha de “soldados da borracha”. Manaus tinha em 1849, 5 mil habitantes em meio século cresceu para 70 mil. Novamente a região experimentou a sensação de riqueza e de pujança. O dinheiro voltou a circular em Manaus, em Belém, em cidades e povoados vizinhos e a economia regional fortaleceu-se. Entretanto, para muitos trabalhadores, este foi um caminho sem volta. Cerca de 30 mil seringueiros morreram abandonados na Amazônia, depois de terem exaurido suas forças extraindo o ouro branco. Morriam de malária, febre amarela, hepatite e atacados por animais como onças, serpentes e escorpiões. O governo brasileiro também não cumpriu a promessa de reconduzir os soldados da borracha de volta à sua terra no final da guerra, reconhecidos como heróis e com aposentadoria equiparada à dos militares. Calcula-se que conseguiram voltar ao seu local de origem (a duras penas e por seus próprios meios) cerca de seis mil homens. Apontamentos finais Os finais abruptos do primeiro e do segundo ciclo da borracha demonstraram a incapacidade empresarial e falta de visão da classe dominante e dos políticos da região. O final da guerra conduziu, pela segunda vez, à perda da chance de fazer vingar esta atividade económica. Não se fomentou qualquer plano de efetivo desenvolvimento sustentado na região, o que gerou reflexos imediatos: assim que terminou a segunda guerra mundial, tanto as economias de vencedores como de vencidos se reorganizaram na Europa e na Ásia, fazendo cessar novamente as atividades nos velhos e ineficientes seringais da Amazônia. Fonte: pt.wikipedia.org CIDADES DE RONDÔNIA PORTO VELHO Capital de RONDÔNIA Habitante: porto-velhense. Pop.: 334.661 (2000). Malha pavimentada: 30% (1999). Vias urbanas iluminadas: 60% (1999). Área geográfica: 34.068,50 km² (2000) Lei de criação: Ato de criação nº 757, de 02. 10. 1914 Zoneamento socioeconômico e ecológico A demanda de recursos naturais, as restrições e ofertas ambientais e as ações antrópicas encerram um grande desafio: materializar o processo de compatibilização entre desenvolvimento, conservação e preservação do meio ambiente, como forma de propiciar o desenvolvimento sustentável na região Amazônica, a partir dos Estados que a integram. O eixo central dessa nova estratégia é o zoneamento. O Brasil já avançou consideravelmente na área do zoneamento. A região Amazônica, pela sua projeção internacional, foi uma espécie de campo de provas para a evolução do processo, uma vez que, em passado não muito remoto, apresentava certa ambigüidade e visões parciais. Em uma delas, havia uma concepção biofísica de zoneamento, entendido como instrumento para transformar a Amazônia num santuário; em outra, liberava áreas para uso descontrolado; numa terceira, conferia excessiva ênfase no zoneamento agrícola. Modernamente, o zoneamento constitui instrumento político e técnico de planejamento, cuja finalidade última é otimizar o uso do espaço e orientar as políticas públicas. Esta otimização é alcançada pelas vantagens que ele oferece, sendo, simultaneamente, um instrumento: a) técnico de informação sobre o território, necessário ao planejamento de sua ocupação racional e ao uso sustentável dos recursos naturais, fornecendo informações integradas em uma base cartográfica e classificando o território segundo suas potencialidades e vulnerabilidades; b) político de regulação do uso do território, permitindo integrar as políticas públicas em uma base geográfica, descartando o tradicional tratamento setorial de modo a aumentar a eficácia das decisões políticas. Permite, também, acelerar o tempo de execução e ampliar a escala de abrangência das ações, isto é, aumentando a eficácia da intervenção pública da gestão do território. Ademais, constitui instrumento de negociação entre as várias esferas de governo e, entre estas, o setor privado e a sociedade civil, ou seja, um instrumento para construção de parcerias; e c) de planejamento e gestão territorial para o desenvolvimento regional sustentável, significando que não deve ser entendido como instrumento de cunho apenas corretivo, mas também ativo e estimulador do desenvolvimento. Em síntese, o zoneamento é um instrumento técnico e político do planejamento das diferenças, segundo critérios de sustentabilidade, de absorção de conflitos, e de temporalidade, que lhe atribui caráter de processo dinâmico, que deve ser periodicamente revisto e atualizado, capaz de agilizar a passagem para o novo padrão de desenvolvimento. O zoneamento, portanto, não é um fim em si, nem mera divisão física, e tampouco visa criar zonas homogêneas e estáticas cristalizadas em mapas.
  • 13. 13 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA Para se analisar de forma adequada esse instrumento, é necessário fazer um breve histórico do processo de ocupação de Rondônia, examinar aspectos fitogeográficos e sua estrutura fundiária e caracterizar o processo de ordenamento territorial do Estado. O exame, ainda que sumário, das reservas indígenas, unidades de conservação e de fiscalização do IBAMA em Rondônia são também importantes para uma abordagem mais abrangente da matéria. ARIQUEMES O vale do Jamari onde localiza-se hoje, o Município de Ariquemes era conhecido desde o século XVIII, pela abundância de cacaueiros nativos de suas florestas. Em 1749 o sargento-Mor Luiz Fagundes Machado auxiliado pelo piloto Antônio Nunes de Souza e o sertanista João de Souza Azevedo, chefiando uma expedição de cento e cinqüenta homens, explorou a bacia do rio Jamari, por ordem do governador da Capitania do Grão Pará. No início do Séc. XX quando a Comissão de Linhas Telegráfica Mato Grosso/Amazonas, chefiada pelo Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, alcançou o rio Jamari no local onde localiza-seAriquemes, encontrou a sede do seringal Papagaios de propriedade do Coronel Borges S. do Carmo, aí instalou um posto telegráfico, denominando-o Ariquemes, em homenagem à nação indígena dos Ahopôvo a qual os Urupás seus inimigos apelidavam de Arikemes. O nome da estação telegráfico “Ariquemes” estendeu-se a toda localidade. Criado em 1943, o Território Federal do Guaporé passou a fazer parte do município de Porto Velho, como distrito de Ariquemes. O progresso e o desenvolvimento de Ariquemes ocorreu a partir de 1958 com a descoberta a exploração da cassiterita (minério de estanho, e da implantação dos Projetos Integrados de Colonização do INCRA em 1970), atraindo para sua área o fluxo migratório de colonos oriundos das regiões Centro-Sul do País, dedicando-se à agricultura e à pecuária. Sua expansão induziu o Prefeito Municipal de Porto Velho, Antônio Carlos Cabral Carpintero, a determinar a mudança da sede do Distrito, da antiga vila para outro local, onde iniciou a instalação de uma cidade planejada dividida em quatro setores, o institucional, o comercial, o industrial e residencial, surgindo a Nova Ariquemes que passou a ser sede do Município de Ariquemes, criado pela Lei n.º 6448 de 11 de outubro de 1977. MACHADINHO DO OESTE A cidade de Machadinho, sede do Município do mesmo, surgiu de um dos Projetos de Colonização do INCRA no Município de Ariquemes, do qual foi desmembrado. Situava-se no vale do rio Ji-Paraná, tendo todo o seu território atravessado de Sul para o Norte pelo rio Ji-Paraná, tendo todo o seu território atravessado de Sul para o Norte pelo rio Ji-Paraná. Seu rápido crescimento populacional e desenvolvimento econômico decorrente das atividades agrícolas, exigiu a sua autonomia política e administrativa. A área do Projeto Integrado de Colonização Machadinho, foi elevado a categoria de Município, com sede no povoado do mesmo nome com status de cidade. O seu nome é em homenagem do rio Machadinho, afluente da margem esquerda do rio Ji-Paraná. JARÚ A cidade de Jeru, sede do Município do mesmo nome, situada no vale do rio Jarú, surgiu em torno de um dos postos telegráficos instalado em 1912 pela Comissão da Linha Telegráfica Estratégica Mato Grosso/Amazonas, chefiada pelo então Cel. Cândido Mariano da Silva Rondon. Porém o vale do rio Jaru era ocupado pelos pelos seringais e seringueiros desde o século XIX, apesar da resistência imposta pela nação dos Jarus, que a tinham sob seu domínio, ocupando uma extensa área que se estendia desde o rio Jaru afluente da margem esquerda do rio Ji-Paraná, até às margens do alto curso do rio Madeira. Em 1950 a Comissão Rondon procedeu a exploração de estudos do rio Madeira. Em 1915 a Comissão Rondon procedeu a exploração de estudos do rio Jaru, mantendo este nome em homenagem aos seus primitivos habitantes os Jarus. A ocupação atual do vale do Jaru, ocorreu a partir de 1975, com a instalação do Projeto Integrado de Colonização “Padre Adolpho Rohl” pelo INCRA, para assentamentos de colonos oriundos principalmente das regiões Centro Sul do País. O seu esenvolvimento demográfico e econômico, resultou na elevação da área do Projeto, a categoria de Município tendo a localidade de Jaru, como sede municipal elevada e categoria de cidade. O município criado pela Lei n.º 6.921, de 16 de junho de 1981, recebeu o nome de Jaru, em homenagem ao rio e à nação indígena dos Jarus. OURO PRETO DO OESTE Ouro Preto do Oeste, teve origem do primeiro Projeto Integrado de Colonização, implantado em 1970, pelo INCRA para assentamento de colonos migrados das regiões Centro-Sudestes-Sul, do País. Porém desde o século XIX os seringueiros do rio Urupá extraiam borracha e colhiam castanha em suas florestas BR 364, distante 40 Km da Vila de Rondônia, hoje cidade de Ji-Paraná, sendo denominada Ouro Preto, em homenagem a serra e seringal com esse nome, situados na área delimitada pelo Projeto de Colonização. O núcleo inicial e suas adjacências desenvolveramse rapidamente, aumentando a sua população, a produção agropastoril, o comércio e a indústria, atingindo expressiva importância social e econômica, sendo elevada a categoria de município pela Lei n.º 6.921, de 16 de julho de 1981, desmembrado do município de Ji-Paraná.
  • 14. 14 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA JI-PARANÁ Localizado no vale do rio Ji-Paraná, sua sede a cidade do mesmo nome situada na confluência do citado rio com o rio Urupá. A área hoje limitada pelo município começou a ser ocupada pelos nordestinos transmudados em seringueiros, a partir do século XIX. Que enfrentando a oposição aguerrida dos Muras (Parintins), Urupás e Jarus penetraram no rio Ji-Paraná a partir de sua foz no rio Madeira, em Calama, na exploração e produção de borracha, alcançaram os seus médio e alto curso, estabelecendo-se em seringais. Ao lugarejo em torno dos barracões sede dos seringais do Vale do Urupá, o denominaram com este nome, pelo qual ficou conhecido nas transações comercias dos centros abastecedores (casas aviadoras) desses seringais, em Manaus e Belém. Em 1909 a Comissão Rondon ao atingir a foz do rio urupá, no lugarejo existente, o Tenente Coronel Mariano da Silva Rondon, instalou um posto telegráfico, denominando-o Presidente Afonso Pena em homenagem ao então Presidente da República Afonso Augusto Moreira Pena. Nome que gradativamente se impõe, substituindo o de Urupá. O estágio de desenvolvimento atingido pela Vila e sua área de influência e fez ser elevada a categoria de Município, através da Lei n.º 6.448, de 11 de outubro de 1977 com a denominação de Ji-Paraná, em homenagem ao caudaloso rio Ji-Paraná que atravessa toda sua área de Sul para o Norte dividindo a cidade de Ji-Paraná sua sede político- administrativa em dois setores urbanos. PRESIDENTE MÉDICI A cidade de Presidente Médici e o município de igual denominação do qual é sede político-administrativa, foi dada pelos migrantes oriundos das regiões Centro-Sul do país, que aí se estabeleceram a partir de 1970, contra a vontade do senhor Milton de Andrade Rios que os tinha como grileiros, invasores das terras que considerava serem de sua propriedade, visto tê-las adquiridas do senhor Luiz Mário Pereira de Almeida, como parte integrante do Sr. Presidente Hermes, situados entre os igarapés Preto e Leitão denominado Fazenda Presidente Hermes, pelo seu novo proprietário. Os primeiros colonos chegaram ao local na margem da Asede do Projeto foi localizada a margem da rodovia BR 364, na década de sessenta, instalaram-se em apenas quatro barracas no meio do lamaçal, dando-lhe o nome de Trinta e Três, por distar 33 Km da Vila de Rondônia, atual cidade de Ji-Paraná. Seus moradores todos agricultores, socorriam de alguma forma os motoristas e passageiros das viaturas que ficavam retidas em um imenso atoleiro conhecido por Muqui, nas proximidades do rio com este nome. O lugarejo crescia em número de habitantes e casas com a chegada de novos colonos que nele se estabeleciam a apesar da situação litigiosa. No primeiro semestre de 1972, sua população atingia mais de 800 habitantes e os ônibus que ligavam Cuiabá-MT a Porto Velho-RO, faziam ponto de parada no local, agora com aspecto de Vila e com dois nomes Nova Jerusalém e Nova Canaã, ostentados em placas distintas colocadas pelos líderes de cada grupo de agricultores em frente de suas respectivas casas. Ainda nesse ano, os colonos realizaram eleição para escolher a um único nome para localidade, sendo posta em votação os dois supracitados e mais Getúlio Vargas, Fátima do Norte, Cruzeiro do Sul e Presidente Médici, havendo sido escolhido esse último. O qual foi oficializado em 1973, ao ser o local elevado a categoria de Sub-Distrito, pelo Coronel do Exército Theotorico Gauva, na época governador de Rondônia. Emdecorrênciadeseudesenvolvimentosócioeconômico, foi o Distrito de Presidente Médici, elevado a município em 1981, mantendo este nome, em homenagem ao Presidente da República Emílio Garrastuzu Médici. CACOAL O nome Cacoal originou-se dessa denominação dada ao local pelo senhor Anísio Serrão de Carvalho, guarda fios da Comissão Rondon, que acatando as recomendações de seu chefe, o Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, ali se instalou em 1912, construindo uma casa e requerendo de Mato Grosso, as terras adjacentes para sua posse. A denominação data a localidade, deveuse à abundância de cacaueiros nativos existentes em sua floresta. Por este nome ficou conhecido o local pelos seringueiros que ali moravam e pelos garimpeiros de diamante que por eles passam, rumo aos Rios Comemoração de Floriano e Apidiá (Pimenta Bueno), tendo sido oficializado ao ser a localidade elevada a categoria de município, pela Lei n.º 6448 de 11 de outubro de 1977, com a denominação de Cacoal ROLIM DE MOURA Originou-se do Projeto de Colonização Rolim de Moura implantado na área pelo INCRA, destinado ao assentamento de colonos excedentes do Projeto Ji-Paraná, O nome do Projeto, derivou-se do nome do rio Rolim de Moura, denominação dada pelo Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, chefe da Comissão das Linhas Telegráficas. Mato Grosso/Amazonas, ao descobri-lo em 1909, em homenagem ao Visconde de Azambuja Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, Capitão General, primeiro Governador da Capitania de Mato Grosso, no período de 1748 à 1763. Entre seus feitos, destacam-se a construção de Vila Bela da Santíssima Trindade, sede da Capitania (1ª cidade artificial, planejada do Brasil) construção do fortim de conceição do rio Guaporé, nas proximidades das atuais ruínas do Real Forte Príncipe da Beira, destruição da povoação espanhola de São Miguel, na margem esquerda do rio Guaporé e expulsão de sua guarnição militar para o interior da Bolívia, então Vice-Reino do Peru. Nome mantido ao ser a região elevada a categoria de Município, através do Decreto Lei Estadual n.º 071, de 05 de agosto de 1983.
  • 15. 15 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA NOVA BRASILÂNDIA Cidade e município do mesmo nome, surgiu da expansão das frentes migratórias das regiões Centro-Sul do País, expandindo-se de Presidente Médici, no eixo da rodovia BR 364, na direção do oeste, rumo ao vale do Guaporé, em busca de terras férteis propícias à agricultura. Seu nome é em homenagem à Brasília, cidade também pioneira interiorizada no Planalto Central Brasileiro, da mesma forma que Nova Brasilândia, Núcleo Populacional Urbano, interiorizado na Chapada dos Parecis, implantado pela coragem e trabalho dos novos pioneiros, desbravadores da Amazônia Ocidental. O rápido desenvolvimento sócio-econômico alcançado pelo núcleo populacional resultou em sua elevação a categoria de município. ALVORADA DO OESTE Alvorada do Oeste surgiu da interiorização dos colonos dos municípios de Ouro Preto do Oeste e Presidente Médici, expandindo-se na direção do Oeste, em busca de terras agricultáveis, localizando se- na Chapada dos Parecis. O núcleo urbano surgido teve rápido crescimento econômico e populacional, sendo por tal, elevado a categoria de município. PIMENTA BUENO A cidade de Pimenta Bueno, sede do município do mesmo nome, originou-se do aglomerado de barracas de seringueiros construídas em torno do posto telegráfico, instalado em 1909, pelo Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, na confluência dos rios Comemoração de Floriano e Pimenta Bueno (este último, o Apidiá dos indígenas), ambos descobertos por esse sertanista, chefe da Comissão das Linhas Telegráficas Estratégicas Mato Grosso- Amazonas. O nome de Pimenta Bueno dado ao rio Apidiá por Rondon, foi em homenagem a José Antônio Pimenta Bueno, Visconde e Marquês de São Vicente. O insignificante povoado perdido na floreste, teve um surto de progresso na década de cinqüenta, quando ali os garimpeiros instalaram um arraial de apoio a garimpagem de diamante nos rios Comemoração, Pimenta Bueno e seus afluentes. Sendo construído campo de pouso para pequenos aviões escolas e instaladas casas comerciais. Porém seu desenvolvimento ocorre a partir da construção darodoviaBR364,tendoumrápidocrescimentodemográfico, econômico e urbano sendo a região elevada a categoria do Município, mantendo o nome de Pimenta Bueno. ESPIGÃO DO OESTE Surgiu na década de setenta, no Projeto de Colonização organizado pelos paulistas irmãos Melhorança, dividido em lotes rurais distribuídos aos colonos por eles recrutados nas regiões Sul-Sudeste do País.Asede administrativa da empresa colonizadora, denominava-se inicialmente, Itaporanga, passou posteriormente a chamar-se Espigão do Oeste, certamente em alusão ao avanço dos migrantes centro-sulista da direção da Amazônia Ocidental. A população de Espigão do Oeste, Núcleo pioneiro, afastado do eixo da rodovia BR 364, sofreu toda espécie de pressão, até violência policial, com o propósito de forçá-la a se retirar da região considerada como reserva dos Índios Suruís. Resistiu mantendo-se em suas glebas, transformando-se em centros de produção agrícola e pecuária e o incipiente aglomerado populacional em progressista e importante núcleo urbano, sendo elevado a categoria de município em 1981. SANTA LUZIA DO OESTE Cidade sedo do município do mesmo nome, surgiu da expansão de colonos de Rolim de Moura em direção ao Vale do Guaporé. O povoado teve rápido crescimento demográfico e econômico, transformando em importante centro de produção agrícola, sendo elevado a categoria de Município em 1986. VILHENA A área hoje delimitada pelo município de Vilhena, foi alcançado pelo Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, Chefe da Comissão de Construção da Linha Telegráfica de Mato Grosso-Amazonas, em 1909, comandando uma expedição de quarenta e duas pessoas. Estabeleceu acompanhamento na região para estudar seu ecossistema e seus habitantes indígenas. Implantou uma estação telegráfica, às margens do rio Piraculino, por ele descoberto e assim denominado, distante uns 5 Km da atual cidade de Vilhena. Os campos Gerais ou Chapadão do Reino dos Parecis, como lhe denominava os bandeirantes, como Antônio Pires, Paz de Barro e outros que desde 1718, o perlustraram na cata ouro e preando índios, passou a ser conhecido como ilhena, o nome dado a estação telegráfica, por Rondon, em homenagem a Álvaro Coutinho de Melo Vilhena, maranhense que em 1890 foi nomeado engenheiro chefe da organização da Carta Telegráfica da República. E em 1900, Diretor Geral dos Telégrafos, cargo no qual se aposentou em 1902. Faleceu em 1904, na cidade de Fortaleza, Capital do Ceará. A estação telegráfica foi transferida em 12 de outubro de 1910, para novas instalações, na casa atualmente conhecida por “Casa de Rondon”. O pequeno povoado que começou a se formar a partir dos primeiros anos da década de sessenta, nas proximidades do igarapé Pires de Sá, em decorrência da construção da rodovia BR 29, atual BR 364 e de um campo de aviação com pista asfáltica, para receber o Presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, quando pessoalmente veio ao local inaugurar a rodovia Brasília- Acre (em 29.09.1960). Em Vilhena o campo de aviação construída pela empresa Camargo Correia uma das empreiteiras da construção da rodovia, além de servir aos seus aviões, tornou-se ponto de apoio aos aviões do Correio Aéreo Nacional, da Viação Aérea São Paulo/VASP e do Cruzeiro do Sul. Passou a sediar
  • 16. 16 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA um destacamente da Força Aérea Brasileira e o Governo do Território construiu na localidade um hospital. Vilhena passou a se desenvolver rapidamente transformando-se em importante polo comercial e industrial, sendo elevado a categoria de município em 1977. ALTA FLORESTA DO OESTE Município com sede na cidade do mesmo nome, foi criada em 1986. Sua origem foi em conseqüência do avanço da frente migratória rumo ao Oeste em demanda ao Vale do Guaporé. O pequeno núcleo populacional evoluiu rapidamente transformando-se em importante polo agrícola e comercial exigindo uma organização político-administrativa, sendo atendida com a elevação da região a categoria de Município. COLORADO DO OESTE A cidade de Colorado do Oeste, teve origem da sede do Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, nome dado a este, em memória ao piloto de helicóptero morto em acidente aéreo, em serviço no Vale de Colorado. Este Projeto de Colonização implantado pelo INCRA tinha por finalidade assentar os migrantes que chegavam à Vilhena. A sede administrativa do Projeto transformou se em polo comercial com grande raio de influência e importância econômica, sendo o centro de comercialização e abastecimento das propriedades agropastoris de uma vasta área rural. Pelo desenvolvimento sócio-econômico alcançado, foi elevado a região, em 1981 a categoria de município, com a denominação de Colorado do oeste, tendo por sede administrativa a cidade do mesmo nome. Denominação dada a cidade e ao município em homenagem ao rio Colorado, no vale do qual ficam suas bases geográficas. CEREJEIRAS O município e cidade do mesmo nome tiveram origem do Distrito de Cerejeiras, que por seu desenvolvimento econômico, crescimento demográfico e social, foi elevado a categoria de município, desmembrando-se de Colorado do Oeste, em 1983. O se nome é em homenagem a essa importante espécie vegetal de alto valor comercial, abundante nas florestas da área do Município. CABIXI O município de Cabixi teve origem ao distrito do mesmo nome desmembrado do município de Colorado do Oeste, em 1988, pela importância social e econômica, alcançada pela área por ele limitada. Sua base demográfica integra os vales dos rios Cabixi e Guaporé. Seus primitivos habitantes os índios Cabixis, foram ali encontrados pelos bandeirantes paulistas no século XVII e pela Comissão Rondon em 1909. O nome da cidade de Cabixi e do município do qual é sede, é em homenagem aos primitivos habitantes, dos quais o rio emprestou o nome SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ Surgiu do povoado assentado nas proximidades do rio São Miguel, por colonos vindo principalmente dos municípios de Rolim de Moura e Presidente Médici. O núcleo populacional desenvolveu-se rapidamente como polo agrícola e pecuário, localizado na chapada dos Parecis entre as áreas de influência da BR 364 e do vale do Guaporé. Por seu crescimento demográfico e econômico, foi em 1988, elevado a categoria de município, desmembrando- se do município de Costa Marques, com o nome de São Miguel. Denominado assim, em homenagem ao rio São Miguel o mais importante na área fisiográfica do município. COSTA MARQUES Surgiu da elevação do distrito de Costa Marques a categoria de município em 1981, desmembrando-se do município de Guajará-Mirim. Sua base geográfica fica no vale do rio Guaporé, sendo sua sede administrativa a cidade mais importante na margem desse rio. A região limitada pelo município começou a ser ocupada a partir do fim do século XVII, intensificando-se no século XVIII, inicialmente nela se estabeleceram os espanhóis fundando as missões de São Simão, na foz do rio Corumbiara, e de São Miguel na foz desse rio e de Santa Rosa, a uns 4 Km abaixo da atual cidade de Costa marques. A denominação de Costa Marques à localidade, foi dada pelo Governador do Estado de Mato Grosso, em homenagem ao homem público Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques, sexto presidente desse Estado no período de 1911 à 1915. Ao ser elevado o distrito de Costa Marques a município, manteve esta denominação. GUAJARÁ-MIRIM O nome do município de Guajará-Mirim é de origem indígena significando Cachoeira (Guajará) pequena (Mirim), assim já era conhecida o local desde o século XVIII, como um dos pontos de referência geográfica na rota Santa Maria Belém-do Pará/Vila Bela da Santíssima Trindade em Mato Grosso. No início do século XX tornou se mais conhecida ao ser o local escolhido para o ponto terminal da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. (Concluída em 30 de abril de 1912 e inaugurada oficialmente em 1 de agosto deste mesmo ano). No dia 12 de junho de 1928, o povoado de Guajará- Mirim era elevado a categoria de cidade, passando a ser a sede do município do mesmo nome, através da Lei n.º 991, do Governo do Estado do mato Grosso. A instalação do município ocorreu em 10 de abril de 1929. Em 1943, passou a constituir-se parte integrante do Território Federal do Guaporé (Rondônia), nas condições de Município, ostentando o seu nome original de Guajará- Mirim.
  • 17. 17 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA NOVA MAMORÉ O município de Nova Mamoré, seu nome teve origem do fato circunstancial dos moradores de Vila Murtinho, por necessidade de fugir do isolamento a que foram relegados com a desativação da ferrovia Madeira- Mamoré, mudaram-se para outro local a margem a rodovia BR 425 (Guajará-Mirim/Abunã), o qual denominaram de Vila Nova, provavelmente em alusão a vida nova que iniciavam no local escolhido para fazerem ressurgir a antiga morada que por circunstâncias adversas foram induzidos a abandoná-la. O povoado expandiu-se rapidamente, tornando-se distrito do Município de Guajará-Mirim, para em seguida ser elevado a categoria de Município, mantendo o nome de Vila Nova acrescido da localização geográfica, ficando sua denominação oficial, Vila Nova do Mamoré. ALTO PARAÍSO Originou-se do NUAR (Núcleo Urbano de Apoio Rural) Marechal Dutra um dos projetos de assentamento de colonos do INCRA. O nomeAlto Paraíso deve-se ao deslumbramento dos colonos ante a beleza da pujante floresta descortinada do topo de uma elevação de relevo do terreno, associando essa paisagem à idéia do que teria sido o Edem dos primórdios da humanidade. Denominando o núcleo ali surgido de Alto Paraíso, e com o qual foi criado o município pela Lei n.º 375, de 13 de fevereiro de 1992. NOVO HORIZONTE Criado pela Lei n.º 365, de 13 de fevereiro de 1992, originou o NUAR dessa mesma denominação, integrante do projeto de colonização Rolim de Moura. O pequeno núcleo inicial teve rápido desenvolvimento sócioeconômico graças a dedicação ao trabalho na agricultura e pecuária principalmente, pelos pioneiros seus fundadores. O destaque alcançado como centro de alta produtividade de agropecuário, foi fator decisivo para sua transformação em município. CACAULÂNDIA Teve sua origem do NUAR (Núcleo Urbano de Apoio Rural) com essa denominação, integrante do projeto Marechal Rondon de assentamento de colonos do INCRA. Situado na zona cacaueira o núcleo desenvolveu-se rapidamente tendo por sustentação exonômica a produção e comercialização de cacau. Foi elevado a município com o nome de Cacaulândia, pela Lei n.º 374, de 13 de fevereiro de 1992. CAMPO NOVO DE RONDÔNIA Surgiu de um núcleo de garimpagem, no qual foi construído um campo de pouso para pequenos aviões. O lugar passou a ter como referencial a nova pista de pouso, as pessoas denominavam o lugar para eles se dirigirem ao enviar correspondência, com o nome de “Campo Novo”. Por sua evolução sócio-econômico foi transformado em município pela Lei n.º 379 de 13 de fevereiro de 1992, com a denominação de Campo Novo de Rondônia. CANDEIAS DO JAMARI Temsuaorigemoficialaserinstaladonolocalpertencente ao município de Alto Madeira com sede em Santo Antônio, pelo Governo do Estado de mato Grosso, um Distrito Policial criado pelo Ato n.º 2.213, de 14 de novembro de 1939. O insignificante lugarejo à margem direita do rio Candeias servia de ponto de estacionamento de quem se dirija para os seringais do alto rio Candeias, bem como de depósito de borracha que desciam o rio, pois o lugarejo fica no ponto de cruzamento da rodovia mato Grosso-Amazonas nesse rio, facilitando o transporte de produção para Porto Velho ou para Cachoeira de Samuel onde aportavam as gaiolas e as outras embarcações de menor porte vindos de Manaus e para onde retornavam. Somente no final da década de setenta, foi que o Candeias começou a expandir o seu núcleo urbano, a agricultura, o comércio e o turismo que proporcionam as praias do rio Candeias. O seu rápido desenvolvimento permitiu a sua elevação a município pela Lei n.º 363, de 13 de fevereiro de 1992. CASTANHEIRAS Surgiu do NUAR União da Vitória integrante do Projeto de colonização Rolim de Moura. Que tornou-se destacado pela agropecuária, sendo elevada a município pela Lei n.º 366, de 13 de fevereiro de 1992, com o nome de Castanheiras, escolhido pelo Deputado Amizael Gomes da silva, relator da constituição do Estado, por ser o espaço demográfico do município abundante dessas belas e importantes árvores da Hilea Amazônica. CORUMBIARA Originou do NUAR Nova Esperança, integrante do Projeto de Colonização Paulo Assis Ribeiro/ INCRA. Tornando-se destacado núcleo agropecuária, com expressivo desenvolvimento sócio-econômico, foi elevado a município pela Lei n.º 377, de 13 de fevereiro de 1992, com a denominação de Corumbiara em homenagem a esse importante rio afluente da margem direita do rio Guaporé. GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA Criado pela Lei n.º 373, de 13 de fevereiro de 1992, com este nome em homenagem ao Governador Jorge Teixeira de Oliveira, criador do Estado de Rondônia e seu primeiro governante. O município surgiu do NUAR Pela Branca integrante do Projeto de Colonização Padre Adolfo Rohl. É importante centro econômico agropecuário. JAMARI Surgiu de um povoado a margem da rodovia BR 364, a 105 Km de Porto Velho, denominado Itapoã do Oeste. O lugarejo teve rápido progresso econômico e social, proporcionando-lhe as condições de ser elevado a município, o que ocorreu através da Lei n.º 364, de 13 de fevereiro de 1992, com a denominação de Jamari, em homenagem a esse
  • 18. 18 Didatismo e Conhecimento GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE RONDÔNIA importante rio afluente da margem direita do rio Madeira, o qual atravessa o referido município. Nome sugerido pelo Deputado Amizael Gomes da Silva, justificando a sua sugestão com a premissa de que os municípios a serem criados devem ostentarem nomes que se identifique com a história, a geografia e a cultura de Rondônia. MINISTRO ANDREAZZA Criado pela Lei n.º 372, de 13 de fevereiro de 1992, com este nome em homenagem ao Ministro Mário Andreazza em reconhecimento a sua direta participação na elevação de Rondônia a categoria de Estado. O município surgiu do NUAR Nova Brasília integrante do Projeto de Colonização Gy-Paraná/INCRA. É destacado pela agropecuária. MIRANTE DA SERRA Surgiu do NUAR Mirante da Serra, integrante do Projeto de Colonização Ouro Preto/INCRA. Tornando-se importante centro produtor agrícola, atingindo relevante destaque social e econômico, foi transformado em município pela, Lei n.º 369, de 13 de fevereiro de 1992. Seu nome é em homenagem a serra do Mirante, acidente do relevo do seu território. MONTE NEGRO Teve origem do NUAR Boa Vista integrante do Projeto de Colonização Marechal Dutra/INCRA. O seu desenvolvimento sócio-econômico proporcionou-lhe as condições de ser transformado em município pela Lei n.º 378, de 13 de fevereiro de 1992, com denominação de Monte Negro, em homenagem a um acidente do relevo do seu território com esse nome. RIO CRESPO Criado pela Lei n.º 376, de 13 de fevereiro de 1992, com este nome em homenagem ao rio Preto do Crespo. Surgiu do NUAR Cafelândia, integrante do Projeto de Colonização Mal. Deodoro/INCRA. É importante polo agrícola e pecuário. SERINGUEIRAS Criada pela lei n.º 370, de 13 de fevereiro de 1992, seu nome é uma homenagem à Hévea Brasiliense cuja exploração consolidou a posse da Amazônia e sua integração ao Território Nacional. E sendo a bacia do rio São Miguel no espaço geográfico do município uma área rica em seringueiras explorada desde o século XIX, nada mais justa a homenagem prestada. O município surgiu do NUAR Bom Princípio, integrante do Projeto de Colonização do mesmo nome. É importante pela agropecuária. THEOBROMA Surgiu do NUAR Theobroma, integrante do Projeto de Colonização Padre Adolfo Rohl. O seu desenvolvimento econômico como polo cacaueiro proporcionou-lhe as condições de ser transformado em município pela Lei n.º 371, de 13 fevereiro de 1992. O seu nome é em homenagem ao cacau, cuja denominação científica é Theobroma. URUPÁ Foi criado pela Lei n.º 368, de 13 de fevereiro de 1992, o seu nome é em homenagem ao rio Urupá, importante afluente do rio Ji-Paraná. Sua origem é do NUAR Urupá integrante do Projeto de Colonização Ouro Preto/INCRA. É destacado polo agrícola e pecuário. VALE DO PARAÍSO Surgiu do NUAR Vale do Paraíso, integrante do Projeto de Colonização Ouro Preto/NUAR. O seu nome é originado do Igarapé Paraíso em cujo vale fica localizada a cidade sede do novo município pela Lei n.º 367, de 13 de fevereiro de 1992. ALTO ALEGRE DOS PARECIS Criado pela Lei n.º 570, de 22 de junho de 1.994, fica situado na região sul, originou-se de um núcleo agropecuário, na Chapada dos Parecis, o seu nome deriva-se da beleza natural do local que entusiasmou seus fundadores dando-lhe essa denominação. CUJUBIM Criado pela Lei n.º 568, de 22 de junho de 1994, originou-se de um núcleo agropecuário de cassiterita na área de influência de Ariquemes. O seu nome é em homenagem a uma ave da fauna amazônica, muito comum nas selvas de Rondônia. NOVA UNIÃO Criado pela Lei n.º 566, de 20 de junho de 1994, situado na região central do Estado, surgiu de um Núcleo agropecuário, sua denominação é um alusão ao esforço a união de seus fundadores em prol do seu desenvolvimento. PARECIS Criado pela Lei n.º 573, de 22 de junho de 1994, situado na região sul na Chapada dos Parecis, surgiu de um núcleo agropecuário. Seu nome é em homenagem a nação indígena com essa denominação. PRIMAVERA DE RONDÔNIA Criado pela Lei n.º 569, de 22 de junho de 1994, situado na região Centro-Sul do Estado, originou-se de um núcleo agropecuário denominado por seus fundadores com o nome de Primavera. TEIXEIRÓPOLIS Criado pela Lei n.º 571, de 22 de junho de 1994, surgiu de um núcleo agropecuário, situado na região central do Estado. O seu nome é uma homenagem ao Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, primeiro Governador do Estado de Rondônia.