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Doenças
microbianas dos
sistemas urinário e
reprodutivo
Dayane, Lorenza e Givanildo
SISTEMA URINÁRIO
- Composto por órgãos que regulam a composição química e o
volume do sangue;
- Oferece uma abertura ao ambiente externo (perigo);
- suscetível às infecções dos contatos externos;
- Por possuírem membranas úmidas, são mais suscetíveis ao
crescimento bacteriano;
SISTEMA REPRODUTIVO
- Compartilha vários órgãos com o sistema urinário;
- Tem a função de produzir gametas;
- Nas fêmeas, dá o suporte de e garantir o desenvolvimento embrionário e
do feto;
- Possui aberturas ao meio externo assim como o sistema urinário (estando
propenso a infecções)
- O contato sexual íntimo pode promover a troca de patógenos microbianos;
ESTRUTURA E FUNÇÃO DO SIST. URINÁRIO
- Dois rins, dois ureteres, uma única bexiga urinária, e uma única uretra;
- Determinados resíduos, coletivamente chamados de urina, são removidos do sangue à medida
que ele circula nos rins;
-A urina passa pelos ureteres até a bexiga, onde é estocada antes de ser eliminada do corpo pela
uretra;
-Na mulher, a uretra conduz somente a urina para o exterior;
-No homem, a uretra é um conduto comum para urina e fluido seminal;
-Onde os ureteres entram na bexiga, válvulas fisiológicas impedem o fluxo reverso da urina para
os rins;
Esse mecanismo ajuda a defender os rins das infecções do trato urinário inferior;
- A urina normal tem algumas propriedades antimicrobianas;
- A ação do fluxo urinário durante a excreção da urina também tende a remover microrganismos
potencialmente infecciosos.
ESTRUTURA E FUNÇÃO SIST. REPRODUTIVO
- Consiste em dois ovários, duas tubas uterinas (falópio), o útero, incluindo o colo uterino, a
vagina e a genitália externa;
- Os ovários produzem os hormônios sexuais femininos e os óvulos;
- Quando um óvulo é liberado durante o processo de ovulação, ele entra na tuba uterina,
onde a fertilização pode ocorrer se houver espermatozóides viáveis presentes;
- O óvulo fertilizado (zigoto) desce pela tuba e entra no útero;
- Ele se implanta na parede interna do útero e permanece ali enquanto se transforma em um
embrião e, posteriormente, em um feto;
- A genitália externa (vulva) inclui o clitóris, os lábios e as glândulas que produzem uma
secreção de lubrificação durante a cópula.
ESTRUTURA E FUNÇÃO SIST. REPRODUTIVO
- O sistema reprodutor masculino consiste em dois testículos, um sistema de ductos,
glândulas acessórias e o pênis;
- Os testículos produzem hormônios sexuais masculinos e esperma. Para serem liberadas do
corpo, as células espermáticas passam por uma série de ductos: o epidídimo, o ducto
(canal) deferente, o ducto ejaculatório e a uretra.
Microbiota normal dos sistemas urinário e reprodutivo
-As bactérias predominantes na vagina são os lactobacilos;
-Essas bactérias produzem o ácido láctico, que mantém o pH ácido da vagina (3,8-4,5), inibindo o
crescimento da maioria dos outros microrganismos;
-A maior parte dos lactobacilos da vagina produz peróxido de hidrogênio, que também inibe o
crescimento de outras bactérias;
-O estrogênio (hormônio sexual) promove o crescimento dos lactobacilos pelo aumento da
produção de glicogênio pelas células do epitélio vaginal;
-O fungo leveduriforme Candida albicans é parte da microbiota normal de 10 a 25% das
mulheres, mesmo que elas sejam assintomáticas;
-A gravidez e a menopausa frequentemente são associadas a altas taxas de infecções no trato
urinário. A razão é que os níveis de estrogênio são mais baixos, resultando em populações
menores de lactobacilos e, portanto, em menor acidez vaginal;
-A uretra masculina normalmente é estéril, exceto por contaminações microbianas próximas à
abertura externa.
DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário normalmente contém poucos micróbios, mas está sujeito a
infecções oportunistas que podem ser muito problemáticas. Quase todas essas
infecções têm origem bacteriana, embora possam ocorrer infecções ocasionais por
parasitos esquistossomos, protozoários e fungos. Além disso, como veremos neste
capítulo, doenças sexualmente transmissíveis frequentemente afetam o sistema
urinário, bem como o sistema reprodutivo
Doenças bacterianas do sistema urinário
-As infecções do sistema urinário são iniciadas mais frequentemente por uma inflamação da uretra, ou
uretrite;
-A infecção da bexiga é denominada cistite, e a infecção dos ureteres, ureterite;
-O perigo mais significativo das infecções do trato urinário inferior é que elas podem migrar para os
ureteres e afetar os rins, causando a pielonefrite;
-Ocasionalmente, os rins são afetados por infecções bacterianas sistêmicas, como a leptospirose.
-Os patógenos causadores dessa doença são encontrados na urina excretada;
-Infecções bacterianas do sistema urinário normalmente são ocasionadas por micróbios que penetram
no sistema a partir de fontes externas;
-Nos Estados Unidos, cerca de 7 milhões de infecções do trato urinário ocorrem a cada ano.
Aproximadamente 900 mil casos são associados aos cuidados de saúde, e provavelmente 90% deles
estão associados a cateteres urinários;
-Devido à proximidade do ânus com a abertura urinária, as bactérias intestinais predominam nas
infecções do sistema urinário;
-A maioria das infecções urinárias é causada por Escherichia coli. Infecções por Pseudomonas, devido a
sua resistência natural aos antibióticos, são especialmente problemáticas.
PIELONEFRITE
Em 25% dos casos não tratados, a cistite pode progredir para pielonefrite, a inflamação de um ou ambos os rins.
Os sintomas incluem febre e dor nos flancos ou nas costas. No sexo feminino, infecções do trato urinário inferior
são uma complicação frequente. O agente envolvido em cerca de 75% dos casos é a E. coli. A pielonefrite
geralmente resulta em bacteremia; culturas sanguíneas e uma coloração de Gram da urina para a identificação da
presença de bactérias são estratégias úteis no diagnóstico.
Se a pielonefrite se tornar crônica, formam-se cicatrizes nos rins, o que prejudica significativamente o seu
funcionamento. Uma vez que a pielonefrite é uma condição que oferece potencial risco à vida, o tratamento
normalmente se inicia com a administração intravenosa, de longo prazo, de um antibiótico de amplo espectro,
como uma cefalosporina de segunda ou terceira geração
CISTITE
A cistite é uma inflamação comum da bexiga em
mulheres. Os sintomas frequentemente incluem disúria
(dificuldade, dor e urgência para urinar) e piúria. A uretra
feminina tem menos de 5 cm de comprimento, e os
microrganismos a atravessam facilmente. Ela é bem mais
próxima do ânus e de suas bactérias intestinais
contaminantes que a uretra masculina. Essas
considerações refletem o fato de que a taxa de infecção
do sistema urinário em mulheres é cerca de oito vezes
maior que em homens. Em ambos os gêneros, a maioria
dos casos deve-se a infecções por E. coli, as quais podem
ser identificadas com o cultivo em meio diferencial, como
o ágar MacConkey. Outra causa bacteriana frequente é o
Staphylococcus saprophyticus coagulase-negativo.
LEPTOSPIROSE
É principalmente uma doença de animais domésticos ou silvestres, mas pode ser transmissível aos seres
humanos e, algumas vezes, provocar doença renal ou hepática severa. O agente causador é a espiroqueta
Leptospira interrogans.
-A Leptospira tem uma forma característica: uma espiral extremamente fina, de cerca de apenas 0,1 m de
diâmetro, enrolada tão firmemente que é quase imperceptível em uma visualização em microscópio de campo
escuro.
-Como outras espiroquetas, a L. interrogans (assim denominada porque sua extremidade em gancho sugere uma
interrogação) cora-se fracamente e é difícil de ser visualizada em microscópio óptico normal.
-Ela é um aeróbio obrigatório que pode crescer em uma variedade de meios artificiais suplementados com soro
de coelho
LEPTOSPIROSE
Os animais infectados com as espiroquetas disseminam a bactéria em
sua urina por períodos prolongados. Nos ratos, as bactérias habitam os
túbulos renais, um sítio imune privilegiado, onde elas continuam a se
reproduzir e são eliminadas, copiosamente, na urina por meses. Em
todo o mundo, a leptospirose é provavelmente a zoonose mais comum
Os seres humanos se tornam infectados através do contato com água
contaminada com urina, proveniente de lagos de água doce ou riachos,
solo ou, algumas vezes, pelo contato com tecido animal. Pessoas que
têm ocupações que as expõem ao contato com animais ou produtos
animais estão sob maior risco. Normalmente, o patógeno penetra por
pequenas abrasões na pele ou nas membranas mucosas. Quando
ingerido, ele penetra pela mucosa do trato digestório superior.
DOENÇAS BACTERIANAS DO SIST. REPRODUTIVO
Os micróbios que causam infecções do sistema reprodutivo normalmente são muito sensíveis ao estresse
ambiental e requerem contato íntimo para a transmissão.
-A maioria das doenças do sistema reprodutivo transmissíveis por atividade sexual tem sido
chamada de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs);
-Nos últimos anos, houve a tendência de mudar essa terminologia para infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs), mudança que já ocorreu na Europa;
-A razão para isso é que o conceito de “doença” implica sinais e sintomas óbvios. Uma vez que
muitos indivíduos infectados pelos patógenos sexualmente transmissíveis mais comuns não
apresentam sinais ou sintomas aparentes;
GONORREIA
Umas das doenças transmissíveis mais comumente reportada, ou notificada, nos Estados Unidos é a
gonorreia, provocada pelo diplococo gram-negativo Neisseria gonorrhoeae. A gonorreia é uma doença antiga,
descrita e identificada pelo médico grego Galeno, em 150 d.C.
-Mais de 60% dos pacientes com gonorreia têm entre 15 e 24 anos. Para infectar, o gonococo precisa se ligar
através das fímbrias às células mucosas da parede epitelial.
-O patógeno invade os espaços que separam as células epiteliais colunares, as quais são encontradas na área
orofaríngea, nos olhos, no reto, na uretra, na abertura do colo uterino e na área externa genital das mulheres pré-
puberais.
-A invasão desencadeia uma inflamação e, quando os leucócitos se movem para a área inflamada, o pus
característico se forma.
-Em homens, uma única exposição não protegida resulta em infecção com gonorreia 20 a 35% das vezes.
-As mulheres tornam-se infectadas em 60 a 90% das vezes com uma única exposição. Os homens tornam-se
cientes da existência de uma infecção gonorreica pela dor ao urinar e pela descarga de material contendo pus
pela uretra
-Cerca de 80% dos homens infectados mostram esses sintomas óbvios após um período de incubação de apenas
alguns dias
GONORRÉIA
O aumento da atividade sexual com múltiplos parceiros e o fato de que a doença na mulher pode não ser
reconhecida, contribuíram consideravelmente para esse aumento da incidência de gonorreia e outras ISTs
durante as décadas de 1960 e 1970. O uso disseminado de contraceptivos orais também contribuiu para esse
aumento. Os contraceptivos orais frequentemente substituem o preservativo e os espermicidas, que ajudam a
prevenir a transmissão da doença.
TRATAMENTO
As diretrizes para o tratamento da gonorreia requerem constante revisão, devido ao surgimento de
resistência. Para a gonorreia que afeta os tecidos cervicais, uretrais ou retais, a recomendação atual é,
inicialmente, utilizar as cefalosporinas, como a ceftriaxona ou o cefixime. A ceftriaxona também é recomendada
para casos de infecção faríngea. Fluoroquinolonas não são recomendadas devido ao desenvolvimento rápido de
resistência a elas. A menos que uma coinfecção com Chlamydia trachomatis seja descartada, o paciente também
deve ser tratado para esse organismo
KITS DE TESTES CASEIROS – Teste caseiro para
infecções sexualmente transmissíveis.
● Centers for Disease Control and Prevention (CDC), estimou que se tem de 2 a 3 milhões de
novas infecções por clamídia todos os anos;
○ E mais da metade que ainda não foram diagnosticadas;
● Para diagnosticar mais infecções, a Escola de Medicina Johns Hopkins desenvolveu a
iniciativa “Eu quero um kit”;
○ É um teste autoadministrável, que é distribuído gratuitamente para os moradores de
Maryland;
○ As amostras são coletadas pelos usuários em casa, e então, enviam para os
laboratórios;
○ Serve para a identificação de clamídia, gonorreia ou tricomoníase.
Outras opções de teste caseiro para HIV e infecções do
trato urinário
● Existe um kit de teste por via oral – OraQuickTM;
● Se utiliza uma fita com antígeno do HIV e um indicador enzimático para testar a
mucosa oral;
● A partir de estudos clínicos, o teste pode gerar um falso positivo a cada 5 mil
indivíduos não detectados e um falso negativo a cada 12 pessoas infectadas;
● Existe também uma forma de testar ITUs, a partir do contato de uma tria com o
fluxo da urina;
Prós da testagem caseira
● Maior número de casos diagnosticados;
○ Mais infecções de clamídia foram detectadas por testes do que em clínicas
convencionais, economizando muito dinheiro destinado à saúde pública;
● Maior acessibilidade para os pacientes;
○ Facilita o acesso de pessoas como locomoção limitada ou de regiões mais distantes;
● É uma opção de tratamento mais rápido;
○ Induz pessoas relutantes ou que não podem ir a uma clínica a realizar o teste.
Contras da testagem caseira
● Custo;
● Privacidade;
● Nem todos os testes possuem a mesma precisão.
Como os gonococos se ligam às células mucosas
epiteliais?
● Uma complicação comum da gonorreia é a uretrite, que geralmente ocorre em conjunto
com a Clamídia;
● A epididimite é uma complicação rara, é uma infecção ascendente na uretra e ducto
deferente, sendo dolorosa;
● Nas mulheres a infecção ocorre no colo uterino, e poucas percebem a infecção;
○ Mas com o tempo pode causar dores abdominais e inflamações pélvicas;
● A gonorreia se não tratada pode afetar as articulações, o coração, as meninges, os olhos, a
faringe etc.
○ As articulações geralmente são do pulso, joelho e tornozelo;
Como os gonococos se ligam às células mucosas
epiteliais?
● Uma mãe infectada pode infectar os olhos do bebê ao longo do parto, podendo causar a
oftalmia neonatal;
○ Por isso é administrado antibióticos nos olhos de todos os recém-nascidos;
○ Caso se tenha certeza que a mãe está infectada, é aplicada uma injeção
intramuscular no bebê;
● A gonorreia pode ser adquirida em qualquer momento do contato sexual, sendo comum
infecções faríngeas e anais;
○ Gonorreia faríngea: lembra uma dor de garganta comum;
○ Gonorreia anal: mais dolorosa com descargas de pus. Mas na maioria dos casos é
limitada a coceira.
Diagnóstico da gonorreia
● Em homens a gonorreia é diagnosticada ao encontrar gonococos em um
esfregaço corado do pus da uretra;
● Nas mulheres, geralmente é coletada uma cultura do colo uterino, onde as
bactérias são cultivadas em meios especiais;
○ A partir do cultivo pode-se determinar qual é a suscetibilidade dos
antibióticos;
Diagnóstico da gonorreia
Chlamydia trachomatis
● Infecções por C. trachomatis é muito mais frequente em mulheres do que em homens;
○ Aproximadamente 5 vezes mais;
● Nas mulheres causa inflamações pélvicas, e infecções oculares e pneumonias nos recém-
nascidos;
● As infecções por clamídia também é associada a grandes riscos de câncer cervical;
● Ainda não se sabe se essa infecção é ou não independente de coinfecções com
papilomavírus humano;
Chlamydia trachomatis
● Muitos casos de Uretrite não gonocócicas (UNG) não são tratados;
○ Nos homens os sintomas são leves;
○ As mulheres geralmente são assintomáticas;
● A falta de tratamento pode causar complicações;
○ Homens podem desenvolver inflamações no epidídimo;
○ Mulheres podem ter inflamações nas tubas uterinas. Que podem causar cicatrizes;
○ Aproximadamente 50% dos homens e 70% das mulheres não tem consciência das
suas infecções.
Chlamydia trachomatis
● Para o diagnóstico, o cultivo é o método mais confiável, mas para isso
são necessários métodos especializados;
○ Os testes são baseados na cultura, e ampliando e detectando as
sequencias de DNA e RNA do microrganismos;
○ A especificidade dos testes é próxima dos 100%.
● A clamídia é suscetível a antibióticos macrolídeos como a azitromicina.
Doença inflamatória pélvica (DIP)
● DIP é um termo para infecções bacterianas extensas nos órgãos pélvicos femininos, como
o útero, colo do útero, tubas uterinas e os ovários;
● São infecções polimicrobiana (causada por várias bactérias), os mais comuns são N.
gonorrhoeae e C. trachomatis;
○ A infecção por clamídia apresenta menos sintomas ao se comparar com a N.
gonorrhoeae, mas os danos à tuba uterina são maiores;
○ As bactérias podem se ligar a células espermáticas, e por isso mulheres que fazem
uso de anticoncepcionais espermicidas, possuem uma taxa menor de infecção;
● A forma mais severa de DIP é a infecção das tubas uterinas, chamada de salpingite;
○ Pode causar cicatrizes que bloqueiam a passagem dos óvulos para o útero,
resultando em uma gravidez ectópica ou na esterilidade.
Doença inflamatória pélvica (DIP)
Sífilis
● A bactéria Treponema pallidum é a causadora da sífilis;
○ Não possui fatores de virulência evidentes, mas possui muitas lipoproteínas que induzem
uma resposta inflamatória;
● Logo após a infecção o organismo entra na corrente sanguínea, em seguida invade os tecidos
passando pelas células;
● Algumas linhagens de T. pallidum podem causar doenças cutâneas endêmicas de regiões
tropicais;
○ Ex.: bouba – não é sexualmente transmissível (pesquisas indicam que o causador da
bouba sofreu uma mutação para uma IST pelo contato com exploradores europeus);
● Ao contrário da gonorreia, a sífilis resulta em uma certa imunidade significativa, mesmo que
imperfeita.
● É transmitida por qualquer tipo de contato sexual. Geralmente a incubação dura 3 semanas.
Sífilis
Estágio primário da sífilis
● Se tem a formação de um cancro pequeno, com uma base endurecida;
○ Aparece no local da infecção entre 10 e 90 dias depois da exposição;
● O cancro é indolor com um exsudado ceroso no centro (é um fluido altamente
infeccioso);
● A lesão desaparecem em algumas semanas.
● Os sintomas não causam desconforto, de forma que muitas mulheres desconhecem a
presença do cancro;
○ E nos homens geralmente se forma na uretra, não sendo visível;
● Nessa fase as bactérias migram para a corrente sanguínea e sistema linfático, se
espalhando pelo corpo;
Estágio primário da sífilis
Estágio secundário da sífilis
● Ocorre depois de muitas semanas desde o primeiro estágio;
● A doença se caracteriza pela formação de erupções cutâneas de aparência variável;
○ Amplamente distribuídas pela pele e mucosas;
● Outros sintomas frequentes são: perda de cabelo; mal-estar; febre.
○ Em alguns casos podem ter sintomas neurológicos;
● A sífilis secundária é sutil, onde alguns pacientes não se recordam de algum tipo de lesão;
● Os sintomas costumam desaparecer em torno de três meses.
Estágio secundário da sífilis
Estágio latente
● Os sintomas cessam mesmo sem tratamento;
● Pode-se ter de 2 a 4 anos de latência;
● Durante esse período geralmente não é infecciosa, com exceção da
transmissão materno-fetal.
● A maioria dos casos não passam do período latente.
Estágio terciário da sífilis
● Até 25% dos casos a doença pode retornar;
● Ocorre muitos anos após o período latente, onde a maioria dos sintomas nessa fase são
decorrente das reações imunes do corpo;
● Pode ser classificada pelo tecido que é afetado:
○ Sífilis gomatosa: caracterizada pela formação de gomas (feridas com aspecto
emborrachado), na pele, mucosas e ossos;
○ Sífilis cardiovascular: causa o enfraquecimento da aorta;
○ Neurossífilis: afeta o sistema nervosos central. Podendo causar paresia, convulsões,
perda de coordenação motora, paralisia facial etc.
Estágio terciário da sífilis
Sífilis congênita
❖ Uma das formas mais perturbadoras e perigosas da sífilis;
❖Transmitida através da placenta para o feto;
❖ Causa prejuízos mentais e danos neurológicos;
❖ Gestação entre os estágios primários e secundários pode
produzir um natimorto;
❖Tratamento com antibiótico pode prevenir a transmissão
Diagnóstico da sífilis
❖ Cada estágio da doença é específico;
❖ Existem três tipos de testes:
Inspeção microscópica visual, teste sorológico
treponêmico e o teste sorológico não treponêmico;
❖ Na triagem, espiroquetas podem ser analisadas nos
exsudatos das lesões.
Exame microscópico em campo escuro
0,2 mm
Tratamento da sífilis
Penicilina benzatina
Formulação de ação prolongada que
permanece efetiva no corpo por cerca
de duas semanas
Para pessoas sensíveis à penicilina, são
usados os antibióticos azitromicina,
doxiciclina e a tetraciclina.
Linfogranuloma venéreo (LGV)
❖ Chlamydia trachomatis – além da LGV, também é a
causa da infecção ocular tracoma e da UNG – uretrite
não gonocócica;
❖ Doença ocorrente em regiões tropicais;
❖Invadem o sistema linfático, incha e inflama os
lifonodos – produzem pus, obstruem circulação
linfática o que leva o aumenta da genitália nos
homens e estreitamento o reto nas mulheres –
tratamento antibiótico doxiciclina
Cancroide (cancro mole)
❖Agente causador é o bacilo gram-negativo Haemophilus
ducreyi;
❖Doença ocorrente em regiões tropicais;
❖Contaminação associada ao uso de drogas, assim como a
sífilis;
❖Ulceração dolorosa e edemaciada formada sobre a
genitália – infecção dos linfonodos;
❖Lesões que podem aumentar a transmissão do HIV,
principalmente na África;
❖Antibiótico para o tratamento: azitromicina ou ceftriaxona
Pequeno bastonete
pleomórfico gram-variável
Forma colonial,
semelhante a galhos,
ou ramificações
É um protozoário
tipicamente elipsóide,
piriforme ou oval
Candida albicans Trichomonas vaginalis
Gardnerella vaginalis
Vaginose bacteriana
Doenças virais do
sistema imune
Herpes genital
❖ 1 a cada 4 pessoas nos EUA está infectada;
❖Infecção pode ocorrer sem lesões e o preservativo
pode não conter o contagio;
❖Tempo de incubação de uma semana, após isso aparecem
as vesículas que podem causar incômodo e irritação;
❖Diagnóstico por PCR e tratamento com antiviral aciclovir
Vesículas de
herpes genital
no pênis
Herpes neonatal
❖ Pode causar aborto ou graves danos fetais;
❖ Ataca o sistema nervoso – cegueira, epilepsia e dano
a audição;
❖ PCR + aciclovir intravenoso
Verrugas genitais
❖ Papilomavírus (HPV);
❖ Predileção por regiões mucosas;
❖ 1 milhão de novos casos a cada ano – 4 mil mulheres
morrem todos os anos nos EUA;
❖ 1 a cada 4 mulheres de 14 a 59 anos estão infectadas;
❖ + de 60 tipos de papiloma sendo os 16 e 18 cancerígenos;
❖ Gardasil e Cervarix – vacinas licenciadas;
❖ Gél antiviral – podofilox e imiquimode (interferon)
Aids
❖ Infecção por HIV ;
❖Dano ao sistema imune;
❖Lesões resultantes de muitas doenças de origem
bacteriana e viral facilitam a transmissão.
Doenças fúngicas do
sistema reprodutivo
Candidíase
o C. albicans responsável por 85 à 90% dos casos;
o Metade das mulheres são diagnosticadas até os 25 anos;
o Proliferação nas mucosas da boca, intestino e
urogenital;
o Raspados de lesões no M.O + clotrimazol e miconazol
Tricomoníase
❖ Trichomonas vaginalis – protozoário anaeróbico comum na biota
vaginal;
❖Acidez anormal causa proliferação = tricomoníase;
❖Pode ser acompanhada de uma coinfecção de gonorreia;
❖Secreção amarelo-esverdeada – odor desagradável;
❖Apesar de alta incidência, relativamente benigno
(parto prematuro – desnutrição do feto);
❖ Análise por M.O + metronidazol via oral.
● TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE,
CL. Microbiologia. 12. ed., Porto Alegre:
Artmed, 2010.
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Doenças microbianas dos sistemas urinário e reprodutivo

  • 1. Doenças microbianas dos sistemas urinário e reprodutivo Dayane, Lorenza e Givanildo
  • 2. SISTEMA URINÁRIO - Composto por órgãos que regulam a composição química e o volume do sangue; - Oferece uma abertura ao ambiente externo (perigo); - suscetível às infecções dos contatos externos; - Por possuírem membranas úmidas, são mais suscetíveis ao crescimento bacteriano;
  • 3. SISTEMA REPRODUTIVO - Compartilha vários órgãos com o sistema urinário; - Tem a função de produzir gametas; - Nas fêmeas, dá o suporte de e garantir o desenvolvimento embrionário e do feto; - Possui aberturas ao meio externo assim como o sistema urinário (estando propenso a infecções) - O contato sexual íntimo pode promover a troca de patógenos microbianos;
  • 4. ESTRUTURA E FUNÇÃO DO SIST. URINÁRIO - Dois rins, dois ureteres, uma única bexiga urinária, e uma única uretra; - Determinados resíduos, coletivamente chamados de urina, são removidos do sangue à medida que ele circula nos rins; -A urina passa pelos ureteres até a bexiga, onde é estocada antes de ser eliminada do corpo pela uretra; -Na mulher, a uretra conduz somente a urina para o exterior; -No homem, a uretra é um conduto comum para urina e fluido seminal; -Onde os ureteres entram na bexiga, válvulas fisiológicas impedem o fluxo reverso da urina para os rins; Esse mecanismo ajuda a defender os rins das infecções do trato urinário inferior; - A urina normal tem algumas propriedades antimicrobianas; - A ação do fluxo urinário durante a excreção da urina também tende a remover microrganismos potencialmente infecciosos.
  • 5.
  • 6. ESTRUTURA E FUNÇÃO SIST. REPRODUTIVO - Consiste em dois ovários, duas tubas uterinas (falópio), o útero, incluindo o colo uterino, a vagina e a genitália externa; - Os ovários produzem os hormônios sexuais femininos e os óvulos; - Quando um óvulo é liberado durante o processo de ovulação, ele entra na tuba uterina, onde a fertilização pode ocorrer se houver espermatozóides viáveis presentes; - O óvulo fertilizado (zigoto) desce pela tuba e entra no útero; - Ele se implanta na parede interna do útero e permanece ali enquanto se transforma em um embrião e, posteriormente, em um feto; - A genitália externa (vulva) inclui o clitóris, os lábios e as glândulas que produzem uma secreção de lubrificação durante a cópula.
  • 7. ESTRUTURA E FUNÇÃO SIST. REPRODUTIVO - O sistema reprodutor masculino consiste em dois testículos, um sistema de ductos, glândulas acessórias e o pênis; - Os testículos produzem hormônios sexuais masculinos e esperma. Para serem liberadas do corpo, as células espermáticas passam por uma série de ductos: o epidídimo, o ducto (canal) deferente, o ducto ejaculatório e a uretra.
  • 8. Microbiota normal dos sistemas urinário e reprodutivo -As bactérias predominantes na vagina são os lactobacilos; -Essas bactérias produzem o ácido láctico, que mantém o pH ácido da vagina (3,8-4,5), inibindo o crescimento da maioria dos outros microrganismos; -A maior parte dos lactobacilos da vagina produz peróxido de hidrogênio, que também inibe o crescimento de outras bactérias; -O estrogênio (hormônio sexual) promove o crescimento dos lactobacilos pelo aumento da produção de glicogênio pelas células do epitélio vaginal; -O fungo leveduriforme Candida albicans é parte da microbiota normal de 10 a 25% das mulheres, mesmo que elas sejam assintomáticas; -A gravidez e a menopausa frequentemente são associadas a altas taxas de infecções no trato urinário. A razão é que os níveis de estrogênio são mais baixos, resultando em populações menores de lactobacilos e, portanto, em menor acidez vaginal; -A uretra masculina normalmente é estéril, exceto por contaminações microbianas próximas à abertura externa.
  • 9. DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO O sistema urinário normalmente contém poucos micróbios, mas está sujeito a infecções oportunistas que podem ser muito problemáticas. Quase todas essas infecções têm origem bacteriana, embora possam ocorrer infecções ocasionais por parasitos esquistossomos, protozoários e fungos. Além disso, como veremos neste capítulo, doenças sexualmente transmissíveis frequentemente afetam o sistema urinário, bem como o sistema reprodutivo
  • 10. Doenças bacterianas do sistema urinário -As infecções do sistema urinário são iniciadas mais frequentemente por uma inflamação da uretra, ou uretrite; -A infecção da bexiga é denominada cistite, e a infecção dos ureteres, ureterite; -O perigo mais significativo das infecções do trato urinário inferior é que elas podem migrar para os ureteres e afetar os rins, causando a pielonefrite; -Ocasionalmente, os rins são afetados por infecções bacterianas sistêmicas, como a leptospirose. -Os patógenos causadores dessa doença são encontrados na urina excretada; -Infecções bacterianas do sistema urinário normalmente são ocasionadas por micróbios que penetram no sistema a partir de fontes externas; -Nos Estados Unidos, cerca de 7 milhões de infecções do trato urinário ocorrem a cada ano. Aproximadamente 900 mil casos são associados aos cuidados de saúde, e provavelmente 90% deles estão associados a cateteres urinários; -Devido à proximidade do ânus com a abertura urinária, as bactérias intestinais predominam nas infecções do sistema urinário; -A maioria das infecções urinárias é causada por Escherichia coli. Infecções por Pseudomonas, devido a sua resistência natural aos antibióticos, são especialmente problemáticas.
  • 11. PIELONEFRITE Em 25% dos casos não tratados, a cistite pode progredir para pielonefrite, a inflamação de um ou ambos os rins. Os sintomas incluem febre e dor nos flancos ou nas costas. No sexo feminino, infecções do trato urinário inferior são uma complicação frequente. O agente envolvido em cerca de 75% dos casos é a E. coli. A pielonefrite geralmente resulta em bacteremia; culturas sanguíneas e uma coloração de Gram da urina para a identificação da presença de bactérias são estratégias úteis no diagnóstico. Se a pielonefrite se tornar crônica, formam-se cicatrizes nos rins, o que prejudica significativamente o seu funcionamento. Uma vez que a pielonefrite é uma condição que oferece potencial risco à vida, o tratamento normalmente se inicia com a administração intravenosa, de longo prazo, de um antibiótico de amplo espectro, como uma cefalosporina de segunda ou terceira geração
  • 12. CISTITE A cistite é uma inflamação comum da bexiga em mulheres. Os sintomas frequentemente incluem disúria (dificuldade, dor e urgência para urinar) e piúria. A uretra feminina tem menos de 5 cm de comprimento, e os microrganismos a atravessam facilmente. Ela é bem mais próxima do ânus e de suas bactérias intestinais contaminantes que a uretra masculina. Essas considerações refletem o fato de que a taxa de infecção do sistema urinário em mulheres é cerca de oito vezes maior que em homens. Em ambos os gêneros, a maioria dos casos deve-se a infecções por E. coli, as quais podem ser identificadas com o cultivo em meio diferencial, como o ágar MacConkey. Outra causa bacteriana frequente é o Staphylococcus saprophyticus coagulase-negativo.
  • 13. LEPTOSPIROSE É principalmente uma doença de animais domésticos ou silvestres, mas pode ser transmissível aos seres humanos e, algumas vezes, provocar doença renal ou hepática severa. O agente causador é a espiroqueta Leptospira interrogans. -A Leptospira tem uma forma característica: uma espiral extremamente fina, de cerca de apenas 0,1 m de diâmetro, enrolada tão firmemente que é quase imperceptível em uma visualização em microscópio de campo escuro. -Como outras espiroquetas, a L. interrogans (assim denominada porque sua extremidade em gancho sugere uma interrogação) cora-se fracamente e é difícil de ser visualizada em microscópio óptico normal. -Ela é um aeróbio obrigatório que pode crescer em uma variedade de meios artificiais suplementados com soro de coelho
  • 14. LEPTOSPIROSE Os animais infectados com as espiroquetas disseminam a bactéria em sua urina por períodos prolongados. Nos ratos, as bactérias habitam os túbulos renais, um sítio imune privilegiado, onde elas continuam a se reproduzir e são eliminadas, copiosamente, na urina por meses. Em todo o mundo, a leptospirose é provavelmente a zoonose mais comum Os seres humanos se tornam infectados através do contato com água contaminada com urina, proveniente de lagos de água doce ou riachos, solo ou, algumas vezes, pelo contato com tecido animal. Pessoas que têm ocupações que as expõem ao contato com animais ou produtos animais estão sob maior risco. Normalmente, o patógeno penetra por pequenas abrasões na pele ou nas membranas mucosas. Quando ingerido, ele penetra pela mucosa do trato digestório superior.
  • 15. DOENÇAS BACTERIANAS DO SIST. REPRODUTIVO Os micróbios que causam infecções do sistema reprodutivo normalmente são muito sensíveis ao estresse ambiental e requerem contato íntimo para a transmissão. -A maioria das doenças do sistema reprodutivo transmissíveis por atividade sexual tem sido chamada de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs); -Nos últimos anos, houve a tendência de mudar essa terminologia para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), mudança que já ocorreu na Europa; -A razão para isso é que o conceito de “doença” implica sinais e sintomas óbvios. Uma vez que muitos indivíduos infectados pelos patógenos sexualmente transmissíveis mais comuns não apresentam sinais ou sintomas aparentes;
  • 16. GONORREIA Umas das doenças transmissíveis mais comumente reportada, ou notificada, nos Estados Unidos é a gonorreia, provocada pelo diplococo gram-negativo Neisseria gonorrhoeae. A gonorreia é uma doença antiga, descrita e identificada pelo médico grego Galeno, em 150 d.C. -Mais de 60% dos pacientes com gonorreia têm entre 15 e 24 anos. Para infectar, o gonococo precisa se ligar através das fímbrias às células mucosas da parede epitelial. -O patógeno invade os espaços que separam as células epiteliais colunares, as quais são encontradas na área orofaríngea, nos olhos, no reto, na uretra, na abertura do colo uterino e na área externa genital das mulheres pré- puberais. -A invasão desencadeia uma inflamação e, quando os leucócitos se movem para a área inflamada, o pus característico se forma. -Em homens, uma única exposição não protegida resulta em infecção com gonorreia 20 a 35% das vezes. -As mulheres tornam-se infectadas em 60 a 90% das vezes com uma única exposição. Os homens tornam-se cientes da existência de uma infecção gonorreica pela dor ao urinar e pela descarga de material contendo pus pela uretra -Cerca de 80% dos homens infectados mostram esses sintomas óbvios após um período de incubação de apenas alguns dias
  • 17. GONORRÉIA O aumento da atividade sexual com múltiplos parceiros e o fato de que a doença na mulher pode não ser reconhecida, contribuíram consideravelmente para esse aumento da incidência de gonorreia e outras ISTs durante as décadas de 1960 e 1970. O uso disseminado de contraceptivos orais também contribuiu para esse aumento. Os contraceptivos orais frequentemente substituem o preservativo e os espermicidas, que ajudam a prevenir a transmissão da doença. TRATAMENTO As diretrizes para o tratamento da gonorreia requerem constante revisão, devido ao surgimento de resistência. Para a gonorreia que afeta os tecidos cervicais, uretrais ou retais, a recomendação atual é, inicialmente, utilizar as cefalosporinas, como a ceftriaxona ou o cefixime. A ceftriaxona também é recomendada para casos de infecção faríngea. Fluoroquinolonas não são recomendadas devido ao desenvolvimento rápido de resistência a elas. A menos que uma coinfecção com Chlamydia trachomatis seja descartada, o paciente também deve ser tratado para esse organismo
  • 18. KITS DE TESTES CASEIROS – Teste caseiro para infecções sexualmente transmissíveis. ● Centers for Disease Control and Prevention (CDC), estimou que se tem de 2 a 3 milhões de novas infecções por clamídia todos os anos; ○ E mais da metade que ainda não foram diagnosticadas; ● Para diagnosticar mais infecções, a Escola de Medicina Johns Hopkins desenvolveu a iniciativa “Eu quero um kit”; ○ É um teste autoadministrável, que é distribuído gratuitamente para os moradores de Maryland; ○ As amostras são coletadas pelos usuários em casa, e então, enviam para os laboratórios; ○ Serve para a identificação de clamídia, gonorreia ou tricomoníase.
  • 19. Outras opções de teste caseiro para HIV e infecções do trato urinário ● Existe um kit de teste por via oral – OraQuickTM; ● Se utiliza uma fita com antígeno do HIV e um indicador enzimático para testar a mucosa oral; ● A partir de estudos clínicos, o teste pode gerar um falso positivo a cada 5 mil indivíduos não detectados e um falso negativo a cada 12 pessoas infectadas; ● Existe também uma forma de testar ITUs, a partir do contato de uma tria com o fluxo da urina;
  • 20. Prós da testagem caseira ● Maior número de casos diagnosticados; ○ Mais infecções de clamídia foram detectadas por testes do que em clínicas convencionais, economizando muito dinheiro destinado à saúde pública; ● Maior acessibilidade para os pacientes; ○ Facilita o acesso de pessoas como locomoção limitada ou de regiões mais distantes; ● É uma opção de tratamento mais rápido; ○ Induz pessoas relutantes ou que não podem ir a uma clínica a realizar o teste.
  • 21. Contras da testagem caseira ● Custo; ● Privacidade; ● Nem todos os testes possuem a mesma precisão.
  • 22. Como os gonococos se ligam às células mucosas epiteliais? ● Uma complicação comum da gonorreia é a uretrite, que geralmente ocorre em conjunto com a Clamídia; ● A epididimite é uma complicação rara, é uma infecção ascendente na uretra e ducto deferente, sendo dolorosa; ● Nas mulheres a infecção ocorre no colo uterino, e poucas percebem a infecção; ○ Mas com o tempo pode causar dores abdominais e inflamações pélvicas; ● A gonorreia se não tratada pode afetar as articulações, o coração, as meninges, os olhos, a faringe etc. ○ As articulações geralmente são do pulso, joelho e tornozelo;
  • 23. Como os gonococos se ligam às células mucosas epiteliais? ● Uma mãe infectada pode infectar os olhos do bebê ao longo do parto, podendo causar a oftalmia neonatal; ○ Por isso é administrado antibióticos nos olhos de todos os recém-nascidos; ○ Caso se tenha certeza que a mãe está infectada, é aplicada uma injeção intramuscular no bebê; ● A gonorreia pode ser adquirida em qualquer momento do contato sexual, sendo comum infecções faríngeas e anais; ○ Gonorreia faríngea: lembra uma dor de garganta comum; ○ Gonorreia anal: mais dolorosa com descargas de pus. Mas na maioria dos casos é limitada a coceira.
  • 24. Diagnóstico da gonorreia ● Em homens a gonorreia é diagnosticada ao encontrar gonococos em um esfregaço corado do pus da uretra; ● Nas mulheres, geralmente é coletada uma cultura do colo uterino, onde as bactérias são cultivadas em meios especiais; ○ A partir do cultivo pode-se determinar qual é a suscetibilidade dos antibióticos;
  • 26. Chlamydia trachomatis ● Infecções por C. trachomatis é muito mais frequente em mulheres do que em homens; ○ Aproximadamente 5 vezes mais; ● Nas mulheres causa inflamações pélvicas, e infecções oculares e pneumonias nos recém- nascidos; ● As infecções por clamídia também é associada a grandes riscos de câncer cervical; ● Ainda não se sabe se essa infecção é ou não independente de coinfecções com papilomavírus humano;
  • 27. Chlamydia trachomatis ● Muitos casos de Uretrite não gonocócicas (UNG) não são tratados; ○ Nos homens os sintomas são leves; ○ As mulheres geralmente são assintomáticas; ● A falta de tratamento pode causar complicações; ○ Homens podem desenvolver inflamações no epidídimo; ○ Mulheres podem ter inflamações nas tubas uterinas. Que podem causar cicatrizes; ○ Aproximadamente 50% dos homens e 70% das mulheres não tem consciência das suas infecções.
  • 28. Chlamydia trachomatis ● Para o diagnóstico, o cultivo é o método mais confiável, mas para isso são necessários métodos especializados; ○ Os testes são baseados na cultura, e ampliando e detectando as sequencias de DNA e RNA do microrganismos; ○ A especificidade dos testes é próxima dos 100%. ● A clamídia é suscetível a antibióticos macrolídeos como a azitromicina.
  • 29. Doença inflamatória pélvica (DIP) ● DIP é um termo para infecções bacterianas extensas nos órgãos pélvicos femininos, como o útero, colo do útero, tubas uterinas e os ovários; ● São infecções polimicrobiana (causada por várias bactérias), os mais comuns são N. gonorrhoeae e C. trachomatis; ○ A infecção por clamídia apresenta menos sintomas ao se comparar com a N. gonorrhoeae, mas os danos à tuba uterina são maiores; ○ As bactérias podem se ligar a células espermáticas, e por isso mulheres que fazem uso de anticoncepcionais espermicidas, possuem uma taxa menor de infecção; ● A forma mais severa de DIP é a infecção das tubas uterinas, chamada de salpingite; ○ Pode causar cicatrizes que bloqueiam a passagem dos óvulos para o útero, resultando em uma gravidez ectópica ou na esterilidade.
  • 31. Sífilis ● A bactéria Treponema pallidum é a causadora da sífilis; ○ Não possui fatores de virulência evidentes, mas possui muitas lipoproteínas que induzem uma resposta inflamatória; ● Logo após a infecção o organismo entra na corrente sanguínea, em seguida invade os tecidos passando pelas células; ● Algumas linhagens de T. pallidum podem causar doenças cutâneas endêmicas de regiões tropicais; ○ Ex.: bouba – não é sexualmente transmissível (pesquisas indicam que o causador da bouba sofreu uma mutação para uma IST pelo contato com exploradores europeus); ● Ao contrário da gonorreia, a sífilis resulta em uma certa imunidade significativa, mesmo que imperfeita. ● É transmitida por qualquer tipo de contato sexual. Geralmente a incubação dura 3 semanas.
  • 33. Estágio primário da sífilis ● Se tem a formação de um cancro pequeno, com uma base endurecida; ○ Aparece no local da infecção entre 10 e 90 dias depois da exposição; ● O cancro é indolor com um exsudado ceroso no centro (é um fluido altamente infeccioso); ● A lesão desaparecem em algumas semanas. ● Os sintomas não causam desconforto, de forma que muitas mulheres desconhecem a presença do cancro; ○ E nos homens geralmente se forma na uretra, não sendo visível; ● Nessa fase as bactérias migram para a corrente sanguínea e sistema linfático, se espalhando pelo corpo;
  • 35. Estágio secundário da sífilis ● Ocorre depois de muitas semanas desde o primeiro estágio; ● A doença se caracteriza pela formação de erupções cutâneas de aparência variável; ○ Amplamente distribuídas pela pele e mucosas; ● Outros sintomas frequentes são: perda de cabelo; mal-estar; febre. ○ Em alguns casos podem ter sintomas neurológicos; ● A sífilis secundária é sutil, onde alguns pacientes não se recordam de algum tipo de lesão; ● Os sintomas costumam desaparecer em torno de três meses.
  • 37. Estágio latente ● Os sintomas cessam mesmo sem tratamento; ● Pode-se ter de 2 a 4 anos de latência; ● Durante esse período geralmente não é infecciosa, com exceção da transmissão materno-fetal. ● A maioria dos casos não passam do período latente.
  • 38. Estágio terciário da sífilis ● Até 25% dos casos a doença pode retornar; ● Ocorre muitos anos após o período latente, onde a maioria dos sintomas nessa fase são decorrente das reações imunes do corpo; ● Pode ser classificada pelo tecido que é afetado: ○ Sífilis gomatosa: caracterizada pela formação de gomas (feridas com aspecto emborrachado), na pele, mucosas e ossos; ○ Sífilis cardiovascular: causa o enfraquecimento da aorta; ○ Neurossífilis: afeta o sistema nervosos central. Podendo causar paresia, convulsões, perda de coordenação motora, paralisia facial etc.
  • 40. Sífilis congênita ❖ Uma das formas mais perturbadoras e perigosas da sífilis; ❖Transmitida através da placenta para o feto; ❖ Causa prejuízos mentais e danos neurológicos; ❖ Gestação entre os estágios primários e secundários pode produzir um natimorto; ❖Tratamento com antibiótico pode prevenir a transmissão
  • 41. Diagnóstico da sífilis ❖ Cada estágio da doença é específico; ❖ Existem três tipos de testes: Inspeção microscópica visual, teste sorológico treponêmico e o teste sorológico não treponêmico; ❖ Na triagem, espiroquetas podem ser analisadas nos exsudatos das lesões.
  • 42. Exame microscópico em campo escuro 0,2 mm
  • 43.
  • 44. Tratamento da sífilis Penicilina benzatina Formulação de ação prolongada que permanece efetiva no corpo por cerca de duas semanas Para pessoas sensíveis à penicilina, são usados os antibióticos azitromicina, doxiciclina e a tetraciclina.
  • 45. Linfogranuloma venéreo (LGV) ❖ Chlamydia trachomatis – além da LGV, também é a causa da infecção ocular tracoma e da UNG – uretrite não gonocócica; ❖ Doença ocorrente em regiões tropicais; ❖Invadem o sistema linfático, incha e inflama os lifonodos – produzem pus, obstruem circulação linfática o que leva o aumenta da genitália nos homens e estreitamento o reto nas mulheres – tratamento antibiótico doxiciclina
  • 46. Cancroide (cancro mole) ❖Agente causador é o bacilo gram-negativo Haemophilus ducreyi; ❖Doença ocorrente em regiões tropicais; ❖Contaminação associada ao uso de drogas, assim como a sífilis; ❖Ulceração dolorosa e edemaciada formada sobre a genitália – infecção dos linfonodos; ❖Lesões que podem aumentar a transmissão do HIV, principalmente na África; ❖Antibiótico para o tratamento: azitromicina ou ceftriaxona
  • 47. Pequeno bastonete pleomórfico gram-variável Forma colonial, semelhante a galhos, ou ramificações É um protozoário tipicamente elipsóide, piriforme ou oval Candida albicans Trichomonas vaginalis Gardnerella vaginalis Vaginose bacteriana
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 53. Herpes genital ❖ 1 a cada 4 pessoas nos EUA está infectada; ❖Infecção pode ocorrer sem lesões e o preservativo pode não conter o contagio; ❖Tempo de incubação de uma semana, após isso aparecem as vesículas que podem causar incômodo e irritação; ❖Diagnóstico por PCR e tratamento com antiviral aciclovir
  • 54.
  • 56. Herpes neonatal ❖ Pode causar aborto ou graves danos fetais; ❖ Ataca o sistema nervoso – cegueira, epilepsia e dano a audição; ❖ PCR + aciclovir intravenoso
  • 57. Verrugas genitais ❖ Papilomavírus (HPV); ❖ Predileção por regiões mucosas; ❖ 1 milhão de novos casos a cada ano – 4 mil mulheres morrem todos os anos nos EUA; ❖ 1 a cada 4 mulheres de 14 a 59 anos estão infectadas; ❖ + de 60 tipos de papiloma sendo os 16 e 18 cancerígenos; ❖ Gardasil e Cervarix – vacinas licenciadas; ❖ Gél antiviral – podofilox e imiquimode (interferon)
  • 58.
  • 59. Aids ❖ Infecção por HIV ; ❖Dano ao sistema imune; ❖Lesões resultantes de muitas doenças de origem bacteriana e viral facilitam a transmissão.
  • 60.
  • 62. Candidíase o C. albicans responsável por 85 à 90% dos casos; o Metade das mulheres são diagnosticadas até os 25 anos; o Proliferação nas mucosas da boca, intestino e urogenital; o Raspados de lesões no M.O + clotrimazol e miconazol
  • 63. Tricomoníase ❖ Trichomonas vaginalis – protozoário anaeróbico comum na biota vaginal; ❖Acidez anormal causa proliferação = tricomoníase; ❖Pode ser acompanhada de uma coinfecção de gonorreia; ❖Secreção amarelo-esverdeada – odor desagradável; ❖Apesar de alta incidência, relativamente benigno (parto prematuro – desnutrição do feto); ❖ Análise por M.O + metronidazol via oral.
  • 64.
  • 65. ● TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, CL. Microbiologia. 12. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. References