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1 - INTRODUÇÃO <br />A finalidade deste texto é a de fornecer informações relevantes e orientações de cunho exclusivamente financeiro a empresários, microempresários, gerentes, executivos, estudantes e outros interessados no sentido de conscientizá-los do quão importante são as finanças para uma empresa.<br />Ele se divide em quatro partes dispostas de acordo com o grau de necessidade e conveniência para o aprendizado. Cada parte mostra ao leitor as ferramentas que poderão ser utilizadas no dia-dia empresarial como controles financeiros para tornar a tarefa da administração financeira mais fácil de ser realizada.<br />Inicialmente, faz-se uma análise pela Contabilidade. Neste módulo o leitor terá noções sobre essa ciência, aqui ele verá como é a representação gráfica do patrimônio, sua divisão, as principais demonstrações financeiras de acordo com a lei 6404/76, dentre outros assuntos, possibilitando a compreensão de o porquê dos empreendimentos necessitarem desta ciência e a utilizarem nas tomadas de decisões. Neste capítulo, o leitor também terá uma introdução à análise das demonstrações financeiras, onde verá os principais índices de análise. <br />Depois de ter visto este capítulo, que lhe possibilitou uma macro visão das finanças de uma empresa, passará para o capítulo dois, onde conhecerá um pouco sobre a arte de se administrar finanças através das principais funções do Administrador Financeiro, que dentre tantas, são destaques fundamentais a análise do capital de giro, o controle dos estoques e a elaboração do fluxo de caixa. O administrador financeiro necessita do fluxo de caixa como instrumento de tomada de decisão, para projetar as entradas e saídas de recursos. <br />O terceiro capítulo levará o leitor a ter conhecimentos do mundo das Negociações Comerciais, onde são realizadas transações com prazos médios que são de vital importância para a empresa, como também os juros simples e compostos. <br />O quarto capítulo apresenta um assunto que poucos executivos e empresários dão importância ou desconhecem. É o Ponto de Equilíbrio. Item, também, de suma importância para a sobrevivência do empreendimento. Para aqueles que não trabalham com orçamento de vendas e nem de despesas, o ponto de equilíbrio é uma luz no fim do túnel.<br />O quinto e último capítulo apresentam a Formação do Preço de Venda. Sem o conhecimento da estrutura patrimonial da empresa, jamais se conseguirá precificar corretamente uma mercadoria, ou seja, saber se o preço colocado no produto está dando realmente lucro ou prejuízo. É sabido que o preço quem determina é o mercado e para que se possa saber se o preço de uma determinada mercadoria está compatível com o mercado, deve-se conhecer, primeiramente, a estrutura operacional da empresa.<br />2 - NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE <br />2.1 - O História da Contabilidade <br />A história da contabilidade se inicia nos tempos do homem das cavernas. Pesquisas arqueológicas recentes feitas na Síria, Israel e no Iraque ( antiga Mesopotâmia ) localizaram fichas de barro que possivelmente foram usadas para controle de estoque e que remontam a aproximadamente 8.000 AC. Daí se conclui que, já naqueles tempos, o homem se preocupava em ter o controle dos estoques dos seus bens. <br />Na pré-história, quando a inteligência humana ainda era pouco desenvolvida, o Homem de Neandertal caçava, pescava e as vezes, chegava a disputar carniça com outros animais. Com o surgimento do Homo Sapiens, homem pensante, houve uma evolução. Este também caçava e pescava, mas tinha uma enorme diferença com relação ao homem de Neandertal. O homem percebeu que poderia acumular riqueza através da criação extensiva de animais e do cultivo de cereais. <br />Surgia então a necessidade de se fazer o controle dos excedentes da produção. À medida que o homem passou a acumular riqueza e esta a se transformar em patrimônio, a contabilidade apareceu como a técnica para o controle do seu patrimônio.<br />2.2 - Tipos de Controles <br />Controle Rudimentar : o homem controlava seus estoques com pedras, ossos de animais, folhas de árvores ou desenhos. Evolução do Controle : o homem passou a utilizar fichas de barro para controlar seus estoques com sinais pictográficos.<br />Com o excedente em seus estoques, o homem passou a realizar trocas de mercadorias conforme as suas necessidades. Os que tinham estoques de cereais em excesso, trocavam por outras mercadorias que necessitavam, como exemplo pode-se destacar a troca por armas, por animais para criação, por peixe seco ou ainda outros tipos de cereais. Através destas trocas é que finalmente surgiu o comércio. Com isso, o comercio veio se consolidando como uma atividade mercantil e com ele, a contabilidade se fazia presente, registrando as operações e controlando as variações que estavam ocorrendo nos patrimônios das pessoas. Um detalhe deve ser destacado nesta evolução. Os registros contábeis foram evoluindo de acordo com as necessidades de controle dos registros das operações. Em outras palavras, quando mais intensificado ficou o comércio entre as pessoas, maior ficou a necessidade de os comerciantes controlarem suas operações de forma eficiente. Os registros eram feitos de forma empírica ( sem técnica ) não existindo uma uniformidade. Não havia uma preocupação em se criar normas para uniformizar tais registros. Cada comerciante registrava de acordo com o seu conhecimento e conveniência.<br />2.3 - A Evolução do Pensamento Contábil <br />No século XV a Itália era praticamente o centro mercantil europeu. Em diversas cidades deste país o comercio fervilhava ardentemente, negociações de grande vulto eram realizadas entre os diversos comerciantes surgindo aí uma nova preocupação com os registros das operações. Os registros eram feitos através das partidas simples, um método vulnerável para as operações de vendas a prazo. Surge então a preocupação com a sistematização dos registros das operações.<br />Neste século XV, finalmente, é que veio surgir o registro das partidas dobradas, que tem em sua essência a idéia de que, para cada débito(s), haverá um crédito(s) correspondente. Este método ficou conhecido na época como método de Veneza Pacioli, apud,Schmidt (2000,p.36). Na verdade, ele foi um dos primeiros divulgadores pois, sua obra , La Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et Porportionalitá, datada de 10 de novembro de 1494 trata de assuntos diversos, tais como aritmética, álgebra, geometria e comércio. O assunto Partidas Dobradas que na época era conhecido como Método de Veneza, é mencionado pelo autor da página 197 à 210 - Tratado XI De Computis et Scripturis, o qual afirma que neste capítulo, descreveu o melhor método para registro contábil.<br />Um dos primeiros manuscritos que tratam das partidas dobradas data de 1458 e o autor foi Benedetto Cotrugli. Sua obra não se disseminou pela Europa porque foi manuscrita, um processo demorado e principalmente caro, ao passo que a obra de Pacioli foi impressa em quantidade considerável e disseminada por todo o continente.<br />2.4 - Conceito de Contabilidade <br />A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a controlar seus patrimônios e tomarem decisões. Todas as movimentações que houver no patrimônio de uma empresa são registradas pela Contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa. Esses interessados, através destes relatórios, analisam os resultados obtidos e tomam as decisões em relação aos fatos futuros. Segundo Gomes (2000,p.5), em resumo, podemos dizer que o conhecimento sobre os conceitos contábeis por parte das pessoas com formação em áreas não-relacionadas à Contabilidade é importante para: análise e interpretação de dados financeiros; planejamento e controle do patrimônio (pessoal ou empresarial); cooperação, coordenação e comunicação com outras áreas da empresa.<br />2.5 - A Prática da Contabilidade e seus Usuários <br />O enfoque deste texto é a Contabilidade Geral que pode ser aplicada a diversos ramos de atividade.<br />- Atividades Comerciais - Contabilidade Comercial - Atividades Industriais - Contabilidade Industrial - Atividades Públicas - Contabilidade Pública - Atividades Bancárias - Contabilidade Bancária - Atividades Hospitalares - Contabilidade Hospitalar - Atividades Agropecuárias - Contabilidade Rural - Atividades de Seguro - Contabilidade Securitária, etc.<br />Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na Contabilidade as suas respostas. Evidentemente, os gerentes (administradores) não são os únicos que utilizam a Contabilidade. Os investidores, aqueles que aplicam dinheiro na empresa, estão interessados em obter lucro, por isso se utilizam dos relatórios contábeis, analisando se a empresa é rentável; os fornecedores de mercadorias querem saber se a empresa tem condições de pagar sua dívidas; os bancos emprestam dinheiro desde que a empresa tenha condições de pagamento; o governo quer saber quanto de impostos foi gerado para os cofre públicos; existem ainda outros interessados como os empregados, os concorrentes, os clientes, os analistas, etc. <br />2.6 - Conceito de Patrimônio <br />As vezes, quando paramos em frente a uma grande empresa e ficamos observando o tamanho dos prédios, os veículos que ela possui, o estoque de mercadorias e tudo mais, ficamos a imaginar que o patrimônio daquela empresa é muito grande, conseqüentemente, que ela também é muito rica. A mesma coisa acontece quando olhamos uma pessoa que tenha um Jeep Cherokee do ano, um Jet-ski , uma Moto Kawasaki 1000 cc do ano, um apartamento na Av. Vieira Souto no Rio de Janeiro, uma casa na praia de Búzios, etc, Também imaginaremos que esta pessoa tem um tremendo patrimônio é muito rica. Nossas conclusões podem estar certas ou completamente erradas.<br />Para a Contabilidade riqueza se mede de outra forma. Para se medir a riqueza de uma pessoa, seja ela física ou jurídica, necessário se faz que suas dívidas também sejam incluídas nesta avaliação toda. Então, aquela empresa que vimos, primeiramente, com veículos, estoques e prédios imponentes, de repente pode estar passando por dificuldades financeiras porque possui muitas dívidas, ou ainda o pior, poderá estar a um passo da falência. A mesma coisa pode acontecer com aquela pessoa que tem o Jeep Cherokee, a moto Kawasaki e tudo mais. Ela poderá estar endividada até o pescoço, devendo até a alma para bancos, agiotas, lojas, e outros credores. Para a Contabilidade, as dívidas também fazem parte do patrimônio.<br />O termo Patrimônio significa, a princípio, o conjunto de Bens pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa. Compõe-se de valores a receber. Para a Contabilidade esses valores a receber são denominados de Direitos. <br />Relacionando-se apenas os Bens e os Direitos, não se pode identificar a verdadeira situação de uma pessoa ou empresa. Faz-se necessário evidenciar as Obrigações (dívidas) referentes aos bens e direitos. Em Contabilidade a palavra Patrimônio tem sentido amplo: de uma lado temos o conjunto de Bens e Direitos de uma pessoa ou empresa e de outro lado as Obrigações a serem pagas.<br />2.7 - Representação do Patrimônio de uma Empresa <br />BENSOBRIGAÇÕES DIREITOS<br />2.8 - Conceituando Bens, Direitos e Obrigações <br />Entende-se por Bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades humanas. Se eles têm forma física, são palpáveis, denominam- se bens tangíveis: veículos, imóveis, estoque de mercadoria, dinheiro, móveis e utensílios, ferramentas, etc. Os bens incorpóreos, não palpáveis, são denominados de bens intangíveis: marcas, patentes de invenção, ponto comercial, etc. <br />Em Contabilidade entende-se por Direitos o poder de exigir alguma coisa de alguém. São denominados de valores a receber, títulos a receber, contas a receber, etc. No que tange a empresa, o direito a receber mais comum decorre das vendas a prazo, quando a empresa vendedora emite uma duplicata como documento comprobatório da transação. Esse direito denomina-se duplicatas a receber. Como exemplos de outros direitos podemos destacar alugueis a receber, promissórias a receber, impostos a recuperar, etc. <br />Obrigações são dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais dívidas são denominadas obrigações exigíveis, compromissos que deverão ser pagos nas datas de vencimento. Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a compra de mercadorias a prazo. Nesta operação a empresa compradora fica devendo ao fornecedor da mercadoria; por essa razão, essa dívida é conhecida como fornecedores, que também poderá ser chamada de duplicatas a pagar. <br />Outras obrigações exigíveis são com o governo; impostos a recolher -- com as financeiras; financiamentos a pagar -- com o INSS e FGTS; encargos sociais a recolher – com o locador do prédio; aluguéis a pagar.<br />QUADRO 01 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO<br />BENS + DIREITOSOBRIGAÇÕESBENSDinheiroEstoques de MercadoriasVeículosImóveisMáquinasFerramentasMóveis e UtensíliosMarcas e PatentesObras de Arte DIREITOSDepósitos BancáriosDuplicatas a ReceberTítulos a ReceberAluguéis a ReceberImpostos a RecuperarInvestimentos Bancários EmpréstimosFornecedoresFinanciamentos a pagarImpostos a RecolherEncargos Sociais a RecolherAluguéis a PagarTítulos a pagarPromissórias a PagarContas a Pagar<br />Nesta representação, coloca-se no lado esquerdo os Bens e Direitos e no lado direito as Obrigações. Isso ocorre por mera convenção. Na Inglaterra colocam-se primeiramente as obrigações e depois os bens e os direitos.<br />2.9 - Patrimônio Líquido = Situação Líquida <br />Para se conhecer a riqueza líquida da pessoa ou de uma empresa, precisamos somar os Bens com os Direitos e desse total, subtraem-se as Obrigações. O resultado obtido será a riqueza líquida. Em alguns casos o somatório dos Bens mais os Direitos superam o valor das Obrigações. Nestes casos o Patrimônio Líquido destas empresas é positivo, ou seja, a verdadeira riqueza. Noutros, porém, quando as Obrigações superam os Bens e Direitos, o Patrimônio Líquido será negativo, não havendo riqueza. <br />Exemplo da Empresa Fictícia<br />BENSR$ 100.000,00 DIREITOS R$ 50.000,00 OBRIGAÇÕESR$ 90.000,00 <br />Análise:Patrimônio Líquido = ( Bens + Direitos ) - Obrigações Patrimônio Líquido = (100.000,00 + 50.000,00) - 90.000,00 Patrimônio Líquido = R$ 60.000,00 positivo <br />ANÁLISE: Neste caso significa que a empresa demonstra ter lastro para honrar seus compromissos e ainda resta uma quantia positiva de R$ 60.000,00. É uma situação confortável.<br />2.10 - Fazendo Demonstrações Financeiras <br />As Demonstrações Financeiras previstas na Lei 6404/76 são as seguintes:<br />- Balanço Patrimonial- Demonstração do Resultado do Exercício- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados- Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos<br />O Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado do Exercício e a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados devem ser transcritos no livro diário.<br />Em substituição à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, as empresas poderão elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, para efeito de publicação.<br />As sociedades anônimas de capital aberto (aquelas que negociam suas ações nas bolsas de valores) são obrigadas a publicar nos jornais de maior circulação, anualmente, os seus resultados. Assim, as demonstrações de cada exercício devem ser publicadas com indicação dos valores correspondentes às demonstrações do exercício anterior.<br />As demonstrações financeiras deverão ser complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos, sendo necessárias ao bom esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.<br />2.11 - Fazendo o Balanço Patrimonial <br />É a demonstração destinada a evidenciar, resumidamente, o patrimônio da entidade, quantitativa e qualitativamente. É a demonstração que relata os Bens e Direitos (ATIVO), e as Obrigações (PASSIVO) e a participação dos sócios (PATRIMONIO LÍQUIDO). Ela revela a posição patrimonial e financeira da empresa.<br />QUADRO 02 – BALANÇO PATRIMONIAL<br />ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTEPASSIVO CIRCULANTEREALIZÁVEL A LONGO PRAZOEXIGÍVEL A LONGO PRAZOATIVO PERMANENTERESULT. EXERC. FUTUROS    INVESTIMENTOS     IMOBILIZADOPATRIMÔNIO LÍQUIDO    DIFERIDO TOTALTOTAL<br />No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.<br />2.12 - Ativo <br />As contas do Ativo serão classificadas por ordem decrescente de liquidez.<br />2.13 - Ativo Circulante <br />São classificados neste grupo os Bens e Direitos que se realizarão no exercício social seguinte. Fazem parte deste grupo, os subgrupos abaixo discriminados:<br />DISPONÍVEL      Caixa      Bancos Conta Corrente      Aplicações Financeiras de Curto Prazo<br />DUPLICATAS A RECEBER (clientes)      Cliente “A”      Cliente “B”      Cliente “C”      (-) Duplicatas Descontadas      (-) Provisão para Devedores Duvidosos<br />ESTOQUES      Produtos Acabados      Produtos em Processo      Matéria Prima<br />OUTRAS CONTAS A RECEBER      Adiantamento a Empregados      Impostos a Recuperar      Depósitos Compulsórios      Outras Contas de Curto Prazo<br />2.14 - Direitos e Obrigações Realizáveis a Longo Prazo <br />São classificadas neste grupo os Bens e Direitos que irão realizar-se após o exercício social seguinte derivados de vendas, prestação de serviços, aplicações financeiras e adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas, diretores, acionistas, que não constituírem negócio usuais na exploração do objeto da empresa.<br />EMPRÉSTIMOS A COLIGADAS      Empresa quot;
 A quot;
      Empresa quot;
 B quot;
      Empresa quot;
 C quot;
<br />DUPLICATAS A RECEBER de LONGO PRAZO(clientes )      Cliente quot;
 A quot;
      Cliente quot;
 B quot;
      Cliente quot;
 C quot;
<br />APLICAÇÕES FINANCEIRAS de LONGO PRAZO      Instituição quot;
 A quot;
      Instituição quot;
 B quot;
      Instituição quot;
 C quot;
<br />OUTRAS CONTAS COM CARACTERISTICAS DE LONGO PRAZO<br />2.15 - Ativo Permanente <br />Como o próprio nome diz, os itens que integram este grupo têm características permanentes (fixas, de não-giro), mas nada impede que a administração venda-os para oxigenas o capital de giro da empresa na falta do mesmo.<br />INVESTIMENTOS      Participações Societárias       Obras de Arte      Imóveis para Aluguel<br />IMOBILIZADO (destinados à manutenção das atividades da empresa)      Máquinas      Equipamentos      Prédios      Ferramentas      Móveis e Utensílios      Veículos      Marcas e Patentes      Direitos sobre Recursos Naturais      Florestamento e Reflorestamento      ( - ) Depreciação Acumulada      ( - ) Amortização Acumulada      ( - ) Exaustão Acumulada<br />DIFERIDO (gastos que contribuirão para a formação de mais de um exercício social)      Gastos Pré-operacionais      Gastos com Pesquisas      Gastos com Reorganização      ( - ) Amortização Acumulada<br />2.16 - Passivo <br />As contas do passivo estão classificadas por ordem decrescente de exigibilidade.<br />2.17 - Passivo Circulante <br />São classificadas nesse grupo as Obrigações que irão vencer no exercício social seguinte.<br />FORNECEDORES      Fornecedor quot;
 A quot;
      Fornecedor quot;
 B quot;
      Fornecedor quot;
 C quot;
<br />EMPRÉSTIMOS      Instituição quot;
 A quot;
      Instituição quot;
 B quot;
      Instituição quot;
 C quot;
<br />IMPOSTOS A RECOLHER      Imposto de Renda PJ      Imposto de Renda PF      ICMS a Recolher      IPI a Recolher      PIS a Recolher      COFINS a Recolher<br />ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER      INSS a Recolher      FGTS a Recolher<br />DUPLICATAS A PAGAR      Empresa quot;
 A quot;
       Empresa quot;
 B quot;
       Empresa quot;
 Cquot;
<br />2.18 - Exigível a Longo Prazo <br />São classificadas neste grupo as obrigações que irão vencer após o exercício social seguinte.<br />FORNECEDORES de LONGO PRAZO      Fornecedor quot;
 A quot;
      Fornecedor quot;
 B quot;
      Fornecedor quot;
 C quot;
<br />DUPLICATAS A PAGAR de LONGO PRAZO      Empresa quot;
 A quot;
      Empresa quot;
 B quot;
      Empresa quot;
 Cquot;
<br />EMPRÉSTIMOS de LONGO PRAZO      Instituição quot;
 A quot;
      Instituição quot;
 B quot;
      Instituição quot;
 C quot;
<br />2.19 - Resultados de Exercícios Futuros <br />São classificadas neste grupo as contas de receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas decorrentes. Não devem ser incluídas as operações como Faturamento Antecipado, Adiantamento Recebido de Cliente e Juros Ativos a serem Ganhos.<br />ALUGUEL RECEBIDO ANTECIPADAMENTE      Empresa quot;
 A quot;
      Empresa quot;
 B quot;
      ( - ) Custo e Despesas correspondentes às Receitas<br />2.20 - Patrimônio Líquido <br />No Balanço Patrimonial, a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo e Resultados de Exercícios Futuros, representa o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil que pertence aos acionistas ou sócios.<br />CAPITAL SOCIAL      Sócio quot;
 A quot;
      Sócio quot;
 B quot;
      Sócio quot;
 C quot;
<br />RESERVAS DE CAPITAL      CM do Capital Realizado      Ágio na Emissão de Ações      Doações<br />RESERVAS DE REAVALIAÇÕES<br />RESERVAS DE LUCROS      Reservas de Legal      Reservas de Lucros para Expansão      Reservas de Lucros a Realizar<br />LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS<br />2.21 - Demonstração do Resultado do Exercício ( D R E ) <br />É um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. Através dessa demonstração, pode-se verificar o resultado que a empresa obteve (lucro ou prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período, geralmente igual a um ano.<br />A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresa que não requeiram, dados pormenorizados para a tomada de decisão, como é o caso de bares, farmácias, mercearias, boutiques, etc.<br />A DRE completa, exigida pela Lei 6404/76, fornece maiores minúcias para a tomada de decisão: grupos de despesas, vários tipos de lucros, destaque dos tributos, etc.<br />QUADRO 03 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO<br />D R E (COMPLETA) LEI 6404 / 76 RECEITA BRUTA ( - ) DEDUÇÕES= RECEITA LÍQUIDA  ( - ) CUSTOS  = LUCRO BRUTO OPERACIONAL ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS= LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL (+/-) RESULTADO NÃO OPERADIONALRESULTADO ANTES DA CSLL E IRPJ ( - ) CSLL E IRPJ= RESULTADO APÓS CSLL E IRPJ ( - ) PARTICIPAÇÕES = LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO<br />2.22 - Receita Bruta <br />É o total bruto de vendas mais prestação de serviços realizadas no período. Nela, Receita Bruta, estão inclusos os impostos e contribuições sobre vendas, os quais pertencem ao governo, as devoluções que são as vendas canceladas e que ainda não foram subtraídas e os abatimentos ocorridos no período, que deverão ser diminuídos também.<br />2.23 - Deduções <br />Conforme dito anteriormente, estes impostos e contribuições pertencem aos governos, União, Estado ou Município, e foram gerados no momento da operação, variando proporcionalmente à venda ou prestação de serviços. Quanto maior for a venda ou prestação de serviços, maior será o imposto. Na verdade, estes tributos não pertencem à empresa, mas aos governos. A empresa é uma mera intermediária que arrecada impostos junto ao consumidor e recolhe aos cofres público. Por isso, não devem ser considerados como receita real da empresa. <br />Exemplos:<br />ICMS ( pertence ao Estado e a alíquota varia de acordo com a mercadoria )ISS ( pertence ao Município e as alíquotas são de 6% para diversão pública e 5% para os demais serviços )PIS ( pertence à União e as alíquotas são de 0,65% PIS-Cumulativo e de 1,65 % PIS/Não-Cumulativo)COFINS ( pertence à União e a alíquota é de 3 %)<br />Exemplo de uma NF comércio, com incidência do PIS não-cumulativo:<br />Preço do produto:  R$ 10.000,00IPI (30%):      R$ 3.000,00Preço Total R$ 13.000,00<br />ICMS incidente (17%)<br />Demonstração de Resultado da Empresa<br />Receita Bruta  R$ 13.000,00(-) Deduções IPIR$ 3.000,00ICMSR$ 2.210,00COFINSR$ 390,00PIS     R$ 214,50Receita LíquidaR$ 7.185,50<br />A inclusão ou não do IPI na DRE dependerá de quem estiver elaborando a DRE. Como ele é um Imposto cobrado por fora, sua inclusão fica a critério de quem a elaborar. Caso não fosse incluído na DRE em análise, o valor da Receita Bruta teria que ser de R$ 10.000,00, com o IPI já diminuído. <br />No que diz respeito às Devoluções de Vendas , que é o mesmo que vendas canceladas, são mercadorias que estão em desacordo com o pedido e que o comprador devolve parcial ou totalmente a mercadoria. pode acontecer de , a empresa vendedora, a fim de evitar a devolução das mercadorias, esta propõe um Abatimento Concedido, no preço para compensar a perda do comprador. Tanto a Devolução de Vendas como os Abatimentos Concedidos, aparecem como dedução da Receita Bruta na DRE. <br />Portanto, as Devoluções de Vendas e os Abatimentos Concedidos são ajustes e não despesas. <br />2.24 - Lucro Bruto Operacional <br />É a diferença entra a Receita Líquida (Receita Bruta menos as Deduções) menos os Custos das Mercadorias Vendidas ou dos Serviços Prestados, sem considerar as despesas operacionais. Necessário se faz um breve entendimento sobre a diferença entre Custos e Despesas. Os Custos são gastos variáveis, as Despesas são gastos fixos. Os Custos variam de acordo com as vendas e as Despesas não. Quanto maior for a venda, maior será o Custo da mercadoria vendida. Ele tem crescimento proporcional. Vamos imaginar uma empresa que vende uma cadeira por R$ 100,00 e que lhe custou R$ 60,00. Se ela vender somente uma cadeira, o Custo será, evidentemente, R$ 60,00, de apenas uma cadeira. Mas se ela vendesse 10 cadeiras, teria uma venda de R$ 1.000,00, mas o Custo também subiria para R$ 600,00. Por isso que é um gasto variável. As Despesas são gastos fixos porque não dependem das vendas para aumentarem ou diminuírem. Seguindo o exemplo anterior, imaginemos que a empresa tenha um gasto com a folha de pagamento da ordem de R$ 3.000,00. Tanto faz a empresa vender ou não vender, este desembolso ela terá de arcar todo o mês. Por isso que as Despesas são gastos fixos, não variam com as vendas. <br />Os Custos podem ser :<br />- Para empresas industriais: Custo do Produto Vendido - Para empresas comerciais: Custo da Mercadoria Vendida. - Para empresas prestadoras de serviços: Custo do Serviço Prestado.<br />2.25 - Despesas Operacionais <br />De acordo com a teoria da contabilidade, despesas são gastos necessários para a empresa e que têm função de gerar receita. Em outras palavras, são gastos necessários para vender produtos, administrar a empresa e financiar as operações. Estes gastos contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa.<br />Os principais grupos podem ser:<br />- Despesas com Vendas : são todos aqueles gastos que estão relacionado às vendas. Comissões sobre venda, propaganda e publicidade, marketing, hotéis, aluguéis de veículos, provisão para devedores duvidosos, etc.- Despesas Administrativas : são os gastos necessários para se administrar e empresa. Folha de pagamento do pessoal administrativo, aluguéis de salas, material de expediente, seguros, combustíveis, manutenção de veículos, assinatura de jornais, depreciação, etc. - Despesas Financeiras : são as remunerações aos capitais de terceiros, tais como juros pagos, comissões bancárias, correção monetária pré-fixada, descontos concedidos, juros de mora pagos, etc. As despesas financeiras devem ser compensadas com as Receitas Financeiras, isto é, estas receitas serão deduzidas daquelas despesas. As receitas financeiras são derivadas de aplicações financeiras, juros de mora recebidos, descontos obtidos, etc. Se o montante da Receita Financeira for maior que a Despesa Financeira, a Receita Financeira será deduzida das Despesas Operacionais. <br />QUADRO 04 – Exemplo de Despesas Financeiras<br />Desp. Financeira > Rec. FinanceiraDesp. Financeira < Rec. FinanceiraDesp. FinanceirasR$ 2.800,00Rec. Financeiras    R$ 800,00Dif. Desp FinanceiraR$ 2.000,00Desp. FinanceirasR$ 2.800,00Rec. FinanceirasR$ 3.900,00Dif. Rec. FinanceiraR$ 1.100,00Despesas OperacionaisDespesas OperacionaisDe VendasR$ 3.000,00AdministrativasR$ 4.000,00FinanceirasR$ 2.000,00TotalR$ 9.000,00De VendasR$ 3.000,00  AdministrativasR$ 4.000,00  Financeiras( R$ 1.100,00 )TotalR$ 5.900,00  <br />Convém lembrar que dentro do grupo DESPESAS OPERACIONAIS existe ainda o subgrupo das Outras Receitas e Despesas Operacionais , que são consideradas como atividades acessórias do objeto da empresa. Dentro deste subgrupo classificam-se os lucros ou prejuízos de participações societárias (resultado da equivalência patrimonial, dividendos, deságio de investimento ) e as vendas diversas ( vendas esporádicas de sucatas, sobras do estoque, etc ) <br />2.26 - Lucro antes da CSLL e IRPJ <br />Do Lucro Bruto Operacional, deduz-se as Despesas Operacionais e obtem-se o Lucro ou Prejuízo Operacional . Deste, serão deduzidos ou acrescentados os Resultados não-Operacionais que são os resultados obtidos pela empresa que não tem nada a ver com o objeto da empresa, tais como os ganhos ou perdas de capital ( quando da alienação de algum bem do imobilizado ou participação em outras sociedades ) e o resultado da correção monetária. <br />2.27 - Resultado após a CSLL e IRPJ <br />Depois de calculados os tributos federais e deduzidos do Lucro Antes da CSLL e IRPJ, obtem-se um resultado que, novamente, sofrerá uma nova dedução que é a das participações nos lucros ( debêntures, empregados, administradores, partes beneficiárias e fundos de assistência ) para , por fim, chegarmos ao LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO. <br />2.28 - Análise das Demonstrações Financeiras<br />Constitui-se num processo que objetiva a avaliação da situação da empresa em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros, através de índices que são calculados a partir das próprias demonstrações. Através destes índices, os sócios, administradores, empregados, fornecedores, bancos, e outras interessadas, poderão tomar ciência da situação da empresa e tomarem decisões. <br />Freqüentemente, escrevem-se livros que mais têm confundido do que elucidado o leitor, afogando-o em centenas de índices sem uma idéia de relevância e, principalmente, sem relacionar entre si todos os quocientes principais. É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e quocientes, de forma consistente, de período para período, e compara-los com padrões preestabelecidos e tentar, a partir daí, tirar uma idéia de quais problemas merecem uma investigação maior, do que apurar dezenas e dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e, ainda, pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes. <br />Para que se possa ter uma noção do que realmente está acontecendo com a empresa que está em análise, é preciso pegar os índices referentes às suas demonstrações e fazer uma comparabilidade com outros índices:<br />- Comparação com períodos passados; <br />- Comparação com períodos orçados; <br />- Comparação com padrões setoriais; <br />- Comparação com padrões internacionais; <br />- Comparação com padrões internos da empresa; <br />- Comparação com empresas concorrentes, etc. <br />As principais análises são a Vertical, Horizontal e Análise por Quocientes. A ANÁLISE VERTICAL tem a função de nos mostrar a participação estrutural de um determinado item, em um determinado grupo. A ANÁLISE HORIZONTAL tem a função de mostrar o desempenho temporal de um determinado item e a ANÁLISE POR QUOCIENTES tem a função de dissecar as demonstrações fornecendo índices que vão espelhar a saúde financeira da empresa. Abaixo destacaremos alguns índices que são usados para se fazer a análise das demonstrações.  <br />2.29 - Índices de Liquidez <br />Esses índices servem para avaliar a capacidade financeira da empresa, para satisfazer compromissos de pagamentos com terceiros. <br />a) Índice de Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante < /P > <br />Este índice identifica o quanto a empresa dispõe, imediatamente, para honrar suas dívidas de curto prazo.<br />Exemplo: R$ 10.000,00 / R$ 20.000,00 = R$ 0,50<br />Neste exemplo a empresa dispõe imediatamente de R$ 0,50 (Cinqüenta Centavos de Real) para cada R$ 1,00 (Hum Real) que deve no curto prazo. <br />b) Índice de Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante <br />Este índice identifica o quanto a empresa dispõe de recursos no curto prazo, para honrar suas dívidas, também, de curto prazo. <br />Exemplo: R$ 30.000,00 / R$ 20.000,00 = R$ 1,50  <br />Considerando as disponibilidades que a empresa dispõe, mais os estoques, duplicatas a receber e outros valores a receber de terceiros, a empresa dispõe de R$ 1,50 (Hum Real e Cinqüenta Centavos) para honrar seus compromissos de curto prazo. O ideal é que este índice fique acima de R$ 1,00 (Hum Real) pois, significará sobra. <br />c) Índice de Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante <br />Eliminando-se os estoques, elimina-se uma incerteza no que diz respeito à conversão do estoque em recursos monetários. Este índice nos mostra que se eliminarmos os estoques, quanto a empresa disporá para honrar suas dívidas de curto prazo. <br />Exemplo: (R$ 30.000,00 – R$ 20.000,00) / R$ 20.000,00 = R$ 0,50  <br />Com a eliminação dos estoques, que é uma incerteza, a empresa disporá de R$ 0,50 (Cinqüenta Centavos de Real) para honrar suas dívidas de curto prazo. <br />d) Índice de Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Exigível a longo Prazo)<br />Este índice faz um comparativo do que a empresa dispõe, no curto e longo prazos, contra suas dívidas, igualmente de curto e longo prazos. <br />Exemplo: (R$ 30.000,00 + R$ 50.000,00) / (R$ 20.000,00 + R$ 20.000,00) = R$ 2,00  <br />Neste caso a empresa dispõe de R$ 2,00 (Dois Reais) no curto e longo prazos, para Real que deve no curto e longo prazos. <br />2.30 – Índice de Endividamento <br />a) Endividamento Total = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Ativo total <br />Este índice determina a proporção de ativos totais fornecida pelos credores da empresa. Quanto maior for este índice, maior será o montante de dinheiro de terceiros que está sendo empregado para gerar lucros. <br />Exemplo: (R$ 20.000,00 + R$ 20.000,00) / R$ 100.000,00 = 0,40 ou 40%  <br />Significa que 40% dos ativos da empresa são financiados por terceiros. O ideal é que este percentual seja baixo e bem administrado pela direção da empresa. <br />2.31 - Índices de Rentabilidade <br />Estes índices servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido na empresa. <br />a) Rentabilidade do Capital Próprio = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido <br />Este índice quer mostrar o quanto representa o lucro líquido obtido através das operações que a empresa realizou no exercício, em comparação ao investimento feito na empresa. <br />Rentabilidade do Capital Próprio = R$ 25.000,00 / R$ 50.000,00 = 50%  <br />Significa que o retorno do capital investido na empresa foi de 50%.<br />b) Rentabilidade do Ativo Total = Lucro Líquido / Ativo Total <br />Este índice faz um comparativo do resultado obtido pela empresa, o lucro, através de suas operações, com os ativos que estão disponíveis à administração para conseguir tal êxito. <br />Rentabilidade do Ativo Total = R$ 25.000,00 / R$ 100.000,00 = 25%  <br />Significa que o lucro representou 25% dos ativos totais disponíveis. <br />2.32 - Etapas para Realização da Análise de Balanço <br />As etapas a seguir devem ser seguidas na realização da análise de balanços.<br />Primeira etapa - EXAME E PADRONIZAÇÃO <br />Esta etapa consiste em verificar se as Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo com a Lei 6404 / 76, com a observância na composição de cada grupo de contas e de cada conta que compõe o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. <br />Segunda etapa - COLETA DOS DADOS <br />Esta etapa consiste na extração de dados das Demonstrações Financeiras. Esses dados serão utilizados para cálculos dos quocientes para a análise da situação econômico-financeira da empresa. <br />Terceira etapa - CÁLCULO DOS INDICADORES <br />Elaboração de um quadro com todos os quocientes calculados. Isso facilitará a analise dos mesmos. <br />Quarta etapa - INTERPRETAÇÃO DOS QUOCIENTES <br />Neste momento o analista interpretará os quocientes, um a um. Num primeiro momento, serão analisados os Quocientes Financeiros para após, serem analisados os quocientes econômicos.<br />Quocientes Financeiros ( Participação dos Capitais de Terceiros / Capitais de Terceiros s/ Recursos Próprios / Índice de Liquidez Geral / Índice de Liquidez Corrente / Índice de Liquidez Seca / Índice de Liquidez Imediata ) <br />Quocientes Econômicos ( Margem Líquida / Rentabilidade do Ativo / Rentabilidade do Patrimônio Líquido ) <br />Quinta etapa - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL <br />É a análise realizada na Demonstração do Resultado do Exercício. Para cada grupo de contas, o analista deverá realizar o calculo vertical e o horizontal, observando os desempenhos e, a partir daí, começar a tecer comentários.<br /> Sexta etapa - COMPARAÇÃO COM INDICES PADRÕES <br />Nesta etapa do processo de análise, o analista deve comparar os quocientes encontrados com os Quocientes-padrão. Uma das preocupações do analista nesta fase do processo de análise é como encontrar o Quocientes-padrão. Ultimamente, a revista Exame publica a revista “ Maiores e Melhores “ com tiragem anual. Neste anuário são publicados os índices por tipo de atividade, facilitando então, o trabalho do analista. É lógico que estes índices são nacionais, diferentes das realidades locais. Mas independente deste fator, esta publicação é uma bela ferramenta para o analista. <br />Sétima etapa - ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO Neste momento, após analise minuciosa dos quocientes, o analista deverá elaborar um relatório. <br />3 - NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA <br />Quando alguém nos diz que o administrador financeiro é o elemento fundamental dentro de uma empresa, somos levados a perguntar: mas e os demais setores? Todos os setores são importantes dentro de uma organização, desde o faxineiro até o diretor-presidente. O que acontece, no entanto, é que o Administrador Financeiro desempenha uma função um tanto mais sutil: ele administra as finanças da organização e isso é uma tarefa bastante difícil e complexa. Na verdade, todos nós desempenhamos até certo ponto o papel de administradores financeiros, pois ganhamos os nossos custosos rendimentos e os administramos da melhor forma possível para que não precisemos pedir dinheiro emprestado a ninguém ou para que possamos aplicar as sobras da maneira mais eficiente. O administrador financeiro faz exatamente isto. É um profissional que cuida das finanças de uma empresa, honrando os compromissos nas datas dos vencimentos, captando recursos quando é preciso a um custo mais baixo ou ainda, o melhor, aplicando as sobras nos investimentos mais atraentes, antevendo as possibilidades de investimento em novos projetos. Como se vê, não é uma função fácil. <br />O maior desafio do Administrador Financeiro é conciliar bem, e muito bem, o equilíbrio entre a Liquidez vs. Rentabilidade. O item Liquidez é a capacidade da organização de estar sempre com as suas finanças oxigenadas para que nunca falte recursos na hora de honrar os compromissos. Para isso, ele deverá usar o Fluxo de Caixa, onde projetará todas as entradas e saídas de recursos, tendo uma visão de curto , médio e longo prazos do fluxo monetário da empresa. Com o Fluxo de Caixa, ele poderá verificar quando faltará capital disponível para a empresa e com isso, tomar as devidas providências. No que diz respeito à Rentabilidade, é a capacidade de o administrador Financeiro investir recursos, do sistema do Fluxo de Caixa, em outro tipo de bem ( estoque de mercadoria ) e conseguir fazer com que este estoque se transforme em dinheiro, novamente, e retornem, com os lucros desejados, para dentro do sistema do fluxo de caixa. <br />3.1 - O administrador Financeiro (af) <br />Este profissional, geralmente denominado de Gerente Financeiro, Controller, Diretor Financeiro, Supervisor Financeiro ou ainda Chefe de Tesouraria, deve ter um ótimo relacionamento com os clientes internos e externos. Nos diagramas abaixo, veremos como o AF se encaixa numa hierarquia, através de um organograma simples e como ele se relaciona com os clientes internos na organização. <br />FIGURA 01 – ORGANOGRAMA ESTRUTURAL DE UMA EMPRESA <br />FIGURA 02 - DIAGRAMA DA RELAÇÃO COM CLIENTES INTERNOS <br />3.2 - Análise da Relação ( af x clientes internos ) <br />a) Diretoria : A relação deve ser bem aberta e franca. Tudo o que se passar com as finanças da empresa, deve ser repassado à diretoria, mostrando quais as melhores alternativas a serem tomadas.<br />b) Recursos Humanos: As atividades deste setor tais como, admissões, demissões, benefícios e outros, dependem e muito do aval do AF . No caso de algum benefício que se deseja dar aos empregados e que , certamente, onerará as finanças da empresa, o AF deverá autorizar ou não tal benefício. <br />c) Contabilidade e Auditoria: O AF depende das Demonstrações Financeiras para saber os efeitos ocorridos no patrimônio da organização, decorrentes de suas próprias ações. Também deve ser o responsável perante a Auditoria pelos seus atos e também pelos setores a ele subordinados.<br />d) Setor Administrativo : É o responsável pelo bom desempenho dos setores de Tesouraria, Depto. Pessoal, RH , Contas a Pagar, Crédito e Cobrança outros. <br />e) Setor Jurídico : Com este setor, sua relação estará ligada às cobranças de títulos, com clientes e fornecedores, processos trabalhistas e demais ações judiciárias. <br />f) Setor de Produção : A aquisição de novos equipamentos para a área de produção deverá ter autorização do AF. Ele é o profissional que realmente tem as finanças da empresa nas mãos. <br />g) Planejamento e Controle : Os orçamentos de despesas por departamento, compra e venda de mercadoria, logística, etc, tudo tem que passar pelas mãos do AF para que ele possa inserir no seu cronograma de fluxo de caixa e administrar as finanças empresarias da melhor forma possível. <br />h) Setor Comercial : Aqui, esta relação deve bem estreita pois, a sobrevivência de um empreendimento depende muito desta boa relação. Aqui é que o AF deverá administrar bem o equilíbrio entre Liquidez vs. Rentabilidade. As políticas de descontos de fornecedores, descontos a clientes, a precificação correta das mercadorias, os prazos médios de pagamentos de títulos assim como os de recebimentos, devem passar pelo crivo do AF. <br />FIGURA 03 - DIAGRAMA DA RELAÇÃO COM CLIENTES EXTERNOS <br />3.3 - Análise da Relação ( af x clientes externos ) <br />a) Governos ( U / E / M ) : O AF é o preposto, ou seja, é a pessoa que representa a empresa junto aos governos. No caso de solicitação de certidões negativas ou no caso de uma visita de umas das auditorias, o AF deverá ser aquele profissional que tomará a frente para resolver tais assuntos. <br />b) Fornecedores: A relação com os fornecedores deve ser de parceria. Sempre quando a empresa estiver passando por dificuldades financeiras e o AF não conseguir recursos para honrar os compromissos nas datas aprazadas, deverá este procurar os fornecedores para que consiga um prazo mais elástico e não, ficar fugindo das pressões dos fornecedores. Ele deve, sim, procurar negociar da melhor forma possível o imprevisto. Caso fique fugindo dos fornecedores ( credores) poderá sujar o nome da empresa e assim encontrará maiores dificuldades para conseguir mercadorias para vender. <br />c) Investidores : Os investidores são as pessoas que injetam dinheiro no negócio e acreditam que o negócio lhes trará lucro. Ora, se o AF é quem está administrando essas finanças, então essa relação deve ser muito boa e principalmente duradoura. <br />d) Clientes : A partir de um patamar quot;
 X quot;
 de valores, os créditos deverão ser autorizados pelo AF , onde fará uma minuciosa análise do cadastro do cliente até liberar a compra. Também cabe ao AF negociar da melhor forma possível a dívida daqueles clientes que estão passando por dificuldades financeiras. As vezes um bom cliente, um parceiro de muitos anos, poderá estar, momentaneamente, numa situação dessas e caberá ao AF administrar essa situação de uma forma que fique bom para ambos. <br />e) Instituições Financeiras : Essa relação é de fundamental importância para a empresa, pois na falta de recursos próprios para capital de giro ou até para aquisição de novos equipamentos, ou expansão dos negócios, o AF deverá recorrer às instituições financeiras, procurando as melhores taxas e melhores prazos, para captar recursos e dar andamento aos projetos empresariais. <br />f) Órgãos Reguladores : Estes órgãos são os que regulam as atividades operacionais das empresas, bem como aquelas entidades de classe que representam as empresas nas negociações salariais, negociações com os governos , etc. Dentre tantas, podemos citar as Associações Comerciais, CDL´s, Federação do Comércio, Federação das Indústrias, CREA, CRC e tantos outros.  <br />3.4 - Áreas de Conhecimento <br />Como o AF convive com diversas áreas de conhecimento para que possa tomar decisões, algumas exigem um bom domínio de conhecimento e outras , conhecimentos apenas complementares.<br />Contabilidade : Precisa ter um mínimo de noção desta área pois, trabalhará com as demonstrações financeiras a fim de emitir sua opinião acerca da saúde financeira da empresa. Deverá saber interpretar uma demonstração financeira; <br />Administração : Técnicas de administração, administração de pessoal e outras. <br />Economia : Visão global de mercado, ou seja, uma macro visão.<br />Matemática Financeira : Como o AF estará em permanente negociação com bancos, fornecedores e clientes, sobre assuntos como taxas de juros, descontos, pagamentos antecipados e prazos médio, é de fundamental importância que o AF domine esta área. <br />Áreas de conhecimentos complementares: Informática, Direito, Meio Ambiente, Marketing, e Comunicação. <br />3.5 - Capital de Giro <br />Toda a empresa precisa de capital para que possa existir. O capital da empresa pode ser próprio ou de terceiros. Ele é próprio quando sua origem é dos sócios, dos lucros, etc. Ele é de terceiros quando sua origem é estranha à empresa e neste caso pode ser por empréstimos, financiamentos, fornecedores, etc. <br />O capital de giro corresponde a uma parte do capital social aplicado na empresa. São aqueles recursos aplicados em ativos e que estão em constante giro dentro da empresa, proporcionando transformações no patrimônio da empresa constantemente. O capital de giro da empresa é formado pelo ativo circulante e pelo passivo circulante. A administração do capital de giro abrange a administração das contas circulantes da empresa, incluindo ativos circulantes e passivos circulantes. Como o próprio nome diz, está sempre circulando. O capital de giro líquido será o ativo circulante menos as dívidas que a empresa tem de curto prazo, que neste caso a chamaremos de passivo circulante, conforme a fórmula abaixo. O ideal é que sempre este resultado seja positivo, neste caso a empresa estará trabalhando com recursos próprios para girar suas operações. Quando o resultado é negativo, a empresa está trabalhando com recursos de terceiros para girar as operações. Neste caso as dívidas superam o ativo circulante e a tendência é que aumente cada vez mais. <br />FIGURA 04 - Fluxograma do Capital de Giro <br />  <br />3.6 - Controle de Estoques<br />O estoque é um item que deve ser bem administrado dentro de uma organização, quando não administrado adequadamente, pode trazer sérios danos às finanças empresariais, pondo em risco a saúde financeira da empresa. Há executivos que não conseguem responder algumas perguntas ou, quando respondem, não tem certeza do que dizem. Você controla o seu estoque? Controle permanente ou periódico? Alguns executivos ainda administram os estoque no olhômetro e aí fica difícil responder àquelas perguntas. Você sabe qual o valor do seu estoque hoje? Se não sabem responder àquelas, imagine a esta? Ou então: Você sabe quantas unidades de cada produto existem hoje em seu estoque ? ou: Você sabe qual é o seu estoque mínimo ? ou ainda: Você sabe qual é o seu estoque máximo? <br />A má administração dos estoques pode levar uma empresa a enfrentar sérios problemas financeiros, como a falta de Capital de Giro de qualidade que afeta em cheio o Fluxo de Caixa, obrigando o executivo a tomar capital de terceiros para honrar compromissos. <br />3.7 - Venda Média Mensal <br />Corresponde à quantidade média de um item vendido em certo período de tempo.<br />Venda Média Mensal = Soma das vendas no período / Meses do período <br />Exemplo : Calculadora com Relógio Digital<br />MêsQtd.        Jan125   Fev90   Mar85   Abr100   Mai85   Jun91        Total576    V.M.M = 576 /6 = 96 itens<br />3.8 - Tempo de Cobertura <br />É o tempo que se levará para repor um item no estoque, ou seja, desde que notamos que o item atingiu o estoque mínimo até sua reposição na prateleira. Dependendo do tipo de mercadoria ou a distância do fornecedor, este tempo poderá ser extremamente curto ou muito elástico. Gêneros alimentícios têm prazos curtíssimos enquanto que móveis e colchões demoram cerca de 45 dias. <br />Exemplo : Tomamos como exemplo as calculadoras, digamos que estas demorem 45 dias para serem repostas. <br />3.9 - Estoque Mínimo <br />É a quantidade mínima de uma mercadoria em estoque, que serve de alerta para a necessidade de ser adquirido novo lote de mercadorias para o estoque, para que não falte a mesma no balcão. Seria a mesma coisa que um gatilho, ou seja, no momento que o estoque chegar naquela quantidade, o controlador do estoque deverá fazer um novo pedido para evitar a falta do item. <br />ESTOQUE MÍNIMO = (Venda Média Mensal X Tempo de Cobertura)  / 30 dias <br />Exemplo : Tomamos como exemplo as calculadoras <br />ESTOQUE MÍNIMO = 96 Itens X 45 dias / 30 dias  = 144 Itens  <br />Interpretação do Estoque Mínimo de calculadoras <br />Quando o estoque de calculadoras chegar à quantidade de 144 itens, o encarregado pelo controle deverá fazer um novo pedido de calculadoras pois, estas 144 calculadoras existentes no estoque somente suportarão por 45 dias, ou seja, a reposição do estoque de calculadoras demora 45 dias. <br />3.10 - Estoque Máximo <br />É o estoque máximo de cada item que estamos dispostos a bancar para que não prejudique a qualidade do Capital de Giro e também não afete o quot;
 Cash Flow quot;
 da empresa. <br />ESTOQUE MÁXIMO = ESTOQUE MÍNIMO X 2 <br />Exemplo : Tomamos como exemplo as calculadoras <br />ESTOQUE MÁXIMO = 144 Itens X 2 = 288 Itens <br />Interpretação do Estoque Máximo de calculadoras <br />Seria desnecessário a empresa manter um estoque acima de 288 calculadoras, sabendo que a demanda média mensal deste item é de 96 calculadoras. Imaginemos se o administrador usa a prática de ter um estoque elevado para todos os itens ? <br />3.11 - Giro do Estoque <br />Este coeficiente nos informa quantas vezes giramos os estoques em função das vendas. Quanto mais girarmos os estoques, melhor para a empresa, significando que as mercadorias estão ficando pouco tempo nos estoques ou no balcão. <br />Informações Necessárias: <br />- Estoque Médio <br />- Quantidade de Mercadorias Vendidas <br />ESTOQUE MÉDIO = ESTOQUE INICIAL + ESTOQUE FINAL / 2 <br />Exemplo : Tomamos como exemplo as calculadoras <br />Estoque Inicial..........01/01/02...............................60 calculadoras Estoque Final.........................31/01/02............................... 32 calculadoras <br />ESTOQUE MÉDIO = (60 + 32) / 2 = 46 CALCULADORAS  <br />QUANT. MERC. VENDIDA = EST. INICIAL + COMPRAS – EST. FINAL <br />QUANT. MERC. VENDIDA = 60 + 97 - 32 <br />QUANT. MERC. VENDIDA = 125 Itens <br />GIRO DO ESTOQUE = VENDAS / ESTOQUE MÉDIO  <br />GIRO DO ESTOQUE = 125 Itens / 46 Itens = 2,71 vezes  <br />Interpretação do Giro do Estoque de calculadoras <br />Isso significa que conseguimos girar quase três vezes o nosso Estoque Médio de calculadoras no Mês de janeiro/2002. <br />3.12 - Administração das Contas a Receber (Duplicatas a Receber) <br />As Contas a Receber são geradas pelas vendas a prazo que são feitas após concessão de crédito. Às vendas a prazos estão associados os riscos com inadimplência, despesas com cobrança entre outros, mas são fundamentais para alavancar o nível das operações e o giro dos estoques. Quanto mais frouxo o sistema de política de crédito da empresa, maior serão os riscos que o Administrador Financeiro enfrentará para solucionar os problemas de capital de giro e fluxo de caixa. <br />3.13 - Política de Crédito <br />A política de crédito trata dos aspectos de prazos, seleção de clientes e limite de crédito. Uma política de crédito liberal alavancará os níveis de vendas mas acarretarão em maiores despesas e problemas para os recebimentos. Prazos mais dilatados exigirão maior aporte de capital de giro para que a empresa possa honrar seus compromissos. A seleção dos clientes, quando não bem feita, também poderá influir na liquidez do capital de giro. A expansão do crédito deve ser muito bem analisado pelo administrador financeiro. O Limite de crédito também deve ser bem administrado pelo financeiro, segmentando valores por responsabilidades. O administrador financeiro deve estar atento para evitar a concessão de crédito em situações irregulares, estabelecendo políticas de crédito e cobrança claramente definidas.  <br />3.14 - Administração das Perdas <br />O administrador financeiro deverá implantar um sistema eficiente de política de crédito e cobrança para evitar as perdas com a inadimplência. Ele poderá criar metas para cada período, ou seja, determinar, de acordo com o histórico de inadimplência da empresa, percentuais metas de perdas a serem atingidos até um nível tolerável pela administração. Exemplo: Historicamente a empresa HPM tem perdas com inadimplência que giram em torno de 7% do seu faturamento anual. O administrador financeiro poderá determinar metas para os próximos exercícios visando a redução do percentual, criando uma nova política de crédito e principalmente de cobrança, tornando-o mais ágil nas negociações com clientes. Assim, ele poderá reduzir para o próximo exercício para 5%, para o outro 3% e assim sucessivamente, até chegar num percentual tolerável pela administração. O ideal é que seja 0%. <br />3.15 - Fatores que reduzem o Capital de Giro da Empresa <br />a) Compras à vista <br />b) Retiradas em excesso <br />c) Distribuição de lucros <br />d) Imobilizações em excesso <br />e) Níveis elevados de estoques <br />f) Prazos de vendas muito longos <br />g) Ineficiência do sistema de cobranças <br />3.16 - Fatores que aumentam o Capital de Giro da Empresa <br />a) Lucratividade <br />b) Vendas à vista <br />c) Cobrança eficiente <br />d) Vendas de imobilizações  <br />e) Redução dos estoques <br />f) Maior rotação dos estoques <br />g) Aumento dos prazos de compras / Redução dos prazos de recebimentos <br />h) Aumento do capital de giro com recursos próprios <br />3.17 - Fluxo de Caixa <br />Fluxo de Caixa é um controle adotado pelo administrador financeiro que tem como objetivo básico, a projeção das entradas e saídas de recursos financeiros para determinado período, visando prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa. Para otimizar os recursos financeiros, a projeção do fluxo de caixa deve ser feita para um período de abrangência que permita ao tesoureiro tomar providencias com antecedência suficiente, principalmente, em casos de necessidade de cobertura de insuficiência de caixa, pois a efetivação de algumas modalidades de financiamento requer meses de planejamento e preparativos. Alguns objetivos podemos destacar: <br />- Honrar os compromissos nas datas aprazadas, sem onerar as finanças da empresa com multa e juros. Com o Fluxo de Caixa o AF prevê a falta de recursos; <br />- Investir os recursos financeiros disponíveis, evitando que fiquem parados; <br />- Saber exatamente quando faltarão recursos para a empresa e antecipar-se; <br />- Analisar quais as melhores fontes de recursos para a empresa tais como descontos de duplicata, emissão de novas ações, empréstimos bancários, conta garantida, como também as melhores taxas do mercado, quais as instituições que oferecem as melhores linhas de crédito; <br />- Buscar o perfeito equilíbrio entre Liquidez vs. Rentabilidade; <br />- E outros que visem a eficácia financeira empresarial. <br />Figura 05 - Representação do Fluxo de Caixa <br />Cabe aqui uma ressalva. Quando nos referimos ao Caixa, destacado acima neste diagrama, estamos nos referindo a toda movimentação financeira da empresa e não à simples movimentação da conta caixa. Os dados que compõem o Caixa são, o próprio saldo de caixa, saldo das contas bancárias e aplicações financeiras. Os principais ingressos de recursos são, as vendas à vista, recebimentos de vendas a prazo, aumentos de capital social, vendas de itens do ativo imobilizado, receitas de aluguéis, empréstimos, resgates de aplicações financeiras e outras entradas de recursos. Por outro lado, os principais desembolsos são, as despesas operacionais da empresa, amortização de empréstimos, pagamentos de tributos, pagamentos de duplicatas, pagamentos de fornecedores, compras de mercadorias à vista, compras em geral à vista e toda a saída de dinheiro. Para visualizar melhor este fluxo de recursos monetários, o diagrama abaixo oferece uma macro visão, possibilitando uma melhor compreensão do que foi dito acima. <br />3.18 - Requisitos Básicos para o Planejamento do Fluxo de Caixa <br />Deverão ser consideradas todas as oscilações que eventualmente poderão ocorrer e que irão implicar em ajustes dos valores projetados nos orçamentos departamentais. Todos os envolvidos por estas informações deverão ser responsabilizados pelas mesmas. Requisitos para implantação: <br />- Apoio da cúpula diretiva da empresa; <br />- Organização da estrutura funcional da empresa com definição clara dos níveis de responsabilidade de cada área; <br />- Integração dos diversos setores da empresa ao sistema do fluxo de caixa; <br />- Definição do sistema de informações, quanto aos tipos de informações, formulários a serem utilizados, calendário de entrega dos dados e os responsáveis pelas informações; <br />- Treinamento do pessoal envolvido para implantar o fluxo de caixa na empresa.  <br />3.19 - Prazo de Planejamento do Fluxo de Caixa <br />Dependerá do porte e do ramo de atividade da empresa. è importante a empresa trabalhar com um planejamento mínimo de três meses. o fluxo de caixa mensal se transformará em semanal e este em diário. <br />Figura 06 – Informações que compõem o Fluxo de Caixa <br />Quadro 05 - Modelo de Fluxo de Caixa <br />ITENS JANFEVMARABRMAIJUN1. INGRESSOS##################Vendas à Vista      Vendas a Prazo      Venda de Veículos      Aumento de Capital Social      Alugueis a Receber      Receitas Financeiras      SOMATÓRIO       2. DESEMBOLSOS########################Compras Merc. à Vista      Compras Merc. a Prazo      Salários      Despesas Administrativas      Despesas com Vendas      Despesas Tributárias      Despesas Financeiras      Alugueis a Pagar      Compras Mat. Consumo      Compra Computador      Arrendamento Mercantil      SOMATÓRIO      3. Diferença ( 1 – 2 )      4. SALDO INIC. DE CAIXA       5. Disp. Acumul. ( 3 + 4 )      6. NÍVEL DESEJADO      7. Emprést. a captar      8. Aplic. Financeira      9. Amort. Empréstimo      10. Resg. Aplic. Financ      11.SALDO FINAL CAIXA      <br />Quadro 06 - Formulário Complementar de Vendas <br />MESES DE RECEBIMENTO<br />MESES DE VENDAS JAN FEV MAR ABR MAI JUN  TotaisOutubro        Novembro        Dezembro        Janeiro         Fevereiro        Março        Abril        Maio        Junho        Totais       <br /> <br />Quadro 07 - Formulário Complementar de Compras <br />MESES DE PAGAMENTOS <br />MESES DE COMPRAS JAN FEV MAR ABR MAI JUN  TotaisOutubro        Novembro        Dezembro        Janeiro         Fevereiro        Março        Abril        Maio        Junho        Totais       <br />4 - NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS <br />Possuindo dinheiro, as pessoas têm tendência natural ao consumo imediato de bens e serviços. Se todos procurassem consumir ao mesmo tempo, haveria uma falta de bens e serviços, levando à inflação, que é o aumento geral de preços. O mesmo acontece com o dinheiro, papel-moeda. Atualmente, um bom número de pessoas usa o dinheiro eletrônico, faz pagamentos, transferências, depósitos, etc., sem manipular dinheiro diretamente. O que vemos são números diante dos nossos olhos. O dinheiro se transformou em números. Se todos quisessem sacar, ao mesmo tempo, os recursos que estão em suas contas bancárias, certamente não haveria papel-moeda suficiente para atender a todos estes saques. Para que isso não aconteça, o governo incentiva a poupança financeira com a promessa de pagamento de juros como instrumento de política econômica e financeira. As instituições financeiras também utilizam o mesmo recurso, elas pagam o nosso dinheiro que está depositado e emprestam àqueles que estão necessitados cobrando uma taxa de juros. Daí o motivo pela qual não existe papel-moeda suficiente para todas as pessoas sacarem ao mesmo tempo.<br />As taxas de juros são determinadas pelo mercado, mas o governo tem intervenção direta no mercado, subindo ou descendo a mesma. Cada vez que o governo sobe a taxa, o dinheiro fica mais caro e em razão disto, diminui o consumo. Quando a taxa desce, o dinheiro fica mais acessível e o consumo aumenta, trazendo consigo o risco de inflação.<br />As taxas de juros também variam conforme o prazo. Quanto mais longo o prazo, maior será a taxa de juros.<br />Termos comumente empregados no mundo financeiro:<br />- Capital (principal): corresponde ao recurso financeiro que seu proprietário cede temporariamente ao tomador.- Juro : é a remuneração do capital, podendo ser simples ou composto. - Taxa de juro : é uma taxa que se aplica ao capital. - Prazo : é o espaço de tempo em que o capital fica em poder do tomador. - Resgate ou amortização : é a forma como o capital é resgatado ou amortizado. - Spread : taxa de intermediação cobrada pelo intermediário financeiro. <br />4.1 - Juro Comercial<br />Por convenção, os juros são calculados com base em ano comercial de 360 dias. Então, a taxa anual refere-se ao período de 360 dias, a taxa semestral ao período de 180 dias e a taxa mensal ao período de 30 dias. A taxa de juro poderá ser fixa ou variável. A fixa não se altera durante o período. Exemplo: 8,5 % a.m. durante 10 meses. A variável se altera de acordo com o mercado. Exemplo: Taxa Libor (London Interbank Offered Rate) e Taxa Anbid (Assoc. Nacional de Bancos de Investimentos e Desenvolvimento)<br />4.2 - Juro Real<br />Quando a taxa de juro é maior que a inflação, a diferença refere-se ao juro real, porque a parte do juro igual ao da inflação corresponde à simples reposição do capital.<br />4.3 - Juros Simples <br />No regime de juros simples, o juro é calculado somente sobre o capital inicial, mesmo que exista mais de um período de capitalização durante o prazo. Os juros simples apresentam comportamento linear.<br />fórmula : J = P * i * n <br />onde : J = juro, P = Principal ( capital inicial ), i = taxa de juro, n = tempo ( número de capitalização )<br />Exemplo:<br />Você aplicou a quantia de R$ 1.000,00 em um determinado banco em 01/03/2003, que lhe prometeu juros simples de 5 % ao mês, durante 5 meses. Qual será a quantia que terás no final do período ? <br />J = R$ 1.000,00 x 0,05 x 5J = R$ 250,00 <br />onde o Montante ( M ) será igual a : <br />M = P + J M = R$ 1.000,00 + R$ 250,00 --> M = R$ 1.250,00 <br />Demonstração da capitalização<br />Data Mês Saldo InícioJuros do Mês Saldo final01/03/2003 - 0 - R$ 1.000,00 - 0 - R$ 1.000,00 01/04/2003 01 R$ 1.000,00 R$ 50,00 R$ 1.050,0001/05/2003 02 R$ 1.050,00 R$ 50,00 R$ 1.100,00 01/06/2003 03 R$ 1.100,00 R$ 50,00 R$ 1.150,0001/07/2003 04 R$ 1.150,00 R$ 50,00 R$ 1.200,0001/08/2003 05 R$ 1.200,00 R$ 50,00 R$ 1.250,00 <br />4.4 - Juros Compostos <br />Neste regime, conhecido como juros sobre juros, o juro é calculado sobre o capital e também sobre o juros produzidos nos períodos seguintes, até seu efetivo pagamento. <br />Exemplo: <br />Você aplicou a quantia de R$ 1.000,00 em um determinado banco em 01/03/2003, que lhe prometeu juros compostos de 5 % ao mês, durante 5 meses. Qual será a quantia que terás no final do período?  <br />Demonstração da capitalização <br />Data Mês Saldo InícioJuros do Mês Saldo final01/03/2003 - 0 - R$ 1.000,00 - 0 - R$ 1.000,00 01/04/2003 01 R$ 1.000,00 R$ 50,00 R$ 1.050,0001/05/2003 02 R$ 1.050,00 R$ 52,50 R$ 1.102,50 01/06/2003 03 R$ 1.102,50  R$ 55,13R$ 1.157,63 01/07/2003 04 R$ 1.157,63 R$ 57,68 R$ 1.215,51 01/08/2003 05 R$ 1.215,51 R$ 60,78 R$ 1.276,28<br />4.5 - Prazo Médio Ponderado Simples<br />O Prazo Médio Ponderado Simples ( PMPS ) de um conjunto de capitais de diferentes datas de vencimento é calculado com a ponderação de valores nominais em relação a prazos. Este dado é muito importante pois, deveremos ter muito cuidado quando estamos negociando com fornecedores e estes nos oferecem diversas opções. Nestes casos deveremos fazer o cálculo do prazo médio para sabermos se o mesmo está superior ou inferior aos nossos prazos médios que estamos habituados a negociar com os nossos clientes. Exemplo: <br />Calcular o PMPS dos títulos que estaremos encaminhando ao banco para desconto. <br />Prazos de vencimentos ( dias ) Valores nominais   30 R$ 100.000 60 R$ 100.000 90 R$ 100.000 180 R$ 100.000 Total R$ 400.000 <br />então:<br />30 x R$ 100.000 =R$ 3.000.000 60 x R$ 100.000 =R$ 6.000.000 90 x R$ 100.000 =R$ 9.000.000 180 x R$ 100.000 =R$ 18.000.000 R$ 36.000.000 R$ 36.000.000 / R$ 400.000 = 90 dias <br />O prazo médio de 90 dias significa que os diversos títulos, no valor nominal de R$ 400.000, vencem em média dentro de 90 dias. Se a taxa de juros bancária for de 4 % a.m. o valor descontado por antecipação seria calculado da seguinte forma:<br />VP = R$ 400.000 / (1,04) ³ = R$ 355.598,54<br />Outro exemplo com valores diferentes:<br />O fornecedor lhe oferece uma determinada mercadoria com duas opções de pagamento. A primeira opção com pagamento em três parcelas iguais de R$ 10.000,00 nos prazos de 30, 60 e 90 dias e, a segunda opção, com pagamento de R$ 20.000,00 para 45 dias e o restante para 65 dias. Qual das alternativas é a melhor para a empresa, no que diz respeito ao prazo médio de pagamento?<br />Cálculo do PMPS 1ª opção: (30 + 60 + 90) / 3 = 60 diasCálculo do PMPS da 2ª opção: <br />45 x R$ 20.000,00= R$ 900.000,0065 x R$ 10.000,00 =    R$ 650.000,00  R$ 1.550.000,00<br />então: R$ 1.550.000,00 / R$ 30.000,00 = 52 dias<br />Analisando as duas propostas, a melhor opção para o comprador seria a primeira, pois o prazo médio é um pouco mais elástico. Claro que para tomar essa decisão o AF deverá estar com o seu Fluxo de Caixa atualizado e deverá conhecer também o estoque mínimo, o estoque máximo e o giro desta mercadoria, para não fazer compras desnecessárias comprometendo o capital de giro da empresa. <br />5 - PONTO DE EQUILÍBRIO <br />O ponto de equilíbrio equivale ao lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade do produto. Isto significa que, em cada unidade vendida, a empresa terá um determinado valor de lucro. Multiplicado pelo total das vendas, teremos a contribuição marginal total do produto para o lucro da empresa. Em outras palavras, Ponto de Equilíbrio significa o faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para que não tenha prejuízo, mas que também não estará conquistando lucro neste ponto.<br />É muito comum encontrarmos empresários que afirmam saber o que significa Ponto de Equilíbrio. Alguns realmente sabem, outros pensam que sabem e têm aqueles que literalmente não fazem a menor idéia do que venha ser Ponto de Equilíbrio. Se soubessem o quão importante é o conhecimento deste indicador para a sobrevivência de um empreendimento, jamais se permitiriam desconhecê-lo. Muitas micro e pequenas empresas não conseguem completar um ano de vida, em alguns casos pelo completo desconhecimento do ramo de atividade a que se propuseram, e , na maioria dos casos, por completo descontrole administrativo. O descontrole administrativo é tão grave que as vezes o executivo se ilude pensando que está obtendo lucros em suas operações, mas na verdade, acabam quebrando sem saber o motivo. Por incrível que pareça, acreditam que se as receitas forem iguais às despesas fixas ( aluguel do imóvel, salário do pessoal, condomínio, combustível, material de expediente, pró-labore, etc ) estarão pelo menos quot;
 tocando o negócio e empatando quot;
 , como se diz na gíria, não obtendo, nem lucro , nem prejuízo. A falência é uma questão de tempo.<br />Ponto de Equilíbrio é um dos indicadores contábeis que informa ao executivo o volume necessário de vendas, no período considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluído-se o custo da mercadoria vendida ou do serviço prestado. Este indicador tem por objetivo determinar o nível de produção em termos de quantidade e ou de valor que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e Retângulo de cantos arredondados: DIRETORIA das receitas. Para um nível abaixo deste ponto, a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona da lucratividade. É o mínimo que se deve alcançar com receitas para que não amargue com prejuízo.<br />Figura 07 - Ponto de Equilíbrio <br />Conforme se pode observar a figura acima, o Ponto de Equilíbrio é o ponto onde a linha da Receita cruza com a linha do custo total. Para se calcular o Ponto de Equilíbrio, necessário se faz é o conhecimento do conceito de Margem de Contribuição. Para Padoveze (1997,p.257), representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a contribuição marginal total do produto para a empresa. Margem de Contribuição, nada mais é do que os resultados positivos, obtidos através da Receita, menos os Custos Variáveis. Este resultado, que é a Margem de Contribuição, deverá ser igual aos Custos Fixos para que se chegue ao Ponto de Equilíbrio.<br />Fórmula do Ponto de Equilíbrio : PE = Custos Fixos / % Margem Contrib. <br />5.1 - Descobrindo % da Margem de Contribuição  <br />Demonstração de Resultado da empresa quot;
 XYZ quot;
ITEMVALORES%ReceitaR$ 100.000,00 100 %( - ) Custos VariáveisR$ 65.000,0065 %= Margem de ContribuiçãoR$ 35.000,0035 %( - ) Custos FixosR$ 28.000,00= ResultadoR$ 7.000,00<br />5.2 - Ponto de Equilíbrio Contábil<br />É o mínimo que deveremos vender num determinado período de tempo para que nossas operações não dêem prejuízo. Obviamente que também não estaremos conseguindo lucro. No caso da empresa acima, o Ponto de Equilíbrio seria:<br />Custo FixoPE =---------------------------então,% Margem ContribuiçãoR$ 28.000,00PE =---------------------------=> PE = R$ 80.000,0035 %<br />Então, R$ 80.000,00 é o mínimo, aproximadamente, que esta empresa tem que vender para conseguir bancar a sua estrutura, ou seja, para não amargar com prejuízo. <br />Verificação:<br />Demonstração de Resultado do PE da empresa quot;
 XYZ quot;
ITEM VALORES %Receita R$ 80.000,00100 %( - ) Custos Variáveis R$ 52.000,0065 %= Margem de Contribuição R$ 28.000,0035 %( - ) Custos Fixos R$ 28.000,00 = Resultado R$ 0,00 <br />5.3 - Ponto de Equilíbrio Econômico<br />É o Ponto de Equilíbrio com um lucro desejado. Poderá acontecer de, no processo de elaboração orçamentária, a diretoria determine um Ponto de Equilíbrio com um lucro desejado. Vamos ver o cálculo, tomando como exemplo a demonstração da empresa quot;
 XYZ quot;
, considerando que a diretoria determinou um lucro desejado de R$ 6.000,00, acima do Ponto de Equilíbrio:<br />PE =R$ 28.000,00 + R$ 6.000,00=> PE = R$ 97.142,8635 %<br />Verificação:<br />Demonstração de Resultado do PE da empresa quot;
 XYZ quot;
ITEM VALORES %Receita R$ 97.142,86100 % - ) Custos VariáveisR$ 63.142,8665 %= Margem de Contribuição R$ 34.000,0035 %( - ) Custos Fixos R$ 28.000,00= Resultado R$ 6.000,00<br />5.4 - Ponto de Equilíbrio Financeiro<br />É quando dentro dos Custos Fixos, existem variações patrimoniais que não significam desembolsos para a empresa, mas que, de acordo com os Princípios Contábeis, estas variações devem figurar no resultado do exercício, sendo confrontados com as receitas, porque contribuíram para a constituição da mesma. Exemplo clássico é a depreciação. Usando o mesmo exemplo anterior, sem o lucro desejado, vamos imaginar que dentro dos custos fixos exista um valor de R$ 2.000,00 referente à depreciação. Eliminando-se a depreciação, o Ponto de Equilíbrio cai.<br />PE =R$ 28.000,00 - R$ 2.000,00=> PE = R$ 74.285,7135 %<br />Verificação:<br />Demonstração de Resultado do PE da empresa quot;
 XYZ quot;
ITEM VALORES %Receita R$ 74.285,71 100 %( - ) Custos VariáveisR$ 48.285,7165 %= Margem de Contribuição R$ 26.000,00 35 %( - ) Custos FixosR$ 26.000,00 = Resultado R$ 0,00 <br />5.5 - Limitações da Análise do Ponto de Equilíbrio<br />Apesar de o Ponto de Equilíbrio ser uma ferramenta fundamental na Administração Financeira, este coeficiente não é exato, sendo passível de alguma diferença no decorrer do período. E isso é fácil de explicar. O Custo Fixo, na realidade ele não é fixo como se diz. Ele tem esta denominação, de custo fixo, porque ele não varia de acordo com as vendas, por isso que é chamado de custo fixo. Porém, os custos que o compõem, na realidade variam de acordo com o desperdício administrativo. Por exemplo, a energia elétrica, o gasto com comunicações, com combustível e outros gastos considerados fixos, se não houver controle, eles sempre estarão variando e, com eles variando, o Ponto de Equilíbrio também variará. Por isso , este coeficiente tem seu valor aproximado. Mas apesar disso, o Ponto de Equilíbrio é uma ferramenta extremamente importante na Administração Financeira. <br />6 - FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA  <br />Um dos grandes problemas que as micro e pequenas empresas enfrentam hoje é a correta determinação do preço das suas mercadorias. Atualmente, o mercado brasileiro é composto por empresas de grande, médio e pequenos portes, como também as microempresas e os informais (ambulantes), que têm em comum a participação em um mesmo segmento de mercado. As estruturas operacionais destas empresas é que determinarão o real preço de venda de seus produtos, independentemente do mercado. A que tem menor estrutura operacional, mais enxuta, certamente conseguirá colocar uma mercadoria a um preço mais competitivo, talvez, bem abaixo do preço de mercado. Isso é semelhante à concorrência entre um ambulante e um magazine. Por que o ambulante consegue precificar abaixo do preço do magazine sendo a mesma mercadoria? Porque o ambulante não tem estrutura operacional e o magazine possui uma estrutura de gastos que tem custos tributários, financeiros, comissões, salários, telefone, aluguel, energia elétrica, dentre tantos outros. Este tipo de concorrência está presente entre as várias empresas que compõem um mesmo segmento de mercado. Este conjunto de gastos pesa na hora da precificação e certamente deverá ser cuidadosamente inserido no preço de venda.<br />Alem de preço de venda, os micro e pequenos empresários precisam estar atentos às estratégias que são utilizadas pelas empresas para conquistar o mercado, dentre as quais destacam-se as seguintes abaixo; <br />6.1 - Estratégias de Preços Distintos  <br />Diferentes preços para diferentes compradores:<br />Desconto em um Segundo-Mercado Preços diferenciados para mercados diferentes devido ao excesso de estoque. Pretende-se desovar os estoques num mercado secundário com preços reduzidos.  <br />Desnatação A desnatação envolve a fixação de um preço relativamente alto na vida de um produto. Ex: Micro, Kit gás, etc. O preço é sistematicamente reduzido à medida que o tempo passa. <br />Desconto Periódico e Randômico Descontos periódicos são os previsíveis, como os realizados pelas companhias telefônicas. Ex: Oi nos finais de semana, Embratel idem, etc. Os descontos randômicos são oferecidos ocasionalmente. Ex: Montadoras de veículos. <br />6.2 - Estratégias de Preços Competitivos  <br />Igualando a Estratégia da CompetiçãoA organização estabelece preços iguais aos de seus competidores, mudando a competição para outras áreas. Ex: Qualidade do produto. <br />Cotar por Baixo do Preço da CompetiçãoColocando o preço abaixo da concorrência fará com que os estoques girem mais e este giro recuperará a margem perdida. Esta estratégia derruba a concorrência. Ex: Lojas Americanas com as ofertas relâmpagos de peças íntimas <br />Líderes de Preços e SeguidoresOrganizações com grande fatias no mercado determinam o nível de preço, devido à qualidade, tradição, etc. Organizações mais fracas, concorrentes, o seguirão. <br />Preço de PenetraçãoColocação de um produto novo no mercado com um preço baixo com a intenção de ganhar mercado. Mais tarde, o preço tende a aumentar. Ex: FIAT 147. <br />Preço PredatórioSão preços estabelecidos, teoricamente, por tradição. Podem até dificultar a entrada de concorrentes devido à margem de lucro estar atrelada ao mercado. Ex: Preço do cafezinho ( Pé-duro ), Preço do Jornal, etc. <br />Preço InflacionárioCom a inflação, a empresa aumenta o preço dos produtos e depois passa a usar falsos descontos para atrair os compradores. Ex: Mercado atual.<br />6.3 - Estratégias de Precificação por Linha de Produtos <br />Maximizar os lucros para o total dos produtos da linha e não diferencia-los <br />Preço CativoÉ a estratégia de colocar um determinado aparelho a um preço baixo, porém, para que funcione, necessita de acessórios e estes compensam a falta de lucro no aparelho básico. Ex: Aparelho de barba Mack III da Gillete. <br />Preço Isca e Preço LíderÉ o método de atrair clientes para compras de itens de baixo preço com a intenção de que ele compra os outros com preços mais elevados. EX: Ofertas relâmpagos das Lojas Americanas. <br />Preço Pacote e Múltiplas-Unidades de PreçosÉ quando o preço de uma unidade sai mais cara do que o conjunto todo.<br />6.4 - Método de Formação de Preços (Mark Up) <br />O Mark Up ou taxa de marcação como é também conhecido, é um multiplicador aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Esse multiplicador é obtido através de uma fórmula que insere os impostos sobre venda, despesas financeiras, comissões sobre as vendas, despesas administrativas, despesas de vendas, outras despesas e a margem de lucro desejada. É um índice muito utilizado para precificação, mas requer um conhecimento, por parte do micro e pequeno empresário, da estrutura operacional do empreendimento. <br />Aplica-se um multiplicador de tal forma que os demais elementos formadores do preço de venda sejam adicionados ao custo, a partir desse multiplicador. <br />O micro e pequeno empresário poderão utilizar o mark up genérico ou por produto. O correto seria o multiplicador por produto, pois cada produto tem a sua margem de lucro já determinada e margens diferentes acarretarão em multiplicadores diferentes, mesmo que os demais gastos sejam iguais. <br />É um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Esse índice é tal que cobre os impostos e taxas aplicadas sobre as vendas, as despesas administrativas fixas, as despesas de vendas fixas, os custos indiretos fixos de fabricação, os custos financeiros e o lucro desejado. <br />FÓRMULAS<br />Markup: 100 / (100 - (% + ...... +))<br />A representação na fórmula destes símbolos, (% + ... +), significa que será composta pelo somatório de impostos sobre venda, despesas financeiras, comissões sobre vendas, despesas administrativas, despesas com vendas, outras despesas e a margem de lucro desejada. Todos estes itens serão comparados ao faturamento e convertidos em percentuais. Todos os componentes do mark up são determinados através de relações percentuais médias sobre preços de vendas e, a seguir, aplicados sobre o custo dos produtos. <br />Preço de Venda : Custo Unitário X Mark Up<br />Calculado o preço de venda da mercadoria através da fórmula do mark up, o micro e pequeno empresário terão certeza de que dentro do seu preço de venda estarão incluídos todos os gastos de sua empresa como também a margem de lucro desejada. <br />Exemplo empresa Imaginária: <br />Faturamento médio mensal R$ 100.000,00 Despesas Fixas médias mensais R$   20.000,00 = 20% Custo Unitário Produto sem ICMS R$          20,00 ICMS17,00 % Simples EPP 5,40 % Comissão4,00 % Propaganda2,50 % Frete despesa 1,65 % Perdas Estimadas 1,50 % Financeiras5,00 % Margem Desejada 5,00 % <br />Mark Up: 100 / (100 - ( 17 + 5,4 + 4 + 2,5 + 1,65 + 1,5 + 5 + 5 + 20 )) <br />Mark Up: 100 / (100 - 62,05) = 100 / 37,95 = 2,6350 < /STRONG > <br />Preço de Venda = R$ 20,00 X 2,6350 = R$ 52,70 < /STRONG > <br />7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS <br />Quando se fala em Finanças Empresariais, necessáriamente temos que recorrer à CONTABILIDADE. Como a própria história nos diz, até mesmo o homem das cavernas se utilizava dela para controlar o seu patrimônio por meio de controles arcáicos. E a história vem provando que a sociedade depende dos registros contábeis, quer no campo governamental, empresarial ou mesmo familiar. Ora, se até o homem das cavernas utilizava a contabilidade, por que uma empresa não se utilizaria dela como ferramenta de tomada de decisão para analisar o passado, controlar o presente e fazer orçamentos para o futuro? Foi-se o tempo em que o contador era o homem que apenas calculava os impostos e a folha de pagamento da empresa. Hoje ele é um aliado fortíssimo do empresário fornecendo relatórios que podem ser analisados e, a partir daí, elaborar uma avaliação acerca das condições financeiras da empresa. Através da Análise de Balanços, a contabilidade disseca as Demonstrações Financeiras e informa aos usuários a real situação patrimonial da empresa. Sem dúvida nenhuma, a contabilidade é uma ferramenta que auxilia muito na administração das finanças empresariais.<br />Como se pode observar, a contabilidade é um instrumento fundamental para que se possa administrar com eficiência um empreendimento. De posse desta gama de informações contábeis, o administrador poderá planejar o futuro desejado para a sua MPE onde serão traçadas as metas e objetivos com vistas aos resultados. Este planejamento será controlado pela contabilidade através de seus registros possibilitando ao administrador tomar decisões certas em tempos hábeis.<br />De posse das informações contábeis poder-se-á realizar uma boa ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA na empresa. O gerenciamento eficiente do Capital de Giro proporcionará à empresa melhores condições para disputar o mercado com suas concorrentes. O controle dos principais itens do Ativo Circulante, tais como as disponibilidades, estoques e contas a receber, proporcionarão maior flexibilidade à empresa diante da concorrência ou das turbulências que o mercado proporciona. <br />O Fluxo de Caixa é um instrumento que proporcionará uma visão futurística ao administrador financeiro das entradas e saídas de recursos possibilitando que o mesmo tome decisões acerca das finanças da empresa antecipadamente, quer nas sobras de recursos ou nas faltas.<br />O PONTO DE EQUILÍBRIO é um dos indicadores contábeis que informa ao administrador o volume necessário de vendas, no período considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluído-se o custo da mercadoria vendida ou do serviço prestado. Este indicador tem por objetivo determinar o nível de produção em termos de quantidade e ou de valor que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e das receitas. Para um nível abaixo deste ponto, a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona da lucratividade. É o mínimo que se deve alcançar com receitas para que não amargue com prejuízo. Por conseguinte, o Ponto de Equilíbrio é um dos indicadores que lhe auxiliará na administração do seu negócio. Existem vários outros indicadores contábeis de suma importância para uma boa administração de um empreendimento, tais como os Índices de Solvência, de Endividamento, de Rentabilidade, de Lucratividade, Capital de Giro, etc.<br />Existem empresas de grande, médio e pequeno portes, como também as microempresas e os informais, que têm em comum, a participação de um mesmo segmento de mercado, mas o que elas têm de diferente são as suas estruturas operacionais. Estas estruturas operacionais é que determinarão o real PREÇO DE VENDA de seus produtos, independentemente do mercado. A que tem menor estrutura, mais enxuta, certamente conseguirá colocar uma mercadoria a um preço mais competitivo, talvez, bem abaixo do preço de mercado. Isso é semelhante à concorrência entre o camelô e um magazine. Por que o camelô consegue precificar abaixo do preço do magazine, sendo a mesma mercadoria? Porque o camelô não tem estrutura operacional e o magazine tem custos tributários, financeiros, comissões, salários, telefone, aluguel, energia elétrica, dentre tantos outros. Este tipo de concorrência está presente entre as várias empresas que compõem um mesmo segmento de mercado. Este rol de gastos pesa na hora da precificação e certamente deverá ser cuidadosamente inserido no preço de venda.<br />
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Introdução às finanças empresariais

  • 1. 1 - INTRODUÇÃO <br />A finalidade deste texto é a de fornecer informações relevantes e orientações de cunho exclusivamente financeiro a empresários, microempresários, gerentes, executivos, estudantes e outros interessados no sentido de conscientizá-los do quão importante são as finanças para uma empresa.<br />Ele se divide em quatro partes dispostas de acordo com o grau de necessidade e conveniência para o aprendizado. Cada parte mostra ao leitor as ferramentas que poderão ser utilizadas no dia-dia empresarial como controles financeiros para tornar a tarefa da administração financeira mais fácil de ser realizada.<br />Inicialmente, faz-se uma análise pela Contabilidade. Neste módulo o leitor terá noções sobre essa ciência, aqui ele verá como é a representação gráfica do patrimônio, sua divisão, as principais demonstrações financeiras de acordo com a lei 6404/76, dentre outros assuntos, possibilitando a compreensão de o porquê dos empreendimentos necessitarem desta ciência e a utilizarem nas tomadas de decisões. Neste capítulo, o leitor também terá uma introdução à análise das demonstrações financeiras, onde verá os principais índices de análise. <br />Depois de ter visto este capítulo, que lhe possibilitou uma macro visão das finanças de uma empresa, passará para o capítulo dois, onde conhecerá um pouco sobre a arte de se administrar finanças através das principais funções do Administrador Financeiro, que dentre tantas, são destaques fundamentais a análise do capital de giro, o controle dos estoques e a elaboração do fluxo de caixa. O administrador financeiro necessita do fluxo de caixa como instrumento de tomada de decisão, para projetar as entradas e saídas de recursos. <br />O terceiro capítulo levará o leitor a ter conhecimentos do mundo das Negociações Comerciais, onde são realizadas transações com prazos médios que são de vital importância para a empresa, como também os juros simples e compostos. <br />O quarto capítulo apresenta um assunto que poucos executivos e empresários dão importância ou desconhecem. É o Ponto de Equilíbrio. Item, também, de suma importância para a sobrevivência do empreendimento. Para aqueles que não trabalham com orçamento de vendas e nem de despesas, o ponto de equilíbrio é uma luz no fim do túnel.<br />O quinto e último capítulo apresentam a Formação do Preço de Venda. Sem o conhecimento da estrutura patrimonial da empresa, jamais se conseguirá precificar corretamente uma mercadoria, ou seja, saber se o preço colocado no produto está dando realmente lucro ou prejuízo. É sabido que o preço quem determina é o mercado e para que se possa saber se o preço de uma determinada mercadoria está compatível com o mercado, deve-se conhecer, primeiramente, a estrutura operacional da empresa.<br />2 - NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE <br />2.1 - O História da Contabilidade <br />A história da contabilidade se inicia nos tempos do homem das cavernas. Pesquisas arqueológicas recentes feitas na Síria, Israel e no Iraque ( antiga Mesopotâmia ) localizaram fichas de barro que possivelmente foram usadas para controle de estoque e que remontam a aproximadamente 8.000 AC. Daí se conclui que, já naqueles tempos, o homem se preocupava em ter o controle dos estoques dos seus bens. <br />Na pré-história, quando a inteligência humana ainda era pouco desenvolvida, o Homem de Neandertal caçava, pescava e as vezes, chegava a disputar carniça com outros animais. Com o surgimento do Homo Sapiens, homem pensante, houve uma evolução. Este também caçava e pescava, mas tinha uma enorme diferença com relação ao homem de Neandertal. O homem percebeu que poderia acumular riqueza através da criação extensiva de animais e do cultivo de cereais. <br />Surgia então a necessidade de se fazer o controle dos excedentes da produção. À medida que o homem passou a acumular riqueza e esta a se transformar em patrimônio, a contabilidade apareceu como a técnica para o controle do seu patrimônio.<br />2.2 - Tipos de Controles <br />Controle Rudimentar : o homem controlava seus estoques com pedras, ossos de animais, folhas de árvores ou desenhos. Evolução do Controle : o homem passou a utilizar fichas de barro para controlar seus estoques com sinais pictográficos.<br />Com o excedente em seus estoques, o homem passou a realizar trocas de mercadorias conforme as suas necessidades. Os que tinham estoques de cereais em excesso, trocavam por outras mercadorias que necessitavam, como exemplo pode-se destacar a troca por armas, por animais para criação, por peixe seco ou ainda outros tipos de cereais. Através destas trocas é que finalmente surgiu o comércio. Com isso, o comercio veio se consolidando como uma atividade mercantil e com ele, a contabilidade se fazia presente, registrando as operações e controlando as variações que estavam ocorrendo nos patrimônios das pessoas. Um detalhe deve ser destacado nesta evolução. Os registros contábeis foram evoluindo de acordo com as necessidades de controle dos registros das operações. Em outras palavras, quando mais intensificado ficou o comércio entre as pessoas, maior ficou a necessidade de os comerciantes controlarem suas operações de forma eficiente. Os registros eram feitos de forma empírica ( sem técnica ) não existindo uma uniformidade. Não havia uma preocupação em se criar normas para uniformizar tais registros. Cada comerciante registrava de acordo com o seu conhecimento e conveniência.<br />2.3 - A Evolução do Pensamento Contábil <br />No século XV a Itália era praticamente o centro mercantil europeu. Em diversas cidades deste país o comercio fervilhava ardentemente, negociações de grande vulto eram realizadas entre os diversos comerciantes surgindo aí uma nova preocupação com os registros das operações. Os registros eram feitos através das partidas simples, um método vulnerável para as operações de vendas a prazo. Surge então a preocupação com a sistematização dos registros das operações.<br />Neste século XV, finalmente, é que veio surgir o registro das partidas dobradas, que tem em sua essência a idéia de que, para cada débito(s), haverá um crédito(s) correspondente. Este método ficou conhecido na época como método de Veneza Pacioli, apud,Schmidt (2000,p.36). Na verdade, ele foi um dos primeiros divulgadores pois, sua obra , La Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et Porportionalitá, datada de 10 de novembro de 1494 trata de assuntos diversos, tais como aritmética, álgebra, geometria e comércio. O assunto Partidas Dobradas que na época era conhecido como Método de Veneza, é mencionado pelo autor da página 197 à 210 - Tratado XI De Computis et Scripturis, o qual afirma que neste capítulo, descreveu o melhor método para registro contábil.<br />Um dos primeiros manuscritos que tratam das partidas dobradas data de 1458 e o autor foi Benedetto Cotrugli. Sua obra não se disseminou pela Europa porque foi manuscrita, um processo demorado e principalmente caro, ao passo que a obra de Pacioli foi impressa em quantidade considerável e disseminada por todo o continente.<br />2.4 - Conceito de Contabilidade <br />A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a controlar seus patrimônios e tomarem decisões. Todas as movimentações que houver no patrimônio de uma empresa são registradas pela Contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa. Esses interessados, através destes relatórios, analisam os resultados obtidos e tomam as decisões em relação aos fatos futuros. Segundo Gomes (2000,p.5), em resumo, podemos dizer que o conhecimento sobre os conceitos contábeis por parte das pessoas com formação em áreas não-relacionadas à Contabilidade é importante para: análise e interpretação de dados financeiros; planejamento e controle do patrimônio (pessoal ou empresarial); cooperação, coordenação e comunicação com outras áreas da empresa.<br />2.5 - A Prática da Contabilidade e seus Usuários <br />O enfoque deste texto é a Contabilidade Geral que pode ser aplicada a diversos ramos de atividade.<br />- Atividades Comerciais - Contabilidade Comercial - Atividades Industriais - Contabilidade Industrial - Atividades Públicas - Contabilidade Pública - Atividades Bancárias - Contabilidade Bancária - Atividades Hospitalares - Contabilidade Hospitalar - Atividades Agropecuárias - Contabilidade Rural - Atividades de Seguro - Contabilidade Securitária, etc.<br />Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na Contabilidade as suas respostas. Evidentemente, os gerentes (administradores) não são os únicos que utilizam a Contabilidade. Os investidores, aqueles que aplicam dinheiro na empresa, estão interessados em obter lucro, por isso se utilizam dos relatórios contábeis, analisando se a empresa é rentável; os fornecedores de mercadorias querem saber se a empresa tem condições de pagar sua dívidas; os bancos emprestam dinheiro desde que a empresa tenha condições de pagamento; o governo quer saber quanto de impostos foi gerado para os cofre públicos; existem ainda outros interessados como os empregados, os concorrentes, os clientes, os analistas, etc. <br />2.6 - Conceito de Patrimônio <br />As vezes, quando paramos em frente a uma grande empresa e ficamos observando o tamanho dos prédios, os veículos que ela possui, o estoque de mercadorias e tudo mais, ficamos a imaginar que o patrimônio daquela empresa é muito grande, conseqüentemente, que ela também é muito rica. A mesma coisa acontece quando olhamos uma pessoa que tenha um Jeep Cherokee do ano, um Jet-ski , uma Moto Kawasaki 1000 cc do ano, um apartamento na Av. Vieira Souto no Rio de Janeiro, uma casa na praia de Búzios, etc, Também imaginaremos que esta pessoa tem um tremendo patrimônio é muito rica. Nossas conclusões podem estar certas ou completamente erradas.<br />Para a Contabilidade riqueza se mede de outra forma. Para se medir a riqueza de uma pessoa, seja ela física ou jurídica, necessário se faz que suas dívidas também sejam incluídas nesta avaliação toda. Então, aquela empresa que vimos, primeiramente, com veículos, estoques e prédios imponentes, de repente pode estar passando por dificuldades financeiras porque possui muitas dívidas, ou ainda o pior, poderá estar a um passo da falência. A mesma coisa pode acontecer com aquela pessoa que tem o Jeep Cherokee, a moto Kawasaki e tudo mais. Ela poderá estar endividada até o pescoço, devendo até a alma para bancos, agiotas, lojas, e outros credores. Para a Contabilidade, as dívidas também fazem parte do patrimônio.<br />O termo Patrimônio significa, a princípio, o conjunto de Bens pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa. Compõe-se de valores a receber. Para a Contabilidade esses valores a receber são denominados de Direitos. <br />Relacionando-se apenas os Bens e os Direitos, não se pode identificar a verdadeira situação de uma pessoa ou empresa. Faz-se necessário evidenciar as Obrigações (dívidas) referentes aos bens e direitos. Em Contabilidade a palavra Patrimônio tem sentido amplo: de uma lado temos o conjunto de Bens e Direitos de uma pessoa ou empresa e de outro lado as Obrigações a serem pagas.<br />2.7 - Representação do Patrimônio de uma Empresa <br />BENSOBRIGAÇÕES DIREITOS<br />2.8 - Conceituando Bens, Direitos e Obrigações <br />Entende-se por Bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades humanas. Se eles têm forma física, são palpáveis, denominam- se bens tangíveis: veículos, imóveis, estoque de mercadoria, dinheiro, móveis e utensílios, ferramentas, etc. Os bens incorpóreos, não palpáveis, são denominados de bens intangíveis: marcas, patentes de invenção, ponto comercial, etc. <br />Em Contabilidade entende-se por Direitos o poder de exigir alguma coisa de alguém. São denominados de valores a receber, títulos a receber, contas a receber, etc. No que tange a empresa, o direito a receber mais comum decorre das vendas a prazo, quando a empresa vendedora emite uma duplicata como documento comprobatório da transação. Esse direito denomina-se duplicatas a receber. Como exemplos de outros direitos podemos destacar alugueis a receber, promissórias a receber, impostos a recuperar, etc. <br />Obrigações são dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais dívidas são denominadas obrigações exigíveis, compromissos que deverão ser pagos nas datas de vencimento. Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a compra de mercadorias a prazo. Nesta operação a empresa compradora fica devendo ao fornecedor da mercadoria; por essa razão, essa dívida é conhecida como fornecedores, que também poderá ser chamada de duplicatas a pagar. <br />Outras obrigações exigíveis são com o governo; impostos a recolher -- com as financeiras; financiamentos a pagar -- com o INSS e FGTS; encargos sociais a recolher – com o locador do prédio; aluguéis a pagar.<br />QUADRO 01 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO<br />BENS + DIREITOSOBRIGAÇÕESBENSDinheiroEstoques de MercadoriasVeículosImóveisMáquinasFerramentasMóveis e UtensíliosMarcas e PatentesObras de Arte DIREITOSDepósitos BancáriosDuplicatas a ReceberTítulos a ReceberAluguéis a ReceberImpostos a RecuperarInvestimentos Bancários EmpréstimosFornecedoresFinanciamentos a pagarImpostos a RecolherEncargos Sociais a RecolherAluguéis a PagarTítulos a pagarPromissórias a PagarContas a Pagar<br />Nesta representação, coloca-se no lado esquerdo os Bens e Direitos e no lado direito as Obrigações. Isso ocorre por mera convenção. Na Inglaterra colocam-se primeiramente as obrigações e depois os bens e os direitos.<br />2.9 - Patrimônio Líquido = Situação Líquida <br />Para se conhecer a riqueza líquida da pessoa ou de uma empresa, precisamos somar os Bens com os Direitos e desse total, subtraem-se as Obrigações. O resultado obtido será a riqueza líquida. Em alguns casos o somatório dos Bens mais os Direitos superam o valor das Obrigações. Nestes casos o Patrimônio Líquido destas empresas é positivo, ou seja, a verdadeira riqueza. Noutros, porém, quando as Obrigações superam os Bens e Direitos, o Patrimônio Líquido será negativo, não havendo riqueza. <br />Exemplo da Empresa Fictícia<br />BENSR$ 100.000,00 DIREITOS R$ 50.000,00 OBRIGAÇÕESR$ 90.000,00 <br />Análise:Patrimônio Líquido = ( Bens + Direitos ) - Obrigações Patrimônio Líquido = (100.000,00 + 50.000,00) - 90.000,00 Patrimônio Líquido = R$ 60.000,00 positivo <br />ANÁLISE: Neste caso significa que a empresa demonstra ter lastro para honrar seus compromissos e ainda resta uma quantia positiva de R$ 60.000,00. É uma situação confortável.<br />2.10 - Fazendo Demonstrações Financeiras <br />As Demonstrações Financeiras previstas na Lei 6404/76 são as seguintes:<br />- Balanço Patrimonial- Demonstração do Resultado do Exercício- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados- Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos<br />O Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado do Exercício e a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados devem ser transcritos no livro diário.<br />Em substituição à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, as empresas poderão elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, para efeito de publicação.<br />As sociedades anônimas de capital aberto (aquelas que negociam suas ações nas bolsas de valores) são obrigadas a publicar nos jornais de maior circulação, anualmente, os seus resultados. Assim, as demonstrações de cada exercício devem ser publicadas com indicação dos valores correspondentes às demonstrações do exercício anterior.<br />As demonstrações financeiras deverão ser complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos, sendo necessárias ao bom esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.<br />2.11 - Fazendo o Balanço Patrimonial <br />É a demonstração destinada a evidenciar, resumidamente, o patrimônio da entidade, quantitativa e qualitativamente. É a demonstração que relata os Bens e Direitos (ATIVO), e as Obrigações (PASSIVO) e a participação dos sócios (PATRIMONIO LÍQUIDO). Ela revela a posição patrimonial e financeira da empresa.<br />QUADRO 02 – BALANÇO PATRIMONIAL<br />ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTEPASSIVO CIRCULANTEREALIZÁVEL A LONGO PRAZOEXIGÍVEL A LONGO PRAZOATIVO PERMANENTERESULT. EXERC. FUTUROS    INVESTIMENTOS     IMOBILIZADOPATRIMÔNIO LÍQUIDO    DIFERIDO TOTALTOTAL<br />No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.<br />2.12 - Ativo <br />As contas do Ativo serão classificadas por ordem decrescente de liquidez.<br />2.13 - Ativo Circulante <br />São classificados neste grupo os Bens e Direitos que se realizarão no exercício social seguinte. Fazem parte deste grupo, os subgrupos abaixo discriminados:<br />DISPONÍVEL      Caixa      Bancos Conta Corrente      Aplicações Financeiras de Curto Prazo<br />DUPLICATAS A RECEBER (clientes)      Cliente “A”      Cliente “B”      Cliente “C”      (-) Duplicatas Descontadas      (-) Provisão para Devedores Duvidosos<br />ESTOQUES      Produtos Acabados      Produtos em Processo      Matéria Prima<br />OUTRAS CONTAS A RECEBER      Adiantamento a Empregados      Impostos a Recuperar      Depósitos Compulsórios      Outras Contas de Curto Prazo<br />2.14 - Direitos e Obrigações Realizáveis a Longo Prazo <br />São classificadas neste grupo os Bens e Direitos que irão realizar-se após o exercício social seguinte derivados de vendas, prestação de serviços, aplicações financeiras e adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas, diretores, acionistas, que não constituírem negócio usuais na exploração do objeto da empresa.<br />EMPRÉSTIMOS A COLIGADAS      Empresa quot; A quot;       Empresa quot; B quot;       Empresa quot; C quot; <br />DUPLICATAS A RECEBER de LONGO PRAZO(clientes )      Cliente quot; A quot;       Cliente quot; B quot;       Cliente quot; C quot; <br />APLICAÇÕES FINANCEIRAS de LONGO PRAZO      Instituição quot; A quot;       Instituição quot; B quot;       Instituição quot; C quot; <br />OUTRAS CONTAS COM CARACTERISTICAS DE LONGO PRAZO<br />2.15 - Ativo Permanente <br />Como o próprio nome diz, os itens que integram este grupo têm características permanentes (fixas, de não-giro), mas nada impede que a administração venda-os para oxigenas o capital de giro da empresa na falta do mesmo.<br />INVESTIMENTOS      Participações Societárias       Obras de Arte      Imóveis para Aluguel<br />IMOBILIZADO (destinados à manutenção das atividades da empresa)      Máquinas      Equipamentos      Prédios      Ferramentas      Móveis e Utensílios      Veículos      Marcas e Patentes      Direitos sobre Recursos Naturais      Florestamento e Reflorestamento      ( - ) Depreciação Acumulada      ( - ) Amortização Acumulada      ( - ) Exaustão Acumulada<br />DIFERIDO (gastos que contribuirão para a formação de mais de um exercício social)      Gastos Pré-operacionais      Gastos com Pesquisas      Gastos com Reorganização      ( - ) Amortização Acumulada<br />2.16 - Passivo <br />As contas do passivo estão classificadas por ordem decrescente de exigibilidade.<br />2.17 - Passivo Circulante <br />São classificadas nesse grupo as Obrigações que irão vencer no exercício social seguinte.<br />FORNECEDORES      Fornecedor quot; A quot;       Fornecedor quot; B quot;       Fornecedor quot; C quot; <br />EMPRÉSTIMOS      Instituição quot; A quot;       Instituição quot; B quot;       Instituição quot; C quot; <br />IMPOSTOS A RECOLHER      Imposto de Renda PJ      Imposto de Renda PF      ICMS a Recolher      IPI a Recolher      PIS a Recolher      COFINS a Recolher<br />ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER      INSS a Recolher      FGTS a Recolher<br />DUPLICATAS A PAGAR      Empresa quot; A quot;       Empresa quot; B quot;       Empresa quot; Cquot; <br />2.18 - Exigível a Longo Prazo <br />São classificadas neste grupo as obrigações que irão vencer após o exercício social seguinte.<br />FORNECEDORES de LONGO PRAZO      Fornecedor quot; A quot;       Fornecedor quot; B quot;       Fornecedor quot; C quot; <br />DUPLICATAS A PAGAR de LONGO PRAZO      Empresa quot; A quot;       Empresa quot; B quot;       Empresa quot; Cquot; <br />EMPRÉSTIMOS de LONGO PRAZO      Instituição quot; A quot;       Instituição quot; B quot;       Instituição quot; C quot; <br />2.19 - Resultados de Exercícios Futuros <br />São classificadas neste grupo as contas de receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas decorrentes. Não devem ser incluídas as operações como Faturamento Antecipado, Adiantamento Recebido de Cliente e Juros Ativos a serem Ganhos.<br />ALUGUEL RECEBIDO ANTECIPADAMENTE      Empresa quot; A quot;       Empresa quot; B quot;       ( - ) Custo e Despesas correspondentes às Receitas<br />2.20 - Patrimônio Líquido <br />No Balanço Patrimonial, a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo e Resultados de Exercícios Futuros, representa o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil que pertence aos acionistas ou sócios.<br />CAPITAL SOCIAL      Sócio quot; A quot;       Sócio quot; B quot;       Sócio quot; C quot; <br />RESERVAS DE CAPITAL      CM do Capital Realizado      Ágio na Emissão de Ações      Doações<br />RESERVAS DE REAVALIAÇÕES<br />RESERVAS DE LUCROS      Reservas de Legal      Reservas de Lucros para Expansão      Reservas de Lucros a Realizar<br />LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS<br />2.21 - Demonstração do Resultado do Exercício ( D R E ) <br />É um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. Através dessa demonstração, pode-se verificar o resultado que a empresa obteve (lucro ou prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período, geralmente igual a um ano.<br />A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresa que não requeiram, dados pormenorizados para a tomada de decisão, como é o caso de bares, farmácias, mercearias, boutiques, etc.<br />A DRE completa, exigida pela Lei 6404/76, fornece maiores minúcias para a tomada de decisão: grupos de despesas, vários tipos de lucros, destaque dos tributos, etc.<br />QUADRO 03 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO<br />D R E (COMPLETA) LEI 6404 / 76 RECEITA BRUTA ( - ) DEDUÇÕES= RECEITA LÍQUIDA  ( - ) CUSTOS  = LUCRO BRUTO OPERACIONAL ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS= LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL (+/-) RESULTADO NÃO OPERADIONALRESULTADO ANTES DA CSLL E IRPJ ( - ) CSLL E IRPJ= RESULTADO APÓS CSLL E IRPJ ( - ) PARTICIPAÇÕES = LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO<br />2.22 - Receita Bruta <br />É o total bruto de vendas mais prestação de serviços realizadas no período. Nela, Receita Bruta, estão inclusos os impostos e contribuições sobre vendas, os quais pertencem ao governo, as devoluções que são as vendas canceladas e que ainda não foram subtraídas e os abatimentos ocorridos no período, que deverão ser diminuídos também.<br />2.23 - Deduções <br />Conforme dito anteriormente, estes impostos e contribuições pertencem aos governos, União, Estado ou Município, e foram gerados no momento da operação, variando proporcionalmente à venda ou prestação de serviços. Quanto maior for a venda ou prestação de serviços, maior será o imposto. Na verdade, estes tributos não pertencem à empresa, mas aos governos. A empresa é uma mera intermediária que arrecada impostos junto ao consumidor e recolhe aos cofres público. Por isso, não devem ser considerados como receita real da empresa. <br />Exemplos:<br />ICMS ( pertence ao Estado e a alíquota varia de acordo com a mercadoria )ISS ( pertence ao Município e as alíquotas são de 6% para diversão pública e 5% para os demais serviços )PIS ( pertence à União e as alíquotas são de 0,65% PIS-Cumulativo e de 1,65 % PIS/Não-Cumulativo)COFINS ( pertence à União e a alíquota é de 3 %)<br />Exemplo de uma NF comércio, com incidência do PIS não-cumulativo:<br />Preço do produto:  R$ 10.000,00IPI (30%):      R$ 3.000,00Preço Total R$ 13.000,00<br />ICMS incidente (17%)<br />Demonstração de Resultado da Empresa<br />Receita Bruta  R$ 13.000,00(-) Deduções IPIR$ 3.000,00ICMSR$ 2.210,00COFINSR$ 390,00PIS     R$ 214,50Receita LíquidaR$ 7.185,50<br />A inclusão ou não do IPI na DRE dependerá de quem estiver elaborando a DRE. Como ele é um Imposto cobrado por fora, sua inclusão fica a critério de quem a elaborar. Caso não fosse incluído na DRE em análise, o valor da Receita Bruta teria que ser de R$ 10.000,00, com o IPI já diminuído. <br />No que diz respeito às Devoluções de Vendas , que é o mesmo que vendas canceladas, são mercadorias que estão em desacordo com o pedido e que o comprador devolve parcial ou totalmente a mercadoria. pode acontecer de , a empresa vendedora, a fim de evitar a devolução das mercadorias, esta propõe um Abatimento Concedido, no preço para compensar a perda do comprador. Tanto a Devolução de Vendas como os Abatimentos Concedidos, aparecem como dedução da Receita Bruta na DRE. <br />Portanto, as Devoluções de Vendas e os Abatimentos Concedidos são ajustes e não despesas. <br />2.24 - Lucro Bruto Operacional <br />É a diferença entra a Receita Líquida (Receita Bruta menos as Deduções) menos os Custos das Mercadorias Vendidas ou dos Serviços Prestados, sem considerar as despesas operacionais. Necessário se faz um breve entendimento sobre a diferença entre Custos e Despesas. Os Custos são gastos variáveis, as Despesas são gastos fixos. Os Custos variam de acordo com as vendas e as Despesas não. Quanto maior for a venda, maior será o Custo da mercadoria vendida. Ele tem crescimento proporcional. Vamos imaginar uma empresa que vende uma cadeira por R$ 100,00 e que lhe custou R$ 60,00. Se ela vender somente uma cadeira, o Custo será, evidentemente, R$ 60,00, de apenas uma cadeira. Mas se ela vendesse 10 cadeiras, teria uma venda de R$ 1.000,00, mas o Custo também subiria para R$ 600,00. Por isso que é um gasto variável. As Despesas são gastos fixos porque não dependem das vendas para aumentarem ou diminuírem. Seguindo o exemplo anterior, imaginemos que a empresa tenha um gasto com a folha de pagamento da ordem de R$ 3.000,00. Tanto faz a empresa vender ou não vender, este desembolso ela terá de arcar todo o mês. Por isso que as Despesas são gastos fixos, não variam com as vendas. <br />Os Custos podem ser :<br />- Para empresas industriais: Custo do Produto Vendido - Para empresas comerciais: Custo da Mercadoria Vendida. - Para empresas prestadoras de serviços: Custo do Serviço Prestado.<br />2.25 - Despesas Operacionais <br />De acordo com a teoria da contabilidade, despesas são gastos necessários para a empresa e que têm função de gerar receita. Em outras palavras, são gastos necessários para vender produtos, administrar a empresa e financiar as operações. Estes gastos contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa.<br />Os principais grupos podem ser:<br />- Despesas com Vendas : são todos aqueles gastos que estão relacionado às vendas. Comissões sobre venda, propaganda e publicidade, marketing, hotéis, aluguéis de veículos, provisão para devedores duvidosos, etc.- Despesas Administrativas : são os gastos necessários para se administrar e empresa. Folha de pagamento do pessoal administrativo, aluguéis de salas, material de expediente, seguros, combustíveis, manutenção de veículos, assinatura de jornais, depreciação, etc. - Despesas Financeiras : são as remunerações aos capitais de terceiros, tais como juros pagos, comissões bancárias, correção monetária pré-fixada, descontos concedidos, juros de mora pagos, etc. As despesas financeiras devem ser compensadas com as Receitas Financeiras, isto é, estas receitas serão deduzidas daquelas despesas. As receitas financeiras são derivadas de aplicações financeiras, juros de mora recebidos, descontos obtidos, etc. Se o montante da Receita Financeira for maior que a Despesa Financeira, a Receita Financeira será deduzida das Despesas Operacionais. <br />QUADRO 04 – Exemplo de Despesas Financeiras<br />Desp. Financeira > Rec. FinanceiraDesp. Financeira < Rec. FinanceiraDesp. FinanceirasR$ 2.800,00Rec. Financeiras    R$ 800,00Dif. Desp FinanceiraR$ 2.000,00Desp. FinanceirasR$ 2.800,00Rec. FinanceirasR$ 3.900,00Dif. Rec. FinanceiraR$ 1.100,00Despesas OperacionaisDespesas OperacionaisDe VendasR$ 3.000,00AdministrativasR$ 4.000,00FinanceirasR$ 2.000,00TotalR$ 9.000,00De VendasR$ 3.000,00  AdministrativasR$ 4.000,00  Financeiras( R$ 1.100,00 )TotalR$ 5.900,00  <br />Convém lembrar que dentro do grupo DESPESAS OPERACIONAIS existe ainda o subgrupo das Outras Receitas e Despesas Operacionais , que são consideradas como atividades acessórias do objeto da empresa. Dentro deste subgrupo classificam-se os lucros ou prejuízos de participações societárias (resultado da equivalência patrimonial, dividendos, deságio de investimento ) e as vendas diversas ( vendas esporádicas de sucatas, sobras do estoque, etc ) <br />2.26 - Lucro antes da CSLL e IRPJ <br />Do Lucro Bruto Operacional, deduz-se as Despesas Operacionais e obtem-se o Lucro ou Prejuízo Operacional . Deste, serão deduzidos ou acrescentados os Resultados não-Operacionais que são os resultados obtidos pela empresa que não tem nada a ver com o objeto da empresa, tais como os ganhos ou perdas de capital ( quando da alienação de algum bem do imobilizado ou participação em outras sociedades ) e o resultado da correção monetária. <br />2.27 - Resultado após a CSLL e IRPJ <br />Depois de calculados os tributos federais e deduzidos do Lucro Antes da CSLL e IRPJ, obtem-se um resultado que, novamente, sofrerá uma nova dedução que é a das participações nos lucros ( debêntures, empregados, administradores, partes beneficiárias e fundos de assistência ) para , por fim, chegarmos ao LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO. <br />2.28 - Análise das Demonstrações Financeiras<br />Constitui-se num processo que objetiva a avaliação da situação da empresa em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros, através de índices que são calculados a partir das próprias demonstrações. Através destes índices, os sócios, administradores, empregados, fornecedores, bancos, e outras interessadas, poderão tomar ciência da situação da empresa e tomarem decisões. <br />Freqüentemente, escrevem-se livros que mais têm confundido do que elucidado o leitor, afogando-o em centenas de índices sem uma idéia de relevância e, principalmente, sem relacionar entre si todos os quocientes principais. É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e quocientes, de forma consistente, de período para período, e compara-los com padrões preestabelecidos e tentar, a partir daí, tirar uma idéia de quais problemas merecem uma investigação maior, do que apurar dezenas e dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e, ainda, pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes. <br />Para que se possa ter uma noção do que realmente está acontecendo com a empresa que está em análise, é preciso pegar os índices referentes às suas demonstrações e fazer uma comparabilidade com outros índices:<br />- Comparação com períodos passados; <br />- Comparação com períodos orçados; <br />- Comparação com padrões setoriais; <br />- Comparação com padrões internacionais; <br />- Comparação com padrões internos da empresa; <br />- Comparação com empresas concorrentes, etc. <br />As principais análises são a Vertical, Horizontal e Análise por Quocientes. A ANÁLISE VERTICAL tem a função de nos mostrar a participação estrutural de um determinado item, em um determinado grupo. A ANÁLISE HORIZONTAL tem a função de mostrar o desempenho temporal de um determinado item e a ANÁLISE POR QUOCIENTES tem a função de dissecar as demonstrações fornecendo índices que vão espelhar a saúde financeira da empresa. Abaixo destacaremos alguns índices que são usados para se fazer a análise das demonstrações.  <br />2.29 - Índices de Liquidez <br />Esses índices servem para avaliar a capacidade financeira da empresa, para satisfazer compromissos de pagamentos com terceiros. <br />a) Índice de Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante < /P > <br />Este índice identifica o quanto a empresa dispõe, imediatamente, para honrar suas dívidas de curto prazo.<br />Exemplo: R$ 10.000,00 / R$ 20.000,00 = R$ 0,50<br />Neste exemplo a empresa dispõe imediatamente de R$ 0,50 (Cinqüenta Centavos de Real) para cada R$ 1,00 (Hum Real) que deve no curto prazo. <br />b) Índice de Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante <br />Este índice identifica o quanto a empresa dispõe de recursos no curto prazo, para honrar suas dívidas, também, de curto prazo. <br />Exemplo: R$ 30.000,00 / R$ 20.000,00 = R$ 1,50  <br />Considerando as disponibilidades que a empresa dispõe, mais os estoques, duplicatas a receber e outros valores a receber de terceiros, a empresa dispõe de R$ 1,50 (Hum Real e Cinqüenta Centavos) para honrar seus compromissos de curto prazo. O ideal é que este índice fique acima de R$ 1,00 (Hum Real) pois, significará sobra. <br />c) Índice de Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante <br />Eliminando-se os estoques, elimina-se uma incerteza no que diz respeito à conversão do estoque em recursos monetários. Este índice nos mostra que se eliminarmos os estoques, quanto a empresa disporá para honrar suas dívidas de curto prazo. <br />Exemplo: (R$ 30.000,00 – R$ 20.000,00) / R$ 20.000,00 = R$ 0,50  <br />Com a eliminação dos estoques, que é uma incerteza, a empresa disporá de R$ 0,50 (Cinqüenta Centavos de Real) para honrar suas dívidas de curto prazo. <br />d) Índice de Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Exigível a longo Prazo)<br />Este índice faz um comparativo do que a empresa dispõe, no curto e longo prazos, contra suas dívidas, igualmente de curto e longo prazos. <br />Exemplo: (R$ 30.000,00 + R$ 50.000,00) / (R$ 20.000,00 + R$ 20.000,00) = R$ 2,00  <br />Neste caso a empresa dispõe de R$ 2,00 (Dois Reais) no curto e longo prazos, para Real que deve no curto e longo prazos. <br />2.30 – Índice de Endividamento <br />a) Endividamento Total = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Ativo total <br />Este índice determina a proporção de ativos totais fornecida pelos credores da empresa. Quanto maior for este índice, maior será o montante de dinheiro de terceiros que está sendo empregado para gerar lucros. <br />Exemplo: (R$ 20.000,00 + R$ 20.000,00) / R$ 100.000,00 = 0,40 ou 40%  <br />Significa que 40% dos ativos da empresa são financiados por terceiros. O ideal é que este percentual seja baixo e bem administrado pela direção da empresa. <br />2.31 - Índices de Rentabilidade <br />Estes índices servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido na empresa. <br />a) Rentabilidade do Capital Próprio = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido <br />Este índice quer mostrar o quanto representa o lucro líquido obtido através das operações que a empresa realizou no exercício, em comparação ao investimento feito na empresa. <br />Rentabilidade do Capital Próprio = R$ 25.000,00 / R$ 50.000,00 = 50%  <br />Significa que o retorno do capital investido na empresa foi de 50%.<br />b) Rentabilidade do Ativo Total = Lucro Líquido / Ativo Total <br />Este índice faz um comparativo do resultado obtido pela empresa, o lucro, através de suas operações, com os ativos que estão disponíveis à administração para conseguir tal êxito. <br />Rentabilidade do Ativo Total = R$ 25.000,00 / R$ 100.000,00 = 25%  <br />Significa que o lucro representou 25% dos ativos totais disponíveis. <br />2.32 - Etapas para Realização da Análise de Balanço <br />As etapas a seguir devem ser seguidas na realização da análise de balanços.<br />Primeira etapa - EXAME E PADRONIZAÇÃO <br />Esta etapa consiste em verificar se as Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo com a Lei 6404 / 76, com a observância na composição de cada grupo de contas e de cada conta que compõe o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. <br />Segunda etapa - COLETA DOS DADOS <br />Esta etapa consiste na extração de dados das Demonstrações Financeiras. Esses dados serão utilizados para cálculos dos quocientes para a análise da situação econômico-financeira da empresa. <br />Terceira etapa - CÁLCULO DOS INDICADORES <br />Elaboração de um quadro com todos os quocientes calculados. Isso facilitará a analise dos mesmos. <br />Quarta etapa - INTERPRETAÇÃO DOS QUOCIENTES <br />Neste momento o analista interpretará os quocientes, um a um. Num primeiro momento, serão analisados os Quocientes Financeiros para após, serem analisados os quocientes econômicos.<br />Quocientes Financeiros ( Participação dos Capitais de Terceiros / Capitais de Terceiros s/ Recursos Próprios / Índice de Liquidez Geral / Índice de Liquidez Corrente / Índice de Liquidez Seca / Índice de Liquidez Imediata ) <br />Quocientes Econômicos ( Margem Líquida / Rentabilidade do Ativo / Rentabilidade do Patrimônio Líquido ) <br />Quinta etapa - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL <br />É a análise realizada na Demonstração do Resultado do Exercício. Para cada grupo de contas, o analista deverá realizar o calculo vertical e o horizontal, observando os desempenhos e, a partir daí, começar a tecer comentários.<br /> Sexta etapa - COMPARAÇÃO COM INDICES PADRÕES <br />Nesta etapa do processo de análise, o analista deve comparar os quocientes encontrados com os Quocientes-padrão. Uma das preocupações do analista nesta fase do processo de análise é como encontrar o Quocientes-padrão. Ultimamente, a revista Exame publica a revista “ Maiores e Melhores “ com tiragem anual. Neste anuário são publicados os índices por tipo de atividade, facilitando então, o trabalho do analista. É lógico que estes índices são nacionais, diferentes das realidades locais. Mas independente deste fator, esta publicação é uma bela ferramenta para o analista. <br />Sétima etapa - ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO Neste momento, após analise minuciosa dos quocientes, o analista deverá elaborar um relatório. <br />3 - NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA <br />Quando alguém nos diz que o administrador financeiro é o elemento fundamental dentro de uma empresa, somos levados a perguntar: mas e os demais setores? Todos os setores são importantes dentro de uma organização, desde o faxineiro até o diretor-presidente. O que acontece, no entanto, é que o Administrador Financeiro desempenha uma função um tanto mais sutil: ele administra as finanças da organização e isso é uma tarefa bastante difícil e complexa. Na verdade, todos nós desempenhamos até certo ponto o papel de administradores financeiros, pois ganhamos os nossos custosos rendimentos e os administramos da melhor forma possível para que não precisemos pedir dinheiro emprestado a ninguém ou para que possamos aplicar as sobras da maneira mais eficiente. O administrador financeiro faz exatamente isto. É um profissional que cuida das finanças de uma empresa, honrando os compromissos nas datas dos vencimentos, captando recursos quando é preciso a um custo mais baixo ou ainda, o melhor, aplicando as sobras nos investimentos mais atraentes, antevendo as possibilidades de investimento em novos projetos. Como se vê, não é uma função fácil. <br />O maior desafio do Administrador Financeiro é conciliar bem, e muito bem, o equilíbrio entre a Liquidez vs. Rentabilidade. O item Liquidez é a capacidade da organização de estar sempre com as suas finanças oxigenadas para que nunca falte recursos na hora de honrar os compromissos. Para isso, ele deverá usar o Fluxo de Caixa, onde projetará todas as entradas e saídas de recursos, tendo uma visão de curto , médio e longo prazos do fluxo monetário da empresa. Com o Fluxo de Caixa, ele poderá verificar quando faltará capital disponível para a empresa e com isso, tomar as devidas providências. No que diz respeito à Rentabilidade, é a capacidade de o administrador Financeiro investir recursos, do sistema do Fluxo de Caixa, em outro tipo de bem ( estoque de mercadoria ) e conseguir fazer com que este estoque se transforme em dinheiro, novamente, e retornem, com os lucros desejados, para dentro do sistema do fluxo de caixa. <br />3.1 - O administrador Financeiro (af) <br />Este profissional, geralmente denominado de Gerente Financeiro, Controller, Diretor Financeiro, Supervisor Financeiro ou ainda Chefe de Tesouraria, deve ter um ótimo relacionamento com os clientes internos e externos. Nos diagramas abaixo, veremos como o AF se encaixa numa hierarquia, através de um organograma simples e como ele se relaciona com os clientes internos na organização. <br />FIGURA 01 – ORGANOGRAMA ESTRUTURAL DE UMA EMPRESA <br />FIGURA 02 - DIAGRAMA DA RELAÇÃO COM CLIENTES INTERNOS <br />3.2 - Análise da Relação ( af x clientes internos ) <br />a) Diretoria : A relação deve ser bem aberta e franca. Tudo o que se passar com as finanças da empresa, deve ser repassado à diretoria, mostrando quais as melhores alternativas a serem tomadas.<br />b) Recursos Humanos: As atividades deste setor tais como, admissões, demissões, benefícios e outros, dependem e muito do aval do AF . No caso de algum benefício que se deseja dar aos empregados e que , certamente, onerará as finanças da empresa, o AF deverá autorizar ou não tal benefício. <br />c) Contabilidade e Auditoria: O AF depende das Demonstrações Financeiras para saber os efeitos ocorridos no patrimônio da organização, decorrentes de suas próprias ações. Também deve ser o responsável perante a Auditoria pelos seus atos e também pelos setores a ele subordinados.<br />d) Setor Administrativo : É o responsável pelo bom desempenho dos setores de Tesouraria, Depto. Pessoal, RH , Contas a Pagar, Crédito e Cobrança outros. <br />e) Setor Jurídico : Com este setor, sua relação estará ligada às cobranças de títulos, com clientes e fornecedores, processos trabalhistas e demais ações judiciárias. <br />f) Setor de Produção : A aquisição de novos equipamentos para a área de produção deverá ter autorização do AF. Ele é o profissional que realmente tem as finanças da empresa nas mãos. <br />g) Planejamento e Controle : Os orçamentos de despesas por departamento, compra e venda de mercadoria, logística, etc, tudo tem que passar pelas mãos do AF para que ele possa inserir no seu cronograma de fluxo de caixa e administrar as finanças empresarias da melhor forma possível. <br />h) Setor Comercial : Aqui, esta relação deve bem estreita pois, a sobrevivência de um empreendimento depende muito desta boa relação. Aqui é que o AF deverá administrar bem o equilíbrio entre Liquidez vs. Rentabilidade. As políticas de descontos de fornecedores, descontos a clientes, a precificação correta das mercadorias, os prazos médios de pagamentos de títulos assim como os de recebimentos, devem passar pelo crivo do AF. <br />FIGURA 03 - DIAGRAMA DA RELAÇÃO COM CLIENTES EXTERNOS <br />3.3 - Análise da Relação ( af x clientes externos ) <br />a) Governos ( U / E / M ) : O AF é o preposto, ou seja, é a pessoa que representa a empresa junto aos governos. No caso de solicitação de certidões negativas ou no caso de uma visita de umas das auditorias, o AF deverá ser aquele profissional que tomará a frente para resolver tais assuntos. <br />b) Fornecedores: A relação com os fornecedores deve ser de parceria. Sempre quando a empresa estiver passando por dificuldades financeiras e o AF não conseguir recursos para honrar os compromissos nas datas aprazadas, deverá este procurar os fornecedores para que consiga um prazo mais elástico e não, ficar fugindo das pressões dos fornecedores. Ele deve, sim, procurar negociar da melhor forma possível o imprevisto. Caso fique fugindo dos fornecedores ( credores) poderá sujar o nome da empresa e assim encontrará maiores dificuldades para conseguir mercadorias para vender. <br />c) Investidores : Os investidores são as pessoas que injetam dinheiro no negócio e acreditam que o negócio lhes trará lucro. Ora, se o AF é quem está administrando essas finanças, então essa relação deve ser muito boa e principalmente duradoura. <br />d) Clientes : A partir de um patamar quot; X quot; de valores, os créditos deverão ser autorizados pelo AF , onde fará uma minuciosa análise do cadastro do cliente até liberar a compra. Também cabe ao AF negociar da melhor forma possível a dívida daqueles clientes que estão passando por dificuldades financeiras. As vezes um bom cliente, um parceiro de muitos anos, poderá estar, momentaneamente, numa situação dessas e caberá ao AF administrar essa situação de uma forma que fique bom para ambos. <br />e) Instituições Financeiras : Essa relação é de fundamental importância para a empresa, pois na falta de recursos próprios para capital de giro ou até para aquisição de novos equipamentos, ou expansão dos negócios, o AF deverá recorrer às instituições financeiras, procurando as melhores taxas e melhores prazos, para captar recursos e dar andamento aos projetos empresariais. <br />f) Órgãos Reguladores : Estes órgãos são os que regulam as atividades operacionais das empresas, bem como aquelas entidades de classe que representam as empresas nas negociações salariais, negociações com os governos , etc. Dentre tantas, podemos citar as Associações Comerciais, CDL´s, Federação do Comércio, Federação das Indústrias, CREA, CRC e tantos outros.  <br />3.4 - Áreas de Conhecimento <br />Como o AF convive com diversas áreas de conhecimento para que possa tomar decisões, algumas exigem um bom domínio de conhecimento e outras , conhecimentos apenas complementares.<br />Contabilidade : Precisa ter um mínimo de noção desta área pois, trabalhará com as demonstrações financeiras a fim de emitir sua opinião acerca da saúde financeira da empresa. Deverá saber interpretar uma demonstração financeira; <br />Administração : Técnicas de administração, administração de pessoal e outras. <br />Economia : Visão global de mercado, ou seja, uma macro visão.<br />Matemática Financeira : Como o AF estará em permanente negociação com bancos, fornecedores e clientes, sobre assuntos como taxas de juros, descontos, pagamentos antecipados e prazos médio, é de fundamental importância que o AF domine esta área. <br />Áreas de conhecimentos complementares: Informática, Direito, Meio Ambiente, Marketing, e Comunicação. <br />3.5 - Capital de Giro <br />Toda a empresa precisa de capital para que possa existir. O capital da empresa pode ser próprio ou de terceiros. Ele é próprio quando sua origem é dos sócios, dos lucros, etc. Ele é de terceiros quando sua origem é estranha à empresa e neste caso pode ser por empréstimos, financiamentos, fornecedores, etc. <br />O capital de giro corresponde a uma parte do capital social aplicado na empresa. São aqueles recursos aplicados em ativos e que estão em constante giro dentro da empresa, proporcionando transformações no patrimônio da empresa constantemente. O capital de giro da empresa é formado pelo ativo circulante e pelo passivo circulante. A administração do capital de giro abrange a administração das contas circulantes da empresa, incluindo ativos circulantes e passivos circulantes. Como o próprio nome diz, está sempre circulando. O capital de giro líquido será o ativo circulante menos as dívidas que a empresa tem de curto prazo, que neste caso a chamaremos de passivo circulante, conforme a fórmula abaixo. O ideal é que sempre este resultado seja positivo, neste caso a empresa estará trabalhando com recursos próprios para girar suas operações. Quando o resultado é negativo, a empresa está trabalhando com recursos de terceiros para girar as operações. Neste caso as dívidas superam o ativo circulante e a tendência é que aumente cada vez mais. <br />FIGURA 04 - Fluxograma do Capital de Giro <br />  <br />3.6 - Controle de Estoques<br />O estoque é um item que deve ser bem administrado dentro de uma organização, quando não administrado adequadamente, pode trazer sérios danos às finanças empresariais, pondo em risco a saúde financeira da empresa. Há executivos que não conseguem responder algumas perguntas ou, quando respondem, não tem certeza do que dizem. Você controla o seu estoque? Controle permanente ou periódico? Alguns executivos ainda administram os estoque no olhômetro e aí fica difícil responder àquelas perguntas. Você sabe qual o valor do seu estoque hoje? Se não sabem responder àquelas, imagine a esta? Ou então: Você sabe quantas unidades de cada produto existem hoje em seu estoque ? ou: Você sabe qual é o seu estoque mínimo ? ou ainda: Você sabe qual é o seu estoque máximo? <br />A má administração dos estoques pode levar uma empresa a enfrentar sérios problemas financeiros, como a falta de Capital de Giro de qualidade que afeta em cheio o Fluxo de Caixa, obrigando o executivo a tomar capital de terceiros para honrar compromissos. <br />3.7 - Venda Média Mensal <br />Corresponde à quantidade média de um item vendido em certo período de tempo.<br />Venda Média Mensal = Soma das vendas no período / Meses do período <br />Exemplo : Calculadora com Relógio Digital<br />MêsQtd.        Jan125   Fev90   Mar85   Abr100   Mai85   Jun91        Total576    V.M.M = 576 /6 = 96 itens<br />3.8 - Tempo de Cobertura <br />É o tempo que se levará para repor um item no estoque, ou seja, desde que notamos que o item atingiu o estoque mínimo até sua reposição na prateleira. Dependendo do tipo de mercadoria ou a distância do fornecedor, este tempo poderá ser extremamente curto ou muito elástico. Gêneros alimentícios têm prazos curtíssimos enquanto que móveis e colchões demoram cerca de 45 dias. <br />Exemplo : Tomamos como exemplo as calculadoras, digamos que estas demorem 45 dias para serem repostas. <br />3.9 - Estoque Mínimo <br />É a quantidade mínima de uma mercadoria em estoque, que serve de alerta para a necessidade de ser adquirido novo lote de mercadorias para o estoque, para que não falte a mesma no balcão. Seria a mesma coisa que um gatilho, ou seja, no momento que o estoque chegar naquela quantidade, o controlador do estoque deverá fazer um novo pedido para evitar a falta do item. <br />ESTOQUE MÍNIMO = (Venda Média Mensal X Tempo de Cobertura)  / 30 dias <br />Exemplo : Tomamos como exemplo as calculadoras <br />ESTOQUE MÍNIMO = 96 Itens X 45 dias / 30 dias  = 144 Itens  <br />Interpretação do Estoque Mínimo de calculadoras <br />Quando o estoque de calculadoras chegar à quantidade de 144 itens, o encarregado pelo controle deverá fazer um novo pedido de calculadoras pois, estas 144 calculadoras existentes no estoque somente suportarão por 45 dias, ou seja, a reposição do estoque de calculadoras demora 45 dias. <br />3.10 - Estoque Máximo <br />É o estoque máximo de cada item que estamos dispostos a bancar para que não prejudique a qualidade do Capital de Giro e também não afete o quot; Cash Flow quot; da empresa. <br />ESTOQUE MÁXIMO = ESTOQUE MÍNIMO X 2 <br />Exemplo : Tomamos como exemplo as calculadoras <br />ESTOQUE MÁXIMO = 144 Itens X 2 = 288 Itens <br />Interpretação do Estoque Máximo de calculadoras <br />Seria desnecessário a empresa manter um estoque acima de 288 calculadoras, sabendo que a demanda média mensal deste item é de 96 calculadoras. Imaginemos se o administrador usa a prática de ter um estoque elevado para todos os itens ? <br />3.11 - Giro do Estoque <br />Este coeficiente nos informa quantas vezes giramos os estoques em função das vendas. Quanto mais girarmos os estoques, melhor para a empresa, significando que as mercadorias estão ficando pouco tempo nos estoques ou no balcão. <br />Informações Necessárias: <br />- Estoque Médio <br />- Quantidade de Mercadorias Vendidas <br />ESTOQUE MÉDIO = ESTOQUE INICIAL + ESTOQUE FINAL / 2 <br />Exemplo : Tomamos como exemplo as calculadoras <br />Estoque Inicial..........01/01/02...............................60 calculadoras Estoque Final.........................31/01/02............................... 32 calculadoras <br />ESTOQUE MÉDIO = (60 + 32) / 2 = 46 CALCULADORAS  <br />QUANT. MERC. VENDIDA = EST. INICIAL + COMPRAS – EST. FINAL <br />QUANT. MERC. VENDIDA = 60 + 97 - 32 <br />QUANT. MERC. VENDIDA = 125 Itens <br />GIRO DO ESTOQUE = VENDAS / ESTOQUE MÉDIO  <br />GIRO DO ESTOQUE = 125 Itens / 46 Itens = 2,71 vezes  <br />Interpretação do Giro do Estoque de calculadoras <br />Isso significa que conseguimos girar quase três vezes o nosso Estoque Médio de calculadoras no Mês de janeiro/2002. <br />3.12 - Administração das Contas a Receber (Duplicatas a Receber) <br />As Contas a Receber são geradas pelas vendas a prazo que são feitas após concessão de crédito. Às vendas a prazos estão associados os riscos com inadimplência, despesas com cobrança entre outros, mas são fundamentais para alavancar o nível das operações e o giro dos estoques. Quanto mais frouxo o sistema de política de crédito da empresa, maior serão os riscos que o Administrador Financeiro enfrentará para solucionar os problemas de capital de giro e fluxo de caixa. <br />3.13 - Política de Crédito <br />A política de crédito trata dos aspectos de prazos, seleção de clientes e limite de crédito. Uma política de crédito liberal alavancará os níveis de vendas mas acarretarão em maiores despesas e problemas para os recebimentos. Prazos mais dilatados exigirão maior aporte de capital de giro para que a empresa possa honrar seus compromissos. A seleção dos clientes, quando não bem feita, também poderá influir na liquidez do capital de giro. A expansão do crédito deve ser muito bem analisado pelo administrador financeiro. O Limite de crédito também deve ser bem administrado pelo financeiro, segmentando valores por responsabilidades. O administrador financeiro deve estar atento para evitar a concessão de crédito em situações irregulares, estabelecendo políticas de crédito e cobrança claramente definidas.  <br />3.14 - Administração das Perdas <br />O administrador financeiro deverá implantar um sistema eficiente de política de crédito e cobrança para evitar as perdas com a inadimplência. Ele poderá criar metas para cada período, ou seja, determinar, de acordo com o histórico de inadimplência da empresa, percentuais metas de perdas a serem atingidos até um nível tolerável pela administração. Exemplo: Historicamente a empresa HPM tem perdas com inadimplência que giram em torno de 7% do seu faturamento anual. O administrador financeiro poderá determinar metas para os próximos exercícios visando a redução do percentual, criando uma nova política de crédito e principalmente de cobrança, tornando-o mais ágil nas negociações com clientes. Assim, ele poderá reduzir para o próximo exercício para 5%, para o outro 3% e assim sucessivamente, até chegar num percentual tolerável pela administração. O ideal é que seja 0%. <br />3.15 - Fatores que reduzem o Capital de Giro da Empresa <br />a) Compras à vista <br />b) Retiradas em excesso <br />c) Distribuição de lucros <br />d) Imobilizações em excesso <br />e) Níveis elevados de estoques <br />f) Prazos de vendas muito longos <br />g) Ineficiência do sistema de cobranças <br />3.16 - Fatores que aumentam o Capital de Giro da Empresa <br />a) Lucratividade <br />b) Vendas à vista <br />c) Cobrança eficiente <br />d) Vendas de imobilizações  <br />e) Redução dos estoques <br />f) Maior rotação dos estoques <br />g) Aumento dos prazos de compras / Redução dos prazos de recebimentos <br />h) Aumento do capital de giro com recursos próprios <br />3.17 - Fluxo de Caixa <br />Fluxo de Caixa é um controle adotado pelo administrador financeiro que tem como objetivo básico, a projeção das entradas e saídas de recursos financeiros para determinado período, visando prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa. Para otimizar os recursos financeiros, a projeção do fluxo de caixa deve ser feita para um período de abrangência que permita ao tesoureiro tomar providencias com antecedência suficiente, principalmente, em casos de necessidade de cobertura de insuficiência de caixa, pois a efetivação de algumas modalidades de financiamento requer meses de planejamento e preparativos. Alguns objetivos podemos destacar: <br />- Honrar os compromissos nas datas aprazadas, sem onerar as finanças da empresa com multa e juros. Com o Fluxo de Caixa o AF prevê a falta de recursos; <br />- Investir os recursos financeiros disponíveis, evitando que fiquem parados; <br />- Saber exatamente quando faltarão recursos para a empresa e antecipar-se; <br />- Analisar quais as melhores fontes de recursos para a empresa tais como descontos de duplicata, emissão de novas ações, empréstimos bancários, conta garantida, como também as melhores taxas do mercado, quais as instituições que oferecem as melhores linhas de crédito; <br />- Buscar o perfeito equilíbrio entre Liquidez vs. Rentabilidade; <br />- E outros que visem a eficácia financeira empresarial. <br />Figura 05 - Representação do Fluxo de Caixa <br />Cabe aqui uma ressalva. Quando nos referimos ao Caixa, destacado acima neste diagrama, estamos nos referindo a toda movimentação financeira da empresa e não à simples movimentação da conta caixa. Os dados que compõem o Caixa são, o próprio saldo de caixa, saldo das contas bancárias e aplicações financeiras. Os principais ingressos de recursos são, as vendas à vista, recebimentos de vendas a prazo, aumentos de capital social, vendas de itens do ativo imobilizado, receitas de aluguéis, empréstimos, resgates de aplicações financeiras e outras entradas de recursos. Por outro lado, os principais desembolsos são, as despesas operacionais da empresa, amortização de empréstimos, pagamentos de tributos, pagamentos de duplicatas, pagamentos de fornecedores, compras de mercadorias à vista, compras em geral à vista e toda a saída de dinheiro. Para visualizar melhor este fluxo de recursos monetários, o diagrama abaixo oferece uma macro visão, possibilitando uma melhor compreensão do que foi dito acima. <br />3.18 - Requisitos Básicos para o Planejamento do Fluxo de Caixa <br />Deverão ser consideradas todas as oscilações que eventualmente poderão ocorrer e que irão implicar em ajustes dos valores projetados nos orçamentos departamentais. Todos os envolvidos por estas informações deverão ser responsabilizados pelas mesmas. Requisitos para implantação: <br />- Apoio da cúpula diretiva da empresa; <br />- Organização da estrutura funcional da empresa com definição clara dos níveis de responsabilidade de cada área; <br />- Integração dos diversos setores da empresa ao sistema do fluxo de caixa; <br />- Definição do sistema de informações, quanto aos tipos de informações, formulários a serem utilizados, calendário de entrega dos dados e os responsáveis pelas informações; <br />- Treinamento do pessoal envolvido para implantar o fluxo de caixa na empresa.  <br />3.19 - Prazo de Planejamento do Fluxo de Caixa <br />Dependerá do porte e do ramo de atividade da empresa. è importante a empresa trabalhar com um planejamento mínimo de três meses. o fluxo de caixa mensal se transformará em semanal e este em diário. <br />Figura 06 – Informações que compõem o Fluxo de Caixa <br />Quadro 05 - Modelo de Fluxo de Caixa <br />ITENS JANFEVMARABRMAIJUN1. INGRESSOS##################Vendas à Vista      Vendas a Prazo      Venda de Veículos      Aumento de Capital Social      Alugueis a Receber      Receitas Financeiras      SOMATÓRIO       2. DESEMBOLSOS########################Compras Merc. à Vista      Compras Merc. a Prazo      Salários      Despesas Administrativas      Despesas com Vendas      Despesas Tributárias      Despesas Financeiras      Alugueis a Pagar      Compras Mat. Consumo      Compra Computador      Arrendamento Mercantil      SOMATÓRIO      3. Diferença ( 1 – 2 )      4. SALDO INIC. DE CAIXA       5. Disp. Acumul. ( 3 + 4 )      6. NÍVEL DESEJADO      7. Emprést. a captar      8. Aplic. Financeira      9. Amort. Empréstimo      10. Resg. Aplic. Financ      11.SALDO FINAL CAIXA      <br />Quadro 06 - Formulário Complementar de Vendas <br />MESES DE RECEBIMENTO<br />MESES DE VENDAS JAN FEV MAR ABR MAI JUN  TotaisOutubro        Novembro        Dezembro        Janeiro         Fevereiro        Março        Abril        Maio        Junho        Totais       <br /> <br />Quadro 07 - Formulário Complementar de Compras <br />MESES DE PAGAMENTOS <br />MESES DE COMPRAS JAN FEV MAR ABR MAI JUN  TotaisOutubro        Novembro        Dezembro        Janeiro         Fevereiro        Março        Abril        Maio        Junho        Totais       <br />4 - NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS <br />Possuindo dinheiro, as pessoas têm tendência natural ao consumo imediato de bens e serviços. Se todos procurassem consumir ao mesmo tempo, haveria uma falta de bens e serviços, levando à inflação, que é o aumento geral de preços. O mesmo acontece com o dinheiro, papel-moeda. Atualmente, um bom número de pessoas usa o dinheiro eletrônico, faz pagamentos, transferências, depósitos, etc., sem manipular dinheiro diretamente. O que vemos são números diante dos nossos olhos. O dinheiro se transformou em números. Se todos quisessem sacar, ao mesmo tempo, os recursos que estão em suas contas bancárias, certamente não haveria papel-moeda suficiente para atender a todos estes saques. Para que isso não aconteça, o governo incentiva a poupança financeira com a promessa de pagamento de juros como instrumento de política econômica e financeira. As instituições financeiras também utilizam o mesmo recurso, elas pagam o nosso dinheiro que está depositado e emprestam àqueles que estão necessitados cobrando uma taxa de juros. Daí o motivo pela qual não existe papel-moeda suficiente para todas as pessoas sacarem ao mesmo tempo.<br />As taxas de juros são determinadas pelo mercado, mas o governo tem intervenção direta no mercado, subindo ou descendo a mesma. Cada vez que o governo sobe a taxa, o dinheiro fica mais caro e em razão disto, diminui o consumo. Quando a taxa desce, o dinheiro fica mais acessível e o consumo aumenta, trazendo consigo o risco de inflação.<br />As taxas de juros também variam conforme o prazo. Quanto mais longo o prazo, maior será a taxa de juros.<br />Termos comumente empregados no mundo financeiro:<br />- Capital (principal): corresponde ao recurso financeiro que seu proprietário cede temporariamente ao tomador.- Juro : é a remuneração do capital, podendo ser simples ou composto. - Taxa de juro : é uma taxa que se aplica ao capital. - Prazo : é o espaço de tempo em que o capital fica em poder do tomador. - Resgate ou amortização : é a forma como o capital é resgatado ou amortizado. - Spread : taxa de intermediação cobrada pelo intermediário financeiro. <br />4.1 - Juro Comercial<br />Por convenção, os juros são calculados com base em ano comercial de 360 dias. Então, a taxa anual refere-se ao período de 360 dias, a taxa semestral ao período de 180 dias e a taxa mensal ao período de 30 dias. A taxa de juro poderá ser fixa ou variável. A fixa não se altera durante o período. Exemplo: 8,5 % a.m. durante 10 meses. A variável se altera de acordo com o mercado. Exemplo: Taxa Libor (London Interbank Offered Rate) e Taxa Anbid (Assoc. Nacional de Bancos de Investimentos e Desenvolvimento)<br />4.2 - Juro Real<br />Quando a taxa de juro é maior que a inflação, a diferença refere-se ao juro real, porque a parte do juro igual ao da inflação corresponde à simples reposição do capital.<br />4.3 - Juros Simples <br />No regime de juros simples, o juro é calculado somente sobre o capital inicial, mesmo que exista mais de um período de capitalização durante o prazo. Os juros simples apresentam comportamento linear.<br />fórmula : J = P * i * n <br />onde : J = juro, P = Principal ( capital inicial ), i = taxa de juro, n = tempo ( número de capitalização )<br />Exemplo:<br />Você aplicou a quantia de R$ 1.000,00 em um determinado banco em 01/03/2003, que lhe prometeu juros simples de 5 % ao mês, durante 5 meses. Qual será a quantia que terás no final do período ? <br />J = R$ 1.000,00 x 0,05 x 5J = R$ 250,00 <br />onde o Montante ( M ) será igual a : <br />M = P + J M = R$ 1.000,00 + R$ 250,00 --> M = R$ 1.250,00 <br />Demonstração da capitalização<br />Data Mês Saldo InícioJuros do Mês Saldo final01/03/2003 - 0 - R$ 1.000,00 - 0 - R$ 1.000,00 01/04/2003 01 R$ 1.000,00 R$ 50,00 R$ 1.050,0001/05/2003 02 R$ 1.050,00 R$ 50,00 R$ 1.100,00 01/06/2003 03 R$ 1.100,00 R$ 50,00 R$ 1.150,0001/07/2003 04 R$ 1.150,00 R$ 50,00 R$ 1.200,0001/08/2003 05 R$ 1.200,00 R$ 50,00 R$ 1.250,00 <br />4.4 - Juros Compostos <br />Neste regime, conhecido como juros sobre juros, o juro é calculado sobre o capital e também sobre o juros produzidos nos períodos seguintes, até seu efetivo pagamento. <br />Exemplo: <br />Você aplicou a quantia de R$ 1.000,00 em um determinado banco em 01/03/2003, que lhe prometeu juros compostos de 5 % ao mês, durante 5 meses. Qual será a quantia que terás no final do período?  <br />Demonstração da capitalização <br />Data Mês Saldo InícioJuros do Mês Saldo final01/03/2003 - 0 - R$ 1.000,00 - 0 - R$ 1.000,00 01/04/2003 01 R$ 1.000,00 R$ 50,00 R$ 1.050,0001/05/2003 02 R$ 1.050,00 R$ 52,50 R$ 1.102,50 01/06/2003 03 R$ 1.102,50  R$ 55,13R$ 1.157,63 01/07/2003 04 R$ 1.157,63 R$ 57,68 R$ 1.215,51 01/08/2003 05 R$ 1.215,51 R$ 60,78 R$ 1.276,28<br />4.5 - Prazo Médio Ponderado Simples<br />O Prazo Médio Ponderado Simples ( PMPS ) de um conjunto de capitais de diferentes datas de vencimento é calculado com a ponderação de valores nominais em relação a prazos. Este dado é muito importante pois, deveremos ter muito cuidado quando estamos negociando com fornecedores e estes nos oferecem diversas opções. Nestes casos deveremos fazer o cálculo do prazo médio para sabermos se o mesmo está superior ou inferior aos nossos prazos médios que estamos habituados a negociar com os nossos clientes. Exemplo: <br />Calcular o PMPS dos títulos que estaremos encaminhando ao banco para desconto. <br />Prazos de vencimentos ( dias ) Valores nominais   30 R$ 100.000 60 R$ 100.000 90 R$ 100.000 180 R$ 100.000 Total R$ 400.000 <br />então:<br />30 x R$ 100.000 =R$ 3.000.000 60 x R$ 100.000 =R$ 6.000.000 90 x R$ 100.000 =R$ 9.000.000 180 x R$ 100.000 =R$ 18.000.000 R$ 36.000.000 R$ 36.000.000 / R$ 400.000 = 90 dias <br />O prazo médio de 90 dias significa que os diversos títulos, no valor nominal de R$ 400.000, vencem em média dentro de 90 dias. Se a taxa de juros bancária for de 4 % a.m. o valor descontado por antecipação seria calculado da seguinte forma:<br />VP = R$ 400.000 / (1,04) ³ = R$ 355.598,54<br />Outro exemplo com valores diferentes:<br />O fornecedor lhe oferece uma determinada mercadoria com duas opções de pagamento. A primeira opção com pagamento em três parcelas iguais de R$ 10.000,00 nos prazos de 30, 60 e 90 dias e, a segunda opção, com pagamento de R$ 20.000,00 para 45 dias e o restante para 65 dias. Qual das alternativas é a melhor para a empresa, no que diz respeito ao prazo médio de pagamento?<br />Cálculo do PMPS 1ª opção: (30 + 60 + 90) / 3 = 60 diasCálculo do PMPS da 2ª opção: <br />45 x R$ 20.000,00= R$ 900.000,0065 x R$ 10.000,00 =    R$ 650.000,00  R$ 1.550.000,00<br />então: R$ 1.550.000,00 / R$ 30.000,00 = 52 dias<br />Analisando as duas propostas, a melhor opção para o comprador seria a primeira, pois o prazo médio é um pouco mais elástico. Claro que para tomar essa decisão o AF deverá estar com o seu Fluxo de Caixa atualizado e deverá conhecer também o estoque mínimo, o estoque máximo e o giro desta mercadoria, para não fazer compras desnecessárias comprometendo o capital de giro da empresa. <br />5 - PONTO DE EQUILÍBRIO <br />O ponto de equilíbrio equivale ao lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade do produto. Isto significa que, em cada unidade vendida, a empresa terá um determinado valor de lucro. Multiplicado pelo total das vendas, teremos a contribuição marginal total do produto para o lucro da empresa. Em outras palavras, Ponto de Equilíbrio significa o faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para que não tenha prejuízo, mas que também não estará conquistando lucro neste ponto.<br />É muito comum encontrarmos empresários que afirmam saber o que significa Ponto de Equilíbrio. Alguns realmente sabem, outros pensam que sabem e têm aqueles que literalmente não fazem a menor idéia do que venha ser Ponto de Equilíbrio. Se soubessem o quão importante é o conhecimento deste indicador para a sobrevivência de um empreendimento, jamais se permitiriam desconhecê-lo. Muitas micro e pequenas empresas não conseguem completar um ano de vida, em alguns casos pelo completo desconhecimento do ramo de atividade a que se propuseram, e , na maioria dos casos, por completo descontrole administrativo. O descontrole administrativo é tão grave que as vezes o executivo se ilude pensando que está obtendo lucros em suas operações, mas na verdade, acabam quebrando sem saber o motivo. Por incrível que pareça, acreditam que se as receitas forem iguais às despesas fixas ( aluguel do imóvel, salário do pessoal, condomínio, combustível, material de expediente, pró-labore, etc ) estarão pelo menos quot; tocando o negócio e empatando quot; , como se diz na gíria, não obtendo, nem lucro , nem prejuízo. A falência é uma questão de tempo.<br />Ponto de Equilíbrio é um dos indicadores contábeis que informa ao executivo o volume necessário de vendas, no período considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluído-se o custo da mercadoria vendida ou do serviço prestado. Este indicador tem por objetivo determinar o nível de produção em termos de quantidade e ou de valor que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e Retângulo de cantos arredondados: DIRETORIA das receitas. Para um nível abaixo deste ponto, a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona da lucratividade. É o mínimo que se deve alcançar com receitas para que não amargue com prejuízo.<br />Figura 07 - Ponto de Equilíbrio <br />Conforme se pode observar a figura acima, o Ponto de Equilíbrio é o ponto onde a linha da Receita cruza com a linha do custo total. Para se calcular o Ponto de Equilíbrio, necessário se faz é o conhecimento do conceito de Margem de Contribuição. Para Padoveze (1997,p.257), representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a contribuição marginal total do produto para a empresa. Margem de Contribuição, nada mais é do que os resultados positivos, obtidos através da Receita, menos os Custos Variáveis. Este resultado, que é a Margem de Contribuição, deverá ser igual aos Custos Fixos para que se chegue ao Ponto de Equilíbrio.<br />Fórmula do Ponto de Equilíbrio : PE = Custos Fixos / % Margem Contrib. <br />5.1 - Descobrindo % da Margem de Contribuição  <br />Demonstração de Resultado da empresa quot; XYZ quot; ITEMVALORES%ReceitaR$ 100.000,00 100 %( - ) Custos VariáveisR$ 65.000,0065 %= Margem de ContribuiçãoR$ 35.000,0035 %( - ) Custos FixosR$ 28.000,00= ResultadoR$ 7.000,00<br />5.2 - Ponto de Equilíbrio Contábil<br />É o mínimo que deveremos vender num determinado período de tempo para que nossas operações não dêem prejuízo. Obviamente que também não estaremos conseguindo lucro. No caso da empresa acima, o Ponto de Equilíbrio seria:<br />Custo FixoPE =---------------------------então,% Margem ContribuiçãoR$ 28.000,00PE =---------------------------=> PE = R$ 80.000,0035 %<br />Então, R$ 80.000,00 é o mínimo, aproximadamente, que esta empresa tem que vender para conseguir bancar a sua estrutura, ou seja, para não amargar com prejuízo. <br />Verificação:<br />Demonstração de Resultado do PE da empresa quot; XYZ quot; ITEM VALORES %Receita R$ 80.000,00100 %( - ) Custos Variáveis R$ 52.000,0065 %= Margem de Contribuição R$ 28.000,0035 %( - ) Custos Fixos R$ 28.000,00 = Resultado R$ 0,00 <br />5.3 - Ponto de Equilíbrio Econômico<br />É o Ponto de Equilíbrio com um lucro desejado. Poderá acontecer de, no processo de elaboração orçamentária, a diretoria determine um Ponto de Equilíbrio com um lucro desejado. Vamos ver o cálculo, tomando como exemplo a demonstração da empresa quot; XYZ quot; , considerando que a diretoria determinou um lucro desejado de R$ 6.000,00, acima do Ponto de Equilíbrio:<br />PE =R$ 28.000,00 + R$ 6.000,00=> PE = R$ 97.142,8635 %<br />Verificação:<br />Demonstração de Resultado do PE da empresa quot; XYZ quot; ITEM VALORES %Receita R$ 97.142,86100 % - ) Custos VariáveisR$ 63.142,8665 %= Margem de Contribuição R$ 34.000,0035 %( - ) Custos Fixos R$ 28.000,00= Resultado R$ 6.000,00<br />5.4 - Ponto de Equilíbrio Financeiro<br />É quando dentro dos Custos Fixos, existem variações patrimoniais que não significam desembolsos para a empresa, mas que, de acordo com os Princípios Contábeis, estas variações devem figurar no resultado do exercício, sendo confrontados com as receitas, porque contribuíram para a constituição da mesma. Exemplo clássico é a depreciação. Usando o mesmo exemplo anterior, sem o lucro desejado, vamos imaginar que dentro dos custos fixos exista um valor de R$ 2.000,00 referente à depreciação. Eliminando-se a depreciação, o Ponto de Equilíbrio cai.<br />PE =R$ 28.000,00 - R$ 2.000,00=> PE = R$ 74.285,7135 %<br />Verificação:<br />Demonstração de Resultado do PE da empresa quot; XYZ quot; ITEM VALORES %Receita R$ 74.285,71 100 %( - ) Custos VariáveisR$ 48.285,7165 %= Margem de Contribuição R$ 26.000,00 35 %( - ) Custos FixosR$ 26.000,00 = Resultado R$ 0,00 <br />5.5 - Limitações da Análise do Ponto de Equilíbrio<br />Apesar de o Ponto de Equilíbrio ser uma ferramenta fundamental na Administração Financeira, este coeficiente não é exato, sendo passível de alguma diferença no decorrer do período. E isso é fácil de explicar. O Custo Fixo, na realidade ele não é fixo como se diz. Ele tem esta denominação, de custo fixo, porque ele não varia de acordo com as vendas, por isso que é chamado de custo fixo. Porém, os custos que o compõem, na realidade variam de acordo com o desperdício administrativo. Por exemplo, a energia elétrica, o gasto com comunicações, com combustível e outros gastos considerados fixos, se não houver controle, eles sempre estarão variando e, com eles variando, o Ponto de Equilíbrio também variará. Por isso , este coeficiente tem seu valor aproximado. Mas apesar disso, o Ponto de Equilíbrio é uma ferramenta extremamente importante na Administração Financeira. <br />6 - FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA  <br />Um dos grandes problemas que as micro e pequenas empresas enfrentam hoje é a correta determinação do preço das suas mercadorias. Atualmente, o mercado brasileiro é composto por empresas de grande, médio e pequenos portes, como também as microempresas e os informais (ambulantes), que têm em comum a participação em um mesmo segmento de mercado. As estruturas operacionais destas empresas é que determinarão o real preço de venda de seus produtos, independentemente do mercado. A que tem menor estrutura operacional, mais enxuta, certamente conseguirá colocar uma mercadoria a um preço mais competitivo, talvez, bem abaixo do preço de mercado. Isso é semelhante à concorrência entre um ambulante e um magazine. Por que o ambulante consegue precificar abaixo do preço do magazine sendo a mesma mercadoria? Porque o ambulante não tem estrutura operacional e o magazine possui uma estrutura de gastos que tem custos tributários, financeiros, comissões, salários, telefone, aluguel, energia elétrica, dentre tantos outros. Este tipo de concorrência está presente entre as várias empresas que compõem um mesmo segmento de mercado. Este conjunto de gastos pesa na hora da precificação e certamente deverá ser cuidadosamente inserido no preço de venda.<br />Alem de preço de venda, os micro e pequenos empresários precisam estar atentos às estratégias que são utilizadas pelas empresas para conquistar o mercado, dentre as quais destacam-se as seguintes abaixo; <br />6.1 - Estratégias de Preços Distintos  <br />Diferentes preços para diferentes compradores:<br />Desconto em um Segundo-Mercado Preços diferenciados para mercados diferentes devido ao excesso de estoque. Pretende-se desovar os estoques num mercado secundário com preços reduzidos.  <br />Desnatação A desnatação envolve a fixação de um preço relativamente alto na vida de um produto. Ex: Micro, Kit gás, etc. O preço é sistematicamente reduzido à medida que o tempo passa. <br />Desconto Periódico e Randômico Descontos periódicos são os previsíveis, como os realizados pelas companhias telefônicas. Ex: Oi nos finais de semana, Embratel idem, etc. Os descontos randômicos são oferecidos ocasionalmente. Ex: Montadoras de veículos. <br />6.2 - Estratégias de Preços Competitivos  <br />Igualando a Estratégia da CompetiçãoA organização estabelece preços iguais aos de seus competidores, mudando a competição para outras áreas. Ex: Qualidade do produto. <br />Cotar por Baixo do Preço da CompetiçãoColocando o preço abaixo da concorrência fará com que os estoques girem mais e este giro recuperará a margem perdida. Esta estratégia derruba a concorrência. Ex: Lojas Americanas com as ofertas relâmpagos de peças íntimas <br />Líderes de Preços e SeguidoresOrganizações com grande fatias no mercado determinam o nível de preço, devido à qualidade, tradição, etc. Organizações mais fracas, concorrentes, o seguirão. <br />Preço de PenetraçãoColocação de um produto novo no mercado com um preço baixo com a intenção de ganhar mercado. Mais tarde, o preço tende a aumentar. Ex: FIAT 147. <br />Preço PredatórioSão preços estabelecidos, teoricamente, por tradição. Podem até dificultar a entrada de concorrentes devido à margem de lucro estar atrelada ao mercado. Ex: Preço do cafezinho ( Pé-duro ), Preço do Jornal, etc. <br />Preço InflacionárioCom a inflação, a empresa aumenta o preço dos produtos e depois passa a usar falsos descontos para atrair os compradores. Ex: Mercado atual.<br />6.3 - Estratégias de Precificação por Linha de Produtos <br />Maximizar os lucros para o total dos produtos da linha e não diferencia-los <br />Preço CativoÉ a estratégia de colocar um determinado aparelho a um preço baixo, porém, para que funcione, necessita de acessórios e estes compensam a falta de lucro no aparelho básico. Ex: Aparelho de barba Mack III da Gillete. <br />Preço Isca e Preço LíderÉ o método de atrair clientes para compras de itens de baixo preço com a intenção de que ele compra os outros com preços mais elevados. EX: Ofertas relâmpagos das Lojas Americanas. <br />Preço Pacote e Múltiplas-Unidades de PreçosÉ quando o preço de uma unidade sai mais cara do que o conjunto todo.<br />6.4 - Método de Formação de Preços (Mark Up) <br />O Mark Up ou taxa de marcação como é também conhecido, é um multiplicador aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Esse multiplicador é obtido através de uma fórmula que insere os impostos sobre venda, despesas financeiras, comissões sobre as vendas, despesas administrativas, despesas de vendas, outras despesas e a margem de lucro desejada. É um índice muito utilizado para precificação, mas requer um conhecimento, por parte do micro e pequeno empresário, da estrutura operacional do empreendimento. <br />Aplica-se um multiplicador de tal forma que os demais elementos formadores do preço de venda sejam adicionados ao custo, a partir desse multiplicador. <br />O micro e pequeno empresário poderão utilizar o mark up genérico ou por produto. O correto seria o multiplicador por produto, pois cada produto tem a sua margem de lucro já determinada e margens diferentes acarretarão em multiplicadores diferentes, mesmo que os demais gastos sejam iguais. <br />É um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Esse índice é tal que cobre os impostos e taxas aplicadas sobre as vendas, as despesas administrativas fixas, as despesas de vendas fixas, os custos indiretos fixos de fabricação, os custos financeiros e o lucro desejado. <br />FÓRMULAS<br />Markup: 100 / (100 - (% + ...... +))<br />A representação na fórmula destes símbolos, (% + ... +), significa que será composta pelo somatório de impostos sobre venda, despesas financeiras, comissões sobre vendas, despesas administrativas, despesas com vendas, outras despesas e a margem de lucro desejada. Todos estes itens serão comparados ao faturamento e convertidos em percentuais. Todos os componentes do mark up são determinados através de relações percentuais médias sobre preços de vendas e, a seguir, aplicados sobre o custo dos produtos. <br />Preço de Venda : Custo Unitário X Mark Up<br />Calculado o preço de venda da mercadoria através da fórmula do mark up, o micro e pequeno empresário terão certeza de que dentro do seu preço de venda estarão incluídos todos os gastos de sua empresa como também a margem de lucro desejada. <br />Exemplo empresa Imaginária: <br />Faturamento médio mensal R$ 100.000,00 Despesas Fixas médias mensais R$   20.000,00 = 20% Custo Unitário Produto sem ICMS R$          20,00 ICMS17,00 % Simples EPP 5,40 % Comissão4,00 % Propaganda2,50 % Frete despesa 1,65 % Perdas Estimadas 1,50 % Financeiras5,00 % Margem Desejada 5,00 % <br />Mark Up: 100 / (100 - ( 17 + 5,4 + 4 + 2,5 + 1,65 + 1,5 + 5 + 5 + 20 )) <br />Mark Up: 100 / (100 - 62,05) = 100 / 37,95 = 2,6350 < /STRONG > <br />Preço de Venda = R$ 20,00 X 2,6350 = R$ 52,70 < /STRONG > <br />7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS <br />Quando se fala em Finanças Empresariais, necessáriamente temos que recorrer à CONTABILIDADE. Como a própria história nos diz, até mesmo o homem das cavernas se utilizava dela para controlar o seu patrimônio por meio de controles arcáicos. E a história vem provando que a sociedade depende dos registros contábeis, quer no campo governamental, empresarial ou mesmo familiar. Ora, se até o homem das cavernas utilizava a contabilidade, por que uma empresa não se utilizaria dela como ferramenta de tomada de decisão para analisar o passado, controlar o presente e fazer orçamentos para o futuro? Foi-se o tempo em que o contador era o homem que apenas calculava os impostos e a folha de pagamento da empresa. Hoje ele é um aliado fortíssimo do empresário fornecendo relatórios que podem ser analisados e, a partir daí, elaborar uma avaliação acerca das condições financeiras da empresa. Através da Análise de Balanços, a contabilidade disseca as Demonstrações Financeiras e informa aos usuários a real situação patrimonial da empresa. Sem dúvida nenhuma, a contabilidade é uma ferramenta que auxilia muito na administração das finanças empresariais.<br />Como se pode observar, a contabilidade é um instrumento fundamental para que se possa administrar com eficiência um empreendimento. De posse desta gama de informações contábeis, o administrador poderá planejar o futuro desejado para a sua MPE onde serão traçadas as metas e objetivos com vistas aos resultados. Este planejamento será controlado pela contabilidade através de seus registros possibilitando ao administrador tomar decisões certas em tempos hábeis.<br />De posse das informações contábeis poder-se-á realizar uma boa ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA na empresa. O gerenciamento eficiente do Capital de Giro proporcionará à empresa melhores condições para disputar o mercado com suas concorrentes. O controle dos principais itens do Ativo Circulante, tais como as disponibilidades, estoques e contas a receber, proporcionarão maior flexibilidade à empresa diante da concorrência ou das turbulências que o mercado proporciona. <br />O Fluxo de Caixa é um instrumento que proporcionará uma visão futurística ao administrador financeiro das entradas e saídas de recursos possibilitando que o mesmo tome decisões acerca das finanças da empresa antecipadamente, quer nas sobras de recursos ou nas faltas.<br />O PONTO DE EQUILÍBRIO é um dos indicadores contábeis que informa ao administrador o volume necessário de vendas, no período considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluído-se o custo da mercadoria vendida ou do serviço prestado. Este indicador tem por objetivo determinar o nível de produção em termos de quantidade e ou de valor que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e das receitas. Para um nível abaixo deste ponto, a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona da lucratividade. É o mínimo que se deve alcançar com receitas para que não amargue com prejuízo. Por conseguinte, o Ponto de Equilíbrio é um dos indicadores que lhe auxiliará na administração do seu negócio. Existem vários outros indicadores contábeis de suma importância para uma boa administração de um empreendimento, tais como os Índices de Solvência, de Endividamento, de Rentabilidade, de Lucratividade, Capital de Giro, etc.<br />Existem empresas de grande, médio e pequeno portes, como também as microempresas e os informais, que têm em comum, a participação de um mesmo segmento de mercado, mas o que elas têm de diferente são as suas estruturas operacionais. Estas estruturas operacionais é que determinarão o real PREÇO DE VENDA de seus produtos, independentemente do mercado. A que tem menor estrutura, mais enxuta, certamente conseguirá colocar uma mercadoria a um preço mais competitivo, talvez, bem abaixo do preço de mercado. Isso é semelhante à concorrência entre o camelô e um magazine. Por que o camelô consegue precificar abaixo do preço do magazine, sendo a mesma mercadoria? Porque o camelô não tem estrutura operacional e o magazine tem custos tributários, financeiros, comissões, salários, telefone, aluguel, energia elétrica, dentre tantos outros. Este tipo de concorrência está presente entre as várias empresas que compõem um mesmo segmento de mercado. Este rol de gastos pesa na hora da precificação e certamente deverá ser cuidadosamente inserido no preço de venda.<br />