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Viver na lógica da natureza humana ou viver em outra lógica como seres humanos? 
Quais as consequências? Ora, como se depreende dos postulados filosóficos da questão moral do 
bem e do mal no estudo da ética, o universo inteiro está estruturado de forma a que os astros 
menores circulam e são orbitados em volta dos astros maiores, desde as massas de galáxias até o 
pequeno átomo, desde o reino animal, vegetal, molecular e histórico de que existe uma 
hierarquia dos seres que é ordenada com base na força e que esta é a "rainha do mundo". Porém, 
diante desta lógica do mundo da natureza, em que há domínio da força, há uma exceção, que 
sobrevive e se destaca no interior do mundo físico, animal, histórico, que contradiz a lógica: o 
bem.Isto que diferencia o ser humano de tudo o que existe e transcende a materialidade das 
coisas, ou seja, que é o campo da moralidade e da espiritualidade, o reino da liberdade. 
Pois bem, dentro deste conceito, o filósofo Nietzsche alega inexistir o bem, e que este é 
apenas uma desculpa ou um truque dos fracos contra os fortes, e tal "filosofia" ou "ética" 
modernas, tem se manifestado intensamente na sociedade e na política contemporânea e como 
vencedora tocando o coração do mundo. 
No pseudo diálogo em comento, entre Guitton e general De Gaulle, descrevem 
exatamente o dualismo que há entre a existência ou inexistência de Deus, criando neste mesmo 
diálogo quatro hipóteses: Deus e o além, Deus sem o além, o além sem Deus, nem Deus nem o 
além. Todas as hipóteses apresentadas são questionadas e uma a uma vão sendo destruídas até 
chegar ao ponto em comum e considerado como correto, ou seja: a existência de Deus e do além, 
e o mal como consequência da existência de Deus, pois se o mal não existisse, Deus também não 
existiria, mesmo parecendo paradoxal, o mal é a maior prova da existência de Deus. 
E então, qual corrente seguir: viver na lógica da natureza humana ou é possível viver, 
como seres humanos, numa outra lógica? Quais as consequências? 
É possível viver como seres humanos na lógica do bem. Nietzsche estava equivocado 
quando alega que o bem não existe e que ele é apenas uma desculpa dos mais fracos para o 
problema do mal. Aliás, sua ética é muito utilizada no sistema brasileiro, no qual os juízos 
falsos e os atos imorais são os mais indispensáveis, visto que a condição da vida é de ser luta 
e dominação. Ensina a querer somente a si e a ninguém mais e a não hesitar em mentir, a 
enganar, a matar... Inclusive o próprio Karl Marx e Engels se apoderaram deste conceito para 
criarem uma contra resposta à dominação das classes menores pelas maiores e que a 
salvação desta situação natural só era possível através das lutas de classes e a revolução do 
proletariado, onde os menores se revoltariam contra os maiores, mudando o ciclo natural das 
coisas. 
Mas o próprio bem é a resposta que antecede o mal, e ainda que a força seja a 
dominação de tudo o que há, o que aparentemente demonstraria a supremacia do mal sobre o 
bem como pondera Nietzsche, é tudo uma questão de ponto de vista, equivocada e míope da 
realidade. Guitton vai mais longe, assim como a filosofia cartesiana. Não há como questionar a 
existência do bem, e de um Deus que é bom por natureza. As consequências da existência de 
um Deus bom e do bem, são obviamente o mal natural, o mal moral e o mal transcendente ou 
espiritual. Não como na filosofia tomista ou agostiniana, onde o mal era apenas uma 
inexistência do bem ou sua falta, mas o mal é o contraposto do bem e sem o mal, não teríamos 
como mensurar o bem. Como o próprio Guitton questiona em seu diálogo, as pessoas focam
tão somente o mal, razão pela qual esquecem do bem, como um tambor, e para entender tudo, 
tem que esperar o fim da história, o além, o depois... Pensa-se no mal quando se sofre, 
portanto, o problema do mal é sempre mal colocado. Para ser racional o correto é não pensar 
no mal quando se sofre, e pensar e pensar nisso quando não se sofre, é o que nos permite 
esperar o fim da história para chegar a uma conclusão lógica e sem sentimentos pessoais. 
gente pensa enquanto espera. O problema do mal deve ser colocado como o do destino, não 
separadamente. 
Por conseguinte, Nietzsche estava totalmente equivocado, e o mundo infelizmente 
prefere uma lógica ou filosofia mais humanista e liberal ao contrário de uma filosofia de 
liberdade e de livre arbítrio. As consequências de adotarmos a filosofia do bem ao contrário da 
natureza, seria um mundo muito melhor e mais abstrato.

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Viver na lógica da natureza humana ou viver em outra lógica como seres humanos

  • 1. Viver na lógica da natureza humana ou viver em outra lógica como seres humanos? Quais as consequências? Ora, como se depreende dos postulados filosóficos da questão moral do bem e do mal no estudo da ética, o universo inteiro está estruturado de forma a que os astros menores circulam e são orbitados em volta dos astros maiores, desde as massas de galáxias até o pequeno átomo, desde o reino animal, vegetal, molecular e histórico de que existe uma hierarquia dos seres que é ordenada com base na força e que esta é a "rainha do mundo". Porém, diante desta lógica do mundo da natureza, em que há domínio da força, há uma exceção, que sobrevive e se destaca no interior do mundo físico, animal, histórico, que contradiz a lógica: o bem.Isto que diferencia o ser humano de tudo o que existe e transcende a materialidade das coisas, ou seja, que é o campo da moralidade e da espiritualidade, o reino da liberdade. Pois bem, dentro deste conceito, o filósofo Nietzsche alega inexistir o bem, e que este é apenas uma desculpa ou um truque dos fracos contra os fortes, e tal "filosofia" ou "ética" modernas, tem se manifestado intensamente na sociedade e na política contemporânea e como vencedora tocando o coração do mundo. No pseudo diálogo em comento, entre Guitton e general De Gaulle, descrevem exatamente o dualismo que há entre a existência ou inexistência de Deus, criando neste mesmo diálogo quatro hipóteses: Deus e o além, Deus sem o além, o além sem Deus, nem Deus nem o além. Todas as hipóteses apresentadas são questionadas e uma a uma vão sendo destruídas até chegar ao ponto em comum e considerado como correto, ou seja: a existência de Deus e do além, e o mal como consequência da existência de Deus, pois se o mal não existisse, Deus também não existiria, mesmo parecendo paradoxal, o mal é a maior prova da existência de Deus. E então, qual corrente seguir: viver na lógica da natureza humana ou é possível viver, como seres humanos, numa outra lógica? Quais as consequências? É possível viver como seres humanos na lógica do bem. Nietzsche estava equivocado quando alega que o bem não existe e que ele é apenas uma desculpa dos mais fracos para o problema do mal. Aliás, sua ética é muito utilizada no sistema brasileiro, no qual os juízos falsos e os atos imorais são os mais indispensáveis, visto que a condição da vida é de ser luta e dominação. Ensina a querer somente a si e a ninguém mais e a não hesitar em mentir, a enganar, a matar... Inclusive o próprio Karl Marx e Engels se apoderaram deste conceito para criarem uma contra resposta à dominação das classes menores pelas maiores e que a salvação desta situação natural só era possível através das lutas de classes e a revolução do proletariado, onde os menores se revoltariam contra os maiores, mudando o ciclo natural das coisas. Mas o próprio bem é a resposta que antecede o mal, e ainda que a força seja a dominação de tudo o que há, o que aparentemente demonstraria a supremacia do mal sobre o bem como pondera Nietzsche, é tudo uma questão de ponto de vista, equivocada e míope da realidade. Guitton vai mais longe, assim como a filosofia cartesiana. Não há como questionar a existência do bem, e de um Deus que é bom por natureza. As consequências da existência de um Deus bom e do bem, são obviamente o mal natural, o mal moral e o mal transcendente ou espiritual. Não como na filosofia tomista ou agostiniana, onde o mal era apenas uma inexistência do bem ou sua falta, mas o mal é o contraposto do bem e sem o mal, não teríamos como mensurar o bem. Como o próprio Guitton questiona em seu diálogo, as pessoas focam
  • 2. tão somente o mal, razão pela qual esquecem do bem, como um tambor, e para entender tudo, tem que esperar o fim da história, o além, o depois... Pensa-se no mal quando se sofre, portanto, o problema do mal é sempre mal colocado. Para ser racional o correto é não pensar no mal quando se sofre, e pensar e pensar nisso quando não se sofre, é o que nos permite esperar o fim da história para chegar a uma conclusão lógica e sem sentimentos pessoais. gente pensa enquanto espera. O problema do mal deve ser colocado como o do destino, não separadamente. Por conseguinte, Nietzsche estava totalmente equivocado, e o mundo infelizmente prefere uma lógica ou filosofia mais humanista e liberal ao contrário de uma filosofia de liberdade e de livre arbítrio. As consequências de adotarmos a filosofia do bem ao contrário da natureza, seria um mundo muito melhor e mais abstrato.